maria de noronha-frei luis de sousa
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Almeida Garrett
Maria de Noronha
Frei Luís de Sousa
Maria é uma rapariga de 13 anos, é alta, bela, é frágil, delicada e doente de tuberculose. É o ideal da mulher romântica.
Caracterização Física
Ato Primeiro, Cena II
Linha 21: Telmo (…) “Não, a senhora D. Maria já é mais alta.”
Linha 23: Telmo (…) “Então! Tem treze anos feitos, é quase uma senhora, está uma senhora…”
Linha 51: D. Madalena “É a minha única filha; não tenho… nunca tivemos outra… e, além de tudo o mais, bem vês que não é uma criança…muito… muito forte.”
Linha 53: Telmo (…) “É … delgadinha, é. Há de enrijar. (…)”
Ato terceiro, Cena I Linha 30: Manuel (…) “Uma filha bela, pura, adorada (…) na
testa branca e pura de um anjo (…)
D. Maria é muito religiosa, acredita no sebastianismo, é uma criança compreensiva, carinhosa, patriota, sonhadora, inteligente, observadora, curiosa, culta, avançada para a sua idade e tem um bom coração.
Caracterização psicológica
Ato primeiro, Cena II Linha 26: Telmo “(…) Um anjo como aquele…
Uma viveza, um espírito!... E então aquele coração!”
Linha 59: Telmo “(…) a fazer-me tais meiguices, e a fazer-se-me um anjo tal formosura e de bondade (…)”
Ato primeiro, Cena III Linha 22: D. Madalena “Minha querida Maria,
que tu hás de estar sempre a imaginar nessas coisas que são tão pouco para a tua idade!
Ato primeiro, Cena IV Linha 19: Maria “(…) É que vos tenho lido nos olhos…
Oh, que eu leio nos olhos, leio, leio!... E nas estrelas do céu também – e sei coisas…”
Linha 34: D. Madalena “Sonhar, sonhas tu acordada, filha! (…)”Ato primeiro, Cena V
Linha 14: Maria “Coitado do povo! Que mais valem as vidas deles? Em pestes e desgraças assim eu entendia, se governasse, que o serviço de Deus e do rei me mandava ficar, até à última, onde a miséria fosse mais e o perigo maior, para atender com remédio até à última (…)”Ato segundo, Cena I
Linha 22: Maria “Creio! Oh se creio! Que são avisos que Deus nos manda para nos preparar.”
D. Maria é Sebastianista;
Ato primeiro; Cena III Linha 15: Maria “(…) ninguém nesta
casa gosta de ouvir falar em que escapasse o nosso bravo rei, o nosso santo rei D. Sebastião (…)”
Características românticas
Contemplação pela natureza;
Ato primeiro; Cena III Linha 2 - Maria “(…) e sentada a olhar
para o rio a ver as faluas e os bergantins que andam para baixo e para cima (…)”
Características românticas
Representa os ideais da “mulher anjo”;Maria é a única personagem inocente no
desenrolar da ação;Gosto pelo saber;Patriotismo;Religiosidade;Contemplação pela natureza; Morte física no final da peça (vítima do
enredo)
Características românticas
Pathos – Doença de Maria e agravação da mesma; Descobrimento que é uma ‘filha bastarda’.
Catástrofe/Climax - Reconhecimento que é uma filha bastarda.
Aniquilamento – Maria morre moralmente, com vergonha e seguidamente morre físicamente.
Características trágicas
• D. Maria de Noronha é apresentada como uma “menina anjo” e é uma rapariga de 13 anos frágil e delicada de corpo mas forte e inteligente psicologicamente.
• É culta e tem sangue nobre pois é filha de D. Madalena de Vilhena e de D. Manuel de Sousa Coutinho.
• É uma criança precoce para a sua idade pois ao longo da peça revela uma personalidade avançada para a idade.
• É um ideal de romantismo.• É muito religiosa e patriota.• A personagem sofre uma morte moral e física.