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Marina Aparecida de Morais 001200500025 Tatiane Mori Marcassa 001200500190 TRATAMENTO DA LIPODISTROFIA EM ABDOME INFERIOR ATRAVÉS DA FONOFORESE Bragança Paulista 2008

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Marina Aparecida de Morais

001200500025

Tatiane Mori Marcassa

001200500190

TRATAMENTO DA LIPODISTROFIA EM ABDOME INFERIOR ATRAVÉS DA FONOFORESE

Bragança Paulista

2008

Marina Aparecida de Morais

001200500025

Tatiane Mori Marcassa

001200500190

TRATAMENTO DA LIPODISTROFIA EM ABDOME

INFERIOR ATRAVÉS DA FONOFORESE

Monografia apresentada à disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso, do Curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco, sob a orientação da Prof. Ms. Katiuscia Rosette Scasni, como exigência parcial para conclusão do curso de graduação.

Bragança Paulista

2008

MORAIS, Marina Aparecida; MARCASSA, Tatiane Mori. Tratamento da lipodistrofia em abdome inferior através da fonoforese. 2008. 70f. Trabalho de

Conclusão de Curso. Curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco,

Bragança Paulista.

Prof.ª Katiuscia Rosette Scasni

USF – Orientadora Temática

Prof.ª Rosimeire Simprini Padula

USF – Orientadora Metodológica

Prof.ª Maria Fernanda Fruttuoso

USF – Banca Examinadora

Dedicamos esse trabalho primeiramente à Deus, pois sem ele nada seria

possível e não estaríamos aqui reunidas desfrutando juntas esse momento tão

importante.

Em especial aos nossos pais, Mário e Adélia, e, Paulo e Denise, pois nunca

mediram esforços para a realização deste sonho.

Marina e Tatiane

AGRADECIMENTOS

À Professora Ms Katiuscia Rosette Scasni, pela orientação, ajuda e

disponibilidade na elaboração deste trabalho de conclusão de curso, e todo seu

carinho nos momentos difíceis encontrados ao longo deste ano.

Às voluntárias desta pesquisa, pela atenção, colaboração e disponibilidade

para a pesquisa.

À Professora Dra. Maria Fernanda Frutuoso, pela atenção, pela

disponibilidade do laboratório de Nutrição e pelos materiais cedidos gentilmente.

Ao Professor Ms Fabiano Peres Pinheiro pela grandiosas orientações e

pelos materiais cedidos.

Ao Professor Ms. Cláudio Fusaro, pela colaboração e materiais cedidos.

À Professora Dra. Rosimeire Simprini Padula pelas valiosas orientações ao

longo de toda pesquisa.

À todos aqueles que, direta ou indiretamente, colaboraram para que esse

trabalho atingisse seus objetivos, muito obrigado.

“Foi o tempo que perdeste com a tua rosa, que fez a tua rosa tão

importante.”

Antoine Saint Exupèry

MARCASSA, Tatiane Mori; MORAIS, Marina Aparecida de. Tratamento da lipodistrofia em abdome inferior através da fonoforese. 2008. 50f. Monografia

(Graduação em Fisioterapia) – Curso de Fisioterapia da Universidade São

Francisco, Bragança Paulista, 2008.

RESUMO

Introdução: A Lipodistrofia é considerada uma alteração do tecido adiposo que

retém líquido e toxinas provenientes do metabolismo, promovendo uma alteração

circulatória do local atingido, podendo ocorrer em diversas regiões do corpo,

acometendo principalmente as mulheres. Objetivo: O trabalho teve como objetivo

verificar o efeito da fonoforese com cafeína Amigel® à 5% no tratamento da

lipodistrofia em abdome inferior. Método: A pesquisa consistiu em um estudo

descritivo, onde foram estudadas três mulheres, com idade entre 20 e 25 anos que

apresentavam visualmente lipodistrofia em abdome inferior. As voluntárias foram

submetidas a fonoforese com cafeína à 5%, sendo utilizado o ultrassom com

freqüência de 3MHz, no modo contínuo, com dose terapêutica de 0,8 W/cm²,

aplicado em região abdominal inferior durante o tempo de 20 minutos. O

tratamento consistiu em 12 sessões realizadas duas vezes por semana em dias

alternados. As avaliações ocorreram em quatro etapas, sendo a primeira na pré

intervenção, a segunda após a décima segunda sessão, a terceira após 30 dias do

término do tratamento e a quarta após 60 dias do término do tratamento.

Resultados: As voluntárias apresentaram discreta redução das variáveis

analisadas durante o tratamento, e, nas duas últimas avaliações, realizadas pós

tratamento, essa redução não foi observada. Conclusão: Foi observado que o

uso da fonoforese associada a cafeína apresentou melhora da lipodistrofia durante

o tratamento, mas não se mantendo a longo prazo.

Palavras- chave: LIPODISTROFIA, CAFEÍNA, ULTRASSOM, FONOFORESE

ABSTRACT

Introduction: The Lipodystrophy is considered an amendment of adipose tissue

that holds fluid and toxins from the metabolism, promoting an amendment

circulatory reached the site and can occur in different parts of the body, affecting

mainly women. Objective: This study aimed to evaluate the effect of caffeine

fonoforese with Amigel ® to 5% in the treatment of lipodystrophy in the lower

abdomen. Method: The study consisted of a descriptive study, where three women

were studied, aged 20 to 25 years who presented visually lipodystrophy in lower

abdomen. The volunteers were subjected to fonoforese with caffeine to 5% and is

used with the ultrasound frequency of 3MHz, in a continuous, therapeutic dose of

0.8 W / cm ², applied in the lower abdominal region during the time of 20 minutes.

The treatment consisted of 12 sessions held twice a week on alternate days. The

evaluations occurred in four stages, the first being in pre intervention, the second

after the twelfth session, the third after 30 days of the end of treatment and fourth

after 60 days of the end of treatment. Results: The volunteers showed a slight

reduction of the variables analyzed during treatment, in the last two evaluations,

carried out after treatment, this reduction was not observed. Conclusion: It was

observed that the use of fonoforese associated with caffeine showed improvement

in lipodystrophy during treatment, but not keeping the long term.

Key words: lipodystrophy, caffeine, ultrasound, fonoforese

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................14 2. OBJETIVOS .......................................................................................................21 2.1. Objetivos Gerais ..............................................................................................21

2.2. Objetivos Específicos ......................................................................................21

3. SUJEITOS E MÉTODOS ...................................................................................22 3.1. Sujeitos ...........................................................................................................22

3.2. Métodos ..........................................................................................................22

3.3. Materiais .........................................................................................................26

4. ANÁLISE DE DADOS .......................................................................................27 5. RESULTADOS...................................................................................................28 6. DISCUSSÃO ......................................................................................................46 7. CONCLUSÃO ....................................................................................................50 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................51 ANEXOS.................................................................................................................54

LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1.Relação do peso das voluntárias obtidas nas sessões de

tratamento...............................................................................................................28

GRÁFICO 2.Valores de perimetria no pré e pós tratamento da voluntária 1

................................................................................................................................29

GRÁFICO 3.Valores de perimetria no pré e pós tratamento da voluntária

2..............................................................................................................................30

GRÁFICO 4.Valores de perimetria no pré e pós tratamento da voluntária

3..............................................................................................................................31

GRÁFICO 5.Medidas relacionadas com a prega abdominal Direita da voluntária 1

................................................................................................................................32

GRÁFICO 6.Medidas relacionadas com a prega abdominal Direita da voluntária

2..............................................................................................................................33

GRÁFICO 7.Medidas relacionadas com a prega abdominal Direita da voluntária 3

................................................................................................................................34

GRÁFICO 8.Medidas relacionadas com a prega abdominal Esquerda da voluntária

1................................................................................................................................35

GRÁFICO 9.Medidas relacionadas com a prega abdominal Esquerda da voluntária

2.................................................................................................................................36

GRÁFICO 10.Medidas relacionadas com a prega abdominal Esquerda da voluntária

3.................................................................................................................................37

GRÁFICO 11.Medidas relacionadas com a prega supra-ilíaca Direita da voluntária

1.................................................................................................................................38

GRÁFICO 12.Medidas relacionadas com a prega supra-ilíaca Direita da voluntária

2.................................................................................................................................39

GRÁFICO 13.Medidas relacionadas com a prega supra-ilíaca Direita da voluntária

3.................................................................................................................................40

GRÁFICO 14.Medidas relacionadas com a prega supra-ilíaca Esquerda da voluntária

1..................................................................................................................................41

GRÁFICO 15.Medidas relacionadas com a prega supra-ilíaca Esquerda da voluntária

2...................................................................................................................................42

GRÁFICO 16.Medidas relacionadas com a prega supra-ilíaca Esquerda da voluntária

3...................................................................................................................................43

LISTA DE TABELAS

TABELA 1. Questionário de freqüência alimentar das voluntárias durante a

pesquisa..................................................................................................................44

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1. Perimetria .................................................................................................24 FIGURA 2.Balança antropométrica..............................................................................24

FIGURA 3.Prega cutânea supra-ilíaca.........................................................................25

FIGURA 4.Prega cutânea abdominal...........................................................................25

FIGURA 5.Adipômetro Lange......................................................................................26

1. INTRODUÇÃO

A estética do contorno corporal tem sido de grande importância nos dias

atuais. A busca pelo corpo ideal e esteticamente belo tem feito parte da vida de

muitos homens e mulheres nos últimos tempos, gerando diversos sacrifícios, tais

como: exercícios exaustivos, dietas vigorosas, terapias alternativas e tratamentos

estéticos. O público feminino, na busca pelo belo, tem recorrido a métodos e

técnicas com uma expectativa cada vez maior de resultados. Isto motivou uma

verdadeira revolução na indústria de cosméticos e aparelhos de estética, assim

como na pesquisa de introdução de novos conceitos que, quando interpretados e

aplicados convenientemente, proporcionam resultados que certamente virão ao

encontro dos anseios dos pacientes e profissionais (CASTRO, 1997; ROSSI,

2001).

Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina Estética (2007) a preocupação

com a auto-imagem e a estética não são privilégios do ser humano, já que a

necessidade de dispor de um padrão estético é condição de sobrevivência que

vem se incorporando ao seu comportamento de forma cada vez mais acentuada

através dos tempos. O sentimento de pertencer ao grupo social, possuindo traços

e contornos corporais condizentes com os padrões existentes, tão necessários

para o equilíbrio psíquico do indivíduo, faz da imagem corporal um elemento

fundamental para a caracterização da saúde plena dos indivíduos.

No Brasil um dos problemas mais encontrados hoje em dia é a lipodistrofia

que pode ser considerada uma alteração do tecido adiposo que retém líquido e

toxinas provenientes do metabolismo, promovendo uma alteração circulatória do

local atingido, e pode ocorrer em diversas regiões do corpo como quadril, pernas,

costas e o mais comum sendo o aumento de gordura no abdome. Este tecido

encontra-se imediatamente abaixo da derme onde fica uma camada de tecido

adiposo que contém células de gordura. Na mulher, a localização pode ser

influenciada por seu biotipo, classificada como ginóide, acúmulo em metade

inferior do corpo, ou andróide, metade superior (CIPORKIN e PASCHOAL, 1992;

STARKEY, 2001).

Quanto aos aspectos preventivos sabe-se que uma alimentação adequada,

práticas de atividades físicas regulares e cuidados com uso de roupas muito

apertadas que possam prejudicar a circulação. Mas também existem outros tipos

de tratamento como remédios, cirurgias, técnicas manuais como massagens e

aparelhos terapêuticos como o ultrassom (STARKEY, 2001). Para análise das

medidas antropométricas como preditoras da adiposidade pode-se citar: massa

corporal, estatura, dobras cutâneas e circunferências (FRAINE et al., 2007).

As variações de valores de medidas antropométricas entre populações do

mesmo sexo e faixa etária, em diferentes estudos, podem estar relacionadas às

características genéticas e étnicas, bem como às condições sócio-econômicas e

de estilo de vida da população estudada. Para garantir a precisão dessas medidas

é indispensável o treinamento da equipe de coleta de dados e a determinação de

índices que possam averiguar a confiabilidade das medidas antropométricas

realizadas pelos avaliadores (FRAINER et al., 2007).

A confiabilidade de uma medida antropométrica pode ser determinada

através do coeficiente de confiabilidade (R), que indica o grau no qual a

variabilidade é devida a fatores alheios à variância da mensuração ou a variação

fisiológica. Quanto menor a variabilidade entre medidas repetidas de um mesmo

sujeito (diferenças intra-avaliador) ou de dois ou mais observadores (diferenças

interavaliador), maior é a precisão. Outra medida recomendada para o controle de

qualidade é o erro técnico de medição (ETM), que é um índice de imprecisão,

determinado pelo desvio padrão entre medidas repetidas. O uso dessas duas

estimativas de erro (R e ETM) fornece a informação necessária para determinar o

grau de precisão de uma série de mensurações (FRAINER et al., 2007).

O ultrassom é uma modalidade que através de ondas eletromagnéticas é

capaz de produzir alterações nos tecidos, por mecanismos térmicos e atérmicos.

Ele tem sido empregado em virtude de seus efeitos de aquecimento profundo,

obtendo efeitos biofisiológicos, como o aumento da taxa de metabolismo no

tecido, aumento da extensibilidade do colágeno, aumento do fluxo sanguíneo,

aumento da cicatrização, diminuição da sensibilidade de elementos neurais, alívio

de dor e espasmos musculares. O elevado conteúdo de água presente no tecido

adiposo torna-o um meio ideal para a passagem do ultra-som. Porém a eficácia

dos agentes térmicos fica reduzida quando o objetivo é atingir fáscias e músculos

localizados abaixo de grossas camadas de tecido adiposo. Dependendo do

parâmetro utilizado, os efeitos do ultrassom podem incluir o aumento da

velocidade de reparo do tecido e da cura das lesões, aumento do fluxo sanguíneo,

aumento da distensibilidade do tecido, dissolução de depósitos de cálcio, redução

de espasmo e da dor e para liberar medicamentos em tecidos subcutâneos

(KITCHEN, 2003; STARKEY, 2001).

O efeito mecânico do ultrassom é chamado de micromassagem celular,

sendo responsável por quase todos os efeitos da terapia, e para isso ele pode ser

usado tanto no modo contínuo quanto no modo pulsado tendo influência favorável

ou não de acordo com a intensidade. Os tecidos se movimentam aumentando

assim a circulação de fluídos intra e extracelulares, facilitando a retirada de

catabólitos e a oferta de nutrientes, a microcorrente acústica aumenta a

permeabilidade, podendo alterar a taxa de difusão dos íons, causando assim

alterações terapêuticas como o aumento na secreção pelos mastócitos, aumento

da captação de cálcio e maior produção de fator de crescimento pelos

macrófagos, o aumento da permeabilidade da membrana que é a base para

fonoforese (BORGES, 2006).

O ultrassom é capaz de proporcionar alteração no potencial de membrana e

aceleração dos processos osmóticos, o efeito térmico que é causado pela

absorção de suas ondas ultrassônicas, é capaz de aumentar o fluxo sanguíneo, a

permeabilidade de membrana e a extensibilidade dos tecidos ricos em fibras

colágenas, a vasodilatação que tem a função de manter a temperatura corporal

dentro de limites fisiológicos e liberação de substâncias capazes de provocar

aumento do fluxo sanguíneo, conseqüentemente vai ocorrer o aumento do

metabolismo que está relacionado com o aumento da temperatura e da

permeabilidade, a ação tixotrópica que é a propriedade de amolecer as estruturas

com maior consistência física e permitir o aumento da elasticidade tecidual, a

liberação de substâncias ativas farmacológicas como a de histamina, o efeito

sobre os nervos periféricos, estimulação da angiogênese, aumento das

propriedades viscoelásticas dos tecidos conjuntivos ricos em colágeno, e o

aumento das atividades dos fibroblastos, da síntese de colágeno e proteína, e

elevação dos níveis intracelulares de cálcio (BORGES, 2006).

Alguns outros exemplos de efeitos terapêuticos são regeneração tissular e

reparação de tecidos moles que é caracterizada pela cicatrização pós-cirurgia

plástica, e é dividida em três fases: antiinflamatória que é onde ocorrem mudanças

fisiológicas que irão ajudar na cicatrização. Esta fase ocorre nas primeiras doze

horas após a lesão (BORGES, 2006).

A fase proliferativa ocorre cerca de três dias após a lesão, havendo grande

proliferação de fibroblastos e células endoteliais, que irão promover uma

angiogênese. E a remodelagem que trata-se da formação de um novo tecido

podendo levar meses para acontecer (BORGES, 2006).

Outros efeitos que também valem a pena lembrar são antiinflamatório,

analgésico, fibrinolítico que é usado para dissolver massas solidificadas

desenvolvidas por um longo tempo ou processos de calcificação óssea, anti-

edematoso onde o calor gerado na terapia parece liquefazer como gel os restos

celulares, reflexo que é um tratamento segmentar onde se estimula uma região

distante da região a ser tratada e o relaxamento muscular (BORGES, 2006;

FUIRINI e LONGO, 1996; GUIRRO e GUIRRO, 2002; MACHADO, 1991;

STARKEY, 2001).

O ultrassom tem as seguintes indicações: processos fibróticos e processos

calcificados, transtornos circulatórios, tecidos em cicatrização, espasmos

musculares, neuromas, pontos gatilhos, condições inflamatórias agudas e

crônicas, pós-lipoaspiração, celulite, pós-subcisão e tratamento de gordura

localizada, sendo esta indicação avaliada neste estudo (FUIRINI e LONGO,1996;

GUIRRO e GUIRRO, 2002; MACHADO, 1991; STARKEY, 2001).

O ultrassom possui também uma lista de contra-indicações e precauções

como: áreas com hipoestesia, área com insuficiência vascular, aplicação ao nível

dos olhos, útero gravídico, área cardíaca, tumores malignos, testículos, varizes

trombosadas, inflamação séptica, osteoporose, afecções localizadas em tecidos

ósseos, implante metálico, epífises férteis, endopróteses, diabetes mellitus,

seqüela pós-traumática aguda, diretamente sobre o marca-passo e em feridas

abertas. (FUIRINI e LONGO, 1996; GUIRRO e GUIRRO, 2002; LOW e REED,

2001; STARKEY, 2001; YOUNG, 1998).

As técnicas de aplicação ultrassônicas podem ser das seguintes formas: a

primeira delas e o contato direto que é uma técnica usada sem propriedades

medicamentosas e/ou cosméticas. Normalmente é a mais utilizada por ser de fácil

aplicação, indicada para regiões planas para que tenha um perfeito contato de

toda a superfície do cabeçote com a pele, também existe o método subaquático

aonde se utiliza água como meio de transmissão. Indicada para regiões de

superfície irregular, onde não se tem um perfeito contato do cabeçote com a pele

ou quando o paciente refere sentir dor à pressão do cabeçote (BORGES, 2006).

Outro método utilizado é a da bolsa de água, consistindo na utilização de

uma bolsa de plástico ou de borracha cheia de água desgaseificada e sem bolhas

de ar coberto de gel acoplador, que deve ser colocada sobre a região a ser

tratada. Deve-se utilizar substância de acoplamento entre a pele e a bolsa e entre

a bolsa e o transdutor para então deslizar o cabeçote do ultrassom sobre a bolsa.

Encontramos entre as técnicas o método do reflexo segmentar: técnica pouco

utilizada, trata-se do uso do ultra-som para estimular áreas que não possam ser

estimuladas diretamente (BORGES, 2006).

E por fim a técnica da fonoforese, termo que descreve a habilidade do

ultrassom em incrementar a penetração de agentes farmacológicos ativos através

da pele. Trata-se de uma eficiente alternativa de transporte de substâncias, ou

seja, consiste em um método direto que utiliza substâncias cosmecêuticas em

forma de gel como meio de acoplamento mediante a energia ultrassônica. Esses

efeitos permitem que o ativo se difunda através da pele e penetre mais

profundamente nos tecidos. É a técnica mais usada na fisioterapia

dermatofuncional, e possui algumas vantagens como: ausências de possíveis

efeitos colaterais decorrentes de ações sistêmicas, a somatória de efeitos do

ultrassom associados aos da substância terapêutica introduzida (BORGES, 2006,

GUIRRO e GUIRRO, 2002; LOW e REED, 2001; MACHADO, 1991; STARKEY,

2001).

A aplicação da fonoforese pode ser de três formas: a primeira utiliza o

próprio produto terapêutico como meio acoplante durante toda a sessão, a

segunda o produto cosmecêutico é massageado na pele até sua absorção total e

depois aplica-se gel comum para a utilização do ultrassom, e a terceira consiste

na aplicação normal do ultra-som com o gel comum, em seguida limpa-se a região

com papel e massageia-se a região com o gel terapêutico (BORGES, 2006;

STARKEY, 2001).

Segundo BORGES (1996), os princípios ativos usados no tratamento de

lipodistrofia podem atuar promovendo aumento da circulação e ativando a

permeabilidade da pele. Dentre esses ativos encontra-se as algas e ativos

naturais, sendo os ativos mais utilizados com ação no tecido conjuntivo,

destacam-se o silício, Centella asiática e as metilxantinas (teobromina, teofilina,

aminofilina, cafeína, etc.), que tem ação na microcirculação de modificar

favoravelmente a permeabilidade capilar venosa e linfática (GUIRRO e GUIRRO,

2002).

A hidrólise de gorduras no nosso organismo é realizada efetivamente pela

enzima monofosfato cíclico de adenosina (AMPc), substância liberada na célula

adipócita por ação efetiva da mitocôndria. Logo, o acúmulo de gorduras nas

células está diretamente relacionado a quantidade insuficiente de AMPc que está

sendo produzida para a queima dessas gorduras acumuladas. Assim, os

procedimentos para tratamentos da gordura localizada podem ser orientados no

sentido de aumentar a produção desta enzima, para que ocorra maior combustão

das gorduras acumuladas em excesso (BORGES, 1996).

No presente estudo foi escolhido para a aplicação da fonoforese com gel

hidroalcoólico a 5% com o princípio ativo da cafeína, um derivado das

metilxantinas, que é largamente utilizada como um potencializador da resposta

lipolítica, pois inibe a fosfodiesterase, que degrada o AMP cíclico além de

antagonizar farmacologicamente os receptores de adenosinas (GUIRRO e

GUIRRO, 2002; SATTIN e RALL, 1970; SHUM et al., 1997).

O receptor de adenosina A1 é responsável por inibir a lipólise e a cafeína e

seus metabólitos, teofilina e teobromina, são responsáveis por inibir a ação neste

receptor 13. A cafeína também exerce um papel importante no sistema de

neurotransmissão/neuromodulação do sistema nervoso central, inibindo a ação da

adenosina. Receptores pré-sinápticos de adenosina A1 em ativação abrem os

canais de sódio e potássio, diminuindo a liberação de neurotransmissores

voltagem-dependentes. Assim, a cafeína com sua ação bloqueadora dos

receptores de adenosina pode aumentar liberação de neurotransmissores e

aumenta a excitabilidade neuronal (OLAH e STILES, 1995).

Por representar um problema de grande parte da sociedade, a lipodistrofia,

que atinge especificamente as mulheres que na maioria das vezes se encontram

insatisfeitas com seu corpo, isso pode ser notado não somente do ponto de vista

estético, mas também do ponto de vista da qualidade de vida, como por exemplo:

a baixa da auto-estima, diminuição da produtividade, por isso verifica-se a

necessidade de estudos nessa área. E, também justifica-se este estudo pela

importância de novas pesquisas quanto ao uso do ultrassom terapêutico no

tratamento da lipodistrofia, pois, há escassez de estudos nessa linha de pesquisa.

2. OBJETIVO

2.1. GERAL:

Avaliar o efeito da fonoforese com cafeína em Amigel® à 5% no tratamento

da lipodistrofia em abdome inferior.

2.2. ESPECÍFICOS:

• Avaliar alteração de peso em abdome inferior antes e depois de cada

sessão;

• Avaliar variação de perimetria em abdome inferior antes e depois de cada

sessão;

• Avaliar e prega cutânea abdominal e supra ilíaca antes e depois de cada

sessão;

• Verificar a manutenção, agravamento ou melhora dos resultados obtidos

após 2 meses do término da intervenção;

• Analisar o grau de satisfação com relação à resposta ao tratamento.

3. SUJEITOS E MÉTODOS

3.1. Sujeitos

Primeiramente esta pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética, consistindo

em um estudo de casos descritivos, onde foram estudadas três mulheres com

idades entre 20 e 25 anos, nuligestas, caucasianas e alunas do curso de

fisioterapia, que apresentavam visualmente lipodistrofia em abdome inferior.

Não foram incluídas mulheres que fizeram tratamento fisioterapêutico

prévio para lipodistrofia, ou que realizaram lipoaspiração ou qualquer outra técnica

cirúrgica para melhorar a lipodistrofia. Também foram excluídas mulheres que

faziam uso ou com histórico de uso prolongado de corticóides. O uso de

contraceptivos orais não foi considerado critério de exclusão, porém, foi solicitado

às voluntárias manter o uso durante a coleta de dados não mudando o seu

medicamento.

As voluntárias só se tornaram sujeitos de pesquisa após lerem e

concordarem com o termo de consentimento livre e esclarecido.

Essas voluntárias foram orientadas à informar as pesquisadoras caso

ocorresse alguma variação ou interferência externa á pesquisa, tais como

ansiedade, doença, medicação para que sejam descritas e acompanhadas e não

descontinuadas do estudo.

3.2. Métodos

Ao início da sessão o local a ser tratado foi higienizado com álcool, para

que não houvesseresíduos de outros produtos que possam interferir no resultado.

Foram realizadas doze sessões de ultrassom com intensidade 0.8 w/cm2,

cabeçote de 3MHz no modo contínuo em região de abdome inferior com tempo

calculado através da área a ser tratada/era (área efetiva de reação do ultrassom),

representada pela escolha do cabeçote.

Essas voluntárias então passaram por uma avaliação inicial e três

reavaliações, sendo a primeira em pré-intervenção, a segunda após a décima

segunda sessão, a terceira após 30 dias do término do tratamento e a quarta após

60 dias do término do tratamento.

Nestas avaliações foram observados os seguintes itens: a perimetria, sendo

esta realizada com uma fita métrica colocada sobre a pele e sem pressioná-la, 2

cm acima da espinha ilíaca Ântero-superior (Figura 1), segundo o Padrão Lohman

(1988), realizada em todas as sessões pré e pós intervenção; o peso foi verificado

em balança antropométrica (Figura 2) a cada sessão, pré e pós o tratamento e a

prega cutânea em abdome inferior que foi medida em região supra-ilíaca (Figura

3) e abdominal (Figura 4) através do adipômetro Lange (Figura 5) que foi

mensurado a cada sessão, antes e após o tratamento, realizado extra avaliadores.

Nas reavaliações foram observados pesos, perimetria, prega cutânea

abdominal e supra-ilíaca e também foram aplicados os questionários específicos

de nutrição e atividade física. Na quarta reavaliação foi adicionado a aplicação do

questionário específico sobre a satisfação das voluntárias.

Na avaliação pré-tratamento foi verificado além de todos os itens citados

acima, a altura para a verificação do IMC.

FIGURA 1- Perimetria

FIGURA 2- Balança antropométrica

FIGURA 3- Prega cutânea supra-ilíaca

FIGURA 4- Prega cutânea abdominal

FIGURA 5- Adipômetro Lange

3.3. Materiais

Para a intervenção foi utilizado ultrassom terapêutico da marca KLD, com

dois cabeçotes de 1 e 3 MHz, com cristal piezoelétrico de quartzo e cafeína com

concentração de 5% em gel de Amigel® , tendo como função ser o agente

lipolítico para o tratamento da lipodistrofia. Para a avaliação foi utilizada a fita

métrica para verificar a perimetria da região abdominal, a balança para o controle

do peso da paciente, o adipômetro para a medição da prega adiposa, e

questionários sobre a freqüência alimentar (Anexo II) e atividade física (Anexo III),

e outro para sabermos a satisfação do paciente em relação ao tratamento (Anexo

IV). As voluntárias assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido.

(Anexo V).

4. ANÁLISES DE DADOS

Os dados coletados foram anotados em fichas específicas (Anexo I)

descritas nos métodos, posteriormente transcritos para um programa de bases de

dados.

As apresentações dos resultados foram analisados por meio de tabelas e

gráficos.

5. RESULTADOS

No estudo sobre o efeito da cafeína por meio da fonoforese em abdome

inferior foram obtidos os seguintes resultados que serão a seguir descritos

detalhadamente.

O Gráfico 1 demonstra os resultados obtidos em relação ao peso das três

voluntárias durante as sessões de tratamento.

60626466687072747678808284868890

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Sessões

Pes

o (k

g) Voluntaria 1Voluntaria 2Voluntaria 3

Gráfico 1. Relação do peso das voluntárias obtidas nas sessões de

tratamento.

Com relação a variável peso, entre as voluntárias observou-se a

manutenção do mesmo durante as três primeiras sessões. Na análise dos

resultados entre a 4 ª e a 10 ª sessão foi verificado um comportamento similar

entre as três voluntárias com pouca variação de peso (Gráfico 1).

Observa-se que as voluntárias 2 e 3 apresentaram aumento de peso

corporal nas reavaliações, após 30 e 60 dias do término da terapia com a cafeína,

representados pelos números 13 e 14 respectivamente (Gráfico 1).

O Gráfico 2 relaciona a perimetria pré e pós tratamento para a voluntária 1.

80828486889092949698

100102104106108110

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Sessões

Med

ida

(cm

)

Pré tratamentoPós tratamento

Gráfico 2. Valores de perimetria no pré e pós tratamento da voluntária 1

A voluntária 1 obteve uma diminuição da perimetria em todas as sessões

com excessão da 9ª e 10ª sessões, sendo observado a manutenção da mesma

(Gráfico 2).

E nas reavaliações de 30 e 60 dias após o termino houve uma perimetria

com valor abaixo do inicial (Gráfico 2).

O Gráfico 3 relaciona a perimetria pré e pós tratamento para as voluntária 2

.

80828486889092949698

100102104106108110

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Sessões

Med

ida

(cm

)

Pré TratamentoPós Tratamento

Gráfico 3. Valores de perimetria no pré e pós tratamento da voluntária 2

Observou-se que a voluntária 2, apresentou diminuição da perimetria em

todas as sessões com excessão da 5ª e 11ª sessões onde manteve manutenção

da perimetria (Gráfico 3).

Nas reavaliações foi observado que a voluntária 2 mostrou um

comportamento similar ao da voluntária 1, com perimetria abaixo da pré

intervenção.

O Gráfico 4 relaciona a perimetria pré e pós tratamento para voluntária 3.

80828486889092949698

100102104106108110

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Sessões

Med

ida

(cm

)

Pré TratamentoPós Tratamento

Gráfico 4. Valores de perimetria no pré e pós tratamento da voluntária 3

Foi observado manutenção desta variável em todas as sessões, com

excessão da 6ª sessão em que houve uma redução da mesma (Gráfico 4).

Após o término do tratamento a terceira voluntária apresentou aumento da

perimetria, mostrando um comportamento controverso ao das voluntárias

anteriores (Gráfico 4).

Na análise da variável perimetria pré e pós tratamento com a cafeína,

verificou-se que as voluntárias 1 e 2 apresentaram um comportamento similar ,

demonstrando redução da perimetria na maioria das sessões. Enquanto a

voluntária 3 obteve a manutenção da perimetria na maioria das sessões (Gráfico

2, 3, 4).

O gráfico 5 demonstra o resultado obtido com relação à prega abdominal

Direita, pré e pós tratamento da primeira voluntária.

30343842465054586266

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Sessões

Med

ida

(mm

)

Pré tratamento Pós tratamento

Gráfico 5. Medidas relacionadas com a prega abdominal Direita da voluntária 1

A voluntária 1 apresentou manutenção da medida da prega abdominal

Direita nas 2ª, 5ª, 8ª, 10ª, 11ª sessões, e nas demais apresentou redução da

mesma (Gráfico 5).

Após o término do tratamento com a cafeína, a primeira voluntária

demonstrou aumento da medida da prega abdominal Direita (Gráfico 5).

O gráfico 6 demonstra o resultado obtido com relação à prega abdominal

Direita, pré e pós tratamento da voluntária 2.

30343842465054586266

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Sessões

Med

ida

(mm

)

Pré tratamentoPós tratamento

Gráfico 6. Medidas relacionadas com a prega abdominal Direita da voluntária 2

Foi observado que a voluntária 2 obteve manutenção da prega abdominal

Direita na 2ª,4ª, 5ª, 9ª e 10ª sessões, mantendo-se redução das medidas nas

demais sessões (Gráfico 6).

A voluntária 2 apresentou aumento da medida da prega abdominal Direita

somente na segunda reavaliação, após 60 dias do término (Gráfico 6).

O gráfico 7 demonstra o resultado obtido com relação à prega abdominal

Direita, pré e pós tratamento da voluntária 3.

30343842465054586266

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Sessões

Med

ida

(mm

)

Pré tratamentoPós tratamento

Gráfico 7. Medidas relacionadas com a prega abdominal Direita da voluntária 3

A voluntária 3 obteve redução da prega abdominal Direita na 2ª, 4ª, 9ª, 10ª,

11ª e 12ª sessões, mantendo-se manutenção nas demais sessões (Gráfico 7).

Na segunda reavaliação a voluntária 3, apresentou a mesma medida da

prega abdominal, avaliada no primeiro dia de tratamento (Gráfico 7).

Verificando os resultados da variável prega cutânea abdominal Direita,

notou-se que as voluntárias 1 e 2 obtiveram a maior mensuração de perda durante

as sessões da terapia com cafeína, seguida da voluntária 3, que demonstrou um

equilíbrio entre redução e manutenção da prega abdominal Direita durante o

estudo, sendo notável a diversidade de resultados entre as voluntárias (Gráfico 5,

6, 7).

O Gráfico 8 relaciona a prega abdominal Esquerda para a voluntária 1, no

pré e pós tratamento.

30343842465054586266

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Sessões

Med

ida

(mm

)

Pré tratamentoPós tratamento

Gráfico 8. Medidas relacionadas com a prega abdominal Esquerda da voluntária 1

A voluntária 1 obteve redução das medidas durante a maioria das sessões,

com excessão da 6ª, 9ª, 10ª, 11ª em que manteve a mesma medição (Gráfico 8).

Nas reavaliações foi observado que a voluntária 1 aumentou as medidas da

prega abdominal Esquerda (Gráfico 8).

O Gráfico 9 relaciona a prega abdominal Esquerda para a voluntária 2, no

pré e pós tratamento.

30343842465054586266

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Sessões

Med

ida

(mm

)

Pré tratamentoPós tratamento

Gráfico 9. Medidas relacionadas com a prega abdominal Esquerda da voluntária 2

Foi observado que a voluntária 2 apresentou apenas manutenção nas sessões

2ª, 4ª, 8ª, 9ª ,10ª, e redução durante as sessões restantes (Gráfico 9).

Após 60 dias do término do tratamento, a voluntária 1 apresentou aumento da

medida da prega abdominal Esquerda (Gráfico 9).

O Gráfico 10 relaciona a prega abdominal Esquerda para a voluntária 3, no

pré e pós tratamento.

30343842465054586266

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Sessões

Med

ida

(mm

)

Pré tratamentoPós tratamento

Gráfico 10. Medidas relacionadas com a prega abdominal Esquerda da voluntária 3.

Observou-se manutenção na 2ª, 4ª, 6ª e 7ª sessões das medidas

relacionadas a prega abdominal Esquerda, com redução da medidas nas demais

sessões (Gráfico 10).

Foi verificado que com relação a prega abdominal Esquerda, a voluntária 3

diminuiu suas medidas (Gráfico 10).

Quando comparada a mesma prega cutânea no lado Esquerdo, notou-se

variação dos resultados, pois no intervalo da 2ª e da 7 ª sessão a voluntária 1 e 3

apresentaram manutenção dessa prega cutânea, porém durante as outras

sessões de terapia foi verificado uma redução da prega cutânea abdominal

Esquerda entre as voluntárias.

Quando comparada as medidas da prega abdominal Direita com a prega

Abdominal Esquerda foi notado comportamento similar das voluntárias 1 e 2 em

relação ao tratamento pré e pós, porém os mesmos resultados não foram

verificados para a voluntária 3, que teve variação dos valores dessas medidas.

O gráfico 11 relaciona a prega supra-ilíaca Direita da primeira voluntária.

20242832364044485256

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Sessões

Med

ida

(mm

)

Pré tratamentoPós tratamento

Gráfico 11. Medidas relacionadas com a prega supra-ilíaca Direita da voluntária 1

Foi observado que na voluntária 1 as medidas da prega supra-ilíaca

obtiveram redução na maioria das sessões (Gráfico 11).

Nas reavaliações, foi observado o aumento da prega supra ilíaca Direita da

voluntária 1 (Gráfico 11).

O gráfico 12 relaciona a prega supra-ilíaca Direita da segunda voluntária.

20242832364044485256

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Sessões

Med

ida

(mm

)

Pré tratamentoPós tratamento

Gráfico 12. Medidas relacionadas com a prega supra-ilíaca Direita da voluntária 2

Na voluntária 2 pode-se observar um comportamento similar ao da voluntária

1, apresentando redução da prega supra-ilíaca direita na maioria das sessões

(Gráfico 12).

Na segunda reavaliação a voluntária 2, apresentou a mesma medida da

prega abdominal, avaliada no primeiro dia de tratamento (Gráfico 12).

O gráfico 13 relaciona a prega supra-ilíaca Direita da terceira voluntária.

20242832364044485256

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Sessões

Med

ida

(mm

)

Pré tratamentoPós tratamento

Gráfico 13. Medidas relacionadas com a prega supra-ilíaca Direita da voluntária 3

Quando observada as medidas da voluntária 3 notou-se também que a

mesma reduziu a medida da prega supra-ilíaca direita na maioria das sessões

(Gráfico 13).

Após o término do tratamento foi observado uma diminuição significativa

das medidas da prega supra ilíaca (Gráfico 13).

Com relação a variável prega supra ilíaca Direita, os resultados analisados

demonstraram que as três voluntárias reduziram as medidas da mesma na maioria

das sessões, verificando-se que cada voluntária apresentou três sessões de

manutenção durante toda pesquisa (Gráficos 11, 12, 13).

Os resultados obtidos em relação à prega supra-ilíaca Esquerda estão

demonstrados no Gráfico 14.

1014182226303438424650

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Sessões

Med

ida

(mm

)

Pré tratamentoPós tratamento

Gráfico 14. Medidas relacionadas com a prega supra-ilíaca Esquerda da voluntária 1.

Com relação aos resultados obtidos pela voluntária 1 na medida da prega

supra-ilíaca esquerda, observou-se que a mesma reduziu as medidas em oito das

sessões (Gráfico 14).

Na segunda reavaliação a voluntária 1, apresentou a mesma medida da

prega abdominal, avaliada no primeiro dia de tratamento (Gráfico 14).

O gráfico 15 demonstra os resultados obtidos em relação à prega supra-

ilíaca Esquerda da voluntária 2.

1014182226303438424650

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Sessões

Med

ida

(mm

)

Pré tratamento Pós tratamento

Gráfico 15. Medidas relacionadas com a prega supra-ilíaca Esquerda da voluntária 2.

A voluntária 2 apresentou 5 sessões de manutenção das medidas, sendo

que as sete sessões restantes foi observado redução das medidas da prega

supra-ilíaca Esquerda (Gráfico 15).

Nas reavaliações, os resultados demonstraram diminuição das medidas

relacionadas com a prega supra ilíaca Esquerda (Gráfico 15).

Os resultados obtidos em relação à prega supra-ilíaca Esquerda da

voluntária 3, que estão demonstrados no Gráfico 16.

1014182226303438424650

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Sessões

Med

ida

(mm

)

Pré tratamentoPós tratamento

Gráfico 16. Medidas relacionadas com a prega supra-ilíaca Esquerda da voluntária 3

Foi verificado que a voluntária 3 apresentou comportamento semelhante a

voluntária 2 (Gráfico 16).

Foi verificado que após 30 e 60 dias do término do tratamento houve um

aumento das medidas (Gráfico 16).

Ao comparar a prega supra ilíaca Direita e os resultados analisados obtidos

com a variável prega supra ilíaca Esquerda, foi possível verificar grande

semelhança nos resultados, pois ambas demonstraram redução da prega supra

ilíaca (Gráficos 14, 15, 16).

Em relação à alimentação observa-se em questionários específico,

aplicados pré intervenção comparando com a décima segunda sessão

(representado pela tabela 1 pela letra A) e na segunda reavaliação, após 60 dias

do término (representado pela letra B), obtendo-se os seguintes resultados.

Tabela 1.Questionário de freqüência alimentar das voluntárias durante a pesquisa

Itens Avaliados Voluntária 1 A B

Voluntária 2

A B

Voluntária 3

A B

Grupos Alimentares Leite e Derivados (11)

Carnes e Ovos (7)

Cereais (11)

Tubérculos (4)

FLV (2)

Frutas (2)

Leguminosas (2)

Refrigerante (2)

Bebida alcoólica (2)

Suco Industrializado

(5)

Óleos e Frituras (6)

Doces (13)

Molhos (3)

Diversos (4)

3 6

0 1

0 2

0 0

0 1

0 1

0 0

0 2

0 0

0 4

0 3

0 3

0 1

0 0

2 4

0 3

2 2

0 2

2 0

0 2

0 1

0 1

1 0

1 0

1 3

3 2

0 0

1 2

2 2

1 1

2 2

0 1

0 0

0 0

0 0

1 1

0 0

0 0

0 0

3 3

1 0

0 1

Ingestão Aumentada 3 24 13 23 10 11

Foram analisados os questionados onde foi verificado ao comparar a

ingestão de alimentos durante o tratamento que as voluntárias controlaram a

alimentação e após o término do mesmo houve aumento da ingestão de vários

grupos alimentares.

Quando comparada às tabelas da primeira avaliação com a décima

segunda sessão e a segunda reavaliação, houve maior ingestão alimentar da

voluntária 1 que aumentou o numero de itens de 3, na 12 sessão, para 24 na

segunda reavaliação, seguida da voluntária 2.

A avaliação da atividade física mostrou que as três voluntárias responderam

não praticá-la a mais de três meses, impossibilitando o detalhamento da segunda,

terceira e quarta questão, pois estavam correlacionadas a esta variável. Este

questionário foi aplicado com as voluntárias pré intervenção, décima segunda

sessão e na primeira e segunda reavaliação.

Ainda relacionado ao questionário sobre a atividade física, quando

investigadas com relação a intensidade das atividades físicas comparando-a com

pessoas de mesma idade, em seu tempo livre, as respostas estavam

contempladas com intensidade entre baixas e muito baixas para a pergunta em

questão, reafirmando a rara atividade física entre as voluntárias.

Quando questionadas sobre a transpiração durante as atividades de lazer

ou ocupação, as respostas obtidas foram que apresentam transpiração

freqüentemente.

Na última questão do formulário quando questionadas a pratica de esportes

nas atividades de lazer, as três voluntárias responderam que o faziam raramente.

Quando questionadas sobre o grau de Satisfação em relação ao

tratamento, duas das voluntárias relataram Parcialmente satisfeitas e uma

voluntária relatou que estava satisfeita. Quando questionadas sobre a Nota para o

tratamento foi obtido a nota com média 5,5 ± 2,1. Os resultados verificaram que

todas as voluntárias relataram Sim para a continuação do tratamento ou indicação

do mesmo. Porém, em contradição com as respostas anteriores, as voluntárias

relataram que não houve melhoria da estética física do abdome.

6. DISCUSSÃO

Na pesquisa observou-se com relação aos dados relacionados à idade e

atividade física que a amostra mostrou-se homogênea. Porém as voluntárias

constituíram um grupo heterogêneo com relação as variáveis peso, ingesta

alimentar, prega cutânea abdominal e prega supra- ilíaca.

As mulheres da pesquisa apresentaram discreta variação com relação ao

peso, sendo possível relacioná-lo a uma restrição alimentar, como sendo uma

estratégia comportamental e cognitiva, usada para controlar o peso corporal,

enquanto estavam em tratamento, porém o mesmo comportamento não foi

observado após o término do mesmo. O termo restrained eating foi definido como

uma tendência de restringir o consumo alimentar conscientemente, a fim de

prevenir o ganho de peso ou promover sua perda (BERNARDI et al., 2005).

Além disso, há uma possível correlação com a alimentação inconsciente,

pois as voluntárias encontravam-se em sobrecarga emocional, pois relatavam ter

compromissos relacionados ao estágio em fisioterapia, tais como serem avaliados

pelos supervisores, pelas condutas realizadas nos atendimentos, trabalhos ou

fichas a serem entregues. Lembrando que o comportamento alimentar envolve o

apetite (sensação de fome e saciedade), os estados motivacionais e a

necessidade de ingestão energética (processos fisiológicos e metabólicos),

coordenados pela atividade dos sistemas nervosos periférico e central (vias

neurais e receptores) (BERNARDI et al., 2005). A ingesta alimentar, em diferentes condições emocionais, parece ocorrer

mais evidentemente na vigência de excesso de peso, pois os indivíduos obesos

consomem mais alimentos em situação de estresse emocional, mas esse tipo de

ingesta acomete principalmente o gênero feminino, que comem excessivamente

como mecanismo compensatório em situações de ansiedade, depressão, tristeza,

raiva (BERNARDI et al., 2005). Apesar do estresse não ter sido uma variável

estudada neste trabalho, este estado foi referido pelas voluntárias informalmente

durante a intervenção.

Encontra-se na literatura, que durante a fase lútea do ciclo menstrual,

ocorre um aumento da concentração de estrógeno, que por sua vez produz a

retenção hídrica gerando o edema, ou seja, infiltração de líquido dentro e fora das

células, mantendo os níveis de LH e FSH baixos. A mulher possui grande

quantidade de estrógeno circulante que estimula enzimas que produzem o

acúmulo de gordura nos adipócitos, com conseqüente aumento de tamanho.

(BERTRANOU, 2003; BEREK, 1998). Isto influencia diretamente as medidas

antropométricas femininas das voluntárias, como a perimetria e peso.

Outro tipo de interferência hormonal na variação de peso é a anticoncepção

hormonal oral, através dos hormônios estrogênio e prosgestogênio, podendo

ocorrer efeitos colaterais como aumento de peso corporal, bem como a retenção

hídrica, que refletem na perimetria (FEBRASGO, 2001). Segundo Hatcher et al.

(2001) e SPEROFF et al. (1995), dentre os efeitos colaterais do uso dos

contraceptivos orais estão: ganho de peso e edema pré menstrual, aumento de

apetite e ganho de peso constante, confirmando a literatura acima. No presente

estudo foi observado que as voluntárias faziam o uso do mesmo, podendo então

este contraceptivo oral ter influenciado na perimetria das mesmas.

Os contraceptivos orais de alta dosagem de prosgestogênio têm

propriedade anabolizante e, principalmente, quando a sua ingestão é prolongada

por seis a doze meses. Na verdade, os prosgestogênios determinam a retenção

de sódio e os estrogênios determinam o acúmulo de gordura. A retenção de água

e sódio pode ser responsável por algum ganho de peso, porém, o mais provável é

que a usuária esteja consumindo mais alimentos (FEBRASGO, 2001).

Segundo a citação de Lima et. al. (2002) fatores fisiológicos como,

alimentação, exercício físico e idade; bem como patológicos, entre eles, a

obesidade, o diabetes e as dislipidemias; podem interferir na lipólise. Além disso, a

heterogeneidade nos depósitos de gordura e as diferenças ligadas ao sexo e

diversidade de hormônios (GH, cortisol, glucagon,) promovem uma complexidade

na regulação da lipólise.

Os dois aspectos mais apresentados quando relacionados a um quadro de

balanço energético positivo têm sido mudanças no consumo alimentar, com

aumento do fornecimento de energia pela dieta, e redução da atividade física,

configurando o que poderia ser chamado de estilo de vida ocidental

contemporâneo (MENDONÇA e ANJOS, 2004). Sendo que esse estilo de vida

mostrou-se semelhante ao das voluntárias da pesquisa. Apesar das voluntárias terem sido orientadas a não alterarem a ingesta

alimentar, assim como a atividade física, isso não ocorreu durante o estudo, pois

todas aumentaram a ingesta alimentar, aumentando assim o peso e as pregas

cutâneas abdominais, após a terapia com a fonoforese, sendo que as duas

principais fontes de alteração do estado nutricional no acúmulo de peso são os

maus hábitos alimentares e o sedentarismo, diretamente influenciados por hábitos

de vida pouco saudáveis (CARDOSO,2006; MENDONÇA e ANJOS, 2004).

Acompanhando o processo de urbanização e modernização, as pessoas

mudaram seus hábitos, passando a consumir dietas mais calóricas, comidas

prontas ou semi-prontas, lanches rápidos, alimentos com baixa nutrição e alto teor

calórico e “fast foods” preparados com maior quantidade de carboidratos, gorduras

saturadas, insaturadas e colesterol, aliados à prática cada vez menor de

atividades físicas (MENDONÇA e ANJOS, 2004).

Quando questionadas em relação a prática de atividade física, foi analisado

que as voluntárias mostraram-se sedentárias, sendo as mesmas orientadas para

que mantivessem esse comportamento durante todo o estudo, pois segundo

Rollnick (1996) e Bernardi (2005) mudanças no comportamento alimentar e na

atividade física constituem processos ativos nos quais as pessoas têm de se

esforçar, consciente e consideravelmente, a fim de mudar antigos hábitos.

Podendo isso ter influenciado negativamente nos resultados do estudo.

No presente estudo, para a avaliação pré e pós tratamento das variáveis

perimetria, prega cutânea abdominal e supra ilíaca foram realizadas medidas

antropométricas interavaliadores, sendo as mesmas realizadas três vezes onde a

medida considerada real, foi obtida através da média, dificultando assim erro

técnico de medição, citado pela International Society for Advancement in

Kinanthropometry (ISAK).

Com relação ao uso do princípio ativo utilizado no estudo, a cafeína, pode

se observar a escassez de embasamento em estudos científicos com o uso da

mesma em lipodistrofia abdominal, pois a mesma só foi aplicada em tratamento

de fibro edema gelóide, que segundo a indicação de GUIRRO e GUIRRO (2002)

uso do ultra-som no tratamento do fibro edema gelóide está vinculado à sua

capacidade de fonoforese, sendo verificado resultados positivos, ao qual se

justifica a escolha deste cosmecêutico nesta pesquisa.

7. CONCLUSÃO

Na avaliação do peso, todas as voluntárias mantiveram um comportamento

similar, com pouca variação de peso durante o tratamento, mas após o mesmo foi

observado o aumento de peso entre as voluntárias.

Com relação a variável perimetria foi observado que duas voluntárias

apresentaram redução entre pré e pós tratamento com a cafeína, enquanto uma

voluntária manteve a perimetria, porém, foi observado um comportamento similar

ao peso, onde as mesmas demonstraram aumento de perimetria após a o término

da intervenção, sendo os mesmos resultados encontrados nas pregas cutâneas

abdominais entre as voluntárias.

Quando analisada a variável prega supra ilíaca Direita e Esquerda foi

possível verificar grande semelhança nos resultados, pois todas demonstraram

redução das medidas.

De acordo com os resultados apresentados com relação a ingestão

alimentar, foi observada uma restrição alimentar durante a intervenção de cafeína

por meio da fonoforese, mas após o término do mesmo, observou-se que as

voluntárias aumentaram a ingestão alimentar.

Na variável atividade física não se obteve mudança de comportamento,

sendo as voluntárias classificadas como sedentárias durante todo estudo.

Os resultados apresentados com relação ao questionário de satisfação,

mostraram que duas voluntárias relataram estar satisfeitas com o tratamento, as

três voluntárias que continuariam o tratamento, porém, relataram não haver uma

melhora estética no abdome.

Neste estudo os resultados sobre o efeito da cafeína por meio da

fonoforese mostraram-se discretos no tratamento da lipodistrofia em abdome

inferior, porém após 30 e 60 dias do término da intervenção os resultados não se

mantiveram, onde se conclui que a mesma não se mantém a longo prazo, nas

condições de aplicação da técnica desenhada neste estudo.

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ROLLNICK, S. Behavior change in practice: targeting individuals. Int J Obes

Relat Metab Disord. 1996.

ROSSI, M. H. Dermato Panulopatias e Ultra-som, Material do IBRAPE, 2001.

SPEROFF, L., GLASS, R. H., KASE, N. G., Endocrinologia ginecológica clínica

e infertilidade. São Paulo: Manole, 1995.

STARKEY, C.; Recursos terapêuticos em fisioterapia; 1ª edição, São Paulo:

Manole, 2001.

SHUM, S., SEALE, C., HATHAWAY, D., CHUCOVICH, V., BEARD, D.;Acute

caffeine ingestion fatalities: Management issues. Vet. Hum. Toxicol., 1997.

SATTIN, A.; RALL, T. W.; The effect of adenosine and adenine nucleotides on the

cyclicadenosine 3’ 5’ –phosphate content of guinea pig cerebral cortex slices. Mol.

Pharmacol., 1970.

YOUNG, S. Terapia por Ultra-Som. In: KITCHEN, S.; BAZIN, S. Eletroterapia de

Clayton. 10ª edição. São Paulo: Manole, 1998.

Sociedade Brasileira de medicina estética: Disponível em site oficial:

http://www.sbme.org.br

Acesso em: 15 de novembro de 2007

9.ANEXOS

ANEXO I. Tabela para coleta de dados

sessão

sessão

sessão

sessão

sessão

6ª sessão

Data

Peso

(Kg)

sessão

sessão

sessão

10ª

sessão

11ª sessão 12ªsessão

Data

Peso

(Kg)

30 dias do término 60 dias do término

Data

Peso (kg)

Perimetria (cm)

sessão

sessão

sessão

sessão

sessão

6ª sessão

Pré-

tratam.

Pós-

tratam.

sessão

sessão

sessão

10ª sessão 11ªsessão 12ªsessão

Pré-

tratam.

Pós-

tratam.

30 dias do término 60 dias do término

Pré-tratam.

Pós-tratam.

Prega Abdominal (mm)

sessão

sessão

sessão

sessão

sessão

6ª sessão

Pré-

tratam.

Pós-

tratam.

sessão

sessão

sessão

10ª sessão 11ªsessão 12ªsessão

Pré-

tratam.

Pós-

tratam.

30 dias do término 60 dias do término

Pré-tratam.

Pós-tratam.

Prega Supra-ilíaca (mm)

sessão

sessão

sessão

sessão

sessão

6ª sessão

Pré-

tratam.

Pós-

tratam.

sessão

sessão

sessão

10ª sessão 11ªsessão 12ªsessão

Pré-

tratam.

Pós-

tratam.

30 dias do término 60 dias do término

Pré-tratam.

Pós-tratam.

Observações:

1ª sessão 2ª sessão 3ª sessão

4ª sessão 5ª sessão 6ª sessão

7ª sessão 8ª sessão 9ª sessão

10ª sessão 11ª sessão 12ª sessão

30 dias do término 60 dias do término

ANEXO II. Questionário de alimentação

Grupo de alimento

>1x/dia 3-4x/semana

1-2x/semana

1x/mês nunca

Leite e derivados

Leite desnatado

Leite integral

Vitamina (leite +

fruta)

Iogurte

desnatado

Iogurte integral

Queijo magro

(ricota,

mussarela, prato)

Queijo gordo

Requeijão

Manteiga

Coalhada

Achocolatado

(toddynho)

Carnes e ovos

Carne de boi

Carne de porco

Frango

Peixe

Ovo

Embutidos

(salsicha,

hambúrguer)

Embutidos

(presunto,

salame, peito de

peru...)

Outras

Cereais

Arroz

Macarrão

Pão francês,

forma, italiano,

bisnaguinha

Croissant

Pão de queijo

Milho verde

Cereais matinais

Aveia

Farinha

(mandioca,

milho, tapioca)

Barra de cereais

Pipoca

Tubérculos

Batata

Mandioca

Mandioquinha

Inhame, cará

FLV

Folhas

Legumes

Frutas

In natura

Suco natural

Leguminosas

Feijão

Lentilha, ervilha,

soja, grão de

bico...

Oleaginosas

Refrigerante

Normal

Diet

Bebida alcoólica

Destiladas

Fermentadas

Suco industrializado

Polpa

Concentrado

(Maguari)

Pó (Tang)

Preparado (Del

Valle)

De soja

Óleos e frituras

Margarina

Maionese

Azeite

Óleo vegetal

Frituras

Banha de

porco/bacon

Doces

Geléia

Doce de frutas

Chocolate

Bolo recheado

Bolo simples

Doces diversos

(mousse,

bomba...)

Bolacha

recheada

Bolacha salgada

Chocolate em pó

(Nescau, Toddy)

Mel

Açúcar

Bala

Chiclete

Molhos

Mostarda

Catchup

Shoyu

Diversos

Salgadinho de

pacote

Salgado frito

(coxinha, risolis)

Salgado assado

(esfiha, empada,

pão de batata)

Fast food

ANEXO III. Questionário de Atividade Física

1.Você pratica algum tipo de esporte ou está envolvido em programas de

exercícios físicos?

( )Sim, ____________________________________

( )Não.

2.O esporte/programa de exercícios físicos que você mais freqüentemente pratica

apresenta intensidade:

( )baixa

( )moderada

( )elevada

3.Durante quantas horas/semana você pratica esse esporte/programa de

exercícios físicos?

( )< 1h

( )1-2h

( ) 2-3h

( )3-4h

( )> 4h

4.Durante quantos meses/ano você pratica esse esporte/programa de exercícios

físicos?

( )< 1 mês

( )1-3 meses

( )4-6 meses

( )7-9 meses

( ) > 9 meses

5.Em comparação com outras pessoas da mesma idade, você acredita que as

atividades que realiza durante seu tempo livre são fisicamente:

( 5 ) muito elevadas

( 4 ) elevadas

( 3 ) iguais

( 2 ) baixas

( 1 ) muito baixas

6. Nas atividades de lazer e de ocupação do tempo livre você transpira:

( 5 ) muito freqüentemente

( 4 ) freqüentemente

( 3 ) algumas vezes

( 2 ) raramente

( 1 ) nunca

7. Nas atividades de lazer e de ocupação do tempo livre você pratica esportes:

( 1 ) Nunca

( 2 ) Raramente

( 3 ) Algumas vezes

( 4 ) Freqüentemente

( 5 ) Sempre

ANEXO IV. Questionário de Satisfação

1.Você ficou satisfeita com o tratamento?

( )Sim.

( )Parcialmente.

( )Não.

2.Atribua uma nota para o tratamento de 0 a 10:

( ) 0- 3

( ) 4-7

( ) 8-10

3.Você continuaria o tratamento?

( )Sim

( )Não.

4. Você indicaria o tratamento a alguém?

( )Sim

( )Não.

5.Houve uma melhora na estética física do abdômen?

( )Sim

( )Não.

ANEXO V. Termo de consentimento livre e esclarecido

Termo de consentimento

Comitê de ética em pesquisa - ciências biológicas e da saúde

Tratamento da Lipodistrofia em abdome inferior através da fonoforese

Responsáveis: Profa. Ms. Katiuscia Rosette

Scasni

Marina Aparecida de

Morais

Tatiane Mori Marcassa

Eu,

___________________________________________________,______anos,

portador do RG _____________________________, residente

____________________ _______________________________, dou meu

consentimento livre e esclarecido para participar como voluntário do projeto de

pesquisa supracitado.

Assinando esse termo de consentimento, estou ciente de que:

1- O presente estudo tem por objetivo avaliar o efeito do ultra-som para o

tratamento da lipodistrofia em abdome inferior. Serão realizadas doze sessões

com quatro avaliações onde o presente estudo poderá ou não apresentar

alterações.

2- Durante o estudo, deverei responder ao questionário proposto pelos

pesquisadores;

3- A participação neste estudo não me acarretará nenhum malefício ou prejuízo

terapêutico.

4- Obtive todas as informações necessárias para poder decidir conscientemente

sobre minha participação na referida pesquisa;

5- Meus dados pessoais serão mantidos em sigilo e os resultados gerais obtidos

através da pesquisa serão utilizados apenas para alcançar os objetivos do

trabalho exposto acima, incluindo sua publicação na literatura especializada;

6- Em caso de intercorrência deverei procurar pessoalmente a Clínica de

Fisioterapia da USF, ou solicitar através do telefone da referida clínica (11) 4034-

8133, que contatem a responsável pelo projeto;

7- Poderei contatar o Comitê de Ética em Pesquisa para apresentar recursos ou

reclamações em relação à pesquisa através do telefone: (11) 4034- 8009;

8- Poderei contatar os responsáveis pelo estudo, sempre que necessário, pelo

telefone: (11) 96045500 e (11) 74855405;

9- Caso eu decida em não participar mais da pesquisa não serei prejudicado em

nenhum tratamento posteriormente realizado nas dependências da Clínica de

Fisioterapia da USF.

10- O sujeito poderá abandonar o tratamento em qualquer momento em que

desejar, sem prejuízo.

11- Esse termo de consentimento é feito em duas vias, sendo que uma

permanecerá em meu poder e outra com o pesquisador responsável.

Bragança Paulista, _________ de

_______________________________________de 2008.

Voluntário:_________________________________________________________

___________

Profa. Ms. Katiuscia Rosette Scasni

________________________________________________

Marina Aparecida de Morais:

_____________________________________________________

Tatiane Mori Marcassa:

_________________________________________________________