manutenção, manejo e reprodução de peixes ornamentais
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Protocolo de Manuteno, Manejo e Reproduo de Peixes Ornamentais
Willes Marques FariasTecnologia em Aquicultura / IFES Campus Pima / Dez. Fev. 2012
1 Guppys Poecilia reticulata
Os Guppys (Full Red, Blue Gless, Red, Cobra Vermelho e Cobra
Amarelo) so espcies de grande elegncia e no passam despercebido
facilmente pelos olhos humanos. Estes so ovovivparos, ou seja, o embrio se
desenvolve dentro do corpo da me, numa placenta que lhe fornece nutrientes
necessrios ao seu desenvolvimento e retira os produtos de excreo,
nascendo saudvel e disposto.
1.1 Qualidade da gua
A manuteno e o manejo da qualidade da gua so essenciais para
que se obtenha sucesso em seu empreendimento em relao reproduo de
peixes ornamentais. As caractersticas fsico-qumicas do meio aqutico devem
ser manipuladas para proporcionar condies satisfatrias vida dos peixes
em cultivo e evita o aparecimento repentino de patgenos. So muitas as
variveis fsico-qumicas de qualidade de gua que merecem ateno quanto a
sua qualidade, sendo a concentrao de oxignio dissolvido (OD) (Tabela 1)
e o pH (Potencial Hidrogeninico) (Tabela 2), parmetros que integram esse
leque de variveis a serem monitorados, pois valores baixo do estabelecido, os
organismos entram em estresse fisiolgico, acarretando o enfraquecimento do
sistema imunolgico e conseqentemente aparecimento de infeces, podendo
lev-los a morte.
Deste modo, o levantamento das anlises de gua com procedimentoslaboratoriais ou de aparelhos de anlise de campo so de suma importncia
para saber devidamente se as condies da gua de cultivo se encontram em
valores aceitveis para a reproduo de peixes, assim, obtendo-se retorno em
seu grande negcio.
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TABELA 1. Recomendaes da varivel Oxignio Dissolvido.Parmetro Oxignio Dissolvido
Onde medir? gua
Com que Freqncia?Trs vezes durante o dia, e a cada duas horas
noiteQue tipo de equipamento
utilizar? Oxmetro MicroprocessadoQual o nvel ideal? 5 - 10 mg/L
Mecanismo de melhora? Aerao e renovao de guaFonte: Alves e Mello (2007).
TABELA 2. Recomendaes da varivel Potencial Hidrogeninica.Parmetro pH
Onde medir? guaCom que Frequncia? Duas vezes ao dia
Que tipo de equipamentoutilizar? pHmetro digital
Qual o nvel ideal? 7,0 - 9,0
Mecanismo de melhora?Renovao de gua ou probiticos, em caso de pH
elevado; renovao de gua e aplicao de carbonatode clcio, em caso de pH baixo
Fonte: Alves e Mello (2007).
OBS:Todo procedimento citado a cima, vale para todas as espcies de peixesdescrito neste contexto.
1.2 Reproduo
A cpula comea com o macho cortejando a fmea e isto se d com
movimentos de corpo e da cauda onde os machos se mostram para a fmea.
A fmea tem um ciclo de gestao de aproximadamente vinte e oito
dias. Com quatro meses os machos e as fmeas j comeam a se acasalar,
por isso aconselhvel separar os filhotes depois deste tempo. Dependendo
da fmea, se ela for uma matriz de boa qualidade, cada ninhada de filhotes
pode chegar at 100 filhotes, mas a mdia de 50 filhotes.
Os filhotes desta variedade de Guppies j nascem nadando e comendo,
sendo a alimentao viva (artemia, dfniae larvas de mosquito) recomendado
devido grande disponibilidade de protena e nutrientes. O canibalismo muito
freqente, os prprios pais predam a prole, deste modo, o ideal retira a fmea
e aclimat-la em outro aqurio.
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O perodo de gestao dos filhotes varia entre 22 e 25 dias. Prximo ao
nascimento o abdmen da fmea se apresenta bem inchado e aparece perto
da nadadeira anal uma mancha escura, "mancha da gravidez", que vai
aumentando quanto mais cheia de alevinos estiver. O ideal seria retirar a
fmea do aqurio e colocarmos sozinha em outro, pois o canibalismo nessa
espcie muito comum.
Esse aqurio (maternidade) deve estar cheio de plantas e pedras, pois
so nelas que os alevinos se escondem quando nascem devido ao canibalismo
das fmeas.
1.3 Manutenes dos Aqurios
A limpeza dos aqurios de extrema importncia, pois a excreo
nitrogenada dos peixes e outros organismos aquticos e da decomposio
microbiana (restos de alimento) contribuem para o aumento de amnia no-
ionizada na gua, sendo prejudicial s membranas branquiais dos peixes que
so relativamente permeveis ao NH3, ou seja, possui afinidade pelas
gorduras. Por isso difundisse facilmente pelas membranas respiratrias que
so lipoproticas. Deste modo, a manuteno realizada antes de aliment-
los.
1.4 Alimentao da Prole e das Matrizes
Esse um dos principais problemas enfrentados por criadores, uma vez
que uma atividade que demanda tempo e pacincia. Uma alimentao
variada e com alta freqncia de administrao de fundamental importncia
para a manuteno da prole.
Existem vrios tipos de alimentos que podem ser administrados aosalevinos. A partir do quinto dia de vida, eles comeam a aceitar alimentao
exgena. Os mais utilizados so: Artmia e Dfnia.
Artemia salina: A Artemia sp um microcrustceo, pertencente ordem
dos Anostraca e famlia Artemiidae. rica em protenas, vitaminas (caroteno)
e sais minerais, por isso utilizada em larga escala em cultivo de camares e
peixes na fase larval.
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Dfnias (Daphnia pulexe D. magna):As Dfnias so microcrustceos,
tambm chamados de pulga-dgua. Atingem 0,2 a 3 mm de comprimento,
sendo as espcies Daphnia pulexe Daphnia magna as mais cultivadas. Sua
reproduo feita por partenognese, no sendo necessria a presena do
macho.
Para comear uma criao, deve-se primeiro ter um recipiente repleto de
algas verdes, que facilmente formado com a exposio do recipiente com
gua ao sol. Aps a proliferao dessas algas, que iro servir de alimentos
para as dfnias, uma pequena cultura ser liberada dentro desse recipiente.
Outras fontes de alimento para esses microcrustceos so leveduras ou leite
em p, porm no so to eficazes como as algas verdes.
Sua administrao feita em grandes quantidades, diretamente nos
aqurios dos alevinos, onde, medida que os peixes forem crescendo, vo se
alimentando desses crustceos. So bastante eficazes, pois no morrem no
aqurio e comem bactrias e matria orgnica.
Contudo, aps a manuteno, a rao fornecida trs vezes ao dia e a
alimentao viva disponibilizada 1 vez ao dia para melhor desempenho.
1.5 Doenas
Assim como ns, os peixes tambm adoecem. A manuteno da boa
qualidade da gua uma ferramenta importantssima para a sade e o bem
estar dos peixes, pois a preveno ainda o melhor remdio. A falta de
cuidados com a manuteno da gua do aqurio normalmente o estopim que
desencadeia em doenas nos peixes, causadas por protozorios, fungos,
bactriase outros parasitas.
1.5.1 Ictio
Sinais: Pequenos pontos brancos de cerca de 1 mm na pele e
nadadeiras.
Causa:Protozorio ciliado Ichthyophthyrius multifilliis. O parasita cumpre
um ciclo de vida que envolve uma primeira fase de reproduo por diviso
celular fora do peixe, geralmente no substrato; depois disso, os novos parasitas
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formados saem do substrato e procuram um hospedeiro para parasitar, sendo
que tem que faz-lo dentro de um determinado tempo, seno morrem.
Encontrando um peixe, instalam-se nas camadas epiteliais superficiais (pele
e/ou brnquias), nelas se nutrindo de fluidos corporais. Depois de algum tempo
abandonam esse hospedeiro para se reproduzir, reiniciando o ciclo. A
velocidade do ciclo determinada pela temperatura da gua, quanto mais
quente, at certo limite, mais rpido. A cerca de 28C leva cerca de 5 a 7 dias.
Quando a temperatura constantemente maior ou igual a 31C, o protozorio
fica naturalmente impedido de se reproduzir.
Tratamento: Manter o aqurio naquela temperatura (31C) por 7 a 10
dias. No existe forma incistada desse protozorio, portanto uma vez eliminado
do ambiente, mesmo com quedas bruscas de temperatura no ocorrer novo
surto de ctio. Para peixes que no toleram tal temperatura, pode-se tratar com
sal, 1g / Litro por 7 dias a 28C. Usar medicamento especfico se for o caso.
(extrado de uma receita de Vladimir Xavier Simes).
1.5.2 Fungos na boca
Sinais:Uma camada branca, tal como algodo, na boca e ao longo das
extremidades das nadadeiras. Nos guppies, especialmente, as nadadeiras se
tornam franjadas.
Causa:Uma bactria, Flexibacter columnaris.
Tratamento: Casos leves podem ser tratados com sal. O tratamento
tradicional consiste em, primeiro realizar um significativa troca de gua para
melhorar as condies desta, depois dissolver 2 mg/l de Permanganato de
Potssio diretamente nela, observando-a para que se assegure que permanece
rosada por quatro horas. Caso a gua se torne marrom, devido a elevada cargaorgnica, antes de completar as quatro horas, mais 2 mg/l de permanganato
devem ser adicionadas. Isso repetido at que a cor rosada seja mantida por
todo o perodo.
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1.5.3 Cauda Rta
Sinais: Cauda desfiada com uma listra esbranquiada ou escura nas
extremidades.
Causa:H outras formas de cauda rota, por outros motivos. Neste caso,
a origem so bactrias, Pseudomonas, Aeromonas, mais comuns, ou outras.
Tratamento: Imediata melhora das condies da gua. Tratamento
qumico com permanganato de potssio (KMnO4) na base de 2 a 4 ppm
(miligramas por litro) so bem sucedidos quando a infeco limitada pele.
Esse tratamento de grande utilidade quando os peixes esto se alimentando
pouco ou nada, quando rao medicinal no mais uma opo. Infeces
sistmicas somente podem ser tratadas com rao medicinal, tal como a Alcon
Cure, mas para tanto necessrio o diagnstico precoce, antes que a doena
o faa parar de comer.
Tratamento Alternativo:(1) Retire o peixe do aqurio, com uma rede. (2)
Mantenha-o por sobre uma lmina de vidro umedecida, com a rede por cima de
seu corpo, para fix-lo. (3) Incline a lmina de vidro, colocando algo abaixo
dela, de forma a elevar a cabea do guppy, impedindo que o remdio corra
para as guelras. (4) Aplique o remdio, tal como mercrio cromo, com um
cotonete, ao longo da parte rota, de um lado, e invertendo a posio do guppy,
do outro, procure atingir toda a cauda com o remdio. (5) Caso o remdio atinja
as guelras, retorne imediatamente o peixe ao aqurio. (6) Se no houver
comprometimento das guelras, aguarde vinte segundos, ento devolva o
guppy. (7) Quando o comprometimento for extenso, maior do que 5% da
superfcie da cauda, corte a parte afetada com uma gilete ou estilete e depois
siga a partir do item 4. Melhore as condies da gua.
OBS:Todo procedimento citado a cima, vale para todas as espcies de peixes
descrito neste contexto.
2 Kinguios Carassius auratus
Os kinguios cuja espcie Carassius auratusoriginria da China, mede
no mximo 30 cm de comprimento e vive em condies de temperatura 10 a 20
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FIGURA 1. Diferena entre macho e fmea de Kinguio.
O momento da desova facilmente percebido: os peixes ficam agitados,
os machos comeam a perseguir a fmea prxima a razes das plantasflutuantes, onde ela libera aproximadamente 800 vulos, sendo imediatamente
fecundados pelo macho e assim que se encerrar, os peixes adultos sero
retirados do aqurio, para no devorar a cria.
Os alevinos nascem cerca de 10 dias aps a desova e ficaro
pendurados por meio de um fio protico na vegetao, durante 48 horas
absorvendo o saco vitelino. Passado esse perodo sero alimentados com
gema de ovo cozido, infusrios. Com 18 dias j medem 2,5 cm e seracrescentada a sua dieta alimentos vivos como: Dfnias e Artemias, at que
completem 2 meses, quando ento sero alimentados como peixes adultos.
2.4 Manuteno das piscinas
A limpeza das piscinas essencial para que se obtenha sucesso na
produtividade, pois a excreo nitrogenada dos peixes e outros organismos
aquticos e da decomposio microbiana (restos de alimento, fezes)
contribuem para o aumento de amnia no-ionizada na gua, sendo prejudicial
s membranas branquiais dos peixes que so relativamente permeveis ao
NH3, ou seja, possui afinidade pelas gorduras. Por isso difundisse facilmente
pelas membranas respiratrias que so lipoproticas. Deste modo, a
manuteno realizada antes de aliment-los.
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3 Platy Xiphophorus maculatus
O Platy (Figura 3) cuja espcie Xiphophorus maculatus (do grego,
Xiphophorus, "aquele que carrega espada", maculatus, "manchado, numa
aluso s manchas pretas"), pertence famlia dos Poecildeos, tambm
conhecidos como "barrigudinhos". Sendo nativo da costa Atlntica do Mxico,
Guatemala e Norte de Honduras.
FIGURA 3. Casal de Platy Vermelho
3.1 Alimentao
So peixes onvoros, ou seja, se alimentam de peixes menores e
vegetais. um dos peixes tropicais provavelmente com maior nmero de
variedade de cores encontradas aos milhares. Aceitam alimentos vivos, como:
Artemia e Dfnias
O arraoamento realizado trs vezes ao dia e a adio de alimento
vivo uma vez por dia.
3.2 Reproduo.
A reproduo desta espcie feita com facilidade em cativeiro. Em
cerca de 40 dias de gestao, so gerados cerca de 35 alevinos. De fcil
manejo, apesar de sensvel a variaes de temperatura, indicado para
aquariofilistas iniciantes.
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Pode viver em aqurios comunitrios, convivendo facilmente com peixes
pacficos. A vegetao deve ser abundante para evitar que os adultos se
alimentem de suas crias, ou seja, so canibalistas.
3.3 Manuteno do Aqurio
A limpeza dos aqurios fundamental para trazer condies
satisfatrias para os organismos cultivados e melhorar a qualidade da gua,
pois a excreo nitrogenada dos peixes e outros organismos aquticos e da
decomposio microbiana (restos de alimento, fezes) contribuem para o
aumento de amnia no-ionizada na gua, sendo prejudicial s membranas
branquiais dos peixes que so relativamente permeveis ao NH3, ou seja,
possui afinidade pelas gorduras. Por isso difundisse facilmente pelas
membranas respiratrias que so lipoproticas. Deste modo, a manuteno
realizada antes de aliment-los.
4 Betta Betta splendens
O peixe Betta, tambm conhecido como "peixe de briga", pertence
subordem anabantoidei. originrio da sia (Tailndia, Indonsia, Vietn,
China e outros), sendo seu habitat natural s regies alagadias com guas
estagnadas e pobres em oxignio, como brejos, pntanos e campos de
plantao de arroz.
4.1 Anatomia
A anatomia do Betta (Figura 1) semelhante de outros peixes
apresentando, porm, algumas particularidades, como o tamanho de suas
nadadeiras e a presena do labirinto, rgo responsvel pela respiraoacessria que permite a captura do oxignio atmosfrico.
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FIGURA 1. Anatomia do Betta Splendens.
4.2 Comportamento
Como todos ns sabemos, o Betta,mais conhecido como peixe de briga
um peixe territorialista e agressivo. Existem vrios estudos na literatura
avaliando o comportamento agressivo dos Bettas. So violentos quando
colocados de frente sua prpria imagem em espelho e quando colocados defrente a outro exemplar, fica mais violento ainda. As fmeas, quando colocadas
frente de uma batalha entre dois machos, tendem a escolher para reproduo
o macho que ganhou a disputa. Vrios outros trabalhos evidenciam o
comportamento territorialista e agressivo do Betta splendens como os de
Bronstein (1980) e Bando (1991).
4.3 Alimentao
O Betta um peixe carnvoro; aceita desde alimentos vivos, como
artmias, dfnias, larvas de mosquito, enquitria e larvas de drosfila, at
alimentos in naturaou processados, como carne ou corao raspado, camaro,
patse outros alimentos.
Qualquer sobra de comida deve ser evitada, visto que essa sempre
apodrece na gua, perde a sua qualidade, favorecendo, assim, uma queda de
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imunidade dos peixes e deixando-os susceptveis infeco por patgenos
oportunistas.
4.4 Manuteno dos Aqurios
A limpeza dos aqurios de extrema importncia, pois a excreo
nitrogenada dos peixes e outros organismos aquticos e da decomposio
microbiana (restos de alimento, fezes) contribuem para o aumento de amnia
no-ionizada na gua, sendo prejudicial s membranas branquiais dos peixes
que so relativamente permeveis ao NH3, ou seja, possui afinidade pelas
gorduras. Por isso difundisse facilmente pelas membranas respiratrias que
so lipoproticas. Deste modo, a manuteno realizada antes de aliment-
los.
4.5 Reproduo
O tamanho do aqurio geralmente varia de 10 a 30 litros. Para facilitar o
manejo e a manuteno, os menores so mais recomendados. O fundo e a
parede de trs pintados de preto tem o objetivo de evitar o estresse durante a
reproduo e facilitar a coleta dos ovos quando eles caem no fundo. Os
equipamentos necessrios so: material para iluminao, termmetro,
aquecedor com um termostato, uma tampa de vidro para evitar a sada do ar
quente, importante sobrevivncia dos alevinos, um tufo de planta, que pode
ser de samambaia aqutica ou cabomba, para que a fmea possa se esconder
dos ataques, muitas vezes, violentos do macho.
4.6 Escolha do Casal
Para seguir uma determinada linhagem, deve-se procurar um casalparecido (nas caractersticas de cores, caudas, formato do corpo,
agressividade, etc), mas se a inteno ousar ou reproduzir somente de forma
domstica, pode-se escolher aleatoriamente.
importante que o macho seja maior que a fmea para facilitar o
"abrao nupcial". Ambos devem ser ativos, agressivos, apresentarem cores
vivas e responderem prontamente quando lhes so oferecidos alimentos.
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5 Alimentos Vivos
Atualmente, utilizam-se diversos tipos e formas de alimentos na criao
de peixes ornamentais, que podem ser vivos, em conserva, congelados, em
forma de rao balanceada dentre outros, mas o alimento vivo vem sempre
mostrando maior eficcia.
Esses microorganismos, como o caso da Artemia sp., outros
microcrustceos, larvas de moscas, algumas microalgas e protozorios,
possuem alto valor nutritivo, suprindo as exigncias nutricionais das larvas e
dos alevinos dos peixes cultivados.
5.1 Infusrios
Os infusrios so obtidos por meio da infuso de vegetais secos em
gua. Consistem de bactrias, protozorios, algas e outros microorganismos
que servem de alimentos para os alevinos.
5.1.1 Como obt-las?
Em um recipiente transparente, coloca-se gua com folhas secas de
alface, amendoeira, bananeira, e outros. Durante dois dias, esse recipiente
deve ser mantido em total escurido, para que as bactrias, futuros alimentos
dos protozorios, proliferem-se.
A infuso deve ser mantida em local com claridade, e diariamente
devem ser administradas algumas gotas de leite ou de Yakult (que contm
lactobacilos vivos) afim de que ocorra a multiplicao de alimento para os
microorganismos.
5.2 Branchoneta(Dendrocephalus brasiliensis)A branchoneta tambm um anostraceo, pertencente famlia dos
Thamnocephalidae, e se difere da artmia salinapor ser uma espcie de gua
doce. Esse microcrustceo pode atingir at 30mm de comprimento em
condies ambientais favorveis.
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Uma das vantagens da utilizao da branchoneta a sua resistncia em
gua doce, o que no ocorre com as artmias, que morrem rapidamente,
deteriorando assim a qualidade da gua dos aqurios.
Os cistos das branchonetas so colhidos aps os esvaziamentos dos
viveiros e, quando em contato novamente com a gua, eles eclodem. Ainda
so necessrios mais estudos sobre a biologia desses anostraceo, pois em
virtude de suas vantagens, seu uso na piscicultura ornamental se torna
bastante promissor.
5.3 Microvermes(Anguilula silusiae)
Microvermes so pequenos nematdeos brancos, de formas cilndricas,
que alcanam no mximo 3mm de comprimento. A manuteno de uma cultura
de fcil manejo, e de custo bem reduzido, podendo a cultura inicial ser
adquirida em lojas prprias de aquarismo.
5.3.1 Como obt-las?
Em recipientes de 2 litros de sorvete com 1 centmetro de gua filtrada,
acrescenta-se farinha de aveia at obter a consistncia do mel. Em seguida,
colocam-se as matrizes no recipiente, e fecha-se hermeticamente o pote para
evitar mosquitos.
A fmea se reproduz com a ausncia do macho e, em poucas semanas
podem ser vistos os vermes subindo pelas paredes do recipiente, momento em
que eles devem ser coletados. Quando os vermes comearem a parar de subir,
acrescenta-se mais aveia. Esse manejo dever ser efetuado apenas duas
vezes em cada cultura.
um alimento altamente recomendado para alevinos no seu primeiro ms devida, mas, por ser muito rica em gordura, a administrao diria no utilizada.
5.4 Enquitrias(Enchytaeus albidus)
As enquitrias so pequenos vermes de cor branca que alcanam at
2cm e constituem uma das mais populares formas de alimento vivo criadas por
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aquaristas sendo bastante utilizado antes das reprodues. Possuem
aproximadamente 70% de protena, 14,5% de lipdeos e 10% de carboidratos.
5.4.1 Como obt-las?
Em uma caixa pequena de isopor, coloca-se um substrato, que pode ser
carvo ativado mido, colocando sobre ele um pouco de rao, frutas, ou
vegetais. Coleta-se um nmero suficiente de vermes de uma cultura adquirida
e transfere-os para a nova cultura. Coloca-se uma cobertura de vidro sobre o
solo para que facilite a coleta dos vermes e tampa-se a caixa.
Aps alguns dias, as enquitrias j estaro se reproduzindo, e o vidro no
interior da caixa estar repleto de indivduos. Assim como os microvermes, so
muito ricas em gorduras, o que dificulta o seu metabolismo pelos peixes,
portanto, no devem ser administradas diariamente.