marilia fonseca - políticas públicas

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Universidade Federal da Grande DouradosPrograma de Pós-Graduação em Educação

Faculdade de Educação

Políticas públicas para a qualidade da educação brasileira: entre o utilitarismo econômico e a responsabilidade social –

Marília FonsecaTrabalho desenvolvido na disciplina: Estudos em Gestão Educacional, orientado pelo Prof. Dr. Paulo Gomes Lima

Dourados-MS2011

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Sobre a autora

Possui graduação em Licenciatura em Letras pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1964), mestrado em Educação pela Universidade de Brasília (1977) e doutorado em Ciências da Educação - Universite de Paris V (René Descartes) (1992). Atualmente é professora colaboradora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília. Tem experiência nas áreas de Políticas Públicas e Gestão Educacional, atuando principalmente nos seguintes temas: educação básica e superior; inovação e avaliação da educação brasileira.

FONSECA, Marília

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A autora discute sobre a concepção de gestão escolar no Plano de Desenvolvimento da Escola - PDE (que é concebida mais no viés da gestão gerencial, com planejamento estratégico) e no Projeto Político Pedagógico - PPP (sinalizando para a gestão democrática, com a questão da autonomia escolar) numa perspectiva de abordagem qualitativa.

O PDE é o projeto principal do Programa

Fundo de Desenvolvimento da

escola – FUNDESCOLA (planejamento

estratégico com racionalização e

eficiência administrativa

com redução dos gastos educacionais e que os

municípios deve se responsabilizar-se pelo sucesso ou insucesso

do processo de implementação desses

projetos.

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Fonseca (2009) estruturou seu texto em quatro eixos, sendo eles:

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Elenca dois objetivos, sendo eles:

Analisar a gênese do programa FUNDESCOLA, captando o movimento de concepção e estruturação a partir do entendimento dos interlocutores escolares ;

Compreender a relação estabelecida entre o PDE, principal componente do Fundo e PPP no âmbito das escolas e dos sistemas de ensino.

Fonseca (2009) cita que na década de 90, com influências de políticas neoliberais - houve novos caminhos organizacionais para escola, com estratégias de descentralização e autonomia, visando liderança, por meio da figura do diretor, treinamento, com os cursos de capacitação e formação do quadro de professores e parcerias, entre a escola e outras instituições, tanto pública quanto privada, principalmente com financiamento dos organismos internacionais (FMI, BIRD).

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Contextualiza sobre a gestão escolar na legislação brasileira com viés democrático, a partir de dois documentos legais, que são:

CF/1988 LDB/1996

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Fonseca (2009) afirma que os programas do governo federal visa atingir a descentralização e autonomia, e realiza análise de alguns, dentre eles estão:

Programa Dinheiro Direto na

Escola (PDDE)

Programa de Descentraliza

ção de Recursos

Financeiros (PDRF)

Pró-Qualidade FUNDESCOLA

financiados pelo Banco Mundial

(BM), com busca nacional e

também entre parcerias entre o

país e outros países

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Segundo Fonseca (2009), na proposta do PPP e no PNE – os termos de autonomia e participação – enfatizando a construção de sua proposta pedagógica e não como PPP como a autora elencou, então ela foi infeliz ao afirmar isso, sendo que o termo político não foi enfatizado. Os programas tinham seus conceitos já difundidos, e que se pautava em:

FUNDESCOLAmetas e estratégias inovadoras, com a colaboração das

secretarias municipais.

PDE – escola

visa a modernização da gestão e o fortalecimento da autonomia mediante

a adoção do planejamento estratégico – essa autonomia escolar

será assegurada pela destinação de recursos geridos diretos, geridos

pelo conselho escolar (p. 308).

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o O PDE tem sido recebido por todos os governos estaduais e sua inserção é feita por meio de instrumentos de controle, com manuais para o acompanhamento e planejamento das ações, com normas para a prestação de contas do dinheiro repassado a escola, com processo de escolha do diretor.

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Fonseca (2009) elenca como sendo suas considerações finais:

A concepção disseminada pelo FUNDESCOLA se contrapõe à proposta do PPP, com uma proposta burocrática que vem se fortalecendo nas escolas, e novamente o PDE-escola se sobrepõe ao PPP, a base teórico-metodológica do PDE provem da visão sistêmica, seus objetivos são orientados racionalmente para resultados ou produtos e o planejamento do PDE privilegia a racionalização de gastos, a eficiência operacional e a busca de resultados.

E há também a indução dos sistemas públicos de ensino a adotarem modelos que se mostraram eficientes em setores econômicos ou na iniciativa privada, os poucos ganhos não duram mais que o tempo de execução desses projetos e o caráter transitório e fugaz da cooperação internacional, no que diz respeito às ações educacionais. O mesmo não se aplica à questão do financiamento.

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Ana Paula Moreira de Sousa e Marília Fonseca (Participação em uma banca na UFGD)

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