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  CONJUNTO DE TESTES SOBRE | MATERIAIS DE CONSTRUÇAO I/II  Com este pequeno documento pretendi fazer uma breve compilação de todas as possíveis perguntas e as suas respectivas respostas, de um teste de Materiais de Construção | Engenharia Civil  Perguntas de testes | resolvidas [Joana Castro | Licenciada em Engenheira Civil]

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Colectânea de possíveis questões e respectivas respostas, que podem aparecer nos testes de Materiais de Construção, uma disciplina leccionada em Licenciatura de Engenharia Civil.

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  • CONJUNTO DE TESTES SOBRE | MATERIAIS

    DE CONSTRUA O I/II

    Com este pequeno documento pretendi fazer uma breve compilao de

    todas as possveis perguntas e as suas respectivas respostas, de um teste

    de Materiais de Construo | Engenharia Civil

    Perguntas de testes

    | resolvidas

    [Joana Castro | Licenciada

    em Engenheira Civil]

  • 1

    NDICE

    QUESTES (LIGANTES) .................................................................................................................. 2

    QUESTES (GESSO) ....................................................................................................................... 3

    QUESTES (CAL) ............................................................................................................................ 5

    QUESTES (MADEIRA) .................................................................................................................. 8

    QUESTES (TINTA E VERNIZ) ....................................................................................................... 10

    QUESTES (MATERIAIS CERMICOS) .......................................................................................... 11

    QUESTES (PEDRAS NATURAIS) .................................................................................................. 12

    QUESTES (BETO) ..................................................................................................................... 14

    QUESTES (BETUME) .................................................................................................................. 17

  • 2

    QUESTES (LIGANTES)

    1. O que so ligantes? Qual a sua utilizao?

    Ligante um produto que ganha presa e endurece, aglomerando-se a outros materiais,

    como por exemplo agregado grosso e areia (conferindo propriedades aglomerantes).

    2. Os ligantes areos e hidrulicos, em termos de classificao pertencem a um determinado

    tipo de ligante, diga qual e quais as suas caractersticas? Os ligantes areos e hidrulicos pertencem aos ligantes hidrfilos, ou seja so ligantes que

    tem afinidade com a gua e quando misturados com esta vo formar uma pasta que endurece,

    e como qualquer outro ligante podem aglomerar-se a outros materiais. constitudo por

    matria slida finamente pulverizada. Podem ser cal area, cal hidrulica, gesso e cimento.

  • 3

    QUESTES (GESSO)

    1. O que o gesso? Como produzido?

    O gesso um ligante hidrfilo areo. A matria prima do gesso a pedra de gesso ou

    gesso bruto (sulfato de clcio dihidratado), pode ou no conter impurezas, nomeadamente a

    alumina, slica, xidos de ferro, xidos de clcio, carbonato de clcio e carbonato de magnsio.

    A pedra de gesso moda e colocada num forno e pode ser sujeita a diferentes tratamentos

    trmicos originando diferentes produtos. Quando colocada no forno a uma temperatura de

    160 C, vai sofrer uma desidratao parcial, originando o sulfato de clcio semi-hidratado.

    Segue-se a reduo a p e obtm-se o gesso corrente. Este p pode ser amassado com gua,

    nas devidas propores originando sulfato de clcio dihidratado.

    2. Quais os factores que influenciam a presa do gesso? Como?

    Os factores que influenciam a presa do gesso so: a finura, a quantidade de gua na

    amassadura, a presena de adjuvantes (aceleradores ou retardadores de presa), a presena de

    impurezas e a natureza dos componentes do gesso.

    - A finura vai influenciar, uma vez que, quanto mais modo for, maior a superfcie

    especfica, ou seja maior a superfcie exposta hidratao, logo menor vai ser o tempo de

    presa para uma mesma quantidade de gua.

    - A quantidade de gua na amassadura, vai influenciar no sentido em que se usarmos a

    quantidade mnima de gua, a presa rpida, mas torna-se difcil de manusear, pouco

    trabalhvel. Portanto quanto maior for a quantidade de gua, maior vai ser o tempo de presa,

    porque demora mais tempo a atingir o tempo de saturao e a cristalizao d-se mais tarde.

    - A presena de adjuvantes vai acelerar ou retardar o tempo de presa.

    - retardadores: lcool, acar, gelatina, cola, albumina.

    - aceleradores: sulfato, acido sulfrico e clordrico, silicato de clcio.

    - A presena de impurezas vai atrasar o tempo de presa.

    3. Em que consiste a presa do gesso?

    Os sulfatos de clcio semi-hidratado e anidro, em presena de gua reconstituem

    rapidamente o sulfato bi-hidratado, isto , o gesso bruto como reao inversa ao seu fabrico.

    CaSO4.1/2H2O + 3/2 H2O --> CaSO4.2H2O

    Esta reao fortemente exotrmica e expansiva, formando-se uma fina malha de cristais em

    forma de longas agulhas que se interpenetram dando coeso ao conjunto.

    As caractersticas mais notveis de gesso que a presa se faz com o aumento de volume, o

    que tem vantagens quando se trata do enchimento de moldes, porque deixam de haver falhas

    dentro dos moldes. H tambm que salientar que o acabamento do gesso muito perfeito.

    Por estas razes, o gesso muitas vezes usado como ornamentaes delicadas aos tetos e

    paredes.

    Depois da presa o gesso continua a endurecer num processo que pode durar semanas.

  • 4

    4. Quais as vantagens e desvantagens do uso do gesso?

    As principais vantagens so que o gesso mais econmico (para o seu fabrico necessrio

    entre 80 a 90 Kg de carvo enquanto que para o cimento so necessrios 300 Kg), tem bom

    acabamento, bom isolamento trmico e acstico e tem resistncia ao fogo (esta elevada

    pois, no inicio, o calor dispensado na desidratao do gesso).

    Relativamente s principais desvantagens, considera-se que se dissolve-se 5 vezes mais na

    gua salgada do que na gua doce (no apropriado para obras hidraulicas) , corri o ferro e o

    ao, temm aderncia a superfcies lisas, sobretudo a madeira, (pelo que se desenvolveu

    tcnicas apropriadas para evitar este inconveniente, o estuque e o estafe) e no resiste

    gua (s ode ser utilizada em ambientes hmidos se for protegido com uma tinta

    impermevel).

    5. Da desidratao parcial da rocha CaSO4.H2O ir resultar CaSO4.1/2H2O. A reduo

    deste ltimo d origem a um material correntemente utilizado na construo civil, diga

    qual esse material,as suas possveis utilizaes e se o mesmo pode ser aplicado em

    interiores e exteriores?

    Da desidratao parcial da rocha CaSO4.H2O resulta o gesso Paris/gesso para estuque.

    Pode ser aplicado para estuque usado sobretudo em obras de reabilitao, revestimento de

    tectos, paredes com pasta de gesso para estuque (gesso calcinado a 160C), estafe so placas

    pr fabricadas com 1 a 2 cm de gesso e fibras vegetais (linho) dispersas para conferirem maior

    resistncia, gesso cartonado so placas de gesso prensado entre duas folhas de carto, gesso

    prensadoplacas de gesso prensado e Pr-fabricados.

  • 5

    QUESTES (CAL)

    1. Sob o ponto de vista qumico quais so as principais diferenas entre cais e gesso? O gesso um conjunto de ligantes simples constitudos basicamente por sulfatos de clcio +/-

    hidratados e sulfatos anidros de clcio obtidos por desidratao e cozedura da pedra de gesso

    ou gesso bruto.

    - O gesso encontra-se na natureza sob a forma de Anidrite (CaSO4).

    As cais resultam da cozedura dos calcrios, constitudos essencialmente por CaCo3, mas a

    estes podem estar associados as argilas. Dependendo da quantidade de argila, podemos ter

    calcrios muito puros ou a conterem quantidades variveis de argila.

    - Calcrio (CaCO3-100%)

    - Calcrio margoso (CaCO3 + argila (

  • 6

    6. Como ocorre o endurecimento da cal?

    O endurecimento da cal ocorre em duas fases, na primeira fase d-se uma presa inicial, ou

    seja, ocorre a evaporao da humidade em excesso originando um produto firme, mas

    marcavel com a unha.

    A segunda fase consiste numa recarbonatao, isto uma reaco quimica lenta que ocorre

    ao ar, o hidroxido de na presena de dioxido de carbono, reconverte-se em carbonato de

    clcio.

    Ca(OH)2 + CO2--->CaCO3 + H2O + 42,5 cal (exotrmica e expansiva)

    A velocidade desta reaco depende, da temperatura, da porosidade e da humidade existente

    na pasta.

    7. Como sabido a cal viva um dos materiais de construo civil mais antigos, no entanto

    antes da sua aplicao necessrio proceder-se sua extino.

    a. Diga quais os processos que se podem utilizar para proceder sua extino e explique

    cada um deles?

    Imerso corresponde extino da cal viva com excesso de gua, e feita

    mergulhando os blocos em gua, obtendo-se uma pasta de cal, ou pasta de cal apagada que

    endurece lentamente, um produto pouco poroso e permevel, com difcil e lenta

    recarbonatao que pode durar mais de 6 semanas.

    Asperso consiste na extino da cal viva com asperso de gua estritamente necessria

    hidratao. Como se verifica a expanso, medida que a cal se vai hidratando, o produto

    pulveriza-se.

    b. Explique como ocorre o processo de extino e porque necessrio fazer a mesma?

    Deve-se fazer a extino da cal aps ser retirada do forno, no s para eliminar toda a

    cal viva (as cais extintas no tem reaces exotrmicas quando em contacto com a gua), mas

    tambm para provocar toda a pulverizao da cal.

    c. Por que nomes conhecido o produto final que se obtm aps a extino?

    Cal apagada ou cal extinta.

    d. Como ocorre o endurecimento do produto final?

    O endurecimento faz-se por duas fases:

    1 (presa incial): d-se a evaporao da humidade em excesso, no fim da qual a cal

    est firme ao tacto mas ainda marcvel com unha.

    2 (recarbonatao): d-se uma reaco qumica muito lenta, ao ar, em que o hidrxido

    que converte em carbonato de clcio por recombinao com o CO2. A velocidade desta fase

    de recarbonatao depende da temperatura da estrutura porosa e da humidade da pasta

    podendo demorar anos a completar-se:

    Ca(OH)2 + CO2 CaCO3 + H2O + 42,5 cal

  • 7

    A pasta de cal ao secar retrai e fissura, para evitar a retraco de secagem, emprega-

    se areia nas argamassas de cal, permitindo arejar a argamassa e a sua carbonatao ao

    mesmo tempo que se d a secagem.

    e. D um exemplo de onde poderia ser usado o produto final?

    Cal area misturada com pozolana usada em estuque.

    Cal area com gesso usada no fabrico de blocos silico calcrios.

    Cal area misturada com cimento ou cal hidrulica usada em argamassas para

    reboco.

    Car area sob a forma de leitada, usada na caiao de muros.

  • 8

    QUESTES (MADEIRA)

    1. As caractersticas que as madeiras apresentam na altura do seu corte e quando vo ser

    aplicadas como material de construo, so diferentes. Diga qual a caracterstica mais

    afectada explicando o que ocorre e diga tambm, em que medida o tipo de madeira pode

    influir?

    A caracterstica mais afectada humidade, esta vai condicionar o comportamento do

    material durante a laborao, secagem e preservao e influi na resistncia mecnica e na

    durabilidade.

    A quantidade mxima de gua, est relacionada com a quantidade de clulas lenhosas que a

    madeira contem no estado verde (existentes no cmbio vascular).

    2. Defina anisotropia e diga quais as implicaes desta propriedade no produto final a obter?

    Anisotropia est relacionada com o facto de numa substncia produzem propriedades

    fsicas que variam com a direco. Na madeira, as propriedades mecnicas dependem da

    disposio das fibras, isto , a madeira expande-se ou retrai-se de forma diferente s variaes

    do ambiente, bem como a disposio das fibras.

    3. Imagine que tinha duas peas com a mesma seo, uma de lamelados colados e a outra de

    madeira de pinho para serem usadas como elemento estrutural. Por qual das duas optaria,

    justifique bem a sua resposta.

    A que optaria era a seco de lamelados, porque estes oferecem mais vantagens

    relativamente madeira, so mais baratos, mais resistentes a elementos agressivos, existe

    uma maior variedade, maior estabilidade ao fogo, possvel controlar os defeitos, vencem

    vos maiores, e mais fcil de executar.

    4. Considere que uma determinada madeira tem uma retraco radial e tangencial de 0,5%,

    possvel determinar a retraco axial? Justifique.

    No, no possvel determinar a retraco axial, porque a madeira um material

    anisotrpico, isto , possui propriedades mecnicas que variam consoante a disposio das

    fibras, ou seja a madeira retrai-se ou expande-se de forma diferente s variaes do ambiente,

    bem como a disposio das fibras.

    5. Descrevas as principais diferenas no processo de fabrico dos aglomerados de fibras, de

    partculas e contraplacados.

    Todos os escaravelhos atacam a madeira da mesma forma, colocam os ovos nas fendas da

    madeira, as lavras saem dos casulos e passam anos a escavar vrios anos a escavar tuneis

    atraves da madeira (comendo cerca de 50mm de madeira por ano) Primeiro, antes de

    proceder ao tratamento, deve-se ter certeza de que o caruncho j no est em

    actividade,deve-se cortar e substituir as peas com estrago mais profundo e tratar a madeira

    em bom estado com um produto adequado.Injecte o insectida no interior dos furos e aplique

    na superficie um polmero inseticida.

  • 9

    6. Imagina que verifica que na construo em que se encontra existem vigas de madeira com

    ataques de insectos xilfagos. O que faria perante essa situao. Justifique a sua resposta?

    Aglomerados de fibras material triturado, aquecido em autoclave, colocado em

    moldes onde comprimido, depois so introduzidos numa prensa hidrulica sujeita a uma

    tenso de 120Kg/cm2, durante 7 min a 120C.

    Aglomerados de partculas aps a secagem o material aglomerado com cola, colocado

    em moldes e comprimido a 90C

    Contraplacados toros com dimetros de 12 mm, formados em numero impar de folhas

    sobrepostas, sujeitas a uma compresso, at uma espessura entre 0,4 mm a 3 mm, tem as

    mesmas caractersticas que a madeira relativamente elasticidade e peso, mas tem maior

    resistncia, homogeneidade e podem ter maiores dimenses.

  • 10

    QUESTES (TINTA E VERNIZ)

    1. No fabrico de tintas so usadas cargas, diga o que so e para que servem?

    Cargas so corantes, usados para diminuir o custo de fabrico, bem como a qualidade

    da tinta, a sua durabilidade e aderncia, e conferem propriedades isolantes,

    antiderrapantes e resistentes ao fogo, etc.. Podem ser naturais ou artificiais. Exemplos:

    carbonato de clcio, silicato hidratado de alumina, talco, mica e sulfato de brio.

    2. As tintas tm vrios constituintes, sendo um deles o ligante. Um exemplo de ligante o

    veculo fixo, diga em que consiste?

    O veculo fixo consiste na formao do filme que garante a continuidade do revestimento.

    Pode ser convertvel ou no convertvel. O convertvel significa que se convertem em polmeros

    por reaces dos solventes apos a aplicao no suporte. Ex: resinas alquidicas, alumnicas,

    epoxdicas e silicone.

    No convertvel, os polmeros encontram-se disperso no meio aquoso, que evapora depois

    da aplicao. Ex: resinas vinilicas, celulsicas, acrlicas, borracha clorada.

  • 11

    QUESTES (MATERIAIS CERMICOS)

    1. Quando se fabricam produtos cermicos, em todos eles existe a formao de uma fase

    vtrea? Em que consiste a formao desta fase vtrea? D dois exemplos para cada

    situao considerada?

    No, quando se fabricam produtos cermicos, pois possvel classificar produtos

    cermicos, por cozedura, com formao vtrea, e sem formao vtrea. No primeiro caso temos

    matrias cermicos no refractrios, materiais cermicos refractrios enfornados ou no

    enfornados, ligantes hidrulicos (cal e cimento) e porcelana, tijolos, grs e faianas. No

    segundo caso temos xidos cermicos puros, refractrios de carbono e grafite, e nitretos,

    silicietos e boretos.

    A vitrificao resulta, portanto, durante a cozedura, a fase vtrea liquefaz e preenche os

    poros, reagindo com os materiais refractrios, e ao solidificar forma uma matriz vtrea que faz a

    ligao entre os elementos fundidos.

    2. Imagine que se encontra numa determinada obra e acaba de receber lotes de tijolos e

    telhas de barro vermelho.

    a) Quais as principais caractersticas a observar numa inspeco visual?

    No caso dos tijolos e das telhas deve-se ver a homogeneidade de cor, homogeneidade de

    som (quando percurtido), e ausncia de cal viva.

    b) Se tivesse de exigir alguns ensaios para avaliar as suas caractersticas fundamentais,

    quais exigiria?

    No caso dos tijolos EN 772, especificaes para Alvenarias, avaliar a resistncia

    compresso, ausncia de cal viva e teor de sais dissolvidos. No caso das telhas, EN 1304

    Definies e especificaes dos produtos e mtodos de ensaios, NP EN 1024 Caractersticas,

    NP EN 538 resistncia flexo, NP EN 539-1 Impermeabilidade, NP EN 539-2 Resistncia ao

    fogo, entre outros como gelevidade e ausncia de cal viva

    3. Quais so os trs principais constituintes das loias cermicas?

    Argila rica em caulinite branca (ou seja sem xidos de ferro) portanto a loia cermica

    constituda por caulinite, calcrio, areias siliciosas.

  • 12

    QUESTES (PEDRAS NATURAIS)

    1. Considere as seguintes rochas. Qual se aplica para pavimento exterior?

    Rocha A Rocha B

    Res. compresso (Kg/cm2) 800 1300

    Res. compresso apos gelividade 1200 1400

    Res flexo 100 100

    Massa volmica aparente (Kg/cm3) 2500 2600

    Absoro de gua (%) 1,73 0,16

    Porosidade aparente (%) 4,44 0,44

    Res. ao desgate (mm) 1,2 4,2

    Res. ao choque (cm) 40 55,6

    Para pavimento exterior interessa ver as caractersticas quanto resistncia ao desgaste, rocha A melhor para quando h uma maior circulao, a diferena entre a resistncia ao choque entre as duas rochas no muita, portanto poderia aplicar-se a rocha A, e Relativamente resistncia compresso apos a gelividade tambm no uma grande diferena, portanto, escolheria a Rocha A para pavimento exterior.

    2. As pedras e as rochas quando sujeitas intemprie podem sofrer algumas degradaes,

    diga quais e explique-as detalhadamente?

    Sim, as pedras e rochas podem sofrer alteraes qumicas provenientes de agentes

    atmosfricos, agentes biolgicos, no solo, alterao de feldspatos.

    Alteraes qumicas provenientes de agentes atmosfricos, temos:

    - CO2+H2O+CaCO3->Ca(CO3H)2 Isto o dixido de carbono ao ser arrastado pelas guas

    da chuva penetra o calcrio, produzindo bicarboneto de clcio, que degrada parte

    superficial da rocha calcria.

    - SO2+H2O->H2SO3 Isto o dixido de enxofre combinado com as guas da chuva reagem

    e produzem um hidrxido sulfuroso.

    - SO3+H2O->H2SO4 Isto dixido de enxofre combinado com o oxignio e ao reagir com as

    guas da chuva produz acido sulfrico, fazendo chuvas acidas que degradam o calcrio.

    Alteraes qumicas dos matrias ou no solo, no solo existem carbonatos, sulfatos,

    nitratos e cloretos, so arrastados para a pedra, quando a gua evapora estes cristalizam e

    produzem criptoflurescencias (no interior) ou eflorescncias (no exterior da rocha)

    Alteraes biolgicas so provocadas pelo homem e animal, dejectos dos pombos so

    corrosivos e degradam a pedra.

    Alteraes do feldspato o granito e basalto possuem combinaes de slica e alumina,

  • 13

    por aco da agua da chuva com gs carbono hidrata a slica e decompem-se e forma a

    caulinite

    3. A reaco abaixo devida a alterao de um determinado tipo de rochas, descreva esse

    mecanismo de alterao e diga qual o tipo de rochas em que se verifica esse efeito?

    CaCO3+H2O+CO2-->Ca(CO3H)2

    A rocha o calcrio, que vai sofrer uma alterao qumica por agentes atmosfricos, ou

    seja, o dixido de carbono ao ser arrastado pelas guas da chuva vai penetrar a rocha calcrio

    e formar um bicarbonato de clcio, provocando a degradao da parte superficial da rocha

    clcaria.

    4. Diga qual o componente indicado, como se forma e para que serve? 2SiO2.Al2O?

    o metacaulino, forma-se a partir da desidratao total da caulinite a 600C e serve para aumentar a refratariedade (aumenta o ponto de fuso, e permite que o material resista a certas influncias fsicas e qumicas)

    5. Diga o que entende por higroscopicidade, gelividade e compacidade?

    Higroscopicidade capacidade que o material tem de absorver e reter gua por suco

    capilar.

    Gelividade propriedade em que o material tem de se fracturar mediante a variao de

    temperatura.

    Compacidade relao entre a densidade aparente (com vazios) e a densidade absoluta

    (sem vazios).

  • 14

    QUESTES (BETO)

    1) Quando se fabrica um beto com adies, que propriedades podem adquirir? Qual a

    funo das adies?

    As adies so adicionados ao beto com a finalidade de melhorar certas propriedades

    especiais, ou para adquirir certas propriedades. Existem adies do tipo I (filer calcrio,

    gesso) e do tipo II (pozolanas, cinzas volantes, escorias de alto forno, slica de fumo).

    Adioes do tipo I, quando misturadas ao beto conferem maior coeso mistura, no

    estado fluido, maior impermeabilidade no estado endurecido, aumenta o volume da pasta,

    melhora a hidratao do cimento de Portland. Melhoram a trabalhabilidade, densidade,

    exsudao.

    Adioes do tipo II, quando aplicadas podem ter propriedades hidrulicas latentes, reagem

    lentamente quando isolados, so activados com a juno de cal, silicato de sdio e cimento

    de Portland, o pH sobe para 12 provocando a hidratao da escoria.

    2) Justifique as seguintes alineas:

    a) Qual a funo dos diferentes tipos de adies que so incorporados?

    Adio do tipo I (Filer calcrio) adies quase inertes, confere maior coeso no

    estado fluido, impermeabilidade no estado endurecido, aumenta o volume de pasta nas

    misturas.

    Adio do tipo II (pozolanas, escorias de alto forno, slica de fumo, cinzas volantes)

    propriedades hidrulicas latentes, reagem lentamente se isolados, so activados com

    cal, silicato de sdio, e cimento de Portland aumentando o pH sobe para 12

    provocando a hidratao da escoria

    b) Quando so incorporados e em que quantidades?

    So incorporados durante a amassadura (slica de fumo, limitada a 10% do cimento)

    c) Existe alguma regularizao?

    EN 197-1 (slica de fumo, limitada a 10%)

    4. Actualmente o uso de adjuvantes no fabrico do beto corrente. Diga o que entende por

    adjuvantes, qual o seu efeito nos betes e d cinco exemplos?

    Os adjuvantes servem para melhorar a trabalhabilidade do beto, deve ser usados em

    quantidades inferiores a 5% da massa do ligante, e so adicionadas durante a

    amassadura, permitem modificar certas propriedades do beto no estado fluido, solido ou

    na passagem de um para o outro.

    As pozolanas e escrias, no esto includas porque para actuarem precisam de ser

    usadas em quantidades superiores a 5%.

  • 15

    5. Qual a diferena entre adjuvante plastificante e superplastificante?

    Todo o redutor de gua, permite a reduo da gua na amassadura de pelo menos 5%

    sem alterar a trabalhabilidade.

    Um plastificante permite reduzir a gua de 10 a 15%, aumentando a tenso de rotura a 28

    dias de 10 a 20%, mas tem como efeito secundrio a introduo de ar e retarda a presa.

    Um superplastificante permite reduzir a gua de 5 a 15%, mantem a trabalhabilidade, De

    24horas a 3 dias as tenses de rotura so baixas, mas ao fim de 28 dias a tenso aumenta

    para 10 a 20%.

    6. Uma gua que no totalmente transparente pode ser usada no fabrico de beto?

    Justifique.

    No. Para que uma agua seja adequada para o fabrico do beto necessrio que no

    contenha materiais prejudiciais (leos, gordura, aucares, matria orgnica ou sais),

    porque podem advir problemas de descolorao no beto ou outro tipo de problemas. A

    gua no deve ter cheiro, cor, nem sabor, deve ser agua potvel (da torneira).

    7. Sendo fundamental na resistncia do beto a razo a/c. Justifique essa influencia e o que

    resultaria se para uma mesma razo a/c, fosse usada a adio de um adjuvante.

    A razo a/c a quantidade mnima de agua necessria para hidratar os componentes

    activos do cimento.

    Ao adicionarmos um adjuvante a uma pasta vai reduzir a percentagem de gua. Ao perder

    agua o beto vai ganhar presa mais rapidamente e pode fissurar, uma vez que aumenta a

    resistncia compacidade e diminui a resistncia carbonatao e permeabilidade.

    8. Quais so as principais diferenas entre betes celulares e betes resistentes ao gelo-

    degelo? D exemplos de onde usaria para cada um deles.

    Betes celulares contem uma elevada poro de ar, bolhas de ar com dimenses visveis

    ocupando um espao de 30 a 80% do volume do beto. A resistncia compresso e o

    mdulo de elasticidade reduzida, estes betes tm retraces apreciveis, boa resistncia ao

    gelo-degelo e fraca resistncia carbonatao. Podem ser aplicadas para isolamentos

    trmicos de edifcios e piscinas, blocos de paredes divisrias e enchimentos de escavao.

    Beto resistentes ao gelo-degelo, suportam aces de congelamento e descongelamento

    da agua, porque acomodam a expanso da agua (nos vazios) quando estas congela, evitando

    tenses elevadas e desagregao. As bolhas de ar so introduzidas por uma mistura de um

    adjuvante introdutor de ar. Estes betes so adequados a ambientes de temperaturas abaixo

    de 0C.

  • 16

    9. Caractersticas de betes de elevado desempenho e betes ps reactivos. Onde os

    usaria?

    Beto de alta resistncia ou elevado desempenho, tem elevada dosagem de cimento, a

    razo a/c reduzida e inclui slica de fumo. Os agregados so de boa qualidade e por vezes

    usa-se fibras de vidro para melhorar a ductibilidade. So muito resistentes (tenso de rotura

    compresso 150MPa), pouco permevel, e grande durabilidade, adequado para ambientes

    agressivos.

    Beto de ps reactivos, tem uma grande dosagem de cimento, slica de fumo, areia fina de

    quartzo, fibras de ao, superplastificantes e uma razo a/c baixa (0,18 a 0,3). A cura feita a

    altas temperaturas e a resistncia atinge os 800MPa a 28 dias. Aplica-se para contentores de

    lixos nucleares ou lquidos perigosos, ou estruturas pr-esforadas sem armaduras.

    10. Diga o que significa

    NP EN 206-1 LC 40/44 XD2 D1,6 C2

    NP Norma portuguesa

    EN 206-1 referencia norma europeia

    LC 40/44 beto leve classe de Resistencia compresso para cubos e cilindros

    XD2 classe de exposio

    D1,6 massa volumica

    C2 classe de consistencia (ensaio de compatibilidade)

    11. A seguinte informao est correcta?

    NP EN 206-1 C80/95 XD2 D1,6 C0

    No, porque no se trata de um beto leve, portanto no havia necessidade de colocar a

    massa volmica, mas sim a maxima dimenso do agregado.

  • 17

    QUESTES (BETUME)

    1) Diga o que entende por betumes asflticos, betumes fluidificados e emulses

    betuminosas?

    O betume asfltico tem como origem o petrleo bruto, e obtido por meio de destilao

    directa, insuflao ou cracking.

    Os betumes fluidificados so obtidos atravs da adio de solventes que se evaporam

    posteriormente (condicionam a velocidade de secagem e a viscosidade do produto). So muito

    aplicados em revestimentos superficiais, estabilizao de solos e impregnaes, sendo

    designados por:

    Betumes fluidificados do tipo RC gasolina

    Betumes fluidificados do tipo MC petrleo

    Betumes fluidificados do tipo SC gasleo

    Emulses betuminosas, resultam da disperso de partculas do betume na gua usando

    emulsionantes (tensio-activos) que provocam decrscimo da tenso superficial do betume. So

    classificados de acordo com a estabilidade ou tipo de rotura que torna inaplicvel em rpida,

    mdia o lento, bem como podem ser classificados por aninicos ou catdicos devido

    natureza dos inertes usados.

    2) Numa mistura betuminosa a dosagem de betume um dos parmetros mais importantes,

    porqu?

    , porque desempenha um papel aglutinante e de impermeabilizao, mas se houver uma

    quantidade excessiva de betume a funo impermeabilizante aumentada e a aglutinante

    reduzida devido lubrificao transmitida aos agregados.

    3) Diga o que significa cada um dos valores e onde poderia utilizar cada um deles:

    a) Betume 35/50

    b) Betume 160/220

    O betume 35/50 um betume produzido por destilao directa, designado pelo limite de

    penetrao (no ensaio de penetrao) sendo que um betume de 35/50 um betume em que a

    agulha penetra entre 3,5 mm a 5 mm. Este tipo de betume usado em betumes asflticos mais

    moles, tendo em vista a obteno de betumes com penetraes intermdias (trfego

    rodovirio).

    O betume 160/220 um betume em que a agulha (ensaio de penetrao) penetra entre 16

    mm a 22 mm. Este betume usado na construo, para revestimentos superficiais em climas

    menos quentes e no fabrico de emulses.

    4) Os betumes fluidificados derivam de um produto, qual? Como obtido o produto?

    Provm de betumes asflticos, so obtidos atravs da adio de solventes que se

    evaporam posteriormente (condicionam a velocidade de secagem e a viscosidade do produto),

    usados em revestimentos superficiais, estabilizao de solos e impregnaes.

    Os betumes asflticos (ligantes hidrocarbonados) so um conjunto de materiais de base

    betuminosa, a origem pode ser o petrleo, carvo ou outras matrias orgnicas afins.

  • 18

    5) O que entende por emulses betuminosas? Qual a sua origem?

    As emulses betuminosas resultam da disperso de pequenas partculas de betume na

    gua, usando emulsionantes (tensio-activos) que provocam decrscimo de tenso superficial

    do betume. So classificados em funo da estabilidade ou tipo de rotura.

    6) Para que serve o ensaio de penetrao de um betume? Explique detalhadamente em que

    consiste o ensaio?

    Os diversos tipos de betumes podem ser distinguidos pelas diferentes viscosidades em

    funo do tempo e temperatura avaliados pelo comprimento da penetrao no betume pela

    agulha normalizada, em condies normalizadas de presso tempo e temperatura. A agulha

    penetra (em decimas de milmetros) sob um certo peso (100g) durante 5 segundos, a uma

    temperatura de 25C, este ensaio repete-se 3 vezes. E o valor final resulta da mdia dos 3

    valores obtidos.

    As classes de betume so:

    30/50 Para climas quentes, ou elevado trafego (rodovirio)

    50/70 Mais comum

    70/100 Pouco usado

    160/220 Para fabrico de emulses e revestimentos superficiais