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"A competição é uma excelente ponte entre a escola e a empresa. É notável a perenidade desta prova que só pela sua eficiência e dinâmica está há mais de 30 anos a criar oportunidades e desafios a estudantes e quadros” P4 “A experiência de assumir funções de responsabilidade que estão fora das funções operacionais permite aos participantes do Global Management Challenge terem, em muitos casos, uma primeira experiência do que é gerir uma empresa” P4 A trigésima segunda edição do Global Management Challenge terminou com a vitória da formação Alumnigmc Críticos, formada por três antigos par- ticipantes desta competição, quadros da Critical Manufacturing. Não foi fá- cil obter este resultado. A equipa che- gou ao primeiro lugar na quarta deci- são, posição que conseguiu manter na quinta e última decisão, o que determi- nou a sua vitória. Em abril, os vencedo- res vão representar Portugal na final internacional, na Ucrânia. Aí vão en- frentar mais 39 países, na luta pelo tí- tulo internacional. Além de Portugal, o Global Manage- ment Challenge está presente em paí- ses dos cinco continentes. Interna- mente registou nesta edição 640 equi- pas e para o próximo ano conta com três novos patrocinadores; a Rands- tad, Essilor e a Central de Cervejas. Fora do território nacional a competi- ção conseguiu entrar este ano num mercado há muito ambicionado, os Estados Unidos da América. Tem tam- bém registado uma grande expansão em África. Durante a cerimónia de entrega de prémios aos primeiros classificados, a organização do Global Management Challenge aproveitou a ocasião para distinguir a Accenture e a TAP Portu- gal respetivamente como patrocinado- ra e apoiante do ano. A companhia aé- rea apoia este evento desde o seu iní- cio. Além dos elementos das equipas o jantar de gala contou com a presença de diversas individualidades do mun- do empresarial e académico nacional. Equipa Alumnigmc Críticos vence final nacional Acompetiçãofoirenhida,masduranteasemifinaleafinalreinouoconvívioeaboadisposiçãoentreosparticipantesquedisputaramotítulodecampeãonacional Expresso DavidMorais,JoãoCortez eAdélioFernandes sãoostrêselementosda formaçãovencedora FOTO NUNO BOTELHO A formação campeã foi a melhor das 640 equipas que se inscreveram nesta edição João Lima (Essilor) Este caderno faz parte integrante do Expresso nº 2041 de 10 de dezembro de 2011, não podendo ser vendido separadamente Mário Costa (Randstad) Expresso, 10 de dezembro de 2011 ECONOMIA I

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Page 1: Expresso · Marques, da Somitel. “Sensibilizou-me para diversos aspetos da gestão e para a necessidade de tomar decisões rápidas”, A, A competição. entre a escola e a empresa

"A competição é umaexcelente ponte entre aescola e a empresa. Énotável a perenidade destaprova que só pela suaeficiência e dinâmica está hámais de 30 anos a criaroportunidades e desafios aestudantes e quadros” P4

“A experiência de assumirfunções de responsabilidadeque estão fora das funçõesoperacionais permite aosparticipantes do GlobalManagement Challengeterem, em muitos casos,uma primeira experiência doque é gerir uma empresa” P4

A trigésima segunda edição do GlobalManagement Challenge terminoucom a vitória da formação AlumnigmcCríticos, formada por três antigos par-ticipantes desta competição, quadrosda Critical Manufacturing. Não foi fá-cil obter este resultado. A equipa che-gou ao primeiro lugar na quarta deci-são, posição que conseguiu manter naquinta e última decisão, o que determi-

nou a sua vitória. Em abril, os vencedo-res vão representar Portugal na finalinternacional, na Ucrânia. Aí vão en-frentar mais 39 países, na luta pelo tí-tulo internacional.

Além de Portugal, o Global Manage-ment Challenge está presente em paí-ses dos cinco continentes. Interna-mente registou nesta edição 640 equi-pas e para o próximo ano conta com

três novos patrocinadores; a Rands-tad, Essilor e a Central de Cervejas.Fora do território nacional a competi-ção conseguiu entrar este ano nummercado há muito ambicionado, osEstados Unidos da América. Tem tam-bém registado uma grande expansãoem África.

Durante a cerimónia de entrega deprémios aos primeiros classificados, a

organização do Global ManagementChallenge aproveitou a ocasião paradistinguir a Accenture e a TAP Portu-gal respetivamente como patrocinado-ra e apoiante do ano. A companhia aé-rea apoia este evento desde o seu iní-cio. Além dos elementos das equipas ojantar de gala contou com a presençade diversas individualidades do mun-do empresarial e académico nacional.

Equipa Alumnigmc Críticosvence final nacional

A competição foi renhida, mas durante a semifinal e a final reinou o convívio e a boa disposição entre os participantes que disputaram o título de campeão nacional

Expresso

David Morais, João Corteze Adélio Fernandes

são os três elementos daformação vencedora

FOTO NUNO BOTELHO

A formação campeãfoi a melhordas 640 equipasque se inscreveramnesta edição

JoãoLima(Essilor)

Este caderno faz parte integrante do Expresso nº 2041de 10 de dezembro de 2011, não podendo ser vendido separadamente

MárioCosta(Randstad)

Expresso, 10 de dezembro de 2011 ECONOMIA I

Page 2: Expresso · Marques, da Somitel. “Sensibilizou-me para diversos aspetos da gestão e para a necessidade de tomar decisões rápidas”, A, A competição. entre a escola e a empresa

Texto Maribela Freitas

Fotos Nuno Fox

Aedição de 2011 do Glo-bal Management Chal-lenge agregou 640equipas. Destas ape-nas 20 estiveram pre-sentes na semifinalrealizada no dia 28 denovembro, onde fo-ram selecionadas as oi-

to que no dia seguinte disputaram a final.No Fórum Picoas, em Lisboa, local ondeas formações competiram, a incertezaquanto aos resultados era visível. Duran-te o último dia de prova as equipas tive-ram de tomar cinco decisões. Regista-ram-se grandes oscilações na cotação dasações das empresas geridas pelas forma-ções e nas suas posições no ranking. Foiapenas à beira do fim, na quarta decisãoque a equipa vencedora, Alumnigmc Crí-ticos, chegou ao topo. Lugar que conse-guiu manter no final da prova, na quintae última decisão, o que ditou o seu desti-no na competição.

“Passámos por momentos em que duvi-dámos que conseguiríamos vencer”, con-fessou Adélio Fernandes, líder da equipaAlumnigmc Críticos, na cerimónia de en-trega de prémios que se realizou na noitede 29 de novembro, no Hotel Ritz. O his-tórico com que trabalharam na final foiigual ao da semifinal. “Foi uma dificulda-de acrescida. O nosso principal competi-dor tinha estado no mesmo grupo quenós e conhecia a nossa estratégia, o quenos obrigou a fazer algumas mudanças”,explicou Adélio Fernandes, sem adiantarmuito mais da estratégia utilizada.

Os três jovens quadros que compõem aequipa campeã não são estreantes nestaslides. Já participaram noutras edições dacompetição, tendo vencido por duas ve-zes a final nacional. No entanto e na quali-dade de Alumnigmc — equipa em que olíder é obrigatoriamente um antigo parti-cipante —, esta é a sua primeira vitória.No resultado obtido a experiência não foideterminante, uma vez que das oito equi-pas finalistas, várias tinham experiênciaem finais nacionais. A Alumnigmc Críti-cos prepara-se agora para representarPortugal na final internacional, agenda-

da para abril do próximo ano, na cidadede Kiev, na Ucrânia. Vai defrontar 39 paí-ses oriundos dos cinco continentes. “Éuma responsabilidade enorme represen-tar o nosso país. O nível das equipas nes-te evento é muito elevado e essa é umadificuldade na obtenção do título”, refe-riu Adélio Fernandes.

Em segundo lugar ficou a equipa PTMoney Makers, formada por quadros daPortugal Telecom. Na manhã da final re-velavam estar a corrigir alguns erros rea-lizados no dia anterior. “Queremos ir aKiev”, confessou Nuno Pimenta, líder des-ta equipa. Foi por uma diferença de 62pontos que não conseguiram cumprir es-se objetivo. Em contrapartida a equipaAlumnigmc Golden Bonds, que ficou emterceiro lugar, vai a Kiev acompanhar osvencedores, por ter sido a equipa Alum-nigmc com melhor classificação, sem con-tar com o primeiro lugar.

Em quarto lugar ficou a equipa mistaIAPMEI/CH Consulting Feuc. Recebeuum prémio do IAPMEI por ter sido aPME mais bem classificada na competi-ção. Em quinto ficou a formação CGD Es-tarreja, seguida da equipa Alumnigmc_I-

ronic. O sétimo lugar foi para a BIC Gest,constituída por quadros deste banco. Nu-no Cortez, líder da formação, explicavana final nacional que “acho interessanteestar do lado das empresas a gerir as va-riáveis da realidade empresarial e a im-plementar alguns dos conselhos que da-mos aos nossos clientes de como devemgerir os seus negócios na perspetiva demelhorarem os seus resultados”. Por últi-mo e em oitavo no ranking, ficou a equi-pa Intrum Justitia/Xavier. Das oito equi-pas presentes na final, metade eram for-madas por quadros e as restantes mistas,ou seja, integraram estudantes e qua-dros. Das Alumnigmc, duas eram mistase uma de quadros. Espaço de aprendiza-gem, as equipas aproveitaram os dias decompetição para trocarem experiências,ideias e conhecimentos entre si.

Durante o jantar de gala Francisco Pin-to Balsemão, presidente da Impresa Pu-blishing aproveitou a ocasião para reve-lar que a competição está a crescer den-tro e fora de Portugal. A edição de 2012vai contar com três novos patrocinadorese internacionalmente a competição en-trou este ano nos EUA.

A FORMAÇÃOVENCEDORA VAIREPRESENTARPORTUGAL A NÍVELINTERNACIONAL,EM ABRIL DOPRÓXIMO ANO, NACIDADE DE KIEV,NA UCRÂNIA

A oscilação de resultados e posições foi uma constante na final

Uma vitória renhida

Na semifinal do Global Management Challenge estiveram presentes20 equipas, das quais apenas oito figuraram na final que decorreuno Fórum Picoas. Mas todas estiveram presentes no jantar de galade entrega de prémios, realizado no Ritz, e conviveram com diversaspersonalidades da vida empresarial e académica nacional

VEJA A REPORTAGEM VÍDEO DA ENTREGA DEPRÉMIOS EM www.expresso.pt/worldgmc

Lisboa Foi o local escolhido para acolher a 32ª final nacional do Global Management Challenge que integrouequipas de quadros, estudantes, mistas e de Alumnigmc. Uma formação de antigos participantes sagrou-se campeã

COMPETIÇÃO

II ECONOMIA

Expresso, 10 de d

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A gala de entrega de prémios da final na-cional do Global Management Challenge2011 foi a ocasião escolhida pela organiza-ção da competição para premiar a Accen-ture e a TAP Portugal, respetivamente co-mo patrocinador e apoiante do ano. JoséGalamba de Oliveira, presidente da Ac-centure Portugal, e Fernando Pinto, pre-sidente da TAP Portugal, receberam osprémios e explicaram o porquê do envol-vimento das suas empresas nesta provade estratégia e gestão.

A Accenture tem como princípio valori-zar todas as oportunidades de contactodireto com os seus candidatos de forma aconquistar e reter os melhores talentos.Na perspetiva de José Galamba de Olivei-ra, “o envolvimento no Global Manage-ment Challenge constitui uma dessas oca-siões ao permitir o contacto direto commuitos estudantes universitários e profis-sionais que neste desafio têm a possibili-dade de interagir de forma próxima comas realidades associadas ao mundo da ges-tão e apreender uma série de conceitos,imprescindíveis para futuros profissio-nais”. Tanto assim é que a competição jáé parte integrante da estratégia de recru-tamento da Accenture Portugal. E a con-sultora estendeu também o seu patrocí-nio a Angola.

Para a Accenture, receber este galar-dão de patrocinadora do ano é um reco-nhecimento do empenho que a empresatem depositado nesta prova portuguesaao longo dos anos. José Galamba de Oli-veira explicou que “a grande visibilidadeassociada a esta competição a nível nacio-nal e internacional e o impacto que esteprémio pode ter na reputação da Accen-ture enquanto organização responsávelque aposta na educação e na formação de

alto desempenho, são também fatoresque se revestem de particular importân-cia para nós”.

Também para a TAP Portugal é impor-tante ser distinguida como apoiante doano do Global Management Challenge.Fernando Pinto lembrou que “quando ini-ciámos o apoio à competição esta estavaa dar os primeiros passos. É com grandeentusiasmo que acompanhámos o seucrescimento internacional num mundocada vez mais global. Tal como a TAP es-te desafio está presente em mais de 30países e em cinco continentes o que sópor si é revelador da grande força e matu-

ridade deste projeto”. Para Fernando Pin-to, o Global Management Challenge éum importante instrumento de treinoque permite desenvolver várias compe-tências, permitindo aos participantes con-tactarem com o mundo empresarial, oque os leva a ter uma visão mais alargadae estratégica das organizações e dos negó-cios. Salienta ainda o esforço que a orga-nização tem feito ao longo dos anos paramelhorar esta prova de estratégia e ges-tão. O contacto que permite entre o mun-do empresarial e o académico é na opi-nião do presidente da companhia aéreamais um ponto a favor desta iniciativa.

O Global Management Challenge contacom 32 anos de história. Durante este pe-ríodo centenas de estudantes e quadrosde empresas já passaram por esta expe-riência formativa. Oito individualidadesque estiveram presentes na cerimónia deentrega de prémios da presente edição re-velaram o impacto que a participação nes-te evento teve nas suas vidas.

“Integrar o Global Management Chal-lenge ensinou-me a trabalhar em equipae a liderar em situações difíceis”, contouJoão Oliveira, managing partner da Expe-rience Point Services. Já Nuno Soares, di-retor-financeiro da Konica Minolta, con-tou que a principal vantagem que retiroufoi a preparação que recebeu para a vidalaboral, tendo integrado o desafio à saídada faculdade. “Faz a ligação entre a vidaacadémica e profissional e funciona co-mo potenciador de uma carreira”, afir-

mou. Também Vasco Falcão, diretor-ge-ral da Konica Minolta, participou na com-petição à saída da faculdade. “Foi o pri-meiro jogo de simulação em que apliqueio que tinha aprendido na licenciatura”,revelou. Tempos depois ingressou na Ko-nica Minolta onde voltou a participar. Es-ta segunda experiência “permitiu-me re-conhecer dentro da minha equipa pes-soas com elevado potencial, algumas de-las ainda hoje trabalham comigo”.

Como diretor de recursos humanos daLogica, João Antunes considera que umcandidato a um emprego que tenha nocurrículo uma participação no Global Ma-nagement Challenge mostra que tem ape-tência para este tipo de áreas que necessi-tam de uma visão ampla e alargada doque é mundo da gestão. E foi essa visãoque obteve ao integrar este desafio.

Já Francisco Almada Lobo passou dequadro de empresa a empreendedor du-rante a prova. Hoje é CEO da Critical Ma-nufacturing e explicou que “o paralelis-mo que íamos fazendo dentro da empre-sa ao mesmo tempo que ia acontecendo acompetição foi extremamente importan-

te e decisivo. Fez-nos acreditar nas nos-sas próprias capacidades. O termos suces-so na prova significava que podíamos tertambém sucesso no mundo empresa-rial”. Mas para quem já criou a sua em-presa a passagem por este desafio é tam-bém útil. Assim o confirma José ManuelMarques, da Somitel. “Sensibilizou-mepara diversos aspetos da gestão e para anecessidade de tomar decisões rápidas”,explicou. Realçou ainda o trabalho emequipa desenvolvido.

Completamente fora do mundo da ges-tão, a vida profissional de José PedroBriosa e Gala é na advocacia na socieda-de de advogados Acebo, Gomez e Pom-bo. Uma vez que o simulador é complexo,este advogado percebeu na pele o que é omercado, quais as suas exigências e o quesentem os seus clientes ao competir a umnível de gestão e concorrência como oatual. Ana Bernardes, diretora de recruta-mento e formação da Accenture em Por-tugal e Angola, intensificou a aprendiza-gem obtida que a fez relembrar conceitose trabalhar com diferentes áreas do sabernuma equipa multidisciplinar.

Antigos participantes do Global Management Challenge receberam uma pequena lembrança pela passagem por este desafio

José Galamba de Oliveira (Accenture), recebe o prémio da mão de Mira Amaral

Na foto em cima, Luís Filipe Costa, presidente do IAPMEI acompanhaFernando Pinto, presidente da TAP que recebeu das mãos de RuiSemedo, presidente do Banco Popular, o galardão de apoiante do ano.Em baixo, Pedro Alves Costa, CEO da SDG conversa animadamentecom Francisco Pinto Balsemão, presidente da Impresa Publishing

Um desafio que prepara para a vida laboral

As duas empresas foramgalardoadas pelo seu contributoao desenvolvimento do GlobalManagement Challenge emterritório nacional

A organização reuniu diversaspersonalidades Alumnigmc nojantar de gala. Fomos descobrir oimpacto que a competição teve nasua vida profissional

Organização distingue Accenture e TAPcomo patrocinador e apoiante do ano

ECONOMIA IIIdezembro de 2011

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ARandstad acaba de fir-mar o patrocínio à edi-ção do próximo ano doGlobal Management

Challenge. Mário Costa, presi-dente desta empresa de recursoshumanos, explica as razões do pa-trocínio e destaca o impacto queesta prova de estratégia e gestão,organizada pelo Expresso e aSDG, pode ter na vida profissio-nal de estudantes e quadros.“Esta competição de gestão éum bom teste a um conjuntoalargado de conhecimentos e ca-pacidades, permitindo experi-mentar novas ideias, fazer apos-tas num ambiente simulado, esta-belecer novos relacionamentos eexercitar a liderança e o traba-lho em grupo”, refere Mário Cos-ta. Acrescenta que foi a mais-va-lia que esta iniciativa portuguesarepresenta para quem nela parti-cipa que motivou a empresa quedirige a torna-se oficialmentesua patrocinadora.

Para o presidente do GrupoRandstad Tempo-Team, as carac-terísticas experimentadas e testa-das num desafio como este po-dem encontrar aplicação nas si-tuações da vida real das empre-sas. “É uma boa formação parajovens. Quando estamos a recru-tar procuramos colaboradorescom experiências diversas, cominteresses alargados, que de-monstrem iniciativa, boa capaci-dade de tomada de decisão e aforma determinada como lutampor bons resultados”, comenta.A participação no Global Mana-gement Challenge é vista pelaRandstad como um elemento en-riquecedor nos currículos queavalia. “Avaliamos muito favora-velmente os elementos de umcurriculum vitae que demons-trem capacidade de iniciativa edecisão, interesse em temas va-riados e posturas inconformistas.A mera participação na competi-ção já revela aspetos muito positi-vos e quando a classificação éboa, ainda mais importante se

torna a experiência”, acrescentaMário Costa. Quanto aos qua-dros das empresas, mais especia-lizados e habituados a trabalharnuma área específica, integrar aprova representa uma oportuni-dade de experienciarem novasresponsabilidades, enfrentaremdesafios, saírem da sua posiçãode conforto e testarem a tomadade decisão. Têm ainda a oportuni-dade de perceber a implicaçãodas suas decisões nos resultadosatingidos pelas empresas concor-rentes, o que torna esta experiên-cia inestimável.

Na perspetiva do presidente daRandstad, todas as oportunida-des que melhorem o desenvolvi-

mento dos quadros de empresassão uma aposta na produtivida-de e no sucesso das organiza-ções. O Global ManagementChallenge, com o seu carácterformativo, contribui para au-mentar a produtividade e desem-penho das empresas nacionais.“A experiência de assumir fun-ções de responsabilidade que es-tão fora das funções operacio-nais habituais permite aos parti-cipantes do Global ManagementChallenge terem, em muitos ca-sos, uma primeira experiênciado que é gerir uma empresa, fa-zer apostas, ganhar e perder eatrair profissionais”, salientaMário Costa. A boa organização,a seleção cuidada dos participan-tes e parceiros e uma boa estra-

tégia de comunicação e marke-ting são, na opinião do presiden-te da Randstad, a base do suces-so do Global Management Chal-lenge em Portugal e no mundo.

Em tempos de crise como osque se vivem atualmente, emque a área do emprego tem sidobastante afetada, Mário Costaexplica que apesar da situaçãoeconómica ter tido reflexos nastaxas de crescimento do negó-cio, a sua equipa tem apostadoem novos produtos e serviços di-rigidos a nichos específicos e norelacionamento cuidado com osclientes. É disso exemplo a re-cente apresentação da RandstadProfessional, a nova área de ne-gócio da empresa que atuará emsectores específicos e ofereceráserviços especializados na áreade recrutamento e seleção, exe-cutive search, assessment indivi-dual, entre outras.

Para Mário Costa, “os princi-pais desafios das empresas emPortugal e no resto do mundosão sempre as mesmas: fazer ne-gócio com rentabilidade, em equi-líbrio com os diversos stakehol-ders e as sociedades em geral. Aresponsabilidade social e a sus-tentabilidade são aspetos que sãocruciais na forma como fazemosnegócio e nos posicionamos nomercado”. Com o crescimentodo desemprego, a Randstad temvisto aumentar o número de no-vos candidatos a emprego quechegam às suas filiais, bem comotem sentido também uma pres-são no negócio devido à falênciade várias empresas suas clientes.A situação atual tem levado a em-presa de recursos humanos a co-locar redobrado cuidado nas co-branças e numa política concerta-da de redução de custos.

No que respeita a planos futu-ros, a Randstad está a apostar ca-da vez mais no mercado portu-guês e está em franco desenvolvi-mento da sua atividade no Bra-sil, uma vez que este país é geri-do pela equipa de Portugal.

Aedição do próximo anodo Global Manage-ment Challenge vaicontar com o patrocí-

nio da Essilor. O diretor-geralda multinacional em Portugal,João Lima, explica as mais-va-lias que retira desta ligação eaponta algumas qualidades àcompetição.

A Essilor Portugal tem vindoao longo dos anos a apoiar equi-pas de estudantes e quadrosnesta prova. O patrocínio sur-ge agora, explica João Lima,“como uma evolução naturalque resulta do crescente envol-vimento da nossa organizaçãona dinâmica da competição”.Acrescenta que a Essilor é umaempresa que procura integraruma envolvente externa, desen-volvendo parcerias com dife-rentes organismos, desde uni-versidades a associações, bemcomo demais entidades que seenquadrem no âmbito da suaresponsabilidade social. É aquique o Global ManagementChallenge entra. A ligação a es-ta iniciativa portuguesa permi-te ainda à Essilor Portugal “es-tar mais próxima do mundoacadémico e empresarial”, sa-lienta João Lima.

O reforço do trabalho em

equipa que saiba funcionar emambiente de competência mul-tidisciplinar é algo que seaprende neste desafio. O dire-tor-geral da Essilor Portugal re-fere que “cada vez mais o pro-cesso de decisão se desenvolveem ambiente de instabilidade eincerteza, o que tem reduzidosignificativamente os ciclos degestão. Também as variáveisdos modelos de decisão têm ca-da vez mais impactos exóge-nos, o que obriga a estruturasflexíveis e versáteis que saibamantecipar e integrar efeitos demudança. A prova permiteuma vivência que se enquadranesta realidade”.

Tanto estudantes como qua-dros de empresa retiram ensi-namentos importantes da suaparticipação. “Os estudantestêm aqui uma excelente oportu-

nidade de participar em proces-sos de decisão empresarial quese querem complexos”, apontaJoão Lima. A empresa que diri-ge ainda não recrutou talentosatravés das equipas que apoiano desafio, mas considera queé uma excelente oportunidadepara observação e avaliação.

Na perspetiva do diretor-ge-ral da Essilor Portugal, “a com-petição é uma excelente ponteentre a escola e a empresa. Énotável a perenidade desta pro-va que só pela sua eficiência edinâmica está há mais de 30anos a criar oportunidades edesafios a jovens estudantes equadros de empresas”. Consi-dera que também o seu cresci-mento internacional tem sidonotável. “A competição tem sa-bido afirmar-se em diferentesculturas como a Ásia ou a Euro-pa de Leste, não deixando dúvi-das sobre a sua missão. Umcrescimento internacional ésempre fruto de paciência, mui-to trabalho e de uma visão mui-to fina do negócio”, intensificaJoão Lima.

Portugal está a atravessaruma crise económica, o quetem tido o seu reflexo no mun-do empresarial. Em tempos decrise é fundamental, na opi-

nião de João Lima, “ser consis-tente com aspetos fundamen-tais da estratégia que nos trou-xe até aqui. Caso contrário po-demos estar a provocar mudan-ças que criando efeitos disrupti-vos no modelo de negócio po-dem ter consequências de difí-cil previsão”. Perceber e anteci-par as mudanças nos hábitosde consumo, adequando de for-ma dinâmica e inovadora aoferta a novos comportamen-tos do consumidor, são princí-pios básicos e essenciais.

A Essilor Portugal tem estadoa investir em novas metodolo-gias de produção, assegurandodesta forma a necessária inova-ção à sua oferta local e interna-cional. “Os efeitos da crisefar-se-ão sentir na nossa ativi-dade de exportação, pelo queestamos a preparar o alarga-mento da nossa oferta em servi-ços para o mercado externo”,revela João Lima.

Perante o cenário económiconacional, no âmbito da organi-zação interna a Essilor tem vin-do a apostar num reforço damelhoria contínua das suascompetências, preparando osrecursos humanos para uma vi-vência empresarial em contex-to de recessão.

Mário Costa é um entusiasta desta iniciativa portuguesa FOTO RAFAEL GOMES ANTUNES/EXAME

“A prova aproxima-nos do meio académico”

O diretor-geral da Essilor Portugal considera notávelo crescimento deste desafio FOTO NUNO FOX

“É uma boa formação para os jovens”Mário Costa Presidente do Grupo Randstad Tempo-Team revela o porquê de patrocinar esta competição

João Lima Diretor-geral da Essilor Portugal fala da ligação a este desafio de estratégia e gestão

‘‘Avaliamos muitofavoravelmente oselementos de um 'curriculumvitae' que demonstremcapacidade de iniciativa edecisão, interesse em temasvariados e posturasinconformistas

‘‘Os estudantes têm aqui umaexcelente oportunidade departicipar em processos dedecisão empresarial que sequerem complexos

PROTAGONISTAS

IV ECONOMIA Expresso, 10 de dezembro de 2011