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Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza [email protected] III Curso Nacional de Ventilação Mecânica SBPT, São Paulo, 2008 Como diagnosticar e tratar a hiperinsuflação pulmonar

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Page 1: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Marcelo Alcantara HolandaProf Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal

do CearáUTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

[email protected]

III Curso Nacional de Ventilação MecânicaSBPT, São Paulo, 2008

Como diagnosticar e tratar a hiperinsuflação pulmonar

Page 2: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

O que vamos abordar ?

• Como diagnosticar a hiperinsuflação em pacientes sob VM

• Métodos tradicionais e pesquisas recentes para minimização da hiperinsuflação

Page 3: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Prevalência de pacientes com DPOC ou asma sob VM

• Asma

– 2% das admissões UTI, 1 a 2% dos pacientes sob VM

– Mortalidade: 10%

• DPOC

– 7 a 10 % dos pacientes sob VM

– Mortalidade: 25%

• III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica, J Bras Pneumol, 2007:Jezler S, Holanda MA, José A, Franca S – VM na Doença Pulmonar Obstrutiva CrônicaBarbas CSV, Pinheiro BV, Vianna A, Casati A, José A, Okamoto V – VM na crise de asma• Estebán A et al. Evolution of mechanical ventilation in response to clinical research. Am J Respir Critical Care Med, 2008

Page 4: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Eefeitos da hiperinsuflação

retificação do diafragma

DC

autoPEEP+

autoPEEP+

~ 70% dos pacientes em VM têm PEEPi- DPOC / asma a PEEPi ~ 5,74 +/- 5,02 cmH2O

UTIresp, Fortaleza, 2004.

Piora da mecânica

Page 5: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Como detectar a hiperinsuflação?

• Exame clínico

• Pausa expiratória

• Pressão esofágica ou transdiafragmática

• Curvas de mecânica

• Medida do volume ao final da inspiração

• Imagem

Page 6: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Como detectar a hiperinsuflação?

• Exame clínico• Pausa expiratória

• Pressão esofágica ou transdiafragmática

• Curvas de mecânica

• Volume pulmonar ao final da inspiração

• Imagem

Page 7: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

• 503 observações – 71 pacientes

• Inspeção, palpação e ausculta

Detecção da auto-PEEP pelo exame clínicoInspeção, palpação e auscultaKress, O’Connor, and Schmidt AJRCCM 1999;159:290

0,63

0,55

0,53

0,58

1,00

0,89

0,93

0,95

Médico

Residente

Aluno

Todos

VPNVPPExaminador

É fácil diagnosticar a presença, difícil descartá-la

Page 8: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Detecção da auto-PEEP pelo exame clínicoInspeção, palpação e auscultaKress, O’Connor, and Schmidt AJRCCM 1999;159:290

A incidência de PEEPi é alta em outras situações clínicas além de DPOC ou asma

Page 9: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Quando “desconfiar” de hiperinsuflação no paciente em VM:

• História de DPOC, asma ou broncoespasmo

• Pacientes com VE maior que 10L/min

• Frequência respiratória > 20irpm (↓ Te)

• Resistência elevada de vias aéreas (Raw>15cmH2O)

• Hipotensão inexplicável revertida durante desconexões do ventilador

Page 10: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Como detectar a hiperinsuflação?

• Exame clínico

• Pausa expiratória• Pressão esofágica ou transdiafragmática

• Curvas de mecânica

• Volume pulmonar ao final da inspiração

• Imagem

Page 11: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

zero fluxo

0

P=10

10

Fluxo exp

Aparecimento da auto-PEEP no manômetro

Pausa Expiratória

P=0

0

Page 12: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Mensuração da Ppausa e da auto-PEEP

Pressão

TempoP via aéreaP alveolar

0

12 = PEEPi

35

Pausa expiratória

Requer relaxamento muscular completo

Page 13: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Como detectar a hiperinsuflação?

• Exame clínico

• Pausa expiratória

• Pressão esofágica ou transdiafragmática

• Curvas de mecânica

• Volume pulmonar ao final da inspiração

• Imagem

Page 14: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Pressão esofágica por experiência própria...Pes

Pva

Fluxo

Vol

Invasiva, complicada, reservada para pesquisas em fisiologia

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Como detectar a hiperinsuflação?

• Exame clínico

• Pausa expiratória

• Pressão esofágica ou transdiafragmática

• Curvas de mecânica, clássicas• Volume pulmonar ao final da inspiração

• Imagem

Page 16: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Um paciente com broncoespasmo intenso em VM invasiva

Page 17: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

P resistivaPva

tempo

Page 18: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Curva fluxo vs volume em paciente com DPOC e broncoespasmo

Pré-BD Pós-BD

VCV, VC:400mLFLuxo:60L/minf:12 irpmPEEP:4cmH2OExp

Ins

Page 19: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

DPOC, PS:15, PEEP:5cmH2O

FluxoL /s

0

Tempo, 12s

Fluxo expiratório - auto-PEEP

Page 20: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Curva fluxo vs volume em paciente com DPOC e secreção

Pós-aspiração

CPAPPS: 15 cmH2O PEEP: 5 cmH2O

Exp

Ins

Page 21: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

DPOC, PS:15, PEEP:5cmH2O

FluxoL /s

0

Tempo, 12s

Freqüência respiratória, TE

Page 22: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Como detectar a hiperinsuflação?

• Exame clínico

• Pausa expiratória

• Pressão esofágica ou transdiafragmática

• Curvas de mecânica, clássicas• Volume pulmonar ao final da inspiração• Imagem

Page 23: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Volume pulmonar ao final da inspiraçãoTuxen DV: Am Rev Respir Dis 1989, 140:5-9.

Medida do volume pulmonar ao final da inspiração (VEI) Apnéia de 20 a 40s após inspiração normalVEI > 1,4L → hiperinsuflação significativa

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Como detectar a hiperinsuflação?

• Exame clínico

• Pausa expiratória

• Pressão esofágica ou transdiafragmática

• Curvas de mecânica

• Imagem

Page 25: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Visualização da hiperinsuflação no Raio-X Antes Após BD + desinsuflação

>24,7cm, Hiperinsuflação*

* Johnson MM et al. Radiographic assessment of hyperinflation. Chest, 1998

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Como tratar a hiperinsuflação no paciente em VM ?

• Estratégias ventilatórias:

– No momento da intubação

– Na fase de ventilação controlada

– Na fase de suporte parcial da ventilação

• Terapias adjuvantes

– Administração de broncodilatadores

– Aspiração de secreções respiratórias

Page 27: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Como tratar a hiperinsuflação no paciente em VM ?

• Estratégias ventilatórias:

– No momento da intubação

– Na fase de ventilação controlada

– Na fase de suporte parcial da ventilação

• Terapias adjuvantes

– Administração de broncodilatadores

– Aspiração de secreções respiratórias

Page 28: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Efeito da ventilação manual com ambu em animal

Hiperinsuflação iatrogênica

auto-PEEP

Blanch L, Bernabé F, Lucangelo U. Measurement of airtrapping, intrinsic PEEP and dynamic hyperinflation in mechanically ventilated patients. Resp Care, 2005

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Como tratar a hiperinsuflação no paciente em VM ?

• Estratégias ventilatórias:

– No momento da intubação

– Na fase de ventilação controlada

– Na fase de suporte parcial da ventilação

• Terapias adjuvantes

– Administração de broncodilatadores

– Aspiração de secreções respiratórias

Page 30: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

III Consenso Brasileiro de Ventilação MecânicaVENTILAÇÃO MECÂNICA NA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

(DPOC)Coordenador: Sérgio Jezler (BA)Relator: Marcelo A. Holanda (CE)

Objetivos da VM(monitorização)

Estratégias ventilatórias

Objetivos clínicos

Diminuição da hiperinsuflação

Reversão do broncoespasmo

Manter: Ppico < 45 cmH2O

Ppausa < 30 cmH2OPEEPi < 10 cmH2ORaw < 20 cmH2O

Ti e TeVC:6 a 9mL/kg

Fluxo: 40 a 80l/minf < 10 a 12 irpm7,40 > pH > 7,20

Hipercapnia permissivaTitular a PEEP?

Page 31: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

30

0

30

0

Aumento de fluxo na VCV

Pressão

Fluxo

Volume

P maxP alveolar

Tempo, (s)

PvaPalv

Page 32: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

30

0

30

0

Pressão

Fluxo

Volume

Aumento de Volume corrente - VCV

P maxP alveolar

Tempo, (s)

PvaPalv

Texp necessáriop/ exalação do VC

Page 33: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

VCmL

frpm

FluxoL/min

Ti(s)

Te(s)

I:E

500 15 30 1 3 1:3

500 15 60 0,5 3,5 1:7

500 12 60 0,5 4,5 1:9

500 20 60 0,5 2,5 1:5

Qual a melhor combinação de ajustes da VM em um paciente em estado de mal asmático?

O Te é o principal determinante do alçaponamento de ar

Page 34: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Como tratar a hiperinsuflação no paciente em VM ?

• Estratégias ventilatórias:

– No momento da intubação

– Na fase de ventilação controlada

– Na fase de suporte parcial da ventilação

• Terapias adjuvantes

– Administração de broncodilatadores

– Aspiração de secreções respiratórias

Page 35: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

A modelo da queda d’água para explicação do efeito da PEEPe em pacientes com PEEPi

Page 36: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Efeito da PEEP facilitando o disparo em paciente com PEEPi por hiperinsuflação

Marini, 1989Marini, 1989

Baixos níveis de PEEP são benéficos para interação paciente x ventilador

Page 37: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Pressão

Dessincronia paciente x ventilador e VPS na DPOC

Tobin, NEJM, 2001

Fluxo

Page 38: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Tassaux et al. Am J Respir Crit Care Med, 2005

- O uso de VPS (ciclagem em geral com 25% do pico de fluxo) em pacientes com DPOC pode gerar dessincronia -Qual o impacto fisiológico da elevação do limiar de fluxo inspiratório para a ciclagem da PS ?-Métodos:

-10 pacientes intubados com DPOC – interação otimizada-Teste com limiares de 10 a 70% do pico de fluxo inspiratório-Monitorização fisiológica

Page 39: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Tassaux et al. Am J Respir Crit Care Med, 2005Dessincronia paciente com DPOC e ventilador, retardo na ciclagem da PS

Page 40: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Tassaux et al. Am J Respir Crit Care Med, 2005

Traçado de um paciente representativo

Ciclagem (%-PFI) : 10% 25% 50% 70%

Esforços ineficazes

Page 41: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Tassaux et al. Am J Respir Crit Care Med, 2005

Esforço muscular respiratório

Page 42: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Tassaux et al. Am J Respir Crit Care Med, 2005

O incremento do limiar de ciclagem da PS melhora a sincronia e pode reduzir a auto-PEEP. Significado clínico ?

Page 43: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Paciente com DPOC grave, difícil desmame, transferido para UTI-Respiratória

• Necessitando sedação frequente por agitação no ventilador

• Uso de m. abdominalFluxo

PressãoEsforço exp

20%

Page 44: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Paciente com DPOC grave, difícil desmame, transferido para UTIR

• Re-ajuste da VPS - ciclagem

Fluxo

Pressão

45%

Page 45: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Paciente com DPOC grave, difícil desmame, transferido para UTIR Melhor tolerância à VPS. Desmame com sucesso

Impacto do re-ajuste do critério de ciclagem?

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Intervenção:

Aplicação de PEEP até 150% da PEEPi Ajustes variados de f (rpm) e VC (mL/kg)

6 6 9 9 6 9 9 6

Paradoxical responses to positive end-expiratory pressure inpatients with airway obstruction during controlled ventilation Maria Paula Caramez e col. HC, São Paulo, CCM, 20058 pacientes em VMModo Controladof: 6 irpm e VC:6mL/kg Raw > 20cmH2OPEEPi > 5cmH2O4 - Asma, 4 - DPOC

Medidas:- CRF- P pausa- PEEP total:i + e- Curvas de fluxo isovolumétricas- Gases sangüíneos-Dados hemodinâmicos

Page 47: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Paradoxical responses to positive end-expiratory pressure inpatients with airway obstruction during controlled ventilation Maria Paula Caramez e col. HC, São Paulo, CCM, 2005

Volume minuto: f x VC

36mL/kg 54mL/kg 54mL/kg 81mL/kg

f:6 f:9

Monitorização da Capacidade Residual Funcional

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Paradoxical responses to positive end-expiratory pressure inpatients with airway obstruction during controlled ventilation Maria Paula Caramez e col. HC, São Paulo, CCM, 2005

f:6f:9 f:9

Paradoxal54mL/kg

Bifásico54mL/kg

Hiperinsuflação81mL/kg

Tipos de resposta:

Page 49: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

ZEEP PEEP 8

Efeito da PEEPe sobre os fluxos expiratórios

Paciente com DPOC, UTIrespiratória- Hospital de Messejana

Page 50: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Efeitos da CPAP (5, 10 e 15cmH2O) por VNI sobre o parênquima pulmonar de pacientes com DPOC

Simone Fortaleza, MestradoHUWC, UFC, 2006

Análise dos cortes de pulmão por TCAR agrupando as regiões de ápice, hilo e base)

+ +

Page 51: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

CPAP: 0 cmH2O

Hiperinsuflação: 18%17%19%22%

CPAP: 5cmH2OCPAP: 10cmH2OCPAP: 15cmH2O

Simone Fortaleza, Georgia Winkeler, Ricardo Reis, Eanes Pereira, Marcelo A HolandaHUWC, UFC, 2006

Page 52: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Distribuição heterogênea da hiperinsuflação e possíveis efeitos da PEEP/CPAP

Unidades com diferentes PEEPi são inter-relacionadas

8

10

4

2

6

PEEPi

PEEP 6

10

6

8

2

4

Page 53: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Efeitos da CPAP (5, 10 e 15cmH2O) por VNI sobre o parênquima pulmonar de pacientes com DPOC estável

Simone Fortaleza, MestradoHUWC, UFC, 2006

% áreas hiperaeradas

0 5 10 15

Page 54: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Como aplicar uma PEEPe em paciente com auto-PEEP?

PEEPi+etotal 14

PEEPitotal 12

PEEPi+etotal 13

PEEPi+etotal 19

PEEPe em paciente com PEEPiZEEP PEEP 5

PEEP 7 PEEP 10

Page 55: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Abordagem da hiperinsuflação em paciente sob VM invasivaventilação controlada

Otimizar ajustesVC: 6 a 9mL/kgf < 10 a 12 irpmFluxo: 60L/min

PEEP 3 a 5cmH2O

Raw < 20cmH2OAuto-PEEP < 10cmH2O

P pausa < 30cmH2OpH > 7,20

Auto-PEEP > 10cmH2OP pausa > 30cmH2ORaw > 20cmH2O

Otimizar terapia broncodilatadora Manter parâmetros Teste de desinsuflação

com PEEPe

UTI respiratória, Hosp Messejana, Fortaleza

Page 56: Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória do Hospital de Messejana, Fortaleza

Abordagem da hiperinsuflação em paciente sob VM invasivatransição para desmame

Otimizar ajustesPS conforme: VC 5 a 6mL/kg

f respiratória < 20 irpmCPAP: 3 a 5 cmH2O

Conforto e sincronia OK

Esforço muscular expiratório ++

Dificuldade de disparoEsforços ineficazes +

Titular PEEPe Manter parâmetros Ajuste fino da PS↑ % de ciclagem

UTI respiratória, Hosp Messejana, Fortaleza