matéria de capa - correção de contratos - edição 01 da revista da instalação

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REVISTA DA INSTALAÇÃO 16 Foto: DollarPhotoClub WWW.FACEBOOK.COM/REVISTADAINSTALACAO WWW.REVISTADAINSTALACAO.COM.BR MATÉRIA DE CAPA | Indicador para a correção de contratos

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Page 1: Matéria de capa - Correção de contratos - Edição 01 da Revista da Instalação

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Revista da instalaçÃO 17

por MarCos orsolon

Novo parâmetro para a correção de contratos

Depois de muito trabalho em parceria com a Fundação Getúlio Vargas,

Sindinstalação apresenta ao mercado uma fórmula paramétrica para servir de

base às correções de contratos entre as instaladoras e seus clientes.

Sindinstalação introduces to the market a parametric formula that will be useful for the installation companies to adjust the contracts between them and the contractors. But, in order to use this resource, it is necessary to explain in more detail its advantages for companies.

Sindinstalação presenta al mercado una fórmula paramétrica que formará la base para que las empresas de instalación puedan ajustar sus contratos de servicio con los contratistas. Pero, para que ese recurso sea adoptado, es necesario explicar en detalle sus ventajas para las empresas.

Em qualquer ramo de atividade, estipular preços justos, competitivos e que reflitam a realidade dos serviços prestados é condição de extrema importância para o sucesso e evolução dos ne-

gócios. Da mesma forma, buscar mecanismos de correção de contratos que correspondam à evolução dos custos, com o maior nível de fidelidade possível, também é fun-damental, especialmente em situações em que a parceria é de médio ou longo prazo.

Afinal, é essa correção que vai garantir que a empre-sa contratada não ‘perca dinheiro’ com o passar dos me-ses e anos e que a contratante, de outro lado, não pague além do que imaginava. Em outras palavras, o indicador de reajuste de um contrato, seja ele qual for, deve ser justo para os dois lados, de modo que todos fiquem satisfeitos.

Atenta à necessidade das instaladoras terem à disposi-ção um indicador que fosse referência para o reajuste dos contratos com seus clientes, com alto nível de fidelidade

Ano I Edição 01

Abril’16

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em relação à realidade do setor, a di-retoria do Sindinstalação-SP (Sindica-to da Indústria de Instalação - SP) foi à luta. E, depois de anos de trabalho, acaba de apresentar ao mercado uma fórmula paramétrica, desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), que está 100% voltada para esta área.

Como explica José Antonio Bis-sesto, diretor-executivo do Sindinsta-lação, a iniciativa visa permitir que as empresas de instalação tenham uma melhor gestão de seus contratos, com orçamentos mais equilibrados e par-ticipação justa nas licitações. “O Sin-dinstalação ouviu as suas associadas e identificou a necessidade de um pro-jeto que viabilizasse conhecer a varia-ção dos custos dos insumos inseridos nas obras de instalações. Esse projeto evoluiu, até a criação de uma fórmula paramétrica que permite se chegar a um índice mensal destas variações”, comenta Bissesto, lembrando que, entre a ideia, a ação e a conclusão do trabalho, foram quase cinco anos. “In-cluídos aí a etapa de maturação e es-tudos feitos pela diretoria da entidade e associadas convidadas, que teve sua conclusão em janeiro de 2016”.

Além de alguns membros da dire-toria do Sindinstalação e dos especia-listas da FGV IBRE, responsável pela criação da fórmula paramétrica, par-ticiparam do trabalho os membros do Comitê Setorial de Instalações Eletro-mecânicas (GSEL) e várias empresas associadas do sindicato, que respon-deram uma pesquisa antes de se che-gar à fórmula.

Foram membros coordenadores: José Silvio Valdissera, presidente do Sindinstalação e sócio da Hidrelplan Engenharia e Comércio; José Antonio Bissesto, diretor-executivo do sindicato; Fernando Belotto, representante da Her-sa Engenharia e Serviços; Ivan Silva, da Sanhidrel Cimax Engenharia, e Ramon Olmos, da FR Instalações e Construções.

Ana Maria Castelo, economista da FGV IBRE, dá uma explicação de ordem prática em relação à opção pela fórmu-la, que tem a ver com os custos. Ela revela que o índice tem um custo bem maior (na comparação com a fórmula paramétrica) e exige um esforço muito grande de coleta de informações. Isso porque a questão não é apenas mon-tar o índice e uma cesta de produtos a ele relacionada. Há todo um processo após a sua criação em que, mensal-mente, há a necessidade de se coletar novas informações.

“Isso gera um trabalho grande e

um custo alto. Já na fórmula paramé-trica é um pouco diferente. Você cria uma cesta de insumos, assim como fa-

iniciativa visa permitir que as empresas de instalação tenham uma

melhor gestão de seus contratos, com orçamentos mais equilibrados e

participação justa nas licitações.José antonio Bissesto

SinDinStalação

Por que uma fórmula paramétrica e não um

índice setorial?

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ria para o índice, mas estabelece a cor-relação dessa cesta com os indicadores já existentes, que são alguns índices que a FGV já possui. Ou seja, você já tem esses índices prontos, o que eli-mina o trabalho de coleta. Essa é uma diferença muito significativa, que ex-plica o custo menor para se trabalhar com a fórmula paramétrica”, observa Ana Maria.

No caso particular da fórmula vol-tada para o mercado das instaladoras, a economista da FGV comenta que, o primeiro passo, foi elaborar em conjun-to com o Sindinstalação um trabalho para se chegar a uma cesta de insu-mos, que seriam correspondentes aos custos do setor.

Para este fim, se elaborou um ques-tionário que foi distribuído entre as em-presas instaladoras associadas ao sin-

dicato, que o responderam indicando, dado à sua estrutura de projeto, quais as ponderações de cada item daquela cesta, em seu caso particular.

“Recebemos as informações das empresas e foi feito um trabalho em que ponderamos, dentro da estrutura de cada instaladora, o peso de cada

tipo de obra (comercial, industrial e residencial). Depois, fizemos a pon-deração do resultado da empresa de acordo com a participação dela dentro do conjunto amostral. Ou seja, a gente tinha a relação dos insumos e o peso de cada um deles no que seria a cesta representativa dos custos do setor de instalações. Assim, criamos uma cesta média, onde temos os itens e o seu peso nos custos”, descreve Ana Maria.

Mas como identificar os percentu-ais de elevação de cada produto que compõe a cesta média das empresas instaladoras?

É nessa hora que entram os índices que a FGV já possui. “Uma vez estabe-lecida a cesta de insumos, temos como fazer as correspondências de cada item com os indicadores da FGV. Por exem-

A fórmula paramétrica representa um avanço enorme e um ganho tanto para as instaladoras, quanto para quem está contratando.

Equilíbrioa fórmula criada pela FGV

considera o peso de cada produto nos custos das instaladoras.

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plo: na cesta estão os tubos e cone-xões de PVC. Eu tenho um índice da FGV, que é o INCC-DI (Índice Nacional de Custo da Construção), onde esse

componente aparece. Outro exemplo: fios e cabos de cobre. Tenho um item da FGV onde esse item também apare-ce, é pesquisado. Então, temos índices na FGV que nos permitiram estabele-cer correspondências com a cesta do Sindinstalação”, comenta Ana Maria.

E ela completa: “Eu tinha os pe-sos, estabeleci essa correspondência e pudemos montar uma série histórica, onde tivemos a oportunidade de fazer as comparações do índice resultante dessa fórmula paramétrica, com ou-tros indicadores. E o resultado foi mui-to interessante, porque as comparações mostraram que, de fato, se justifica ter

um indicador próprio para as instalado-ras, no caso a fórmula paramétrica. Isso porque há momentos em que a fórmula caminha mais próxima a outros índices setoriais, como o INCC-DI, mas há ou-tros em que, por conta do peso maior de alguns itens, há um descolamento. Então, a fórmula paramétrica dá uma maior aderência dos contratos aos cus-tos efetivos das empresas”.

Em outras palavras, chegou-se a uma fórmula customizada ao seg-mento de instalações. E, a partir do seu lançamento, que deverá ocorrer no segundo semestre desse ano, basta fazer o acompanhamento mensal. “A cada mês, quando os indicadores da FGV forem sendo divulgados, a gente terá os pesos da fórmula paramétrica

a fórmula paramétrica dá uma maior aderência dos contratos aos custos efetivos das empresas instaladoras.ana Maria Castelo FGV ibrE

tranSparênciaa correção dos contratos através da nova fórmula torna mais justa

a relação entre instaladoras e clientes.

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Cesta de insumos da fórmula paramétrica e seu peso nos

custos das instaladorasGrupo de produtos peso (%)

Acessórios de combate a incêndio (bicos, hidrantes, etc.) 3,03

Acessórios de fixação 2,63

Barramento blindado de alumínio 5,50

Barramento blindado de cobre 1,67

Bombas e sistemas de pressurização em geral 3,87

Conduletes e caixas em geral 2,07

Eletrocalhas, leitos e perfilados de aço 3,49

Eletrodutos de aço 3,32

Eletrodutos de PVC 1,40

Fios e cabos de cobre 15,44

Grupo gerador (caso seja utilizado) 3,67

Painéis de Média e Baixa Tensão 16,41

Tomadas e interruptores 2,26

Transformadores 5,11

Tubos e conexões de aço carbono 7,17

Tubos e conexões de aço inox 0,79

Tubos e conexões de cobre 4,07

Tubos e conexões de ferro fundido 2,54

Tubos e conexões de PVC 6,15

Válvulas, manômetros, etc. 2,70

Outros materiais 6,71

ToTal 100

e, com isso, conseguiremos chegar no que é a evolução mensal do segmen-to de instalações”, declara Ana Ma-ria, que destaca: “Isso representa um

avanço enorme e um ganho para to-das as partes envolvidas, tanto para empresas instaladoras, que terão um indicador que vai refletir melhor os

seus custos, quanto para quem está contratando, pois o contratante não tem interesse em ter um índice desco-lado da realidade”.

Nova etapa inclui divulgação da fórmula paramétrica

Uma vez definida a fórmula para-métrica, a tendência natural é que te-nha início um trabalho de divulgação

da mesma, que explique seu funciona-mento e suas vantagens para instala-doras e seus clientes. “É o trabalho de

convencimento das empresas que vão fazer os contratos. É explicar: olha, é melhor ter como indexador um índice que realmente reflita os custos seto-riais, do que outro que não significa muita coisa para as instaladoras” res-salta a economista da FGV.

Segundo José Antonio Bissesto, a fórmula desenvolvida pela Funda-ção Getúlio Vargas é de suma impor-tância para o setor, pois, além de ser correta, traz transparência durante as negociações entre as instaladoras e seus clientes.

Quanto à sua aplicação, o dire-tor-executivo observa que ela deve-rá ocorrer naturalmente, ao longo do tempo. Até porque, a atual situação de crise no País não favorece muito a sua adesão pelas empresas.“Como citei, trata-se de um trabalho pensa-do há cerca de cinco anos e, duran-te este período, a economia brasi-leira passou por várias nuances. Na atual conjuntura econômica, o mais importante não são os reajustes ou cada ator evidenciar seus percalços dificultando os negócios. Vivemos um momento em que, juntos, instaladora e cliente pactuam o melhor para os dois lados. O importante é cada qual saber a realidade de seus custos e tornar possível, com cautela, um bom serviço e contrato”, afirma o executi-vo do Sindinstalação.

No que tange à divulgação desse trabalho, Bissesto comenta que ela de-verá ocorrer a partir do mês de julho, tanto pelos meios de comunicação do Sindinstalação, quanto por outros ve-ículos de mídia.

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