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PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
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Material de Estudo – Tema 11
Apostila de Períspirito
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
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ÍNDICE
CONSIDERAÇÕESGERAIS 3
PRIMEIRAPARTE 4
1.1EXEMPLOSDEDORESFÍSICAS 6
1.2ACIDENTESTRAUMÁTICOS 17
1.3DOSSIÊDEINFORMAÇÕES 28
2.OPERÍSPIRITODOHOMEMPRIMITIVO 49
2.1INFORMAÇÕESADICIONAISQUANTOAOPERÍSPIRITODOHOMEMPRIMITIVO 51
3.OSATRIBUTOSDOPERÍSPIRITO 54
3.1PROPRIEDADESDOPERÍSPIRITO 57
3.2FUNÇÕESDOPERISPÍRITO 61
4.INFORMAÇÕESADICIONAISDOPERISPÍRITO 64
5.AÇÃODOMAGNETISMOEMRELAÇÃOAOPERÍSPIRITO 72
6.PROPRIEDADESADICIONAISDOPERÍSPIRITO 75
7.FUNÇÕESADICIONAISDOPERÍSPIRITO 80
8.FLUIDOVITAL 84
9.PARTOESPIRITUAL–UMAMATERNIDADENAESPIRITUALIDADE 90
10.INFORMAÇÕESADICIONAIS 92
11.AALMANOSANIMAIS 94
12.OBRASADICIONAISECONSULTADAS 99
13.AURA 101
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CONSIDERAÇÕES GERAIS
O Períspirito é o nosso foco principal nesse material de estudo,
entretanto percebermos que nada em nossa volta é independente.
Assim sendo, estamos acrescentando outros itens, conforme o exposto
abaixo:
O períspirito e suas contribuições na evolução do seu
comandante – o espírito. Quanto a sua evolução, nos referimos a sua
aparência e não ao seu intelecto.
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PRIMEIRA PARTE
Ano 1.968, Cuiabá-MT.
Sentíamos a existência do grande universo em torno do assunto
“Períspirito”, mas não encontrávamos em nossa cidade livros
complementares que dissecassem as informações contidas no Livro
dos Espíritos e que possibilitassem que:
No primeiro momento, pudesse me instruir;
No segundo momento, utilizar o conhecimento teórico para
ajudar nos trabalhos práticos das atividades mediúnicas, conforme se
observa adiante neste caderno.
Depois de bons anos de observação associando teoria e prática
mediúnica, fica claro observar que aquele que se apresenta sentindo
dores físicas é na verdade o períspirito.
Com dificuldades, fomos buscando informações aqui e acolá,
até formatar o presente material de estudo que tem como foco
principal o períspirito.
O Períspirito é o intermediário entre o corpo físico e o espírito,
e se assim não fosse, não teríamos atividades mediúnicas em nossas
Casas espíritas.
Quando a pessoa está desencarnada e o espírito quer se
comunicar com os homens, ele se apresenta representado pelo seu
períspirito, o qual utiliza a mediunidade do médium para verbalizar-
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se. Nesse momento, o corpo do médium passa a ser o corpo físico que
ele perdeu.
Em torno do períspirito aglutinam-se energias que circulam
desde o reino mineral, reino vegetal e reino animal, desaguando no
reino hominal. Diante de todas as exposições no decorrer desse
trabalho, esperamos que cada um possa utilizar para o entendimento
que se fizer necessário.
Toda experiência terrena, seja feliz ou infeliz, é assimilada e
informada ao períspirito, que tem a função de organizador do corpo
físico em formação, durante a gravidez.
Toda experiência intelectual do físico passa primeiramente pelo
períspirito, o qual informa ao espírito. Com isso, quero dizer: quem
intelectualiza o espírito é o períspirito. Se assim não fosse, o médico
deixaria de ser médico ao desencarnar.
Os espíritos povoam o universo fora do mundo material,
portando devemos deduzir que não sentem dores físicas e sim dores
morais. Exemplo:
Primou pela ideia do materialismo;
Não teve outra preocupação maior senão a de moldar o seu
corpo físico nas academias. O seu altar era o seu corpo.
Todo sofrimento que machuca o sentimento de uma pessoa ou
que agride a qualquer ser vivente.
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1.1 EXEMPLOS DE DORES FÍSICAS
Abaixo temos alguns exemplos de dores físicas sentidas pelo
períspirito:
Ø Os suicidas na alucinação mental, que com o tiro desferido
continuam a sentir o sangue a escorrer pelo ouvido, sem parar;
Ø O acidentado que continua a reviver o momento do acidente.
As dores físicas em nossas reuniões mediúnicas são mais fáceis
de serem resolvidas. Em seguida, esses assistidos necessitam de um
período de convalescença. Quando se fala em períspirito, ficamos
frente a frente com três realidades. Vejamos:
1. Fluído vital;
2. Corpo vital;
3. Duplo etérico.
1. Fluído vital, quando integrado aos Fluido Cosmo Universal, ou
atuando na manutenção da vida orgânica do homem.
2. Corpo vital, quando fluidos extraídos do fluido Cosmo
Universal, entrelaçam-se entre o corpo físico e períspirito, e
passam a receber emanações do reuro-psiquismo do homem.
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3. O Duplo etérico é uma projeção do corpo vital, ou seja: é a zona
de vibração energética, em conjunto com o fluído vital que
anima o nosso corpo físico.
O períspirito, na relação física do planeta, é o catalisador das
sensações externas do mundo espiritual. Como se não bastasse, tem
ainda a função de computador, armazenando informações e as
colocando a disposição do espírito para quando ele tiver o desejo de
utilizá-las.
No decorrer do estudo, percebo que no meio literário espírita e
nas reuniões mediúnicas, os sofredores desencarnados de os matizes
são identificados por espíritos. No linguajar dos grupos mediúnicos,
assim se expressam: atendemos o espírito de um motoqueiro que
morreu no acidente. Então eu pergunto: onde foi parar o períspirito?
Que alívio! Agora posso dizer: estava certo quando procurava
ver o lado supostamente errado, estava errado por não perceber que o
ser maior é o espírito e que o períspirito nada mais é do que o seu
subalterno.
Assim devo entender que foi o superior que conduziu o
subordinado a receber o socorro. Como vemos nessa relação, o
espírito é soberano.
Nesse trabalho, o leitor amigo encontrará logo mais, na pergunta
93 do L.E. (Livro dos Espíritos), o entendimento desse
entrelaçamento entre espírito e períspirito, que demonstra que:
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o As dores físicas, estão presentes no períspirito;
o As dores morais, pertencem ao espírito. Ver pergunta 2576, L.E.
Para melhor entender o acima exposto, devemos ter uma noção
da função de cada um – espíritos e períspiritos.
Assim sendo, quando se atende o sofredor, estamos aliviando as
dores do períspirito, oriundas do “reflexo condicionado” em torno do
que aconteceu no seu corpo físico. O períspirito, pelo fato de agregar
a quinta essência da matéria em sua estrutura, proporciona a ele a
condição de sentir as dores físicas.
Logo, quando atendemos determinado espírito, o alívio é sentido
no períspirito. Como já disse: beneficiando o espírito por sentir a
melhora do seu subordinado.
Agora posso repetir: estava certo quando procurava ver um lado,
e errado por não perceber que o ser maior é o espírito, o períspirito é o
seu comandado. Assim devo entender que foi o superior que conduziu
seu subordinado a receber o socorro.
Quanto a dor moral que perturba o espírito, tive a felicidade de
ser endossado na palestra de Divaldo Pereira Franco “Enfoque
especial com Divaldo” onde ele relata que:
“Determinado homem, internado em hospital em estado de
coma profundo e prolongado, sendo o seu espírito adepto ao
desequilíbrio da sexualidade e tomando conhecimento que o seu
corpo não mais iria corresponder aos seus anseios degradantes,
passa a não ter mais sossego, nem paciência de aguardar o seu
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desencarne e isso o perturbava”. Eis a dor moral, segundo a minha
forma de pensar.
Quanto aos drogados, podemos perguntar: quem é o
malandrinho nessa história? O corpo físico, que apenas fica
intoxicado e terá conseqüentemente as suas dores físicas? Ou o
espírito que mesmo depois da morte do corpo físico, passa a imantar-
se ao encarnado viciado, movido pelo desejo de drogar-se?
Como vemos, há aí um misto de dor moral e física.
Que loucura! Não se trata mais de acudir o períspirito, e agora
José?
Vejamos os dizeres de Kardec:
Pergunta 93, L.E.: O espírito propriamente dito nenhuma
cobertura tem, ou, como pretendem alguns, será sempre envolto numa
sustância qualquer?
Envolve-o uma substância vaporosa para os teus olhos, mas
ainda bastante grosseira para nós, assaz vaporosa, entretanto, para
poder elevar-se na atmosfera e transportar-se, aonde queira.
O estudo do espírito e períspirito é muito significativo ao
analisarmos o registro no rodapé da pergunta acima citada (93):
“Envolvendo o germe de um fruto, há perisperma do mesmo
modo, uma substância que por comparação, se pode chamar
períspirito”.
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Em função desse perisperma, passamos a entender que o espírito
e períspirito podem desenvolver as seguintes realidades:
Primeira realidade: o espírito é um clarão, uma luz, que por
intermédio do períspirito – que lhe proporciona uma vestimenta
especial – lhe possibilita ser visto pelo médium vidente, como
aconteceu com o jovem que exclamava: eu vi o meu avô
desencarnado.
O foco do nosso trabalho é o períspirito, mas surge também
outro elemento que é o espírito. Vamos sintetizar:
P. Qual a origem do Espírito?
R. Perg. 81, L.E. - Deus os cria como a todas as outras criaturas,
pela sua vontade. Mas, repito ainda uma vez que, a origem deles é
mistério.
Segunda realidade: o espírito agindo com o seu períspirito,
contando com apoio de médiuns que possuem disponibilidade de
oferecer quantidades elevadas de ectoplasma, obtém o fenômeno da
materialização (diferente de alguém ver).
O espírito que consegue atingir a sua materialização, passa a ser
visto por todos que estejam naquele local e não somente pelo médium
vidente.
Caso o espírito deseje e o momento permita, ele poderá não
somente estabelecer uma conversa, como também um abraço, um
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aperto de mão. Não se preocupe com o aperto de mão, ela estará
aquecida.
Assim sendo, podemos dizer: períspirito e espírito estão
entrelaçados, mas com funções diferenciadas.
É nesse momento que em conjunto: médiuns de efeitos físicos
com a participação do períspirito, oferecem a vestimenta para que o
espírito possa ser visto.
Diante do que será exposto, estaremos trazendo a baila a
necessidade de muitos dirigentes irem se preparando com antecipação
quanto aos fenômenos mediúnicos, caso contrário, ele ficará em
situação complicada, sem tempo para pensar “Por onde começar esse
atendimento? Por onde encerrar tal atendimento?” e etc.
O dirigente preparado não é pego de surpresa, pois ele tem em
seu consciente informações que facilitarão a intuição dada pela
espiritualidade, que norteará o seu procedimento.
Diante dessas considerações, busco dizer no silêncio de minha
alma: não estou desprezando o dever de fidelidade e bom senso que a
doutrina exige.
Novamente, falando sob relação espírito e períspirito, devemos
ressaltar que esse vínculo deixa de existir quando o espírito alcança o
grau de pureza, passando a trabalhar nas atividades do Criador.
Aqui cabe uma pergunta: o que acontece ao períspirito quando
esse vínculo desaparecer? O períspirito deixa de existir?
Não. Ele retorna ao fluído cósmico universal.
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Vejamos:
P. Que nome se dá ao fluído universal quando se une ao espírito
e matéria?
R. Períspirito.
P. O que é períspirito?
R. Condensação do fluido universal.
Como vemos, Kardec afirma que fluído universal é igual a
períspirito, pois trata-se do mesmo gênero.
P. Gostaríamos de saber como é a anatomia e fisiologia, desse
corpo fluídico, quando ligado ao encarnado e depois do desencarne.
R. O períspirito é semelhante ao corpo físico, mas não é idêntico
a ele em tudo, naturalmente em relação a sua estrutura molecular.
Quando á aparência, alguém diz: Eu vi o meu avô. Mas eis aí o corpo
espiritual, naturalmente com uma aparência mais nova.
Os espíritos autores de obra psicografada por André Luiz no
livro “Nosso Lar” refere-se ao corpo fluídico do desencarnado com
órgãos funcionando, como era no corpo físico.
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Para outros, todavia, as funções seriam algo diferente, exemplo:
quanto à alimentação que se resumiria em absorver energias de
caráter magnético.
Novamente chamo a atenção quanto ao erro de expressão em
relação ao desencarnado acidentado, quando se diz: tal espírito teve
uma morte terrível! Saibamos que:
o O espírito não morre, quem morreu foi o corpo;
o Quem sente o reflexo da dor física é o períspirito, pois o
espírito não sente dor física.
Entretanto, ficava incomodado por não ter a sua disposição um
períspirito em condições de representá-lo na realidade do mundo
físico.
Em décadas passadas, as reuniões espíritas eram mais serenas,
os espíritos se apresentavam com humildade, solicitando
entendimento do que se passava com eles. As religiões predominantes
ainda hoje estão despreparadas no entendimento quanto aos
desencarnados. Atualmente, as reuniões mediúnicas exigem muita
preparação do grupo.
Portanto, o dirigente deve preparar a si mesmo e o grupo, com
antecedência, pelo fato da doutrina espírita estar vivendo um
momento de muita dinâmica. Esse preparar-se é necessário porque a
espiritualidade não avisa o dia e hora em que teremos tais
responsabilidades. Vejamos três realidades diferentes:
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v Pensem vocês se determinado grupo tiver a
responsabilidade de atender os astronautas desintegrados
na explosão da nave espacial, americana;
v As pessoas cremadas;
v As Cirurgias no cérebro do períspirito.
Nessas situações, os espíritos se apresentam muito debilitados
como reflexo do seu comandado, o períspirito. Assim sendo,
procuramos proceder assim como os médicos fazem nos acidentados
em situações traumáticas:
ü Estabilizar em primeiro lugar as emoções do necessitado;
ü Depois, avaliar a metodologia do socorro.
ü Oferecer palavras fraternas, a serem assimiladas pelo socorrido.
ü Dizer que o Pai deixa as noventa e nove ovelhas e vem em
busca da ovelha necessitada;
ü Dizer que somos eternos;
ü Que o Pai ama a todos com a mesma dedicação;
ü Se necessário, oferecer o remédio fluídico;
ü Ir falando e abrandando os seus tormentos, proporcionando o
relaxamento, facilitando o socorro necessário para a condução
do doente ao hospital existente na espiritualidade.
ü Oferecer energias salutares através do passe.
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No caso dos astronautas buscaria a intuição quanto ao oferecer
energias via passes. Perguntando sempre: será que as minhas energias
estão tão saudáveis? Para não contaminar o momento da reconstrução
dos seus corpos espirituais. Poderia até oferecer tal energia, mas
colocando a disposição da espiritualidade, para que eles administrem
o passe.
Quanto aos astronautas, devemos pelo menos deduzir que: a
desintegração do corpo físico oferece reflexo profundos no períspirito,
trazendo dificuldades ao espírito, pois ambos caminham juntos,
mesmo havendo o desencarne. Diante do exposto, devo entender que:
o períspirito e espírito não perdem a memória, pois são memórias
espirituais.
Caso o meu entendimento esteja correto quanto as matrizes da
memória ser espiritual, os técnicos e médicos do mundo maior
recorrem a essa memória para a reconstrução da aparência física dos
astronautas.
Não podemos descartar a possibilidade de ser necessário repetir
novas existências físicas para os devidos reparos no ser espiritual, se
necessário. Nesse caso, o corpo físico funcionará como uma esponja,
absorvendo as deficiências do períspirito.
Novamente quero dizer que esses são estudos oriundos de uma
lógica. Motivo de eu estar aberto à melhores considerações.
Aqui cabem algumas perguntas:
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P1. Será que essa reconstrução dos corpos desintegrados dos
astronautas será desde o inicio responsabilidade do grupo mediúnico
e equipes de médicos espirituais? Ou haverá tratamento prévio nos
hospitais existentes no mundo maior?
P2. Seria possível que médiuns sinceros e dedicados, não
missionário da mediunidade, suportem a sensação de desintegração
apresentada por esse doente?
Confesso que não sei dizer, que cada dirigente busque uma
forma da equipe entender tais procedimentos, contribuindo de forma
satisfatória com o dirigente. Esse entendimento, o leitor terá nos
exemplos de atendimentos que apresentaremos nos momentos de
auxiliar os espíritos com desencarne traumático.
Procedimento do grupo quando em atividade mediúnica:
ü Equilíbrio das emoções quanto a problemática do auxílio.
Os espíritos se sentem mal quando a sua desgraça é motivo de
curiosidade, sem finalidade fraterna.
Para que os espíritos possam cumprir a sua tarefa a contento, o
grupo mediúnico tem a responsabilidade de emanar energias
ectoplasmáticas à equipe espiritual.
Por isso a necessidade de dirigentes e trabalhadores entenderem
que há momentos em que deverá haver o silêncio de todos, pois o
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atendimento está se desenvolvendo em nível espiritual. Nesse
momento deve-se acreditar fortemente na intuição e pôr em prática, se
necessário:
Ø A certeza da existência no local de aparelhos médicos e
enfermeiros especialistas realizando a parte mais difícil.
Exemplo: cirurgias plásticas, de reconstrução de um corpo
destruído em incêndio. Determinado espírito se identificou
dizendo: tornei-me um tição.
Devo entender que a memória espiritual não se desintegra e
assim oferece aos especialistas a possibilidade da reconstrução. Meus
amigos: estou falando em tese, pois não encontrei material que me
oferecesse explicação.
Alguém poderá comparar a situação dos astronautas com as
pessoas que praticaram a cremação, porém, são situações diferentes:
Ø No caso dos astronautas, eles estavam vivos fisicamente;
Ø No caso dos cremados, o períspirito e espírito já tinham sido
expulsos do corpo, os quais não tinham mais condições de
aceitá-los, o coração tinha deixado de bater.
1.2 ACIDENTES TRAUMÁTICOS
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A seguir vamos apresentar exemplos de acidentes traumáticos.
Quanto a sistemática de atendimento, cada grupo tem a sua
particularidade, mas vou expor um exemplo de atendimento.
Primeiro exemplo de socorro – cirurgia na cabeça:
Acredito em poder classificar de socorro de Dores Morais.
Tratando-se de cirurgia na cabeça do desencarnado, continuamos
tendo essas experiências. Esses irmãos foram trazidos e atendidos
através de um médium muito querido.
Deram ênfase de que estavam estudando os efeitos da anestesia,
entendi que no momento certo, teremos a descoberta dessa anestesia e
por que não novas técnicas de cirurgias em doenças físicas? Talvez
até mesmo com o retorno desses cientistas exercendo a profissão de
médico.
Cada espírito submetido a cirurgia reclamava da dor sentida na
cabeça e diziam: a minha cabeça está sendo aberta e dela estão sendo
retirados lixos mentais que tinham formas horripilantes de bichos
vivos. A mais comentada pelos doentes era em forma de cobra, as
quais eles pediam para não verem. Como vemos, foram atendidos
também os traumas psíquicos.
Os resultados foram satisfatórios, todos se despediam
agradecidos e aliviados pelo bem-estar que sentiam. Naturalmente,
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como toda cirurgia, depende ainda de cuidados pós-operatórios a
serem oferecidos por hospitais existentes no espaço.
Eis o motivo da necessidade de o dirigente se preparar, porque
nunca se sabe o momento desse ou daquele atendimento. A minha
participação foi incialmente de diálogo fraterno e depois juntamente
com o grupo, a postura do silêncio e prece, oferecendo as nossas
energias a equipe espiritual no processo da cirurgia.
Segundo exemplo de atendimento – o espírito que se
apresenta segurando a sua cabeça:
O períspirito se apresentou segurando nas mãos a sua cabeça,
que estava separada do corpo. Aqui cabe uma pergunta:
P. Quem teve a cabeça decepada foi o corpo físico?
R. Sim, foi o corpo físico. Como vemos toda agressão que o
físico sofre, reflete no períspirito, trazendo dificuldade ao espírito.
P. Nessa situação, como é possível esse ser falar, mesmo por
intermédio da mediunidade?
R. Somente existindo memória imortal via telepatia e o médium
captando e transformando em palavras.
O nosso procedimento nesse atendimento:
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Sem dúvida, a serenidade do grupo, jamais oferecendo atitudes
de surpresa, não se emocionar, mas sim oferecendo muito sentimento
fraternal, oferecendo também palavras de boas vindas, dizendo:
paciência tudo vai correr bem, Jesus é o médico de nossas almas. O
grupo, ao se munir de muitas energias saudáveis a serem ofertados
aos médicos, ajudam na cirurgia.
Com palavras de sentimento fraterno, preparamos o mundo
íntimo do doente, esse foi o meu procedimento. No final, o irmão
necessitado disse: estou com a cabeça no lugar, eles costuraram.
Terceiro exemplo de socorro - acidente de moto:
Acalmar o seu desespero com palavras de que tudo já passou,
que o fato de sentir tal mal-estar é apenas um fruto do seu reflexo
condicionado.
Oferecer também palavras amigas e passes, preparando-o para
entregarmos aos médicos espirituais, para ser conduzido ao hospital
existente no mundo espiritual.
Não ter muita pressa ao oferecer palavras fraternas e silenciosas,
as quais vão estabilizando o mundo íntimo do necessitado. Assim
estaremos oferecendo tempo para a conclusão do socorro espiritual.
É necessário que os trabalhadores da Casa Espírita entendam
que o momento funciona como um pronto socorro, preparando os
necessitados para o atendimento nos hospitais existentes no mundo
espiritual.
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Nos casos de acidentes e outras situações que se façam
necessárias, eu procuro oferecer um pouco mais de ajuda. E nesse
caso, o medicamento seria conduzi-lo a rever um momento em que
ele se sente feliz e sem problema maior.
Concluída essa autossugestão, eu pergunto: nesse momento,
você se encontra bem e saudável, não é verdade? Naturalmente, ele
dirá que sim, e por conta própria dirá: “estava recebendo abraços dos
filhos, pois saía para o trabalho”. Para a finalização do atendimento,
diremos: meu irmão, todos os momentos pessoais nos pertencem,
vamos utilizar os bons.
Quarto exemplo de socorro - vítima de incêndio:
O motorista de uma carreta carregada de combustível acidentada
na Serra de São Vicente, Cuiabá-MT, acabou desencarnado pelo
incêndio.
O procedimento inicial não teve muita diferença do motoqueiro,
pois tendo conhecimento do grau do acidente e realidade do seu
desencarne, firmemente perguntamos:
-Antes da viagem, onde você estava com o seu caminhão?
-Abastecendo de combustível na distribuidora da Petrobrás.
Pergunto:
-Como você está se vestido nesse momento?
-Calça de cor azul e camisa verde e amarela.
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Naturalmente, não havia o interesse de eu saber o detalhe da
roupa e sim o desejo de retirá-lo do estado hipnótico, um reflexo
condicionado. Pedi a ele para que não pense mais no acontecido, para
não retornar a tormenta.
Após proporcionarmos essa estabilização no emocional, tudo
ficou mais fácil para a ação do socorro espiritual.
Quinto relato de morte trágica - tiro de uma arma de fogo:
O espírito se apresenta reclamando que morreu pelo tiro de uma
arma de fogo. Reclamava da ferida que não cicatrizava e o sangue que
não estancava.
P. Qual foi o processo de ajuda a esse períspirito?
R. Vou falar como comumente se fala no espiritismo, o espírito
apresentou-se muito sofrido, reclamando que a ferida não cicatrizava
e o sangue não parava de jorrar.
Vejam: nesses casos temos praticamente a mesma técnica,
procurar mudar a sua mente, sair do reflexo condicionado quanto ao
tiro. Induzindo-o a rever um momento feliz que ele vai relatando.
Conseguindo essa mudança de pensamento, é como que se
acontecesse um milagre:
Em pouco tempo ele não mais sente a ferida e nem o sangue a
escorrer pelo ferimento. Eis o fim do reflexo condicionado, onde está
a nossa mente, ali nós estaremos.
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Faço aos estudiosos do espiritismo, a seguinte pergunta: quem
foi o mais beneficiado, o períspirito ou espírito?
Reflitam:
-O períspirito tem essência de matéria. Motivo de sentir dores.
-A origem do Espírito é do mundo espiritual, motivo de não
sentir dores físicas.
P. Qual a origem do Espírito?
Ver na página 07, pergunta 81, L.E.
Meus amigos, em nossas atividades mediúnicas de sábados e
domingos, vêm ocorrendo o seguinte atendimento:
Passei a me preocupar e informar ao grupo mediúnico que
muitos espíritos necessitados ficavam do lado de fora da casa espírita
sem condições de acesso nas palestras, passes e reuniões mediúnicas.
Procurando exercer a intuição, passamos a remeter palavras de apoio
fraterno. Em breve tempo, éramos informados que as palavras
fraternas eram amplificadas por alto falante possante que alcançava a
todos os bares próximos, até o bairro do Porto-Cuiabá MT para serem
escutados por centenas e até milhares, que estavam distantes da nossa
casa espírita em um raio de uns cinco mil metros, até a região de
séculos de prostituição.
Nesse momento de digitação, passo a ter o seguinte
entendimento:
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São aos milhares na rua. Logo, impossível oferecer acesso a
todos num só dia. Entretanto, nossas vibrações podem ir até a rua e o
médium em desdobramento.
Agindo dessa forma, estamos contribuindo com os trabalhadores
do Hospital Maria de Nazaré, onde após estabilizá-los
emocionalmente, ficam em condições de serem levados ao hospital
que tem o nome dessa Mãe dos necessitados.
Coisa simples, mas que não tínhamos pensado: se eles não
podem ter esse acesso às atividades da casa, a casa pode ir até eles e
desenvolver a ajuda em questão.
A convicção dessa nova responsabilidade apresentada ao nosso
grupo aconteceu quando um desses sofredores da rua nos disse: estou
sendo socorrido, mas lá fora ficaram muitos! A rua está cheia, a
perder-se de vista.
Hoje a nossa primeira preocupação é com esses moradores da
rua, desencarnados, sofridos, muitos sem esperança por reconhecerem
os seus graves erros, outros agressivos e revoltados. Como de rotina, a
espiritualidade encaminha até nós o espírito que irá falar por todos.
Ele comenta a presença incontável desses necessitados; comenta
o empurra empurra de muitos que temem ficar sem serem assistidos e
com medo de não sobrar lugar nas conduções que não têm aqui na
terra.
Nesse momento, digo de forma enérgica: por tudo que estou
proporcionando e vou proporcionar, mereço o respeito de todos.
Temos a impressão que os ânimos ficam mais brandos.
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Afirmo que após o atendimento, todos que tiverem merecimento
terão seus lugares, e serão conduzidos a hospital para continuidade do
tratamento.
O que nos emociona é quando escutamos do espírito que se
apresenta em nome de todos dizer: muitos estão em prantos,
ajoelhados, olhando para o alto.
Uma emoção maior reservamos ao leitor, no final do nosso
atendimento.
Nossa metodologia de atendimento:
Começa quando o espírito que representará a todos se apresenta.
Aí dirijo palavras ao irmão junto de nós que também escuta:
Queridos irmãos, Jesus é o amigo incondicional de nossas
almas, ele nos espera a mais de dois mil anos. Ele nunca nos
abandonou, nós que nos distanciamos dele. Ele nos disse para deixar
as noventa e nove ovelhas e ir em busca da desgarrada.
O momento é de disciplina, de humildade, alma elevada à Jesus
para que a ajuda possa acontecer. Convido a todos que elevem seus
pensamentos à Jesus, de alma genuflexa.
Que cada dirigente crie as suas próprias palavras fraternas,
procurando mudar o mundo íntimo desses necessitados, para que o
socorro possa efetivar-se.
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Repetindo: eis o momento em que o espírito que está conosco e
que diz emocionado que muitos estão chorando, outros ajoelhados.
Chega o momento propício para eu dizer: eu quero ajudar muito
mais, e assim rogo a Jesus:
Sintam essa cachoeira de água fluídica, que traz a higiene aos
corpos, sem molhar, cicatrizando as feridas. Eles percebem
assustados e alegres que se vêem, estão vestidos com roupas limpas e
não mais os trapos malcheirosos que usavam anteriormente. Muitos
dizem ser milagre.
Procuro dar ênfase nessa primeira lição de disciplina mental,
dizendo: que cada um de vocês mentalize como gostaria de ter a
barba, quem está sem dentição mentalize com os dentes em toda a
boca e que os cabelos se apresentem como vocês eram acostumados a
usar.
Contentes e admirados, afirmam que os seus desejos foram
realizados. Há os que dizem: tenho dentes em toda boca!
Retorno ao diálogo dizendo: Meus irmãos, desejo oferecer um
presente maravilho aos que recebem e a quem doa. Me ajudem:
procurem lembrar com muito carinho aquela que lhe amamentou
quando ainda era muito pequeno, as suas mães.
Criamos assim, condição vibratória para eles verem as suas
mães e elas se apresentam, sempre trazendo uma flor. Eles dizem: elas
estendem as mãos e dizem que vão nos levar com elas, não onde
estão, mas que seremos visitados por elas. Quando raramente alguma
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não se apresenta impossibilitada ou reencarnada, alguém grato ao
coração do irmão vem até ele.
Os equívocos dos estudiosos da bíblia afirmam que, Dimas o
ladrão na cruz ao lado de Jesus diz: leva-me contigo. E Jesus disse:
ainda hoje estará comigo? Sim, estará comigo, mas não para onde
estarei. As mães vêm buscar seus filhos e prometem ir visitá-lo, não
dizem: você vai estar junto de mim. Para esses equívocos, o apóstolo
Paulo já dava o seu alerta ao dizer: meus irmãos, cuidado a letra mata
- mata a verdade.
Estamos prestes a finalizar a nossa atividade de socorro, que se
repete da mesma forma, pelo fato dos problemas serem os mesmos.
Os auxiliados dizem ainda que o momento é mágico, que o céu
se abriu e uma luz é projetada, dizem ainda parece que estão vendo
uma mulher com uma criança nos braços, com duvida perguntam: é
Maria, com o menino Jesus nos braços? Confirmamos que sim.
Ela tem um hospital com o seu nome e é nesse hospital que
vocês serão socorridos.
Oh! Igreja que não entende quando Jesus disse, inserido na
bíblia: eu rogarei ao pai e ele mandara o espírito da verdade o
consolador prometido. Eis o espiritismo, a terceira revelação aos
homens, tão achocalhados. Eis a terceira revelação à humanidade
onde reinará um só pastor, um só rebanho.
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
28
Não temos como parar, pois, há muitas coisas a serem ditas
através de muitas fontes - motivo de em alguns momentos parecer
haver repetição.
A seguir apresentaremos um verdadeiro Dossiê de perguntas e
respostas. Vamos entender o períspirito em sua caminhada evolutiva,
não podendo deixar de oferecer algum entendimento sobre o espírito.
Vou facilitar um pouco o entendimento a respeito do períspirito:
Determinada pessoa esmaga uma aranha, o vidente enxergava
na oportunidade o ser embrionário, ou seja: a forma da aranha saindo
do chão, ganhando as alturas.
Se fosse um cachorro, no momento da sua morte, qual seria a
sua forma perispiritual-embrionário? De cachorro. Dentro desse
entendimento já sabemos qual seria é forma perispiritual do ser
humano: idêntico a pessoa que desencarnou. Ver livro Caibar –
Almas nos Animais.
1.3 DOSSIÊ DE INFORMAÇÕES
P. Gostaríamos de saber como é a anatomia desse corpo
fluídico, na espiritualidade?
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
29
R. O períspirito (do homem) em condições morais normal é
semelhante ao ex-corpo físico, mas não é idêntico a ele em tudo,
naturalmente em relação a sua estrutura molecular. Entendendo
também que a forma mortal é uma e a imortal é outra.
Os espíritos autores de obra psicografada por André Luiz em
“Nosso Lar” registram que o corpo fluídico do desencarnado têm
órgãos funcionando como os do físico.
Para outros, todavia, as funções seriam algo diferente, como por
exemplo, as da alimentação que se resumiria a absorver energias de
caráter magnético.
Pergunta 76, L.E. Que definição se pode dar dos espíritos?
P. Pode dizer-se que os Espíritos são os seres inteligentes da
criação. Povoam o Universo, fora do mundo material.
Por minha conta quero entender: seres inteligentes, mas não
sábios, que estão caminhando em direção da sabedoria.
Pergunta 80, L.E. A criação dos Espíritos é permanente, ou só
se deu na origem dos tempos?
R. É permanente. Quer dizer: Deus jamais deixou de criar.
Aqui cabe uma informação pessoal:
Não tem como não entendermos que a cada criação espiritual,
ainda rudimentar, simultaneamente o criador oferece um companheiro
também rudimentar, o períspirito.
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
30
P. Afora essa característica do espírito puro, haveria outra
situação em que se notasse a falta do períspirito?
R. Não se trata de perda do períspirito, propriamente, mas de
uma evolução de forma.
O espírito, em tal estado de inferioridade e dementado pelo
excesso de transgressões, perde temporariamente a condição que lhe é
própria de organizador e mantenedor da forma. Incapaz de se manter
configurado degenera.
Um simples exemplo: O espírito, querendo manter uma
aparência horrível e deformada, com o desejo de amedrontar e sentir-
se respeitado entre encarnados em sono e desencarnados. De tanto
mudar a sua aparência, chega num momento que não consegue mais
retornar a sua aparência normal.
P. Qual o nome que identifica o períspirito que perde totalmente
a sua forma física?
R. Ovóides. Ver livro “Libertação” de André Luiz, capítulo VI,
psicografia de Francisco Candido Xavier.
Exemplo: determinada pessoa que se fecha psicologicamente e o
seu mundo íntimo se limita a um só pensamento: o ódio.
Naturalmente conduz o períspirito a uma aparência: o ovóide, com a
perda da aparência humana. Vamos chamar de segunda morte, apenas
para simplificar.
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
31
Cabe ressaltar que os cientistas do mal armazenam essas
criaturas perispirituais (com formas ovóides) em verdadeiras
prateleiras, cada qual com o seu perfil de ideias fixas. Exemplos: fica
fácil entender que os cientistas do mal, ao retirar tal ovóide da
prateleira, com tal energia doente e fixando nas energias periféricas
do homem, vai aos poucos materializando a doença conforme o
mundo intimo do doente espiritual, que no momento é qualquer coisa,
menos alguém humanizado. Motivo de Jesus dizer: orai e vigiai para
não cairdes na tentação.
O assunto períspirito é muito amplo, motivo de digitar muitas
outras páginas.
Pergunta do L.E. 27 Há então dois elementos gerais do
Universo a matéria e o espírito?
R. Sim e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas.
(Deus, espírito e matéria) constituem o principio de toda Trindade
Universal.
Com esse entendimento o clero e os evangélicos resolveriam o
que acostumaram dizer: segredo de Deus.
No caso da trindade universal, os religiosos que não prestarem
atenção nas palavras do Apostolo Paulo, erram a todo o instante.
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
32
Convido a conhecermos as funções desse fluido Cósmico
Universal, o períspirito e seus componentes.
André Luiz no Livro “Recordações da Mediunidade” comenta
nas páginas 50 e 60, o seguinte:
• O períspirito é composto de três espécies de fluido: o fluido
elétrico, fluido magnético e fluido universal, esse conjunto é
considerado pelo espiritismo a quinta-essência da matéria.
• Ele arquiva em seus refolhos, como que superpostos em
camadas vibratórias, em todos os acontecimentos que tenhamos
produzidos através das nossas imensas etapas evolutivas. O
períspirito é o computador e quando o espírito deseja aciona os
seus arquivos.
P. Porque é tão importante essa semi-materialidade?
R. É essa circunstância que explica o seu papel de intermediário
entre o corpo e o espírito. É por este laço perispiritual que o espírito
consegue agir sobre a matéria.
Exemplo: o atleta do século Pelé. Donde vinha a sua capacidade
na arte do futebol? Temos essas informações na resposta acima.
Escreve Léon Denis no livro “Depois da Morte”, no capítulo
XXIII:
“Assim também, o períspirito conserva, sob suas aparências
presentes, os vestígios das vidas anteriores”.
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
33
Esses vestígios em nós muitas vezes esquecidos, porém desde
que a alma busca em seus arquivos de memória, desperta a sua
recordação, exemplo de uma saudade que não sabemos explicar,
nascida na intimidade do nosso ser.
São essas reminiscências que formam o pano de fundo saudável
ou não, nos momentos do exercício da mediunidade, principalmente
nos primeiros tempos do exercício prático da mediunidade.
A memória passada está presente em nosso períspirito, é só
dominarmos o mecanismo de aceleração vibratória e ela estará
presente.
P. Compreendendo o períspirito, compreenderemos a dinâmica
do organismo físico?
R. Esse corpo energético responderia tanto pela vitalidade do
organismo físico quanto por suas funções, contando para isso com o
concurso do fluido vital. Todos os abalos refletem no organismo
físico, provocando modificações na força vital, que por sua vez,
afetaria o períspirito.
Acredito ser oportuno informar que no desencarne, quando se
altera a junção: espírito, períspirito, e matéria, a dor que outrora era
sentida no pé, o desencarnado passa a sentir em todo o ser,
encontrando dificuldade em dizer que a dor é no pé (pé perispiritual).
É fácil entender essa situação: ele agora é mais energia, menos
matéria bruta que concentra no devido lugar a dor.
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
34
O erro é o seu pensamento ficar dando vida ao que ficou no
passado, pois o reflexo da dor é oriundo do períspirito.
Para o necessário entendimento das dores físicas e morais, as
palavras de Jesus defini o entendimento:
“Onde estiver o seu pensamento, ali você estará”.
Pergunta 094, L.E. De onde tira o espírito o seu invólucro
semi-material?
R. Do fluído universal de cada globo, razão por que não é
idêntico em todos os mundos. Passando de um mundo para outro, -
em viagens – o espírito muda de envoltório, como mudais de roupa.
Assim, quando os Espíritos que habitam mundos superiores vêm
ao nosso meio, tomam um períspirito grosseiro.
Pergunta 187, L.E. A substância do períspirito é a mesma em
todos os mundos?
R. Não; é mais ou menos etérea. Passando de um mundo a
outro, o espírito se reveste da matéria própria desse mundo, operando-
se, porém, essa mudança com a rapidez do relâmpago.
Ensaio teórico da sensação dos Espíritos L.E. Pergunta 257:
Pensava em sintetizar essa questão (257) de Kardec por ser bem
longa. Ao percebemos que esse material vem endossar tudo o que
dissemos até aqui, e enriquecendo outros entendimentos, só nos resta
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
35
transcrever na íntegra. E após essa transcrição, iremos inserir outras
informações, facilitando o entendimento.
257: O corpo é o instrumento da dor. Se não é a causa primária
desta é, pelo menos, a causa imediata. A alma tem a percepção da dor;
essa percepção é o efeito.
A lembrança que da dor a alma conserva pode ser muito penosa,
mas não pode ter ação física. De fato, nem o frio, nem o calor são
capazes de desorganizar os tecidos da alma, que não é suscetível de
congelar-se, nem de queimar-se. Não vemos todos os dias a
recordação ou a apreensão de um mal físico produzirem o efeito desse
mal, como se real fora? Não as vemos até causar a morte?
Toda gente sabe que aqueles a quem amputou um membro
costumam sentir dor no momento que lhe falta. Certo que ali não está
sede, ou, sequer, ponto de partida da dor.
O que há, apenas é que o cérebro guardou desta a impressão.
Lícito, portando, será admitir-se que coisa análoga ocorra nos
sofrimentos do Espírito após a morte. Um estudo aprofundado do
períspirito, que tão importante papel desempenha em todos os
fenômenos espíritas; nas aparições vaporosas ou tangíveis, no estado
em que o Espírito vem a encontrar-se por ocasião da morte; na idéia,
que tão freqüentemente manifesta, de que ainda esta vivo; nas
situações tão comoventes que nos revelam os suicidas, dos
supliciados, dos que se deixaram absorver pelos gozos materiais; e
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
36
inúmeros outros fatos, muita luz lançaram sobre essa questão, dando
lugar a explicações que passamos a resumir.
O períspirito é o laço com o qual a matéria do corpo prende o
Espírito, que o tira do meio ambiente, do fluído universal. Participa
ao mesmo tempo da eletricidade, do fluído magnético e, até certo
ponto, da matéria inerte. Poder-se-ia dizer que é a quintessência da
matéria. É o princípio da vida orgânica, porém não o da vida
intelectual, que reside no espírito. É assim, o agente das sensações
exteriores. No corpo, os órgãos, servindo-lhes de condutos, localizam
essas sensações. Destruindo o corpo, elas se tornam gerais. Daí o
Espírito não dizer que sofre mais na cabeça do que dos pés, ou vice-
versa.
Não se confundam, porém, as sensações do períspirito que se
tornou independente, com as do corpo. Estas últimas só por termo de
comparação às podemos tomar e não por analogia. Liberto do corpo, o
Espírito pode sofrer, mas esse sofrimento não é corporal, como o
remorso, pois ele se queixa de frio e calor. Também não sofre mais no
inverno do que no verão: temo-los visto atravessar chamas, sem
experimentar qualquer dor.
Nenhuma impressão lhes causa, conseqüentemente, a
temperatura. A dor que sentem não é, pois, dor física propriamente
dita: é um vago sentimento íntimo, que o próprio Espírito nem sempre
compreende bem, precisamente porque a dor não se acha localizada e
porque não a produzem agentes externos; é mais uma reminiscência
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
37
do que uma realidade, reminiscência, porém igualmente penosa.
Algumas vezes, entretanto, há mais do que isso, como vamos ver.
Ensina-nos a experiência que, por ocasião da morte, o períspirito
se desprende mais ou menos lentamente do corpo; que durante os
primeiros minutos depois da desencarnação, o Espírito não encontra
explicação para a situação em que se acha. Crê não estar morto, por
isso que se sente vivo; vê a um lado o corpo, sabe que lhe pertence,
mas não compreende que esteja separado dele. Essa situação dura
enquanto haja qualquer ligação entre o corpo e o períspirito. Disse-
nos, certa vez, um suicida: “Não, não estou moto” E acrescentava: No
entanto, sinto os vermes a me roerem. Ora, indubitavelmente os
vermes não lhe roíam o períspirito e ainda menos o Espírito; roíam-
lhe o corpo. Como, porem, não era completa a separação do corpo e
do períspirito, uma espécie de repercussão moral se produzia,
transmitindo ao Espírito o que estava ocorrendo ao corpo.
Repercussão talvez não seja o termo próprio, porque pode induzir à
suposição de um efeito muito material. Era antes a visão do que
passava com o corpo, ao qual ainda conservava ligado ao períspirito,
o que lhe causava a ilusão, que ele tomava por realidade. Assim, pois,
não haveria no caso uma reminiscência, porquanto ele não fora, em
vida, roído pelos vermes; havia o sentimento de um fato da
atualidade. Isto mostra que deduções se podem tirar dos fatos, quando
atentamente observados.
Durante a vida, o corpo recebe impressões exteriores e as
transmite ao Espírito por intermédio do períspirito, que constitui,
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
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provavelmente, o que se chama fluído nervoso. Uma vez morto, o
corpo nada mais sente, por já não haver nele Espírito, nem períspirito.
Este, desprendido do corpo, experimenta a sensação, porém, como já
não lhe chega por um conduto limitado, ela se lhe torna geral. Ora,
não sendo o períspirito mais do que simples agente de transmissão,
pois que no Espírito é que está à consciência, lógica será deduzir-se
que, períspirito sem Espírito, aquele nada sentiria se pudesse existir
exatamente como um corpo que morreu. Do mesmo modo, se o
Espírito não tivesse períspirito seria inacessível a toda e qualquer
sensação dolorosa. É o que se dá com os Espíritos completamente
purificados. Sabemos que quanto mais eles se purificam, tanto mais
etérea de torna a essência do períspirito, donde se segue que a
influência material diminui à medida que o Espírito progride, isto é, à
medida que o próprio períspirito se torna menos grosseiro.
Mas, dir-se-á, desde que pelo períspirito é que as sensações
agradáveis, da mesma forma que as desagradáveis, se transmitem ao
Espírito, sendo Espírito puro inacessível a umas, deve sê-lo
igualmente às outras. Assim é, de fato, com relação às que provém
unicamente da influência da matéria que conhecemos. O som dos
nossos instrumentos, perfume das nossas flores nenhuma impressão
lhe causa. Entretanto, ele experimenta sensações intimas de um
encanto indefinível das quais idéias alguma poderemos formar,
porque, a esse respeito, somos cegos de nascença diante da luz.
Sabemos que isso é real; mas que, por que meio se produz? Até lá não
vai a nossa ciência. Sabemos que no Espírito há percepção, sensação,
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
39
audição, visão; que essas faculdades são atributos do ser todo e não,
como no homem, de uma parte do ser, mas, de que modo ele as tem?
Ignoramo-lo.
Os próprios Espíritos nada nos podem informar sobre isso, por
inadequada a nossa linguagem a exprimir idéias de termos próprios, e
precisamente como o é, por falta de termos próprios a dos selvagens,
para traduzir idéias referentes às nossas artes, ciências e doutrinas
filosóficas.
Um aparte:
No grifado acima na página anterior, registrei: sensações,
audições (...) São atributos do ser todo (...). Quero aqui me ater na
palavra audição (...) do ser todo. Eu seria irresponsável em afirmar,
apenas registro o que li muitos anos atrás – determinado homem ao
concentrar-se no cotovelo ou em outras partes do corpo escutava
vozes”. Não sei dizer se essa leitura faz sentido nos ensinamentos de
Kardec.
Dizendo que os espíritos são inacessíveis às impressões da
matéria que conhecemos, nos referimos aos Espíritos muito elevados,
cujo envoltório etéreo não encontra analogia nesse mundo. Outro
tanto não acontece com os de períspiritos mais densos, os quais
percebem os nossos sons e odores, não, porém, apenas por uma parte
limitada de suas individualidades, conforme lhes sucedia quando
vivos. Pode-se dizer que, neles, as vibrações moleculares se fazem
sentir em todo o ser que chegam assim ao senrorium comumune, que
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
40
é o Próprio Espírito, embora de modo diverso e talvez, também,
dando uma impressão diferente, o que modifica a percepção. Eles
ouvem o som da nossa voz, entretanto nos compreendem sem o
auxílio da palavra, somente pela transmissão do pensamento.
Acredito que buscar o cotovelo, era uma forma de desencadear o
fenômeno, assim como as pessoas que usam globo de Cristal.
Em apoio do que dizemos, há o fato de que essa penetração é
tanto mais fácil, quanto mais desmaterializado está o Espírito,
independente da luz que tivermos. A faculdade de ver é um atributo
essencial da alma, para quem a obscuridade não existe. É, contudo,
mais extensa e mais penetrante nas mais purificadas. A alma, ou o
Espírito, tem, pois, em si mesma, a faculdade de todas as percepções.
Estas, na via corpórea, se obliteram pela grosseria dos órgãos do
corpo; mas na vida extracorpórea se vão desanuviando à medida que o
invólucro semi material se eteriza.
Haurindo do meio ambiente, esse invólucro varia de acordo com
à natureza dos mundos. Ao passarem de um mundo a outro, os
espíritos mudam de envoltório, como nós mudamos de roupa, quando
passamos do inverno ao verão, ou do pólo ao equador. Quando vêm
visitar-nos, os mais elevados se revestem do períspirito terrestre e
então suas percepções se produzem como no comum dos Espíritos.
Todos, porém, tanto os inferiores como os superiores, não ouvem,
nem sentem, senão o que queiram ouvir e sentir. Não possuindo
órgãos sensitivos, eles podem, livremente, tornar ativas ou nulas suas
percepções. Uma só coisa, são obrigados a ouvir – os conselhos dos
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
41
Espíritos bons. A vista, essa é sempre ativa; mas, eles podem fazer-se
invisível uns aos outros. Conforme a categoria que ocupem, podem
ocultar-se dos que lhes são inferiores, porém não dos que lhes são
superiores. Nos primeiros instantes que se seguem à morte, a visão do
Espírito é sempre turbada e confusa. Aclara-se, à medida que ele se
desprende, e pode alcançar a nitidez que tinha durante a vida terrena,
independentemente da possibilidade de penetrar através de corpos que
nos são opacos. Quanto à sua extensão através do espaço indefinito,
do futuro e do passado, depende do grau de pureza e de elevação do
Espírito.
Objeção: talvez toda esta teoria nada tenha de tranqüilizadora.
Pensávamos que, uma vez livres do nosso grosseiro envoltório,
instrumento das nossas dores, não mais sofreríamos e eis nos
informais de que ainda sofremos. Portanto, desta ou daquela forma,
será sempre um sofrimento. Ah! Sim, pode dar-se que continuemos a
sofrer, e muito, e, por longo tempo, mas também que deixemos de
sofrer, até mesmo desde o instante em que se nos cabe a vida
corporal.
Os sofrimentos deste mundo independem, algumas vezes, de
nós, contudo são muito mais vezes, resultados da nossa vontade.
Remonte cada uma à origem e verá que a maior parte de tais
sofrimentos são efeitos de causas que lhe teria sido possível evitar.
Quantos males, quantas enfermidades o homem não deve aos
seus excessos, à sua ambição, numa palavra: às suas paixões? Aquele
que sempre vivesse com sobriedade, que de nada abusasse, que fosse
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
42
sempre simples nos gostos e modesto nos desejos, a muitas
tribulações se forraria. O mesmo de dá com o Espíritos, os
sofrimentos por que passam são sempre a consequência da maneira
que viveu na Terra. É certo que já não sofrerá mais de gotas, ou de
reumatismo; no entanto, experimentará outros sofrimentos que nada
ficam a dever àqueles.
Vimos que seu sofrer resulta dos laços que ainda o prendem à
matéria; que quanto mais livre estiver da influência desta e quanto
mais desmaterializado se achar, menos dolorosas sensações
experimentará. Ora, está em suas mãos libertar-se de tal influência
desde a vida atual. Ele tem o livre-arbítrio, tem, por conseguinte, a
faculdade de escolha entre fazer o bem e o não fazer. Dome suas
paixões animais; não se deixe dominar pelo egoísmo; purifique-se,
nutrindo bons sentimentos; pratiquem o bem; não ligue às coisas
desse mundo importância que não merecem; e, então, embora
revestido do invólucro corporal, já estará depurado e liberto do jugo
da matéria e, quando deixar esse invólucro não mais sofrerá a
influência.
Nenhuma recordação dolorosa lhe advirá dos sentimentos
físicos que hajam padecido e nenhuma impressão desagradável lhe
afetará, porque terão atingido apenas o corpo e não a alma. Sentir-se-á
feliz por se haver libertado deles e a paz da sua consciência o isentará
de qualquer sofrimento moral.
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
43
Interrogamos aos milhares, Espíritos que na Terra pertenceram a
todas as classes da sociedade e que ocuparam todas as posições
sociais; estudamo-los em todos os períodos da vida espírita, a partir
do momento em que abandonaram o corpo; acompanhamo-los passo a
passo na vida de além-túmulo, para observar as mudanças que se
operaram neles, nas suas idéias, nos seus sentimentos e, sob esse
aspecto, não foram os que aqui se contaram entre os homens mais
vulgares os que nos proporcionaram menos preciosos elementos de
estudo.
Ora, notamos sempre que os sofrimentos guardavam relação
com o proceder que eles tiveram e cujas consequências
experimentavam; que a outra vida é fonte de inefável ventura para os
que seguiram o bom caminho. Deduz-se daí que, aos que sofrem isso
acontece porque o quiseram; que, portanto, só de si mesmo se devem
queixar, quer o ouro mundo, quer neste.
P. Devemos entender ser o períspirito que intelectualiza o
espírito?
Sim, o períspirito é o armazenador de experiências, o agente
transmissor do aprendizado do corpo físico. Se assim não fosse, como
entender que a pessoa que adquiriu o título universitário da medicina,
continua a exercê-la após sua morte, auxiliando encarnados ou
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
44
desencarnados? Naturalmente com metodologia diferente, não
sabemos expor essa diferença.
Para um melhor entendimento, vamos expor como funciona,
essa relação, entre espírito e – não menos importante – o seu
períspirito. Vejamos:
O espírito é o ser inteligente. Inteligência essa para receber e
absorver as informações, nascidas no aprendizado do cérebro físico,
aceitas pelo períspirito e transferidas ao espírito.
O períspirito por sua vez, é passivo, cumpridor de ordens do
espírito, entre outras funções, é também, o arquivo das experiências
vividas. Se assim não fosse, não teríamos gênios, pois o períspirito –
esse computador –, seria deletado no final de cada existência. Sendo
assim, a memória pretérita desapareceria e não teríamos a realidade de
regressões de vidas passadas.
Eis a função grandiosa do períspirito: manter as características
físicas de quando encarnado, mantendo vida em todos os órgãos
internos, como se ainda tivesse o corpo físico. Essas informações são
ampliadas no item: funções do períspirito.
P. Qual a participação do períspirito na inteligência?
R. Cumpre ordens do espírito. Além de ser a sede das
consciências pretéritas. Quando encarnado faz a fixação das
informações do hoje, perfazendo a memória orgânica e inconsciente.
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
45
Quando o espírito necessita de raciocinar, imaginar, deduzir, ou agir,
é no períspirito que se abastasse.
P. Como exercer a participação na inteligência, quando não há
mais corpo físico?
R. O períspirito mantém a forma e característica física do ex-
encarnado, mantendo o funcionamento dos órgãos gerais
perispirituais.
Acrescento: é necessário que assim seja, até porque o períspirito
deve se manter essa matriz física, para o momento do seu retorno a
nova vida física. O períspirito é semi-material, quer no encarnado ou
desencarnado, mantendo dessa forma o arquivo psíquico. Temos
conhecimento da sua capacidade de plasticidade, mas é na sua
essência celular que reside e produz o armazenamento das
experiências vividas.
P. Nesse caso, qual o papel do cérebro físico?
R. Tem a função de computador, armazenando registros
externos. Um computador em princípio já instalado no períspirito,
podemos ainda dizer que “o cérebro físico é o representante material
do períspirito”.
Vamos ver os dizeres de André Luiz e Léon Denis comentam a
tarefa do períspirito, em relação a sua inteligência:
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
46
Dissemos que durante a vida, o corpo recebe impressões
exteriores e as transmite ao espírito por intermédio do períspirito, que
constitui provavelmente, o que se chama de fluído nervoso.
Eu pergunto: e agora José?! Possivelmente o estudante dirá:
entendi. Então diremos que nos explique, mas ele não saberá, assim
como acontece a nós quando dizemos: sei quem é Deus. Mas não
sabemos explicar.
Falei em forma de brincadeira, mas o espírita estudioso entende
o que dissemos anteriormente!
Vamos aprender por intermédio do espírito Dr. Bezerra de
Menezes quando atendem doentes encarnados – não estou falando em
doentes desencarnados, entretanto nos dois casos a metodologia
médica é mais avançada. Mas não devemos esquecer que os primeiros
passos ele aprendeu nos Bancos da Universidade, e nesse caso, o
físico através das energias psíquicas nervosa, absorvia as aulas
ministradas pelos professores e simultaneamente, o períspirito –
intermediário entre o físico e o ser inteligente –, transmitia ao espírito
do Dr. Bezerra.
“A inteligência é uma faculdade e sua fonte é universal a
princípio um tanto individual, sua integração não é dada ao homem
por enquanto conhecer” (L.E. pergunta 71 a 75).
O momento final dessa experiência do Dr. Bezerra de Menezes,
deu-se ao ser consumado o seu desencarne e conseqüentemente o seu
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
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períspirito transferindo na totalidade a experiência dessa vida física
que terminou, ao espírito. Volto a lembrar que o períspirito é o
computador arquivando sempre as experiências na intimidade desse
ser inteligente o espírito. O qual sempre que precisar, pode buscar tais
registros nesse computador.
Eis o motivo das grandes inteligências humanas chamadas de
gênios, que na verdade são nada mais, nada menos do que espíritos
mais velhos. Não basta o espírito ser gênio, versos períspirito, tudo
depende do limite que o mundo maior estabelecer, na engenharia
mental que fora implantado no novo corpo físico. A exemplo de um
grande artista, que pouco resultado terá se o instrumento musical
estiver avariado.
P. Em que momento o homem percebe essa transferência?
R. No momento em que a idade ou a doença debilita o físico,
surgem lembranças muito nítidas da infância ao momento derradeiro.
Essas lembranças e sabedorias, alegrias e tristezas, são extraídas pelo
períspirito, e transferidas para o ser inteligente, juntando-se as
experiências nos séculos e milênios.
P. Alguém pode perguntar: como afirmar a existência de
experiências passadas?
R. É fácil, procure o dirigente de reuniões mediúnicas com
habilidade em regressão de memória em beneficio do espírito doente,
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
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que persiste a sua fixação em algum trauma que devia ter deixado em
um passado distante ou não.
A regressão muitas das vezes é conduzir esse doente ao passado,
onde ele semeou a maldade e assim perceber o porque das suas
dificuldades na existência recente.
Caro leitor, mesmo não sendo espírita, busque o livro “Muitas
Vidas e Muitos Mestres” de um escritor americano.
Há muitos séculos já se conhecia a existência do períspirito, que
diferentes nomes recebeu. O Egito já conhecia há mais de 5.000 anos
A/C:
• Hilárius denominava de corpo fluídico;
• Paracelso denominava de corpo astral;
• Tertuliano denominava de corpo vital da alma;
• Aristóteles denominava de corpo sutil da alma;
• Orígenes denominava de aura.
Penso poder dizer que: quem não aceita essas verdades em
nossos dias, está atrasado em relação a esses fatos há vários milênios.
O períspirito é o elo entre o espírito e a matéria. Para o espírito se
manifestar através da matéria, precisa de um intermediário.
Na gestação, o fluído do períspirito envolve o germe/esperma
com as suas propriedades materiais, vai aglutinando as moléculas em
torno do corpo, abastecendo-o com o fluido vital e moldando a forma
física. Conseqüentemente o esquecimento do passado.
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
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2. O PERÍSPIRITO DO HOMEM PRIMITIVO
Seu fluido apresenta-se misturado com fluidos dos mais densos
do mundo imponderável, isto é, da atmosfera espiritual que o
circunda, a qual será muito grosseira, porque também é primitiva.
Não dispõe nessa fase de suprimento espiritual que o ajude a pensar
em termos diferentes da vida tribal em que se apóia.
“O que se passa com o homem selvagem que desencarna e se
reconhece dominador na hierarquia animal, cruel habitantes da
floresta, que apura a inteligência através da força e da astúcia, na
escravização dos seres inferiores que se lhe avizinha da caverna,
desperta, fora do corpo denso, qual menino aterrado, que em se
sentindo incapaz da separação passa a observar o desconhecido,
permanecendo tímido ao pé dos seus, em cuja companhia passa a
viver noutras condições vibratórias, em processo multifários (vários
aspectos) de simbiose, ansioso por retornar a vida física que lhe surge
à imaginação como sendo a única abordável à própria mente.
O espetáculo da vastidão cósmica perturba-lhe o olhar e a visita
de seres extraterrestres infundem-lhes pavor, crendo-se à frente de
deuses bons ou maus, cuja natureza ele próprio se incumbe de
fantasiar, na exigüidade das próprias concepções.
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
50
Acuado na choça, onde a morte lhe furtou o veículo físico,
respira a atmosfera morna em que se acasalam os seus herdeiros do
sangue, para somente ausentar-se do reduto doméstico quando a
família se afasta, ele então, movido pelas duras necessidades de
subsistência ele cria o seu exílio.
Esses seres primitivos que desencarnam, suspirando pelo
devotamento dos pais e, notadamente, pelo carinho do colo materno,
expulsam do vaso fisiológico, não tem outro pensamento senão voltar
ao convívio e revitalização daqueles que lhe usam a linguagem e lhe
comungam os interesses.
Ressurgir na própria taba e renascer na carne, cujas exalações
lhe magnetizam a alma, constituem aspiração incessante do selvagem
desencarnado.
Pela inclusão de estímulos outros, os órgãos do corpo espiritual
se retraem ou se atrofiam por ausência de função, e se voltam
instintivamente para a sede do governo mental, onde passa a fixar-se
nos ocultos e definhados fulcro dos pensamentos em circuitos
fechados, sobre si mesmo, quais implementos dos germes vivos entre
as paredes do ovo. “Para melhor entendimento, assemelhando-se a
segunda morte”.
Sentindo-se em clima adverso ao seu modo de ser, o homem
primitivo, desenfaixado do envoltório físico, recusa-se a movimentar-
se na esfera extrafísica submergindo-se lentamente, na atrofia celular
que lhe tecem o corpo espiritual, por ideias fixas, de pensamentos
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
51
depressivos hipnotizantes, que lhe define o anseio de retorno ao
abrigo fisiológico.
Nesse período, afirmamos habitualmente que o desencarnado
perdeu seu corpo espiritual, transubstanciando-se num ovoide, o que
ocorre, alias, a inúmeros desencarnados outros, em situação de
desequilíbrio, cabendo-nos notar que essa forma, segundo a nossa
maneira atual de percepção, expressa o corpo mental da
individualidade, a encerrar-se em si, conforme os princípios
ontogenético da Criação Divina, todos os órgãos virtuais de
exteriorização da alma nos círculos terrestres e espirituais assim
como o ovo, aparentemente simples, guarda hoje a ave poderosa de
amanhã, ou como a semente minúscula, que conserva nos tecidos
embrionários a árvore vigorosa em que se transformará no porvir.
Fonte: Evolução em Dois Mundos.
2.1 INFORMAÇÕES ADICIONAIS QUANTO AO PERÍSPIRITO DO HOMEM PRIMITIVO
Seu fluido perispíritico apresenta-se de mistura com fluídos dos
mais densos do mundo imponderável, isto é, da atmosfera espiritual
que o circunda, a qual será muito grosseira, porque também é
primitiva.
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
52
P. Como se comporta essa camada de fluidos pesados que
envolve o espírito do homem primitivo, na qualidade de períspirito
denso?
R. Funciona como uma prisão, em que esteja intimamente
guardado. Embora traga em potencial as faculdades para desenvolver,
é extremamente difícil tal progresso pela resistência dos fluidos mais
compactos. Sua evolução, por isso, realiza-se morosamente.
P. Como pode o períspirito ser o mediador entre o espírito e o
corpo físico?
R. O períspirito apresenta dupla polarização. Tanto se comunica
com o organismo por intermédio de suas partes mais densas, quanto
com o períspirito através de suas substancias rarefeitas.
Graças a ação intermediária períspirito, espírito e o corpo
material mantém entre si relações de continuidade, apenas, pois não
se mistura, sendo suas naturezas tão essencialmente diferentes.
P. O períspirito tem vida intelectual?
R. Entendo a necessidade de acrescentar que: o períspirito não
tem vida intelectual como a entendemos, mas sem ele não se teria
como estabelecer ligação entre o físico e espírito, não haveria a
possibilidade de intelectualizar o espírito que é o ser inteligente,
entretanto não possuindo a necessária sabedoria. Aqui cabe uma
pergunta:
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
53
P. Qual o papel do cérebro físico e sua ligação com períspirito
e períspirito reportando-se ao espírito.
R. Ele tem a função de computador, armazenando registros
externos, um computador em princípio já instalado no períspirito. O
cérebro físico é o representante material do espírito. Esse computador
sempre funcionou com informações on-line e em tempo real, agora no
momento do desencarne ele deve finalizar a sua tarefa, transferindo as
experiências finais.
P. Em que momento de fato se estabelece essa transferência?
R. No momento em que o físico encontra-se, enfraquecido e
muito debilitado, ele adquire uma facilidade de lembrar detalhes de
sua caminhada. É o sinal de que o doente está rompendo os laços que
o ligava á matéria, agora esse acervo pertence ao espírito o ser
inteligente. São esses arquivos que oferecem a possibilidade de o
espírito responder perguntas que são da sua vivencia nos fenômenos
de regressão. Exemplo:
1. A sua existência passada foi em que país?
2. Você quando nessa existência foi homem ou mulher?
3. Você sabe agora os motivos da sua deformação física, nessa
última existência?
P. A ciência continua pesquisando quanto ao períspirito?
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
54
R. Sim, continua. As pesquisas através da fotografia Kirlian
mostram a existência de algo que irradia além do nosso físico. Assim
como nas folhas das plantas, etc.
P. Em se tratando de inteligência, como definir a situação do
espírito e do períspirito?
1. O espírito é o intelecto;
2. O períspirito é passivo, cumpridor de ordens do espírito, entre
essas funções, manter as características físicas de quando
encarnado, mantendo vida em todos os órgãos internos do corpo
espiritual. Ver livro Libertação.
Se alguém me solicitasse falar algo em torno da inteligência, eu
apenas poderia dizer: o que conhecemos é algo ainda rudimentar.
Pois a inteligência é uma faculdade e sua fonte é universal a princípio
um tanto individual, sua integração não é dada ao homem por
enquanto conhecer.
Exemplo: Jesus que vivia essa integração, ao afirmar: Eu estou
no Pai e o Pai em mim. Essas palavras foram mal-entendidas pelas
igrejas, motivo de dizerem: Jesus e Deus são os mesmos. É
necessário entender que, estar no Pai, não é ser o Pai, se assim não
fosse, ele não teria dito: meu Pai trabalha constantemente e eu
também.
3. OS ATRIBUTOS DO PERÍSPIRITO
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
55
Via estudos da senhora Elizabeth Moreira da Costa, a qual relata
no Módulo de Filosofia da Mediunidade.
(...) O períspirito funciona como veículo do espírito, para
transmitir movimento ao corpo orgânico. Na gestação, o fluído do
períspirito envolve o germe/esperma com as suas propriedades
materiais, vai aglutinando as moléculas em torno do corpo,
abastecendo-o com o fluido vital e moldando a forma física.
Conseqüentemente o esquecimento do passado.
Abro um parêntese, nas informações acima, devemos pensar: os
cientistas podem fabricar nos laboratórios – braços, pernas e até
corpos físicos, não sei até onde caminhará a ciência. Mas não
fabricará períspirito, assim como espírito, para animar esse corpo de
laboratório. Sem esses componentes espirituais esse corpo não tem
vida.
P. Como será o estimulo do períspirito no nosso corpo físico?
Diante da complexidade da pergunta, vamos buscar auxílio em
entendimentos holísticos, extraídos do gráfico de um dos livros de
Jorge Andréa. Na página 27, teremos comentário, na linguagem de
André Luiz.
• Inconsciente puro:
É o próprio centro da vida, a parte mais essencial de nossa
formação, o espírito em sua essência. Zona autêntica do EU. De onde
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
56
se distribui por todo resto do nosso psiquismo, vinda até a sua
influêcia no corpo físico.
• Inconsciência do passado:
Local da nossa intimidade, do nosso espírito, onde estariam
todas as nossas experiências gravadas das nossas vidas anteriores e
que expressa, quando encarnado, nossas tendências e nossas aptidões.
• Inconsciente atual:
Seria no nosso psiquismo atual, onde temos os nossos conflitos,
onde está guardando essas informações da nossa vida atual.
• Corpo mental:
Jorge Andréa coloca como separado do períspirito.
No meu entender separado sim, mas esse corpo mental, não é o
psiquismo? Que pela necessidade deve trabalhar em conjunto com o
períspirito? Que por sua fez relaciona-se com o espírito?
Espírito que quando precisa atuar no corpo mental faz o trajeto
inverso – espírito, períspirito, corpo mental – refletindo no cérebro
físico. Nessa questão não estou dando a palavra final, ao leitor que
puder oferecer ajuda, agradecemos.
• Duplo etérico:
É a zona de vibração energética, em conjunto com o fluido vital
que anima o nosso corpo físico.
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
57
Em relação ao que acabamos de expor, o Espírito André Luiz
oferece a sua contribuição, sintetizando na divisão do cérebro em três
compartimentos:
1. Consciente:
Ligando a minha vida atual. A área de maior expressão externa é
a do córtex cerebral.
2. Inconsciente:
Está ligado aos instintos e automatismo.
3. Super-consciente:
Casa das noções superiores.
3.1 PROPRIEDADES DO PERÍSPIRITO
O períspirito possui determinadas propriedades como se segue:
• Plasticidade:
É a capacidade do espírito em alterar a sua forma. Por isso é que
entendemos o motivo de quando no mundo espiritual, podermos nos
apresentar na forma que desejarmos; porque os médiuns videntes
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
58
descrevem o espírito com indumentárias de encarnações anteriores do
espírito.
Isso é possível porque o períspirito, essa substância vaporosa,
com essas células energéticas em outro estado vibratório, tem essa
possibilidade de alterar a sua forma. Por isso também que entendemos
porque quando o espírito desencarna, ele, muitas vezes, por
desconhecer, continua mantendo a forma de um “corpo doente”, com
enfermidades e marcas deletérias, isso se dá porque ele está
plasmando o períspirito de acordo com a sua mente, com a forma que
ele queria dar, mesmo inconscientemente.
No mundo espiritual a mão do espírito é o pensamento, ou seja,
enquanto que aqui precisamos da mão para construir e fazer, eles
necessitam apenas da mente. Através do pensamento e da vontade, o
espírito manipula este fluido que também se encontra na atmosfera
espiritual, dando a esse fluido direção e combinação, atuando nesse
Fluido Cósmico Universal
Nessa atmosfera espiritual, ele vai manusear esses fluidos
através do pensamento e da vontade. Vai poder, assim, apresentar a
forma e criar objetos que desejar, “manipulando” a atmosfera
espiritual. O fluido espiritual somado ao pensamento e à vontade do
espírito estaria dando o que chamamos “laboratório do mundo
espiritual”.
• Penetrabilidade:
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
59
É a capacidade que o espírito tem de atravessar os corpos
materiais. Isso só é possível porque o períspirito dá essa possibilidade.
A matéria como já falamos anteriormente, é condensada aos nossos
olhos, mas se pudéssemos ver dentro da matéria condensada
estaríamos vendo, nada mais nada menos, do que os seus átomos e,
em última análise, o F.C.U. a matéria primitiva elementar do
Universo.
Então, esse estado de sofisticação que vemos, é na verdade
ilusório. Como exemplo da própria água, que pode se apresentar em
estado sólido (gelo), ou em estado de vapor, mas é sempre água,
apenas em estados diferentes.
• Elasticidade:
Como o próprio nome diz, é a propriedade dos elásticos -
capacidade de deslocamento. O desdobramento durante o sono é um
exemplo dessa propriedade.
Durante o sono, o nosso corpo material repousa, mas ligado a
um cordão fluídico, o nosso espírito pode se transportar para onde
queira apreciar coisas conhecidas ou desconhecidas, trabalhar no bem
ou no mal, sempre acompanhado do períspirito.
• Absorção:
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
60
É a capacidade que o períspirito tem de assimilar fluidos.
Através dos nossos poros perispirituais, se assim pudermos chamá-
los, que nós vamos absorver os fluidos que nos rodeiam. Então,
funcionaríamos como uma esponja, que se embebe de um líquido.
Por isso é que, muitas vezes, em um determinado ambiente, nós
nos sentimos bem ou mal, de acordo com os fluidos que estejam
formando aquele ambiente.
Através dessa propriedade é que nós nos contaminamos com a
atmosfera reinante, fazendo-nos bem ou mal. Também nós, através
dos nossos pensamentos, lançamos no ambiente onde estamos nossas
vibrações mentais.
Estamos assim, manipulando esse laboratório fluídico que nos
envolve, plasmando em nossa volta aquilo que pensamos.
Somos, pois, inconscientemente, instrumentos do bem e do mal
- estando no meio social onde estivermos. Por isso é que
compreendemos, através dessa propriedade, porque, muitas vezes, são
colocadas oferendas para os espíritos em outras práticas religiosas.
Não é que os espíritos se utilizam daquelas oferendas materiais; eles
estarão absorvendo os fluidos que daquele material (bebida, galinhas,
etc.) que foram ali colocadas para ele.
• Irradiação:
É a capacidade que o espírito tem de projetar-se, de se irradiar,
como o próprio nome já diz. Sabemos que o espírito não está
encerrado dentro dos limites do corpo físico.
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
61
O espírito, pela sua natureza fluídica, irradia e pode se expressar
do lado de fora. A fotografia Kirlian consegue fotografar essa
irradiação. A aura que aparece na fotografia, entretanto, não é apenas
o períspirito, mas inclui também as irradiações das nossas próprias
células físicas, que são pequenas usinas que liberam energia.
Ela se modifica de acordo com o nosso estado emocional e
estado de saúde. A sua cor caracteriza o estado de espírito do
momento em que foi tirada. Isso mostra que o nosso pensamento pode
modificar a nossa constituição íntima. Os espíritos podem desta
forma, ler os nossos pensamentos porquanto os pensamentos são
expressos através da nossa aura.
Com essa propriedade do espírito, há a possibilidade de se
detectar, através da fotografia Kirlian, as doenças, mesmo antes de
elas se manifestarem efetivamente no nosso corpo físico.
A predisposição para enfermidade seria expressa pelas
degradações vibratórias do períspirito, manifestadas nessas
fotografias. A maioria das nossas enfermidades tem sua origem
interna - elas vêm de dentro para fora e não em sentido contrário. Já
existem aparelhos que já podem detectar esse desequilíbrio
predisponente para as enfermidades. A medicina futura basear-se-á
nesse instrumento.
3.2 FUNÇÕES DO PERISPÍRITO
Órgãos sensitivos do espírito:
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
62
O períspirito, sendo o elo entre o espírito e a matéria, transmite
todas as sensações do nosso corpo físico ao espírito, assim como tudo
aquilo que são do nosso espírito, para expressar-se no corpo físico,
passa primeiro pelo períspirito.
O períspirito é então, o órgão sensitivo do espírito; ele vai
informar todas as nossas emoções que experimentamos no mundo
físico.
Por isso passamos a entender o porque da alteração do nosso
corpo físico em função do nosso estado emocional. Porque, de
repente, quando experimentamos um sentimento de raiva, de cólera,
muitas vezes esse estado de espírito vai desestruturar o nosso
organismo, através de um enfarte, de uma úlcera, etc. pelo fato do
nosso períspirito transmitir esse sentimento na sua formação
energética, vibrando, então, no nosso corpo físico.
Por isso, que os nossos pensamentos equilibrados vão nos dar
não só a saúde mental como também a nossa saúde física. E nossos
sentimentos desequilibrados nos trarão, também, transtornos no
psiquismo e na nossa individualidade.
Arquivo de vivência do espírito:
O períspirito imprime em sua textura tudo aquilo que nós já
vivemos em vidas passadas. Lembramos daquele inconsciente do
passado que consegue aprender todas as nossas experiências vividas,
no momento da nossa reencarnação; será através do nosso períspirito
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
63
que nós vamos imprimir no nosso corpo físico as nossas necessidades
cármicas.
Motivo que em determinadas fases da nossa vida, nós
apresentamos algumas doenças, porque no nosso espírito já está
impressa vibratoriamente, aquele desequilíbrio energético, que mais
tarde, irá se manifestar em forma de alguma enfermidade.
Por isso que ele é o modelo organizador biológico e que vai dar
sempre, sob o comando do espírito, essa condicionante.
Veículo de Encarnação:
O períspirito vai ser muito importante no momento da
reencarnação.
Sabemos através da literatura espírita de André Luiz, que no
momento da encarnação o nosso períspirito sofre um processo de
redução da sua estrutura, o que ele chama de fenômeno de
miniaturização, é o caso relatado em “Os Mensageiros de Luz”, de
Segismundo reencarnado.
Aí é explicado o que ocorre no momento da reencarnação; o
períspirito se adensa, sofre um processo de diminuição, trazendo nele
todos os registros das necessidades do espírito reencarnante.
Veículo da mediunidade:
Sabemos que o períspirito é formado de um campo
eletromagnético e que existem determinadas regiões no nosso
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
64
períspirito em que são mais intensas as vibrações de energia - nós
chamamos de chacras ou centros vitais.
4. INFORMAÇÕES ADICIONAIS DO PERISPÍRITO
P. De quem é a expressão períspirito?
R. É vocábulo de Kardec para nomear aquilo que envolve
fluidicamente o espírito.
P. Consistiria ele, de fato, num laço fluídico?
R. Sim. Um intermediário entre o espírito e corpo físico,
exercendo inúmero papeis, principalmente quando o ser permanece
encarnado.
P. Haveria circunstâncias em que o espírito estivesse totalmente
desligado do períspirito?
R. Mesmo o ser estando desencarnado, o períspirito sempre
comparece unido ao corpo espiritual como um revestimento (outros
diriam: como uma irradiação) cada vez mais eterizado, conforme
progride.
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
65
Apenas os espíritos puros, como os a que auxiliam diretamente
o Criador nas obras do universo, existem sem esse corpo fluídico, isto
é, perderam todos os traços de materialidade. Sei que já relatei no
início desse trabalho, mas aqui novamente é colocado para
complementar essas informações.
Aí é explicado o que ocorre no momento da reencarnação: o
períspirito se adensa, sofre um processo de diminuição do seu
tamanho, da dimensão do seu psiquismo, permanecendo nele um tanto
adormecidas experiências existenciais, contudo, todos os registros das
necessidades do espírito que se reencarna os traços de materialidade.
P. Afora essa característica do espírito puro, haveria outra
ocasião em que se notasse a falta do períspirito?
R. Não se trata de perda do períspirito propriamente dita, mas de
uma involução na sua forma. O espírito, em tal estado de inferioridade
e dementado pelo excesso de transgressões, perde temporariamente a
condição que lhe é própria de organizador e mantenedor da forma.
Incapaz de se manter configurado, degenera tornando-se qual uma
ameba.
P. Por que nome seriam conhecidas tais espécies?
R. Ovóides. As explicações encontramos no livro “Libertação”
de André Luiz, cap. VI, psicografia de Francisco C. Xavier.
P. O períspirito é material?
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
66
R. É semi-material, isto é, meio termo entre o espírito e o corpo,
ou seja: uma quinta essência da matéria.
P. Por que é tão importante compreender essa semi-
materialidade?
R. Porque é essa circunstância que explica seu papel de
intermediário entre o corpo físico e o espírito. É por este laço fluídico
que o espírito consegue agir sobre a matéria e vice-versa.
P. O períspirito é importante também para a dinâmica do
organismo físico?
R. Esse corpo energético responderia tanto pela vitalidade do
organismo físico quanto por suas funções, contando para isso com o
concurso do fluido vital que, ao mesmo tempo, impregna a matéria
organizada e o períspirito.
Outros abalos, no organismo físico provocariam modificações
na força vital que, por sua vez, afetariam o períspirito.
P. Mais precisamente, por onde são caldeadas essas energias
com a finalidade de reforçar e equilibrar o físico?
R. Vêm dos centros de força, atravessando os plexos da
máquina orgânica.
Para cada plexo, existiria no corpo fluídico um centro de força
correspondente. Importante frisar que tais informações sobre os sete
centros de força não são extraídas das obras de Allan Kardec, mas,
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
67
sim do livro “Entre a Terra e o Céu”, do Espírito de André Luiz. Lá se
encontram referências sobre o coronário, com mais potencial de
radiações, ligado à mente, assimilador de energias superiores; o
cerebral (conhecido pela maioria como frontal), ligado às percepções
e aos poderes psíquicos; o laríngeo, unido à expressão vocal; o
cardíaco, referente às emoções e equilíbrios; o esplênico, distribuidor
e regulador dos recursos vitais do organismo físico; o gástrico, por
onde penetram alimentos e fluidos para o corpo; e, finalmente, o
genésico, por onde circulam energias criadoras.
P. De onde retira o espírito a substância que compõe seu
períspirito?
R. Do Fluido Universal ou matéria cósmica, através de
transformações da substância-matriz da qual derivam substâncias e
energias diferenciadas.
P. Os períspiritos são, então, todos da mesma natureza?
R. Todos derivam desse manancial, mas diferenciam-se ao
infinito, em graus de densidade e fluidez. Os espíritos mais evoluídos
retiram suas substâncias fluídicas da parte mais quintessenciada desse
plasma.
P. Qual a forma do períspirito do homem?
R. A forma humana. No animal forma animal na espécie a qual
pertença.
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
68
P. Que dizer da composição do períspirito?
R. Neles estão presentes eletricidade, fluido magnético e matéria
inerte.
P. Como se apresentam, para nós?
R. Vaporoso, geralmente invisível aos nossos olhos de
encarnados.
P. Quando é que o mesmo tornar-se-ia visível a qualquer
pessoa?
R. Durante fenômenos de materialização, nos seus variados
graus. Entre eles, encontrar-se-ia o dos agêneres.
P. Que são agêneres?
R. O nome foi dado por Kardec. São espíritos que
ocasionalmente aparecem com o períspirito tangível, sendo capazes
de andar pela rua, cumprimentar, participar de grupos de conversa,
etc. Geralmente, dão impressão de fragilidade, tristeza, depressão,
doença. Eis os motivos de muitos espíritas acreditarem que o corpo de
Jesus foi agêneres. Não discuto quanto ao corpo de Jesus, apenas
digo: foi o único que fugiu a regra de nascimento idêntico aos
homens. A Bíblia diz: Maria concebeu do espírito santo.
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
69
P. Os fluidos que compõem o períspirito apresentam uma
idêntica densidade por toda sua superfície?
R. Não. O períspirito é composto de fluidos em diferentes
estados de condensação. Essa densidade maior ocorre em setores
específicos.
P. Quais?
R. Aqueles onde se dá uma interação maior entre o organismo
material e o fluídico. Nas redes e feixes nervosos, como os plexos,
considerados centros vitais e especialmente junto ao cérebro.
P. Por que se densifica?
R. Para aproximar-se da natureza do organismo material. Não
nos esqueçamos de que o períspirito é o mediador.
P. Que representa esse fato?
R. Que ele precisa ter na sua constituição, fluidos esterilizados,
do tipo espiritual, para relacionar-se com o espírito e fluidos quase
materializados para conectar-se com o organismo físico.
P. Como entender-se esse contato quando o espírito está
encarnado?
R. Lembremo-nos de que o períspirito é o transmissor daquilo
que o espírito deseja e o corpo obedece.
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
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P. Como o autor de “A Alma É Imortal” entende o espírito e o
períspirito?
R. Encara-os como um todo; uma parte ativa e criadora - a do
espírito propriamente dito - e uma parte passiva, a do períspirito,
capaz de manter-se como organizadora, além de exercer outras
funções específicas.
P. Nesse caso, qual o papel do cérebro físico?
R. O cérebro seria a expressão física de um computador
existente em princípio já no períspirito que, tal qual um almoxarifado,
armazena memórias e aquisições. Para Delanne o cérebro físico
constituiria a representação material do períspirito.
P. E o períspirito o que faz nesse setor?
R. Delanne é o autor de “A Evolução Anímica”, cap. IV, p. 139
que nos explica. Considerando-se a Alma e o Períspirito um todo
indissolúvel, só a alma quer e sente. O invólucro (períspirito) seria a
parte material passiva desse espírito encarnado. Sede dos estados de
consciência do pretérito, o armazenador das lembranças, que se
processa a memória de fixação, é nele que o espírito se abastece
quando necessita de cabedais intelectuais, para raciocinar, imaginar,
comparar, deduzir, etc. Receptáculo de imagens mentais, que nele
reside, finalmente, a memória orgânica e inconsciente.
P. Qual o papel da memória em relação ao próprio ser?
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
71
R. Ela confere a esta sua identidade, pois liga o estado presente
aos anteriores, provando-lhes que é a mesma pessoa de anos atrás.
P. A rigor, e isto só nos interessa como especulação teórica,
qual seria a origem do períspirito?
R. O princípio inteligente atrairia em torno de si o fluido
cósmico universal, que só se condensaria sob condições próprias. Essa
estrutura ir-se-ia modificando conforme evolução desse foco
agregador.
P. Como é o períspirito de um homem primitivo?
R. Seu fluido perispirítico apresenta-se de mistura com fluidos
dos mais densos do mundo imponderável, isto é, da atmosfera
espiritual que a circunda, a qual será muito grosseira, porque também
é primitiva.
P. Como se comporta essa camada de fluidos pesados que
envolve o espírito do homem primitivo, na qualidade de períspirito
denso?
R. Funciona como uma prisão em que esteja intimamente
guardado. Embora traga em potencial as faculdades para desenvolver,
é extremamente difícil tal processo pela resistência dos fluidos mais
compactos. Sua evolução, por isso, realiza-se morosamente.
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
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P. Como pode o períspirito ser mediador entre o espírito e o
corpo físico?
R. O períspirito apresenta dupla polarização. Tanto se comunica
com o organismo por intermédio de suas partes mais densas, quanto
com o espírito através de suas substâncias rarefeitas.
Graças à ação intermediária perispiritual, o espírito e o corpo
material mantêm entre si relações de continuidade, apenas, pois não
se misturam, sendo suas naturezas tão essencialmente diferentes.
5. AÇÃO DO MAGNETISMO EM RELAÇÃO AO PERÍSPIRITO
P. Ouve-se falar sempre sobre o magnetismo humano. Que
acontece quando um indivíduo está sob sua influência?
R. Esta pergunta envolve inúmeras questões. A rigor, o
magnetismo humano resume-se na ação da vontade de um
magnetizador mediante a qual estabelece-se a relação de um
períspirito sobre o outro, quer para condensar quer para descondensar
sua semi-matéria constitutiva.
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
73
Segundo a natureza fisiológica do paciente, o períspirito
exterioriza-se mais ou menos, isto é, irradia em volta de todo seu
corpo, quando então, a força nervosa espalha-se no envoltório fluídico
e nele se propaga em movimentos ondulatórios. Segundo hipótese do
Dr. Antônio Freire, o fluido do magnetizador “substitui no corpo do
passivo o fluido que este irradia para o seu duplo”.
P. Aceitando essa influência, o que ocorre naturalmente com
essa força nervosa?
R. Ela circula no corpo pelos condutos naturais, os nervos, e
chega a periferia pelas ramificações nervosas que se estendem sob a
pele. Eis o princípio do passe magnético.
P. Para que haja exteriorização parcial ou desdobramento,
propriamente dito, o que é necessário?
R. É indispensável neutralizar em parte a ação da força vital, de
modo geral, isto é obtido quando o paciente (aquele que se desdobra),
chega a estados profundos de hipnose por si mesmo ou por ação
exterior.
P. Que tem a ver o magnetismo com a exteriorização?
R. O magnetismo afrouxa temporariamente os laços que
prendem a lama ao corpo, neutralizando em parte a força vital,
produzindo uma expansão do períspirito. Nessa circunstância, o
espírito goza de quase todas as faculdades que possui na erraticidade.
PERÍSPIRITO WILSONDACUNHA
74
P. Que se diz das pessoas que tem a vida muito ativa?
R. Mantêm a circulação nervosa muito ativa, intensa. Nesses
casos, a criatura mais dificilmente pode desdobrar-se. Kardec dizia da
facilidade com que os debilitados pelas doenças físicas se
exteriorizavam. Os laços que prendiam a alma ao corpo estavam
frouxos.
P. O que prova o fato dos duplos projetados poderem fazer
deslocamento de objetos materiais e falarem?
R. Apesar de haverem neutralizado em parte a ação dessa
energia nervosa para poderem exteriorizar-se, carregam consigo certa
quantidade de força viva. Nesse entretempo, o corpo fica desprovido
de suas faculdades psíquicas, reduzido apenas à vida vegetativa
atenuada, muitas vezes, frio e enrijecido, quase como um cadáver.
A essa força citada, segundo pesquisadores, certos duplos
projetados poderiam acrescentar ainda a energia de doadores
próximos do local onde se manifestam. Kardec inclui na sua longa
lista classificatória os médiuns de aparição, isto é, aqueles capazes de
provocar aparições fluídicas ou tangíveis, visíveis aos assistentes.
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6. PROPRIEDADES ADICIONAIS DO PERÍSPIRITO
P. O períspirito reveste-se de uma série de propriedades. Que
representa isso?
R. As propriedades do períspirito constituem aquelas qualidades
especiais que lhe permitem efetuar suas funções.
P. Referindo-se ao períspirito do encarnado, quais seriam essas
propriedades?
R. Indivisibilidade, materialidade, fluidez, invisibilidade,
intangibilidade, sensibilidade à ação magnética, penetrabilidade,
assimilação, expansibilidade (que inclui: exteriorização, irradiação e
comunicabilidade), contratilidade, insensibilidade. O períspirito é,
assim, indestrutível e estável, em termos constitucionais.
P. Por que se confere ao períspirito a propriedade da
indivisibilidade?
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R. Porque não pode ser separado em partes estanques, como se
retalha, por exemplo, um organismo animal para dissecação
anatômica.
P. E quanto à materialidade?
R. Já foi dito em “O Livro dos Espíritos” que o períspirito é
semi-material A parte relativamente materializada é conseguida pela
ação do fluido vital. É este que possibilita o contato do fluido
perispirítico com o organismo físico.
P. Que é fluidez?
R. É sua característica etérea, vaporosa, diretamente dependente
do grau de evolução do seu espírito.
Quanto mais adiantada a individualidade que o comanda é mais
sutil - por razões óbvias - o seu estado de esterizadoção.
P. Devido à rarefação de sua substância, o períspirito é
invisível. Mas haveria ocasião em que se tornaria visível?
R. Sim, segundo a vontade e possibilidade do espírito para
mostrar-se.
P. Poderia tornar-se também tangível, isto é, resistente ao tato
de um encarnado que porventura o tocasse?
R. Normalmente o períspirito é intangível, devido à rarefação de
sua substancia e nisso reside uma de suas inúmeras propriedades.
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Poderia tornar-se tangível, por momento, submisso tanto à vontade e
discernimento de seu espírito, quanto principalmente à manipulação
de certas energias que não dependeriam exclusivamente de sua
produção. Referindo-se ao ectoplasma.
P. O períspirito é expansível. Como explicá-lo?
R. Ele não é completamente expansível, o que faria perder-se,
de diluindo-se caso não encontrasse barreiras, como no caso dos gases
do mundo físico.
Na verdade, a tendência mais nítida do períspirito, em lugar de
uma expansão desordenada é a condensação, no sentido de manter-se
sob uma forma determinada pela vontade do espírito. Delanne
classifica essas tendências como de indestrutibilidade, ou seja, o
períspirito sobrevive à destruição do corpo físico e a estabilidade
constitucional; graças a isso, ela conserva as formas orgânicas.
P. Mas há casos em que o períspirito se deixa modificar-se na
sua forma?
R. Sim, porque ele é sensível à influencia magnética e por isso
reflete os influxos mentais, já a mente é a parte do comando
consciente, é o espírito. Essa ação é tão possível para o aspecto
positivo (capacidade para refazer-se) quanto para o negativo, quando
se deixa afetar por sentimentos de culpa ou por ação hipnótica ou
sugestiva de obsessores. Este último caso explica os casos de
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licantropia – espíritos com forma animal. Esta é a chamada condição
plasticizante do períspirito.
P. Ainda neste aspecto de plasticidade do períspirito, o que
pode ser notado?
R. Outras modificações não passíveis de ocorrer, tais como para
reencarnar-se, quando se dá a redução dos seus espaços internos
moleculares e desaceleração vibratória, e para adaptar-se a novos
hábitos nutritivos e genésicos, por ocasião de sua morte física.
P. Quando se expande, sob que aspecto o períspirito o faz?
R. Pela exteriorização e pela irradiação.
P. Como se explica a primeira forma de expansão, isto é, a
exteriorização?
R. Movimentação centrifuga que pressupõem uma outra,
centrípeta, de retorno, promovida pela contratilidade do períspirito,
responsável por inúmeros fenômenos.
P. Que proporciona a exteriorização?
R. Por ela o períspirito pode comunicar-se, transportar-se e
exercer sua vida espiritual.
P. Que produz a irradiação do períspirito?
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R. Produz a aura psíquica e as possibilidades do fenômeno
mediúnico da transfiguração.
P. Por que se fala de insensibilidade do períspirito, se já nos
ensinaram ser ele o órgão sensível do espírito? Ele é que sente a dor
física e a dor moral que é oriundo do espírito.
R. O períspirito é apenas o intermediário. Transmite, mas o
espírito é que sente. Mantive essa resposta, mas não esqueçam o que
falei anteriormente: o espírito transita na realidade espiritual e o
períspirito transita na parte externa. O primeiro é imune à dor física.
O segundo tem a sua realidade nas energias físicas, portanto assimila
a dor que o corpo físico registrou.
P. Que acontece em certos casos patológicos?
R. Em certos casos, como os de catalepsia por exemplo,
verifica-se a perda da sensibilidade. Supõem os pesquisadores, que
essa retirada quase completa do períspirito – eu utilizaria o termo
relativo afastamento do corpo físico – é que impede a transmissão da
sensibilidade. Em “A Gênese”, Kardec refere-se a ocasiões em que o
espírito não mais está dentro do corpo e o períspirito a ele se adere
apenas em alguns pontos. Faço uma ressalva: quero entender o
espírito ligado ao físico e não dentro do corpo físico.
Preciso estabelecer um entendimento mais robusto: quem é o
comandante do grande atleta Pelé? Sim, o espírito, por intermédio do
períspirito.
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7. FUNÇÕES ADICIONAIS DO PERÍSPIRITO
P. Dessa forma, qual a função primordial ou básica do
períspirito?
R. A de servir de veículo e traço de união do espírito com o
corpo físico, utilizando-se do sistema nervoso deste.
P. Nessa função específica, o que compete ao períspirito
exercer?
R. Compete-lhe, levar do corpo para o espírito as sensações e,
num sentido inverso, deste, de sua vontade traduzir-lhe as ordens em
ações corporais. É o espírito quem sente e comanda.
P. Qual é a segunda função?
R. É a da ação diretriz, construtiva e orientadora que o
períspirito efetua acrescido da força vital. O períspirito figura como
um arquétipo, um esquema mediante o qual imprimem-se, a partir da
ovo-gênese, as formas necessárias subordinadas às exigências de
expiação, provas e progresso que o indivíduo deva realizar na
presente existência, ação esta evidentemente combinada e
condicionada à herança genética. Delanne aborda o assunto no cap. V
de “A Evolução Anímica”.
P. Como se exerce essa função quando não há mais corpo
físico?
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R. O períspirito não mantém sua forma só quando encarnado.
Também após a desencarnação, seguindo a vontade dirigente do
próprio espírito que lhe pode ou não, ordenar modificações
temporárias, é capaz de manter a forma que lhe era própria, quando
encarnado.
P. Em que outro aspecto evidencia-se a ação construtiva e
orientadora do períspirito?
R. Mesmo numa curta existência, o material celular de que o
organismo humano é composto, destrói-se por efeito do metabolismo.
Tendo que ser substituído, esse organismo é recomposto
sucessivamente de tal forma que não perdemos nosso tipo físico. É
como se houvesse um modelo (sempre o mesmo) embora com a
sequência, gradativa do envelhecimento. Deve-se essa permanência à
orientação do períspirito.
P. Como se poderá resumir as funções do períspirito,
sintetizando-as?
R. Em três grupos de funções características correspondendo a
um aspecto fisiológico (quando estabiliza o complexo orgânico), a
outro psicológico (quando exerce funções de memória, etc.) e àquele
relativo à perpetuação da individualidade, isto é, a meta-psíquico-
fisiológico.
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P. Baseado na sua propriedade de expansão, que mais realiza o
períspirito?
R. O períspirito consegue relacionar-se com seu meio fluídico,
expandindo seu períspirito que, ao desdobrar-se, pode levar consigo
grande parte de seu Eu e até mesmo corporizar-se, por vezes.
P. Como é esse desdobramento?
R. Varia bastante. O duplo pode projetar-se à distância quase
que ilimitada, com rapidez inimaginável.
P. É um desdobramento completo esse?
R. Poderá ser total, conforme o explicado, mas não será
definitivo. Existe um cordão fluídico ligando o duplo ao organismo
físico o qual, ao menor estímulo, promove seu retorno imediatamente.
P. Que tem esse desdobramento a ver com a morte verdadeira?
R. Essa projeção é limitada no tempo e no espaço. Ao
desdobrar-se, por mais longe que vá, o espírito sempre retorna.
Quando morre, entretanto, exterioriza-se para não mais voltar ao
corpo, ocasião em que o cordão fluídico rompe-se definitivamente por
completo.
P. Que função o períspirito executa no tocante à memória?
R. O estudo do períspirito deve ser encarado de maneira global,
conforme orientação do autor de “O Espiritismo Perante a Ciência”,
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considerando-se seus dois aspectos: o da alma, propriamente dita,
parte ativa, consciente, e a outra - a do períspirito - passiva,
inconsciente, capaz de guardar tudo quanto se passa, tal qual um
almoxarifado espiritual.
P. Como poderia ser qualificada essa espécie de arquivo?
R. Para o Dr. Antônio J. Freire, autor de “Da Alma Humana”,
qualificar-se-ia como supra-consciente e estaria relacionado com a
missão progressiva “expiatória e reparadora, de cada reencarnação”.
P. O supra-consciente pode ser conhecido durante a vida?
R. Aprendemos que durante a encarnação esquecemos as vidas
anteriores. Mas há possibilidades de obtermos informes sobre alguma
delas, pela utilização de hipnose profunda, sob a responsabilidade de
cientistas de gabarito (o paciente poderá ocorrer graves riscos se
colocado em mãos inexperientes). Pesquisas nesse setor têm recebido
o nome de “Regressão de Memória” ou “Memória Extra-Cerebral”.
P. Esse conhecimento do supra-consciente, durante a vida, faz-
se apenas pelo hipnotismo?
R. Não. Ocorrem, também, pela vidência natural, em vigília
(raramente); em sonho; pela projeção - por responsabilidade de
espíritos instrutores, para efeito educativo; e pela Psicometria. Já se
fala muito, hoje, também na Terapia de Vidas Passadas, e sem
hipnose.
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P. O espírito, ao desencarnar, tem conhecimento de suas vidas
anteriores?
R. Sendo de pouca evolução, cada vez que retorna ao espaço
extra-físico só percebe o que foi nessa última experiência
encarnatória. Não tem acesso ao seu passado pleno, constituído de
muitas existências, como os outros, mais evoluídos.
8. FLUIDO VITAL
P. Muitos confundem o períspirito do encarnado com o Fluido
Vital. Está certo?
R. Não. Não se deve fazer tal confusão.
P. Que tem a ver o Fluido vital com o períspirito do encarnado?
R. Quando o ser é concebido, a força vital faz-se presente tanto
no óvulo fecundado, quanto ao períspirito reduzido, impregnando-os.
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P. Que faz o Fluido Vital ao períspirito a partir da concepção?
R. Recebendo o Fluido Vital e assimilando-o, juntando-o às
energias de que já é formado, o períspirito praticamente materializa-se
(essa é a diferença primordial entre o períspirito do encarnado e o do
desencarnado) para, a partir dessa operação, tornar-se o regulador
dessa própria energia. O Fluido Vital, afirma Delanne, desenvolve as
energias latentes do períspirito e o faz ativo, enquanto o ser é
encarnado.
P. Que afirma o autor de A Evolução Anímica, sobre o princípio
vital?
R. Que este é o motor do períspirito durante a vida física.
P. O Fluido Vital e o princípio vital são as mesmas coisas?
R. De ordinário, usam-se os dois termos indistintamente.
Todavia, parece haver uma colocação sutil na interpretação de um e
de outro. Kardec, explica essas duas posições, didaticamente, na
introdução do Livro dos Espíritos.
O princípio vital traduz uma idéia ampla, generalizada. É o
princípio da vida material e orgânica. Há duas hipóteses sobre a sua
origem:
A primeira: diz que ele é uma propriedade da matéria. Produzir-
se-ia como efeito, quando esta se achasse em determinadas
circunstâncias.
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A segunda: qualifica-o como fluido. Segundo seus defensores,
em maior número que o da primeira hipótese. O princípio vital estaria
universalmente espalhado, como uma modificação do fluido
universal. Dele, cada ser absorveria uma parcela durante a vida, tal
como os corpos inertes, absorvem a luz. Nós aqui usaremos as
expressões como sinônimas: princípio, fluido, força, energia - vitais.
P. Que mais se deve dizer do princípio vital?
R. Que ele não é um elemento primitivo, como foi dito. Procede
de modificações da matéria universal. O princípio vital, sozinho, não
é a vida. Para haver vida é necessária sua união com a matéria.
P. Por onde circula a força vital?
R. No corpo físico, ela circula principalmente através do sistema
nervoso. E desde que o espírito atue sobre a matéria mediante a força
vital, qualquer defeito na rede nervosa do corpo físico ocasiona
prejuízo de ação para o períspirito que não consegue mais atuar sobre
esse órgão correspondente ou setor orgânico. Desordens no cérebro
impedem as manifestações da alma, vide Delanne.
Ao circular pelo sistema nervoso - reprodução material dos
estados perispirituais, segundo Delanne - a força vital é denominada:
Força nêurica, por Barthez; força psíquica, por Crokes; força ódica,
por Reichembach; Fluido magnético, por defensores do magnetismo;
e, influxo nervoso pela medicina clássica.
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P. A que se assemelha o fluido vital?
R. Ao fluido elétrico animalizado, também chamado de
magnetismo.
P. O princípio vital pode ser confundido com a força nervosa?
E com o fluido magnético?
R. Embora haja muita semelhança entre eles e alguns autores,
mesmo, confundam-nos considerando nomes diferentes de uma
idêntica manifestação energética, há estudiosos que os encaram
separadamente. Segundo Edgard Armond (Passes e Irradiações),
seriam formas diversas de manifestações de uma energia fundamental
- F.C. U.
P. Que importância tem o fluido vital para o períspirito do
encarnado?
R. Sendo o períspirito etéreo como é, sem fluido vital, não
poderia atuar sobre o corpo físico. Com o Princípio Vital, a matéria
torna-se animalizada, isto é, viva.
P. Quem comanda os movimentos no corpo físico?
R. O espírito.
P. O que transmite as ordens desses movimentos ao corpo
físico?
R. O períspirito, através dos fluidos vitais.
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P. Como explicam alguns pesquisadores o fato do fluido vital
atuar sobre a matéria orgânica do encarnado?
R. Explicam ser a força vital muito semelhante ao fluido
eletromagnético. Ora, o impulso nervoso pode ser deflagrado e
modificado por efeito do fluido eletromagnético. Em sendo assim, o
fluido vital agiria como um impulsionador.
P. Delanne (a Evolução Anímica) afirma ser a força vital
simultaneamente um princípio e um efeito. Por quê?
R. Porque é imprescindível um ser já vivo para comunicar a
vida e porque esta, uma vez comunicada, é mantida por leis fisio -
químicas.
P. E o que é mais interessante nisso tudo?
R. Apesar de operar por meio de leis naturais e ser mantido
através dessas mesmas leis, o Princípio Vital é algo perfeitamente
distinto delas.
P. Como o considera, ainda, Delanne?
R. Como um produto básico responsável pela manutenção e
reparação da matéria viva.
P. Sob o aspecto qualitativo, o princípio vital apresentar-se-ia
sempre idêntico para toda gama de seres orgânicos?
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R. Não. Ele se modifica indefinidamente para produzir-se com
características especiais, para cada espécie de ser orgânico.
P. Qual o destino dos corpos orgânicos após a morte?
R. A matéria inerte decompõe-se, formando novos seres.
Quanto ao Princípio Vital, retorna à massa de onde saiu.
P. Quando se dá a morte do ser?
R. Quando os elementos essenciais ao funcionamento dos
órgãos estão destruídos ou alterados profundamente. O fluido vital
torna-se impotente para transmitir-lhes o movimento da vida. Então, o
ser morre.
P. A quantidade do fluido vital é sempre a mesma para todos?
R. Não. Varia segundo as espécies de seres vivos e varia
também individualmente. Há indivíduos saturados desse fluido,
enquanto outros o possuem em quantidade apenas suficiente. Daí,
para os primeiros, vida mais ativa, super abundante.
P. O fluido vital esgota-se?
R. Sim. Tem de ser renovado pela absorção e assimilação das
substâncias que o contêm ou nele se transformam. A absorção dessa
força, segundo Armond, far-se-ia através do aparelho respiratório, da
pele e por ingestão de alimentos.
P. O fluido vital é transferível?
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R. Sim. Pode ser transmitido de um indivíduo para outro.
Aquele que o tiver em maior porção pode dá-lo a um que tenha menos
e, em certos casos, prolongar, por um certo período de tempo, a vida
prestes a extinguir-se
P. A força vital pode ser alterada? Neste caso, o que pode ser a
causa dessa alteração?
R. Sim. E neste caso, o estado vibratório do períspirito também
pode alterar-se, modificando conseqüentemente as condições
ordinárias da percepção.
Segundo Delanne, às variações da força psíquica nos centros
nervosos correspondem modificações vibratórias no períspirito. As
causas dessas alterações da força vital podem estar em moléstias, ação
anestésica, nos irritados físicos do sistema nervoso ou no magnetismo
animal.
9. PARTO ESPIRITUAL – UMA MATERNIDADE NA ESPIRITUALIDADE
Estamos sim, numa maternidade bem diferente das da terra. Os
bebês estavam no ventre - ventre perispiritual - para mães que
recebiam o tratamento dos médicos naquela enfermaria.
Pudemos perceber as crianças, isto é o espírito alojado no ventre
materno à espera da hora do parto. Uma jovem mãe que estava
sentindo as contrações do parto e foi levada até a sala cirúrgica. Era o
momento do espírito se libertar do útero materno e então assistimos a
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um parto no Mundo Espiritual. A mãe, inebriada, admirava o seu bebê
que dormia feliz.
Quando saímos daquele hospital, não aguentava mais de
curiosidade. Foi quando o irmão Rubião nos expôs: a mulher ao gerar
o filho com amor reluta em aceitar a separação. Como Deus respeita o
livre arbítrio, aqui realizamos o parto espiritual.
Quando a mãe sofre o desencarne juntamente com o feto,
espera-se aqui o término da gestação.
Nisso retorna Matilde, dizendo:
-A mãe e o bebê passam bem. Ela já lhe deu o nome;
-Tem o nome do pai – Alexandre.
-Já imaginaste Sergio, a angústia de uma gestante ao ser
assassinada ou acidentada? Como fica a sua casa mental? Sentindo o
desespero do espírito que carrega junto a ela. Muitos são retirados por
entidades amigas, outros, contudo, são prisioneiros das próprias mães
que num instinto de proteção, contraem o útero, envolvendo-os em
uma película que os retêm.
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10. INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Informações importantes do períspirito: em virtude da natureza
etérea do espírito, ele não teria condições de atuar materialmente no
processo de participação na construção material do planeta e no seu
processo intelectual.
Quando a criança falece, seu períspirito permanece criança? Sim
e Não, dependendo da sua evolução.
Outras sensações do períspirito: André Luiz relata que sentia
fome e sede. Crescia-lhe a barba. A roupa começava a romper-se.
Todas as necessidades fisiológicas estavam presentes.
O períspirito consegue assimilar essências materiais finas,
fluídos encharcando-se com elas, ou penetrando-se de fluidos
espirituais os mais diferenciados, que oferecem ao espírito,
temporariamente, certas sensações como se estivesse encarnado.
Não é por outra causa que entidades desencarnadas, ainda em
estágios grosseiros de evolução, exigem dos que se põem em suas
faixas vibratórias, comida e bebidas para a sua satisfação pessoal,
como recompensa ou pagamento pelas ajudas que prometem prestar.
Outros irmãos do além ordenam que se executem sacrifícios de
animais, pedem flores e frutos frescos, ocasião em que podem
absorver dos alimentos e do plasma sanguíneo o fluido que durante
algum tempo, dão a entidade desencarnada um tipo de nutrição que
fará sentir-se humanizado, gente outra vez. Isso lhe facilita o sucesso
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às suas presas e àquele mesmo que lhe faz tais ofertas e atendem a
essas exigências.
Necessário é que ninguém ignore que todos os que
compartilham desses caprichos perniciosos de desencarnados
exploradores patrocinando-lhes esses alimentos, são correspondentes
pelo efeitos infelizes que daí advenham respondendo cada um por
seus atos, na relação direta da vida.
Os espíritos não bebem, não comem, nem bebem, conforme o
entendimento humano comum, por faltar-lhes a aparelhagem orgânica
para isso. Não obstante, absorvem as essências finas que entretém a
vitalidade e gozam os prazeres mais estranhos por meio dessas
propriedades valiosas que, por enquanto, não sabem valorizar.
Esse corpo perispiritual, do qual tão pouco ainda se conhece no
mundo, guarda em sua estrutura, curiosas, importantes e graves
virtudes, graças as quais um dia, o espírito livre e luminoso, alçara
vôos a mais vastos e altos céus, transformando-se em veste nupcial
(que deve ser entendido como a veste da pureza, nas noivas do
passado)
P. Esse corpo perispiritual sente necessidade de sexo e
alimentação?
R. O livro “Diálogo com as Sombras”, páginas 173, comenta:
Assim da mesma forma que os problemas alimentares, os de sexo não
ficam totalmente eliminados por um passe de mágica, simplesmente
porque se deu a desencarnação - os pedófilos encarnados além dos
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seus extintos são envolvidos por esses irmãos, desencarnados. Motivo
de dizer: não tem cura. Atendemos um desencarnado pedófilo, e ele
pedia: me prendam caso contrário vou envolvendo pessoas e mais
pessoas.
P. O períspirito ao ligar-se com o feto sofre alguma
modificação?
R. Sim. Ele encolhe-se para se harmonizar com o somático que
vai comandar, ou seja: podemos comparar a uma condensação das
energias que se compõem o períspirito, sem perda das qualidades da
alma já conquistadas.
11. A ALMA NOS ANIMAIS
P1. A existência da alma nos animais é, pois, um fato evidente.
Não é?
P2. Onde temos um corpo orgânico, temos uma alma atrelada –
se for uma vida muito elementar, a chamaremos de principio
espiritual, conseqüentemente um períspirito fazendo o elo de ligação
espírito é matéria?
P3. Como percebemos ter períspirito não é privilégio do
homem. Não é? Assim sendo, perguntamos: onde podemos visualizar
o início de atuação de um períspirito, em que reino da natureza?
R. Sim, não é privilégio do homem: As manifestações póstumas
dos animais dão evidencias claras que eles são dotados de um corpo
perispiritual que sobrevive à morte do corpo carnal. E para finalizar e
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complementar o assunto, buscamos esclarecimentos em Caibar
Schutel, no livro “Gênese da Alma”.
Um aparte: são nos animais que esses elementos períspirito e
espírito através de milênios nos brindou na condição de homens dos
nossos dias.
Um animal domesticado, recebendo amor dos homens, terá
facilidade de avançar com mais com mais rapidez a condição de seres
humanos, através dos milênios. Não esquecendo que a própria ciência
afirma que ainda pertencemos ao reino animal.
Vamos aos comentários de Cairbar:
No extremo do reino animal com o reino vegetal, estão os
zoófitos ou animais planta. Como planta, estava presa ao solo; como
animal, a vida nele é mais acentuada, pois tira a nutrição do meio
ambiente.
No extremo do reino animal com o reino hominal, encontramos
o chimpanzé, o gorila, etc. Os Símios / Primatas são categorias mais
próximas do homem. Eis a lei do progresso descrita por Darwin.
Imediatamente após os zoófitos aparece as inumeráveis
variedades de pólipos de corpos gelatinosos, exemplo (água viva) sem
órgãos bem distintos e que só diferem das plantas pela locomoção.
Depois, vêm, na ordem do desenvolvimento dos órgãos, da
atividade vital e do instinto. Vejamos essa ordem: Os vermes
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intestinais, os moluscos, animais carnudos, sem ossos, lesmas, ostras,
etc.
Os insetos. Neles o instinto laborioso se manifesta como
acontece com as formigas, às abelhas, as aranhas.
Chegamos à ordem dos vertebrados – peixe, répteis, pássaros e
os mamíferos.
Cairbar nos informa:
Instintos é o impulso ou estímulo interior e involuntário, que
leva os homens e os animais a executarem atos inconscientes (...).
Mas o principio anímico = psiquismo, que ainda não despertou nas
ervas, só aparece nos zoófitos, - plantas que se alimentam de insetos -
cresce nos pólipos, acentuadamente a partir dos répteis e nas aves,
aumentando a sua inteligência nos quadrúpedes e brilha no homem.
Nota: Lembrando que a abelha sempre será abelha,
desencarnada, seu espírito permanece pouco tempo no espaço. Os
espíritos prepostos, encarregado de lhes fazer progredir, fazem-na
reencarnar, se for o caso, em novos corpos que estejam de acordo com
o seu progresso.
As manifestações póstumas dos animais deixam a certeza de que
eles são dotados de um corpo espiritual, que sobrevive após à morte
do corpo carnal.
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Um parêntese, para lembrar as palavras de Joana de Ângeles no
livro “No limiar do infinito”, concernente ao princípio espiritual e
suas aquisições:
A princípio, o ser espiritual dorme no reino mineral, transita
para o vegetal, onde sonha e transmigra para o animal, no qual sente,
evoluindo para o hominal em que pensa e ama, a caminho da
angelitude.
P. Como é aparência do períspirito, ou corpo astral de um
animal?
R. Um cão desencarnado terá sem dúvida o seu períspirito
semelhante à sua aparência física. Os estudos espíritas comentam essa
realidade com muita frequência, através da mediunidade de vidência.
Em “O Diário dos Invisíveis”, Zilda Gama expressa:
“Os animais possuem uma alma revestida de corpo fluído, mas
não tem os mesmos atributos da humanidade”
Para concluir, passamos a palavra ao Dr. Carlos Imbassahy:
“A continuidade da vida a partir da planta, e, quem sabe, do
mineral, vem sendo demonstrada pela Ciência e imposta pela razão”
Voltemos a repetir a pergunta já formulada: onde possamos
visualizar o inicio de atuação de um períspirito, e em que Reino da
Natureza:
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Vamos decompor as palavras de Caibar:
• Animismo = psiquismo;
• Períspirito, só o períspirito tem função anímica;
• Zoófitos = princípio anímico/princípio inteligente.
Eis a nossa conclusão: O princípio anímico é conseguido
visualizar nos zoófitos, cresce nos pólipos, ou seja: no fim do Reino
Vegetal e início do Reino Animal.
Ah! Ah! Ah! Estou rindo sim, daqueles que pregam o pecado
original, a nós os humanos. Não sabem que a relação sexual tem a sua
ação marcante no reino animal. E na forma embrionária, está presente
no reino vegetal pois para que o pé de mamão tenha produção tem que
existir o pé de mamão fêmea.
Nota: Porque tanto assombro nos espíritas sem estudos quando
se fala em alma e períspirito nos animais, se Kardec no L.E pergunta
593 a 599, registrou: Espíritas instruir-vos.
Dava por encerrado o assunto Períspirito, quando uma
companheira médica nos perguntou: Diante de todas essas exposições
como se explica a corrente elétrica/nervosa que a medicina atesta a
sua existência?
Assim sendo buscamos á página 39 do Livro “Deus e a
Natureza”, a informação do espírito do Dr. Hermann Scheffer: outra
coisa não é senão uma força da matéria (...) imediatamente resultante
da atividade nervosa”
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Mas, de onde provém essa atividade nervosa?
Do éter em momento nos nervos.
De sorte que, os atos do espírito são o produto imediato do
movimento nervosos, determinado pelo éter ou do movimento destes
nervos – ao qual importa ajuntar uma variação mecânica, física ou
química da substancia imponderável dos nervos e de ouros elementos
orgânicos. Há em todos os nervos uma corrente elétrica., (...) força da
matéria: não entender a matéria – corpo físico e sim matéria
quintessenciada que envolve o períspirito, subordinado ao espírito.
12. OBRAS ADICIONAIS E CONSULTADAS
• Livro dos médiuns;
• Livro dos espíritos;
• Visão Espírita das Distonias Mentais;
• Missionário da luz;
• Correnteza de luz;
• A gêneses;
• Devassando o Invisível;
• Apostila Fluido – Matéria e Energia;
• Apostila Fisiologia da Mediunidade;
• Romance Lídia;
• Coleção Estudos Espíritas III - Helena C. Carvalho;
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• Liberação;
• Céu e Inferno;
• Entre o Céu e a Terra;
• Obras Póstumas;
• Nos Domínio da Mediunidade;
• Evolução Anímica;
• Passes e Irradiações – Edgar Armond;
• Elucidações e Evolução em Dois Mundos;
• Universidade dos Carismas;
• Espiritismo e as Doutrinas Espíritas - Deolindo Amorim;
• Estudo do períspirito - Edgar Armond;
• Metapsíquica Humana - Ernesto Bozzano;
• Estudos Espíritas - Joana de Angelis;
• Alma Humana - Antonio Freire;
• Ser Sub-Consciente - Dr. Gustavo Geley;
• Análises das Coisas - Dr. Paul Gibier;
• Anatomia e Fisiologia do Corpo Espiritual – Carlos
Mendonça;
• Ciências Espíritas e Suas Implicações - Herculano Pires;
• Evolução para o Terceiro Milênio - Carlos Toledo Rizzini;
• Funções do Períspirito - Dr. Alberto de Souza Rocha;
• Projeções da Consciência - Waldo Vieira;
• Libertação - André Luiz;
• Mãos de luz;
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• Favos de Luz;
• Deus na Natureza - Camile Flammarion.
13. AURA
P. O que se entende por Aura Humana?
R. Aura ou Fotosfera Psíquica constituir-se-ia numa espécie de
espelho fluídico, capaz de refletir o que se passa em nosso campo
psíquico e espiritual. As auras são reflexos do espírito.
Muitos as traduzem como emanações energéticas partindo do
fluido perispiritual, na área próxima da matéria densa, ultrapassando
os limites do organismo físico, devendo haver ainda componentes de
energia do próprio fluido vital, em expansão.
P. Qual é a forma e a cor das Auras?
R. São concêntricas, ou então, irregularmente (ovóides). Quanto
à cor, elas podem ir do negro opaco à luz mais brilhante.
P. A aura tem tamanho fixo?
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R. Não. Varia de indivíduo para indivíduo, tanto no tamanho
quanto na cor. Também na mesma pessoa ela pode modificar-se,
segundo as condições do espírito, em cada movimento.
P. Que tem a ver o tamanho e as cores da Aura com a
qualificação do espírito?
R. Aura cresce em dimensão e riqueza de cores, segundo o
espírito, sobe em escala moral e intelectual. Exemplo:
A maioria das irradiações dos homens comuns dificilmente
ultrapassa os 02 centímetros.
Quanto ao Chico Xavier, através de aparelho eletrônico
sofisticados, detectou-se uma irradiação de 10 metros.
Nota: Revista Espírita Ano I – nº 02:
P. É fácil enxergar a Aura?
R. Não. Elas podem ser vistas por videntes naturais e por
sonâmbulos magnéticos. Mas o médium pode aperfeiçoar-se nesse
sentido.
P. Como seria a Aura de alguém viciado e sucumbido a paixões
animalizadas?
R. Bastante escura, negra, por vezes, e cheia de estigmas, isto é,
cicatrizes e marcas infamantes.
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P. Como são as Auras de entidades elevadas?
R. São radiantes, feéricas, de tal sorte que a muitos médiuns
causam impacto e comoção.
P. Segundo alguns autores (o Dr. Antônio Freire é um deles),
certos videntes enxergam duas Auras. Como diferenciá-las?
R. A primeira delas seria a Aura da Saúde, produzida pelas
energias do organismo físico. Permanece mais próxima do corpo
denunciando precariedade no funcionamento dos órgãos por possíveis
irregularidades na sua espessura.
Doenças podem ser detectadas quando essa irradiação
praticamente desaparecer ou fragmentar-se. A aura espiritual aparece
mais distanciada. É uma segunda irradiação. Estes conhecimentos são
utilizados com êxito nas atividades dos colegiados de médiuns para
assistência espiritual em algumas Casas Espíritas.
Barbara Ann Brennam, em seu livro Mãos de Luz, cap. 6, - O
Campo da Energia Universal - páginas 63 e 64, Editora Pensamento.
Comenta o assunto:
P. As plantas têm aura?
R. Sim. (...) quando afastado o cristal, observou-se que a aura
da planta e a aura do cristal se esticaram para manter o contato. Elas
puxam como bala de goma. Ainda acrescenta: - Empregando os
métodos da fotografia Kirlian, houve quem fotografasse e registrasse
uma aura de cor azul.
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Cortando metade de uma folha, a folha apresentou a aura de cor
castanho-avermelhada. Voltei atrás e pedi desculpa à planta,
restabelecendo a cor azul, passados aproximadamente dois minutos,
mostrava sinais definidos da parte que faltava, mas não tão claro
quando fotografada pela primeira vez.
Através da capacidade de absorção. O acima exposto fica mais
fácil o seu entendimento – expansão da aura, ao ler o que vamos
narrar:
Amputei o meu braço e continuo a sentir a sua extensão até a
ponta dos dedos como se os tivesse. Um dia ao aproximar-se de uma
vela, senti que esta queimava as pontas dos supostos dedos.
Nota: Essa expansão energética com o tempo sofre
encolhimento, desaparecendo essas sensações.
P. Os objetos inanimados têm aura?
R. Sim – responde Barbara Ann Brennam. Os objetos
inanimados também têm aura. A maioria dos objetos pessoais
impregnados da energia do dono, irradiam essa energia.