mapeamento de formas de vertentes com uso ......foram mapeadas nove formas de vertente no recorte do...

12
ISBN: 978-85-7282-778-2 Página 1 MAPEAMENTO DE FORMAS DE VERTENTES COM USO DE MODELAGEM DIGITAL DE TERRENO NA SERRA DO IBITIRAQUIRE, ESTADO DO PARANÁ Victor Pierobom de Almeida (a) , Willian Bortolini (b) Ricardo Michael Pinheiro Silveira (c) Claudinei Taborda da Silveira (d) (a) Departamento de Geografia, Universidade Federal do Paraná, [email protected] (b) PPG Geografia, Universidade Federal do Paraná, [email protected] (c) PPG Geografia, Universidade Federal do Paraná, [email protected] (a) Departamento de Geografia, Universidade Federal do Paraná, [email protected] Eixo: Geotecnologias e modelagem aplicada aos estudos ambientais Resumo No âmbito da análise digital do relevo foram desenvolvidos diversos métodos, automatizados ou semi automatizados, para o mapeamento de formas e processos do relevo, como morfografia ou morfodinâmica. Neste contexto, esse trabalho objetivou desenvolver uma proposta metodológica para o mapeamento semi automatizado de formas de vertente, na escala 1:50.000, com o uso de atributos topográficos derivados de Modelos Digitais de Terreno. Para isto, foram gerados os atributos topográficos Perfil de Curvatura (Curvatura Horizontal) e Plano de Curvatura (Curvatura Vertical), que foram discretizados em três classes e posteriormente combinados, resultando em nove classes de formas de vertentes descritas por aspectos de perfil e plano de curvatura. A validação do produto final foi realizada a partir de pontos de controle em campo, demonstrando a fidedignidade dos resultados comparado à realidade de campo. Deste modo, o produto final demonstrou potencial de emprego em futuros trabalhos de mapeamento de formas de vertente. Palavras chave: Geomorfometria; Morfografia; Serra do Mar Paranaense; Mapeamento Geomorfológico.

Upload: others

Post on 31-Jan-2021

18 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

  • ISBN: 978-85-7282-778-2 Página 1

    MAPEAMENTO DE FORMAS DE VERTENTES COM USO DE

    MODELAGEM DIGITAL DE TERRENO NA SERRA DO

    IBITIRAQUIRE, ESTADO DO PARANÁ

    Victor Pierobom de Almeida (a), Willian Bortolini (b) Ricardo Michael Pinheiro Silveira(c)

    Claudinei Taborda da Silveira (d)

    (a) Departamento de Geografia, Universidade Federal do Paraná, [email protected]

    (b) PPG Geografia, Universidade Federal do Paraná, [email protected]

    (c) PPG Geografia, Universidade Federal do Paraná, [email protected]

    (a) Departamento de Geografia, Universidade Federal do Paraná, [email protected]

    Eixo: Geotecnologias e modelagem aplicada aos estudos ambientais

    Resumo

    No âmbito da análise digital do relevo foram desenvolvidos diversos métodos, automatizados ou semi

    automatizados, para o mapeamento de formas e processos do relevo, como morfografia ou

    morfodinâmica. Neste contexto, esse trabalho objetivou desenvolver uma proposta metodológica para o

    mapeamento semi automatizado de formas de vertente, na escala 1:50.000, com o uso de atributos

    topográficos derivados de Modelos Digitais de Terreno. Para isto, foram gerados os atributos topográficos

    Perfil de Curvatura (Curvatura Horizontal) e Plano de Curvatura (Curvatura Vertical), que foram

    discretizados em três classes e posteriormente combinados, resultando em nove classes de formas de

    vertentes descritas por aspectos de perfil e plano de curvatura. A validação do produto final foi realizada a

    partir de pontos de controle em campo, demonstrando a fidedignidade dos resultados comparado à

    realidade de campo. Deste modo, o produto final demonstrou potencial de emprego em futuros trabalhos

    de mapeamento de formas de vertente.

    Palavras chave: Geomorfometria; Morfografia; Serra do Mar Paranaense; Mapeamento Geomorfológico.

  • ISBN: 978-85-7282-778-2 Página 2

    1. Introdução

    A modelagem digital de terreno ganhou destaque nas geociências a partir da década de

    1970, sobretudo a partir do avanço na capacidade de processamento dos computadores, que

    permitiu a profusão dos modelos digitais de terreno (MDT). Desde então, os MDTs passaram

    a ser utilizados na modelagem e mapeamento do relevo, devido à riqueza de mensurações e

    objetos que podem ser derivados pela análise númerica dos dados de elevação (HENGL e

    MACMILLAN, 2009). Eles fornecem a possibilidade de cálculo de uma série de parâmetros

    derivados, tais como declividade, curvaturas da superfície, amplitude altimétrica e demais

    atributos de cálculo local ou regional a partir dos valores de elevação (WILSON e

    GALLANT, 2000; ZHOU, 2008; HENGL E REUTER, 2009).

    Essa análise quantitativa do relevo terrestre é definida como Geomorfometria (PIKE,

    2000) e pode ser dividida em duas: geomorfometria geral e geomorfometria específica. A

    geral se caracteriza pela extração de medidas do relevo e a específica pela identificação de

    objetos (EVANS, 1972), tendo a segunda diversas aplicações em trabalhos de mapeamento

    geomorfológico, análises de processos morfodinâmicos e identificação de formas do relevo

    (EVANS, 1972. EVANS E MINAR, 2011. SILVEIRA e SILVEIRA, 2016).

    Dentre as publicações de destaque que se debruçaram especificamente na modelagem

    de formas de vertente, evidencia-se o trabalho de Dikau (1989), no qual o autor descreveu 9

    formas teóricas de vertente, considerando a combinação de perfil e plano de curvatura. A

    partir disso, desenvolveu uma metodologia de identificação de formas de vertente, que pode

    ser aplicada em análises digitais do relevo. Destaca-se, também, a publicação de Wood

    (1996), que propôs a classificação de seis feições elementares de relevo (picos, cumes,

    depressões, canais, desfiladeiros e planos), mensuradas a partir de uma janela móvel 3 x 3

    pixels, evidenciando a capacidade da identificação de segmentos e formas de vertente.

    Posteriormente, Dragut e Blaschke (2006) apresentaram uma outra proposta para o

    mapeamento de vertentes, que se vale de uma generalização da concepção do Dikau (1989) e

  • ISBN: 978-85-7282-778-2 Página 3

    o implemento e combinação de outros dois atributos morfométricos: variação de altitude e

    declividade.

    A partir desse contexto, esse trabalho propõe o desenvolvimento de um método

    semiautomatizado para o mapeamento de formas de vertente, considerando o emprego de

    variáveis morfométricas extraídas de um MDT, para a área das cartas topográficas SG-22-X-

    D-II-3 (Morretes) e SG-22-X-D-II-1(Capivari), do Instituto Brasileiro de Geografia e

    Estatística (IBGE) , de escala 1:50.000, que compreendem a Serra do Ibitiraquire, na porção

    leste do estado do Paraná.

    A área do estudo é caracterizada pela variedade de formas de relevo, englobando três

    unidades morfoesculturais geomorfologicamente distintas (figura 1): Primeiro Planalto

    Paranaense, com relevos dissecados do Planalto de Tunas do Paraná, os blocos soerguidos do

    Primeiro Planalto e os relevos menos dissecados do Planalto de Curitiba; Serra do Mar

    Paranaense; e a Planície Litorânea (SANTOS et al. 2006).

    Figura 1 – Localização e contexto geomorfológico da área de estudo

  • ISBN: 978-85-7282-778-2 Página 4

    2. Materiais e métodos

    A interpolação do Modelo Digital de Terreno (MDT) foi feita a partir de arquivos

    vetoriais de curvas de nível, pontos cotados e hidrografia, extraídos de cartas topográficas na

    escala 1:25.000, desenvolvidas pelo DSG através do Programa de Proteção da Floresta

    Atlântica (PRÓ-ATLÂNTICA). O algoritmo usado para a interpolação foi o Topogrid

    (HUTCHISON, 1989). A definição da resolução espacial, condizente ao tamanho do pixel, foi

    feita tendo por base a proposta de Hengl (2006), que leva em conta a densidade das curvas de

    nível em relação a área de estudo. O tamanho do pixel do MDT foi definido em 20 metros.

    Após a interpolação do MDT foram calculados dois atributos topográficos: o perfil

    de curvatura (também conceituado na literatura como curvatura horizontal ou curvatura

    longitudinal) e o plano de curvatura (curvatura vertical). O perfil de curvatura é calculado

    considerando uma linha paralela a encosta e o plano de curvatura é calculado considerando

    uma linha perpendicular a vertente, conforme exemplificado na Figura 1.

    Figura 1 – Perfil e Plano de Curvatura

    Fonte: Adaptado de ESRI (2019).

    O cálculo do plano e do perfil de curvatura seguiu a proposta das variáveis

    direcionais de Zevenbergen e Thorne (1987), implementadas no software ArcGIS 10.1, a

  • ISBN: 978-85-7282-778-2 Página 5

    partir de uma janela móvel 3x3 pixels. Devido à escala adotada na formulação da proposta

    metodológica de mapeamento, com resultados representados na escala 1:25.000, foi aplicado

    um filtro de média (Ferramenta Focal Statistic) aos dois atributos topográficos gerados, de

    janela 3x3, para a suavização dos valores e, consequentemente, de píxels individualizados.

    Após a aquisição dos atributos topográficos foram definidas as classes de relevo,

    conforme a proposta de Dikau (1989), que categorizou 9 novas de vertente a partir da

    combinação da curvatura em plano e perfil, representado na Figura 2. Assim, o perfil de

    curvatura foi dividido em três classes: Convexo, Retilínio e Côncavo; o plano de curvatura,

    por sua vez, em: Divergente, Planar e Convergente.

    Figura 2 – Combinação de Perfil e Plano de Curvatura Fonte: Adaptado de ESRI (2019).

    A definição dos valores de discretização dos atributos para representar cada classe de

    forma de vertente ocorreu em dois momentos: a) trabalhos de campo ao longo da área de

    estudo, com 14 pontos de análise e 80 km percorridos com acompanhamento em tempo real

    com um GPS Garmin (modelo GPSmap 76CSx) acoplado a um netbook para a visualização

  • ISBN: 978-85-7282-778-2 Página 6

    dos resultados pelo software ArcGIS 10.1; b) interpretação visual a partir das curvas de nível.

    Posteriormente, as campanhas de campo auxiliaram na verificação das classificações

    resultantes da modelagem — e, quando necessário, isso implicou na alteração dos parâmetros,

    seguido de novos produtos que passaram por nova conferência de campo. Nessa perspectiva,

    os valores de discretização das classes constam na Tabela 1.

    Tabela 1 – Discretização dos Atributos Topográficos

    Após a discretização foi realizada a combinação dos dois atributos topográficos,

    através da técnica de álgebra de mapas (Ferramenta Raster Calculator). Com essa operação

    foram mapeadas as nove formas de vertente proposta por Dikau (1989). Por fim, foi aplicado

    um filtro de remoção de ruídos com agrupamentos de até 10 pixels, seguindo a proposta

    taxonômica de Dikau (1989), para generalizar agrupamentos pequenos que se tornam ruídos

    na escala proposta para esse trabalho.

    3. Resultados e discussões

    Foram mapeadas nove formas de vertente no recorte do estudo, apresentadas na figura

    3, sendo em valor de área crescente: Retilínea-Convergente (1,4 % da área total); Convexa-

    Planar (1,8 % da área total); Retilínea-Divergente (2,7 % da área total); Convexa-Convergente

    (3,8 % da área total); Côncava Planar (5,5 % da área total); Retilínea-Planar (8,8 % da área

    total); Côncava-Divergente (11 % da área total); Côncava-Convergente (30 % da área total); E

    Convexa-Divergente (35 % da área total).

  • ISBN: 978-85-7282-778-2 Página 7

    Figura 3 – Mapa resultante de formas de vertente

    A área do estudo possui formas de relevo com alta dissecação, como as feições

    denudacionais da Serra do Mar Paranaense. O ponto mais alto do sul do Brasil (Pico Paraná,

    com 1877m de altitude), por exemplo, é destacado num recorte da figura 3 (em 2D) e na

  • ISBN: 978-85-7282-778-2 Página 8

    figura 4 (3D). Nota-se, pela representação na paisagem, o correto mapeamento das formas de

    vertente. As formas de vertente Convexa-Divergente se apresentam de forma expressiva nas

    áreas elevadas da Serra do Mar, compreendendo majoritariamente as cristas dos morros. Os

    vales encaixados da Serra do Mar foram bem representados pela classe de vertente Côncava-

    Convergente, conforme Figura 4.

    Em contraste, a área de estudo também compreende áreas da planície litorânea, que

    apresenta baixa dissecação, caracterizada como uma área de deposição de sedimentos e

    devidamente representada pela classe de vertente retilínea / planar em toda sua extensão.

    Nas porções de transição, nos sopés da Serra, predominaram feições côncavas, reforçando o

    aspecto deposicional (muitas vezes associadas a depósitos coluvionares). Da mesma forma,

    as planícies fluviais do Primeiro Planalto Paranaense foram representadas de maneira correta

    pela forma de vertente Retilínea-Planar.

    Figura 4 – Formas de Vertente: Serra do Ibitiraquire

  • ISBN: 978-85-7282-778-2 Página 9

    As classes mapeadas apresentaram relação com muitos aspectos morfodinâmicos,

    tendo relação com os processos geomorfológicos que ocorrem nas vertentes e nas relações de

    energia entre os divisores de água e talvegues de cada feição. Os terços superiores das

    vertentes, por exemplo, foram mapeados com predominância de feições convexas, nas quais

    predomina a degradação. Na Serra do Mar, há a resistência erosiva dos topos pelas intrusões

    graníticas; no norte do Primeiro Planalto, pelos corpos quartzíticos e diques de diabásio. Já

    nos terços inferiores das vertentes, inversamente, a concavidade das formas denota um

    ambiente agradacional.

    Quanto à curvatura em perfil, a dispersão e convergência dos fluxos hídricos também

    foi representada de modo correto, evidenciando feições fluviais relacionadas. Tais

    características são exemplificadas pela Figura 5, com um recorte que ilustra as curvas de nível

    em relação aos resultados obtidos pela modelagem.

    Figura 5 – Base cartográfica e formas de vertente.

  • ISBN: 978-85-7282-778-2 Página 10

    No que tange a modelagem digital, é importante ressaltar a correspondência da

    representação do relevo que a proposta alcançou em relação às observações in loco ao longo

    de toda a área de estudo. Formas bem pronunciadas da paisagem foram representadas de

    maneira fidedigna, como é possível visualizar nos exemplos da Figura 4 (comparativamente à

    paisagem) e Figura 5 (comparativamente à base planialtimétrica, utilizada como base da

    proposta metodológica). Mesmo formas de área pequena, como é o caso das formas

    Convexas-Convergentes, que no relevo são regiões de nascentes e cabeceiras de drenagem,

    foram mapeadas de maneira correta.

    Como já citado, a área de estudo apresenta um relevo com morfogênse e

    morfoestruturas distintas, além de grande variedade de tipos de formas de relevo. Nesse

    trabalho foi empregado apenas um parâmetro de discretização dos atributos para todo o

    recorte e, ainda assim, alcançou-se uma representação fidedigna das formas de vertente,

    mesmo em ambientes de contextos geomorfológicos distintos.

    Entretanto, existem pixels que aparecem “isolados” no produto final, podendo ser

    considerados erros. Isso se deve à escala adotada no trabalho, pois o tamanho máximo do

    filtro de ruídos foi definido em 10 pixels. Caso o valor de área do parâmetro fosse maior, a

    generalização excluiria formas de vertentes mapeadas de maneira correta, que apresentam,

    porém, áreas pequenas — como é o caso de segmentos Convexos-Convergentes, que

    aparecem nos terços superiores e tem tamanhos menores que de outras formas.

    4. Considerações finais

    A modelagem empregada nesse trabalho, a partir dos dois atributos topográficos,

    evidenciou a potencialidade da proposta metodológica para o mapeamento de formas de

    vertente, combinando a curvatura em plano e perfil, de modo semiautomatizado e com

    representatividade na paisagem. A principal vantagem do uso da modelagem digital do

  • ISBN: 978-85-7282-778-2 Página 11

    terreno é a parametrização, que assegura a possibilidade de reprodutibilidade do método e

    diminui as subjetividades intrínsecas às delimitações manuais.

    Nesse contexto, reforça-se que a aplicação da metodologia desse trabalho necessita de

    rigor metodológico para ser implementada. A geração de um modelo digital de terreno

    consistente, a geração e discretização dos atributos de forma rígida e uma boa análise de

    campo são necessárias para um fidedigno mapeamento de formas de vertente. As

    classificações resultantes podem conter a existência de alguns ruídos que não correspondem

    às feições analisadas em campo. O aumento da área do filtro de média ou do filtro de ruídos

    acabaria fazendo com que formas de vertentes, de área pequena, mapeadas de forma correta,

    fossem omitidas.

    Ressalta-se ainda que essa proposta é uma primeira etapa na formulação de uma

    metodologia mais robusta. Para implementações futuras, as discussões teóricas sobre as

    concepções de formas de vertente (definição dos objetos), o acréscimo de atributos

    topográficos adicionais e a escolha de diferentes parâmetros de discretização emergem como

    possibilidades para o refinamento da proposta.

    Agradecimentos

    Ao CNPq pela concessão de bolsa de iniciação científica, Pibic / UFPR; à CAPES pela

    concessão das bolsas de mestrado e doutorado, por meio do Programa de Pós-Graduação em

    Geografia UFPR; ao CNPq, pelo financiamento do Projeto "Mapeamento Geomorfológico do

    Estado do Paraná apoiado em análise digital do relevo", Processo 456244/2014-0; e ao

    Laboratório de Pesquisas Aplicadas em Geomorfologia e Geotecnologias (LAGEO/UFPR).

    Referências Bibliográficas

  • ISBN: 978-85-7282-778-2 Página 12

    DIKAU, R. The Application of a Digital Relief Model to Landform Analysis in Geomorphology.

    In: RAPER, J. F (ed.). Three Dimensional Applications in Geographical Information Systems,

    London: Taylor & Francis, p. 51-77, 1989.

    DRAGUT, L; BLASCHKE, T. Automated classification of landform elements using object-based

    image analysis. Geomorphology, 81, 330–344, 2006.

    EVANS, I. S. General geomorphometry, derivatives of altitude, and descriptive statistics. In:

    CHORLEY, R. J. (Ed.). Spatial analysis in geomorphology. London: Harper & Row, Publishers,

    1972.

    HUTCHINSON, M. F. A new procedure for gridding elevation and stream line data with automatic

    removal of spurious pits. Journal of Hydrology, 106, p. 211-272, 1989.

    HENGL, T; MCMILLAN, R. A. Geomorphometry: A Key to Landscape Map and Modelling.

    In: HENGL, T.; REUTER, H. I. (eds.) Geomorphometry -Concepts, Software, Applications,

    Series Developments in Soil Science vol. 33, Amsterdam: Elsevier, pp. 433-460, 2009.

    HENGL, T. Finding the right pixel size. Computers & Geosciences 32, p. 1283–1298, 2006.

    HENGL, T.; REUTER, H. I. (eds.) Geomorphometry - Concepts, Software, Applications, Series

    Developments in Soil Science vol. 33, Amsterdam: Elsevier, pp. 3-30, 2009.

    MINÁR, J.; EVANS, I. S. Elementary forms for land surface segmentation: the theoretical basis of

    terrain analysis and geomorphological mapping. Geomorphology 95 (3–4), 236–259, 2008.

    PIKE, R. J. Geomorphometry — diversity in quantitative surface analysis. Progress in Physical

    Geography 24 (1), 1–20, 2000.

    PIKE, R. J.; EVANS, I., HENGL, T. Geomorphometry: A Brief Guide. In: HENGL, T.; REUTER, H.

    I. (eds.) Geomorphometry - Concepts, Software, Applications, Series Developments in Soil Science

    vol. 33, Amsterdam: Elsevier, pp. 3-30, 2009.

    SANTOS, L. J. C.; OKA-FIORI, C.; CANALI, N. E.; FIORI, A. P.; SILVEIRA, C. T.; SILVA, J. M.

    F.; ROSS, J. L. S. Mapeamento geomorfológico do Estado do Paraná. Revista Brasileira de

    Geomorfologia, n. 2, p. 3-12, 2006.

    SILVEIRA, R. M. P.; SILVEIRA, C. T. Análise digital do relevo aplicada à cartografia

    geomorfológica da porção central da Serra do Mar Paranaense.Revista Brasileira de

    Geomorfologia, São Paulo, v. 17, n. 4, 615-629, 2016.

    ZEVENBERGEN, L. W.; THORNE, C. R. Quantitative Analysis of Land Surface Topography. Earth

    Surface Processes and Landforms, v.12, p.47-56, 1987.

    WOOD, J. The geomorphological characterisation of digital elevation models.Leicester, UK,

    1996. 185p. PhD Thesis -University of Leicester. Disponível em: http://www.soi.city.ac.uk/~jwo/phd.

    ZHOU,Q.; LEES, B.; TANG, G. (eds.). Advances in Digital Terrain Analysis. Series: Lecture Notes

    in Geoinformation and Cartography. Berlim: Springer-Verlag, 2008.

    http://www.soi.city.ac.uk/~jwo/phd