materiais de construção - apcmc.pt · g salÁrio mÍnimo atualizado para € 580 em 2018 o...

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O Novo Ano inicia-se sob bons augúrios, quer cá dentro, quer para a maior parte do mundo, pesem algumas situações dramáticas e os perigos que transitam de 2017. É verdade que persistem dificuldades e tanto a incerteza como a volatilidade tor- naram-se o novo “normal” com o qual temos que aprender a conviver, mas não deixa de ser positivo o facto de a Europa ter finalmente retomado o caminho do crescimento económico e, nós próprios, em Portugal, termos recuperado o rating e ultrapassado mesmo as melhores pre- visões de aumento da atividade econó- mica e da redução do desemprego. Mesmo que as atuais políticas públicas, de caráter predominantemente redistribu- tivo e de reforço do papel e do peso do Estado, não garantam a sustentabilidade do crescimento, é indiscutível que vive- mos uma conjuntura favorável, que deve- mos aproveitar para consolidar a capacidade das nossas empresas e a respetiva competitividade. A nossa Associação, a APCMC, está for- temente apostada no desenvolvimento de ações que possam convergir na capa- citação das empresas para aproveitar as oportunidades do presente e para enfren- tarem melhor os desafios de uma concor- rência que se anuncia cada vez mais dura, de forma a reforçar a posição e o papel do comércio independente dos ma- teriais de construção. Recentemente, apresentámos publica- mente as nossas previsões para a evolu- ção, em 2018 e 2019, do nosso mercado de destino – a construção (+4,6% e +4,2%, respetivamente), baseadas num modelo econométrico desenvolvido pela própria APCMC, que nos irá dar, tam- bém, num futuro muito próximo, proje- ções para as vendas do comércio de materiais de construção e a sua distribuição por famílias de produtos. Ao longo deste ano iremos, ainda, conti- nuar a oferecer Formação destinada a empresários, quadros e colaboradores das empresas nas modalidades de for- mação ação e formação modular certifi- cada, para além de soluções de consultoria e formação desenhadas à medida. Estão igualmente previstas várias ações/workshops a realizar em vários pontos do país, entre fevereiro e março, no âmbito de uma iniciativa que visa con- tribuir para a identificação de modelos de negócio, inovar na gestão do ponto de venda e no marketing digital e nas ven- das através da internet. O apoio aos processos de internacionali- zação das empresas não foi esquecido e, para além da orientação e contactos dis- ponibilizados pelos serviços da APCMC, temos em curso um projeto conjunto com a APEMIP, Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, com ações nos mercados do Dubai, França, Reino Unido e Brasil. Mas, ainda antes de finalizar o ano, de 25 a 27 de outubro, teremos o privilégio e a oportunidade de receber o 60.º Con- gresso da UFEMAT (União das Federa- ções Europeias de Comerciantes de Materiais de Construção e Fabricantes), que trará a Lisboa as delegações nacio- nais dos nossos colegas europeu para abordar os temas mais atuais e de cará- ter estratégico que são transversais às empresas do nosso setor. Vai ser um ano desafiante e de intenso trabalho, mas com grandes oportunida- des e em que nos comprometemos, como Associação, a estar mais próximos e ativos na defesa dos justos interesses dos associados, do setor e do seu papel na cadeia de distribuição. Boletim Materiais de Construção g NOTA DE ABERTURA Vamos fazer de 2018 um Ano Bom! ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS COMERCIANTES DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 341, 31.DEZEMBRO.2017 g LEGISLAÇÃO SUBSÍDIOS DE FÉRIAS E NATAL 2018 Pagamento em duodécimos? SALÁRIO MÍNIMO NACIONAL 2018 sobe para 580€ RENDAS HABITACIONAIS ANTERIORES A 1980 Correção extraordinária 2018 g FISCALIDADE IRS/2018 - TABELAS DE RETENÇÃO NA FONTE Já publicadas ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2018 Alterações Fiscais IMI/2018 - VALOR MÉDIO DA CONSTRUÇÃO por metro quadrado mantêm-se g DIVERSOS MARCAÇÃO CE Novas listagens de normas EN e DAE PAINÉIS E MADEIRA LAMELADA CRUZADA Resistência ao fogo Bom Ano

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O Novo Ano inicia­se sob bons augúrios,quer cá dentro, quer para a maior partedo mundo, pesem algumas situaçõesdramáticas e os perigos que transitam de2017.

É verdade que persistem dificuldades etanto a incerteza como a volatilidade tor­naram­se o novo “normal” com o qualtemos que aprender a conviver, mas nãodeixa de ser positivo o facto de a Europater finalmente retomado o caminho docrescimento económico e, nós próprios,em Portugal, termos recuperado o ratinge ultrapassado mesmo as melhores pre­visões de aumento da atividade econó­mica e da redução do desemprego.

Mesmo que as atuais políticas públicas,de caráter predominantemente redistribu­tivo e de reforço do papel e do peso doEstado, não garantam a sustentabilidadedo crescimento, é indiscutível que vive­mos uma conjuntura favorável, que deve­mos aproveitar para consolidar acapacidade das nossas empresas e arespetiva competitividade.

A nossa Associação, a APCMC, está for­temente apostada no desenvolvimentode ações que possam convergir na capa­citação das empresas para aproveitar asoportunidades do presente e para enfren­tarem melhor os desafios de uma concor­rência que se anuncia cada vez maisdura, de forma a reforçar a posição e opapel do comércio independente dos ma­teriais de construção.

Recentemente, apresentámos publica­mente as nossas previsões para a evolu­ção, em 2018 e 2019, do nosso mercadode destino – a construção (+4,6% e+4,2%, respetivamente), baseadas nummodelo econométrico desenvolvido pelaprópria APCMC, que nos irá dar, tam­bém, num futuro muito próximo, proje­ções para as vendas do comérciode materiais de construção e asua distribuição por famílias deprodutos.

Ao longo deste ano iremos, ainda, conti­nuar a oferecer Formação destinada aempresários, quadros e colaboradoresdas empresas nas modalidades de for­mação ação e formação modular certifi­cada, para além de soluções deconsultoria e formação desenhadas àmedida.

Estão igualmente previstas váriasações/workshops a realizar em váriospontos do país, entre fevereiro e março,no âmbito de uma iniciativa que visa con­tribuir para a identificação de modelos denegócio, inovar na gestão do ponto devenda e no marketing digital e nas ven­das através da internet.

O apoio aos processos de internacionali­zação das empresas não foi esquecido e,para além da orientação e contactos dis­ponibilizados pelos serviços da APCMC,temos em curso um projeto conjunto coma APEMIP, Associação dos Profissionaise Empresas de Mediação Imobiliária dePortugal, com ações nos mercados doDubai, França, Reino Unido e Brasil.

Mas, ainda antes de finalizar o ano, de 25a 27 de outubro, teremos o privilégio e aoportunidade de receber o 60.º Con­gresso da UFEMAT (União das Federa­ções Europeias de Comerciantes deMateriais de Construção e Fabricantes),que trará a Lisboa as delegações nacio­nais dos nossos colegas europeu paraabordar os temas mais atuais e de cará­ter estratégico que são transversais àsempresas do nosso setor.

Vai ser um ano desafiante e de intensotrabalho, mas com grandes oportunida­des e em que nos comprometemos,como Associação, a estar mais próximose ativos na defesa dos justos interessesdos associados, do setor e do seu papelna cadeia de distribuição.

BoletimMateriais de Construção

gNOTA DE ABERTURA

Vamos fazer de 2018 um Ano Bom!

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS COMERCIANTES DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Nº 341, 31.DEZEMBRO.2017

g LEGISLAÇÃO

SUBSÍDIOS DE FÉRIAS E NATAL 2018Pagamento em duodécimos?SALÁRIO MÍNIMO NACIONAL 2018sobe para 580€RENDAS HABITACIONAIS ANTERIORES A 1980Correção extraordinária 2018

g FISCALIDADE

IRS/2018 ­ TABELAS DE RETENÇÃO NA FONTE

Já publicadas ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2018Alterações FiscaisIMI/2018 ­ VALOR MÉDIO DA CONSTRUÇÃO

por metro quadrado mantêm­se

g DIVERSOS

MARCAÇÃO CENovas listagens de normas EN e DAEPAINÉIS E MADEIRA LAMELADA CRUZADA

Resistência ao fogo

Bom Ano

g SALÁRIO MÍNIMO ATUALIZADO PARA € 580EM 2018

O Decreto­Lei 156/2017, de 28 de dezembro, fixou em € 580o valor da retribuição mínima mensal garantida, vulgo salário

mínimo nacional, com efeitos a 1 de janeiro de 2018.

Um novo aumento, de 4,1%, que desta vez não mereceu o

acordo das Confederações Patronais em sede de concerta­

ção social.

Lembramos que o salário mínimo prevalece sobre remune­

rações inferiores estabelecidas por contrato individual de tra­

balho ou instrumento de regulamentação coletiva de trabalho

(é o caso, por exemplo, dos Grupos VII a XII do CCT outor­

gado pela APCMC).

Consagrado nos art.ºs 273.º a 275.º do Código do Trabalho

(CT), o salário mínimo pode, contudo, ser pago em apenas

80% do seu valor (€ 464) aos PRATICANTES, APRENDIZES, ESTA­GIÁRIOS OU FORMANDOS EM SITUAÇÃO DE FORMAÇÃO CERTIFICADA.

Esta redução (de 20%) não pode, porém, ultrapassar 1 ano

(ou 6 meses se o trabalhador tiver curso técnico­profissional

ou curso obtido no sistema de formação profissional qualifi­

cante para a respetiva profissão), nele se incluindo o tempo

de formação passado ao serviço de outros empregadores de­

vidamente documentado e visando a mesma qualificação.

Mas a empresa deverá pagar o salário por inteiro caso o tra­

balho prestado pelo estagiário, aprendiz ou praticante seja

igual ao prestado pelos colegas com salário completo.

E também pode ser pago com redução (até 50%) ao TRABA­LHADOR COM CAPACIDADE DE TRABALHO REDUZIDA, sendo a redu­

ção igual à diferença (no mínimo superior a 10%) entre a

capacidade plena para o trabalho e o coeficiente de capaci­

dade efetiva para o desempenho da atividade contratada.

Nos termos do art.º 274.º do CT, a retribuição mínima mensal

inclui o valor da prestação em espécie, nomeadamente ali­

mentação ou alojamento, devida ao trabalhador como con­

trapartida do seu trabalho normal (prática habitual no serviço

doméstico), que, de qualquer modo, não pode ser superior a

50% (35% para a alimentação, 15% para a alimentação cons­

tituída por uma só refeição, 12% para o alojamento e 27,36€

por divisão assoalhada.

O não pagamento do salário mínimo ou outra violação ao res­

petivo regime constitui contraordenação muito grave, punível,

de acordo com a dimensão do empregador e do grau de

culpa, com coima de 20 a 600 UC (UC = € 102)…!!!

CCT OUTORGADO PELA APCMCNeste momento não estão em curso quaisquer negociações

visando a alteração do clausulado do CCT outorgado entre a

APCMC e o SITESC e outros sindicatos e ou a atualização

da tabela salarial, que não é objeto de alteração desde 2008,

do que resulta que as remunerações de metade dos 12 gru­

pos estão já abaixo do salário mínimo.

As empresas associadas dispõem, de qualquer modo, de

total liberdade para atualizarem ou não as remunerações dos

seus colaboradores, em função da inflação prevista pelo go­

verno para 2018 (1,4%), ou de outra percentagem ou critério,

designadamente o da distância relativa que pretendam man­

ter entre categorias/grupos profissionais.

g SALÁRIO MÍNIMO, IAS E UC / 2018

g SUBSÍDIOS DE NATAL E DE FÉRIAS/2018 –PAGAMENTO EM DUODÉCIMOS?

Como é do conhecimento geral, a Assembleia da República

não aprovou, embora constante da proposta de OE apresen­

tada pelo Governo, a prorrogação para 2018 do regime de

pagamento em duodécimos de metade dos subsídios de fé­

rias e de Natal criado em 2013, ao contrário do que fez nos

últimos anos (2014 a 2017).

Lembramos que tal modalidade de pagamento dependia nos

contratos a termo de acordo escrito entre empresa e trabalha­

dor e, nos demais contratos, podia ser afastada pelo trabalha­

dor, mediante comunicação expressa a exercer em 5 dias.

Na nossa opinião, porém, corroborada por muitos juristas, tal

facto não impede que empresa e trabalhador acordem o pa­

gamento de tais subsídios em modalidade distinta da prevista

nos artigos 263.º e 264.º do Código do Trabalho (CT) e na

generalidade dos contratos coletivos de trabalho, seja em

duodécimos (a totalidade, metade ou outra fração…), seja por

outra forma.

Com efeito, o n.º 3 do art.º 264.º do CT dispõe que SALVOACORDO ESCRITO EM CONTRÁRIO, o SUBSÍDIO DE FÉRIAS

deve ser pago antes do início do período de férias e propor­

cionalmente em caso de gozo interpolado de férias… Parece­

nos assim não haver dúvidas que, por acordo escrito,

empresa e trabalhador podem estabelecer a modalidade de

pagamento do subsídio de férias que muito bem entendam,

seja em duodécimos de metade ou da totalidade, seja noutra

forma ou modalidade.

Quanto ao SUBSÍDIO DE NATAL, o art.º 263.º do CT apenas

impõe (n.º 1) que seja pago ATÉ 15 DE DEZEMBRO de cada

ano, não impedindo nem proibindo o seu pagamento de uma

só vez, por exemplo logo em janeiro, ou em junho, ou em duo­

décimos, ou noutro tipo de modalidade.

Por mera cautela, entendemos que a empresa interessada

em pagar a totalidade ou metade do subsídio de Natal em

duodécimos, ou noutra modalidade, deve diligenciar no sen­

tido de obter o acordo (de preferência escrito) do trabalhador

(temos conhecimento de várias situações em que a iniciativa

partiu dos próprios trabalhadores…) e efetuar o pagamento

do último duodécimo, ou fração, até 15 de dezembro.

Deixa­se, assim, à consideração dos interessados a seguinte

minuta de acordo, a celebrar em documento único com todos

os trabalhadores que o queiram ou individualmente, com

cada trabalhador:

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 2

g LEGISLAÇÃO

Continente

R. A. Açores

R. A. Madeira

IAS (Indexante de

Apoios Sociais) / 2017

UC (Unidade de Conta)

€ 580,00

€ 609,00

€ 592,00

€ 419,22

€ 102,00

DL 156/2017, de 28/12

DLR 8/2002/A, de 10/4

(SMN+5%)

(SMN+2%)

(aguarda publicação)

Lei 7­A/2016, de 30/3

(aguarda publicação o IAS/2018)

DL 34/2008, de 28/2 (alterado

pelo DL 181/2008, de 28/8, e

Leis 64­A/2008, de 31/12, e

114/2017, de 29/12)

Salá

rio

mín

imo

Concelhos de Lisboa e Porto

1,0168

1,0112

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 3

g LEGISLAÇÃO

(minuta)

ACORDO RELATIVO AO PAGAMENTO DOS SUBSÍDIOS

DE FÉRIAS E DE NATAL

Entre:

A _______(empresa)_______, NIF/NIPC ______, com sede

em _______________; e

Os seus trabalhadores, abaixo identificados (OU, se indivi­

dual, ___nome________, NIF ____),

acordam, nos termos dos artigos 263º e 264º do Código do

Trabalho, o pagamento dos Subsídios de Férias e Natal na

modalidade seguinte:

(exemplos)Subsídio de Férias:

c mensalmente, em duodécimos;

c 50% mensalmente, em duodécimos;

c os restantes 50%, no mês de ______;

c os restantes 50%, no mês anterior ao do gozo do

maior período de férias;

c ……….;

Subsídio de Natal:

c mensalmente, em duodécimos, com o último duodé­

cimo a ser pago em novembro (OU até 15 de dezem­

bro);

c 50% mensalmente, em duodécimos, com o último

duodécimo a ser pago em novembro (OU até 15 de de­

zembro);

c os restantes 50%, até 15 de dezembro;

c ……….;

O presente acordo é válido para o ano de 2018, renovando­

se automaticamente para os anos seguintes caso não seja

denunciado por qualquer das partes, por escrito, até ao dia

31 de dezembro do ano anterior.

O(s) trabalhador(es) declara(m), de vontade livre, que o pre­

sente acordo corresponde inteiramente e é expressão total e

correta da sua vontade (OU, e for o caso, …. que o presenteacordo é o resultado expresso da sua iniciativa e corresponde à suavontade, livre e esclarecida).

Local e data

(acordo individual)______________________ _________________________

(empresa) trabalhador(a)

(acordo com todos ou vários trabalhadores)A empresa ______________________________________

Os trabalhadores

_______________ ______________ __________________

_______________ ______________ __________________

_______________ ______________ __________________

(nome, NIF, assinatura/rubrica)

gGESTÃO DE RESÍDUOS

O Decreto­Lei 152­D/2017, de 11 de dezembro, unificou (co­

dificou) o regime da gestão de fluxos específicos de resíduos

sujeitos ao princípio da responsabilidade alargada do produ­

tor, transpondo para o direito nacional as Diretivas

2015/720/UE, 2016/774/UE e 2017/2096/UE, respetivamente

de 29/4, 18/5 e 15/11.

Estabelece, assim, o regime jurídico a que fica sujeita a ges­

tão dos diversos fluxos específicos de resíduos (embalagens

e resíduos de embalagens – óleos e óleos usados – pneus e

pneus usados – equipamentos elétricos e eletrónicos e resí­

duos de equipamentos elétricos e eletrónicos – pilhas e acu­

muladores e resíduos de pilhas e acumuladores – e veículos

e veículos em fim de vida), até à data com regimes próprios

e autónomos, cujos diplomas ora revoga.

Aprova ainda medidas de proteção do ambiente e da saúde

humana, com o objetivo de prevenir ou reduzir os impactes

adversos decorrentes da produção e gestão desses resíduos,

diminuir os impactes globais da utilização dos recursos e me­

lhorar a eficiência dessa utilização e contribuir para o desen­

volvimento sustentável.

g CORREÇÃO EXTRAORDINÁRIA DAS RENDAS

HABITACIONAIS MAIS ANTIGAS / 2018

Foram aprovados pela Portaria 3/2018, de 3 de janeiro, para

VIGORAREM EM 2018, os fatores de correção extraordinária das

rendas dos contratos de arrendamento para habitação cele­

brados antes de 1980, com base no fator de atualização das

rendas dos diversos tipos de arrendamento para 2018 fixado

pelo INE em 1,0112 ou 1,12% (Aviso nº 11053/2017, de 25/9).

Esses fatores de correção são os seguintes:

Lembramos que o recurso pelo senhorio à correção extraor­

Ano da última fixação da renda (anterior

ao início da correção extraordinária)

Antes de 1965

1965

De 1966 a 1979

Sem porteira

e sem elevador

1,0112

Fatores de correção extraordinária a aplicar em 2018

Sem porteira

e sem elevador

1,0168

Sem porteira

e sem elevador

1,0151

Sem porteira

e sem elevador

1,0157

Restantes

concelhos

1,0112

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 4

dinária não o impede de recorrer à avaliação do locado para

«atualização» da respetiva renda, nos termos definidos pelo

NRAU, Novo Regime do Arrendamento Urbano, aprovado

pela Lei 6/2006, de 27/2, quer na versão original, quer na ver­

são revista pela Lei 31/2012, de 14/8, que se aplica aos ar­

rendamentos celebrados anteriormente ou na pendência do

RAU, Regime do Arrendamento Urbano.

O senhorio interessado em corrigir a renda deve comunicar

tal intenção ao inquilino através de carta registada com aviso

de receção, expedida com a antecedência mínima de 30 dias,

ou entregue em mão, com protocolo de entrega, nela indi­

cando a nova renda e o fator utilizado no seu cálculo (como

na minuta seguinte):

Exmo. SenhorNa qualidade de senhorio da fração (prédio...) sita em__________, de que V. Exa. é arrendatário, venho pela presentecomunicar que pretendo proceder à correção extraordinária darenda atualmente em vigor, de € ____, assim fixada em _____de _______ de _____, pela aplicação do coeficiente ______,aprovado pela Portaria 3/2018, de 3/1.Em conformidade, a renda que se vence no próximo dia __ de______ de 20_, relativa ao mês de ______, e as sucessivas aténova correção, será de € _____. (renda atual x coeficiente res­petivo supra indicado).Com os meus melhores cumprimentos.................”

g ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DA ESTRADA

– HABILITAÇÃO LEGAL PARA CONDUZIR

O Decreto­Lei 151/2017, de 7 de dezembro, transpôs para o

direito português a Diretiva 2016/1106/UE, de 7 de julho, de

2016, alterando o Regulamento da Habilitação Legal para

Conduzir e o Código da Estrada.

Destaque para:

­ a alteração da lista de condições físicas e mentais que um

condutor tem de reunir para poder conduzir um veículo a

motor (por exemplo, são alteradas as regras sobre doenças

do coração e diabetes que impossibilitam a obtenção ou re­

novação da carta);

­ as novas regras para a condução de ciclomotores por pes­

soas entre os 14 e os 16 anos;

­ algumas regras sobre a condução de veículos agrícolas,

passando a ser obrigatório a frequência de formação para os

condutores:

­ com carta de condução da categoria B (ligeiros) que quei­

ram conduzir veículos agrícolas de categoria II;

­ com carta de condução da categoria C ou D (pesados) que

queiram conduzir veículos agrícolas das categorias II ou III.

São veículos agrícolas da categoria II os tratores agrícolas

ou florestais (simples ou com equipamentos montados),

desde que o peso do conjunto não exceda 3.5 t, bem como

os tratores agrícolas ou florestais com reboque ou máquina

rebocada, desde que o peso do conjunto não exceda 6 t. São

veículos agrícolas da categoria III os tratores agrícolas ou flo­

restais com ou sem reboque e as máquinas agrícolas ou flo­

restais pesadas, com peso superior a 3,5 t.

AJUDAS DE CUSTO / 2018

(Portaria 1553­D/2008, de 31/12, após Decreto­Lei

137/2010, de 28/12, e Lei 66­B/2012, de 31/12)

(em vigor desde 1/1/2013)

Nos termos da Circular da DGCI nº 12/91, podem os valores das ajudas decusto fixadas para os membros do Governo servir de referência e ser abona­das, por entidades não públicas, aos colaboradores que exerçam funções e ouaufiram remunerações que não sejam comparáveis ou reportáveis às dos tra­balhadores em funções públicas. Nos restantes casos, continua a considerar­se que excedem os limites legais as ajudas de custo superiores ao limite maiselevado fixado para os funcionários públicos.

COEFICIENTES A APLICAR AOS VALORES DAS AJUDAS DE

CUSTO, CONSOANTE HORAS DE PARTIDA E DE CHEGADA

SUBSÍDIOS DE REFEIÇÃO E DE VIAGEM / 2018(Portaria 1553­D/2008, de 31/12, após Decreto­Lei 137/2010, de

28/12, e Leis 66­B/2012, de 31/12, e 114/2017, de 29/12)

(1) De acordo com a Circular da DGCI nº 19/93, de 20/8

g LEGISLAÇÃO

Cargo ou

vencimento

­ Membros do Governo

­ Trabalhadores em fun­

ções públicas:

­ Com vencimento

superior ao nível 18

­ Com vencimento

entre os níveis 18 e 9

­ Outros

Deslocações no Con­

tinente e Regiões

Autónomas

€ 69,19

€ 50,20

€ 43,39

€ 39,83

Deslocações ao

e no estrangeiro

€ 100,24

€ 89,35

€ 85,50

€ 72,72

Deslocações diárias

­ que abranjam o período

entre as 13 e as 14 h

­ que abranjam o período

entre as 20 e as 21 h

­ que impliquem dormida

Deslocações por dias

sucessivos

Dia de partida:

­ até às 13 h

­ das 13 às 21 h

­ após as 21 h

Dia de chegada:

­ até às 13 h

­ das 13 às 20 h

­ após as 20 h

Restantes dias

%

25

25

50

%

100

75

50

0

25

50

100

Abonos

­ Subsídio de refeição pago em dinheiro

­ Subsídio de refeição pago em vales, se­

nhas ou cartões de refeição

­ Transporte: (por km)

­ em automóvel próprio

­ em veículos adstritos a carreiras de

serviço público

­ em automóvel de aluguer:

­ 1 trabalhador em funções públicas

­ 2 trabalhadores… (para cada)

­ 3 ou + trabalhadores… (para cada)

­ em veículo motorizado

não automóvel (1)

Valor limite para efei­

tos de isenção ou

não sujeição a IRS e

taxa social única (€)

€4,77

€7,63

€0,36

€0,11

€0,34

€0,14

€0,11

€0,14

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 5

g FISCALIDADE

g IMI – VALOR MÉDIO DA CONSTRUÇÃO

POR M² / 2018

A Portaria 379/2017, de 19 de dezembro, manteve em €482,40 o valor médio da construção por metro quadrado a

que se refere ao artigo 39º do Código do Imposto Municipal

sobre Imóveis (CIMI), para efeitos de avaliação de prédios ur­

banos e determinação do respetivo valor patrimonial tributá­

rio.

O que significa que se mantém igualmente em € 603 (€482,40

+ 25%) o valor base para efeitos de avaliação dos prédios

edificados.

Este valor, que é o mesmo desde 2010, aplica­se a todos os

prédios urbanos cujas declarações modelo 1 sejam entregues

a partir de 1 DE JANEIRO DE 2018.

g ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2018 ­ ALTERAÇÕES FISCAIS

Publicada no D.R. de 29 de dezembro, em vigor a partir de 1

de janeiro de 2018, a LEI 114/2017 aprova o Orçamento do

Estado para 2018 e procede a diversas alterações de natu­

reza e âmbito fiscal, merecendo­nos destaque as seguintes:

1. IRS

* Aumento de 5 para 7 escalões de rendimento tributável

da tabela de taxas de IRS, por desdobramento dos 2.º

e 3.º escalões, de que resulta a seguinte

TABELA PRÁTICA DE IRS / 2018

* «Vales educação» passam a ser considerados como

rendimentos do trabalho dependente, sujeitos pois a tri­

butação, quando antes estavam excluídos de IRS até

ao montante anual de € 1100 por dependente. Mantém­

se, porém, a exclusão de IRS para os «vales infância»,

que visam o pagamento de creches, jardins­de­infância

e lactários de dependentes com idade inferior a 7 anos;

* Consideração do valor do

SUBSÍDIO DE REFEIÇÃO pago

desde agosto/2017 aos fun­

cionários públicos (€ 4,77)

para definição do valor li­

mite não sujeito a IRS e

taxa social única (TSU),

que será assim de € 4,77

quando pago em numerário

e de € 7,63 quando pago

em vales ou cartão refeição

(€4,52 e €7,23 em 2017, respetivamente);

* Diferimento do apuramento da mais­valia tributável no

caso em que o proprietário afeta o seu imóvel habita­

cional a uma atividade empresarial ou profissional por

si exercida para o momento em que o mesmo é poste­

riormente alineado ou, regressando ao seu património,

não o afete à obtenção de rendimentos da categoria F

(prediais). Sendo afeto, o diferimento mantém­se en­

quanto subsistir tal afetação;

* O mínimo de existência (rendimento líquido disponível

após aplicação das taxas de IRS do art.º 68.º) para os

titulares de rendimentos predominantemente originados

em trabalho dependente ou em pensões passa de €

8.500 para € 8.847,72, resultante da fórmula proposta

[IAS (atualmente € 421,32) x 1,5 x 14], não podendo ser

inferior ao valor anual do salário mínimo nacional (atual­

mente 557x14 = € 7.798);

EVOLUÇÃO DO VALOR MÉDIO DO PREÇO

DA CONSTRUÇÃO POR METRO QUADRADO:

2018 ­ € 482,40 ­ € 603 ­ Portaria 397/2017, de 19/12

2017 ­ € 482,40 ­ € 603 ­ Portaria 345B/2016, de 30/12

2016 ­ € 482,40 ­ € 603 ­ Portaria 419/2015, de 31/12

2015 ­ € 482,40 ­ € 603 ­ Portaria 280/2014, de 30/!2

2014 ­ € 482,40 ­ € 603 ­ Portaria 370/2013, de 27/12

2013 ­ € 482,40 ­ € 603 ­ Portaria 424/2012, de 28/12

2012 ­ € 482,40 ­ € 603 ­ Portaria 307/2011, de 21/12

2011 ­ € 482,40 ­ € 603 ­ Portaria 1330/2010, de 31/12

2010 ­ € 482,40 ­ € 603 ­ Portaria 1456/2009, de 30/12

2009 ­ € 487,20 ­ € 609 ­ Portaria 1545/2008, de 31/12

2008 ­ € 492 ­ € 615 ­ Portaria 16­A/2008, de 8/1

2007 ­ € 492 ­ € 615 ­ Portaria 1433­C/2006, de 29/12

2006 ­ € 492 ­ € 615 ­ Portaria 90/2006, de 27/1

2005 ­ € 490 ­ € 612,50 ­ Portaria 99/2005 (2ª série),

de 29.12.2004, in DR de 17/1

2004/03 ­ € 480 ­ € 600 ­ Portaria 982/2004, de 4/8

g TABELAS DE RETENÇÃO DE IRS NA FONTE / 2018

Foram aprovadas pelo Despacho nº 84­A/2018, do SEAF, publicado em

Suplemento ao D.R. de 2 de janeiro, as Tabelas de Retenção de IRS na

Fonte, a aplicar em 2018 aos rendimentos do trabalho dependente e de

pensões auferidos por titulares residentes no continente.

Caso o processamento dos rendimentos tenha sido efetuado antes de 3

de janeiro e o seu pagamento ou colocação à disposição ocorra posterior­

mente, no decurso do mês de janeiro, as entidades devedoras ou paga­

doras devem proceder, até final de fevereiro de 2018, aos acertos

decorrentes da aplicação àqueles rendimentos das novas tabelas de 2018.

Consulte as tabelas em https://dre.pt/application/conteudo/114440365

Rendimento coletável

(€)

Até 7.901

De mais de 7.901 a 10.700

De mais de 10.700 a 20.261

De mais de 20.261 a 25.000

De mais de 25.000 a 36.856

De mais de 35.856 a 80.640

Superior a 80.640

Taxas

(%)

14,5

23

28,5

35

37

45

48

Parcela a abater

(€)

602,74

1.191,24

2.508,21

3.008,21

5.956,69

8.375,89

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 6

g FISCALIDADE

O mínimo de existência é também estendido aos SPcom rendimentos predominantemente originados emtrabalho independente provenientes das atividades pre­vistas na Tabela de Atividades aprovada pela Portaria1011/2001, de 21/8, publicada em execução do art.º151.º, com exceção das do código «15» («Outros pres­tadores de serviços»)

* Possibilidade de opção, pelos SP residentes noutro Es­tado­Membro da UE ou, desde que com ele exista in­tercâmbio de informações em matéria fiscal, do EEE,pela tributação de rendimentos prediais e de alguns ou­tros segundo as regras aplicáveis aos residentes emPortugal;

* Dedução à coleta, como despesa de educação e for­mação, do encargo relativo a arrendamento de imóvelou de parte de imóvel a estudante que não tenha maisde 25 anos e frequente estabelecimento de ensino lo­calizado a mais de 50 km da residência permanente doseu agregado familiar, desde que conste de faturas oudeclaração comunicadas à AT por entidades enquadra­das na CAE 68200 (arrendamento de bens imobiliários);A dedução é limitada a € 300 anuais, sendo o limite glo­bal dos encargos com educação e formação (€ 800) au­mentado em € 200 quando a diferença seja relativa arendas. As faturas ou o documento que titulem o arren­damento devem referir que o locado se destina ao ar­rendamento de estudante deslocado;

* Impenhorabilidade, a exemplo dos ordenados e pen­sões, de 2/3 da parte líquida dos rendimentos auferidosno âmbito das atividades da categoria B especifica­mente referidas na Portaria 1011/2011, de 21/8, cum­pridos que sejam certos requisitos;

* Deduções à coleta – Mantém­se a possibilidade de oscontribuintes alterarem, na declaração de rendimentosrelativa a 2017, o valor das despesas efetuadas comsaúde, formação e educação, imóveis e lares, que pre­valecem sobre os valores comunicados à AT.

CATEGORIA B – REGIME SIMPLIFICADO DE TRIBUTAÇÃO

* Em vez de, como até 2017, ser apurado pela mera apli­cação ao rendimento bruto dos coeficientes de 0,75 e0,35 previstos no art.º 31.º, sem necessidade de docu­mentação das despesas inerentes, o rendimento tribu­tável da categoria B do regime simplificado detributação relativo aos profissionais a que se aplicamtais coeficientes (profissionais previstos na tabela a quese refere o art.º 151.º e prestadores de serviços emgeral) passa a ser o resultante da sua aplicação, mas adedução fica parcialmente condicionada à verificaçãode despesas e encargos relacionados com a atividade.

Assim, ao rendimento tributável resultante da aplicaçãodos fatores (0,75 ou 0,35) passa a acrescer a diferençapositiva entre 15% do rendimento bruto e a soma dosvalores relativos a:1. dedução específica previsto para a categoria A (€4.104), ou, se superior, o valor pago com contribuiçõesobrigatórias para regimes de proteção social;2. despesas com pessoal e encargos a título de remu­nerações, ordenados ou salários comunicados À AT;3. rendas de imóveis afetas à atividade independenteque constem de faturas e outros documentos comuni­cados à AT;4. 1,5% do valor tributário dos imóveis afetos à atividade

independente de que o titular seja proprietário, usufru­tuário ou superficiário (4% do VPT se afetos a ativida­des hoteleiras ou de alojamento local);5. outras despesas com a aquisição de bens e presta­ções de serviços relacionadas com a atividade, queconstem de faturas comunicadas à AT ou emitidas noPortal das Finanças, como despesas com materiais deconsumo corrente, eletricidade, água, transportes e co­municações, rendas, contencioso, seguros, rendas de lo­cação financeira, quotizações para ordens e outrasorganizações representativas de categorias profissionaisrespeitantes ao sujeito passivo, deslocações, viagens eestadas do sujeito passivo e dos seus empregados;6. importações e aquisições intracomunitárias de bense serviços relacionados com a atividade.Os encargos/despesas referidos nos pontos 3 a 5 sãoconsiderados em 25% quando apenas afetos parcial­mente à atividade.

* O independente deve identificar no portal da AT as fa­turas e outros documentos a que respeitam as despe­sas referidas nos pontos 3 a 5 supra, nos termosreferidos no artigo 78.º­B para as despesas gerais e fa­miliares, sendo as despesas calculadas e disponibiliza­das pela AT até final de fevereiro do ano seguinte.

2. IRC* Consideração dos créditos incobráveis como gastos ou

perdas do exercício, ainda que o respetivo reconheci­mento contabilístico já tenha ocorrido em exercícios an­teriores, e desde que não tenha sido admitida perda porimparidade ou esta se mostre insuficiente, quando:­ seja decretada a insolvência com caráter limitado, ouse verifique o seu encerramento por insuficiência debens, ou após a realização do rateio final, de que resulteo não pagamento definitivo do crédito;­ seja proferida, em processo de insolvência ou PER,sentença de homologação do plano de insolvência quepreveja o não pagamento definitivo do crédito.

* Dever, para a determinação do lucro tributável imputá­vel a cada estabelecimento estável situado fora do país,de adotar critérios de imputação proporcional adequa­dos e devidamente justificados para a repartição dosgastos, perdas ou variações patrimoniais negativas re­lacionados com operações imputáveis quer ao estabe­lecimento quer ao SP;

* Consagração expressa, e com caráter interpretativo, deque ao montante global de tributações autónomas apu­rado não são efetuadas quaisquer deduções, ainda queresultem de legislação especial;

* Agravamento da derrama estadual para os SP comlucro tributável superior a 35 milhões de euros, cuja taxapassa de 7% para 9% (a taxa para determinação dovalor do respetivo pagamento adicional por conta passaconsequentemente de 6,5% para 8,5%):

Lucro tributável (€)

De mais de 1 500 000 até 7 500 000De mais de 7 500 000 até 35 000 000Superior a 35 000 000

Derramaestadual

3

5

9

Pagamento adicionalpor conta

2.5

4,5

8,5

Taxas (%)

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 7

g FISCALIDADE

* Na falta de apresentação da declaração mod. 22, a li­

quidação do IRC passa a ser efetuada pelo maior dos

seguintes valores: (i) a matéria coletável determinada,

com base nos elementos de que a AT disponha, de

acordo com as regras do regime simplificado, com apli­

cação do coeficiente de 0,75, (ii) a totalidade da matéria

coletável do período de tributação mais próximo que se

encontre determinada ou (iii) o valor anual do salário

mínimo nacional;

* No âmbito da constituição de sociedades ou aumento

do capital social, o benefício fiscal previsto no art.º 41.º­

A do EBF, relativo à remuneração convencional do ca­

pital social, passa a incidir sobre a conversão de

quaisquer créditos em capital, quando antes apenas in­

cidia sobre a conversão de suprimentos e outros em­

préstimos de sócios;

* Criação de um novo benefício fiscal relacionado com os

fluxos financeiros prestados por investidores sociais

(entidades com objetivos filantrópicos ou comerciais

que contribuem com recursos financeiros para o desen­

volvimento de iniciativas de inovação e empreendedo­

rismo social, com vista à obtenção de impacto social),

no âmbito de parcerias de Títulos de Impacto Social,

que são aceites como gastos e perdas do exercício em

130% do respetivo montante, com o limite de 8/1000;

* Incentivo fiscal à recapitalização de empresas (novo

art.º 43.º­B), atribuído ao sujeito passivo de IRS que

realize entradas de capital em dinheiro a favor de so­

ciedade em que detenha participação social e que se

encontre em situação de perda de metade do capital

(art.º 53.º do CSC), que poderá deduzir 20% dessas en­

tradas ao lucros brutos que dela receba ou, em caso de

alienação da sua participação, ao saldo das mais e

menos­valias realizadas, dedução a efetuar no ano de

realização das entradas e nos 5 anos seguintes;

* Alargamento, de 2 para 3 anos, do prazo para reinves­

timento dos lucros retidos (DLRR), cujo limite para efeito

de cálculo da dedução é aumentado de 5 para 7,5 mi­

lhões de €, por sujeito passivo e período de tributação.

E caso o SP seja micro ou pequena empresa, a dedu­

ção pode ser feita até 50%, e não 25%, da coleta de

IRC.

3. IVA

* Possibilidade de dedução do IVA de créditos conside­

rados incobráveis em processo de insolvência, quando

esta for decretada com caráter limitado ou for determi­

nado o encerramento por insuficiência de bens, ou após

a realização do rateio final do qual resulte o não paga­

mento definitivo do crédito, bem como quando, em pro­

cesso de insolvência ou PER, seja proferida sentença

de homologação do plano de insolvência/recuperação

que preveja o não pagamento definitivo do crédito;

* Redução da taxa de IVA aplicável à transmissão de ins­

trumentos musicais, ora sujeitos à taxa intermédia;

* Aplicação da taxa reduzida de IVA nas empreitadas de

reabilitação de imóveis contratadas diretamente para o

Fundo de Nacional de Reabilitação do Edificado pela

respetiva entidade gestora;

* Eliminação de um dos requisitos previstos para o exer­

cício da opção pela autoliquidação do IVA devido nas

importações de bens, ainda possível mesmo que o SP

não beneficie, à data em que a opção produza efeitos,

de diferimento do pagamento do IVA relativo a anterio­

res importações;

* Redução, de € 75 para € 50, do valor líquido de imposto

constante da fatura a partir do qual se aplica a isenção

de IVA relativa às transmissões de bens para fins priva­

dos feitas a adquirentes cujo domicílio ou residência ha­

bitual não se situe no território da UE que os

transportem na sua bagagem pessoal para fora da

União.

4. SELO

* Novo dever de apresentação mensal de declaração dis­

criminativa, por verba da Tabela Geral, com o valor tri­

butável das operações e factos sujeitos a IS, valor do

IS liquidado, identificação dos titulares do encargo, nor­

mas legais ao abrigo das quais foram reconhecidas

isenções e seus beneficiários e valor do IS compen­

sado, período de IS compensado e seus beneficiários,

pelos SP referidos no n.º 1 do art.º 2.º, entre os quais

se incluem as empresas emitentes de letras;

* Aumento do imposto no crédito ao consumo (verbas

17.2.1, 17.2.2. e 17.2.4), passando as taxas do crédito

de prazo inferior a 1 ano e do crédito utilizado sob a

forma de conta corrente, descoberto bancário ou outra

forma equiparável para 0,08% (eram 0,07%) e a do cré­

dito por prazo igual ou superior a 1 ano para 1% (era

0,09%).

5. BENEFÍCIOS FISCAIS (EBF)

* Alteração do regime de benefícios fiscais previsto no

art.º 45.º do EBF sobre prédios urbanos objeto de rea­

bilitação, que passa a incidir apenas sobre prédios con­

cluídos há mais de 30 anos ou localizados em áreas de

reabilitação urbana e que se concretiza na isenção de

IMI por 3 anos, renovável por mais 5 no caso de imóveis

afetos a habitação própria e permanente ou arrenda­

mento para habitação permanente, na isenção de IMT,

quer na aquisição de imóveis destinados a reabilitação,

quer na 1.ª transmissão ocorrida após a reabilitação

para habitação permanente ou própria e permanente,

na tributação de IRS à taxa autónoma de 5% das mais­

valias auferidas decorrentes da 1.ª alienação após a

reabilitação e esta tenha início no prazo de 3 anos, e

na redução a metade das taxas devidas pela avaliação

do estado de conservação resultante das operações de

reabilitação;

* Criação de um novo benefício fiscal relacionado com os

fluxos financeiros prestados por investidores sociais

(entidades com objetivos filantrópicos ou comerciais

que contribuem com recursos financeiros para o desen­

volvimento de iniciativas de inovação e empreendedo­

rismo social, com vista à obtenção de impacto social),

no âmbito de parcerias de Títulos de Impacto Social,

que são aceites como gastos e perdas do exercício em

130% do respetivo montante, com o limite de 8/1000;

* Incentivo fiscal à recapitalização de empresas (novo

art.º 43.º­B), atribuído ao sujeito passivo de IRS que

realize entradas de capital em dinheiro a favor de so­

ciedade em que detenha participação social e que se

encontre em situação de perda de metade do capital

(art.º 53.º do CSC), que poderá deduzir 20% dessas en­

tradas ao lucros brutos que dela receba ou, em caso de

alienação da sua participação, ao saldo das mais e

menos­valias realizadas, dedução a efetuar no ano de

realização das entradas e nos 5 anos seguintes;

* Incentivo fiscal a obras de conservação e manutenção

de prédios ou parte de prédios afetos a lojas com his­

tória, de reconhecido interesse histórico e cultural ou

social local, que são consideradas como gastos e per­

das para efeitos de IRC ou de SP de IRS com contabi­

lidade organizada em 110% do seu montante,

beneficiando da mesma majoração, no âmbito da cate­

goria F de IRS, os gastos realizados nos 24 meses an­

teriores ao início do arrendamento relativos a obras de

conservação e manutenção do prédio ou parte do pré­

dio afeto a loja com história;

* Incentivo fiscal à aquisição de participações sociais de

micro ou pequenas empresas pelos seus trabalhado­

res, desde que constituídas há menos de 6 anos e com

atividade no setor da tecnologia, em termos a definir, fi­

cando os ganhos derivados dessas participações,

desde que mantidos pelo período mínimo de 2 anos,

isentos de IRS até ao limite de € 40.000 (a isenção não

abrange os membros dos órgãos sociais e os titulares

de participações sociais superiores a 5%);

6. INFRAÇÕES TRIBUTÁRIAS (RGIT)

* Aumento, de € 200 para € 500, do valor mínimo da

coima prevista para a não organização da contabilidade

de harmonia com as regras de normalização contabi­

lística, passando o atraso na execução da contabili­

dade, na escrituração de livros ou na elaboração de ou­

tros elementos de escrita, ou de registos, por período

superior ao previsto na lei fiscal a ser punido com coima

de € 250 a € 5.000 (antes € 200 a € 10.000);

* Punição, com coima de € 250 a € 5.000, da produção

de ficheiro normalizado de exportação de dados (SAF­

T (PT)) sem observância do modelo de estrutura legal­

mente previsto.

7. OUTROS

IMI* A AT passa a disponibilizar no Portal das Finanças a in­

formação relativa aos prédios averbados na matriz pre­

dial em nome dos sujeitos passivos, devendo os que

são casados, caso a mesma não reflita a titularidade

dos prédios que são comuns, comunicar aqueles que o

são até 15 de fevereiro, sob pena da liquidação do IMI

ser efetuada de acordo com a informação constante da

matriz.

* Isenção de IMI sobre os prédios ou parte de prédios

afetos a lojas com história, reconhecidos pelo município

como estabelecimentos de interesse histórico e cultural

ou social local e que integrem o inventário nacional dos

estabelecimentos e entidades de interesse histórico e

cultural ou social local;

PROCESSO TRIBUTÁRIO (CPPT)* Dispensa de prestação de garantia no âmbito do pro­

cesso executivo quando o valor em dívida seja inferior

a € 5.000 ou € 10.000, consoante se trate de pessoa

singular ou coletiva.

ISV E IUC* Aumento do Imposto sobre veículos (ISV) e do imposto

único de circulação (IUC) em linha com a inflação es­

perada (1,4%/1,5%) e manutenção em vigor do adicio­

nal de IUC incidente sobre os veículos a gasóleo das

categorias A e B;

SEGURANÇA SOCIAL

* Receita de IRC consignada à segurança social – o valor

corresponde a 2 p.p. das taxas de IRC previstas nos

artºs 87.º a 88.º (normal, tributação autónoma e der­

rama estadual) passa a constituir receita do FEFSS,

Fundo de Estabilização Financeira da Segurança So­

cial, sendo­lhe consignada de forma faseada ao longo

dos próximos anos (0,5 p.p. em 2018, 1 p.p. em 2019,

1,5 p.p em 2020 e 2 p.p. em 2021.

* Criação de um regime especial de segurança social

para os jovens estudantes (a frequentar estabeleci­

mento de ensino oficial ou autorizado) que trabalhem,

ao abrigo de contrato de trabalho, durante o período de

férias escolares, nos termos do qual passam a benefi­

ciar de proteção nas eventualidades velhice, invalidez

e morte.

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 8

g FISCALIDADE

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 9

g FISCALIDADE

Os jovens, cuja retribuição não é considerada na deter­minação da condição de recursos, nada descontampara a segurança social, recaindo apenas sobre o em­pregador a obrigação de contribuir com 26,1% da re­muneração convencional calculada com base no n.º dehoras de trabalho prestado x valor hora apurado comrecurso ao IAS, indexante de apoios sociais [rh =(IASx12)/(52x40)]

SUBSÍDIO DE DESEMPREGO

* Eliminada a redução de 10% no montante do subsídiode desemprego após o 180.º dia de concessão, comefeito nas prestações em curso e nos pedidos penden­tes;

* Mantém­se para 2018 a majoração de 10% do subsídiode desemprego e do subsídio por cessação de ativi­dade devido quando, no mesmo agregado familiar,ambos os cônjuges ou pessoas que vivam em união defacto que dele sejam titulares tenham filhos ou equipa­rados a cargo, ou, no caso de agregado monoparental,o parente único seja titular do subsídio de desempregoou por cessação de atividade.

Mantém­se igualmente o apoio aos desempregados delonga duração previsto no art.º 80.º da Lei 7­A/2016(OE/2016).

UC

* É prorrogada para 2018 a suspensão da atualizaçãoautomática da UC (Unidade de Conta Processual), queassim se mantém em € 102;

REVISÃO LEGAL DE SOCIEDADES NÃO ANÓNIMAS

* Em 2018 o Governo deverá atualizar o valor de 3 mi­lhões de € previsto na alínea b) do n.º 2 do art.º 262.ºdo Código das Sociedades Comerciais, relativo ao totaldas vendas líquidas e outros proveitos, a fim de asse­gurar a isenção de revisão legal de contas às pequenasempresas que não sejam sociedades anónimas.

IMPOSTO SOBRE ALIMENTOS COM ELEVADO TEOR DE SAL

NÃO PASSOU…!

A Assembleia da República nãoaprovou este «novo» imposto in­cluído pelo Governo na propostade OE/2018, que incidia sobre al­guns alimentos com elevado teorde sal (bolachas e biscoitos pré­embalados, alimentos que inte­gram flocos de cereais e cereaisprensados, pré­embalados, e ba­tatas fritas ou desidratadas, pré­embaladas, próprias para alimentação nesse estado com teorde sal igual ou superior a 1 g por 100 g de produto) e com oqual pretendia arrecadar 30 milhões de €.

g EBF – BENEFÍCIOS FISCAIS PARA

ENTIDADES DE GESTÃO FLORESTAL

A Lei 110/2017, de 15 de dezembro, em vigor a partir de 1 dejaneiro de 2018, alterou o n.º 12 do artigo 59.º­D e aditou oartigo 59.º­G ao Estatuto dos Benefícios Fiscais, criando di­versos benefícios fiscais, em sede de IRC, IRS, Selo e IMT,

às entidades de gestão florestal e unidades de gestão flores­tal.

A partir da mesma data são reduzidos em 75% os emolumen­tos devidos pela realização de atos de registo de factos rela­tivos a prédio rústico ou misto a disponibilizar, oudisponibilizado, na bolsa de terras ou no banco de terras, erelacionados com a finalidade dessa disponibilização, bemcomo os devidos pela realização de atos de registo de factosrelativos a prédios rústicos destinados à exploração florestal,adquiridos por entidades de gestão florestal ou unidades degestão florestal reconhecidas, ou por associados destas, queafetem, no prazo de seis meses, esses prédios à gestãodessa entidade

ARTIGO 59.º­D

INCENTIVOS FISCAIS À ATIVIDADE SILVÍCOLA

12 ­ Para efeitos de determinação do lucro tributável dos sujeitos pas­sivos de IRC e dos sujeitos passivos de IRS com contabilidade orga­nizada que exerçam diretamente uma atividade económica denatureza silvícola ou florestal, as contribuições financeiras dos pro­prietários e produtores florestais aderentes a uma zona de interven­ção florestal destinadas ao fundo comum constituído pela respetivaentidade gestora nos termos do artigo 18.º do Decreto­Lei n.º127/2005, de 5 de agosto, alterado pelos Decretos­Leis n.ºs 15/2009,de 14 de janeiro, 2/2011, de 6 de janeiro, 27/2014, de 18 de fevereiro,e 67/2017, de 12 de junho, bem como os encargos suportados comdespesas com operações de defesa da floresta contra incêndios,com a elaboração de planos de gestão florestal, com despesas decertificação florestal e de mitigação ou adaptação florestal às altera­ções climáticas, conforme definidas por portaria conjunta dos mem­bros do Governo responsáveis pelas finanças e pelas florestas, sãoconsideradas em 140% do respetivo montante, contabilizado comogasto do exercício. (Nota: a redação anterior não tinha o texto a ne­grito e a taxa era de 130%)

ARTIGO 59.º­G

ENTIDADES DE GESTÃO FLORESTAL E UNIDADES

DE GESTÃO FLORESTAL

1 ­ Ficam isentos de IRC os rendimentos obtidos no âmbito da gestãode recursos florestais por entidades de gestão florestal (EGF) reco­nhecidas, que se constituam e operem de acordo com a legislaçãonacional, desde que as mesmas estejam submetidas a planos degestão florestal, aprovados e executados de acordo com a regula­mentação em vigor.2 ­ Os rendimentos referidos no número anterior, pagos ou colocadosà disposição dos respetivos titulares, são sujeitos a retenção na fontede IRS ou de IRC, à taxa de 10%, exceto quando os titulares dosrendimentos sejam entidades isentas quanto aos rendimentos de ca­pitais ou entidades não residentes sem estabelecimento estável emterritório português ao qual os rendimentos sejam imputáveis, ex­cluindo:a) As entidades que sejam residentes em países, territórios ou re­giões, com regime fiscal claramente mais favorável, constantes delista aprovada por portaria do membro do Governo responsável pelaárea das finanças;b) As entidades não residentes detidas, direta ou indiretamente, emmais de 25% por entidades residentes.3 ­ A retenção na fonte a que se refere o número anterior tem caráterdefinitivo sempre que os titulares sejam entidades não residentessem estabelecimento estável em território português ou sujeitos pas­sivos de IRS residentes que obtenham os rendimentos fora do âmbitode uma atividade comercial, industrial ou agrícola, podendo estes,porém, optar pelo englobamento para efeitos desse imposto, casoem que o imposto retido tem a natureza de imposto por conta, nostermos do artigo 78.º do Código do IRS.4 ­ A dispensa de retenção na fonte nos casos previstos no n.º 2 sóse verifica quando os beneficiários dos rendimentos fizerem prova,perante a entidade pagadora, da isenção de que aproveitam ou daqualidade de não residente em território português, até à data emque deve ser efetuada a retenção na fonte, ficando, em caso de omis­são da prova, o substituto tributário obrigado a entregar a totalidadedo imposto que deveria ter sido deduzido nos termos da lei, sendoaplicáveis as normas gerais previstas nos competentes códigos re­lativas à responsabilidade pelo eventual imposto em falta.

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 10

5 ­ A prova da qualidade de não residente em território português éfeita nos termos previstos nos artigos 15.º, 16.º e 18.º do Decreto­Lei n.º 193/2005, de 7 de novembro, alterado pelos Decretos­Leisn.ºs 25/2006, de 8 de fevereiro, e 29­A/2011, de 1 de março, e pelasLeis n.º 83/2013, de 9 de dezembro, e 42/2016, de 28 de dezembro.6 ­ O saldo positivo entre as mais­valias e as menos­valias resultan­tes da alienação de participações sociais em EGF reconhecidas é tri­butado à taxa de 10%, quando os titulares sejam entidades nãoresidentes a que não seja aplicável a isenção prevista no artigo 27.ºou sujeitos passivos de IRS residentes em território português queobtenham os rendimentos fora do âmbito de uma atividade comercial,industrial ou agrícola e não optem pelo respetivo englobamento.7 ­ Ficam isentas de imposto do selo as aquisições onerosas de pré­dios rústicos destinados à exploração florestal, por EGF reconheci­das ou seus associados que afetem, no prazo de seis meses, essesprédios à gestão dessa EGF, e desde que os mesmos não sejamalienados pelo período de dois anos.8 ­ Cabe ao serviço de finanças da área da situação dos prédios, me­diante requerimento dos interessados, reconhecer a afetação pre­vista no número anterior, promovendo, no prazo de 15 dias, aanulação das liquidações e subsequentes restituições.9 ­ Ficam isentas de imposto municipal sobre as transmissões one­rosas de imóveis, quando os municípios assim o deliberem, as aqui­sições onerosas de prédios rústicos destinados à exploraçãoflorestal, pelas EGF reconhecidas ou seus associados, que afetem,no prazo de seis meses, esses prédios à gestão dessa EGF, e desdeque os mesmos não sejam alienados pelo período de dois anos.10 ­ A câmara municipal deve comunicar, no prazo de 30 dias, aoserviço de finanças da área da situação dos prédios, a deliberaçãoreferida no número anterior, competindo a este promover, no prazode 15 dias, a anulação das liquidações de imposto municipal sobreas transmissões onerosas de imóveis e subsequentes restituições.11 ­ É reduzida em 50 % a taxa aplicável aos rendimentos da cate­goria F, auferidos por sujeitos passivos de IRS, quando decorrentesdo arrendamento a EGF de prédios rústicos destinados à exploraçãoflorestal, sem prejuízo da opção pelo englobamento.12 ­ As mais­valias auferidas por sujeitos passivos de IRS com a alie­nação a EGF de prédios rústicos destinados à exploração florestalsão tributadas à taxa autónoma de 14%, sem prejuízo da opção peloenglobamento.13 ­ O regime previsto nos dois números anteriores é aplicável àsalienações e arrendamentos efetuados até 31 de dezembro de 2019e, no caso dos rendimentos referidos no n.º 11, tem a duração de 12anos.14 ­ O disposto no presente artigo é também aplicável às unidadesde gestão florestal (UGF) reconhecidas, que se constituam e operemde acordo com a legislação nacional, desde que as mesmas estejamsubmetidas a planos de gestão florestal, aprovados e executados deacordo com a regulamentação em vigor.

g IVA ­ FATURAS RELATIVAS A PRESTAÇÕES

DE SERVIÇOS. EXERCÍCIO DO DIREITO DE DEDUÇÃO

Pelo seu manifesto interesse, passamos a reproduzir a Cir­cular nº 11/2017 do Gabinete Fiscal («N. Pinto Fernandes, M.

Faustino & J. Durão, Consultores Fiscais, Lda.») da CCP,Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, sobre aatitude frequente da AT em obstar ao exercício do direito dededução do IVA com a justificação de que as faturas relacio­nadas com prestações de serviços não reúnem os requisitosprevistos na alínea b) do n.º 5 do artigo 36.º do CIVA.

«A “TRIBUTAÇÃO” DA INOBSERVÂNCIA DE REQUISITOS FORMAIS

1. Nas doutas palavras de José Guilherme Xavier de Basto,“cada factura com menção de imposto, constitui um chequesobre o tesouro, pois atribui ao destinatário que seja sujeitopassivo o direito de deduzir o IVA nela contido”.

2. Com efeito, o princípio fundamental da neutralidade do IVAexige que o adquirente dos bens ou serviços possa deduziro imposto pago a montante pelo transmitente ou prestadorde serviços, o que transforma cada fatura num cheque parao adquirente na medida em que através dela pode exercer odireito à dedução, tributando­se, assim, o valor acrescentadoem cada fase do processo produtivo.

3. Vem esta introdução a propósito de algumas correções quea administração fiscal tem vindo a fazer, de forma recorrente,alegando que faturas relacionadas com prestações de servi­ços não reúnem os requisitos previstos na alínea b) do n.º 5do artigo 36.º, e, assim, obstar a que o direito à deduçãopossa ser exercido.

4. Como se sabe, a referida norma determina que as faturasdevem conter a quantidade e denominação usual dos benstransmitidos ou dos serviços prestados, com especificaçãodos elementos necessários à determinação da taxa aplicável.

5. Se no caso dos bens transmitidos a questão pode não le­vantar grandes dificuldades de cumprimento porque os benssão, em geral, facilmente quantificáveis através de unidadesde medida (metros, quilos, etc.) já o mesmo não acontececom as prestações de serviços que não são, propriamente,mensuradas ao metro ou ao quilo.

6. Aliás, na versão do artigo 226.º da Diretiva 2006/112, CEdo Conselho, de 28 de novembro de 2006, relativa ao sistemacomum do imposto sobre o valor acrescentado (Diretiva IVA),de uma forma mais explícita refere­se que a fatura deve con­ter “A quantidade e natureza dos bens entregues ou a exten­são e natureza dos serviços prestados”, já que os serviçosprestados, como é óbvio, não são mensuráveis em “quanti­dades”.

7. Mas, partindo de uma mera interpretação literal da norma,com o argumento de que as faturas não contêm a “unidadede medida dos serviços prestados” a administração fiscal temvindo a desconsiderar o direito à dedução do IVA no adqui­rente dos serviços, alegando que a fatura não reúne os re­quisitos previstos na alínea b) do n.º 5 do artigo 36.º.

8. Ora, importa, desde logo, recordar que a finalidade de taldescrição se esgota fundamentalmente, como decorre do re­ferido artigo 36.º, na “determinação da taxa aplicável” e,assim sendo, não havendo dúvidas quanto à taxa do IVA aque estão sujeitas tais prestações de serviços, qualquer erroou omissão na descrição não deveria, a nosso ver, ter inter­ferência no exercício do direito à dedução pelo adquirentedesses serviços.

9. A questão já subiu ao Tribunal de Justiça da União Euro­

g FISCALIDADE

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 11

peia na sequência de um pedido de decisão prejudicial, porcoincidência, ou não, apresentado por um Tribunal português:o Tribunal Arbitral Tributário (Centro de Arbitragem Adminis­trativa ­ CAAD), que deu origem ao Processo C­516/14.

10. Neste Processo, para além da verificação no caso con­creto sobre o preenchimento do requisito previsto na alíneab) do n.º 5 do artigo 36.º, o Tribunal debruçou­se sobre as im­plicações no exercício do direito à dedução.

11. Recordou o Tribunal que “segundo jurisprudência cons­tante do Tribunal de Justiça, o direito dos sujeitos passivos adeduzir do IVA de que são devedores o IVA devido ou pagosobre os bens adquiridos e os serviços que lhes foram pres­tados a montante constitui um princípio fundamental do sis­tema comum do IVA instituído pela legislação da União”.

12. É certo que, como observou o Tribunal, no que respeitaaos requisitos formais relativos ao exercício do referido di­reito, resulta do artigo 178.°, alínea a), da Diretiva 2006/112,que o seu exercício está subordinado à posse de uma faturaemitida nos termos do artigo 226.° desta diretiva.

13. Não obstante, recordou o Tribunal que “o princípio funda­mental da neutralidade do IVA exige que a dedução deste im­posto pago a montante seja concedida se os requisitosmateriais estiverem cumpridos, mesmo que os sujeitos pas­sivos tenham negligenciado certos requisitos formais. Porconseguinte, quando a Administração Fiscal dispõe dosdados necessários para saber que os requisitos materiaisforam cumpridos, não pode impor condições suplementaresao direito do sujeito passivo de dedução do imposto que pos­sam ter por efeito eliminar esse direito”.

14. Por isso refere ainda o Tribunal que “a Administração Fis­cal não pode recusar o direito à dedução do IVA pelo simplesfacto de a fatura não preencher os requisitos exigidos peloartigo 226.°, n.os 6 e 7, da Diretiva 2006/112, se dispuser detodos os dados para verificar se os requisitos substantivosrelativos a este direito se encontram satisfeitos. A este res­peito, a Administração Fiscal não deve limitar­se ao exameda própria fatura. Deve igualmente ter em conta informaçõescomplementares prestadas pelo sujeito passivo”.

15. Por fim, concluiu que “O artigo 178.°, alínea a), da Diretiva2006/112 deve ser interpretado no sentido de que se opõe aque as autoridades tributárias nacionais possam recusar o di­reito a dedução do imposto sobre o valor acrescentado pelosimples facto de o sujeito passivo possuir uma fatura que nãocumpre os requisitos exigidos pelo artigo 226.°, n.ºs 6 e 7,desta diretiva, quando essas autoridades dispõem de todasas informações necessárias para verificar se os requisitossubstantivos relativos ao exercício desse direito se encontramsatisfeitos”.

16. Por isso, não se pode apreciar esta temática de faturasque titulam prestações efetivamente realizadas, no mesmoplano das faturas falsas.

17. Estas poderão igualmente conter uma descrição mais oumenos vaga das operações supostamente realizadas, decor­rente da circunstância de se tratar justamente de uma opera­ção simulada, mas, neste caso, a legítima negação do direitoà dedução deve ser feita com fundamento no facto de se tra­tar de uma operação simulada, cujo direito à dedução nãopode, como se sabe, ser exercido por força do disposto non.º 3 do artigo 19.º do CIVA, embora se possa compreenderque seja mais fácil às autoridades fiscais invocar a inobser­vância de requisitos formais da fatura do que demonstrarem

a simulação.

18. Considerando, como refere a Advogada­Geral no Pro­cesso 516/14, “que, numa situação em que não há dúvida deque se verificam os requisitos materiais do direito à dedução,a função de controlo de uma fatura está claramente ultrapas­sada, na medida em que a fatura serve para controlar a exis­tência do direito à dedução”, já não parece legítima anegação do direito à dedução do IVA ao adquirente dos ser­viços nos casos em que não existam dúvidas quanto à suarealização, passando tal correção a consubstanciar uma ar­recadação de imposto pela alegada inobservância de requi­sitos formais, suportada pelo adquirente dos serviços, aoinvés de ser sancionada com uma coima suportada pelo emi­tente das faturas.»

g COMUNICAÇÃO DO INVENTÁRIO DE 2017 ÀAT ATÉ 31 DE JANEIRO

Os sujeitos passivos de IRC ou de IRS que disponham decontabilidade organizada e legalmente obrigados a elaboraro inventário devem comunicar à AT, até 31 de janeiro de 2018,o inventário respeitante ao último dia do exercício de 2017.

Nos termos do artigo 3º­A do Decreto­Lei 198/2012, de 24 deagosto, a comunicação é efetuada por transmissão eletrónicade dados, via Portal e­fatura, através de ficheiro(s) com as ca­racterísticas e estrutura definidas pela Portaria 2/2015, de 6 dejaneiro, dela ficando dispensados os sujeitos passivos cujo vo­lume de negócios não excedeu 100.000 euros em 2017.

As empresas sem existências e obrigadas por lei a comunicaro Inventário devem declarar no portal e­fatura que não têmexistências. Não precisam, pois, de construir ficheiro vazio.

g ACORDOS PARA EVITAR DUPLA TRIBUTAÇÃO

PORTUGAL – FRANÇA

Tendo sido cumpridas as formalidadesconstitucionais internas de aprovação, oProtocolo assinado em 25 de agosto de2016 que altera a Convenção entre Por­tugal e França (assinada em 14/01/1971)para Evitar a Dupla Tributação e estabe­lecer regras de assistência administrativa recíproca em matériade Impostos sobre o rendimento, aprovado e ratificado, respe­tivamente pela Resolução da Assembleia da República58/2017 e pelo Decreto do Presidente da República 31/2017,ambos de 3 de abril, entrou em vigor a 1 de dezembro de 2017(Aviso nº 143/2017, do MNE, de 14 de dezembro).

g FISCALIDADE

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 12

g IRS – NOVOS MODELOS DA DECLARAÇÃO

MOD. 3 E ANEXOS

A Portaria 385­H/2017, de 20 de dezembro, aprovou os novosmodelos da Declaração de Rendimentos modelo 3 e de todosos seus Anexos (A, B, C, D, E, F, G, G1, H, I, J e L), quedevem ser utilizados a partir de 1 de janeiro de 2018 para de­claração dos rendimentos de 2015 e anos seguintes.

De destacar o facto de este diploma impor a entrega da De­claração mod. 3 e seus Anexos exclusivamente por transmis­são eletrónica de dados, através do Portal da AT(www.portaldasfinancas.gov.pt), mesmo que relativa a rendi­mentos anteriores a 2015, pondo termo à possibilidade deentrega em suporte papel.

g PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES FISCAIS

JANEIRO WWW.PORTALDASFINANCAS.GOV.PT

SUMÁRIO

ATÉ AO DIA 10­ IVA ­ DECLARAÇÃO PERIÓDICA ­ PERIODICIDADE MENSAL (NOV.17)­ SEGURANÇA SOCIAL ­ REGIME GERAL ­ ENTREGA DEC. (DEZ.17)­ IRS ­ DECLARAÇÃO MENSAL DE REMUNERAÇÕES AT (DEZ.17)ATÉ AO DIA 22­ SEGURANÇA SOCIAL ­ REGIME GERAL ­ PAGAMENTO (DEZ.17)­ SEGURANÇA SOCIAL ­ INDEPENDENTES ­ PAGAMENTO (DEZ.17)­ FUNDOS DE COMPENSAÇÃO ­ PAGAMENTO (DEZ.17)­ IRC/IRS ­ RETENÇÕES NA FONTE (DEZ.17)­ SELO ­ PAGAMENTO DO RELATIVO A DEZ.17­ IVA ­ DECLARAÇÃO RECAPITULATIVA ­ REGIMES MENSAL E TRIMESTRAL

­ IRS/IRC ­ ENTREGA DOC RELATIVO A RENDIMENTOS PAGOS / 2017­ IVA ­ COMUNICAÇÃO À AT DAS FATURAS EMITIDAS EM DEZ.17ATÉ AO DIA 31­ IUC ­ PAGAMENTO ­ VEÍCULOS C/ ANIVERSÁRIO DE MATRÍCULA EM JAN.18­ IRS/IRC ­ DECLARAÇÃO MOD. 39 ­ RENDIMENTOS/RETENÇÕES TAXAS LI­

BERATÓRIAS

DISCLAIMER – ESTE TEXTO É MERAMENTE INFORMATIVO, NÃO É EXAUSTIVO, NÃODISPENSA A CONSULTA DOS TEXTOS LEGAIS OU O CUMPRIMENTO DE OUTRAS OBRI­GAÇÕES PREVISTAS EM DISPOSIÇÕES LEGISLATIVAS, REGULAMENTARES OU ADMINIS­TRATIVAS, NÃO RESPONSABILIZANDO A AUTORA.

g ATÉ AO DIA 10IVA ­ PERIODICIDADE MENSAL

Os sujeitos passivos enquadrados no regime normal de pe­riodicidade mensal devem proceder à entrega, pela Internet,da declaração periódica relativa ao IVA apurado no mês deNOVEMBRO DE 2017, acompanhada dos anexos que forem de­vidos, e efetuar, se for caso disso, o competente pagamento.

SEGURANÇA SOCIAL ­ REGIME GERAL ­ DECLARAÇÕES DE

REMUNERAÇÕES

Devem ser entregues as declarações de remunerações rela­tivas ao mês de DEZEMBRO DE 2017, exclusivamente atravésda Segurança Social Direta, incluindo o empregador que sejapessoa singular e com apenas um trabalhador ao seu ser­viço.

IRS ­ DECLARAÇÃO MENSAL DE REMUNERAÇÕES (AT)As entidades que pagaram ou colocaram à disposição de re­sidentes em território português, em DEZEMBRO DE 2017, ren­dimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS, ainda quedele isentos ou excluídos de tributação nos termos dos arti­gos 2º e 12º do CIRS, devem proceder ao envio, pela Inter­net, da Declaração Mensal de Remunerações (AT) paracomunicação de tais rendimentos e respetivas retenções deimposto, das deduções efetuadas relativamente a contribui­ções obrigatórias para regimes de proteção social e subsis­temas legais de saúde e quotizações sindicais.

g IMT ­ TABELAS PRÁTICAS 2018(CONTINENTE ­ HABITAÇÃO PRÓPRIA E PERMANENTE)

(CONTINENTE ­ HABITAÇÃO)

Prédios rústicos – 5% Outros prédios urbanos e outras aquisições onerosas – 6,5%

Valor sobre que incide o IMT (€)

Até 92.407De mais de 92.407 até 126.403De mais de 126.403 até 172.348De mais de 172.348 até 287.213De mais de 287.213 até 574.323

Superior a 574.323

Taxa marginal a aplicar (%)

02578

Parcela a abater (€)

01.848,145.640,239.087,1911.959,32

Taxa Única de 6%

Valor sobre que incide o IMT (€)

Até 92.407De mais de 92.407 até 126.403De mais de 126.403 até 172.348De mais de 172.348 até 287.213De mais de 287.213 até 550.836

Superior a 550.836

Taxa marginal a aplicar (%)

02578

Parcela a abater (€)

0924,07

4.716,168.163,1211.035,25

Taxa Única de 6%

g FISCALIDADE

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 13

Estão dispensadas desta obrigação as entidades que nãoexerçam atividades empresariais ou profissionais ou, exer­cendo­as, tais rendimentos não se relacionem exclusiva­mente com essas atividades, as quais podem optar pordeclarar tais rendimentos na declaração anual modelo 10.

g ATÉ AO DIA 22SEGURANÇA SOCIAL ­ REGIME GERAL ­ PAGAMENTO

Deve ser efetuado o pagamento das contribuições relativasao mês de DEZEMBRO DE 2017.

SEGURANÇA SOCIAL ­ INDEPENDENTES ­ PAGAMENTO

Deve ser efetuado o pagamento das contribuições relativasao mês de DEZEMBRO DE 2017.

FUNDOS DE COMPENSAÇÃO ­ PAGAMENTO

Deve ser efetuado o pagamento das entregas devidas aoFundo de Compensação do Trabalho (FCT) e ao Fundo deGarantia de Compensação do Trabalho (FGCT) relativas aDEZEMBRO DE 2017.

IRS/IRC ­ RETENÇÕES NA FONTE

Deve ser declarado através da Internet e entregue o IRS re­tido pelas entidades que, possuindo ou devendo possuir con­tabilidade organizada, atribuíram no mês de DEZEMBRO DE

2017 rendimentos enquadráveis nas CATEGORIAS B (empre­sariais e profissionais), E (capitais) e F (prediais).

Também as entidades, com ou sem contabilidade organizada,que tenham pago ou colocado à disposição no mês de DE­ZEMBRO DE 2017 rendimentos enquadráveis nas categorias A(trabalho dependente) e H (pensões), deverão declarar pelamesma via e entregar o IRS retido na fonte.

O mesmo se diga para as importâncias retidas no mês de DE­ZEMBRO DE 2017 sobre rendimentos sujeitos a IRC.

IMPOSTO DO SELO ­ PAGAMENTO

Deve ser declarado através da Internet e entregue pelas em­presas e outras entidades sobre quem recaia tal obrigação oimposto do selo liquidado no mês de DEZEMBRO DE 2017.

IVA ­ DECLARAÇÃO RECAPITULATIVA ­ TRANSMISSÕES INTRACOMU­NITÁRIAS

Deve ser entregue a Declaração Recapitulativa, via Internet,pelos sujeitos passivos do regime normal de periodicidademensal que em DEZEMBRO DE 2017 efetuaram transmissõesintracomunitárias de bens e ou prestações de serviços a su­jeitos passivos registados noutros Estados Membros, quandotais operações sejam aí localizadas nos termos do artº 6º doCIVA, e para os sujeitos passivos do regime normal trimestralquando o total das transmissões intracomunitárias de bens aincluir na declaração tenha no trimestre em curso (ou emqualquer mês do trimestre) excedido o montante de € 50.000.

Também os sujeitos passivos isentos ao abrigo do artº 53º doCIVA que tenham efetuado prestações de serviços a sujeitospassivos registados noutros Estados Membros, em DEZEMBRO

DE 2017, quando tais operações sejam aí localizadas nos ter­mos do artº 6º do CIVA, devem proceder à entrega da Decla­ração Recapitulativa, via Internet.

IRS/IRC ­ ENTREGA DE DOCUMENTO COMPROVATIVO

DOS RENDIMENTOS PAGOS EM 2017As entidades obrigadas a efetuar a retenção total ou parcialdo imposto e que em 2017 pagaram ou colocaram à disposi­ção dos respetivos titulares, mesmo que não residentes, ren­dimentos enquadráveis nas CATEGORIAS B (empresariais e

profissionais), E (capitais), F (prediais) e/ou H (pensões)devem entregar­lhes documento comprovativo das importân­cias que lhes pagaram ou colocaram à disposição, incluindoas correspondentes a rendimentos em espécie, nele discri­minando o imposto retido na fonte, as deduções efetuadas eos rendimentos que não foram objeto de retenção na fonte.

As mesmas entidades devem possuir registo atualizado daspessoas credoras desses rendimentos, incluindo os da cate­goria A (trabalho dependente), ainda que não tenha havidolugar a retenção de imposto, de que constem, pelo menos, onome, o NIF, o código do serviço de finanças e a data e valorde cada pagamento ou dos rendimentos em espécie atribuí­dos.

Tal registo servirá posteriormente para preenchimento da De­claração Modelo 10, a ENVIAR À AT ATÉ FINAL DE FEVEREIRO, aqual, face à criação da declaração mensal de remuneraçõesem 2013, discriminará apenas os rendimentos pagos ou co­locados à disposição e respetivas retenções de imposto quenão sejam rendimentos do trabalho dependente.

O referido supra é aplicável, com as necessárias adaptações,às entidades que sejam obrigadas a efetuar retenções nafonte de IRC.

IVA ­ COMUNICAÇÃO DAS FATURAS À ATOs sujeitos passivos de IVA são obrigados a comunicar à AT,por via eletrónica, os elementos das faturas que emitiram emDEZEMBRO DE 2017.

g ATÉ AO DIA 31IMPOSTO ÚNICO DE CIRCULAÇÃO

Deve ser liquidado e pago o Imposto Único de Circulação(IUC) relativo a 2018 pelos veículos cujo aniversário de ma­trícula ocorra no mês de JANEIRO.

Os veículos novos adquiridos em 2018 devem liquidar epagar o IUC nos 30 dias posteriores ao termo do prazo legalpara o registo.

A liquidação do IUC é efetuada pelo próprio sujeito passivoatravés da Internet (obrigatório para as pessoas coletivas),podendo também sê­lo em qualquer serviço de finanças, ematendimento ao público.

IRS/IRC ­ DECLARAÇÃO MODELO 39 ­ RENDIMENTOS E RETENÇÕES

A TAXAS LIBERATÓRIAS

As entidades devedoras ou as entidades que tenham pagoou colocado à disposição dos respetivos titulares, em 2017,os rendimentos a que se refere o artigo 71.º do CIRS ouquaisquer rendimentos sujeitos a retenção na fonte a títulodefinitivo devem proceder ao envio, pela Internet, da decla­ração modelo 39.

www.materialon.pt

g FISCALIDADE

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 14

g DIVERSOS

g PRODUTOS DE PAINÉIS E DE MADEIRA LAME­LADA CRUZADA – RESISTÊNCIA AO FOGO

Publicado no JOUE de 13 de dezembro p.p., o Regulamento

Delegado (UE) 2017/2293 da Comissão, de 3 de agosto, em

vigor a partir de 2 de janeiro de 2018, estabeleceu um novo

sistema de classificação a utilizar para os produtos de ma­

deira lamelada cruzada abrangidos pela norma harmonizada

EN 16351 e os produtos de painéis de madeira lamelada

abrangidos pela norma harmonizada EN 14374 que preen­

cham as condições enunciadas nos quadros infra cumprem

os requisitos da classe de desempenho aí indicada sem ne­

cessidade de ensaios complementares, por se ter verificado

que apresentam um desempenho estável e previsível em ma­

téria de reação ao fogo desde que preencham determinadas

condições no que se refere à forma do produto, assim como

à sua instalação, densidade média e espessura.

O que faz tendo em conta o Regulamento (UE) 305/2011, de

9 de março, relativo à marcação CE de produtos de constru­

ção, e no âmbito do Regulamento Delegado (UE) 2016/364

da Comissão, de 1/7/2015, relativo ao sistema de classifica­

ção dos produtos de construção no que respeita ao desem­

penho em matéria de reação ao fogo, que se aplica aos

produtos referidos.

g MARCAÇÃO CE DE PRODUTOS DE

CONSTRUÇÃO ­ NOVA LISTAGEM

No Jornal Oficial da União Europeia

de 15 de dezembro p.p. (série C, nº

435) foi publicada a Comunicação nº

2017/C 435/03, da Comissão Euro­

peia, que atualiza a lista de normas

harmonizadas e de produtos de cons­

trução sujeitos a «Marcação CE», no âmbito do «Regula­

mento Produtos de Construção» (RPC) – Regulamento (UE)

305/2011, de 9 de março.

A nova listagem, que pode consultar em

http://eur­lex.europa.eu/legal­

content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:52017XC1215(06)&from

=PT, substitui a publicada em 11 de agosto passado.

Na mesma data foram publicadas listagens atualizadas das

normas harmonizadas no âmbito das Diretivas 2009/9/CE e

89/686/CE, que impõem, respetivamente, a marcação CE das

INSTALAÇÕES POR CABO PARA TRANSPORTE DE PESSOAS E DOS

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI).

Classes de desempenho em matéria de reação ao fogo para produtos de madeira lamelada cruzada e

produtos de painéis de madeira lamelada para paredes e tetos

Produto (1)

Produtos de madeira lamelada cruzada abrangidos

pela norma harmonizada EN 16351

Produtos de painéis de madeira lamelada abrangi­

dos pela norma harmonizada EN 14374

Descrição

do produto

Espessura mínima da

camada: 18 mm

Espessura mínima da folha:

3 mm

Densidade média

mínima (2) (kg/m3)

350

400

Espessura global

mínima (mm)

54

18

Classe (3)

D­s2, d0 (4)

D­s2, d0 (4)

(1) Aplica­se a todas as espécies e colas abrangidas pelas normas de produtos.(2) Acondicionado em conformidade com a norma EN 13238.(3) Classe indicada no quadro 1 do anexo do Regulamento Delegado (UE) 2016/364.(4) Classe válida para qualquer substrato ou caixa de ar na parte de trás.(5) É igualmente aplicável a degraus de escadas.(6) Acondicionado em conformidade com a norma EN 13238.(7) Classe indicada no quadro 2 do anexo do Regulamento Delegado (UE) 2016/364.(8) Classe válida para qualquer substrato ou caixa de ar na parte de trás.

Classes de desempenho em matéria de reação ao fogo para produtos de madeira lamelada cruzada e

produtos de painéis de madeira lamelada para pavimentos

Produto (5)

Produtos de madeira lamelada cruzada abrangidos

pela norma harmonizada EN 16351

Produtos de madeira lamelada cruzada abrangidos

pela norma harmonizada EN 16351

Produtos de painéis de madeira lamelada abrangi­

dos pela norma harmonizada EN 14374

Produtos de painéis de madeira lamelada abrangi­

dos pela norma harmonizada EN 14374

Produtos de painéis de madeira lamelada abrangi­

dos pela norma harmonizada EN 14374

Descrição

do produto

espessura mínima da ca­

mada de 18 mm e com a ca­

mada superficial em pinho

espessura mínima da ca­

mada de 18 mm e com a ca­

mada superficial em abeto

com uma espessura mínima

da folha de 3 mm e com a

camada superficial em pinho

com uma espessura mínima

da folha de 3 mm e com a

camada superficial em pinho

com uma espessura mínima

da folha de 3 mm e com a

camada superficial em abeto

Densidade média

mínima (6) (kg/m3)

430

400

480

430

400

Espessura global

mínima (mm)

54

54

15

20

15

Classe (7)

DFL­s1 (8)

DFL­s1 (8)

DFL­s1 (8)

DFL­s1 (8)

DFL­s1 (8)

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 15

g MARCAÇÃO CE DE PRODUTOS CONSTRUÇÃO

­ DOCUMENTOS DE AVALIAÇÃO EUROPEUS

No Jornal Oficial da União Europeia de 15 de dezembro (série

C, nº 435) foi publicada a Comunicação nº 2017/C 435/07, da

Comissão Europeia, que em execução do Regulamento (UE)

305/2011, de 9 de março («Regulamento Produtos de Cons­

trução», RPC) e em conformidade com o seu artigo 22º,

atualiza a lista das referências dos Documentos de Avaliação

Europeus (DAE) relativos a alguns produtos de construção.

Os DAE são documentos elaborados e aprovados pela Or­

ganização Europeia de Avaliação Técnica (OEAT) na sequên­

cia de pedido de avaliação técnica europeia apresentado por

um fabricante para qualquer produto de construção não

abrangido parcial ou totalmente por normas harmonizadas,

para o qual o desempenho relativamente às suas caracterís­

ticas essenciais não possa ser integralmente avaliado de

acordo com uma norma harmonizada existente (…).

As disposições do Regulamento (UE) 305/2011 prevalecem

sobre eventuais disposições contrárias nos Documentos de

Avaliação Europeus.

A nova listagem, que pode consultar em

http://eur­lex.europa.eu/legal­

content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:52017XC1215(10)&from

=PT, substitui todas as anteriores publicadas no JOUE (a úl­

tima foi publicada no JOUE de 10 de novembro p.p.).

g MORADA ÚNICA DIGITAL

­ SERVIÇO PÚBLICO DE NOTIFICAÇÕES

Em execução do Decreto­Lei 93/2017, de 1 de agosto, que

criou a morada única digital e o Serviço Público de Notifica­

ções Eletrónicas (SPNE) associado à morada única digital, a

Portaria 365/2017, de 7 de dezembro regulamenta este ser­

viço, definindo:

a) O sítio da Internet (acessível através do Portal do Ci­

dadão) e a aplicação móvel a partir dos quais é possível

aceder ao sistema informático de suporte ao SPNE;

b) O sistema e os termos de adesão ao SPNE por parte

das pessoas a notificar e respetivos mecanismos de au­

tenticação;

c) O mecanismo seguro de confirmação da titularidade

efetiva do endereço de correio eletrónico escolhido;

d) O mecanismo de reencaminhamento das notificações

eletrónicas para a morada única digital da pessoa a noti­

ficar, bem como a respetiva periodicidade, no caso de im­

possibilidade de entrega da mesma;

e) A definição dos sistemas e dos mecanismos de intero­

perabilidade utilizados, incluindo os dados usados através

do mecanismo de federação de identidades;

f) A definição de canais de envio de alertas relativos ao

envio de notificações.

Lembramos que a morada única digital visa colmatar a au­

sência de morada digital fidelizada que permita o envio de no­

tificações com eficácia jurídica. Assim, todas as pessoas

singulares e coletivas, nacionais e estrangeiras, passam a ter

direito a fidelizar um único endereço de correio eletrónico para

toda a Administração Pública, podendo os interessados fide­

lizar esse endereço de forma eletrónica ou presencial, indi­

cando o serviço de correio eletrónico que já utilizam. Esse

endereço de correio eletrónico fidelizado constituirá, pois, a

morada única digital, que será utilizada para o envio das no­

tificações eletrónicas, e que equivale, neste domínio, ao do­

micílio e à sede as pessoas singulares e coletivas.

A adesão ao serviço é inteiramente voluntária e gratuita para

as pessoas singulares e

coletivas a notificar. E é

igualmente facultativa

por parte das entidades

públicas da administra­

ção direta e indireta do

Estado que o queiram

passar a utilizar, bem

como pelas entidades

que legalmente sejam

competentes para ins­

taurar processos de contraordenação, processar contraorde­

nações ou aplicar coimas e sanções acessórias a pessoas

singulares e coletivas.

g TARIFAS REGULADAS DE VENDA DE ELETRI­CIDADE ATÉ FINAL DE 2020

A Portaria 364­A/2017,

de 4 de dezembro, pro­

longou até 31 de de­

zembro de 2020 a data

limite (o próximo dia

31…), relativa à obriga­

toriedade de forneci­

mento de eletricidade,

pelos comercializado­

res de último recurso, a

clientes finais com consumos em alta tensão (AT), média ten­

são (MT) e baixa tensão especial (BTE) que não tenham con­

tratado no mercado livre o seu fornecimento.

Até à mesma data já havia sido prolongado o prazo para ex­

tinção das tarifas transitórias relativamente ao fornecimento

de eletricidade aos clientes em baixa tensão normal (BTN) e

ao fornecimento de gás natural a todos os clientes finais, do­

mésticos ou industriais (Portarias 39/2017, de 26/1, e

144/2017, de 24/4, respetivamente).

g ACORDO UE ­ CANADÁ

Foi aprovado e ratificado, respetivamente pela Resolução da

Assembleia da República 274­A/2017 e pelo Decreto do Pre­

sidente da República 155­A/2017, ambos de 21 de dezembro,

o Acordo Económico e Comercial entre o Canadá e a União

Europeia e seus Estados­Membros, assinado em 30/10/2016

em Bruxelas.

g DIVERSOS

gCÓDIGO DOS CONTRATOS PÚBLICOS –ANÚNCIOS E DOCUMENTOS HABILITANTES

A Portaria 371/2017, de 14 de dezembro, aprovou os modelos

de anúncio aplicáveis aos procedimentos pré­contratuais pre­

vistos no Código dos Contratos Públicos (CCP).

O preenchimento dos formulários dos anúncios, para publi­

cação no Diário da República ou no Jornal Oficial da União

Europeia, é realizado no portal do Diário da República Ele­

trónico, gerido pela Imprensa Nacional­Casa da Moeda

(INCM), fazendo­se o acesso aos mesmos mediante autenti­

cação da entidade adjudicante, previamente acreditada pela

INCM.

Os anúncios em causa são também disponibilizados pelas

plataformas eletrónicas de contratação pública em local de

acesso livre a todos os potenciais interessados.

Por seu lado, a Portaria 372/2017, da mesma data, define as

regras e os termos de apresentação dos documentos de ha­

bilitação do adjudicatário no âmbito de procedimentos de for­

mação de contratos públicos, quer em contratos de locação

ou aquisição de bens móveis e de aquisição de serviços, quer

em contratos de empreitada ou de concessão de obras pú­

blicas, estabelecendo ainda o respetivo idioma e o modo de

apresentação, incluindo por agrupamentos.

gPROGRAMA INTERNACIONALIZAR

Através da Resolução do Conselho de Ministros 189/2017,

de 6 de dezembro, o Governo aprovou o Programa Interna­

cionalizar, com o objetivo de aumentar as exportações de

bens e serviços, de modo a atingir um volume de exportações

equivalente a 50% do PIB na primeira metade da próxima dé­

cada, aumentar o número de exportadores, promover a diver­

sificação dos mercados de exportação, incrementar os níveis

de investimento nacional e estrangeiro, fomentar o aumento

do valor acrescentado nacional e promover uma maior e me­

lhor articulação entre os vários agentes envolvidos nos pro­

cessos de internacionalização da economia portuguesa.

O Programa é coordenado pela AICEP e fica sob a alçada

política do Ministério dos Negócios Estrangeiros (Secretaria

de Estado da Internacionalização).

https://dre.pt/application/conteudo/114311300

gAFETAÇÃO DE IMÓVEIS PÚBLICOS AO FUNDONACIONAL DE REABILITAÇÃO DO EDIFICADO

O Decreto­Lei 150/2017, de 6 de dezembro, aprovou o re­

gime especial de afetação de imóveis que não estão a ser uti­

lizados (prédios urbanos, mistos ou frações autónomas) do

domínio privado da administração direta e indireta do Estado,

incluindo institutos públicos, empresas públicas, instituições

do ensino superior e outras entidades públicas, ao Fundo Na­

cional de Reabilitação do Edificado (FNRE), fundo de inves­

timento imobiliário especial criado pelo governo em setembro

de 2016 para reabilitar e colocar no mercado de arrenda­

mento edifícios com rendas acessíveis à classe média.

Assim, até 30 de março de cada ano os serviços do Estado

passam a ser obrigados a enviar à FUNDIESTAMO – Socie­

dade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, que

gere o FNRE, uma lista dos imóveis que podem ser transfe­

ridos para o Fundo. Esta identifica aqueles que têm potencial

para serem integrados no FNRE, faz em 6 meses a análise

da respetiva viabilidade para decidir se devem ou não ser in­

tegrados no Fundo, considerando para o efeito os custos de

reabilitação e as potencialidades de aproveitamento

gAVALIAÇÃO DE IMPACTE AMBIENTAL

O Decreto­Lei 152­B/2017, de 11 de dezembro, transpôs para

o Direito nacional a Diretiva 2014/52/UE, de 16 de abril, al­

teando pela 4.ª vez o Decreto­Lei 151­B/2013, de 31 de ou­

tubro, que aprovou o regime jurídico da avaliação de impacte

ambiental dos projetos públicos e privados suscetíveis de pro­

duzirem efeitos significativos no ambiente.

gECONOMIA CIRCULAR

A Resolução do Conselho de Ministros 190­A/2017, de 11 de

dezembro, aprovou o Plano de Ação para a Economia Circu­

lar em Portugal (PAEC), conceito que é visto como um ele­

mento­chave para promover a dissociação entre o

crescimento económico e o aumento no consumo de recursos

e que assenta na prevenção, redução, reutilização, recupe­

ração e reciclagem de materiais e energia, substituindo o con­

ceito de «fim­de­vida» da economia linear por novos fluxos

circulares de reutilização, restauração e renovação, num pro­

cesso integrado.

Procura­se com o PAEC o desenvolvimento de novos produ­

tos e serviços economicamente viáveis e ecologicamente efi­

cientes, radicados em ciclos idealmente perpétuos de

reconversão a montante e a jusante, minimizando a extração

de recursos, a maximização da reutilização, o aumento da efi­

ciência e o desenvolvimento de novos modelos de negócios.

A promoção e a supervisão do PAEC é assegurada pela Co­

missão Interministerial do Ar e das Alterações Climáticas.

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 16

g DIVERSOS