mário f g monteiro (ims-uerj) leila adesse (ipas - brasil) jacques levin (ims-uerj) mulheres negras...

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Mário F G Monteiro (IMS-UERJ) Leila Adesse (IPAS - Brasil) Jacques Levin (IMS-UERJ) Mulheres Negras e a Mortalidade Materna no Mulheres Negras e a Mortalidade Materna no Brasil Brasil TRABALHO APRESENTADO NO SEMINÁRIO TRABALHO APRESENTADO NO SEMINÁRIO MORTALIDADE MATERNA E DIREITOS HUMANOS NO BRASIL MORTALIDADE MATERNA E DIREITOS HUMANOS NO BRASIL ORGANIZADO PELA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E O CENTER FOR REPRODUCTIVE RIGHTS ORGANIZADO PELA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E O CENTER FOR REPRODUCTIVE RIGHTS CEBRAP – SÃO PAULO, 26 E 27 DE MAIO DE 2009 CEBRAP – SÃO PAULO, 26 E 27 DE MAIO DE 2009

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Page 1: Mário F G Monteiro (IMS-UERJ) Leila Adesse (IPAS - Brasil) Jacques Levin (IMS-UERJ) Mulheres Negras e a Mortalidade Materna no Brasil TRABALHO APRESENTADO

Mário F G Monteiro (IMS-UERJ)Leila Adesse (IPAS - Brasil)Jacques Levin (IMS-UERJ)

Mulheres Negras e a Mortalidade Materna no BrasilMulheres Negras e a Mortalidade Materna no Brasil

TRABALHO APRESENTADO NO SEMINÁRIO TRABALHO APRESENTADO NO SEMINÁRIO

MORTALIDADE MATERNA E DIREITOS HUMANOS NO BRASILMORTALIDADE MATERNA E DIREITOS HUMANOS NO BRASIL

ORGANIZADO PELA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E O CENTER FOR REPRODUCTIVE RIGHTS ORGANIZADO PELA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E O CENTER FOR REPRODUCTIVE RIGHTS CEBRAP – SÃO PAULO, 26 E 27 DE MAIO DE 2009CEBRAP – SÃO PAULO, 26 E 27 DE MAIO DE 2009

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RELEVÂNCIA DO TEMARELEVÂNCIA DO TEMAMORTALIDADE MATERNAMORTALIDADE MATERNA

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A mortalidade materna pode ser considerada um excelente indicador de A mortalidade materna pode ser considerada um excelente indicador de

saúde, não apenas da mulher, mas da população como um todo. saúde, não apenas da mulher, mas da população como um todo.

Por outro lado, é também um indicador de iniqüidades, pois não somente é Por outro lado, é também um indicador de iniqüidades, pois não somente é

elevada em áreas subdesenvolvidas ou em desenvolvimento, quando elevada em áreas subdesenvolvidas ou em desenvolvimento, quando

comparada aos valores de áreas desenvolvidas, quanto, mesmo nestas, comparada aos valores de áreas desenvolvidas, quanto, mesmo nestas,

existem diferenças entre os diferentes estratos socioeconômicos existem diferenças entre os diferentes estratos socioeconômicos 11..

1 - Ruy Laurenti; Maria Helena Prado de Mello Jorge; Sabina Léa Davidson Gotlieb. A mortalidade materna nas capitais brasileiras: algumas características e estimativa de um fator de ajuste. Rev. bras. epidemiol. vol.7 no.4 São Paulo Dec. 2004 - Disponível em http://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S1415-790X2004000400008&script=sci_arttext&tlng=

RELEVÂNCIA DO TEMA RELEVÂNCIA DO TEMA MORTALIDADE MATERNAMORTALIDADE MATERNA

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O DESAFIO CONTIDO NO OBJETIVO 5 DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIOO DESAFIO CONTIDO NO OBJETIVO 5 DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO

ODM 5 = MELHORAR A SAÚDE MATERNA

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5A - Reduzir em três quartos, entre 1990 e 2015, a taxa de mortalidade 5A - Reduzir em três quartos, entre 1990 e 2015, a taxa de mortalidade

materna.materna.

5B - Alcançar, até 2015, o acesso universal à saúde reprodutiva.5B - Alcançar, até 2015, o acesso universal à saúde reprodutiva.

5B BRASILEIRA - Promover, na Rede do Sistema Único de Saúde (SUS), 5B BRASILEIRA - Promover, na Rede do Sistema Único de Saúde (SUS),

cobertura universal por ações de saúde sexual e reprodutiva até 2015.cobertura universal por ações de saúde sexual e reprodutiva até 2015.

5C BRASILEIRA - Até 2015, ter detido o crescimento da mortalidade por 5C BRASILEIRA - Até 2015, ter detido o crescimento da mortalidade por

câncer de mama e de colo de útero, invertendo a tendência atual câncer de mama e de colo de útero, invertendo a tendência atual 2. .

2 – PNUD Brasil – 2 – PNUD Brasil – Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Metas do ODM 5Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Metas do ODM 5..Disponível em URL Disponível em URL http://www.pnud.org.br/odm/objetivo_5/

Metas do ODM 5 Metas do ODM 5

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As estatísticas mostram que o índice de mortalidade materna caiu 12,7% entre As estatísticas mostram que o índice de mortalidade materna caiu 12,7% entre

1997 e 2005. 1997 e 2005.

Mas sabemos que o país ainda enfrenta alguma subnotificação da mortalidade Mas sabemos que o país ainda enfrenta alguma subnotificação da mortalidade

materna e precisa identificar melhor as causas de mortes entre mulheres.materna e precisa identificar melhor as causas de mortes entre mulheres.

Exatamente por isso, o número de Comitês de Mortalidade Materna, que fazem Exatamente por isso, o número de Comitês de Mortalidade Materna, que fazem

essa identificação, aumentou 92% entre 2001 e 2005 essa identificação, aumentou 92% entre 2001 e 2005 33..

3 – Objetivos de desenvolvimento do milênio: 3 – Objetivos de desenvolvimento do milênio: relatório nacional de acompanhamento / relatório nacional de acompanhamento / coordenação: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e Secretaria de Planejamento e coordenação: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos; supervisão: Grupo Técnico para o acompanhamento dos ODM. – Investimentos Estratégicos; supervisão: Grupo Técnico para o acompanhamento dos ODM. – Brasília: Ipea : MP, SPI, 2007.Brasília: Ipea : MP, SPI, 2007.Disponível em URL Disponível em URL http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/download/TerceiroRelatorioNacionalODM.pdf

Relatório nacional de acompanhamento dos ODM Relatório nacional de acompanhamento dos ODM

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COMPARAÇÕES INTERNACIONAIS COMPARAÇÕES INTERNACIONAIS DA RAZÃO DE MORTALIDADE MATERNADA RAZÃO DE MORTALIDADE MATERNA

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Disponível em URL http://www.who.int/whosis/mme_2005.pdf

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O MMR ESTIMADO PELO IDB 2007 PARA O BRASIL É DE 75/100.000 (http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2007/c03.htm) E O LIFETIME RISK OF MATERNAL DEATH PODERIA SER ESTIMADO EM APROXIMADAMENTE 900, OU SEJA DE 900 MENINASCOM 15 ANOS, UMA MORRERÁ DE CAUSA MATERNA DURANTE O PERÍODO DE IDADE REPRODUTIVA (15 A 49 ANOS).

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NOTAS PARA A TABELA ANTERIORNOTAS PARA A TABELA ANTERIOR

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OBJETIVO PRINCIPAL DESTE TRABALHO:OBJETIVO PRINCIPAL DESTE TRABALHO:

ESTIMAR DIFERENCIAIS DE RMM SEGUNDO A RAÇA/CORESTIMAR DIFERENCIAIS DE RMM SEGUNDO A RAÇA/COR

(MULHERES BRANCAS, PRETAS E PARDAS)(MULHERES BRANCAS, PRETAS E PARDAS)

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METODOLOGIAMETODOLOGIA

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Para cada grupo étnico é calculada a RMM de acordo com a divisão do número de óbitos maternos de 2003 a 2005 no grupo étnico pelo número de nascimentos vivos de 2003 a 2005 do grupo étnico X 100.000

Esta razões de mortalidade foram multiplicadas por 1,4 considerando que a mortalidade materna está subestimada em cerca de 40%, conforme o estudo já citado de Laurenti, Jorge e Gotlieb.

Método de cálculo da razão de mortalidade materna (RMM)Método de cálculo da razão de mortalidade materna (RMM)

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Para a mortalidade materna segundo a causa por grupo étnico: Para a mortalidade materna segundo a causa por grupo étnico: Sistema de Informações de Mortalidade - SIM (Sistema de Informações de Mortalidade - SIM (www.datasus.gov.br).

Para o número de nascimentos vivos por grupo étnico da mãe de 2003 a 2005: Para o número de nascimentos vivos por grupo étnico da mãe de 2003 a 2005: estimativas geradas pela estimativas das estimativas geradas pela estimativas das taxas de natalidadetaxas de natalidade por grupo étnico da por grupo étnico da mãe multiplicado pela mãe multiplicado pela populaçãopopulação de 2003 a 2005 segundo o grupo étnico. de 2003 a 2005 segundo o grupo étnico.

Estas estimativas foram realizadas a partir do Censo Demográfico de 2000 (IBGE). Estas estimativas foram realizadas a partir do Censo Demográfico de 2000 (IBGE).

Para as categorias de cor/raça, optamos por utilizar as informações do Censo 2000 Para as categorias de cor/raça, optamos por utilizar as informações do Censo 2000 sobre cor/raça da mulher porque a proporção “sem declaração da cor/raça” era de sobre cor/raça da mulher porque a proporção “sem declaração da cor/raça” era de 0,7% enquanto no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos - SINASC 0,7% enquanto no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos - SINASC (MS/SVS/DASIS) era de 9,2% em 2005. O efeito desta escolha pode levar a um viés (MS/SVS/DASIS) era de 9,2% em 2005. O efeito desta escolha pode levar a um viés conservador, ou seja, os diferenciais reais podem ser conservador, ou seja, os diferenciais reais podem ser maioresmaiores que os estimados. que os estimados.

Estas diferenças de fontes geram um viés porque pelo SINASC a percentagem de Estas diferenças de fontes geram um viés porque pelo SINASC a percentagem de nascidos vivos de mulheres de cor preta era de 2,1% do total de nascidos vivos nascidos vivos de mulheres de cor preta era de 2,1% do total de nascidos vivos enquanto no Censo 2000 esta proporção era de 6,8%, sugerindo também uma enquanto no Censo 2000 esta proporção era de 6,8%, sugerindo também uma concentração da categoria “sem declaração da cor/raça” entre as mulheres de cor concentração da categoria “sem declaração da cor/raça” entre as mulheres de cor preta no SINASC. preta no SINASC.

Se fosse utilizada a informação do SINASC no denominador teríamos um Se fosse utilizada a informação do SINASC no denominador teríamos um superestimativa da razão de mortalidade materna para as mulheres pretas.superestimativa da razão de mortalidade materna para as mulheres pretas.

FONTES DOS DADOSFONTES DOS DADOS

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Para medir os diferenciais de risco de mortalidade materna por Para medir os diferenciais de risco de mortalidade materna por raça/cor foram construídos três indicadores:raça/cor foram construídos três indicadores:

1 – RMM = 1 – RMM = estimativas dos óbitos maternos/100.000 nascidos vivos estimativas dos óbitos maternos/100.000 nascidos vivos para mulheres brancas, petas e pardas.para mulheres brancas, petas e pardas.

2 – Estimativas de Riscos Relativos (RR) comparando os valores de 2 – Estimativas de Riscos Relativos (RR) comparando os valores de RMM de mulheres pretas/ mulheres brancas;RMM de mulheres pretas/ mulheres brancas;

3 – Mortalidade proporcional segundo as causas de mortalidade 3 – Mortalidade proporcional segundo as causas de mortalidade materna: participação, em percentagens, das causas selecionadas, na materna: participação, em percentagens, das causas selecionadas, na mortalidade maternamortalidade materna de mulheres brancas, pretas e pardasmulheres brancas, pretas e pardas

INDICADORES UTILIZADOSINDICADORES UTILIZADOS

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RESULTADOSRESULTADOS

DIFERENCIAIS DE RISCO DE MORTALIDADE MATERNADIFERENCIAIS DE RISCO DE MORTALIDADE MATERNA

POR RAÇA/CORPOR RAÇA/COR

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ÓBITOS MATERNOS/100.000 NV (RMM) POR COR/RAÇA. BRASIL - Triênio 2003 a 2005

60,7

122,0

82,9

0

20

40

60

80

100

120

140

Branca Preta Parda

RMM

COM ESTES VALORES DE RMM O LIFETIME RISK OF MATERNAL DEATH PODERIA SER ESTIMADO EM APROXIMADAMENTE 1100 PARA MULHERES BRANCAS, 360 PARA MULHERES PRETAS E 820 PARA MULHERES PARDAS, OU SEJA DE 360 MENINAS PRETAS COM 15 ANOS, UMA MORRERÁ DE CAUSA MATERNA DURANTE O PERÍODO DE IDADE REPRODUTIVA (15 A 49 ANOS).

RAZÃO DE MORTALIDADE MATERNA POR RAÇA/CORRAZÃO DE MORTALIDADE MATERNA POR RAÇA/COR

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Riscos relativos de mortalidade materna - Brasil, triênio 2003 a 2005 (Branca é a Raça/Cor de referência, RR = 1)

1,0

2,0

1,4

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

Branca Preta Parda

Riscos Relativos

RISCOS RELATIVOS DE MORTALIDADE MATERNA POR RAÇA/COR

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RAZÃO DE MORTALIDADE MATERNA PARA MULHERES BRANCAS, PRETAS E PARDASSEGUNDO CAUSAS DE ÓBITO SELECIONADAS.

BRASIL - Triênio 2003 a 2005

5,3

12,910,5

8,2

15,113,6 13,8 14,8

26,3

7,9

21,7

13,411,5

17,9

36,5

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

Gravidez que termina emaborto

Edema, proteinúria etranstornos

hipertensivos nagravidez, no parto e no

puerpério

Complicações dotrabalho de parto e do

parto

Complicaçõesrelacionadas

predominantemente como puerpério

Outras afecçõesobstétricas não

classificadas em outraparte

CAUSAS SELECIONADAS

RMM

Branca Preta Parda

RMM POR RAÇA/COR SEGUNDO CAUSAS SELECIONADAS

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RISCOS RELATIVOS DE MORTALIDADE MATERNA, TOMANDO AS MULHERES BRANCAS COMO REFERÊNCIASEGUNDO CAUSAS DE ÓBITO SELECIONADAS.

BRASIL - Triênio 2003 a 2005

1,0 1,0 1,0 1,0 1,0

2,5

1,8 1,71,5

1,7

1,31,4

1,21,3

2,8

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

Gravidez que terminaem aborto

Edema, proteinúria etranstornos

hipertensivos nagravidez, no parto e

no puerpério

Complicações dotrabalho de parto e do

parto

Complicaçõesrelacionadas

predominantementecom o puerpério

Outras afecçõesobstétricas não

classificadas em outraparte

CAUSAS SELECIONADAS

Riscos Relativos

Branca Preta Parda

RISCOS RELATIVOS DA RMM SEGUNDO CINCO CAUSAS DE ÓBITO

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Participação de Grupos Selecionados de Causas (CID10) na mortalidade materna por raça/cor Brasil - 2003 a 2005

17%

14%

25%

30%

11% 12%

22%

9%

26%

14%

22%21%

9%11%

16%

0%

10%

20%

30%

40%

Gravidez que termina emaborto

Edema, proteinúria etranstornos hipertensivosna gravidez, no parto e no

puerpério

Complicações do trabalhode parto e do parto

Complicaçõesrelacionadas

predominantemente com opuerpério

Outras afecçõesobstétricas não

classificadas em outraparte

Percentagens

Branca Preta Parda

Mortalidade Proporcional Segundo a Causa de Óbito por Raça/Cor

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COMENTÁRIOS FINAISCOMENTÁRIOS FINAIS

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4 - O RISCO DE ÓBITO MATERNO POR GRAVIDEZ QUE TERMINA EM ABORTO 4 - O RISCO DE ÓBITO MATERNO POR GRAVIDEZ QUE TERMINA EM ABORTO É 2,5 VEZESÉ 2,5 VEZES MAIORES EM MULHERES PRETAS COMPARADAS COM O RISCO PARA MULHERES BRANCAS. MAIORES EM MULHERES PRETAS COMPARADAS COM O RISCO PARA MULHERES BRANCAS. É POSSÍVEL QUE A DESCRIMINALIZAÇÃO DO ABORTAMENTO INDUZIDO PERMITIRIA A É POSSÍVEL QUE A DESCRIMINALIZAÇÃO DO ABORTAMENTO INDUZIDO PERMITIRIA A REDUÇÃO DE RISCOS DE COMPLICAÇÕES E MORTALIDADE MATERNA POR GRAVIDEZ QUE REDUÇÃO DE RISCOS DE COMPLICAÇÕES E MORTALIDADE MATERNA POR GRAVIDEZ QUE TERMINA EM ABORTOTERMINA EM ABORTO

3- ENTRE AS PRINCIPAIS CAUSAS DE ÓBITO DESTACA-SE O “3- ENTRE AS PRINCIPAIS CAUSAS DE ÓBITO DESTACA-SE O “EDEMA, PROTEINÚRIA E EDEMA, PROTEINÚRIA E TRANSTORNOS HIPERTENSIVOS NA GRAVIDEZ, NO PARTO E NO PUERPÉRIO”, QUE TRANSTORNOS HIPERTENSIVOS NA GRAVIDEZ, NO PARTO E NO PUERPÉRIO”, QUE APRESENTA UM RISCO DE MORTALIDADE MATERNA PARA MULHERES PRETAS APRESENTA UM RISCO DE MORTALIDADE MATERNA PARA MULHERES PRETAS QUE É 2,8 QUE É 2,8 VEZES MAIORVEZES MAIOR QUE ESTE RISCO PARA MULHERES BRANCAS QUE ESTE RISCO PARA MULHERES BRANCAS

2 - ESTIMA-SE QUE DE 2 - ESTIMA-SE QUE DE 11001100 MENINAS BRANCAS DE 15 ANOS, UMA MORRA POR CAUSAS MENINAS BRANCAS DE 15 ANOS, UMA MORRA POR CAUSAS OBSTÉTRICAS DURANTE SUA VIDA REPRODUTIVA (ANTES DE COMPLETAR 50 ANOS). OBSTÉTRICAS DURANTE SUA VIDA REPRODUTIVA (ANTES DE COMPLETAR 50 ANOS). ESTE RISCO DE MORTALIDADE MATERNA CORRESPONDE A UMA EM ESTE RISCO DE MORTALIDADE MATERNA CORRESPONDE A UMA EM 360360 MENINAS PRETAS MENINAS PRETAS DE 15 ANOS.DE 15 ANOS.

1 – AS MULHERES PRETAS SUPORTAM UM RISCO DE MORTALIDADE MATERNA DE 122,0 1 – AS MULHERES PRETAS SUPORTAM UM RISCO DE MORTALIDADE MATERNA DE 122,0 ÓBITOS OBSTÉTRICOS POR 100.000 NASCIDOS VIVOS, O QUE SIGNIFICA ÓBITOS OBSTÉTRICOS POR 100.000 NASCIDOS VIVOS, O QUE SIGNIFICA O DOBROO DOBRO DO RISCO DO RISCO A QUE ESTÃO SUBMETIDAS AS MULHERES BRANCAS (60,7/100.00) A QUE ESTÃO SUBMETIDAS AS MULHERES BRANCAS (60,7/100.00)

5 – A 5 – A ELIMINAÇÃO DA DESIGUALDADEELIMINAÇÃO DA DESIGUALDADE DE RISCOS DE MORTALIDADE MATERNA ENTRE DE RISCOS DE MORTALIDADE MATERNA ENTRE MULHERES BRANCAS E PRETAS, CONSTITUI UM DESAFIO PARA A SAÚDE PÚBLICA E UM MULHERES BRANCAS E PRETAS, CONSTITUI UM DESAFIO PARA A SAÚDE PÚBLICA E UM OBSTÁCULO A SUPERAR PARA CUMPRIR O OBJETIVO DO MILÊNIO 5, REDUZINDO A OBSTÁCULO A SUPERAR PARA CUMPRIR O OBJETIVO DO MILÊNIO 5, REDUZINDO A MORTALIDADE MATERNA EM 75% ATÉ 2015. MORTALIDADE MATERNA EM 75% ATÉ 2015.