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CONGRESSO NACIONAL CONGRESSO NACIONAL CONGRESSO NACIONAL CONGRESSO NACIONAL DADADADA PREFABRICAÇÃO EM BETÃOPREFABRICAÇÃO EM BETÃOPREFABRICAÇÃO EM BETÃOPREFABRICAÇÃO EM BETÃO

Manuel BaiãoEngº Civil, LNEC

J. Figueiredo Pereira

PAVIMENTOS PREFABRICADOS DE BETÃOO NOVO ENQUADRAMENTO DA APRECIAÇÃO TÉCNICA

A EFECTUAR PELO LNEC

Lisboa, 6 e 7 de Março de 2008 Centro de Congressos, LNEC

J. Figueiredo PereiraEngº Civil, LNEC

J. Dinis SilvestreEngº Civil, LNEC


ObjectivoFaz-se, em primeiro lugar, uma referência sumária à actividade até agora realizada pelo LNEC no domínio da apreciação e da homologação de pavimentos prefabricados de betão e, em seguida, fazem-se algumas considerações sobre as consequências da aplicação da Directiva dos Produtos da Construção quer para a indústria que produz esses elementos prefabricados quer para a actividade do LNEC no âmbito da apreciação dos respectivos sistemas de construção

PAVIMENTOS PREFABRICADOS DE BETÃOO NOVO ENQUADRAMENTO DA APRECIAÇÃO TÉCNICA A EFECTUAR PELO LNEC


Sumário

1. Actividade de apreciação e homologação realizada pelo LNEC

2. Principais tipos de pavimentos prefabricados de betão

3. A Directiva dos Produtos da Construção

4. Normas Europeias aplicáveis

5. Consequências da aplicação da Directiva

6. Documentos de Aplicação

7. Conclusões


Antecedentes dos pavimentos prefabricados de betão

Os pavimentos prefabricados têm as suas origens nos pavimentos mistos constituídos por vigas metálicas e abobadilhas de elementos cerâmicos,cuja construção ocorreu em Portugal nos finais do séc. XIX até ao primeiro quartel do séc. XX, sendo aplicados em


quartel do séc. XX, sendo aplicados em particular nas zonas húmidas dos edifícios (cozinhas, casas-de-banho e marquises).


1 – Actividade de apreciação e homologação realizada pelo LNEC

O desenvolvimento de sistemas deconstrução industrializada, emparticular com recurso à prefabricaçãode elementos de betão, sofreu umgrande incremento a partir dos meadosdo século XX.


do século XX.

A actividade do LNEC no domínio da

apreciação de sistemas de construção de

pavimentos prefabricados começou pouco

tempo após o início do então Laboratório

de Engenharia Civil (LEC).


1º trabalho efectuado pelo LNEC sobre pavimentos

Refere-se ao estudo experimental de um pavimento de vigotas de betão armado de


1947


Ensaio de flexão

pavimento de vigotas de betão armado de secção em “I” e blocos de cofragem de betão pobre


1951

Publicação do RGEU

1954

Início da actividade de

apreciação



apreciação

RGEU – Artº 17ºA aplicação de novos materiais ou processos de construção para os quais não existamespecificações oficiais nem suficiente prática de utilização será condicionada ao prévio parecerdo Laboratório de Engenharia Civil do Ministério das Obras Públicas


1963

Início da emissão de DH’s



DH 1 – Aço-bi

DH 2 - Pavimentos FARCIL


1964

Circular de Informação Técnica nº 29 (CIT 29)

1967

Regulamento de Estruturas de



Regulamento de Estruturas de Betão Armado (REBA)

1968

Directivas UEAtc para a homologação de pavimentos não-tradicionais


1983

Regulamento de Segurança e Acções em Estruturas de Edifícios e Pontes (RSA)

Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado (REBAP)


REBAP – Artº 1º - Objecto e campo de


REBAP – Artº 1º - Objecto e campo de aplicação

...

1.3 – Este Regulamento não contempla objectivamente as estruturas em que se utilizem processos de construção industrializados e não tradicionais, cujo emprego fica condicionado a homologaçãoa conceder, em cada caso, pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil



1995Especificações LNEC E435:1995 eE436:1995 [especificações de características de vigotas prefabricadas de betão pré-esforçado e de blocos de cofragem]

Especificações LNEC E437:1995 aE440:1995 [especificações de ensaio de vigotas prefabricadas de betão pré-


1998 Recomendações para o controlo interno da qualidade NT 02/98-NPC

Procedimentos gerais dos estudos de homologação e requisitos a satisfazer pelos fabricantes NT 05/98-NPC

vigotas prefabricadas de betão pré-esforçado e de blocos de cofragem]

NP ENV 206-1:1993


2 – Principais tipos de pavimentos prefabricados estudados

PAVIMENTOS ALIGEIRADOS DE VIGOTAS

DE BETÃO PRÉ-ESFORÇADO

DE BETÃO ARMADO



PAVIMENTOS DE PRANCHAS VAZADAS


DE BETÃO ARMADO




PAVIMENTOS DE LAJES MACIÇAS EXECUTADAS A PARTIR DE PRELAJES


DE BETÃO ARMADO




Documentos de homologação de pavimentos emitidos 1963-2007

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A Directiva tem por objectivo enquadrar o funcionamento do mercado interno europeu dos produtos de construção, estabelecendo as condições para a sua

Directiva dos Produtos de Construção

3 – A Directiva dos Produtos de Construção

A integração de Portugal na União Europeia conduziu à criação de um novo quadro legal

e institucional, em particular com a transposição para a ordem jurídica portuguesa da

Directiva dos Produtos de Construção


Define as exigências essenciais a que devem satisfazer as obras onde esses produtos são incorporados

estabelecendo as condições para a sua livre circulação no EEE

Remete para especificações técnicas a definição dos requisitos a que as características desses produtos devem satisfazer


3 – A Directiva dos Produtos de Construção

No que se refere aos pavimentos prefabricados aplicam-se-lhes:

• Normas Europeias relativas à concepção, ao projecto e à execução de obras;

• Normas Europeias de características relativas a cada um dos tipos de elementos

prefabricados


prefabricados

• Normas Europeias relativas aos materiais constituintes desses elementos

prefabricados


Relativas a aspectos gerais de concepção e cálculo

Eurocódigos estruturais Referência AssuntoData de

disponibilidade

Data do fim do per. de

coexist.

EC 0 – Bases de projecto EN 1990:2002 Geral 2002-04 2010-03

EC 1 – Acções em estruturasEN 1991-1-1:2002 Pesos volúmicos, acções permanentes 2002-04 2010-03

EN 1991-1-2:2002 Acção do fogo 2002-11 2009-12

. . .

4 – Normas Europeias aplicáveis


. . .

EN 1991-1-7:2006 Acções de acidente 2006-07 2010-03

EC 2 – Estruturas de betão

EN 1992-1-1:2004 Regras gerais 2004-12 2010-03

EN 1992-1-2:2004 Dimensionamento ao fogo 2004-12 2010-03

EC 8 – Est. sismo-resistentes EN 1998-1:2004 Regras gerais, acções sísmicas 2004-12 2010-03

Relativa a aspectos gerais de execução

CEN/TC Referência Assunto Disponibilidade

104 NP ENV 13670-1:2007 Execução de estruturas em betão – Regras gerais (D.L.301 /2007)


Normas harmonizadas aprovadas e projectos de normas harmonizadas relativas a pavimentos prefabricados

CEN/TC

Família de produtos ReferênciaData de entrada

em vigor

Data do fim do período de

coexistência

229 Pranchas vazadas EN 1168:2005 2006-03-01 2008-03-01

Elementos para lajes nervuradas EN 13224:2004 2005-09-01 2007-09-01



Prelajes para sistemas de pavimentos EN 13747:2005 2006-05-01 2008-05-01

Vigotas prefabricadas para pavimentos prEN 15037-1:2004 (Aprovada em

Junho 2007)-

Blocos de cofragem para pavimentosprEN 15037-2:2004

prEN 15037-3:2006- -

177Componentes prefabricados armados de betão de agregados leves com estrutura aberta

EN 1520:2002 2003-09-01 2004-09-01

Componentes prefabricados armados de betão celular autoclavado

prEN 12602:2003 (Em aprovação) -


Normas aprovadas e projectos de normasrelativas a materiais constituintes de pavimentos prefabricados

CEN/TC

Família de produtos ReferênciaData do fim do

período de coexistência

104 Betão NP EN 206-1:2007 (D.L.301 /2007)

51 Cimentos correntes NP EN 197-1:2001

(c/ emendas A1 e A2)

2004-09-01



(c/ emendas A1 e A2)

154 Agregados para betão NP EN 12620:2004 2004-06-01

Agregados leves para betão, argamassas e caldas

NP EN 13055-1:2005 2004-06-01

104 Adjuvantes para betãoNP EN 934-2:2001

(c/ emendas A1 e A2)2003-05-01

19(1) Armaduras de aço para pré-esforço prEN 10138:2005 -

(1) Comité Técnico do ECISS - European Committee for Iron and Steel Standardization


5 - Consequências da aplicação da Directiva

A aplicação da Directiva tem consequências a vários a níveis:

• A nível regulamentar

• A nível normativo

• A nível da classificação e da homologação de produtos e sistemas de construção


Importa neste caso analisar as acções a promover:- Pelos Produtores de elementos prefabricados para pavimentos- Pelo LNEC

• A nível da aprovação técnica europeia dos produtos de construção

O que implica a promoção de acções diversas pelos agentes do sector da construção


Os Produtores de elementos prefabricados para pavimentos, para se adaptarem a nova situação criada pela DPC, deverão basicamente:

(i) informar-se sobre as Normas Europeias aplicáveis aos produtos que fabricam;

(ii) adaptar a produção a essas Normas;

(iii) criar e manter um sistema de controlo interno da produção;



(iii) criar e manter um sistema de controlo interno da produção;

(iv) criar ou contratar um laboratório de ensaio para apoio ao controlo interno da

produção;

(v) contratar os serviços de um organismo de certificação notificado;

(vi) emitir a declaração de conformidade do produto e apor a marcação CE ao

produto, de acordo com a Norma harmonizada, anexando-lhe a

correspondente informação de acompanhamento (com valores declarados das

características).


No que respeita à actividade do LNEC no domínio dos pavimentos prefabricados

• a homologação, obrigatória de acordo com o REBAP, não poderá continuar a

existir logo que os respectivos elementos prefabricados passem a estar

cobertos pelas normas harmonizadas e fiquem sujeitos à marcação CE



• à semelhança do que acontece noutros países em relação aos produtos que

são objecto de homologação e que deixam de o ser pela obrigatoriedade da

marcação CE, o LNEC admite a possibilidade de, a pedido dos fabricantes e

em especial para os produtos abrangidos pelas normas harmonizadas e

para os sistemas de construção que os integram, realizar apreciações

técnicas voluntárias que apoiem a aplicação, em Portugal, das respectivas

normas harmonizadas aos referidos produtos e sistemas. Essas apreciações

técnicas voluntárias poderão conduzir à emissão de “Documentos de

Aplicação”


Os “Documentos de Aplicação” relativos a pavimentos terão uma configuração

idêntica aos “Documentos de Homologação” no que se refere ao conteúdo,

devendo abordar aspectos que já são referidos nos DHs e outros que o não são.

6 – Documentos de Aplicação

ASPECTOS DO CONTEÚDO DH DA


Descrição dos pavimentos X X

Características dos elementos constituintes

• Características geométricas X X

• Características dos materiais X X

Campo de aplicação X X

Descrição das condições de fabrico dos elementos prefabricados X X



Descrição do controlo da qualidade

• Controlo interno da produção, de acordo com a EN X

• Referência a ensaios específicos realizados pelo LNEC (ex. ensaio para determinação do pré-esforço instalado)

X X

Características dos pavimentos



Características dos pavimentos

• Resistência mecânica e estabilidade

– Em fase de construção X

– Em fase de serviço X X

• Resistência ao fogo X X

• Isolamento sonoro X X

• Isolamento térmico 0X

(eventual)



Condições a satisfazer no projecto X X

Condições a satisfazer na execução X X

Condições a satisfazer na recepção em obra X X

Sistema de gestão ambiental na produção dos elementos prefabricados (eventualmente implementado pelo produtor)

X



(eventualmente implementado pelo produtor)

Estes Documentos de Aplicação relativos a pavimentos deverão constituir uma

base relevante para a preparação da documentação técnica que deverá

acompanhar a Declaração de Conformidade CE a emitir pelo produtor na

sequência Marcação CE dos seus produtos.


O LNEC efectua estudos de apreciação de sistemas de construção de

pavimentos prefabricados há cerca de 60 anos e homologações destes sistemas

há mais de 40 anos. Tem portanto uma larga experiência neste domínio.

7 - Conclusões (1)


A homologação dos sistemas de construção de pavimentos, tornada obrigatória

pelo disposto na legislação nacional, no REBAP, deixa de poder aplicar-se, de

acordo com a legislação que aplica a Directiva dos Produtos de Construção no

nosso País.

Tal acontece a partir do momento em que termina o período de coexistência

estabelecido para cada uma das normas harmonizadas aplicáveis aos

elementos prefabricados que integram esses sistemas e passa a ser obrigatória

a aposição da marcação CE a esses elementos.


A actividade dos produtores deverá adaptar-se a esta nova situação, assim

como a actividade do LNEC que tem vindo a ser realizada no âmbito da

homologação dos sistemas de pavimentos prefabricados.

7- Conclusões (2)


Prevê-se no entanto que, no novo enquadramento dado pela Directiva, o LNEC,

de forma voluntária, continue a desenvolver actividade no âmbito da apreciação

técnica de sistemas de construção de pavimentos prefabricados, contribuindo

desta forma para a garantia da qualidade das obras, na defesa do interesse

público, e, em simultâneo, dando apoio a este sector da indústria da construção.



Obrigado pela vossa atenção

manuel baião engº civil, lnec - anipb.pt · pdf file104 np env 13670-1:2007 execu...

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