materiais ii - aula 01 - argamassas convencionais

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  • Universidade Federal de Alagoas

    Campus do Serto

    Eixo de Tecnologia

    Materiais de Construo

    Aula 1 Argamassas Convencionais

    Prof. Alexandre Nascimento de LimaDelmiro Gouveia, maio de 2014.

  • Introduo

    Argamassas so materiais de construo, com

    propriedades de aderncia e endurecimento,

    obtidos a partir da mistura homognea de um ou

    mais aglomerantes, agregado mido (areia) e

    gua, podendo conter ainda aditivos e adies

    minerais.

  • Classificao quanto critrios

  • Classificao quanto critrios

  • Classificao quanto funo

  • Classificao quanto critrios

  • Argamassa de assentamento

    Definio: A argamassa de assentamento de

    alvenaria utilizada para a elevao de paredes e

    muros de tijolos, blocos ou pedras.

  • Argamassa de assentamento

    Principais funes das juntas de argamassa:

    unir as unidades de alvenaria de forma a

    constituir um elemento monoltico, contribuindo

    na resistncia aos esforos laterais;

    distribuir uniformemente as cargas atuantes

    na parede por toda a rea resistente dos blocos;

    selar as juntas garantindo a estanqueidade da

    parede penetrao de gua das chuvas;

    absorver as deformaes naturais (origem

    trmica) e as de retrao por secagem (origem

    higroscpica), a que a alvenaria estiver sujeita.

  • Argamassa de assentamento

    Propriedades essenciais ao bom desempenho

    das argamassas de alvenaria:

    trabalhabilidade consistncia e plasticidadeadequadas ao processo de execuo, alm de

    uma elevada reteno de gua;

    aderncia;

    resistncia mecnica;

    capacidade de absorver deformaes.

  • Argamassa de assentamento

  • Argamassa de assentamento

  • Argamassa de revestimento

    Definio:

    Argamassa de revestimento utilizada para

    revestir paredes, muros e tetos, os quais,

    geralmente, recebem acabamentos como pintura,

    revestimentos cermicos, laminados, etc.

  • Argamassa de revestimento

    Camadas:

    1. Chapisco: Camada de preparo da base,

    aplicada de forma contnua ou descontnua, com

    finalidade de uniformizar a superfcie quanto

    absoro e melhorar a aderncia do revestimento;

    2. Emboo: Camada de revestimento executada

    para cobrir e regularizar a base, propiciando uma

    superfcie que permita receber outra camada, de

    reboco ou de revestimento decorativo (por

    exemplo, cermica);

  • Argamassa de revestimento

    Camadas:

    3. Reboco: Camada de revestimento utilizada

    para cobrimento do emboo, propiciando uma

    superfcie que permita receber o revestimento

    decorativo (por exemplo, pintura).

    4. Camada nica: Revestimento de um nico

    tipo de argamassa, aplicado base, sobre o qual

    aplicada uma camada decorativa, como a

    pintura; tambm chamado popularmente de

    massa nica ou reboco paulista. atualmentea alternativa mais empregada no Brasil.

  • Argamassa de revestimento

  • Argamassa de revestimento

    Principais funes de um revestimento de

    argamassa de parede :

    proteger a alvenaria e a estrutura contra a

    ao do intemperismo, no caso dos

    revestimentos externos;

    integrar o sistema de vedao dos edifcios,

    contribuindo com diversas funes, tais como:

    isolamento trmico (~30%), isolamento acstico

    (~50%), estanqueidade gua (~70 a 100%),

    segurana ao fogo e resistncia ao desgaste e

    abalos superficiais

  • Argamassa de revestimento

    Propriedades essenciais ao bom desempenho

    das argamassas de revestimento:

    trabalhabilidade, especialmente consistncia,

    plasticidade e adeso inicial;

    retrao;

    aderncia;

    permeabilidade gua;

    resistncia mecnica, principalmente a

    superficial;

    capacidade de absorver deformaes.

  • Argamassa de revestimento

  • Argamassa de regularizao

    Tambm conhecido como piso cimentado, a

    argamassa de regularizao utilizada como

    base reguladora de nvel para pisos, que podem

    servir como acabamento definitivo (piso

    queimado) ou para posterior acabamento final

    (piso cermico, laminado melamnico, tacos,

    pintura, etc).

    Em lajes de edifcios contribuem para o

    nivelamento ou desnivelamento (cadas para ralos

    ou canos) do piso.

  • Argamassa de regularizao

  • Trabalhabilidade e aspectos reolgicos

    Definio:

    Trabalhabilidade a propriedade das

    argamassas no estado fresco que determina a

    facilidade com que elas podem ser misturadas,

    transportadas, aplicadas, consolidadas e

    acabadas, em uma condio homognea.

  • Trabalhabilidade e aspectos reolgicos

    A trabalhabilidade resultante da conjuno de

    diversas outras propriedades, tais como:

    Consistncia: a maior ou menor facilidade

    da argamassa deformar-se sob ao de cargas;

    Plasticidade: a propriedade pela qual a

    argamassa tende a conservar-se deformada aps

    a retirada das tenses de deformao;

    Reteno de gua e de consistncia: a

    capacidade de a argamassa fresca manter sua

    trabalhabilidade quando sujeita a solicitaes que

    provocam a perda de gua;

  • Trabalhabilidade e aspectos reolgicos

    Coeso: Refere-se s foras de atrao entre

    as partculas slidas da argamassa e as ligaes

    qumicas da pasta aglomerante;

    Exsudao: a tendncia de separao da

    gua da argamassa: ela sobe e os agregados

    descem pela gravidade. Argamassas fluidas

    apresentam maior tendncia exsudao;

    Densidade de massa: Relao massa/volume

    de material;

    Adeso inicial: Unio inicial da argamassa ao

    substrato.

  • Ensaios no Estado Fresco

    1. Consistncia e plasticidade:

    Mtodo do cone

  • Ensaios no Estado Fresco

    2. Consistncia e plasticidade:

    Mesa de consistncia

  • Ensaios no Estado Fresco

    3. Reteno de gua:

  • Ensaios no Estado Fresco

    4. Densidade de massa e teor de ar

    incorporado:

  • Ensaios no Estado Fresco

    5. Reologia:

    Squeeze flow

  • Ensaios no Estado Endurecido

    1. Aderncia:

    Didaticamente, pode-se dizer que a aderncia

    deriva da conjuno de trs propriedades da

    interface argamassa-substrato:

    a resistncia de aderncia trao;

    a resistncia de aderncia ao cisalhamento;

    a extenso de aderncia (razo entre a rea de

    contato efetivo e a rea total possvel de ser

    unida).

  • Ensaios no Estado Endurecido

    Mecanismo da ligao argamassa-substrato

  • Ensaios no Estado Endurecido

    Fatores que exercem influncia na aderncia de

    argamassa

  • Ensaios no Estado Endurecido

    Medida da resistncia de aderncia NBR 13528 (ABNT, 2010)

    Corte do revestimento perpendicularmente ao seu

    plano; delimitao do corpo-de-prova (CP), at atingir

    o substrato;

    Colagem de um dispositivo para acoplar o

    equipamento de trao (pastilha).

    Acoplamento do equipamento de trao e execuo

    de esforo de trao at a ruptura;

    Clculo da resistncia de aderncia;

    Anlise da superfcie de ruptura aps o

    arrancamento , anotando o percentual de cada tipo

    de ruptura.

  • Ensaios no Estado Endurecido

  • Ensaios no Estado Endurecido

    Tipos de ruptura, considerando o revestimento

    aplicado diretamente ao substrato.

  • 2. Densidade de massa (NBR 13280:05)

    Recomendado: 1200 a 1800

    kg/m

    3. Absoro de gua por

    capilaridade (NBR 15259:05)

    Recomendado: 1,5 a 10 g/dm.min

    Ensaios no Estado Endurecido

  • 4. Resistncia trao por flexo

    (NBR 13279:05)

    Recomendado: 1,5 a 3,5 MPa

    5. Resistncia compresso

    (NBR 13279:05)

    Recomendado: 2,0 a 8,0 MPa

    Ensaios no Estado Endurecido

  • 6. Estanqueidade (Permeabilidade)

    Ensaios no Estado Endurecido

  • Fatores influenciadores:

    Granulometria dos agregados;

    Aglomerantes;

    Uso da argamassa;

    Acabamento;

    Tipo de mistura;

    Tipo de aplicao.

    Dosagem

  • Traos usuais:

    Chapisco 1: 3 (cimento:areia grossa);

    Regularizao 1: 4 (cim:areia mdia);

    Revestimento interno 1:2:9 (cim:cal:areia);

    Revestimento externo 1:2:8(cim:cal:areia);

    Assentamento 1:2:4 (cim:cal:areia).

    Dosagem

  • Faixas de consumo de cimento, em kg por m3, de argamassa.

    Dosagem

  • Clculo do consumo de materiais:Trao => 1 : p : q : a/c Onde:Equao 1: Cc = cosumo de cimento

    arg = ME da argamassa

    Equao 2: p = trao da cal, em massaq = trao da areia, em massaa/c = fator gua/cimentoCp = consumo de calCq = consumo de areia

    Equao 3: Cp = Cc.p c, p e c = MEs do cimento,Equao 4: Cq = Cc.q da cal e da areiaEquao 5: Ca = Cc.a/c (MEs em kg/m

    3)

    Dosagem

  • Exerccio: Determine o valor do teor de ar incorporado na argamassa cujos dados so explicitados abaixo. Calcule tambm os consumos dos materiais (inclusive de gua).

    Dados:

    Trao => 1:0,5:6:1,05 (massa)

    cim = 3,1 kg/L

    cal = 2,235 kg/L

    areia = 2,68 kg/L

    Ccim = 232 kg/m3

    Dosagem

  • Exerccio:

    =1

    1

    +

    +

    +

    1

    +

    +

    +

    = 1

    = 1 1

    +

    +

    +

    = 1 232 1

    3100+

    0,5

    2235+

    6

    2680+

    1,05

    1000

    = 0,11 % = 11%Consumo dos materiais:

    = = 232 0,5 = 116 3

    = = 232 6 = 1392 3

    = = 232 1,05 = 244 3

    Dosagem

  • Preparo: A dosagem em laboratrio feita em massa, egeralmente em obra os materiais constituintes daargamassa sero medidos em volume.

    Portanto, cabe ao construtor a converso do trao em massa para volume, que pode ser feita empregando a Equao 6:

    Onde: p = trao da cal, em massa q = trao do agregado, em massa c = massa unitria do cimento p = massa unitria da cal q = massa unitria do agregadoa = massa unitria da gua

    Dosagem

  • Exerccio: Transforme o trao de argamassa 1:2:4,5:1,05 em massa para volume? Considerar a umidade da areia igual a 2,5%.

    Dados:

    cim = 1,38 kg/L

    cal = 0,69 kg/L

    areia = 1,44 kg/L

    Dosagem

    h% Vh/V00,5 1,125

    1,0 1,236

    2,0 1,347

    2,5 1,424

    3,0 1,459

    4,0 1,571

    5,0 1,568

    7,0 1,576

  • Exerccio: Transforme o trao de argamassa 1:2:4,5:1,05 em massa para volume? Considerar a umidade da areia igual a 2,5%.

    cal:

    =21,38

    0,69= 4

    areia:

    =1,4244,51,38

    1,44= 6,14

    gua: /

    =

    1,051,38

    1= 1,45

    Dosagem

  • (NBR 7200:98, 13754:96)Cuidados: Armazenamento adequado dos materiais; Controle dos materiais; Recomendaes dos fabricantes; Projeto de argamassas; Respeitar as dosagens de projeto; Nivelamento horizontal e vertical; Aguardar cura da camada anterior; Limpeza do local de aplicao; Limpeza dos equipamentos; Respeitar tempo de mistura e aplicao; Racionalizar distncias.

    Controle Tecnolgico

  • [email protected]

    http://sites.google.com/site/materiaiscampusdosertao