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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES ESCOLA, UM AMBIENTE DE SATISFAÇÃO OU INSATISFAÇÃO? MARIA APARECIDA DOS REIS PROFESSORA ORIENTADORA MARIA ESTHER, KELLY CRISTINE FERNANDES FRANCISOCO Itabira 2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

ESCOLA, UM AMBIENTE DE SATISFAÇÃO OU

INSATISFAÇÃO?

MARIA APARECIDA DOS REIS

PROFESSORA ORIENTADORA MARIA ESTHER, KELLY

CRISTINE FERNANDES FRANCISOCO

Itabira 2009

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

ESCOLA, UM AMBIENTE DE SATISFAÇÃO OU

INSATISFAÇÃO?

MARIA APARECIDA DOS REIS

Monografia apresentado para conclusão de Pós-Graduação em Orientação Educacional, pelo Instituto Cândido Mendes, sob orientação da professora Maria Esther e Kelly Cristine Fernandes Francisco.

Itabira

2009

Dedicatória: Dedico em especial a memória de “Maria Fernanda”, e ao Senhor Jandiro pelo amor e carinho recebidos, e compreensão pelas minhas ausências.

Agradecimentos: Agradeço em primeiro lugar a Deus pela vida, pelos momentos difíceis, pelas

lágrimas e pelos sorrisos e em especial a algumas pessoas que contribuíram

pelo meu sucesso como: Maria da Glória, Senhor Jandiro, Nete, Valéria, Sintia,

Ducarmo e minha mãe pelo amor e fé. Agradeço também à “Maria Fernanda"

que esteve presente entre nós por muito pouco tempo,

Árvore de Amigos

Existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples fato de terem cruzado o nosso caminho.

Algumas percorrem ao nosso lado, vendo muitas luas passarem, mas outras apenas vemos entre um passo e outro.

A todas elas chamamos de amigo. Há muitos tipos de amigos.

Talvez cada folha de uma árvore caracterize um deles. O primeiro que nasce do broto é o amigo pai e o amigo mãe.

Mostram o que é ter vida. Depois vem o amigo irmão, com quem dividimos o nosso espaço para que ele

floresça como nós. Passamos a conhecer toda a família de folhas, a qual respeitamos e

desejamos o bem. Mas o destino nos apresenta outros amigos, os quais não sabíamos que iam

cruzar o nosso caminho. Muitos desses denominados amigos do peito, do coração.

São sinceros, são verdadeiros. Sabem quando não estamos bem, sabem o que nos faz feliz...

Às vezes, um desses amigos do peito estala o nosso coração e então é chamado de amigo namorado.

Esse dá brilho aos nossos olhos, música aos nossos lábios, pulos aos nossos pés.

Mas também há aqueles amigos por um tempo, talvez umas férias ou mesmo um dia ou uma hora.

Esses costumam colocar muitos sorrisos na nossa face, durante o tempo que estamos por perto.

Falando em perto, não podemos esquecer dos amigos distantes. Aqueles que ficam nas pontas dos galhos, mas que, quando o vento sopra,

sempre aparecem novamente entre uma folha e outra. O tempo passa, o verão se vai, o outono se aproxima, e perdemos algumas de

nossas folhas. Algumas nascem num outro verão e outras permanecem por muitas estações.

Mas o que nos deixa mais feliz é que as que caíram continuam por perto, continuam alimentando a nossa raiz com alegria.

Lembranças de momentos maravilhosos enquanto cruzavam com o nosso caminho.

Desejo a você, folha da minha árvore, Paz, Amor, Saúde, Sucesso, Prosperidade... Hoje e Sempre... simplesmente porque:

Cada pessoa que passa em nossa vida é única. Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós.

Há os que levaram muito, mas não há os que não deixaram nada. Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e a prova evidente de que duas

almas não se encontram por acaso.

RESUMO

Este trabalho teve início durante os estágios exigidos na graduação, que logo apareceu o desânimo, pois havia uma incoerência entre a teoria estudada e a prática em sala de aula. Então a partir das primeiras pesquisas estas memórias começaram a serem escritas, o que então trouxe uma satisfação imensa. Registrar estas experiências, com o objetivo de compará-las a teoria estuda, e responder a algumas questões como: até onde é coerente a educação integral da pessoa? Até onde o sujeito é posto em primeiro plano. Essas experiências trouxeram evoluções de aprendizado e o mais importante, foram bem vivenciadas. Além disso, é bom hoje poder ter condições de analisar, refletir, comparar e até criticar o paradoxo existente na evolução da “Escola”, às vezes satisfação, outras a insatisfação, de quem é a culpa? Espero que essas experiências aqui relatadas possam exprimir o quanto foi importante registrá-las e também utilizá-las na conclusão dessa etapa.

METODOLOGIA

O processo de realização desse trabalho foi através da descrição da pesquisa

exploratória, ou seja exploração de todo movimento possível da comunidade

escolar (pais, alunos, professores, diretores, serviçais, etc.). Ao começar

estudar os dados coletados na Escola Professor Alcídes Assunção em 2004,

percebeu-se que para fazer a análise, a comparação, deveria então utilizar das

entrevistas, observações, leituras de livros e revistas que contextualizam com a

realidade vivenciada também coletadas em outras escolas, como: Escola

Estadual Silveira Drumond, Escola Municipal Felicíssimo Martins Quintão,

Escola Professor Alcídes Assunção do município de Ferros-MG e Centro

Educacional Que Mino pertencente ao município de Itabira-MG.

Essas escolas proporcionaram o que bem dizia Paulo Freire (1996, p.23). “[...]

Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”.

SUMÁRIO

Introdução........................................................................................09

Fundamentação Teórica ................................................................10

CAPÍTULO I – DESCREVENDO EXPERIÊNCIAS NA ESCOLA 11

1.1 – Descrevendo Experiências na Escola A .............................11

1.2 – Descrevendo Experiências na Escola B .............................12

1.3 – Descrevendo Experiências na Escola C .............................13

1.4 – Descrevendo Experiências na Escola D .............................14

CAPÍTULO II – ENCONTRANDO DADOS NAS EXPERIÊNCIAS 16

2. 1 – Pontos Positivos............................................................16

2.1.1 - Pontos Positivos da Escola A......................................16

2.1.2 - Pontos Positivos da Escola B......................................17

2.1.3 - Pontos Positivos da Escola C......................................17

2.1.4 - Pontos Positivos da Escola D......................................18

2. 2 – Pontos Negativos............................................................18

2. 2.1 – Pontos Negativos da Escola A...................................18

2. 2.2 – Pontos Negativos da Escola B...................................19

2. 2.3 – Pontos Negativos da Escola C...................................20

2. 2.4 – Pontos Negativos da Escola D...................................20

CAPÍTULO III – MANIPULANDO OS DADOS...............................22

3. 1 – Comparação e Análise de dados......................................22

3. 2 – Avaliando, Entendendo e Definindo Resultados .................24

CONCLUSÃO..................................................................................33

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................35

ANEXOS..........................................................................................36

9

INTRODUÇÃO:

Durante a elaboração deste trabalho de conclusão de curso, provocou uma

volta ao passado para seu desenvolvimento.

Nesse trabalho são descritas experiências vividas na escola, relatando as

dificuldades enfrentadas, como também os bons momentos até chegar aqui, na

finalização do curso de pós-graduação.

É verdade que há sempre um questionamento sobre a educação, e como

poderia dentro dela agir, coordenar, acompanhar e aconselhar para que o

ambiente fosse melhor. Fazendo analisar as ações das pessoas e também da

escola no percurso de seu desenvolvimento. E para isso, começou-se o

questionamento: A Escola é um ambiente de satisfação ou insatisfação?

As perguntas foram surgindo durante o período de trabalho na escola pública,

onde era notada uma grande insatisfação dos profissionais da área, o que

também foi constatado nos estudos, pois é claramente evidenciada nos textos

uma grande crítica embutida sobre os profissionais da educação. Então em

uma retrospectiva mental de experiências na escola, e com um novo olhar,

buscar entender a Escola e seu processo.

Com o objetivo de identificar os pontos fortes (positivos) e os pontos fracos

(negativos) na Escola, que levam a insatisfação ao seu profissional. Dessa

forma tornou-se imperativo descrever experiências vividas na escola; identificar

pontos fortes e fracos; analisar e comparar esses pontos; avaliar os resultados

comparados; definir resultados encontrados.

Enfim, é esperado que este trabalho possa proporcionar aos interessados uma

amostra das diferenças e das adversidades existentes na Educação, mas onde

há uma força insistente em continuar lutando.

10

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:

É difícil delimitar uma teoria, pois todas são válidas e necessárias, mesmo

porque, tanto na graduação quanto na pós, vários teóricos chamaram atenção

sobre o desenvolvimento escolar, como Libâneo, Gadotti, Saviani, Magda

Soares, Foucault e muitos outros. Mas durante a confecção deste trabalho

percebe-se que a fala dos teóricos Francisco Imbernón, Paulo Freire e Hiran

Pinel vinha de encontro com os dados que vinham sendo coletados.

Discutir sobre a escola, como sendo um ambiente de insatisfação ou

satisfação, é necessário analisar por diversos pontos, um deles é ter um olhar

comparativo entre a teoria e a prática.

A teoria explicita a competência em exercer o papel de educador, sua atenção,

sua dedicação, discernimento e também sua formação.

Também questiona e demonstra a necessidade de esperança, atitude, auto-

estima, respeito, aos sujeitos envolvidos.

Entre outras citações essas verdades foram inculcadas e aos poucos

buscadas, como também nos módulo cursados durante a pós-graduação, que

elucidaram algumas as dúvidas, que serão citadas no decorrer deste texto.

11 CAPÍTULO I – DESCREVENDO EXPERIÊNCIAS NA

ESCOLA

Vivências experimentadas durante o período de graduação e de exercício da

função são aqui apresentadas de forma resumida.

São relatos observados e documentados no interior de 4 (quatro) escolas, onde

são relatadas na primeira escola o convívio da professora e os alunos no dia a

dia da sala de aula; na segunda ações para enfrentar a indisciplinas e as

relações interpessoais dentro da escola; na terceira já explorou o espaço físico

e a forma de administração da escola; e por último, na quarta escola explicita o

envolvimento de uma escola particular num todo.

1.1 – Descrevendo Experiências na Escola A

Durante o período de estágio foram observados os seguintes aspectos:

• Atividades do professor que enriqueçam interação aluno-professor.

• A atuação do professor para o crescimento da cidadania para os alunos.

• A escola como um todo, interagida com a comunidade.

Observando o espaço físico da sala de aula, percebe-se que é grande, arejada,

como espaço que permite aos alunos transitarem sem tumulto, é uma turma

heterogênea com vinte alunos com idade entre sete e oito anos, o que requer

uma atenção maior do professor. A professora regente ainda não possui curso

superior, mais ingressou a pouco na Faculdade Letras em Itabira, para estar

sempre em consonância como o aprimoramento educacional. É uma

professora dedicada, carinhosa, carismática, é atenta às necessidades

individuais de seus alunos, dá oportunidade do aluno mostrar sua capacidade,

deixando-os criarem a desenvolverem suas idéias; trás sempre novidades para

12 facilitar a aprendizagem inovando-se sempre. Ressaltando ainda algo muito

interessante na sua maneira de iniciar as aulas, rezando de mãos dadas como

os alunos incentivando a paz. A professora valoriza muito a criatividade dos

alunos tanto que a sala é toda enfeitada de cartazes e outros diversos

trabalhinhos da turma sempre organizada com carteiras bem separadas e em

perfeito estado de conservação.

A escola é boa mais falta uma área de lazer e quadra de esportes para suprir

as necessidades dos alunos. Como também a direção é altamente autocrática,

ou seja, não há muita participação da comunidade escolar nas decisões.

“O homem está situado em um mundo cujas leis e

princípios parecem imutáveis como se fossem sua própria

destinação (...) seu destino não é um destino pronto ou

acabado, mas um buscar contínuo de uma determinação

que jamais poderá estabelecer-se como definitivo”.

(Maximiliano 1999:22, apud Planejamento em Orientação

Educacional, Módulo II, pag.12)

1.2 – Descrevendo experiências na Escola B

Nessa etapa foram observados os seguintes itens:

• Relacionamento interpessoal.

• P.P.P.

Há uma grande cooperação entre os professores para tentar sanar o problema

que geralmente é comum a todos, a disciplina. Como acontecem pequenos

roubos, quebra de algum objeto, ou até mesmo mal criação por partes dos

alunos que na maioria são carentes, advindos de lares desestruturados, e

muitas vezes os pais transferem para a escola, toda a responsabilidade de

educar seus filhos. A escola tem procurado resolver todos esses problemas,

13 seja com o diálogo com os alunos e também com os pais e ainda recebendo o

apoio do Conselho Tutelar quando a situação é de risco.

Todas as estratégias para combater a violência, melhorar a qualidade de

ensino, tornar a escola um ambiente de efetiva educação estão traçadas no

Projeto Político Pedagógico, que tem como objetivo maior o desenvolvimento e

educação do aluno no exercício da cidadania. Construindo novas formas de

caminhar, de adotar padrões de conduta ética, crítica transformando a Escola

num lugar fácil de estudar, trabalhar, crescer, fazer amigos, educar-se, ser

feliz...

Para alcançar todos os objetivos traçados no P.P.P., toda a escola tem

esmerado ao máximo tentando transpor todas as dificuldades inerentes à

educação.

Educar é dialogar, permitir que o verdadeiro ser surja, independente e

autônomo, sendo coerente com sua maneira de viver e conviver.

(Planejamento em Orientação Educacional, Módulo III, pag.4)

1.3 – Descrevendo experiências na Escola C

Nesse período já foram observados os tópicos:

• Espaço físico.

• Administraçao.

A instituição é dotada de 9 salas,4 banheiros onde as crianças utilizam também

para a higiene bucal, 1 biblioteca, 1 sala de para a diretora, 1 para o

funcionamento da secretaria e outra para supervisão.

Na entrada da escola, sempre há um professor para organizar a chegada dos

alunos, para que estes possam transitar com segurança.

14 Infelizmente, como toda escola pública as verbas para manutenção são

escassas, a solução encontrada pela comunidade escolar foi promover festas e

rifas para angariar fundos para consertos, aquisição de equipamentos, etc.

A direção é democrática, aceita opiniões dadas como também procura

encontrar soluções para os problemas que surgiam, apesar da diretora não ter

formação superior completa, acompanhava muito bem todo desenvolvimento e

planejamento da escola.

São pagos pelos próprios professores os cursos de aprimoramento profissional,

mas muitas vezes a escola se desdobra em esforços para trazer palestrantes

gratuitos, acreditando no potencial do seu corpo docente.

[...] Ser educador é desafiar os alunos com

conhecimentos que lhes servirão para a vida e para o

mundo, possibilitando a integração dos conteúdos, para

se ter uma visão global. [...] (Planejamento em Orientação

Educacional, Módulo III, pag.4)

1.4 – Descrevendo experiências na Escola D

Nesta escola, como é particular, foram encontradas experiências muito

marcantes:

A diretora da escola está cursando o ensino superior, está quase terminando,

mas mantém uma postura ante-democrática, deixa muito claro que a escola é

dela e dessa forma quem pode decidir seria só ela.

Não falta nada no espaço físico, as salas são grandes e arejadas, banheiro

adaptados às crianças e possui parquinho para as crianças brincarem. Há

cardápio das refeições, um refeitório amplo e muito bem limpo.

15 As professoras são bem selecionadas, são excelentes, porém, acontece que

uma criança negra é tratada de forma diferente das outras, e os pais pensam

que ela está com problemas de socialização. A criança tornou-se tímida, não

gosta de participar de nada. E fica sempre de castigo, e foi em um desses

castigos que seus atos foram observados de perto, onde percebe-se a

desenvoltura da criança, mas na presença da professora, ela realmente é

outra. Como a pedagoga na escola particular não fica todo o tempo, foi após

algum tempo de permanência para vir a oportunidade de uma conversa sobre o

assunto, com já era esperado, a profissional já havia constato o problema e

passado a diretora, que em sua resistência não sabia como agir.

Após uma insistência da pedagoga a diretora mudou a criança de turma, um

milagre emergiu, e a criança desenvolveu gradativamente.

O educador, na sua relação com o educando, estimula e ativa o interesse do

aluno e orienta o seu esforço individual para aprender. (Haydt:2006, pag.57).

16 CAPÍTULO II – ENCONTRANDO DADOS NAS

EXPERIÊNCIAS.

Nesse capítulo são dedicados aos dados coletados durante a pesquisa, num

primeiro momento são apresentados os pontos positivos encontrados nas

escolas descritas no capítulo anterior e depois os pontos negativos.

Todos esses pontos são demonstrados em contrapartida com comentários

focalizando a importância de cada tópico.

2. 1 – Pontos Positivos

2.1.1 - Pontos Positivos na Escola A:

• Competência Profissional.

É uma necessidade para que o processo educativo se efetive que o

profissional seja competente, dessa forma facilita a interação entre a teoria e

a prática.

• Diálogo.

O diálogo promove o aprendizado onde está, a comunicação

estabelecida torna-se uma troca, há quem recebe, mas também quem doa e

vice versa.

• Talentos.

É de grande importância valorizar os talentos existentes na escola, se trata de

estimular o desenvolvimento.

2.1.2 - Pontos Positivos na Escola B:

17

• Comprometimento.

A capacidade de estar pronto, de analisar, comparar, refletir, encontrar

soluções, são dons que estabelecem o comprometimento.

• Consciência na ação.

O profissional deve ser atento ao seu temperamento, sua postura, a maneira

de estar presente perante seus alunos, é ter consciência na sua ação.

• Participação.

A participação é tão necessária quanto a merenda para as crianças, pois dela

depende as ações para serem realizadas.

• Planejamento.

A ação educativa só pode ser exercida quando há planejamento, afim de

alcançar os objetivos propostos.

2.1.3 - Pontos Positivos na Escola C:

• Gestão democrática.

A democracia é um exercício da cidadania, e só um bom gestor sabe exercê-la

com dignidade, promovendo o bem estar e o equilíbrio.

• Planejamento.

A transformação na Educação pode ser conquistada com a busca de ideais, e

esses ideais estão objetivados no planejamento que deve ser confeccionado e

executado dentro da realidade da escola.

• Participação.

Quando há presença, compromisso, reflexão do grupo, significa que a

participação existe, e ela leva a uma realidade criativa.

18 2.1.4 - Pontos Positivos na Escola D

• Recurso Financeiro

O valor é determinado pela renda, está restrito ao que pode conseguir com o

dinheiro e a visão é limitada. (Covey:2004, pag. 147)

• Planejamento.

Planejar é a arte de pensar, desde a composição de suas propostas, na

execução de suas metas, até na transformação das ações, ação essa de

educar.

• Participação.

Participação é comprometimento, é sinônimo de democracia, onde a união faz

a força.

2. 2 – Pontos Negativos

2.2.1- Pontos Negativos na Escola A:

• Gestão autocrática.

Ação de autoridade docente que extrapola e implica uma outra pessoa ou

grupo, ação que se funda na incompetência profissional.

• Formação Superior

A formação superior proporciona ao profissional segurança e estímulo no

exercício de seu trabalho.

• Ausência dos Pais

19 A ausência dos pais provoca nos filhos o sentimento de frustração e abandono,

pois aqueles que são considerados heróis desviam da razão que consideram a

necessidade de estar na escola.

• Sistema Educacional

[...] Tanto para o Estado quanto para a família, a lei impôs

obrigações jurídicas, caracterizadas pela obrigatoriedade

do direito, que goza da proteção do poder coercitivo e

sancionador do próprio Estado, para assegurar essa

obrigatoriedade. (Tópicos Especiais em Orientação e

Legislação Educacional, Módulo II, pág. 44).

2.2.2- Pontos Negativos na Escola B:

• Gestão autocrática.

A gestão autocrática é sinal de fraqueza e põe o processo educativo em

conflito e dúvida.

• Sistema Educacional.

Apesar da visão de mundo social, o sistema educacional impõe idéias que

muitas vezes não são relevantes e nem coerentes em relação a clientela

brasileira.

• Violência

As influências externas são poderosíssimas na formação

do autoconceito, pois a presença, na vida do outro, de

pessoas significativas, (pais, amigos, amantes,

professores, ajudadores etc), que emitem algum tipo de

comportamento que conquista, seduz, fere, machuca etc.

deixam marca indeléveis no indivíduo, determinando

20

comportamentos futuros em relações a si mesmo. (Pinel,

1987 pag. 4)

• Ausência dos Pais

Pais que ausentam na escola, propagam a defasagem no aprendizado bem

como o estímulo de continuar do aluno

2.2.3- Pontos Negativos na Escola C:

• Formação Profissional.

A formação profissional sempre foi um dos focos de luta pelas melhorias

sociais e profissionais, sem ela a estagnação aparece e o desânimo se

prontifica.

• Ausência de Recursos humanos

A chave de realização de qualquer instituição é o fator humano, sem

valorização, reconhecimento. A necessidade do profissional extrapola os

números a ele fixado, e as matrículas existentes, sem ele não há concreto, não

se efetiva.

2.2.4- Pontos Negativos na Escola D:

• Gestão autocrática.

O desempenho negativo da autoridade leva a incompatibilidade profissional e a

incompetência.

• Formação Superior

O crescimento intelectual do profissional está em sua formação, que o leva a

prática educativa e ao enriquecimento moral e ético, além de permitir que se

evolua, ele transmite conhecimento no ensino aprendizagem.

21

• Preconceito.

O preconceito fere o ser humano e a democracia, interditando o

desenvolvimento e a cidadania.

22 CAPÍTULO III – MANIPULANDO OS DADOS

Para culminar o trabalho de pesquisa aqui serão apresentadas as

comparações e análises dos fatos relatados em primeiro plano, e em segundo

as avaliações e o entendimento dos dados coletados.

É importante ressaltar que esse trabalho passou por todo esse processo para

encontrar a melhor de ser apresentado.

3. 1 – Comparação e Análise de dados

Partindo da análise das experiências, percebe-se a presença mesmo que

disfarçada da insatisfação, a falta de valorização do profissional da educação e

o cotidiano levam os educadores a uma alta carência do bem estar, no plano

físico e da alma, ao que costumamos chamar de estresse.

Fora os acontecimentos dentro da escola advindos de casamentos

instantâneos, divórcios, a família sem estrutura. Isto vem comprovar o

desiquilibrio emocional em que vive a família, cédula-materna da sociedade. A

ausência dos pais no lar conduz a criança a passar mais tempo ociosa, então

vemos homicídios entre adolescentes, gravidez prematura e maior consumo de

drogas

Poucas mudanças aconteceram na Educação, é verdade que a LDB 9394/96

trouxe grandíssimas mudanças, principalmente no que tange a formação

acadêmica, que é hoje exigida em concursos para professores, e também

quanto a universialização da Educação.

No entanto esse avanço no Brasil caminha lentamente, basta observar nesses

relatos encontram-se fatores que se repetem e ao mesmo tempo e se

contradizem. Dividindo o tempo em satisfação e insatisfação.

23 E que nos leva a pensar como Erich Fromm (apud COVEY, p. 50):

Hoje em dia os deparamos com indivíduos que se

comportam com autômatos, que não conhecem ou

compreendem a si mesmos, e a única pessoa que

conhecem é a que pensam ser, alguém cuja conversa

vazia substituiu a comunicação real, alguém em quem o

sorriso sintético tomou o lugar do riso genuíno e a

sensação de desespero total ocupou o vazio deixado pela

dor autêntica. Duas coisas podem ser ditas de tais

indivíduos. A primeira é que sofrem de defeitos

aparentemente incuráveis, como a falta de

espontaneidade e personalidade. Ao mesmo tempo,

podemos dizer que eles não diferem de milhões de

pessoas que, como nós, caminham pela face da Terra.

A Escola por sua vez acredita que a má estruturação política governamental,

não dá condições suficientes para valorização profissional.

O Governo buscando a formação profissional, com chamados transformados

em quase gritos na TV, como também promovendo avaliações em todos os

níveis da educação, tanto do ensino como dos profissionais da área, com

intuito de encontrar respostas para possíveis resoluções.

Os Alunos proclamam satisfeitos, principalmente quando os professores e a

escola não oferecem qualquer tipo de rigidez.

Essa falta de satisfação profissional já não é privilégio das Escolas Públicas,

pesquisas sobre o assunto comprovam essa verdade. Mas o que dificulta

afinal?

24 Nesta pesquisa foram encontrados dados que confirmam que houve pouco

avanço na educação e que mantêm um paradoxo, fatores que são positivos,

também são relacionados como negativos. Mas na verdade há um

esquecimento da pessoa que nela está inserida, assim já dizia Imbernón. Com

a globalização galopante, avanço tecnológico, nos quais a competitividade

nomeia quem e o que é melhor, é necessário que todos os envolvidos,

governo, escola, professores e pais se preparem para as mutações que o

progresso oferece. O perfil da família não é mais o mesmo, deixou de ser um

núcleo intocável, os desejos são cada vez maiores, e os alunos, que não

poderiam deixar de ser, são diferentes, e é para esse novo cliente que é

necessário resgatar a auto-estima do professor pra que ele seja capaz de

ensinar a ciência, ensinando também para a vida, trabalhando técnicas para

valorização intelectual, cultural, especialmente emocional e espiritual devemos

ser novos profissionais, nova escola, e pais mais participativos, de forma a

cobrar políticas públicas atuais para atender essa nova demanda.

3. 2 – Avaliando, Entendendo e Definindo Resultados

Após a comparação chegou o momento da avaliação, e daí foi possível definir

quais fatores dificultam o processo educativo na escola e dessa forma

constatou-se a necessidade de entender cada item e de que forma ele afeta a

qualidade de ensino e provoca a satisfação ou insatisfação na escola. Foram

esses definidos:

• Formação Profissional.

• Liderança.

• Planejamento.

• Competência Profissional.

• Sistema Educacional.

• Participação dos Pais.

25 Em análise percebe-se que os outros fatores encontrados durante a pesquisa,

de uma forma ou de outra são generalizações da falta ou excesso com os que

foram aqui relacionados.

• Formação Profissional.

Que formação é essa tão cobrada? A formação dos bancos da faculdade? Ou

a formação do dom, da atitude, da vontade de transformar? É claro e evidente

que o profissional precisa buscar a formação intelectual, porém durante a

coleta de dados na pesquisa, constata-se que é necessária uma formação

além da graduação, como definido por IMBERNÓN, 2002, p. 15:

[...] a formação assume um papel que transcende o

ensino que pretende uma mera atualização científica,

pedagógica e didática e se transforma na possibilidade de

criar espaços de participação, reflexão e formação para

que as pessoas aprendam e se adaptem para poder

conviver com a mudança e a incerteza.

É possível destacar na descrição das experiências, que há profissionais com

formação e não têm competências necessárias para o exercício de suas

funções e por outro lado há quem não a tem, trabalhar com grande esmero, e

vice-versa. São pessoas que trabalham facilitando e promovendo o bem estar

no ambiente de trabalho.

• Liderança.

Da mesma forma acontece com a gestão nas escolas, há aqueles que

possuem formação e os que não têm, há os que trabalham com democracia e

os que procuram trabalhar com antipatia.

Nem a arrogância é sinal de competência nem a

competência é causa de arrogância. Não nego a

competência, por outro lado, de certos arrogantes, mas

lamento neles a ausência de simplicidade que, não

26

diminuindo em nada seu saber, os faria gente melhor.

Gente mais gente. (FREIRE, 2004, p. 146)

O alerta quanto à liderança é descrito no Módulo VII Planejamento em

Orientação Educacional, pag. 14, citado de “cameleão político” na

descentralização disfarçada para tirar vantagens, demonstrando até onde a

delegação de poderes democratiza uma gestão.

[...] É preciso desenvolver novas práticas alternativas

baseadas na verdadeira autonomia e colegialidade como

mecanismos de participação democrática da profissão

que permitam vislumbrar novas formas de entender a

profissão, desvelar o currículo oculto das estruturas

educativas e descobrir outras maneiras de ver a profissão

docente, o conhecimento profissional necessário, a escola

e sua organização educativa. (IMBERNÓN, 2002, p.37).

Interessante o gestor de escola focar nas características necessárias para uma

Gestão Participativa e para um Líder Participativo, citadas por Luck, Heloisa e

Outros (apud Curso Vila Rica Concursos, p. 90 e 91):

Características da Gestão Participativa:

• Compartilhamento de autoridade.

• Delegação de Poder.

• Responsabilidades assumidas em conjunto.

• Valorização e mobilização da sinergia de equipe.

• Canalização de talentos e iniciativas em todos os segmentos da

organização.

• Compartilhamento constante e aberto de informações.

Características de um Líder Participativo:

27

• Facilitador e estimulador da participação dos pais, professores e demais

funcionários, na tomada de decisão e implementação de ações.

• Promotor da comunicação aberta.

• Demonstrador de orientação pro-ativa.

• Construtor de equipes participativas.

• Incentivador da capacitação e desenvolvimento dos funcionários e de

todos os da escola.

• Criador de clima de confiança e receptividade.

• Mobilizador de energia, dinamismo e entusiasmo.

• Planejamento.

Há obrigatoriedade a existência de um Plano Político Pedagógico na escola,

talvez seja por isso a falta de interesse da maioria dos profissionais que

quando perguntados pelo assunto, dizem nunca terem visto tal plano. Nas

escolas estaduais são designados vários profissionais a cada ano, ingressam e

nem procuram saber. Nas escolas estaduais percebe-se que é praticamente o

mesmo plano, o que muda de um para o outro é o histórico da escola.

Da mesma forma funciona o Regimento das escolas, parecem cópias. O

Colegiado há pouca participação dos pais, os que vão simplesmente

concordam e não questionam, aí que está a grande diferença com a escola

Particular, lá há muito questionamento.

Quanto ao planejamento de ensino percebe-se que são poucos os que não

fazem, mas há aqueles que gostam de copiar apesar da realidade dos alunos

serem diferenciadas, e também quem gosta de improvisar.

Os profissionais precisam inculcar em suas cabeças que o planejamento é por

si uma ação educativa, tanto para a escola, quanto para eles, pois planejar

revela a intenção de sua prática. O ato de planejar é bem definido por

(Haydt:2006, pag.94):

28 Planejar é analisar uma dada realidade, refletindo sobre as condições

existentes, e prever as formas alternativas de ação para superar as

dificuldades ou alcançar os objetivos desejados.

• Competência Profissional.

Como já disse IMBERNÓN, 2002, p. 35:

A competência profissional, necessária em todo processo educativo, será

formada em última instância na interação que se estabelece entre os próprios

professores, interagindo na prática de sua profissão.

A competência profissional abrange todos os aspectos possíveis para a ação

dos profissionais. Na ação específica, na comportamental, nas relações

humanas, na participação com o grupo e etc. Como descritas por Luck, Heloisa

e Outros (apud Curso Vila Rica Concursos, p. 90 e 93):

Perfil do Profissional Competente:

Área do currículo:

• Conhecimento do conteúdo.

• Familiaridade com o escopo e seqüencia das disciplinas.

• Visão global do currículo e dos princípios de sua organização.

• Perspectivas interdisciplinar.

Área Pedagógica:

• Habilidade de realizar planejamento pedagógico.

• Habilidade de usar uma variedade de estratégias pedagógicas.

• Habilidade de combinar técnicas pedagógicas com o estilo de

aprendizagem do aluno.

• Habilidade de utilizar uma variedade de técnicas de avaliação de alunos.

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Área de gestão de Sala de aula/relacionamento interpessoal:

• Habilidade de desenvolver e manter disciplina em sala de aula.

• Habilidade de dar feedback construtivo.

• Habilidade de motivar os alunos e mobilizar sua atenção.

• Habilidade de diagnosticar necessidades de aprendizagem e propor

soluções.

• Habilidade de identificar estilos de aprendizagem e orientá-los

adequadamente.

• Habilidade de manejar tensão e conflito e vencer obstáculos.

• Habilidade de compreender o ponto de vista dos alunos e a dinâmica de

grupo de sua turma.

• Habilidade de fazer demonstrações criativas de conceitos a serem

aprendidos.

Área escolar:

• Habilidades de trabalhar em equipes.

• Habilidades de perceber a relação entre o trabalho de sua turma com o

contexto da escola.

• Habilidade de escutar e compreender o ponto de vista de colegas e pais.

Essas características clarificam a não necessidade de pontuar os outros dados

relacionados na pesquisa, pois fazem parte da competência profissional, forma

eles:

Quando essas ações não são executadas, significa que os profissionais não

possuem a competência necessária.

• Sistema Educacional.

Os profissionais da educação criticam ferrenhamente o sistema educacional,

reclamam que as ordens vêm de cima para baixo e que não há espaço para

30 argumentação de seus colaboradores, na verdade “manda quem pode,

obedece quem tem juízo”, tem sido a prática.

Mas não há só falhas no sistema educacional, em Minas por exemplo, os

alunos do ensino médio, recebem os livros didáticos para seus estudos, e a

merenda escolar gradualmente atingirá esse nível, e houve um grande avanço

na questão do EJA – Educação de Jovens e Adultos.

No entanto, percebe-se uma enorme falha no sistema educacional, no que diz

respeito à valorização de seus profissionais. Normalmente acontecem as de

avaliações de desempenho, o que torna uma ação injusta. Na hora da

contratação não exige um requisito que possa selecionar se aquele candidato

tem ou não o perfil necessário para cumprir a sua função. E o que vemos são

profissionais frustrados com avaliação, pois a cultura brasileira mantém um

paternalismo corrupto que seus profissionais são avaliados não pela sua

competência em executar seu trabalho e sim pelo seu relacionamento pessoal

com seus avaliadores e que desprezam a profissão, os alunos, seus

verdadeiros clientes, sendo que sem eles a escola não existiria, também

desprezam seus colegas e a instituição.

Quanto a escolha de diretores das escolas, é feito, no Estado, um concurso e

após eleição, e indicação para o município. Tanto um como outro, repete-se a

situação, não há nenhum critério específico que elimine um servidor que não

tenha competência para gerir democraticamente.

As pesquisas revelam ainda, o que mais chama a atenção é ausência do

Estado quando o assunto é valorizar o ator da educação, o professor:

As secretarias (municipais e estaduais) de Educação não

aparecem como atores importantes da realidade do

Magistério. É igualmente preocupante porque essas

instituições deveriam ser a provedoras não só das

31

políticas públicas mas também de toda a infra-estrutura e

das condições gerais para que a aprendizagem ocorra. “O

professor não se enxerga como parte do sistema e, por

isso, se sente ta sozinho na difícil tarefa de ensinar”.

(KRUPPA, 2007 - Participe da Educação de Seus Filhos

Veja. p.113)

Mas apesar das falhas existentes, ainda não comprometam de forma total o

provedor do ensino, e é certo que o “Estado”, através do sistema educacional

procura sim, a melhorar a eficácia e a eficiência da Educação

• Participação dos Pais.

Uma das causas que mais provocam mudanças na satisfação do profissional

da Educação, o problema sério, talvez o que tenha mais dificuldade de solução,

como sabemos os pais são a primeira referência dos filhos, e se houver

envolvimento e participação na escola, notadamente ajudarão no

comprometimento, comportamento e disciplinas dos filhos.

Com a ausência dos pais tem-se percebido alunos desmotivados e

indisciplinados, provocando acumulo no papel professor, que deixa de ser um

educador e passa também a exercer a assistência social.

Algumas pesquisas apontam que um dos motivos da má participação dos pais

é o nível sócio-econômico, mas aponta-se que também seja cultural. Há um

lado influente da ideologia dominante, em que escola é para a elite, que o

pobre não aprende. Para alguns pais esta teoria é verdadeira, como eles não

progrediram, fatalmente seus filhos também não. Outro aspecto importante são

as transformações sociais, culturais e tecnológicas.

32 Hoje além do pai, a mãe também trabalha fora, e nem sempre moram na

mesma casa, o que dificulta os momentos de formação doméstica. Na

realidade o conceito de família mudou.

Daí há uma necessidade de se refletir como relata a Pesquisa da revista Nova

Escola, p. 35 de Novembro de 2007:

Para refletir

Sim, a participação da família é fundamental para que a

criança se desenvolva como estudante. Por isso, ela deve

ser motivo de preocupação. “Não dá para correr atrás de

resultados de ensino sem pensar em reeducar os pais,

que não conhecem a proposta pedagógica da escola, o

que ela oferece aos filhos e como eles aprendem”, diz

Maria Cristina. Reuniões de pais e atividades conjuntas

nos fins de semana podem ser planejadas especialmente

para promover essa integração. Uma saída consciente é

conscientizar-se de que o novo papel do professor inclui

atender o aluno que não vem pronto de casa para adquirir

conhecimento. Lino de Macedo acredita que, ao perceber

que a sociedade mudou e que agora é preciso fazer isso,

sem esquecer de ensinar conteúdos, você se preocupa

também em dar o exemplo. Assim, a angustia diminui:

“Com menos ressentimento, fica mais fácil aproximar-se,

melhorar a relação com o estudante e, em conseqüência,

as condições de aprendizagem”.

E assim poder exercer a função de docente na sua plenitude e com satisfação.

33 CONCLUSÃO

Acreditar que esse trabalho colaborará para o entendimento da importância do

trabalho do Educador, pois ele pode mudar a vida de seus alunos para sempre.

Possibilitando esclarecimentos a alguns questionamentos, encontrando

respostas.

Com todas as dificuldades percebe-se que os profissionais anseiam pelo

mesmo objetivo: a formação integral do aluno, e que apesar das diversidades

ainda há que crer na Educação, pois existe uma vontade que a transformação

aconteça. E foi dentro desses episódios a obtenção de oportunidades de

comparar, analisar, refletir e criticar a coerência entre a prática e as

concepções educacionais estudadas.

Portanto a Escola não é um ambiente de satisfação ou insatisfação total, existe

sim, momentos e situações de insatisfação. Pessoas que podem se aperfeiçoar

se quiserem, mas com muita certeza percebe-se que há muitas, mas muitas

pessoas empenhadas para que a Satisfação prevaleça, então seria melhor

dizer, que existem mais pessoas satisfeitas do que insatisfeitas. Também não

existe o culpado, a satisfação depende de todos, do sistema educacional, da

instituição escolar, dos profissionais e também dos pais.

Acreditar na possibilidade de resgatar a auto-estima do professor pra que

trabalhando técnicas para valorização intelectual, cultural, especialmente

emocional e espiritual é visível, pois o ensino, tal como o conhecemos,

debruça-se sobre a aquisição e domínio das aprendizagens tão indicadas:

• Aprender a Conhecer

• Aprender a Fazer

• Aprender a viver com os outros

• Aprender a ser

34 Características fundamentais para o fortalecimento e a realização do ensino-aprendizagem.

Enfim, a satisfação é possível quando é retratada como bem comum. Também claramente ficou percebido quando a satisfação é um objetivo mútuo ela é seguida e alcançada.

35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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ANEXOS

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