manual_pericia_1 com correções - 20-03-14

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MANUAL OFICIAL DE PERÍCIA MÉDICA EM SAÚDE DO SERVIDOR PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Belo Horizonte 2014

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  • 1MANUAL OFICIAL DE PERCIA MDICA EM SADE DO SERVIDOR PBLICO DO

    ESTADO DE MINAS GERAIS

    Belo Horizonte2014

  • 2FICHA TCNICAAntnio Augusto Junho AnastasiaGovernador do Estado de Minas Gerais

    Renata Maria Paes de VilhenaSecretria de Estado de Planejamento e Gesto

    Fernanda de Siqueira NevesSub Secretria de Gesto de Pessoas

    Mirelle Queiroz GonalvesDiretora da Superintendncia Central de PerciaMdica e Sade Ocupacional

    Silvana de Mello Vasconcellos NevesDiretora Central de Percia Mdica

    ELABORAO DO MANUALAlba Machado de S

    COLABORAOAna Marina Campas de FariaCarla Aparecida VasconcelosCarlos Tadeu Villani MarquesCludia Valria Coutinho MachadoDaniela Sacramento Castro de SouzaDenise Barezani BarrosDirlene Teixeira MadureiraEliane Maria de Paiva Franco LimaElton Augsten dos SantosEtienne Barbosa da Silva MoreiraFabiana Andrade PenidoGiani Vanessa GouviaGiovana Anglica Souza ReisJanana Diniz SantosJoyce Junqueira MagalhesLarissa Barra Vidal de OliveiraLetcia Dolabela Barros SilvaLlian Maria Badar Ferreira ArajoLuciano Jos RezendeMarcelo de Lima FigueiredoMrcia Regina Hallak FerreiraMrcio Douglas RibeiroMaria Beatriz MachadoMaria Paula de CastroMirelle Queiroz GonalvesPriscilla Rodrigues Salum AroucaRaquel Oliveira Gomes de CastroSelma Nardoni Gonalves BragaSilvana de Mello Vasconcellos NevesUloeimar Barbosa

    FINALIZAOAscom/Seplag

  • 3SUMRIO1 APRESENTAO .................................................................................................... 5

    2 INTRODUO ........................................................................................................ 6

    3 CARACTERSTICAS, REQUISITOS E CONCEITOS BSICOS EM PERCIA MDICAADMINISTRATIVA ..................................................................................................... 74 PROBLEMAS CONCEITUAIS E OUTROS EM PERCIA MDICA ...................................... 9

    5 LAUDO PERICIAL OFICIAL ..................................................................................... 11

    6 PROCEDIMENTOS DA PERCIA MDICA E LEGISLAO VIGENTE NA SUPERINTENDNCIA CENTRAL DE PERCIA MDICA E SADEOCUPACIONAL ........................................................................................................ 136.1 Exame Mdico Admissional .................................................................................. 146.2 Licena Para Tratamento de Sade (LTS)................................................................ 186.3 Ajustamento Funcional (AF).................................................................................. 236.4 Avaliao de Incapacidade Total e Definitiva para o Servio PblicoAposentadoria Por Invalidez........................................................................................ 25

    7 REFERNCIAS........................................................................................................ 28

    8 ANEXOS............................................................................................................... 288.1 Tabela de Referncia de dias de licena por patologia............................................... 29 8.2 Protocolo de Percia Fonoaudiolgica Em Voz SCPMSO-SEPLAG ............................ 618.3 Protocolo de Inspeo Fonoaudiolgica Em Audiologia SCPMSO-SEPLAG ............... 638.4 Protocolo de Percia Fonoaudiolgica Em Voz Para Pr-Admissional da SEE ................ 658.5 Protocolo de Percia Fonoaudiolgica Para Pr-Admissional Da Fundao Clvis Salgado ... 678.6 Protocolo Servio Social /Pr-Admissional .............................................................. 688.7 Protocolo Psicologia / Pr-Admissional .................................................................. 708.8 Protocolo Psicologia ............................................................................................ 728.9 Protocolo Servio Social / Psicologia /Ajustamento Funcional ................................... 748.10 Protocolo de Percia Fisioterpica SCPMSO-SEPLAG ........................................... 75

  • 4Segue o teu destino...Rega as tuas plantas; Ama as tuas rosas. O resto a sombra de rvores alheias.

    Fernando Pessoa

  • 51. APRESENTAOA Superintendncia Central de Percia Mdica e Sade Ocupacional (SCPMSO), rgo da Secretaria de Estado de Planejamento e Gesto (SEPLAG), ocupa uma posio singular dentre as instituies pblicas estaduais de sade devido s suas funes e sua abrangncia populacional.

    Trata-se de rgo responsvel pela realizao de exames periciais para provimento, obteno de benefcios, entre outros, e pela elaborao de polticas de sade ocupacional para os servidores estaduais.Essas atribuies conferem a essa Superintendncia um papel de destaque nas relaes com as demais Secretarias e com as instituies de representao das diversas categorias de funcionrios pblicos do estado, configurando um espao de conflito de interesses dos atores sociais envolvidos.

    Da a necessidade permanente de adequao de seus objetivos institucionais aos fatores polticos e jurdico-legais, ao desenvolvimento tecnolgico da prtica pericial e ao processo de trabalho a que esto submetidos os servidores, procurando consolidar um espao de trabalho menos vulnervel aos interesses corporativos ou clientelsticos e, ao mesmo tempo, proporcionando ao seu usurio um atendimento de qualidade e humanizado.

    Dentro dessa perspectiva a SCPMSO vem implementando novas formas de atuao nos ltimos anos.Foram admitidos novos mdicos de vrias especialidades a fim de aumentar a capacidade de atendimento do servio. Vem sendo realizados cursos de capacitao e aperfeioamento da equipe tcnica. A implementao de programas voltados para preservao da sade do servidor tem sido uma constante neste rgo.Tem sido, tambm, aprimoradas as medidas de controle e avaliao das atividades desenvolvidas.

    Pode-se afirmar que essas mudanas esto fundamentadas na necessidade de melhorias da prestao de servios para o cidado como um todo e consistem no estabelecimento de boas pr-condies para que se tenha a possibilidade de alcanar um processo e resultados favorveis.Assim, de se esperar que surjam demandas, requerendo maior aporte de informaes necessrias ao processo de tomada de deciso e, consequentemente, desencadeando novas aes.

    O Manual ora apresentado mais um componente para o atendimento dessas demandas. Seu objetivo orientar os mdicos peritos de todo o estado e promover o alinhamento das condutas desses profissionais. Espera-se que seja usado de forma consciente e responsvel.

  • 62. INTRODUOA atividade mdico-pericial instrumento tanto de amparo legtimo ao servidor realmente incapacitado quanto de controle para impedir despesas evitveis e de montante expressivo, lesador do patrimnio do Estado, formado por todos ns, cidados, que pagamos impostos. Da toda a relevncia dessa atividade.

    A pedra fundamental da Percia Mdica o mdico perito e o laudo pericial a concretizao de seu trabalho.A Percia Mdica hoje especialidade reconhecida e com atribuio de pronunciar-se, CONCLUSIVAMENTE, sobre condies de sade e capacidade laborativa do examinado, para fins de enquadramento nas situaes legais pertinentes.

    O mdico perito precisa ter como qualidades slida formao clnica, amplo domnio da legislao especfica, bom conhecimento de profissiografia, boa dose de DISCIPLINAS TCNICA E ADMINISTRATIVA e atributos de personalidade e carter, onde se destaquem a integridade e a independncia, o equilbrio e a iseno de esprito, alm da facilidade de comunicao e de relacionamento.

    Deve-se destacar a diferena existente entre os relacionamentos mdico perito/periciando e mdico assistente/paciente alm do que diz respeito ao sigilo profissional imposto pela tica. Para o paciente seu mdico assistente estar do seu lado e o mdico perito do lado do Estado. Assim, o mdico necessitar de maior perspiccia quando na funo de perito que quando em seu consultrio. Ainda que o mdico exera funo de perito e tenha seu consultrio onde exera a funo de mdico assistente, no dever nunca confundir uma com a outra, delimitando o campo de ao que dever respeitar em cada um dos papis, dando ao seu paciente conscincia de sua postura tica. O Mdico Perito, no desempenho de sua atividade, deve ater-se boa tcnica e respeitar as disciplinas legal e administrativa. Deve ser isento e no negar o que legtimo, nem conceder graciosamente o que no devido e no seu. Deve rejeitar presses de qualquer natureza ou origem, tanto a dos servidores que, pelo menos, humana e compreensvel, como, especialmente, as de outras fontes, que infelizmente, existem e procuram, por vezes, interferir usando de suposta autoridade, ou de interesses secundrios. Respeitadas a lei e a tcnica, o mdico perito deve ser independente e responder apenas PERANTE SUA CONSCINCIA.

    LOANotaDISCIPLINAS TCNICA E ADMINISTRATIVA: escrever essa expresso em caixa baixa: disciplinas tcnica e administrativa

    LOARealce

    LOANotaColocar no plural: das facilidades

  • 73. CARACTERSTICAS, REQUISITOS E CONCEITOS BSICOS EM PERCIA MDICA ADMINISTRATIVA

    Conceito de percia administrativa: procedimento tcnico-cientfico realizado por profissional com competncia legal, para comprovao de uma determinada situao de sade, com finalidade administrativa especfica, prevista em legislao ou regulamento (Marques, C. T. V., 2008).

    Segundo Marques, 2008, o atendimento mdico pericial tem caractersticas que lhe so peculiares e que devem ser observadas. So elas:

    a- Competncia legal Para ser um mdico perito no suficiente querer, necessrio que essa competncia seja delegada de alguma forma, seja atravs de concurso pblico, por contratao por regime celetista, contrato administrativo ou outro (Marques, C. T. V., 2008).

    b- Atendimento compulsrio o atendimento pericial no acontece por vontade do periciando. Para a obteno dos benefcios a que tem direito o servidor ser compulsoriamente submetido a exame mdico pericial (Marques, C. T. V., 2008).

    c- Impossibilidade de escolha do perito - Quando vamos consultar para tratar de nossa sade podemos escolher o profissional que nos assistir. No entanto, quando se trata de percia mdica essa escolha no possvel cabendo ao servio pericial indicar esse profissional (Marques, C. T. V., 2008).

    d- Relao mdico-paciente Essa relao, no caso da percia mdica, uma relao conflituosa. Cabe ao periciando convencer o mdico perito de sua incapacidade. Isso pode gerar alguma animosidade se o profissional no estiver bem preparado para a situao. Deve-se sempre tratar o periciando com urbanidade e respeito. preciso que fique claro que no h qualquer desconfiana, por parte do perito, de cunho pessoal, em relao ao periciando (Marques, C. T. V., 2008).

    e- Identificao do periciando A identificao do periciando deve iniciar a percia. necessrio que seja feita pelo perito. Esse procedimento de grande importncia e no deve ser negligenciado de forma alguma pelo profissional (Marques, C. T. V., 2008).

    Para a realizao de exame mdico pericial eficiente so necessrios alguns requisitos bsicos:

    a- Bom conhecimento tcnico de medicina. necessrio que o perito esteja ciente que avaliar capacidade laborativa considerando as mais diversas enfermidades. Evidentemente ele poder solicitar pareceres especializados, no entanto, a deciso final ser sempre sua.

    b- Domnio da legislao especfica. Quando se fala de percia administrativa necessrio que se compreenda que alm de avaliar a capacidade laborativa do periciando o perito dever enquadr-lo em uma norma legal. Assim, necessrio o conhecimento pleno de leis e regulamentos especficos.

    c- Conhecimento de profissiografia. A avaliao de capacidade ou incapacidade laborativa ser feita em relao a um determinado cargo pretendido ou ocupado.Sem o conhecimento das atividades inerentes a cada cargo no h como o perito chegar a qualquer concluso.

  • 8d- Conhecimento de medicina do trabalho. necessrio que o perito tenha conhecimento dos fatores de risco prprios de determinados ofcios. Algumas doenas podem ser agravadas em funo dessa ou daquela atividade laboral. A avaliao de capacidade laborativa pressupe tambm a avaliao dos riscos para sua sade a que esto ou estaro expostos os ocupantes de cada cargo.

    e- Integrao com equipe Biopsicossocial (assistentes sociais, fisioterapeutas, fonoaudilogos e psiclogos). O mdico perito pode solicitar a outros profissionais da sade uma avaliao de acordo com sua disciplina. Estes profissionais, dentro de sua rea de formao e atuao, avaliam o periciando e emitem um parecer tcnico que servir de subsdio ao mdico perito em sua avaliao pericial final.

    f- Laudo mdico. A percia administrativa exige laudo muito bem elaborado pois o laudo mdico pericial pea bsica sobre a qual se estrutura toda a ao pericial. Nunca deve apresentar rasura.Constitui documento tcnico cientfico de natureza oficial e, por isso, deve obedecer requisitos como:

    1- Legibilidade o laudo mdico deve ser facilmente legvel uma vez que ele no pertence ao examinador e sim Instituio, podendo ser manuseado por inmeros profissionais;2- Autenticidade o laudo deve retratar com toda fidelidade a situao encontrada naquele momento. Interferncias subjetivas de cunho pessoal do examinador desqualificam o ato mdico-pericial;3- Objetividade o laudo deve conter o que essencial para a anlise do caso. A histria e a evoluo clnica devem ser consistentes e apresentar cronologia para o entendimento de qualquer leitor a qualquer tempo;4- Coerncia um bom laudo leva, aquele que o l, s mesmas concluses s quais chegou o examinador. A histria clnica e o exame clnico devem ser coerentes com a concluso.

    OBS.: Por sua importncia o laudo mdico ser detalhado abaixo, em captulo prprio.

    g- Pronturio mdico. O pronturio mdico composto pelos diversos laudos periciais elaborados ao longo do tempo, pelos exames complementares, relatrios mdicos e outros documentos administrativos. Constitui manancial importante de dados acerca do periciando, sua sade, sua capacidade laboral. Dados esses, s vezes, omitidos pelo periciando e que, muitas vezes, so fundamentais para avaliao e concluso do perito.

    Conceito bsico em percia mdica, a incapacidade laborativa deve ser bem entendida:

    Incapacidade laborativa. Segundo a Organizao Mundial da Sade (OMS) Incapacidade (disability), qualquer reduo ou falta (resultante de uma deficincia ou disfuno) da capacidade para realizar uma atividade de uma maneira que seja considerada normal para o ser humano, ou que esteja dentro do espectro considerado normal. Refere-se a coisas que as pessoas no conseguem fazer. Por exemplo, aps um acidente vascular cerebral (AVC), que produziu as deficincias ou disfunes acima referidas, a pessoa poder no conseguir caminhar, vestir-se, dirigir um automvel, etc (OMS apud Marques, C. T. V., 2008).

  • 9Segundo o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS):Incapacidade Laborativa a impossibilidade do desempenho das atribuies especficas dos cargos, funes ou empregos, em consequncia de alteraes patolgicas provocadas por doenas ou acidentes.A avaliao da incapacidade deve considerar o agravamento da doena, bem como o risco vida do servidor ou de terceiros, que a continuao do trabalho possa acarretar. O conceito de incapacidade deve compreender em sua anlise os seguintes parmetros: o grau, a durao e a abrangncia da tarefa desempenhada.

    1. Quanto ao grau: a incapacidade laborativa pode ser parcial ou total:a. considera-se como parcial o grau de incapacidade que permite o desempenho das atribuies do cargo, sem risco de vida ou agravamento;b. considera-se como incapacidade total a que gera impossibilidade de desempenhar as atribuies do cargo, no permitindo atingir a mdia de rendimento alcanada em condies normais pelos servidores detentores de cargo, funo ou emprego.

    2 Quanto durao: a incapacidade laborativa pode ser temporria ou permanente:a. considera-se temporria a incapacidade para a qual se pode esperar recuperao dentro de prazo previsvel;b. considera-se permanente a incapacidade insuscetvel de recuperao com os recursos da teraputica, readaptao e reabilitao disponveis poca da avaliao pericial.

    3 Quanto abrangncia profissional: a incapacidade laborativa pode ser classificada como:a. uniprofissional - aquela em que o impedimento alcana apenas uma atividade especfica do cargo, funo ou emprego;b. multiprofissional - aquela em que o impedimento abrange diversas atividades do cargo, funo ou emprego;c. omniprofissional - aquela que implica a impossibilidade do desempenho de toda e qualquer atividade laborativa que vise ao prprio sustento ou de sua famlia.

    4. PROBLEMAS CONCEITUAIS E OUTROS EM PERCIA MDICA

    H alguns problemas conceituais identificados. O primeiro deles gira em torno da generalidade na definio de incapacidade. O simplesmente incapaz para o trabalho corre sempre um risco de um componente opinativo, e pode ser porta aberta para enganos ou para benevolncia descabida.

    Da a necessidade da disciplina tcnica, por parte dos mdicos peritos que devem seguir normas e orientaes, e da superviso e controle permanentes da atividade mdico-pericial.

    Outro grande problema enfrentado pelos setores de percia mdica constitudo pelos fatores extra-doena incapacitantes. Embora sejam um problema mais social que conceitual, sua influncia to grande, sua presena to marcante que a necessidade de seu reconhecimento e controle pode ser includa como conceito bsico na atividade mdico-pericial, sendo, contudo, impossvel que apenas esses fatores justifiquem a condio de incapacidade do servidor.

    LOANotaCaso seja possvel seria interessante que cada captulo comeasse em uma nova pgina.O espao em branco que sobraria poderia ser utilizado pelos peritos para anotaes para melhoramento do manual.

  • 10

    Essa presso de requerentes sem doena incapacitante, cuja pretenso vai ser contrariada, perfeitamente identificvel. Fcil compreender o inconformismo e o antagonismo gerados. Por isso, a atividade mdico-pericial torna-se difcil, antiptica, conflitiva e insegura, nesse entrechoque de problemas sociais e definies legais.

    A parte conceitual de risco (para si ou para terceiros), ou de agravamento, implcita na definio de incapacidade, inerente ao fenmeno que se procura avaliar. O risco de vida, para si ou para terceiros, que a permanncia na atividade possa acarretar, deve ser aceito e utilizado, em termos de agravao que palpavelmente ponha em risco a vida humana.

    Alm desses problemas conceituais outras duas questes foram aqui includas por, tambm, acarretarem dificuldades para a atividade mdico-pericial. So elas a Relao Doena e Incapacidade e a Simulao.

    Relao Doena e Incapacidade: o perfeito entendimento da relao entre doena e incapacidade indispensvel a todos que lidam com percia mdica. Para fazer jus a licena, no basta estar doente, preciso que haja incapacidade para o trabalho em consequncia da alegada doena. Nem toda enfermidade acarreta incapacidade laborativa, ao contrrio, muitas situaes so compatveis com tratamento ambulatorial sem necessidade de afastamento do trabalho.

    Identificar a presena de uma doena, chegar a um diagnstico, etapa preliminar da avaliao pericial. Segue-se a anlise de sua interferncia no desempenho da atividade laboral, e depois a comparao desses elementos com o que dispe a lei, para chegar-se a um parecer sobre a existncia ou no de incapacidade, necessidade ou no de afastamento do trabalho. O simples fato de haver uma doena, isoladamente, no garante o direito a licena.

    Evidentemente esses conceitos e questes devem ser usados, tambm, quando se tratar de exame mdico-pericial admissional. No a existncia de doena que impedir o ingresso no servio pblico do ponto de vista mdico. a existncia de incapacidade laborativa em decorrncia de determinada condio clnica, ou a possibilidade de agravamento dessa condio com o trabalho ou de risco para terceiros em decorrncia do exerccio das atividades do cargo.

    A presena de uma doena, por si s, no significa a existncia de incapacidade laborativa. O que importa na anlise do perito oficial em sade a repercusso da doena no desempenho das atribuies do cargo (Manual de Percia Oficial em Sade do Servidor Pblico Federal, 2010).

    Simulao: fato que pode ter grande importncia em percia mdica para avaliao de capacidade laborativa. A avaliao mdico-pericial um tipo especial de exame mdico, onde a relao mdico-paciente bem diferente da habitual. Aqui o cliente vem em busca no de um diagnstico e de um tratamento baseado em confiana no mdico escolhido, mas sim de um benefcio a que julga ter direito, avaliado por um mdico que no escolheu. O mdico perito pode ser encarado como um obstculo a ser superado. O exagero nas queixas, as queixas fictcias, os mais variados tipos de simulaes podem surgir. Esse um fato na vida do mdico perito que no pode ser esquecido.

  • 11

    5. LAUDO PERICIAL OFICIALO laudo de inspeo mdica pea bsica da avaliao da capacidade ou incapacidade para o trabalho e dele resultar o despacho administrativo correspondente. A precpua finalidade do laudo, o seu valor tcnico-administrativo, a sua mediata ou imediata repercusso jurdico-legal e mdico-social configuram a sua importncia intrnseca.

    O laudo mdico pericial deve ser o mais informativo e objetivo possveis obedecendo a tcnica recomendada. de suma importncia que o laudo condiga com a realidade ou seja, que ele realmente corresponda impresso do perito e no seja mera transcrio de laudos anteriores ou de relatrios do mdico assistente: para tanto no seriam necessrios mdicos e sim escrives.

    Como o laudo mdico reflexo da avaliao pericial, necessrio que esse seja completo e global, que todos os sistemas sejam examinados. Que o mdico perito no se detenha apenas ao exame do rgo visivelmente lesado pois esse comportamento poderia deixar passar outras doenas, porventura existentes, incapacitantes para o trabalho.

    Feito o laudo clnico pericial o mdico perito proceder avaliao da capacidade laborativa do servidor. Essa fase reflete a integrao de vrios fatores e termina com o parecer sobre a existncia ou no de aptido para a funo ou se h ou no incapacidade laborativa e de que tipo. Nessa fase, o mdico perito poder solicitar a outros profissionais da sade, de acordo com a doena em questo, que avaliem, tambm, o periciando e emitam parecer tcnico em relao capacidade laborativa deste. Os pareceres tcnicos de outras disciplinas constituem subsdios importantes para o mdico perito em relao sua avaliao pericial.

    A anlise profissiogrfica da funo exercida pelo examinado fundamental para a caracterizao de incapacidade. Sem conhecermos as exigncias fsicas, o ambiente de trabalho, a carga horria e at os nveis de tenso emocional no h como fazer correta avaliao.

    A necessidade de conhecer a funo exercida pelo examinando nos obriga a ter boas noes de profissiografia. Para se conhecer a funo do periciando o mdico necessita ler atentamente e considerar as informaes contidas no Boletim de Inspeo Mdica (BIM), que dever ser preenchido pelo chefe imediato do servidor, com dados, os mais objetivos possveis, das atividades por ele desempenhadas.Para realizao da percia oficial em sade do servidor estadual obrigatrio a emisso do laudo pericial. Os modelos de laudos mdicos variam conforme o tipo de percia a ser realizada.

    O laudo pericial inicia com o registro da identidade do periciando, do cargo que ocupa ou que pretende ocupar (se for o caso).

    imprescindvel que ele apresente os seguintes requisitos: Clareza e Inteligibilidade: O documento deve ser lido e entendido, inclusive por pessoas no tcnicas (eventualmente); Autenticidade: ser fiel ao ato pericial que lhe deu origem; Preciso: no permitir diferentes interpretaes nem gerar ambiguidade; Objetividade: ater-se ao objetivo da percia realizada; Conciso: no ser prolixo; Coerncia: a concluso do laudo deve estar respaldada pelos registros contidos no corpo.

  • 12

    necessrio, para a confeco do laudo, que sejam cumpridas regras bsicas de boa prtica clnica alm de observadas as normas legais e os princpios administrativos:

    Registro das anamneses ocupacional e clnica de forma detalhada: - resumo da situao clnica atual, evoluo do quadro clnico;- utilizao de medicamentos de forma detalhada com doses e frequncia de uso, outros tratamentos institudos;- resumo da histria pregressa: internaes, cirurgias, acidentes, tratamentos de sade; - avaliao ocupacional: interferncia da molstia atual na realizao das atividades profissionais;- perodos de licena j concedidos anteriormente pelo mesmo motivo ou motivos correlatos;

    Registrar, inclusive, os dados negativos; Os antecedentes familiares devem ser registrados; Registro do exame fsico que deve conter:

    - ectoscopia: apresentao do servidor, estado geral, marcha, postura, atitude, caractersticas pessoais, uso de rteses e/ou prteses; - orientao do periciando;- avaliao dos diversos aparelhos, registro de dados vitais: presso arterial (PA) e frequncia cardaca (Fc), entre outros;- achados importantes do exame fsico, particularmente os que forem mais significativos para caracterizao da constatao ou no de incapacidade laborativa;

    Registro dos principais resultados de exames complementares apresentados, com as datas de sua realizao, que subsidiaram a concluso; Registro do diagnstico clnico e CID, principal e secundria se houver, completa, inclusive com o dgito. Circular a CID principal; Concluir a percia: A concluso pericial deve se basear nas respostas a determinadas questes, segundo cada caso. Essas questes estaro postas nas descries de cada procedimento feito pela SCPMSO; Registro da concluso de forma clara e perfeitamente compreensvel;

    Datar, assinar e carimbar, imprescindivelmente.

    OBS.: Algumas vezes os laudos mdicos no sero concludos na primeira avaliao por solicitao de relatrios mdicos, exames complementares, etc, por parte do mdico perito. Esses laudos ficaro pendentes e sero finalizados to logo seja atendida a solicitao feita. Nesses casos, a data e assinatura devem ser apostos no primeiro atendimento, onde esse termina e obviamente antes da concluso. Com a chegada do que foi solicitado, o laudo reaberto com nova data que ser, ento, a data de sua concluso.

    Todos os laudos periciais devem ser confeccionados de acordo com essas orientaes.

  • 13

    6. PROCEDIMENTOS DA PERCIA MDICA E LEGISLAO VIGENTE NA SUPERINTENDNCIA CENTRAL DE PERCIA MDICA E SADE OCUPACIONALA Superintendncia Central de Percia Mdica e Sade Ocupacional (SCPMSO) unidade administrativa da Secretaria de Planejamento e Gesto (SEPLAG) cuja competncia normatizar, orientar, implementar e executar as atividades de Percia Mdica e Sade Ocupacional dos servidores da Administrao Pblica Direta, Autrquica e Fundacional do Poder Executivo, com exceo dos servidores da Fundao Hospitalar do Estado de Minas Gerais FHEMIG, da Polcia Civil, da Polcia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar.

    Tem como misso promover a preveno de doenas ocupacionais e acidentes de trabalho, a melhoria contnua das condies ambientais de trabalho e garantir ao servidor e ao Estado a avaliao da capacidade laborativa atravs de um atendimento criterioso, eficiente e respeitoso, no mbito do poder executivo estadual.

    So procedimentos executados na SCPMSO: Exame Admissional; Caracterizao de Deficincia CADE; Caracterizao de Acidente de Trabalho; Caracterizao de Doena Profissional; Caracterizao de situaes de insalubridade, periculosidade e penosidade; Licena para Tratamento de Sade - LTS; Adaptao de Horrio de Trabalho; Avaliao de Especialidade; Ajustamento Funcional AF; Avaliao de Aposentadoria por Invalidez; Iseno de Imposto de Renda; Reverso; Reintegrao; Processo Administrativo; Percia para Incluso de Beneficirio do IPSEMG; Reduo de Jornada de Trabalho; Licena por motivo de doena em pessoa da famlia; Preenchimento de aplice de seguro habitacional;

    OBS: As avaliaes periciais para os servidores da Fundao Hospitalar do Estado de Minas Gerais sero realizadas nas respectivas entidades, sob superviso e ressaltadas as orientaes normativas da SCPMSO. Essa observao vale para todos os procedimentos efetuados pela superintendncia.

  • 14

    Documentos necessrios realizao das percias:

    Para todas as avaliaes periciais visando concesso dos benefcios ou realizao dos procedimentos acima citados o servidor dever comparecer ao rgo pericial responsvel portando:

    um Boletim de Inspeo Mdica BIM para cada mdico envolvido no exame e um BIM para cada cargo ocupado, devidamente preenchidos em suas faces anteriores; um documento de identidade original com foto e assinatura; relatrio mdico/odontolgico recente e original com descrio de seu quadro clnico. Caso o servidor apresente esse documento em cpia, ele no poder ser periciado devendo ser barrado pelo setor de atendimento do rgo de percia que, ento, o orientar quanto ao procedimento correto; resultados de exames complementares, se os tiver. Devem ser originais ou, se advindos da internet, conter assinatura digital.

    OBS 1: Em qualquer inspeo mdica podero ser exigidos exames e testes complementares julgados necessrios para a sua concluso. O mdico perito fixar o prazo mximo para a apresentao desses exames e solicitar que o periciando marque nova percia para apresent-los ou ento que os protocole e aguarde o resultado. Caso o perito que fez o primeiro atendimento do periciando, por qualquer motivo, no se encontre mais na unidade pericial em questo, ser marcada nova percia com novo perito.

    OBS 2: Para o exame admissional os documentos necessrios sero enumerados quando de sua descrio por diferirem dos comuns aqui citados.

    6.1 - Exame Mdico Admissional: Lei n. 869 de 05 de julho de 1952; Decreto n. 44.638 de 10 de outubro de 2007 (alterado); Resoluo SEPLAG n. 18 de 25 de abril de 2007; Decreto n 45.062 de 13 de maro de 2009 (designados funo pblica nas Escolas Estaduais); Decreto n 46.061 de 09 de outubro de 2012 - Art.11e 12.

    Conforme o disposto no item VI do artigo 13 da Lei n. 869/52, s poder ser provido em cargo pblico quem gozar de boa sade, comprovada em inspeo mdica.

    Para ingressar no servio pblico o candidato dever, obrigatoriamente, ser submetido a exame mdico admissional e ser considerado apto para o exerccio das atribuies do cargo ou da funo.

    O exame admissional dever ser realizado para cada cargo em que for investido o candidato. H, porm, duas situaes onde um novo admissional estar dispensado:

    - a primeira quando se tratar de investimento de servidor efetivo em cargo de provimento em comisso, desde que da mesma natureza; e, - a segunda, quando da investidura de servidor ocupante de cargo de provimento em comisso, de recrutamento amplo, em outro cargo da mesma natureza, sem interrupo.

    LOANotaExcluir essa resoluo e colocar no lugar a seguinte: Resoluo SEPLAG n 01 de 10 de janeiro de 2014;

    LOARealce

  • 15

    H, ainda, uma outra circunstncia onde o admissional estar dispensado. Trata-se do ocupante de contrato temporrio que foi considerado apto em exame mdico admissional, realizado ou homologado por perito oficial, e que pleiteia novo contrato em funo da mesma natureza. Nesse caso, no entanto, existem duas condies que devem ser observadas:

    1- o candidato no pode ter se afastado do trabalho por licena para tratamento de sade, por um perodo superior a quinze dias consecutivos ou no, nos trezentos e sessenta e cinco dias anteriores assinatura do novo contrato; 2- no pode ter havido interrupo do contrato.

    Considera-se que houve interrupo do contrato quando esse fica suspenso por um perodo superior a sessenta dias contados da exonerao, quando se tratar de cargo de provimento em comisso de recrutamento amplo, ou da data do trmino quando se tratar de contrato.

    OBS: A validade do admissional de trezentos e sessenta e cinco dias a contar de sua realizao, no sendo considerada, pois, interrupo durante esse perodo qualquer que seja o prazo. Entretanto, o designado da Secretaria Estadual de Educao que se submeter ao admissional, dever entrar em exerccio no prazo mximo de sessenta dias contados da realizao desse exame.

    Consideraremos que so da mesma natureza os cargos ou as funes que sejam semelhantes quanto qualificao exigida para o desempenho de suas atribuies especficas ou que exponham o servidor a riscos ocupacionais similares em natureza, grau e intensidade. Qualquer dvida sobre essa questo dever ser dirimida pela Diretoria Central de Sade Ocupacional da SCPMSO.

    Documentos necessrios: Exames mdicos:- I hemograma com contagem de plaquetas; - II urina rotina;- III - glicemia de jejum;- IV TSH;- V - radiografia simples do trax em PA e Perfil, com laudo, para candidatos com idade de 40 anos ou mais;- VI eletrocardiograma (ECG), com laudo, para candidatos com idade de 40 anos ou mais;- VII - videolaringoscopia, com laudo, somente para os candidatos funo de Professor; e - VIII - outros especificados no edital do concurso.

    Na inspeo mdica podero ser exigidos exames e testes complementares julgados necessrios para a sua concluso. O mdico perito fixar o prazo mximo para a apresentao desses exames e solicitar que o periciando marque nova percia para apresent-los ou ento que os protocole e aguarde o resultado. Caso o perito que fez o primeiro atendimento do periciando, por qualquer motivo, no se encontre mais na unidade pericial em questo, ser marcada nova percia com novo perito. Nesse caso, ficam resguardados os prazos iniciais dos exames j apresentados.

  • 16

    Todos os resultados de exames complementares devem ser originais, portanto, no sero aceitos os fotocopiados ou os faxes. Os advindos da internet devem conter, obrigatoriamente, assinatura digital. necessrio, ainda, que o nmero da carteira de identidade esteja registrado em cada folha de exame. Alm disso, o exame de urina rotina deve ser colhido no laboratrio e isso deve vir registrado no resultado do exame. O laboratrio ser o de escolha do candidato ou, se determinado em edital, o que foi determinado.

    Outros Documentos: - I - Boletim de Inspeo Mdica BIM preenchido em sua face anterior; - II - Nomeao:fotocpia da publicao da nomeao (quando o agendamento no for feito pela SCPMSO); - Contrato/Designao: informao do rgo contratante; - III - documento original de identidade, com foto e assinatura; - IV - comprovante de inscrio no Cadastro de Pessoa Fsica CPF.

    Validade dos Exames Complementares: - 30 dias anteriores data de marcao da percia para os exames de: hemograma com contagem de plaquetas, glicemia de jejum, urina rotina, TSH.- 90 dias anteriores data de marcao da percia para os exames de: videolaringoscopia; radiografia do trax; ECG.

    O Laudo Mdico: Destacamos aqui que o que ser avaliado em um exame mdico admissional a capacidade laborativa do candidato para o exerccio das atividades especficas do cargo pretendido. Um candidato poder estar apto a um cargo e inapto a outro. Desse modo, fundamental que o perito tenha bom conhecimento das atividades inerentes a cada cargo e, tambm, das exigncias profissiogrficas desses.

    Outro ponto de grande relevncia se refere necessidade de se levar em conta a possibilidade de agravamento de alguma condio de sade j existente em funo das atividades a serem desenvolvidas e, alm disso, preciso tambm se ter em conta, na avaliao da capacidade laborativa para admissional, que certas condies de sade podem trazer riscos para o prprio candidato ou para terceiros quando do exerccio das atividades do cargo pleiteado. Essas condies podem implicar inaptido do candidato para tais cargos ou funes.

    O mdico perito proceder elaborao dos laudos de acordo com os critrios j estabelecidos neste manual. de fundamental importncia que todas as limitaes do candidato sejam anotadas no laudo, mesmo as que no o incapacitem para o cargo. Essas podero servir para futuras reivindicaes, por exemplo, em relao a doenas profissionais.

    Os exames complementares devem ter seus resultados transcritos inclusive com registro da data de sua realizao.O candidato dever responder e assinar questionrio de autoavaliao onde anotar se ou foi portador de alguma enfermidade, tornando-se responsvel pelas informaes.De acordo com as atribuies do cargo pretendido, a percia singular ou junta avaliar as aptides fsica e mental do candidato.

  • 17

    Concludos esses procedimentos, o mdico perito deve, ento, se fazer as seguintes perguntas: Diante do colhido na avaliao acima feita, tem o candidato condies de sade para o exerccio das atribuies inerentes ao cargo pretendido? O candidato apresenta doena que possa ser agravada ou representar riscos para terceiros com o exerccio das atribuies inerentes ao cargo em questo?

    As respostas a essas questes causaro consequncias tanto sobre a vida do candidato quanto para a administrao pblica. O SIM ou NO do perito produzir efeitos de importncia tal que provavelmente no poderemos mensurar. Assim, a concluso da avaliao da capacidade laborativa, com base no exame pericial, dever ser a mais precisa possvel.

    Se a concluso do perito for pelo sim, ele dever marcar os campos apropriados do Boletim de Inspeo Mdica (BIM) e do Resultado de Inspeo Mdica (RIM): Apto ao cargo, citando o cargo. Para o no o campo a ser marcado ser o Inapto ao cargo, citando o cargo.Todos os campos do BIM devem ser devidamente preenchidos e esse deve ser datado, assinado e carimbado.

    O Recurso:Os resultados dos admissionais que conclurem por inaptido do candidato sero publicados no Dirio Oficial do Estado.Cabe recurso da concluso do admissional ao Diretor da SCPMSO. Para tal o prazo de dez dias contados da cincia da deciso pelo candidato ou de sua publicao.

    Para a interposio do recurso ser feito requerimento fundamentado e poder, o recorrente, juntar os documentos que julgar conveniente.

    Quando se tratar de admissional para contrato o recurso poder ser recebido com efeito suspensivo. No caso de admissional para posse o recurso suspender seu prazo legal, at sua deciso. O prazo para deciso do recurso ser de trinta dias prorrogveis por mais trinta dias desde que devidamente justificado.

    O Diretor da SCPMSO poder convocar o candidato para nova percia se julgar necessrio para sua deciso.A deciso do recurso que considerar o recorrente apto ser publicada no Dirio Oficial do estado.

    ObservaesO exame mdico admissional ser anulado pelo Diretor da SCPMSO quando contaminado de vcio de legalidade. Para tal a administrao ter um prazo de cinco anos contados da data em que foi praticado. Esse prazo no decair em cinco anos caso haja comprovada m f.

    Caso a administrao adote medidas que denotem discordncia do ato eivado de legalidade, ocorrer interrupo do prazo decadencial a partir da data em que o servidor for notificado.

    obrigao da autoridade responsvel pela posse ou do responsvel pela assinatura do contrato temporrio a exigncia do resultado de aptido em exame mdico admissional.

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    Locais de realizaoO local de realizao do admissional poder ser o municpio de residncia do candidato ao ingresso no servio pblico ou o de futura lotao de tal candidato. Exceo feita quando houver determinao do local pela SCPMSO.

    Caso no haja percia mdica oficial em determinado municpio de lotao e nem no de residncia o admissional poder ser realizado por mdico indicado pela SCPMSO. Nesse caso, o laudo pericial referente ao admissional bem como os exames complementares devero ser encaminhados, no prazo de dois dias teis a contar da data da percia, essa inclusive, :

    1) SCPMSO, para o candidato que vier a ser lotado na Capital ou nos municpios de sua rea de abrangncia;2) Unidade Pericial Regional, para o candidato que vier a ser lotado nos municpios de sua rea de abrangncia.

    De posse dos documentos enviados pelo candidato, o mdico perito os analisar, num prazo de at cinco dias teis contados da data do recebimento, e poder homolog-los, solicitar exames, solicitar esclarecimentos ao mdico emitente ou at convocar o candidato para ser periciado.

    A SCPMSO e as Regionais no se responsabilizaro por documentos no comprovadamente recebidos, cabendo ao interessado a prova do envio. Alm disso, documentao incompleta ser devolvida ao remetente.

    6.2 - Licena Para Tratamento de Sade (LTS): Legislao:

    Lei n. 869, de 05 de julho de 1952; Lei Complementar n. 121, de 29/12/2011; Decreto 46.061, de 09 de outubro de 2012.

    - Ao servidor efetivo (...), conta de recursos do Poder, rgo ou entidade responsvel por arcar com as respectivas remuneraes, fica assegurada a concesso, conforme previsto no Estatuto dos Servidores e legislao correlata vigente, dos seguintes direitos:- Licena para tratamento de sade, quando incapacitado temporariamente para o exerccio de suas atividades laborais, nos termos do regulamento.

    Chamamos ateno para o fato de que a concesso de licena para tratamento de sade (LTS) depende, como citado acima, de apresentar o servidor tambm incapacidade laborativa. Segundo Lei n. 869, de 05 de julho de 1952 necessrio que haja incapacidade laborativa alm de estar o servidor em tratamento para que essa licena seja concedida.

  • 19

    Requisitos Indispensveis concesso de LTS:Quando o servidor necessitar LTS ele prprio poder solicitar a realizao da percia para esse fim. Essa solicitao poder, tambm, ser feita pela sua chefia imediata ou ainda pelas unidades periciais.

    Aps a solicitao o servidor ser indispensavelmente submetido inspeo mdica para avaliao de sua capacidade laborativa e, para a concesso da LTS, dever obrigatoriamente ser verificada, pelo menos, uma das seguintes ocorrncias:

    I - impossibilidade do desempenho das funes inerentes ao cargo ou aproveitamento em outras, por razes de sade; II - possibilidade de o trabalho acarretar o agravamento da doena; III - risco para terceiros.

    Decreto 46.061, de 09 de outubro de 2012:Art. 2 A licena para tratamento de sade ser concedida, por perodo mximo de sessenta dias corridos, mediante avaliao pericial, se verificada ao menos uma das seguintes hipteses:

    I - incapacidade temporria para as atribuies inerentes ao cargo decorrente de agravo sade ou impossibilidade de aproveitamento em outras funes, nos termos da legislao; II - possibilidade de o trabalho acarretar progresso do agravo sade; III - risco para terceiros.

    Prazo de Marcao:Quando acometido de condio clnica que carea afastamento do trabalho, o servidor dever requerer inspeo mdica junto SCPMSO ou a outro servio por ela indicado no prazo mximo de 03 (trs) dias teis a contar do primeiro dia desse afastamento. Caso o requerimento seja feito fora do prazo, o servidor poder perder total ou parcialmente o direito licena para tratamento de sade (incapacidade temporria para o trabalho).

    A importncia da marcao dentro do prazo se d pela necessidade de se avaliar o servidor enquanto persistem os sinais e sintomas do quadro clnico alegado. Assim, apenas justificativas relevantes autorizaro retroao da licena que foi marcada fora do prazo legal.

    Essa retroao poder acontecer em casos onde haja justificativa mdica para tal como, por exemplo, quando constatado que o periciando se encontrava internado e, por esse motivo, marcou a percia fora do prazo estipulado de trs dias teis do afastamento do trabalho. Nesse caso, os trs dias para a marcao da percia sero contados a partir da alta hospitalar. Esse periciando dever apresentar sumrio de alta do hospital onde se deu a internao com todos os dados devidamente preenchidos principalmente datas da internao e da alta e diagnstico da doena alegada. Todas as justificativas devem ser avaliadas e a retroao dever ser decidida dentro de critrio estritamente tcnico.

    Servidor detentor de dois cargos distintos:O servidor efetivo detentor de dois cargos distintos poder afastar-se em apenas um cargo, de acordo com o Parecer n 694/08 da Assessoria Jurdico-Administrativa da Secretaria de Estado de Planejamento e Gesto.

  • 20

    O fundamento para esse procedimento est no fato de que o que avaliamos em percia mdica a existncia ou no de incapacidade para um determinado trabalho. Muitas vezes uma doena pode incapacitar para o exerccio de determinadas funes e para outras no. Assim, um servidor detentor de um cargo de professor e outro cujo exerccio seja na secretaria da escola, por exemplo, poder estar incapacitado para o trabalho, caso apresente uma disfonia, no cargo de professor e, no entanto, no haver qualquer restrio ao exerccio das funes do cargo lotado na secretaria. Da mesma forma deve ser o raciocnio para os demais cargos em relao s doenas alegadas.

    OBS: Ressalte-se que a concesso de LTS em apenas um cargo deve se respaldar em deciso pericial dos rgos competentes para tal, por exemplo, SCPMSO, INSS ou outros. Isso significa que escolha do cargo no qual se conceder a licena no de competncia do servidor e sim do rgo pericial.

    Licena Inicial e em Prorrogao: Licena inicial: trata-se da primeira licena concedida ao servidor ou daquela concedida aps uma interrupo de, pelo menos, 60 dias do trmino da ltima gozada. Vale destacar que isso independe da situao que gerou a incapacidade.

    Prorrogao: trata-se da licena concedida ao servidor antes que haja uma interrupo de 60 dias da ltima licena gozada. Como na licena inicial, isso independe da situao que tiver gerado a incapacidade.Locais de realizao da Inspeo Mdica para Licena Inicial:

    Superintendncia Central de Percia Mdica e Sade Ocupacional (SCPMSO) da SEPLAG; Regionais de Percia.

    Prazos Mximos de LTS: Em local onde inexistir Regionais de Percia (atestado/relatrio emitido pelo mdico assistente em formulrio prprio ou de instituio a que esteja vinculado) - at 05 dias (Inicial); SCPMSO ou Regionais de Percia - 60 dias (inicial ou prorrogao), salvo as motivadas por doenas graves, contagiosas ou incurveis definidas em lei: Tuberculose Ativa, Alienao Mental, Esclerose Mltipla, Neoplasia Maligna, Cegueira Posterior ao Ingresso no Servio Pblico, Hansenase, Paralisia Irreversvel e Incapacitante, Cardiopatia Grave, Doena de Parkinson, Espondiloartrose Anquilosante, Nefropatia Grave, Hepatopatia Grave, Estados Avanados da Doena de Paget (Ostete Deformante), Contaminao por Radiao, Sndrome da Imunodeficincia Adquirida, Artrite Reumatide, Fibrose Cstica (Mucoviscidose), Lpus Eritematoso Disseminado (Sistmico), Pnfigo Foliceo e outras que a lei indicar.) - Art. 172 - Lei 869/52, c/c Pargrafo 2 da Lei Complementar 64/02, que permitem concesso de at 90 dias.

    Homologao de LTS:H algumas excees tanto no que se refere aos locais de concesso quanto aos prazos mximos de licena. Essas excees so as que se seguem:

    O servidor lotado e residente em municpios fora das Unidades Periciais poder obter LTS de at 05 dias atravs da homologao de laudo emitido por mdico do seu municpio de lotao ou residncia. Para tal, o servidor deve fazer o requerimento da LTS, que significa preencher o Boletim de Inspeo Mdica BIM - em sua face anterior, e envi-lo junto com o laudo mdico citado sua Regional em um prazo mximo de 02 dias contados a partir do primeiro dia de afastamento. O laudo pericial em questo ser emitido em formulrio do prprio mdico ou da instituio a que ele esteja vinculado. Essa LTS no pode ser prorrogada.

  • 21

    Nos casos em que no existam mdicos indicados pela SCPMSO no municpio de lotao do servidor e quando esse se encontrar hospitalizado ou restrito ao leito, o servidor poder enviar laudo mdico emitido por seu mdico assistente em formulrio prprio ou da instituio a que esteja vinculado com sugesto de LTS de at 60 dias prorrogveis por novos perodos de, tambm, at 60 dias quando assim a incapacidade para o trabalho o exigir, sua Regional de percia para homologao.

    O Laudo Mdico:O mdico perito proceder elaborao do laudo de acordo com os critrios j estabelecidos neste manual.Nenhum campo do BIM deve ficar sem preenchimento.

    Aqui cabe uma pausa para a reflexo e estruturao de tudo o que foi colhido no laudo e, ento, deve-se proceder s perguntas:

    a. Diante do colhido na avaliao acima feita est o servidor incapacitado temporariamente para o exerccio das funes inerentes ao seu cargo? Se sim, h necessidade de concesso de licena para tratamento de sade (LTS) para esse servidor?

    A resposta a essa questo constitui o fundamento da avaliao pericial.O sim ou no do perito produzir consequncias de ordem administrativa. Um erro nessa avaliao causar prejuzos tanto para administrao pblica, se for concedido o indevido, quanto para o servidor, se lhe for negado o que de direito.

    Assim, a concluso da avaliao da incapacidade laborativa, com base no exame pericial, dever ser a mais precisa possvel.Quando no houver um diagnstico nosolgico estabelecido mas existir uma incapacidade laborativa evidente, sero admitidos diagnsticos sindrmicos ou sintomticos.

    Diante de uma resposta positiva para a primeira questo deve-se, ento, proceder a segunda:b. Por quanto tempo perdurar essa incapacidade laborativa? LTS de ---/---/--- a ----/----/-

    O perito deve avaliar o prazo que seria provvel para a recuperao da capacidade laborativa do servidor de acordo com seus conhecimentos tcnicos. Deve ter em conta que tanto prazos curtos para doenas que cursam com incapacidade laborativa prolongada quanto prazos longos para doenas de curta durao de incapacidade para o trabalho constituem grave erro tcnico e representam pesado nus para a instituio alm de poder representar prejuzos para o servidor.

    O De ---/---/--- se refere data do incio da incapacidade e deve ser determinada de acordo com as manifestaes da doena que impediram o servidor do desempenho de suas funes verificado o prazo legal de marcao. Cabe ressaltar que esse incio jamais poder ser posterior data do exame pericial.A molstia que ocasionou o afastamento temporrio decorrente de doena grave especificada em lei, Acidente de trabalho ou Doena profissional ou outra?

    A resposta a tal pergunta possibilitar ao mdico perito fazer o enquadramento legal.

  • 22

    Registro da Concluso:- Concesso de licena por perodo: de __/__/___ a __/__/___Art.:

    *Doena Profissional/Acidente de Trabalho Art. 158 II

    **Doenas graves, contagiosas ou incurveis Art. 172

    Outras situaes diferentes das anteriores Art. 158 I

    *O artigo da lei relacionado a Doena Profissional/Acidente de Trabalho (Art.: 158 II) s dever ser utilizado quando a caracterizao de tais j tiver sido realizada e constar do pronturio do periciando.**As doenas graves, contagiosas ou incurveis especificadas em lei devem ser, obrigatoriamente, comprovadas por laudos mdicos, exames complementares especficos, antomos patolgicos, conforme cada caso. So elas:

    Tuberculose Ativa, Alienao Mental, Esclerose Mltipla, Neoplasia Maligna, Cegueira Posterior ao Ingresso no Servio Pblico, Hansenase, Paralisia Irreversvel e Incapacitante, Cardiopatia Grave, Doena de Parkinson, Espondiloartrose Anquilosante, Nefropatia Grave, Hepatopatia Grave, Estados Avanados da Doena de Paget (Ostete Deformante), Contaminao por Radiao, Sndrome da Imunodeficincia Adquirida, Artrite Reumatide, Fibrose Cstica (Mucoviscidose), Lpus Eritematoso Disseminado (Sistmico), Pnfigo Foliceo e outras que a lei indicar.Ou denegao da licena (por no ter sido constatada incapacidade laborativa no exame pericial).

    Preenchimento do RIM:O perito proceder aqui o preenchimento do RIM de acordo com sua concluso.

    Resumo til:

    PRAZO PARA MARCAO 03 dias teis

    ENQUADRAMENTO LEGAL: Lei 869/52

    Doena Profissional / Acidente de Trabalho Art. 158 II

    Doenas graves, contagiosas ou incurveis Art. 172

    Outras situaes diferentes das anteriores Art. 158 I

    Obs.: No caso de concesso de benefcio no resultado de inspeo mdica - RIM - dever ser registrado o perodo.Ex.: Incapacidade temporria para o trabalho no perodo de __/__/__ a __/__/___

    LOANotaEsse texto assim, neste formato:Ou - Denegao da licena (por no ter sido constatada incapacidade laborativa no exame pericial).

    LOARealce

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    Desistncia de LTS concedida O servidor poder desistir de LTS concedida desde que seja considerado apto para o exerccio de suas funes, em inspeo mdica realizada na SCPMSO ou nas Regionais de Percia.

    Recurso: Da denegao de LTS caber recurso ao chefe da SCPMSO, observados: Requerimento fundamentado; A juntada de documentos ao requerimento facultativa; Prazo mximo de 10 (dez) dias a contar da data de publicao ou da cincia da deciso.

    O Diretor da SCPMSO poder convocar o recorrente para nova inspeo mdica (de acordo com a Instruo Normativa SEPLAG/SCPMSO n 01/2012).

    6.3- Ajustamento Funcional: Resoluo SEPLAG n. 61 de 15 de julho de 2013.

    O servidor pblico civil ocupante de cargo de provimento efetivo da administrao pblica direta, autrquica ou fundacional do Poder Executivo que se tornar inapto para o pleno exerccio das atribuies especficas de seu cargo ser ajustado de funo nos termos do disposto na Resoluo SEPLAG n. 61 de 15 de julho de 2013.

    Quando um servidor for portador de alguma patologia, fsica ou mental, e essa provoque limitao de sua capacidade laborativa de forma tal que ele no consiga mais desenvolver de forma plena as atividades de seu cargo original mas consiga, ainda, exercer outras atividades compatveis com sua capacidade laborativa residual, ele poder ser ajustado. O AF nada mais do que isso: adequao das atividades do servidor s limitaes que tenha sofrido em sua capacidade laborativa em virtude de acidente ou doena.

    A avaliao da limitao da capacidade laborativa do servidor e da existncia, ou no, de capacidade laborativa residual para concesso, ou no, de AF feita atravs de exame pericial.O AF pode ser temporrio ou permanente.

    Cabe Superintendncia Central de Percia Mdica e Sade Ocupacional SCPMSO -, da Secretaria de Estado de Planejamento e Gesto SEPLAG a sugesto do AF e, essa sugesto, s deve ser feita quando averiguado no estar o servidor capaz para o pleno exerccio das atribuies especficas de seu cargo, considerando sua sade fsica ou mental.

    Feita a sugesto referida competir, tambm, SCPMSO: proceder a avaliao pericial para que se verifique se h e quais so as limitaes do servidor considerando sua capacidade fsica ou mental; notificar o rgo ou entidade de lotao do servidor para que esse processe o ajustamento funcional assim que de posse das orientaes da SCPMSO; publicar os resultados das percias de ajustamento funcional no Dirio Oficial dos Poderes do Estado de Minas Gerais.

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    A notificao citada acima dever conter, obrigatoriamente, as seguintes informaes:1) qual tipo de comprometimento capacidade laborativa do servidor foi constatado: parcial e permanente ou parcial e temporrio;2) por qual perodo o servidor dever permanecer ajustado;3) informao clara e em linguagem compreensvel leitura de leigos sobre as limitaes do servidor ao desempenho das atividades ou atribuies especficas do cargo;4) em que ambiente de trabalho o servidor no poder exercer suas atividades, se for o caso.

    A chefia imediata do servidor ser responsvel por adequar as atividades daqueles sob sua subordinao s orientaes da SCPMSO. Nesse procedimento, a chefia imediata do servidor, ser auxiliada por unidade de sade e segurana do trabalho nos rgos ou entidades que o possuam, ou profissional correspondente. , tambm, sua obrigao acompanhar o servidor em AF e elaborar relatrio sobre esse processo. Relatrio que deve ser encaminhado SCPMSO semestralmente.

    O ajustamento funcional temporrio dever ser avaliado periodicamente pela SCPMSO e dessa avaliao resultar uma das concluses que se seguem:

    1) manuteno do AF por um perodo mximo de 02 anos. Apenas em casos excepcionais e bem fundamentados o AF exceder 02 anos de durao;2) transformao do AF temporrio em permanente se apurado que a limitao da capacidade laborativa do servidor definitiva; 3) finalizao do AF se verificado recuperao do servidor em relao limitao da sua capacidade laborativa com possibilidade de retorno s atividades do seu cargo ou, 4) indicao de aposentadoria por invalidez se verificado existncia de incapacidade total e definitiva do servidor para o servio pblico.

    A avaliao peridica do AF acima citada acontecer por solicitao do servidor, da sua chefia imediata ou da unidade de sade e segurana do trabalho dos rgos ou entidades que o possuam, ou profissional correspondente, ou, ainda, por deciso da SCPMSO.

    O Laudo Mdico:O mdico perito receber o periciando no consultrio e far sua identificao anotando no BIM sua identidade. Anotar, tambm, no BIM, o cargo que ocupa e elaborar o laudo de acordo com o descrito na parte especfica deste manual para tal.

    Ao chegar concluso do laudo o perito deve se fazer as seguintes perguntas:Apresenta o periciando capacidade laborativa residual, ou seja, est incapacitado para o exerccio pleno das atividades ou atribuies de seu cargo mas apresenta capacidade laborativa para o exerccio de outras atividades ou atribuies? Se sim, por quanto tempo e quais atividades no pode exercer?

    As respostas s questes devem ser registradas pelo perito no laudo da seguinte forma: tempo de durao do ajustamento; tipo de atividades para as quais o servidor se encontra incapacitado (por exemplo atividades de regncia, atividades que exijam esforo fsico excessivo, ortostatismo prolongado, etc.); Em caso de denegao do ajustamento funcional especificar se o servidor dever retornar s atividades do cargo original, dever ser afastado temporariamente de suas atividades (especificar perodo) ou aposentado por invalidez.

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    O perito deve se lembrar que estas orientaes devero ser seguidas por pessoas leigas. possvel o AF em apenas um cargo para servidores que possuam dois cargos de provimento efetivo, caso assim decida a avaliao pericial.

    Em apenas duas situaes os servidores que ingressarem no Estado em vagas reservadas para portadores de deficincia podero ser ajustados:

    1. se houver agravamento imprevisvel da deficincia durante o exerccio do cargo;2. se adquirir outra doena incapacitante para a funo.

    Da mesma forma, em apenas duas situaes a licena para tratamento de sade, poder ser concedida durante o AF:

    1. quando for verificada, em avaliao mdico pericial, incapacidade laborativa para as novas atividades decorrente de agravamento da patologia que ensejou o ajustamento funcional; ou 2. quando for verificada, em avaliao mdico pericial, molstia diversa daquela que ocasionou o ajustamento funcional causando incapacidade laborativa.

    Durante o ajustamento funcional o servidor poder ter adaptado seu horrio de trabalho para realizao de tratamento prescrito por seu mdico assistente, nos termos da legislao vigente.Durante o perodo de vigncia do ajustamento funcional, o servidor ficar obrigado a seguir rigorosamente o tratamento mdico com vistas recuperao da capacidade laborativa. O servidor dever permanecer desempenhando as atividades ajustadas at que ocorra nova avaliao pericial.

    Ocorrendo aposentadoria, demisso, exonerao, ou falecimento de servidor em ajustamento funcional, a vigncia desse benefcio terminar automaticamente.

    Local de realizao: Superintendncia Central de Percia Mdica e Sade Ocupacional (SCPMSO) da SEPLAG. Outras Unidades Periciais.

    6.4- Avaliao de Incapacidade Total e Definitiva para o Servio Pblico Aposentadoria Por Invalidez

    Legislao: Constituio Federal de 1988; Lei n. 869 de 05 de julho de 1952; Lei Complementar 64 de 25 de maro de 2002; Lei Complementar 110 de 29 de dezembro de 2009; Decreto 23617 de 11 de junho de 1984 (Art.: 14 a 18).

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    Ocorrer invalidez quando o servidor for acometido de doena que o incapacite para o exerccio do seu cargo. Deve-se sempre lembrar que as doenas podem causar limitaes s atribuies da vida diria e/ou laboral do indivduo sem que, contudo, ele se torne totalmente incapaz para o trabalho.

    A invalidez pode ser:a) temporria: se houver possibilidade de recuperao da capacidade laborativa do indivduo dentro de determinado prazo, com instituio de tratamento especfico, ou b) total e definitiva ou irreversvel: quando gerar incapacidade laborativa total e definitiva para o exerccio do seu cargo em funo do acometimento de doena ou acidente que no permitam reabilitao com os atuais recursos tecnolgicos.

    Requisito bsico para a concesso de Aposentadoria por Invalidez: Existncia de incapacidade laborativa total e definitiva ou irreversvel traduzida pela impossibilidade de o servidor reassumir o exerccio do seu cargo mesmo aps gozo do prazo mximo permitido de LTS e verificado no ser possvel Ajustamento Funcional (AF).

    A Aposentadoria por Invalidez dever ser precedida por um prazo de LTS que no deve exceder 24 meses.H excees para esse prazo nos casos dos portadores de tuberculose, lepra ou pnfigo foliceo. Para eles h possibilidade de trs prorrogaes de LTS de 12 meses cada.

    Processo para Concesso de Aposentadoria por Invalidez: O servidor que no apresentar condies de sade para o desempenho das atividades de seu cargo dever ser afastado para tratamento de sade. Se constatada impossibilidade da reverso dessa condio, a qualquer tempo, e no for possvel AF, ou ainda, caso tenha sido esgotado o prazo de 24 meses ininterruptos de LTS, dever ser sugerida sua aposentadoria por invalidez. Quando ocorrer o acima descrito o mdico perito sugerir que seja feita junta para avaliao de incapacidade laborativa total e definitiva. Os pronturios com sugestes desse procedimento sero encaminhados coordenao mdica que analisar a pertinncia da sugesto e ter dois caminhos a seguir:

    - O primeiro caso no haja pertinncia na sugesto o pronturio ser enviado para seu arquivo de origem e o perito ser orientado em relao ao caso;- O segundo havendo pertinncia no pedido o coordenador designar a junta que proceder avaliao em questo.

    O Laudo Mdico:O mdico perito proceder elaborao dos laudos de acordo com os critrios j estabelecidos neste manual.

    Concludo esse procedimento, o mdico perito deve, ento, se fazer a seguinte pergunta:1- O periciando est invlido total e definitivamente para o exerccio de suas funes, sem possibilidade, inclusive, de AF? Se a resposta for afirmativa, registrar a data da realizao da percia: --------/---------/--------.

    A resposta afirmativa implica em concesso de aposentadoria por invalidez. O perito deve, ento, registrar no RIM: Incapacidade total e definitiva para o servio pblico a partir de dd/mm/aaaa.

    OBS: Deve-se ter em mente que para o servidor que contar com 2 anos consecutivos de LTS essa pergunta dever, necessariamente, ser feita de vez que esse no poder mais permanecer em LTS.

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    A resposta negativa dever vir acompanhada do registro do procedimento a ser tomado: a) permanncia em LTS (para aqueles que no contem ainda com 24 meses consecutivos de LTS);b) Ajustamento Funcional com restries para tais atividades;c) volta ao trabalho na atividade do cargo.

    No caso onde a deciso foi por aposentadoria por invalidez o mdico perito avaliar a patologia que gerou a incapacidade total e definitiva para o trabalho e sua respectiva CID e proceder, de acordo com tal, ao enquadramento legal do benefcio. Esse enquadramento legal dever ser respaldado pelo coordenador posteriormente. Ento, o mdico perito deve se fazer as quatro questes que se seguem:

    1. A molstia que ocasionou a invalidez permanente decorrente de acidente em servio? Se sim, Art.:... alnea a, 2, inciso I...2. A molstia que ocasionou a invalidez permanente decorrente de doena profissional? Se sim, Art.:... alnea a, 2, inciso II...3. A molstia que ocasionou a invalidez permanente decorrente de doena grave especificada em lei? Se sim, qual o diagnstico (por extenso e CID)? Art.:... alnea a, 2, inciso III...4. A molstia que ocasionou a invalidez permanente decorrente de doena diferente das trs questes anteriores? Se sim, Art.: ... alnea b...

    ENQUADRAMENTO LEGAL:

    Doena Comum proventos proporcionais Art. 40, 1, inciso I da Constituio Federal de 1988 c/c Art. 8, inciso III, alnea b da Lei Complementar n 64/02.

    Acidente de Trabalho proventos integraisArt. 40, 1, inciso I da Constituio Federal de 1988 c/c Art. 8, inciso III, alnea a, 2, inciso I da Lei Complementar n 64/02.

    Molstia profissional - proventos integraisArt. 40, 1, inciso I da Constituio Federal de 1988 c/c Art. 8, inciso III, alnea a, 2, inciso II da Lei Complementar 64/02.

    *Doenas graves, contagiosas ou incurveis - proventos integrais.

    Art. 40, 1, inciso I da Constituio Federal de 1988 c/c Art. 8, inciso III, alnea a, 2, inciso III da Lei Complementar 64/02.

    Se concedido o benefcio a concluso do RIM ser:Caracterizada incapacidade total e definitiva para o servio pblico.

    *So doenas graves, contagiosas ou incurveis especificadas em lei: Tuberculose Ativa, Alienao Mental, Esclerose Mltipla, Neoplasia Maligna, Cegueira Posterior ao Ingresso no Servio Pblico, Hansenase, Paralisia Irreversvel e Incapacitante, Cardiopatia Grave, Doena de Parkinson, Espondiloartrose Anquilosante, Nefropatia Grave, Hepatopatia Grave, Estados Avanados da Doena de Paget (Ostete Deformante), Contaminao por Radiao, Sndrome da Imunodeficincia Adquirida, Artrite Reumatide, Fibrose Cstica (Mucoviscidose), Lpus Eritematoso Disseminado (Sistmico), Pnfigo Foliceo e outras que a lei indicar.

    Aps fechamento da junta pela coordenao mdica, o pronturio encaminhado para digitao para emisso do extrato de laudo.

    O servidor aposentado por invalidez poder solicitar reviso de alnea de sua aposentadoria Diretoria Central de Contagem de Tempo e Aposentadoria da Secretaria de Estado de Planejamento e Gesto. Caso a publicao de sua aposentadoria for da competncia de seu rgo de lotao, o servidor dever protocolar a solicitao no referido rgo.

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    Local de realizao:Superintendncia Central de Percia Mdica e Sade Ocupacional (SCPMSO) da SEPLAG e Regional Pouso Alegre.

    7 - REFERNCIASMARQUES, C. T. V. Percia Administrativa; Percias Mdicas Teoria e Prtica, Captulo 16. Belo Horizonte, 2008.

    Manual de Percia Oficial em Sade do Servidor Pblico Federal. Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto. Braslia, 2010.

    Atividades da Superintendncia Central de Percia Mdica e Sade Ocupacional. Secretaria de Planejamento e Gesto de Minas Gerais. Superintendncia Central de Percia Mdica e Sade Ocupacional. Belo Horizonte sem data.

    Estatuto dos Funcionrios do Estado de Minas Gerais Lei n 869, 1952.

    8 - ANEXOSA seguir, voc encontrar uma tabela de doenas com seus prazos mdios de incapacitao para o trabalho.Pretende-se, com ela, atender solicitao de grande parte do quadro de mdicos peritos.

    Vacilamos quanto a designao de Tabela pela possvel conotao de obedincia e rigidez em vez do significado de referncia, nossa real inteno.

    Cada caso um caso. S o mdico perito, frente a uma situao especfica, pode decidir, consciente e responsavelmente, quanto a determinada licena.

    A Tabela, insistimos, seu instrumento de referncia. Preparou-a a Superintendncia Central de Percia Mdica e Sade Ocupacional da Secretaria de Estado de Planejamento e Gesto a partir da anlise de milhares de casos que, anualmente, lhe dado conhecer.

    LOANotaCaso seja possvel seria interessante que cada captulo comeasse em uma nova pgina.O espao em branco que sobraria poderia ser utilizado pelos peritos para anotaes para melhoramento do manual.

    LOANotaCaso seja possvel seria interessante que cada captulo comeasse em uma nova pgina.O espao em branco que sobraria poderia ser utilizado pelos peritos para anotaes para melhoramento do manual.

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    CID MNIMO MXIMAA01 0 2A01.4 0 1A02 0 5A02.0 0 3A03 0 2A03.9 0 3A04 0 3A04.3 0 5A04.4 0 5A04.5 0 1A04.8 0 2A04.9 0 4A05 0 6A05.0 0 3A05.4 0 2A05.9 0 4A06 0 3A06.0 0 4A06.1 0 4A06.9 0 1A07.9 0 2A08 0 3A08.0 0 3A08.1 0 4A08.3 0 3A08.4 0 4A08.5 0 8A09 0 3A15 0 50A15.2 0 32A15.3 0 12A15.4 0 9A15.7 0 27A16 0 9A16.2 0 18A16.9 0 48A18 0 16A25 0 2A26 0 4A26.8 0 6A27 0 3A30 0 61A30.0 0 51A30.2 0 18A30.3 0 58

    CID MNIMO MXIMAA30.4 0 22A30.5 0 14A30.9 0 54A33 0 9A39 0 1A40 0 5A41.9 0 42A46 0 16A48 0 31A48.8 0 6A49 0 7A49.0 0 8A49.1 0 9A49.3 0 3A49.9 0 13A51 0 2A54 0 2A54.5 0 3A55 0 9A56.2 0 4A56.8 0 2A57 0 30A59 0 10A59.0 0 4A60 0 1A60.0 0 4A63 0 2A64 0 3A65 0 7A66 0 6A67.9 0 1A68 0 2A68.9 0 3A69.1 0 2A80.0 0 3A80.3 0 10A81 0 19A83 0 8A83.2 0 3A83.9 0 5A89 0 4A90 0 6A91 0 8A92 0 5A92.9 0 4

    CID MNIMO MXIMAA96 0 6A98.8 0 2B00 0 7B00.1 0 7B00.2 0 4B00.8 0 2B00.9 0 6B01 0 9B01.0 0 2B01.8 0 3B01.9 0 9B02 0 10B02.0 0 3B02.2 0 4B02.3 0 13B02.7 0 12B02.8 0 12B02.9 0 9B04 0 0B05 0 9B06 0 7B07 0 9B08 0 9B08.3 0 3B08.4 0 2B09 0 5B15 0 8B15.9 0 11B16.9 0 12B17 0 29B17.1 0 43B18 0 39B18.2 0 35B19 0 22B19.9 0 14B20 0 39B20.1 0 10B20.2 0 11B20.4 0 12B20.6 0 14B20.8 0 12B21 0 27B22 0 16B22.0 0 16B23.0 0 20

    8.1 TABELA DE REFERNCIA DE DIAS DE LICENA POR PATOLOGIA

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    CID MNIMO MXIMAB23.2 0 31B24 0 40B25 0 22B26 0 7B26.9 0 9B27 0 3B30 0 5B30.0 0 8B30.1 0 7B30.3 0 2B30.8 0 5B30.9 0 6B33 0 5B33.3 0 4B33.8 0 1B34 0 4B34.0 0 4B34.1 0 10B34.4 0 4B34.9 0 5B35 0 8B35.1 0 5B35.2 0 5B35.3 0 13B35.8 0 8B35.9 0 5B36 0 10B36.9 0 5B37 0 18B37.0 0 3B37.3 0 2B37.9 0 2B38 0 2B39 0 3B43.2 0 6B44 0 2B45 0 2B46 0 18B49 0 6B51 0 16B52 0 45B55 0 19B55.0 0 9B55.1 0 21B55.2 0 30

    CID MNIMO MXIMAB56 0 8B57 0 44B57.0 0 27B57.2 0 39B57.3 0 26B57.4 0 5B58 0 5B58.0 0 9B59 0 1B65 0 20B65.1 0 14B65.9 0 13B69 0 26B69.0 0 29B83.0 0 1B86 0 6B90 0 4B91 0 39B94 0 10B94.1 0 2B94.9 0 36B95 0 14B95.5 0 4B95.6 0 1B96.0 0 5B97 0 3B97.7 0 10B97.8 0 2B99 0 9C00 0 25C01 0 75C02 0 36C02.9 0 81C03 0 58C03.0 0 0C04 0 75C05 0 49C07 0 45C08 0 69C08.0 0 18C09 0 32C10 0 58C10.2 0 1C11 0 44C11.9 0 6

    CID MNIMO MXIMAC12 0 42C13 0 58C14 0 78C14.0 0 51C14.1 0 47C15 0 68C15.0 0 45C15.5 0 45C15.9 0 9C16 0 60C16.0 0 14C16.1 0 36C16.3 0 63C16.9 0 81C17 0 80C17.2 0 46C18 0 60C18.0 0 24C18.1 0 53C18.2 0 46C18.3 0 21C18.4 0 36C18.6 0 21C18.7 0 57C18.9 0 66C19 0 57C20 0 65C21 0 65C22 0 51C22.9 0 112C23 0 53C24 0 59C24.1 0 47C24.8 0 10C25 0 60C25.0 0 56C25.8 0 47C26 0 40C26.9 0 21C30 0 42C30.0 0 11C30.1 0 18C31 0 63C32 0 56C32.0 0 88

  • 31

    CID MNIMO MXIMAC32.1 0 26C32.9 0 78C34 0 64C34.1 0 65C34.2 0 14C34.8 0 16C34.9 0 63C37 0 29C38 0 41C39 0 49C39.0 0 3C40 0 7C40.9 0 7C41 0 42C41.4 0 6C41.9 0 27C43 0 49C43.0 0 24C43.1 0 0C43.2 0 6C43.5 0 3C43.6 0 18C43.7 0 64C43.8 0 12C43.9 0 23C44 0 18C44.0 0 5C44.3 0 23C44.5 0 14C44.7 0 23C44.9 0 24C45 0 2C45.1 0 7C46 0 33C46.1 0 9C47 0 27C47.0 0 18C48 0 52C48.1 0 99C49 0 43C49.0 0 59C49.1 0 26C49.2 0 90C49.4 0 36C49.5 0 18

    CID MNIMO MXIMAC49.9 0 33C50 0 59C50.0 0 49C50.1 0 64C50.2 0 43C50.4 0 66C50.5 0 50C50.8 0 57C50.9 0 58C51 0 57C51.9 0 48C52 0 68C53 0 62C53.1 0 62C53.8 0 52C53.9 0 44C54 0 57C54.1 0 58C54.8 0 80C54.9 0 38C55 0 37C56 0 63C57 0 29C57.0 0 15C57.9 0 27C58 0 27C61 0 51C62 0 26C63 0 18C63.2 0 5C64 0 54C65 0 19C66 0 60C67 0 48C69 0 48C69.3 0 29C69.8 0 32C69.9 0 22C70 0 41C71 0 60C71.0 0 51C71.3 0 33C71.8 0 21C71.9 0 66C72 0 41

    CID MNIMO MXIMAC72.0 0 47C72.8 0 9C73 0 41C74 0 15C75 0 28C76 0 58C767 0 9C77 0 75C78.6 0 27C78.8 0 3C79 0 3C79.2 0 23C79.3 0 74C79.5 0 79C80 0 54C81 0 76C81.1 0 3C81.9 0 82C82 0 59C82.0 0 64C82.9 0 40C83 0 65C83.0 0 14C83.3 0 72C83.5 0 12C83.7 0 27C83.9 0 44C84.0 0 9C85 0 48C85.0 0 59C85.9 0 36C88 0 18C90 0 77C90.0 0 64C90.2 0 72C91 0 52C91.0 0 41C91.1 0 65C91.2 0 55C92 0 67C92.1 0 49C96 0 29C97 0 19D0.1 0 14D02.0 0 18

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    CID MNIMO MXIMAD03 0 9D03.2 0 9D03.5 0 9D04 0 10D04.3 0 23D04.9 0 6D05 0 16D05.9 0 27D06 0 42D06.9 0 10D07 0 9D07.0 0 18D09 0 58D09.0 0 6D10 0 11D10.3 0 5D10.5 0 3D11 0 15D11.0 0 10D12 0 30D12.6 0 21D13 0 15D13.6 0 11D14.3 0 10D16 0 33D16.1 0 23D16.2 0 56D16.5 0 3D16.9 0 22D17 0 10D17.0 0 5D17.1 0 7D17.2 0 6D17.3 0 2D17.9 0 9D18 0 26D18.0 0 5D20 0 18D20.0 0 20D21 0 30D21.0 0 1D21.1 0 18D21.2 0 13D21.6 0 1D22 0 4D22.1 0 2

    CID MNIMO MXIMAD22.3 0 4D22.7 0 2D22.9 0 5D23 0 6D23.3 0 13D23.4 0 3D23.5 0 1D23.6 0 21D23.7 0 5D23.9 0 15D24 0 15D25 0 28D25.0 0 27D25.1 0 25D25.2 0 27D25.9 0 31D26 0 30D26.0 0 9D26.1 0 11D26.7 0 21D26.9 0 13D27 0 24D28 0 9D28.9 0 2D30 0 8D30.0 0 7D32 0 47D32.0 0 62D32.1 0 11D32.9 0 27D33 0 40D33.0 0 18D33.3 0 50D33.4 0 6D34 0 21D35 0 33D35.0 0 40D35.2 0 45D36 0 30D36.9 0 9D37 0 30D37.1 0 10D37.6 0 9D38.1 0 34D38.3 0 35D39 0 32

    CID MNIMO MXIMAD39.0 0 14D39.1 0 31D39.9 0 3D41 0 17D41.9 0 10D42 0 51D43 0 53D43.0 0 20D43.3 0 54D44 0 27D44.0 0 22D44.1 0 19D44.2 0 16D44.3 0 29D46 0 40D46.0 0 19D46.4 0 25D46.9 0 47D47 0 36D47.2 0 37D47.3 0 20D48 0 37D48.0 0 48D48.3 0 14D48.6 0 11D48.9 0 29D50 0 18D50.0 0 12D50.8 0 21D50.9 0 18D51 0 11D51.0 0 8D52.0 0 12D52.9 0 0D53 0 13D53.9 0 11D55 0 19D55.2 0 8D56.3 0 5D57 0 13D57.0 0 22D57.2 0 9D58 0 16D59 0 27D59.1 0 8D59.9 0 12

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    CID MNIMO MXIMAD60 0 11D62 0 16D63.8 0 5D64 0 17D64.3 0 5D64.9 0 19D65 0 17D68 0 22D68.0 0 11D68.9 0 10D69 0 37D69.0 0 2D69.3 0 41D69.6 0 28D70 0 7D71 0 9D72.9 0 18D73.1 0 21D73.2 0 49D73.4 0 5D73.5 0 7D74 0 3D75 0 2D75.2 0 56D75.9 0 3D77 0 18D80 0 13D83.9 0 10D84.9 0 13D86 0 21D86.3 0 7D86.9 0 1E01 0 14E01.1 0 24E02 0 12E03 0 14E03.0 0 16E03.1 0 13E03.8 0 26E03.9 0 14E04 0 16E04.0 0 4E04.1 0 17E04.2 0 18E04.9 0 19E05 0 15

    CID MNIMO MXIMAE05.0 0 24E05.1 0 9E05.2 0 9E05.3 0 4E05.8 0 2E05.9 0 15E06 0 12E06.0 0 8E06.1 0 15E06.3 0 8E06.9 0 11E07 0 20E07.8 0 6E07.9 0 10E10 0 23E10.0 0 31E10.1 0 33E10.2 0 38E10.3 0 28E10.4 0 43E10.5 0 31E10.6 0 27E10.7 0 44E10.8 0 30E10.9 0 19E11 0 19E11.0 0 12E11.1 0 10E11.2 0 48E11.3 0 53E11.4 0 23E11.5 0 43E11.6 0 19E11.8 0 23E11.9 0 12E12 0 0E13 0 10E13.5 0 19E13.9 0 5E14 0 16E14.3 0 1E14.4 0 12E14.5 0 7E14.7 0 13E14.8 0 17E14.9 0 9

    CID MNIMO MXIMAE16 0 4E16.1 0 1E16.2 0 13E16.8 0 0E21.0 0 3E21.3 0 6E22 0 40E22.0 0 56E22.1 0 13E23 0 36E23.0 0 23E23.7 0 15E24 0 22E25 0 36E25.0 0 2E27.5 0 15E28 0 5E28.2 0 20E28.3 0 10E29 0 1E32.1 0 6E32.9 0 3E34 0 11E34.0 0 42E34.9 0 3E35 0 17E35.1 0 6E40 0 22E41 0 8E43 0 34E44 0 4E45 0 5E52 0 2E53 0 5E54 0 23E55 0 0E56 0 23E60 0 5E61 0 19E65 0 29E66 0 28E66.0 0 35E66.2 0 21E66.8 0 35E66.9 0 23E70 0 9

  • 34

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    CID MNIMO MXIMAF10.2 0 39F10.3 0 29F10.4 0 11F10.5 0 43F10.6 0 14F10.7 0 52F10.8 0 23F10.9 0 29F11 0 19F11.0 0 9F11.1 0 19F11.2 0 14F11.5 0 14F11.9 0 1F12 0 50F12.2 0 54F13 0 15F13.0 0 5F14 0 38F14.1 0 17F14.2 0 37F14.3 0 17F15 0 31F15.3 0 3F16.2 0 18F18.9 0 3F19 0 40F19.0 0 30F19.2 0 53F19.3 0 18F19.9 0 9F20 0 45F20.0 0 48F20.1 0 29F20.3 0 28F20.4 0 10F20.5 0 56F20.8 0 17F20.9 0 46F21 0 33F22 0 40F22.0 0 33F22.9 0 18F23 0 31F23.0 0 19

    CID MNIMO MXIMAF23.1 0 35F23.2 0 19F23.3 0 13F23.9 0 35F24 0 30F25 0 49F25.0 0 37F25.1 0 49F25.2 0 51F25.8 0 38F25.9 0 45F28 0 44F29 0 39F30 0 23F30.0 0 19F30.1 0 16F30.2 0 53F30.9 0 32F31 0 35F31.0 0 32F31.1 0 36F31.2 0 41F31.3 0 31F31.4 0 39F31.5 0 44F31.6 0 42F31.7 0 34F31.8 0 34F31.9 0 30F32 0 26F32.0 0 19F32.1 0 28F32.2 0 34F32.3 0 40F32.8 0 27F32.9 0 24F33 0 30F33.0 0 24F33.1 0 31F33.2 0 39F33.3 0 43F33.4 0 17F33.8 0 31F33.9 0 24F34 0 24

  • 35

    CID MNIMO MXIMAF34.0 0 22F34.1 0 24F34.8 0 37F34.9 0 34F38 0 26F38.0 0 2F38.1 0 28F38.8 0 26F39 0 26F40 0 26F40.0 0 36F40.1 0 35F40.2 0 35F40.8 0 30F40.9 0 23F41 0 22F41.0 0 26F41.1 0 22F41.2 0 25F41.3 0 21F41.8 0 24F41.9 0 18F42 0 28F42.0 0 23F42.1 0 26F42.2 0 37F42.8 0 29F42.9 0 23F43 0 22F43.0 0 16F43.1 0 34F43.2 0 25F43.8 0 25F43.9 0 19F44 0 25F44.0 0 25F44.1 0 29F44.2 0 25F44.3 0 3F44.4 0 34F44.5 0 23F44.7 0 31F44.8 0 27F44.9 0 23F45 0 22

    CID MNIMO MXIMAF45.0 0 22F45.1 0 30F45.2 0 16F45.3 0 18F45.4 0 28F45.8 0 20F45.9 0 18F48 0 23F48.0 0 21F48.1 0 34F48.8 0 26F48.9 0 21F50 0 27F50.2 0 9F50.3 0 5F50.5 0 7F51 0 12F51.0 0 10F51.1 0 7F51.4 0 6F51.8 0 20F51.9 0 15F52 0 4F53 0 36F53.0 0 35F53.1 0 41F53.8 0 14F53.9 0 8F54 0 25F59 0 5F60 0 34F60.0 0 46F60.1 0 14F60.3 0 37F60.4 0 25F60.6 0 5F60.7 0 19F60.8 0 15F60.9 0 29F61 0 27F62 0 30F62.0 0 33F62.1 0 29F63 0 8F63.2 0 27

    CID MNIMO MXIMAF64 0 19F66.8 0 9F66.9 0 18F69 0 18F70 0 14F71 0 12F71.1 0 18F71.9 0 18F72 0 36F73.0 0 14F80 0 5F80.2 0 7F82 0 16F83 0 32F84.9 0 3F90 0 5F90.0 0 5F91 0 11F91.0 0 8F92 0 30F92.0 0 6F92.8 0 6F92.9 0 9F93.8 0 17F95 0 7F99 0 28G00 0 2G03 0 4G03.1 0 3G04 0 14G04.9 0 38G05 0 34G05.0 0 4G06.2 0 3G09 0 51G10 0 61G11 0 5G11.2 0 38G11.9 0 31G12.1 0 18G12.2 0 43G13 0 5G20 0 49G21 0 18G21.8 0 11

  • 36

    CID MNIMO MXIMAG21.9 0 20G22 0 6G23 0 28G23.0 0 36G23.1 0 18G23.9 0 18G24 0 32G24.3 0 11G24.5 0 32G24.8 0 21G24.9 0 38G25 0 60G25.0 0 14G25.5 0 27G25.9 0 8G26 0 5G30 0 55G30.0 0 55G30.9 0 23G31 0 54G31.2 0 41G31.9 0 29G32 0 37G35 0 42G36 0 20G36.0 0 17G37 0 54G37.3 0 64G37.8 0 36G37.9 0 18G40 0 28G40.0 0 29G40.1 0 21G40.2 0 45G40.3 0 38G40.4 0 34G40.5 0 25G40.6 0 20G40.7 0 18G40.8 0 22G40.9 0 23G41 0 15G41.0 0 7G43 0 6G43.0 0 7

    CID MNIMO MXIMAG43.1 0 7G43.2 0 8G43.3 0 14G43.8 0 8G43.9 0 6G44 0 9G44.0 0 8G44.1 0 9G44.2 0 5G44.3 0 10G44.8 0 11G45 0 41G45.0 0 55G45.8 0 44G45.9 0 30G46 0 40G46.0 0 60G46.6 0 3G46.8 0 26G47 0 10G47.0 0 15G47.1 0 5G47.2 0 17G47.3 0 19G47.8 0 5G47.9 0 6G50 0 24G50.0 0 28G50.1 0 32G50.9 0 3G51 0 21G51.0 0 21G51.1 0 9G51.3 0 9G51.8 0 18G51.9 0 16G52 0 20G52.0 0 2G52.1 0 4G52.2 0 4G52.8 0 7G53 0 22G53.0 0 4G54 0 31G54.0 0 34

    CID MNIMO MXIMAG54.1 0 34G54.2 0 21G54.4 0 31G54.6 0 27G54.9 0 28G55 0 41G55.1 0 38G55.2 0 50G56 0 36G56.0 0 33G56.1 0 38G56.2 0 37G56.3 0 34G56.8 0 23G56.9 0 37G57 0 25G57.0 0 25G57.1 0 5G57.6 0 28G57.8 0 45G57.9 0 29G58 0 16G58.0 0 1G58.8 0 40G58.9 0 39G59 0 14G59.0 0 6G60 0 40G60.9 0 29G61 0 34G61.0 0 56G61.9 0 9G62 0 29G62.1 0 2G62.9 0 31G63 0 51G63.2 0 32G64 0 27G70 0 27G70.0 0 31G71.0 0 22G71.2 0 3G71.3 0 9G71.8 0 13G71.9 0 3

  • 37

    CID MNIMO MXIMAG72.9 0 20G73 0 3G80 0 1G81 0 57G81.0 0 54G81.9 0 33G82.0 0 69G82.1 0 18G82.2 0 38G82.3 0 18G82.5 0 18G83 0 88G83.0 0 18G90 0 19G90.0 0 13G90.9 0 45G91 0 50G91.0 0 49G91.1 0 35G93 0 35G93.1 0 19G93.2 0 1G93.4 0 68G93.5 0 27G93.7 0 1G93.9 0 28G95 0 16G95.0 0 66G95.2 0 9G95.8 0 18G96 0 33G96.1 0 27G96.9 0 14G98 0 30G99 0 20G99.0 0 2G99.1 0 3G99.8 0 18H00 0 5H00.0 0 3H00.1 0 5H01 0 4H01.0 0 4H01.1 0 5H01.9 0 4

    CID MNIMO MXIMAH02 0 11H02.0 0 8H02.1 0 14H02.2 0 10H02.3 0 12H02.4 0 12H02.5 0 11H02.6 0 5H02.7 0 11H02.8 0 6H02.9 0 14H03 0 11H04 0 11H04.0 0 17H04.1 0 10H04.2 0 1H04.3 0 2H04.4 0 13H04.5 0 7H05 0 31H05.0 0 7H06 0 26H10 0 6H10.0 0 6H10.1 0 6H10.2 0 5H10.3 0 6H10.4 0 33H10.5 0 5H10.8 0 7H10.9 0 6H11 0 11H11.0 0 13H11.3 0 4H11.9 0 6H13 0 17H13.0 0 6H13.1 0 8H13.2 0 3H13.8 0 17H15 0 25H15.0 0 6H15.1 0 7H16 0 13H16.0 0 7

    CID MNIMO MXIMAH16.1 0 8H16.2 0 8H16.3 0 15H16.8 0 8H16.9 0 19H17 0 29H17.0 0 64H18 0 99H18.1 0 24H18.2 0 9H18.6 0 20H18.8 0 12H18.9 0 5H19 0 15H19.0 0 6H19.1 0 8H20 0 15H20.0 0 12H20.1 0 24H20.2 0 11H20.9 0 8H21.0 0 3H22 0 25H22.0 0 3H25 0 18H25.0 0 22H25.1 0 21H25.2 0 29H25.8 0 20H25.9 0 17H26 0 19H26.0 0 13H26.2 0 17H26.3 0 9H26.4 0 16H26.8 0 14H26.9 0 20H27 0 6H27.0 0 2H27.1 0 9H28 0 18H28.2 0 3H28.8 0 3H30 0 27H30.0 0 20

  • 38

    CID MNIMO MXIMAH30.1 0 18H30.2 0 18H30.8 0 18H30.9 0 31H31 0 15H31.0 0 20H32 0 14H32.8 0 0H33 0 25H33.0 0 23H33.1 0 9H33.2 0 21H33.3 0 7H33.4 0 39H34 0 20H34.0 0 18H34.1 0 33H34.8 0 17H34.9 0 9H35 0 20H35.0 0 24H35.1 0 24H35.3 0 34H35.4 0 14H35.5 0 31H35.6 0 14H35.7 0 6H35.9 0 13H36 0 37H36.0 0 26H36.8 0 11H40 0 15H40.0 0 12H40.1 0 8H40.2 0 31H40.5 0 11H40.8 0 3H40.9 0 12H42 0 14H43 0 19H43.1 0 23H43.8 0 5H43.9 0 6H44 0 15H44.0 0 19

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  • 39

    CID MNIMO MXIMAH80.2 0 57H80.9 0 22H81 0 12H81.0 0 23H81.1 0 10H81.2 0 26H81.3 0 10H81.4 0 19H81.8 0 12H81.9 0 12H82 0 11H83 0 9H83.0 0 9H83.1 0 9H83.2 0 11H83.3 0 6H83.8 0 10H83.9 0 13H90 0 36H90.0 0 45H90.1 0 9H90.2 0 2H90.3 0 38H90.4 0 27H90.5 0 45H90.6 0 39H90.8 0 34H91 0 19H91.2 0 7H91.8 0 2H91.9 0 38H92 0 3H92.0 0 4H92.1 0 5H92.2 0 2H93 0 12H93.0 0 9H93.1 0 32H93.2 0 15H93.3 0 18H93.9 0 21H94.8 0 1H95 0 4I00 0 5I01 0 15

    CID MNIMO MXIMAI01.9 0 7I02 0 5I05 0 38I05.0 0 47I05.1 0 28I05.2 0 39I05.9 0 22I06 0 14I06.0 0 5I06.1 0 22I06.8 0 9I06.9 0 19I07 0 4I07.8 0 7I08 0 21I08.0 0 19I08.3 0 3I08.9 0 6I09 0 14I10 0 13I11 0 20I11.0 0 26I11.9 0 16I12 0 30I12.0 0 15I13 0 19I13.0 0 20I13.1 0 2I13.9 0 16I15 0 14I15.0 0 4I15.8 0 6I15.9 0 14I20 0 31I20.0 0 31I20.1 0 15I20.8 0 32I20.9 0 23I21 0 42I21.0 0 49I21.1 0 30I21.3 0 3I21.9 0 35I22 0 32I22.9 0 5

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  • 40

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    CID MNIMO MXIMAI74.5 0 30I74.9 0 44I77 0 43I77.2 0 9I77.6 0 11I77.8 0 1I77.9 0 68I79 0 17I79.2 0 42I79.8 0 11I80 0 21I80.0 0 28I80.1 0 39I80.2 0 29I80.3 0 21I80.8 0 16I80.9 0 25I81 0 55I82 0 36I82.1 0 13I82.2 0 57I82.8 0 28I82.9 0 31I83 0 22I83.0 0 29I83.1 0 22I83.2 0 37I83.9 0 20I84 0 14I84.0 0 14I84.1 0 9I84.2 0 12I84.3 0 18I84.4 0 12I84.5 0 11I84.7 0 14I84.8 0 14I84.9 0 12I85 0 12I85.9 0 25I86 0 18I86.1 0 16I86.2 0 4I86.8 0 8I87 0 33

  • 41

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  • 42

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    CID MNIMO MXIMAK04.6 0 5K04.7 0 4K04.8 0 4K04.9 0 5K05 0 5K05.0 0 3K05.1 0 4K05.2 0 5K05.3 0 4K05.4 0 3K05.5 0 6K05.6 0 4K06 0 6K06.0 0 4K06.1 0 4K06.2 0 9K06.8 0 6K06.9 0 6K07 0 10K07.0 0 8K07.1 0 19K07.2 0 20K07.3 0 5K07.4 0 10K07.5 0 3K07.6 0 11K07.8 0 3K07.9 0 8K08 0 4K08.0 0 4K08.1 0 4K08.2 0 10K08.3 0 3K08.8 0 5K08.9 0 5K09 0 14K09.0 0 7K09.1 0 3K09.2 0 14K09.9 0 3K10 0 10K10.0 0 6K10.2 0 9K10.3 0 8

  • 43

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    CID MNIMO MXIMAK28.0 0 7K28.4 0 3K29 0 5K29.0 0 9K29.1 0 6K29.2 0 3K29.3 0 6K29.4 0 5K29.5 0 8K29.6 0 7K29.7 0 6K29.8 0 4K29.9 0 7K30 0 5K31 0 9K31.8 0 15K31.9 0 10K35 0 29K35.0 0 45K35.1 0 10K35.9 0 30K36 0 13K37 0 29K38 0 12K38.9 0 14K40 0 30K40.0 0 11K40.1 0 10K40.2 0 24K40.3 0 25K40.4 0 13K40.9 0 25K41 0 14K41.9 0 2K42 0 24K42.0 0 31K42.9 0 28K43 0 25K43.0 0 24K43.9 0 25K44 0 27K44.9 0 29K45 0 29K45.8 0 50

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  • 44

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  • 45

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    CID MNIMO MXIMAL30.3 0 5L30.4 0 37L30.8 0 2L30.9 0 11L40 0 30L40.0 0 29L40.1 0 42L40.3 0 21L40.4 0 2L40.5 0 30L40.8 0 28L40.9 0 25L41.1 0 7L41.8 0 5L42 0 5L43 0 15L43.0 0 4L43.2 0 9L43.3 0 18L43.9 0 5L44 0 7L44.8 0 3L45 0 5L50 0 9L50.0 0 9L50.1 0 8L50.2 0 3L50.3 0 5L50.5 0 3L50.8 0 7L50.9 0 16L51 0 18L51.9 0 7L52 0 11L53 0