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33 Mapa dos conflitos ambientais: um pouco das contradições socioambientais em Minas Gerais VASCONCELOS, Anna 1 , LOPES, Helena 2 , CARNEIRO, Eder 3 Resumo Diante de valores voltados a padrões consu- mistas, desigualdades sociais e “crise am- biental”, na qual florestas dão lugar à de- gradação ambiental, é necessário repensar os modos de produção em todos os sentidos. Elaborar e executar trabalhos que visem à compreensão da natureza como campo de disputa, que fortaleçam a relação entre as pessoas através de ações coletivas, é uma maneira de gerar ideias alternativas que busquem a proteção da natureza e a qualida- de de vida da sociedade. O Mapa dos Confli- tos Ambientais de Minas Gerais surge, nessa 1 Graduanda em Ciências Biológicas na Universidade Federal de São João del-Rei. Rua Benedito L. Agostini, 383, Jardim América, São João del-Rei, CEP: 36301-832, E-Mail: [email protected]. 2 Graduanda em Ciências Biológicas na Universidade Federal de São João del-Rei. Rua Bezamate de Souza, 22, Dom Bosco, São João del-Rei, CEP 36301-032, E-Mail: [email protected]. 3 Professor de Sociologia da Universidade Federal de São João del-Rei. Rua Doutor Vicente Albergaria, 62 - A. Segredo, São João del-Rei, CEP 36307-376, E-Mail: [email protected]. perspectiva, como uma ferramenta crítica do modelo de acumulação capitalista, utilizan- do cartografia participativa, realização de oficinas com atingidos e visitas a lugares de possíveis conflitos. Palavras-chaves: Injustiça Ambiental. Mapa dos Conflitos Ambientais. Oficina. Abstract Facing values related to consumerist pat- terns, social inequality, “environmental cri- sis”, in which forests are replaced by environ- ment degradation, it is necessary to think over the ways of production in all senses. Prepare and execute works that aim the understan- ding nature as a field of dispute, that streng- thens the relation between people, through collective actions, is one way to generate al- ternatives ideas that aim the protection of the nature and quality of life of society. Environ- mental Conflicts Map of Minas Gerais arises, in that perspective, as a way critical tool of model of capitalist accumulation, using par- ticipatory cartography, making workshops with reached people and visits to places of possible conflicts. Agroecologia e Desenv. Rural Sustentável, Porto Alegre, v. 5, n. 2, p. 33-37, maio/ago. 2012

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Mapa dos conflitos ambientais: um pouco das contradições socioambientais em Minas Gerais

VASCONCELOS, Anna 1, LOPES, Helena 2, CARNEIRO, Eder 3

ResumoDiante de valores voltados a padrões consu-mistas, desigualdades sociais e “crise am-biental”, na qual florestas dão lugar à de-gradação ambiental, é necessário repensar os modos de produção em todos os sentidos. Elaborar e executar trabalhos que visem à compreensão da natureza como campo de disputa, que fortaleçam a relação entre as pessoas através de ações coletivas, é uma maneira de gerar ideias alternativas que busquem a proteção da natureza e a qualida-de de vida da sociedade. O Mapa dos Confli-tos Ambientais de Minas Gerais surge, nessa

1 Graduanda em Ciências Biológicas na Universidade Federal de São João del-Rei. Rua Benedito L. Agostini,

383, Jardim América, São João del-Rei, CEP: 36301-832, E-Mail: [email protected].

2 Graduanda em Ciências Biológicas na Universidade Federal de São João del-Rei. Rua Bezamate de Souza, 22,

Dom Bosco, São João del-Rei, CEP 36301-032, E-Mail: [email protected].

3 Professor de Sociologia da Universidade Federal de São João del-Rei. Rua Doutor Vicente Albergaria, 62 - A.

Segredo, São João del-Rei, CEP 36307-376, E-Mail: [email protected].

perspectiva, como uma ferramenta crítica do modelo de acumulação capitalista, utilizan-do cartografia participativa, realização de oficinas com atingidos e visitas a lugares de possíveis conflitos.

Palavras-chaves: Injustiça Ambiental. Mapa dos Conflitos Ambientais. Oficina.

Abstract Facing values related to consumerist pat-terns, social inequality, “environmental cri-sis”, in which forests are replaced by environ-ment degradation, it is necessary to think over the ways of production in all senses. Prepare and execute works that aim the understan-ding nature as a field of dispute, that streng-thens the relation between people, through collective actions, is one way to generate al-ternatives ideas that aim the protection of the nature and quality of life of society. Environ-mental Conflicts Map of Minas Gerais arises, in that perspective, as a way critical tool of model of capitalist accumulation, using par-ticipatory cartography, making workshops with reached people and visits to places of possible conflicts.

Agroecologia e Desenv. Rural Sustentável, Porto Alegre, v. 5, n. 2, p. 33-37, maio/ago. 2012

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Keywords: Environmental Injustice. Environmental Conflicts Map. Workshops.

1 INTRODUÇÃOO Mapa de Conflitos Ambientais no Estado

de Minas Gerais resultou de extensa pesquisa desenvolvida pelo Núcleo de Investigações em Justiça Ambiental (Ninja) da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), em par-ceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pesquisadores da Universi-dade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e da Universidade Federal de Viçosa (UFV). O mapa é uma ferramenta que auxilia compre-ender onde estão e como acontecem situações de injustiça ambiental no Estado de Minas Gerais e as tensões por ela produzidas. Nes-sas situações, estratos sociais mais carentes são obrigados a arcar com grande parte dos problemas ambientais resultantes do modelo de acumulação vigente. Trata-se, entre ou-tras, de pessoas de baixa renda que habitam “áreas de risco”, como encostas, regiões próxi-mas a lixões e indústrias poluentes.

Uma das características mais importantes deste trabalho é a maneira pela qual o mapa foi construído, isto é, a cartografia participa-tiva, a qual garante que os atores do próprio conflito possam mapear sua história. Essa participação dos atingidos foi possibilitada por visitas feitas pelos pesquisadores às cida-des mineiras e pela realização de oficinas com os movimentos sociais envolvidos em conflitos ambientais em cada mesorregião pesquisada.

2 DESENVOLVIMENTOA composição do Mapa dos Conflitos Am-

bientais de Minas Gerais baseia-se na rea-lização de um amplo levantamento sobre situações e processos em que o uso desigual do ambiente e dos territórios enseja a orga-nização de formas distintas de expressão e resistência. O objetivo central da pesquisa é proceder ao registro e à classificação dos casos identificados, sistematizando-os sob a forma de fichas que contenham informações sobre as condições técnicas da ocorrência de risco, a caracterização da população afetada,

o histórico da evidenciação pública do confli-to, as condições de organização e estratégias mobilizadas pelos atores envolvidos. Para tanto, foram previstas e executadas as se-guintes tarefas:

a) pesquisa preliminar em arquivos das atas das reuniões das Câmaras Técnicas do Conselho de Política Ambiental para uma triagem inicial de indicativos de conflito ambiental, realizada pela equipe da UFMG. A partir dessa pesquisa, elaboramos um re-latório analítico dos casos relativos às me-sorregiões Campo das Vertentes e Zona da Mata. Esse relatório serviu como um dos conjuntos de diretrizes que orientaram a pesquisa de campo;

b) pesquisa em arquivos institucionais do Ministério Público Estadual e das Su-perintendências Regionais do Conselho de Política Ambiental. A análise da documen-tação permitiu a identificação dos casos de denúncia que tiveram encaminhamento jurídico, sob a forma de ações judiciais e procedimentos administrativos. Os dados provenientes da pesquisa foram organiza-dos em fichas específicas contendo: caracte-rização das condições técnicas do risco; des-crição das condições socioeconômicas das populações afetadas; histórico da eviden-ciação pública do evento; identificação dos atores envolvidos; descrição das condições de organização/mobilização e das estraté-gias articuladas por esses atores;

c) consultas aos movimentos sociais e às entidades da sociedade civil, de forma que se pudesse proceder à identificação dos ca-sos em que houve risco ou dano ambiental, mesmo sem um encaminhamento jurídico, mas que apresentam sinais de mobilização política efetuada pelas populações afetadas. Essas consultas foram feitas por meio de oficinas, realizadas junto aos movimentos sociais para a construção do mapa social dos conflitos, o qual visa a contribuir para o em-poderamento e para a capacitação político-

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-participativa dos grupos que se mobilizam em função da defesa de seus territórios;

d) visitas às localidades onde foram iden-tificados casos de conflito e realização de entrevistas qualitativas junto aos atores locais.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕESNo Brasil, a década de 1960 caracteriza-se

pelo processo de modernização da agricultura e da pecuária. O modelo incorporado intensa-mente foi o químico-mecânico, marcado pelo uso de fertilizantes contendo nitrogênio, fós-foro e potássio, e pelo uso de máquinas em substituição à mão de obra. Como consequên-cia, esse processo de expansão gerou também vários tipos de conflitos ambientais, já que os recursos naturais foram utilizados de acordo com os interesses econômicos dominantes e os danos ambientais do desenvolvimento foram transferidos às populações de baixa renda, marginais e vulneráveis (ACSELRAD, 2004). Designamos conflitos ambientais os conflitos que opõem atores sociais que, em condições assimétricas de poder, lutam pela apropria-

ção material e simbólica dos territórios e suas condições naturais. Então, quando se fala de conflitos ambientais, trata-se, em grande par-te, de ações de contestação e resistência pro-tagonizadas por grupos sociais subalternos, tais como proprietários de pequenas exten-sões de terra ou residentes em áreas perifé-ricas urbanas.

Dessa forma, o Mapa dos Conflitos Ambien-tais de Minas Gerais possibilita conhecer os conflitos presentes no Estado de Minas Ge-rais, de uma forma que garanta a participa-ção das comunidades, para que os atingidos possam relatar suas histórias e lutas. A cons-trução participativa aconteceu através de oficinas com os movimentos sociais em cada mesorregião do Estado. Esses espaços contri-buíram para trocas de informações entre pes-soas distintas que, muitas vezes, enfrentam as mesmas injustiças. O trabalho encontra--se disponível na Internet, com livre acesso (http://conflitosambientaismg.lcc.ufmg.br), para que o mapa funcione como uma ferra-menta de transformação da realidade, de acumulação de experiências e valorização da cultura popular.

Figura 1 - Mapa dos Conflitos Ambientais de Minas Gerais

Fonte: MAPA DOS CONFLITOS AMBIENTAIS DE MINAS GERAIS (2012).

Agroecologia e Desenv. Rural Sustentável, Porto Alegre, v. 5, n. 2, p. 33-37, maio/ago. 2012

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Muitos casos pesquisados relacionam-se a conflitos envolvendo áreas rurais. Moradores do campo, tribos indígenas e quilombolas são os principais atingidos, devido à expansão da fronteira agrícola, quase exclusivamente por meio de monoculturas, como o eucalipto, e também enfrentam o avanço da mineração e da chegada de usinas hidrelétricas. Essas mudanças no cenário do campo representam a consolidação de um modelo que não garante o bem-estar das populações locais e seu meio ambiente, pois, além de destruir casas, cida-des e florestas inteiras, acabam com as re-lações culturais e simbólicas que as pessoas cultivam durante gerações. Nota-se que esse tipo de apropriação dos recursos naturais não se preocupa com a complexa rede de intera-ções que constitui qualquer sistema social. O uso expansivo e intensivo das condições na-turais em busca de resultados imediatos não se importa em preservar, manter a saúde e o equilíbrio ecológico do solo e garantir a justiça no acesso a práticas sustentáveis (ZAMBER-LAM; FRONCHETI, 2007).

Serão aqui apresentados alguns dos casos de conflitos ambientais de Minas Gerais. Na mesorregião Zona da Mata, nos municípios de Acaiaca, Divino, Espera Feliz, Lajinha e Ma-nhuaçu, foi identificado um caso de intoxica-ção por agrotóxicos. Alguns fatores específicos da região contribuem para o uso intensivo de agrotóxicos na cafeicultura, além, é claro, da necessidade objetiva de aumento contínuo da produtividade e de diminuição do tempo de rotação do capital, imperativos intrínsecos às relações de produção capitalistas. Na oficina “Cidadania e Justiça Ambiental Microrregião Zona da Mata”, o tema dos agrotóxicos foi trazido ao debate pelo representante da Fe-deração dos Trabalhadores Rurais de Minas Gerais (Fetae/MG), Regional Leste, sediada em Manhuaçu. Em entrevista, o depoente diz que, devido à necessidade de aumento con-tínuo da produtividade, os agricultores vêm utilizando cada vez mais agrotóxicos em suas lavouras, sem levar em conta os riscos que podem causar à saúde humana, dos agricul-tores e de quem consome os alimentos. Além

disso, argumenta, os agrotóxicos agridem o meio ambiente e provocam desequilíbrios eco-lógicos, já que o veneno utilizado para elimi-nar as pragas acaba eliminando também os inimigos naturais das mesmas, fazendo com que, para sobreviver, a planta dependa cada vez mais dos produtos químicos, aumentan-do, com isso, também o custo de produção.

Na mesma oficina, o presidente do Sindica-to dos Trabalhadores Rurais (STR) de Muriaé relata um conflito relacionado às atividades de mineração das empresas Companhia Bra-sileira de Alumínio (CBA), do Grupo Votoran-tim, e Mineração Rio Pomba. Segundo o entre-vistado, muitos proprietários estão vendendo suas terras, por medo de que elas se desvalo-rizem em razão da degradação ambiental pro-vocada pelas mineradoras. Em contraposição, o sindicato tem procurado desenvolver proje-tos de agricultura familiar como alternativa ao emprego nas minerações e ao êxodo rural.

Outro caso de conflito envolve o movimento de resistência à expansão do cultivo de euca-lipto no Vale do Jequitinhonha. Na década de 1970, o eucalipto passou a ocupar “cerca de 126 mil hectares das terras antes ocupadas por quilombolas, indígenas e pequenos agri-cultores” (Processo de aperfeiçoamento e di-álogo, 2009: 17). No município de Capelinha as pessoas enfrentaram diversos conflitos re-lacionados à monocultura de eucalipto. Um deles refere-se à grande extensão de terra que foi destinada para o plantio do eucalipto pela empresa atualmente designada, Arcelor Mittal. Essas terras que antes eram utiliza-das pelos moradores da área para extração de lenha, pequenos plantios e coletas de frutos típicos como a mangaba e a cagaita foram transformadas em grandes desertos de euca-lipto, ocasionando também a extinção de lago-as naturais e o assoreamento. Segue o relato de uma moradora do município:

Antes nós plantava era meio de agosto. Em setembro a terra já tava preparada. Hoje nós planta só a partir de janeiro. Não tem mais água pra criação. O plantio de cana não sai mais. Acabou a umidade da terra,

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e são prejudiciais ao ser humano) estão loca-lizados nas áreas periféricas das cidades, ge-ralmente abandonadas pelo poder público. De outro lado, há a consolidação de um sistema de produção baseado na exploração humana e da natureza, sistema este que se desenvolve con-tra a cidadania e a justiça.

Dessa forma, a partir da investigação e da compreensão de como acontecem esses confli-tos e como se distribuem as injustiças ambien-tais, o mapa busca colaborar na construção de alternativas e políticas públicas para a recupe-ração de áreas degradadas e na utilização de práticas que garantam alimentos saudáveis, acesso à terra, preservação da diversidade na-tural e cultural.

parece que a terra morreu. Não sei o que é que ta acontecendo... só a tecnologia pra poder ta dizendo pra gente. (Representante do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Capelinha).

4 CONCLUSÕESO Mapa dos Conflitos Ambientais de Minas

Gerais traz uma representação da distribuição de casos de injustiça ambiental e dos conflitos resultantes. É possível perceber que o con-ceito de justiça ambiental rompe com a ideia primeira dos movimentos ambientais, de um ambiente homogêneo e quantitativo, à medida que retrata a heterogeneidade das formas de apropriação material simbólica das condições naturais e remete a ações que visam a uma dis-tribuição equitativa do acesso aos territórios e condições naturais (ACSELRAD, 2004).

A consolidação de inúmeras injustiças am-bientais faz reconhecer claramente a natureza como um objeto de disputa subordinada à lógi-ca do mercado capitalista. De um lado, popula-ções marginalizadas arcam com a distribuição desigual e o mau uso do meio ambiente, sendo expostas a produtos contaminantes, tanto no trabalho 4 quanto em casa, já que os depósitos dessas substâncias (que poluem a água, o solo

ACSELRAD, Henri (Org.). Conflitos ambientais no Brasil. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2004.

CAPRA, F. A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. São Paulo: Cultrix, 1996.

CARNEIRO, Eder Jurandir. Mapa dos conflitos am-bientais no Estado de Minas Gerais - etapa 3: mesorregiões Zona da Mata e Campo das Vertentes. Relatório Final de Pesquisa enviado à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fa-pemig) e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnológico (CNPq). São João del-Rei, 2010.

GLIESSMAN, S. R. Agroecologia: procesos ecológi-cos en agricultura Sostenible. Impresiones LITOLAT, Turrialba, Costa Rica, 2002.

MAPA DOS CONFLITOS AMBIENTAIS DE MINAS GERAIS. Disponível em: <http://conflitosambientais-mg.lcc.ufmg.br>. Acesso em: 2 mar. 2012.

MARICATO, E. Brasil, cidades: alternativas para a crise urbana. Petrópolis: Vozes, 2008.

O IMPACTO dos grandes projetos e a violação dos Dhesca: estudos de caso PAD Brasil. Rio de Janeiro: PAD, 2009. Disponível em: <http://www.fase.org.br/projetos/clientes/noar/noar/UserFiles/18/File/Li-vro-%20O%20Impacto%20dos%20Grandes%20Projetos.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2011.

ZANBERLAM, J. ; FRONCHETI, A. Agricultura eco-lógica: preservação do pequeno agricultor e do meio ambiente. 3. ed. Editora Vozes Petrópolis, 2007.

REFERÊNCIAS

4 Em Barbacena, há numerosos casos de intoxicação de trabalhadores relacionados aos grandes monoculti-vos de rosas para exportação. Destacam-se, nesse as-pecto, as ocorrências envolvendo a multinacional alemã de plantio e exportação de rosas denominada Brasil Flowers, que, em 1995, após quinze anos de atividades em Barbacena, decretou falência, deixando mais de 500 trabalhadores sem indenização. O atual presidente da Comissão de Segurança Ambiental e Saúde do Campo das Vertentes estima que “cerca de 85% dos trabalha-dores rurais de Barbacena estavam com algum tipo de contaminação”. Disponível em: http://conflitosambien-taismg.lcc.ufmg.br.

Agroecologia e Desenv. Rural Sustentável, Porto Alegre, v. 5, n. 2, p. 33-37, maio/ago. 2012