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  • 7/23/2019 Materialdiatico_execucao_vfinal_LeslieFerraz.doc

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    DIREITO PROCESSUAL CIVIL: EXECUO

    1. APRESENTAO DO CURSO

    O curso de direito processual civil abordar neste bimestre a fase de execuo e

    cumprimento das decises judiciais, sob o vis da efetividade, com base em casos concretos que

    expressem as intersees entre o direito processual e o direito material e foco no aprendizado do

    aluno a partir de situaes-problema.

    Objetiva-se desenvolver as seuintes competncias e habii!a!es!

    "nlise dos custos, tempo, riscos, vantaens e desvantaens envolvidos em cadaescol#a processual e tomada de deciso, com a utilizao de fluxoramas para a viso

    macrosc$pica do procedimento%

    &esto do conflito, a partir da anlise de casos prticos%

    'anuseio do instrumental tcnico-processual para operar estrateicamente o sistema

    executivo%

    (esenvolvimento de racioc)nio jur)dico-processual%

    "nlise de julados%

    *ompreenso e sistematizao de conceitos.

    +o m$dulo de execuo, sero analisados os seuintes temas!

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    CURSO DE EXECUO

    APOSTILA "A#a Tema Ob$eti%os &eto!oo'ia (ibio')a*ia

    A#a "+"ula apostila

    /

    *oisa julada 0uando a deciso torna-se definitiva1 " coisa

    julada aceitaflexibilizao1 *om baseem que critrios1

    "ula expositivo-participativa2xerc)cio

    (3+"'"4*O,*5ndido. 4elativizar acoisa julada material.3n! A nova era doprocesso civil6 p. 78-779% 798-78.

    A#a ,:"ula apostila

    /

    *oisa juladacoletiva

    "nlise da interface coma coisa julada individuala partir do caso da tarifade assinatura bsica nosservios de telefonia fixa

    "ula expositivo-participativa"nlise de caso:2xerc)cio/

    ;"azuo.4elao entre demandacoletiva e demandasindividuais. DireitoProcessual Coletivo e oAnteprojeto de CBPC,p. 9?-?.

    APOSTILA ,

    A#a Tema Ob$eti%os &eto!oo'ia (ibio')a*iaA#a " @rocesso de

    execuo!noesintrodut$rias."s recentesreformas

    processuais emsede deexecuo.

    0uais as implicaessociais de um @oderAudicirio inefetivo1*ompreenso lobal dasdiversas modalidades deexecuo.(espertar no aluno sensocr)tico para analisar asreformas do sistemaexecutivo.

    "ula expositivo-participativa2xerc)cio.

    &43+OB24, "da@ellerini.*umprimento dasentena. Temas atuaisda execuo civil:estudos em homenagemao professor DonaldoArmelin. Co @aulo!Caraiva, 78, p. -.

    A#a , 2xecuo para

    a entrea decoisa certa ouincerta

    4eforar a distino do

    reramento documprimento desentenat)tulos judiciaise execuo de t)tuloextrajudicial%"valiar o procedimentoda execuo da obriaode dar coisa e suas

    particularidades, comdestaque para os

    problemas advindos dafraude execuo e dadestruio da coisa,exercitando o manejo das

    possibilidades oferecidaspelo sistema processual.

    "nlise de caso

    :exerc)cio/

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    A#a . 2xecuo dasobriaes defazer e nofazer. Jixao eexecuo dasastreintes.

    0ual a finalidade dasastreintes#K limites para o valor damulta fixada para forar odevedor a adimplir1*omo eliminar os riscos

    de enriquecimento il)citodo credor1

    "nlise de julados:exerc)cio/

    '"43+O+3, Duiz&uil#erme. Tutelaini!it"ria, Co @aulo!4evista dos

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    !"#6$% 6'6.

    &eto!oo'ia !o c#)so

    - anlise de casos%

    - role)pla%%

    - aulas expositivo-participativas%

    - exerc)cios%

    - debates.

    &3to!os !e A%aia45o

    O aluno ser avaliado da seuinte forma!

    :a/ "valiao escrita, realizada no final do bimestre, envolvendo todas as questes

    suscitadas em aula, inclusive os textos de leitura o!rigat"ria.

    :b/ "valiao continuada, com base em sua participao em sala de aula, em observ5ncia

    aos seuintes critrios! :i/ assiduidadepontualidade% :ii/ leitura dos textos% :iii/

    participao e :iv/ postura.

    :c/ *i+idireito: os alunos devem participar da PiQidireito, sob a forma de relator%

    pesquisador de doutrina, pesquisador de jurisprudGncia do

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    (ibio')a*ia 'e)a ob)i'at

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    ;"azuo.

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    ,; PLA6O DE AULAS

    AULA "; PROCESSO DE EXECUO: 6O=ES I6TRODUT>RIAS; AS RECE6TES

    RE?OR&AS PROCESSUAIS E& SEDE DE EXECUO;

    6. B>'T?@ DA A&A

    *ompreender a import5ncia da efetividade para o direito processual moderno :fase

    instrumental/, avaliando, neste contexto, a pertinGncia das Rltimas mudanas

    leislativas em sede de execuo%

    Cistematizar conceitualmente as diversas modalidades de execuo, que sero

    detal#adas nos encontros seuintes%

    2ntender a dualidade do reramento da execuo, de acordo com a natureza do t)tulo

    em que se baseia :judicial, com o destaque para as peculiaridades do cumprimento de

    sentena, ou extrajudicial/%

    9. '('T?@?DAD' D P$C' C?@?&

    V?l processo deve dare per uanto possi!ile

    praticamente a chi ha un diritto tutto uello e

    proppio uello chEegli ha diritto di conseguireW

    :&iuseppe *#iovenda/

    [ma das maiores preocupaes dos processualistas modernos repousa na efetividade do

    processo como instrumento da tutela de direitos7.*om efeito, no basta que o processo produza

    decises :eficFcia/H, sendo, ao revs, imperioso que se verifiquem resultados reais, palpveis,

    fact)veis, positivos e verdadeiros, ou seja, efetivos. "ssim, indispensvel que o instrumento

    asseure M parte aquilo que ela tem direito de receber.

    $aggi di diritto processuale civile. 4oma! Joro 3taliano, FH, v. , p. .2>azuo ;atanabe.Da cognio no processo civil.H ed., rev. e atual., Co @aulo! (@A, 79, p. 7.&Bide, a respeito do tema, *arlos "lberto "lvaro de Oliveira, O problema da eficcia da sentena.$evista de Processo1 a. 7I, Co @aulo,out. dez. 7H, p. F-77.

    8

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    Cuperadas as fases sincretista :que no distinuia o direito material e substancial/ e

    autGnoma:que conferiu independGncia cient)fica ao direito processual/, a ciGncia processual

    atiniu maturidade, tendo objeto, premissas metodol$icas e estrutura sistemtica bem

    definidas.

    4esolvidas as questes de ordem tcnica, delineou-se a terceira lin#a evolutiva do

    processo, caracterizada pela idia de efetividade e instrumentalidade, destinada a atenuar o

    tecnicismo exacerbado da fase anterior e propor aprimoramentos no sistema processual. @or sua

    vez, a efetividade deriva da arantia do acesso M justia, atrelada M idia de p)ocesso ci%i !e

    )es#ta!osE.

    "lm das implicaes individuais, a efetividade do processo tambm era

    conseq^Gncias de 5mbito social! como observa '"4*&"D"+

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    I&PORTA6TE; (iversamente do sistema anterior, a liquidao por arbitramento e a

    liquidao por artios no so maisprocessos autXnomos. "o revs, correm no mesmoprocesso

    da execuo, antes da fase de cumprimento da sentena, e dispensam a novacitao do devedor.

    *omo conseq^Gncia, a deciso que define a liquidao no tem mais natureza de senten4a, mas

    sim de !ecis5ointe)oc#t

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    (efinitiva"rtio 9I8, *@*

    "rtio E89-3, *@*Jundada em t)tulo judicial e extrajudicial

    @rovis$ria

    "rtio 9I8, *@*"rtio E89-3, par.

    e 9E7, par. 7, *@*

    "rtio E89-O, *@*

    Jundada em sentena pendente de recurso desprovido de

    efeito suspensivo :42 e 42sp/*orre por iniciativa, conta e responsabilidade do exeq^ente,

    que se responsabiliza a reparar os danos do executado, e exie

    Vcauo suficiente e idGnea1 ar!itrada pelo jui4 e prestada nos

    pr"prios autosH:art. E89-O, 3 a 333, *@*/

    N.6. CQP$?Q'MT D' 'MT'MKA x 'J'CKL

    +o que toca ao cumprimento da sentena, anota *CC3O C*"4@3+2DD" =[2+O! Vo

    modelo de implementao concreta de um fazer, no fazer ou entrear coisa no direito positivo

    brasileiro passou, com as Deis I.F97FE e .EEE77 a dispensarum Vprocesso de execuoW.

    O que releva o que o juiz que impe um fazer, um no fazer ou uma entrea de coisa

    recon#ece que estes deveres devem ser atendidos e, independentemente de qualquer outroprocesso ou provocao, implementa o que decidiu. 2 mais, seno principalmente, o faz

    independentemente de um roteiro, de umprocedimentofec#ado de um modelopr-concebido

    quanto M execuo. O juiz que implementa o fazer, o no fazer e a entrea pode criar

    mecanismos executivos em prol da escorreita obteno do fazer, do no fazer e do entrear,

    consoante as necessidadesque verifica em cada caso concretoW.

    +o mesmo sentido, *"4DOC "D=24

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    " idia era perfeita! dar ao juiz os poderes necessrios para fazer valer sua sentena

    condenat$ria, independentemente de execuoW.

    @orm, como ressalta *"4'O+", Vo resultado deixou a desejar, pois o leislador acabou

    criando, em verdade, dois m=todos bem diferentes e apartados de fazer cumprir sentenas

    condenat$rias! o primeiro, liado Ms sentenas condenat$rias, objetivando obriaes de fazer,

    no fazer, entrear coisa certa e incerta il, poderoso, irresist)vel% o seundo, tendo por alvo

    as obriaes de paar quantia, continua lento, balofo e desajeitadoW.

    R. BA)(O ' &'A&DAD' P$C'A& Sarts. R a

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    ", *@*, pela Dei n. .EEE77/ e, mais recentemente, na execuo das obriaes de

    pagar uantia :Dei n. .7H779/, embora, nessa modalidade de obriao, o *$dio

    tambm faa remisso ao procedimento tradicional de execuo.

    Uni*ica45o !as *ases !e conhecimento e eec#45o9 a eempo !os #iBa!os

    Especiais C%eis9 nos casos !e senten4a con!enat

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    D3'3

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    AULA ,; EXECUO DAS O(RIJA=ES PARA A E6TREJA DE COISA CERTA OU

    I6CERTA

    6. B>'T?@ DA A&A

    4eforar a distino do reramento do cumprimento de sentenat)tulos judiciais e

    execuo de t)tulo extrajudicial%

    "valiar o procedimento da execuo da obriao de dar coisa e suas particularidades,

    com destaque para os problemas advindos da fraude execuo e da destruio da

    coisa, exercitando o manejo das possibilidades oferecidas pelo sistema processual.

    9. QDA&?DAD' D' 'J'CKL D' B$?0AKL D' 'MT$'0A$ C?A

    ,;"; @#anto nat#)eBa !o tt#o

    *omo visto anteriormente, em virtude da nature4ado t)tulo executivo, o *$dio de

    @rocesso *ivil traz reras distintas para a fase executiva. +o que toca M execuo de obriao

    de entrear coisa :certa ou incerta/, a dualidade se mantm, de acordo com o seuinte quadro!

    6at#)eBa !o tt#o Re')amento e'a2xecuo de obriao de dar coisa fundada em

    t)tulo executivo judicialsenten4aque recon#ece

    obriao de darcoisa

    "rtio E?-", caput, *@* :coisa certa/

    "rtio E?-", , *@* :coisa incerta/

    2xecuo de obriao de dar coisa fundada em

    tt#o et)a$#!icia

    "rtios ?7 a ?7I, *@* :coisa certa/

    "rtios ?7F a ?H, *@* :coisa incerta/

    7.7.. 2S2*[`O (" O=43&"`O (2 2+

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    @ode estabelecer multa :astreintes/ pelo atraso no cumprimento da obriao

    :mediante provocao ou ex officio/ art. E?-", H cc art. E?, 9 e ?,

    *@*8.

    "demais, caso a obriao no seja cumprida, deve o juiz determinar a expedio de

    mandado de busca e apreenso :coisa m$vel/ ou de imisso na posse :coisa im$vel/, conforme

    determina o artio E?-", 7, *@*.

    +ii Eec#45o *#n!a!a em tt#o eec#ti%o et)a$#!icia

    "juizada a execuo fundada em t)tulo executivo extrajudicial, o juiz, no recebimento

    da petio inicial!

    (eve determinar a citao do ru para, no prazo de dez dias, entrear a coisa:artio ?7, *@*/%

    @ode estabelecer multa :astreintes/ pelo atraso no cumprimento da obriao

    :mediante provocao ou ex officio/ - art. ?7, Rnico, *@*.

    (o mesmo modo, caso a obriao no seja cumprida, deve o juiz determinar a

    expedio de mandado de busca e apreenso :coisa m$vel/ ou de imisso na posse :coisa

    im$vel/, com fundamento no artio ?79, *@*.

    "s notas distintivas dos procedimentos :cumprimento de sentena e execuo de t)tulo

    extrajudicial/ so as seuintes!

    :a/ +o cumprimento de sentena, no # um processo autXnomo, o que dispensa a

    :nova/ citao do executado%

    :b/ O cumprimento da sentena uma fase do processo conitivo, podendo ser iniciada

    por provocao da parte, ou ex officiopelo juiz%

    :c/ O maistrado, na sentenaI, deve fixar a data para cumprimento da obriao% de

    modo diverso, na execuo de t)tulo extrajudicial, a pr$pria lei fixa o prazo para a

    entrea da coisa : dias, artio ?7, caput, *@*/%

    :d/ 2m se tratando de execuo de t)tulo extrajudicial, so cab)veis os embaros do

    devedor :Divro 33/% no caso de t)tulo judicial, no # que se falar em embaros, mas em

    impugnao1prevista no artio E89-D, *@*.

    $' *aso se trate de execuo de t)tulos judiciais diversos da sentena civil, como a sentena penalcondenat$ria ou sentena arbitral, na petio inicial recomendvel que se requeira ao juiz a fixao do

    prazo e da multa para cumprimento da obriao. (epois de apreciada e recebida a inicial, e fixada data

    para entrea da coisa e a multa para caso de descumprimento, o procedimento observa as reras documprimento de sentena.$@Ou no recebimento da inicial, no caso de execuo de t)tulo judicial diverso da sentena civil.

    9

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    7.7.7. 2S2*[`O (" O=43&"`O (2 2+

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    9. *aso se caracterize a fraude M execuo, pode ser imposta aluma sano a @"[DO

    *"=4"D1 (e que tipo1 0ual o fundamento leal1

    ?. J24+"+(O "4O[*K2 pode requerer indenizao por danos materiais sofridos

    em virtude da no concretizao da venda do quadro ao seu cliente1 0ual seria o

    valor dessa indenizao1

    8. Cupondo que o quadro seja encontrado em posse de @2(4O C3DB" com avarias

    profundas, perdendo praticamente todo o seu valor, que medidas judiciais podem

    ser tomadas em favor de J24+"+(O "4O[*K21

    I. Jaa um fluxorama demonstrando as poss)veis solues ao caso descritas nas

    respostas anteriores.

    (ibio')a*ia Ob)i'at

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    AULA -; EXECUO DA O(RIJAO DE ?AKER E DE 6O ?AKER; TUTELA

    &A6DA&E6TAL; PREVAL6CIA DA TUTELA ESPECM?ICA;

    6. B>'T?@ DA A&A

    (estacar as particularidades e os empecil#os prticos de cumprimento das

    obriaes de fazer e no fazer

    *ompreender a insero da tutela mandamental dentre os provimentos judiciais

    'ensurar os limites do princ)pio do privilio da tutela espec)fica em face da

    obteno do resultado prtico equivalente

    9. PA$T?C&A$?DAD' DA 'J'CKL DA B$?0AKL D' (AY'$ ' ML (AY'$

    Ce o devedor no cumpre sua obriao de dar coisa, basta que o 2stado interfira no seu

    patrimXnio, tomando o bem devido e entreando-o ao credor seja pela busca e apreenso, em

    se tratando de bens m$veis, seja pela imisso na posse, no caso de bens im$veis.

    *ontudo, o mesmo no acontece com as obriaes de fazer ou no fazer! nestas

    espcies de obriao # uma impossibilidadefZsicade execuo espec)fica, no #avendo meios

    de o 2stado forar o devedor a cumprir sua obriao.2sta noo remonta ao (ireito 4omano :nemo ad factumt praecise cogi potest/, que

    fundou o Vdoma da absoluta incoercibilidade das obriaes infun)veisWF, o que sinifica

    que, #avendo recusa do devedor em cumprir obriao de fazer ou de no fazer, no se pode,

    por meio da coao f)sica, exiir dele a prestao pessoal. +esses casos, o inadimplemento

    resolvido emperdas e danos.

    *om o desenvolvimento da ciGncia processual, contudo, a doutrina passou a questionar

    essa soluo, que desprestiia o credor em detrimento do devedor. (iante da impossibilidade de

    forar o devedor a cumprir a obriao, os processualistas criaram mecanismos de coeroindireta, que aem no animusdo devedor, incitando-o a cumprir a obriao in natura, como

    ser demonstrado a seuir.

    $"Duiz &uil#erme 'arinoni. Tutela ini!it"ria, E ed., Co @aulo! 4evista dos

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    7. TT'&A QAMDAQ'MTA&. P$?@?&O0? DA 'J'CKL 'P'C[(?CA 'Q

    D'T$?Q'MT DA &KL 'Q P'$DA ' DAM SP$?MC[P? DA

    'J'CKL 'P'C[(?CAHU

    +a evoluo do sistema processual brasileiro operada nos Rltimos quinze anos, inseriu-

    se, na tradicional tr)ade provimentos condenat$rios, constitutivos e declarat$rios, uma nova

    cateoria, qual seja, a de p)o%imentos man!amentais,G6 decises que no se limitam a

    condenar, mas que tambm ordenam ue as partes cumpram a condenao disposta na

    sentena96.

    2sta espcie de tutela poss)vel raas M criao de mecanismos processuais que

    possibilitam sua execuo e completa eficcia, erando resultados prticos correspondentes ao

    pedido do autor77.

    Os provimentos mandamentais, portanto, tGm uma cara mista :condenao h

    execuo/. @ara forar o devedor ao cumprimento imediato e espec)fico da obriao, o juiz

    prevG mecanismos processuais de coero indireta7H.

    Co exemplos destes mecanismos! a cominao de multa diria pelo inadimplemento

    :astreintes/% a imposio de restries ao devedor :como o fec#amento da indRstria poluente at

    que #aja a instalao de filtros apropriados/ e a pr$pria priso civil :no caso das prestaes

    aliment)cias/7E.

    20 " criao de uma nova categoria de tutela encontra resistGncias na doutrina% assim, muitosdoutrinadores preferem inseri-la dentre os provimentos condenat$rios. Bide, a respeito da discusso em5mbito doutrinrio, *arlos "lberto de Calles :'xecuo judicial em mat=ria am!iental, 7 ed.,Co @aulo!4evista dos

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    *om a insero da tutela mandamental, passou-se a privileiar a tutela espec)fica das

    obriaes, considerada umprincZpioorientador do processo de execuo79, em detrimento da

    mera indenizao das perdas e danos experimentados pelo credor.

    " execuo da obriao de fazer e no fazer, como nos demais casos, observa

    reramentos diversos em razo do t)tulo em que fundada!

    6at#)eBa !o tt#o Re')amento e'a2xecuo de obriao de fazer fundada em t)tulo

    executivo judicialsenten4aque recon#ece

    obriao defa4erou no fa4er

    "rtios E? e ses., *@*

    2xecuo de obriao de fazer ou no fazer

    fundada em tt#o et)a$#!icia"rtios ?H7 e ses., *@*

    N. CA9

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    +a fase instrut$ria, a produo dos fortes ru)dos restou comprovada por meio de prova

    pericial.

    *onsiderando as reras da primazia da tutela espec)fica e da adstrio do juiz ao pedido,

    de um lado, e, de outro, da obteno do resultado prtico equivalente, responda!

    . @ode o juiz, ante a impossibilidade da adoo de medidas para a cessao dos ru)dos,

    determinar a paralisao das atividades da empresa1

    7. @ode o maistrado, diante da comprovada impossibilidade da execuo espec)fica

    da obriao :cessao de ru)do/, fixar um valor indenizat$rio a t)tulo de perdas

    e danosfuturos sofridos pelos moradores1 0ual o fundamento leal1

    H. 2m sua concepo, qual a soluo mais adequada a este caso1 Jundamente.

    (ibio')a*ia Ob)i'at

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    0ual a finalidade das astreintes#

    K limites para o valor da multa fixada para forar o devedor a adimplir1 *omo

    eliminar os riscos de enriquecimento il)cito do credor1

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    (iante do descumprimento contratual, os advoados da (3"'O+( intentaram

    "`O 3+(2+3T"

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    de 6] grau. "inda assim, o paamento da multa cominat$ria devido1 Ou a

    astreintesubordina-se ao resultado final do processo1

    ?. Ce o contrato tivesse sido firmado com o poder pRblico, e no com a empresa

    S3C

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    8. B>'T?@ DA A&A

    *ompreender as notas distintivas da execuo da obriao de paar quantia

    certa contra devedor solvente

    "valiar a pertinGncia da mudana na ordem de preferGncia dos atos

    expropriat$rios

    @en#ora on line! efetividade ou abuso1

    . A 'J'CKL DA B$?0AKL D' DA$ IAMT?A C'$TA CMT$A D'@'D$

    &@'MT'

    9.6. &@^MC?A

    " solvGncia a situao em que os bens do devedor superam as suas d )vidas, sendo

    pass)veis, portanto, de responder por elas. " solvGncia rera, sendo certo que o devedor apenas

    pode ser considerado insolventepor meio de uma sentena judicial.

    9.9. MTA P$C'D?Q'MTA?

    O devedor responde por suas d)vidas :alm dos respectivos acrscimos, despesas

    processuais e #onorrios advocat)cios/ com o seu patrimXnio excetuados, por $bvio, os casos

    de bens impen#orveis, como o bem de fam)lia.

    "s principais fases procedimentais da execuo so!

    $. Jase de apreenso, na qual ocorre a escol#a do bem e sua apreenso propriamente

    dita :pen#ora/%2. Jase de transferWncia, em que o bem apreendido avaliado, alienado e, portanto,

    transformado em din#eiro :alienao/%

    &. Jase desatisfaodo crdito, na qual o din#eiro apurado entreue ao credor nos

    limites do seu crdito :paamento/.

    6;. A $D'Q D' P$'('$^MC?A MA 'JP$P$?AKL D' B'M

    79

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    *omo cedio, o objetivo do processo de execuo satisfazer o crdito do exeq^ente.

    @ara tanto, #avendo resistGncia do devedor no paamento, realiza-se, inicialmente, a pen#ora,

    ato de afetao do bem, que tomado em 'a)antiapara o paamento do dbito.

    +os casos em a pen#ora recai sobre din#eiro, basta que o autor levante o uantumpara

    extinuir a execuo. *ontudo, se a pen#ora ou o dep$sito reca)rem sobre outros bens sem a

    mesma liquidez, necessrio realizar os c#amados atos de desapropriao, alienao forada

    ou expropriao1 consistentes na supresso da propriedade do bem sem consentimento do

    proprietrio.

    Os atos de desapropriao so de duas espcies! arrematao, se a propriedade

    transferida a terceiro, ou adjudicao, se transferida ao pr$prio credor7F.

    *om efeito, arrematao o meio processual usado pelo $ro judicial para realizar a

    transferGncia forada dos bens do devedor a terceiro que neles ten#a interesse, enquanto a

    adjudicao consiste na transferGncia no do produto da venda ao credor, mas da pr$pria coisa

    pen#oradaH.

    +o reime oriinal do *$dio de @rocesso *ivil, a #asta pRblica que, por seu turno,

    divide-se em leilo :bens m$veis/ e praa :bens im$veis/ era a primeira alternativa do credor

    para verter o bem pen#orado em din#eiro. (e sua sorte, a adjudicao do bem pelo exeq^ente

    apenas era permitida depois de realizada a praa ou leilo sem que #ouvesse arrematao.

    "ssim, pela sistemtica anteriormente viente, os atos expropriat$rios obedeciam M

    seuinte ordem :antia redao do artio ?E8, incisos 3 a 333, *@*/! . #asta pRblica% 7.

    adjudicao% H. usufruto de im$vel ou empresa.

    +o dif)cil perceber que a #ierarquia estabelecida era extremamente prejudicial ao

    credor, pois, ainda que tivesse interesse no bem pen#orado, deveria auardar a realizao da

    #asta pRblica para, ao final, se no #ouvesse arrematao, adjudicar o bem.

    " praa e o leilo expedientes bastante burocrticos eram privileiados em

    detrimento de solues mais eis e economicamente mais interessantes ao credor. 2sta l$ica

    era bastante danosa ao exeq^ente.

    @ela nova lei, o credor pode optar, antes de qualquer procedimento, por adjudicar o bempen#orado. " adjudicao pode abreviar consideravelmente a execuo, valendo a pena

    reistrar, contudo, que apenas ser poss)vel se no reca)rem outras pen#oras sobre o bemH.

    *aso, contudo, no ten#a interesse em adjudicar a coisa, pode o credor proceder M sua

    alienao, que ser VcontroladaW pela justia. O leilo, na nova sistemtica, releado M ultima

    ratio.

    2"2nrico ui4ados 'speciais.Co @aulo! 4evista dos

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    3nverteu-se, portanto, a l$ica tradicional, na qual o exeq^ente era mero expectador.

    *om a atual disposio leislativa, o credor tem um papel ativo no tocante aos atos

    expropriat$rios a serem realizados, podendo, primeiramente, ficar com o bem para si ou, no

    sendo de seu interesse, proceder M sua venda, desde que respeitadas as condies impostas pelo

    maistradoH7.

    k

    (a p de bens.

    $ole pla%

    &22ste excerto foi extra)dodo artio de min#a autoria intituladoDa execuo por iniciativa particular,indicado como leitura complementar para este encontro J244"T, Deslie C#rida. (a alienao por

    iniciativa particular. 3n! *OC

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    " empresa multinacional americana AO4("+ AO4("+, de medicamentos,

    promoveu ao executiva fundada em t)tulo extrajudicial :duplicata/, no valor de 4g 7.,

    :duzentos mil reais/ em face de '3*4OD"= '2, farmcia que no teria efetuado o

    paamento da duplicata emitida em razo do fornecimento de medicamentos pela AO4("+

    AO4("+.

    +a petio inicial, os advoados da multinacional solicitaram que o juiz efetuasse

    pen#ora em din#eiro na conta bancria da empresa '3*4OD"=-'2 :pen#ora on line/, para

    satisfazer o seu crdito, que foi concedida pelo juiz inaudita altera parte.

    Os advoados da '3*4OD"=-'2 ofertaram aravo de instrumento interposto

    diretamente no

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    6. B>'T?@ DA A&A

    *ompreender os fundamentos do contempt of court, avaliando a necessidade de

    fortalecimento dos provimentos judiciais e aferindo sua poss)vel existGncia entre n$s

    4efletir acerca da pertinGncia e da razoabilidade da priso civil por descumprimento de

    ordem judicial e sua compatibilidade com a *onstituio Jederal

    9. A P$?L M P$C' C?@?& B$A?&'?$

    " *onstituio =rasileira pro)be expressamente a priso civil por dZvidasHH :artio 9,

    inciso DSB33/, embora ela pr$pria traa duas excees M rera! :i/ inadimplemento voluntrio e

    inescusvel de penso aliment)cia% :ii/ depositrio infiel.

    2m ambos os casos, a priso utilizada como meio de coair o devedor a adimplir,

    sendo revoada to loo #aja o cumprimento da obriao.

    Ce a doutrina pac)fica na aceitao da priso civil por inadimplemento de d)vida de

    carter alimentar, o mesmo no ocorre com a priso do depositrio infiel :que, em sede de

    execuo, pode ser decretada em face do depositrio judicial que aliena a coisa que l#e dada

    em confiana/.L que Pacto de an >os= da Costa $ica :*onveno "mericana sobre (ireitos

    Kumanos/, do qual o =rasil sinatrio, apenas admite a priso civil por inadimplemento de

    obriao alimentar :artio 8o, n. 8/.

    "ssim, a constitucionalidade da priso do depositrio infiel passou a ser questionada

    ap$s a internalizao do @acto de Co Aos da *osta 4ica entre n$s :cujo texto oficial foi

    reproduzido pelo (ecreto n. ?8I, de ?..F7/HE.

    &&o direito ro4ano, ara 5onrar seus co4ro4issos, o inadi4lente odia ser

    reduKido L escra3idGo. Co4 o ad3ento da Lex Poetelia Papiria, e4 &26 a. C.,assou#se a roi8ir que o de3edor resondesse elas d3idas co4 seu rrio coro,li4itando#se a resonsa8ilidade ao seu atri4Fnio.&?+ ;unda4ento era de que, or ;ora do artio !N, O 2N, da ConstituiGo Dederal, asreras de ratados nternacionais de que o Brasil arte teria4 statusconstitucional. Para acentuar os de8ates, a E4enda Constitucional n. ?! inseriu u4arra;o &N no artio !N, da Carta Constitucional, o qual disQe que Ios tratados econ3enQes internacionais so8re direitos 5u4anos que ;ore4 aro3ados, e4 cadaCasa do Conresso acional, e4 dois turnos, or trRs quintos dos 3otos dosresecti3os 4e48ros, serGo equi3alentes Ls e4endas constitucionais. receGoda CS nGo o8ser3ou esta rera, o que le3a aluns doutrinadores a questionare4seu status constitucional, e48ora se contra#aru4ente que se trata de direitoadquirido. este deseito, o -ure4o ri8unal Dederal H contrariando a doutrina

    arantista H 9 se 4ani;estou no sentido de que a risGo do deositrio in>el constitucional. Bide 42 n. 7?I?, Y

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    7. CMT'QPT ( C$TH D D?$'?T AM0&)AJL

    O contempt of court:atentado Ms *ortes/ do direito anlo-saxo consiste, na lio de

    '"43+O+3, em medida coercitiva destinada a asseurar ao credor o adimplemento espec)fico da

    obriao devida pelo demandado.

    O juiz tem poderes discricionrios para impor, de acordo com o caso concreto, multa ou

    prisopara forar o devedor a adimplir. +os 2stados [nidos, consolidado o entendimento de

    que o contempt of court a medida mais adequada para arantir a efetividade dos non)mone%

    judgmentsH9.

    *omo anota "("@2DD2&43+3&43+OB24, Va oriem do contempt of courtest associada

    M idia de que inerente M pr$pria existGncia do @oder Audicirio a utilizao dos meios capazes

    de tornar eficazes as decises emanadas. L inconceb)vel que o @oder Audicirio, destinado M

    soluo de lit)ios, no ten#a o condo de fazer valer os seus julados. +en#uma utilidade

    teriam as decises, sem cumprimento ou efetividade. +ear instrumentos de fora ao Audicirio

    o mesmo que near sua existGnciaWH?.

    N. CMT'QPT ( C$TH M D?$'?T B$A?&'?$#

    2m FFI, o ento 'inistro do Cuperior

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    (a mesma forma, em FFF, o 'inistro Clvio de Jiueiredo

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    Ee)ccio

    . 2xistem mecanismos similares ao contempt of courtno direito brasileiro no *$dio de

    @rocesso *ivil1 0uais1 2m sua concepo, eles so suficientes1

    7. BocG concorda com a excluso dos advoados nas disposies do artio E, parrafo

    Rnico, do *@*1 Austifique.

    H. Ceria desejvel que se adotasse, entre n$s, a priso como meio de coero indireta para

    adimplemento da obriao de fazer1 2 no que toca M priso por descumprimento da

    ordem judicial1 2ssas modalidades seriam compat)veis com a *onstituio1

    (ibio')a*ia ob)i'at

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    AULA 1; DE?ESA DO EXECUTADO

    6. B>'T?@ DA A&A

    "nalisar os meios de defesa do executado previstos no sistema processual brasileiro,

    com foco na objeo de pr-executividade.

    9. Q'? D' D'('A D 'J'CTAD M ?T'QA P$C'A& B$A?&'?$

    9.6 ?QP0MAKL ' 'QBA$0 D D'@'D$

    2m respeito Ms arantias constitucionais do contradit$rio e da ampla defesa, o devedor-

    executado tem a possibilidade de apresentar defesa, impunando a execuo.

    (a mesma forma em que # tratamento diverso para a execuo de t)tulos judiciais

    :sentena/ e extrajudiciais, a defesa do executado tambm diferenciada. "ssim, em se tratando

    de cumprimento de sentena1 a tcnica processual adequada a impugnao.

    @or seu turno, a defesa do executado com base em t)tulo extrajudicial se d por meio

    dos em!argos execuo, que, antes da reforma, prestavam-se a impunar todas as

    modalidades de procedimento executivo.

    "s excees a esta rera eral so! :i/ sentena proferida em face da Jazenda @Rblica

    :artio 8H do *@*/ e :ii/ o devedor-executado de alimentos :artio 8H7 do *@*/, j que, em

    ambos os casos, os embaros M execuo continuam a ser o remdio que a Jazenda @Rblica e o

    devedor de alimentos podem apresentar contra uma sentena que os condene a cumprir uma

    obriao.

    6at#)eBa !o tt#o&o!ai!a!e !e

    eec#45o

    De*esa !o

    eec#ta!o

    Re')amento e'a

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    (a mesma forma, em rera, os embaros no tGm efeito suspensivo :artio 8HF-",

    *@*/, embora o juiz possa, a requerimento do embarante, atribu)-lo nos casos de dano de

    dif)cil ou incerta reparao :artio 8HF-", , *@*/. (iversamente da impunao, contudo,

    os embaros so considerados ao de con#ecimento autXnoma, sendo, portanto, decididos por

    sentena :artio 8E, *@*/ e impunveis mediante apelao.

    9.9. 'QBA$0 D' T'$C'?$

    Os embaros de terceiro :artios E? a 9E do *@*/ destinam-se a proteer o terceiro

    estran#o M relao processual que tem sua posse ou direito incomodado pelo ato do ju)zo :Divro

    3B, que trata dos procedimentos especiais/. 'KL D' P$O)'J'CT?@?DAD'

    " exceo :ou objeo/ de pr-executividade uma criao doutrinrio-jurisprudencial

    que permite ao executado, por simples petio, apontar a existGncia de um v)cio que macule a

    execuo quer com questes atinentes aos requisitos de admissibilidade da execuo, quer

    objees substanciais. @ode ser apresentada a qualquer tempo e em qualquer rau de jurisdio.

    @ressupe-se que o v)cio apontado na objeo de pr-executividade possa ser con#ecido

    de of)cio pelo juiz e de plano, isto , sem a necessidade de produo de prova. +a simples

    petio podem ser suscitadas matrias de ordem pRblica e, ainda, atos modificativos, como a

    novao, ou extintivos do direito do exeq^ente, como o paamento. " exceo de pr-

    executividade dispensa a arantia o ju)zo.

    (ibio')a*ia ob)i'at

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    =O+Z*3O, 'arcelo Aos 'aal#es. Aspectos relevantes da tutela do executado na

    nova reforma do C"digo de Processo Civil. 3n! *3"+*3, 'irna% 0["4

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    8. B>'T?@ DA A&A

    "valiar a pertinGncia da utilizao do @oder Audicirio para a cobrana de d)vidas fiscais

    do pr$prio 2stado

    4efletir sobre a poss)vel transferGncia desta atividade para a esfera administrativa e suas

    poss)veis implicaes na esfera dos direitos e arantias individuais

    . 'J'CKL (?CA&: MTA P$C'D?Q'MTA?

    " execuo fiscal, rerada por lei espec)fica :Dei n. ?.IHI/ consiste na cobrana

    judicial, pelos entes 2statais :munic)pio, 2stado, Jederao/, de crditos provenientes de

    tributos no paos, de acordo com o seuinte fluxorama.

    Jonte! *2=2@2A, 78.

    H?

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    4ecente pesquisa realizada pelo *2=2@2A :*entro =rasileiro de 2studos e @esquisas

    Audiciais/ em parceria com o 'inistrio da Austia revela que, nos 2stados de Co @aulo e 4io

    de Aaneiro, a execuo fiscal responde por cerca de 9] :cinq^enta por cento/ de toda a

    movimentao processual da Austia estadual :executivos municipais e estaduais/.

    3sto sinifica que meta!e das demandas distribu)das anualmente nesses 2stados

    ajuizada pelo @oder 2xecutivo, que , portanto, o maior litiante nos

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    procedimentos :embaros M execuo/. 2sse o arranjo adotado em pa)ses como @ortual,

    2span#a, 2stados [nidos, Jrana e "rentina.

    " proposta da @&J+ fundamenta-se no fato de que o carter judicial de todo o processo

    de execuo fiscal desde a citao, passando pela arrematao de bens at a satisfao do

    crdito confere ao procedimento alta dose de formalidade, morosidade :no 5mbito federal,

    estima-se que o processo demore, em mdia, 7 anos/, altos custos e baixa eficiGncia.

    Os mesmos arumentos so mencionados por outros entes :ju)zes e procuradores/,

    conforme reistrado no relat$rio da pesquisa do *2=2@2A!

    parte significativa dos mem!ros do Poder >udiciFrio foi enfFtica em afirmar

    ue o grande n\mero de execu/es ue no chega a ser ultimado por motivos

    variados Snotadamente em virtude da no locali4ao dos executados1 de !ens

    passZveis de penhora ou1 ainda1 de interessados nos !ens penhorados levados a

    hasta pu!licaU mo!ili4a inutilmente pessoas e recursos desse poder1 ue

    poderiam ser canali4ados para outras atividades da prestao jurisdicional.

    'sta viso tam!=m foi compartilhada pelas procuradorias consultadas1

    chegando a se di4er ue o processo judicial para a co!rana forada da dZvida1

    tal como se encontra hoje1 = inviFvelH7V.

    Ce, de um lado, alea-se que o @oder Audicirio no aente de cobrana de crditos,

    mas instituio destinada a aplicar o direito e promover justia, de outra sorte, a execuo fiscal

    administrativa requer a maior concesso de poderes aos procuradores, para que possam praticar

    atos de execuo como a notificao do devedor, pen#ora de bens e valores, leilo e

    arrematao de bens, etc. sem a interveno judicial.

    'uitos setores da sociedade so fortemente contrrios ao fortalecimento dos poderes

    dos procuradores, por receio dos abusos que a medida pode causar, em razo da poss)vel

    afetao de patrimXnio de pessoas f)sicas e empresas sem autori4ao judicial.4ecentemente, essa preocupao foi reistrada em uma matria veiculada no jornal

    B"DO4 2*O+'3*O de abril de 7I, com o seuinte teor!

    &'

    CE*+ B*-/E*+ E E-1+- E PE-1-- J1C- (CEBEPEJ). ExecuesFiscais no Brasil. Braslia: Ministrio da Justia, 2006. ison3el e4:

    5tt:777.ce8ee9.or.8rd;escais.d;, . 6&.

    HI

    http://www.cebepej.org.br/pdf/execucoes_fiscais.pdfhttp://www.cebepej.org.br/pdf/execucoes_fiscais.pdf
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    AO4+"D B"DO4 2*O+'3*O - *"(24+O D2&3CD"`O

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    reistros imobilirios. 'as, de acordo com 3ncio "dams, a proposta foi bem recebida no Rltimo

    encontro do colio estadual de procuradores estaduais e no #aver problema de adeso. O

    banco de dados deve reunir informaes de cart$rios, departamentos de tr5nsito, "Gncia

    +acional de "viao *ivil :"nac/, *apitania dos @ortos, *omisso de Balores 'obilirios

    :*B'/, bolsas de valores, =anco *entral e at do 3nstituto +acional da @ropriedade 3ndustrial

    :3+@3/, para permitir o bloqueio de reistros e patentes.

    Outro ponto em estudo a unificao dos sistemas da 4eceita Jederal e da @&J+ para reduzir o

    tempo de in)cio das cobranas. Koje, a principal reclamao de ju)zes e procuradores a de que

    as execues s$ comeam depois de quatro ou cinco anos de processamento na 4eceita, e neste

    meio-tempo a maioria das empresas fec#a ou fica sem patrimXnio para ser cobrado.

    "dams prevG que o conjunto de alteraes na execuo fiscal deve reduzir o prazo mdio de uma

    execuo de ? para 9 anos, e o volume de processos de execuo da Jazenda, #oje 7,8 mil#es

    de aes, deve cair dramaticamente. "s execues correspondem a cerca de E] do estoque de

    processos do Audicirio, c#eando a 9] em aluns 2stados. " execuo ser iniciada apenas nos

    casos em que for encontrado patrimXnio do devedor, o que deixar de lado a rande maioria das

    aes de cobrana, que so ajuizadas apenas burocraticamente, j que sem patrimXnio ou renda

    localizado no # c#ance de sucesso na ao.

    Debate

    BocG concorda que a execuo fiscal seja retirada do @oder Audicirio, sendo realizada no

    5mbito fiscal, com o conseq^ente fortalecimento dos procuradores e fiscais1

    2m caso positivo, como conciliar esta medida com as arantias constitucionais do acesso M

    justia e do devido processo leal1

    *onsiderando que sempre #aver a possibilidade do @oder Audicirio rever a deciso do

    procurador, esta reforma no poderia erar um volume ainda maior de demandas1

    (ibio')a*ia ob)i'at

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    (ibio')a*ia compementa)

    2xposio de motivos e "nteprojeto de Dei de 2xecuo Jiscal "dministrativa. (ispon)vel em!

    #ttp!PPP.pfn.fazenda.ov.brnoticias2S@OC3*aO\'O