marx. formações economicas pre-capitalistas
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MARX, Karl. Formações Econômicas Pré-capitalistas.
INTRODUÇÃO – Hobsbawm
- Marx como o profeta da ruína do capitalismo;
- Baseado em notas feitas sem objetivo de publicação entre 1857/1858.
- Ficou desconhecido até 1952.
- Não menciona o modo de produção asiático;
- GRUNDRISSE – manuscritos de Marx e Engels conhecidos postumamente;
- Esses escritos ficaram conhecidos como FORMEN, que faz parte dos Grundrisse;
- Tentativa de aplicar o materialismo histórico;
- Enfatiza a passagem de um modo de produção a outro;
- É uma tentativa de explicar a evolução das sociedades;
- Apresenta uma provável seqüência de modos de produção até chegar ao capitalismo;
- Faz referência a um modo de produção germânico (subvariedade do comunismo primitivo);
- O fascículo é introduzido por Eric Hobsbwm;
- Hipótese: os interesses materiais são quem movimentam o social;
- Contradiz o argumento burguês de que o capitalismo é o estágio mais avançado do Modo de Produção.
- Não é mencionado o modo de produção em ordem cronológica;
- Stalin ocultou o Modo de Produção Asiático, pois defendia um escravismo universal;
- As presentes notas são importantes, pois revelam o mecanismo geral de todas as transformações sociais;
- Marx se preocupa em estabelecer o mecanismo geral de todas as transformações sociais;
- As relações sociais sempre correspondem a um estágio definido de desenvolvimento das forças produtivas;
- SHUMPETER estuda Marx em dois níveis: o economista e o sociólogo;
- O materialismo histórico prevê sucessão de modos de produção, no entanto, não define quais são, nem a seqüência.
- O estudo das sociedades primitivas foi menos criterioso do que as análises feitas do sistema capitalista;
- Na época, o conhecimento das sociedades primitivas ainda estava num estágio infantil.
- Em A IDEOLOGIA ALEMÃ admitiu que etapas diversas da divisão social do trabalho correspondem a formas distintas de propriedade;
- SISTEMA COMUNAL PRIMITIVO: a) 1º Via – oriental; b) 2º Via – Antiga; c) 3º Via Germânica; 4º Via eslava.
- Cada uma representa uma forma de divisão social do trabalho.
- O objeto de estuda nas FORMEN é o sistema germânico, sub-categoria do comunismo primitivo;
- Os marxistas da segunda internacional classificam as sociedades por categorias que afirmam ser universais;
- FAMÍLIA> tribo (ainda nômades) > COMUNIDADE.
- Como membro da comunidade o indivíduo é dono da terra;
“A natureza da estrutura tribal conduz à diferenciação de grupos de parentescos superiores e inferiores”;
- O aumento populacional destrói as relações de propriedade tribal.
“A história antiga clássica é a história das cidades” p. 76.
- O antagonismo da cidade e do campo só pode existir em conseqüência da propriedade privada.
- Defende a universalização do período do comunismo primitivo. Isso significa que o homem passou a maior parte de sua história em sociedades sem classes e sem estado.
- PRESSUPOSTOS: a) as relações sociais de produção dependem do grau de desenvolvimento das forças produtivas; b) as idéias não determinam o desenvolvimento histórico, elas são produtos das relações sociais de produção; c) o capitalismo está condenado a desaparecer; d) crise: “em certa fase de seu desenvolvimento as forças produtivas entram em contradição com as relações de produção[...] abre-se então uma era de revolução social”.
- COMUNISMO PRIMITIVO: propriedade comum dos meios de produção; exploração coletiva dos recursos e terras;
- Marx quis desmentir o fato de a propriedade privada ser inerente ao homem;
- Foi assim devido à incapacidade do homem diante da natureza hostil;
- A transição foi estudada por Marx através de “pálidos esboços”;
- A transição é movida pelas condições materiais e não ideológicas;
- A sociedade sem classe se caracterizava por ser nômade;
- MODO DE PRODUÇÃO ASIÁTICO: a) foi identificado por Marx na Ásia, no entanto, não estava limitada a essa região; b) surge quando há necessidade coletiva para superar um obstáculo natural à sobrevivência; c) as grandes obras exigiam conhecimentos técnicos e coordenação nos trabalhos – surgem os especialistas (origem dos aristocratas); d) o aumento da diferenciação social ocasionou o surgimento do Estado (apropriação do excedente); e) a necessidade de melhor cultivar a terra, mais o excesso da pressão fiscal dá lugar à propriedade privada.
- MODO DE PRODUÇÃO ESCRAVISTA: a) resultou-se do desenvolvimento das forças produtivas em regiões onde um povo tinha conquistado outro; b) fundado sobre a pilhagem e exploração dos povos conquistados; c) Em Roma, o poder político está na casta militar triunfante;
- FIM DO IMPÉRIO: a) fim da expansão (II d. C); b) primeiros derrotados III d.c; c) revoltas internas; d) dificuldade administrativa; e) alta dos preços dos escravos; f) o escravismo só é compatível com uma produtividade baixa do trabalho;
“A Grécia não inventa o escravismo, mas a escravidão”.
“Na idade média houve o fim da escravidão e não do escravismo”.
- MODO DE PRODUÇÃO FEUDAL: a) nasceu da decadência de Roma; b) tem na servidão a base da economia; c) foi fruto de uma transição que durou SETE SÉCULOS (300 a 1000 d.C);
- Ambas as comunidade tribal germânica e sociedade escravista podem ter desembocado no feudalismo;
- Nenhuma formação social desaparece antes que se desenvolvam todas as forças produtivas que a ela contestam;
- Sob a pressão das forças produtivas, as bases da nova sociedade começam a se desenvolver no seio da antiga;
- O feudalismo pode ser encontrado no seio do império romano. OBS: acho que não, pois com uma transição de sete séculos, desfez qualquer resquício romano.
- CRISE: exige-se o salto histórico; a classe dominante não pode mais controlar o quadro geral das contradições. a) desagregação das formas ideológicas reinantes no seio da sociedade antiga; b) guerras entre frações da classe dominante; c) intensificação das lutas de classe; d) desenvolvimento do estado.
- A ideologia dominante é a da classe dominante. A ideologia é aceita até o momento em que satisfaz a necessidade;
“O modo de produção da vida material condiciona o processo da vida social, política e espiritual em geral”
“O objetivo final de Marx é descobrir a LEI ECONÔMICA do movimento da sociedade moderna”.