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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE ENGENHARIA ELTRICA E INFORMTICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELTRICA
RELATRIO DE ESTGIO INTEGRADO
MONTAGEM ELTRICA DA USINA TERMOELTRICA SO JOS
PINHEIRO
JAMISON MOTA SARD
ORIENTADOR: Prof. Damsio Fernandes Junior
Campina Grande - PB, Setembro de 2010
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JAMISON MOTA SARD
RELATRIO DE ESTGIO INTEGRADO
MONTAGEM ELTRICA DA USINA TERMOELTRICA SO JOS
DO PINHEIRO
Relatrio de Estgio Integrado apresentado ao Curso de Graduao em
Engenharia Eltrica da Universidade Federal de Campina Grande, em
cumprimento parcial s exigncias para obteno do Grau de
Engenheiro Eletricista.
Campina Grande - PB, Setembro de 2010
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JAMISON MOTA SARD
RELATRIO DE ESTGIO INTEGRADO
MONTAGEM ELTRICA DA USINA TERMOELTRICA SO JOS
DO PINHEIRO
Relatrio de Estgio Integrado apresentado ao Curso de Graduao em Engenharia Eltrica da
Universidade Federal de Campina Grande, em cumprimento parcial s exigncias para obteno do
Grau de Engenheiro Eletricista.
Data de Aprovao: __ / __ / __
BANCA EXAMINADORA:
________________________________ Damsio Fernandes Jnior
Universidade Federal de Campina Grande
Professor Orientador ________________________________ Professor Convidado
Universidade Federal de Campina Grande
Avaliador
Campina Grande-PB, Setembro de 2010
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Agradecimentos
A Deus que me deu foras nas horas mais difceis e esperana nos momentos de angstia.
A toda minha famlia, especialmente a minha me Antnia e av Maria Mota, por me
incentivarem e me ajudarem ao longo da minha vida.
Ao professor Damsio Fernandes Jnior pelo incentivo, apoio e participao valiosa em
minha formao acadmica.
Aos engenheiros Ivson Bandeira e Jos Muniz pela oportunidade que me concedeu, e toda a
equipe da montagem eltrica da BM ENGENHARIA.
Aos amigos Manoel Stiro Neto, der Alelaf, Jolison Guedes, Giovanni Stiro, Genildo
Vasconcelos, Alusio Jnior, Antonildo Pereira, Rodrigo Almeida, Elias Macedo, Rodolfo Alencar,
Marcus Aurlio entre outros, que me apoiaram nas horas que mais precisei ao longo da minha
formao acadmica.
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Sumrio
1. Introduo................................................................................................................................ 07
1.1 A Empresa............................................................................................................................ 08
1.2 Viso Geral da UTE So Jos Pinheiro............................................................................... 09
1.3 Aspectos Geais..................................................................................................................... 10
2. Malha de Aterramento........................................................................................................ 11 2.1. Aterramento dos Equipamentos.......................................................................................... 11
2.2 Caixas de Inspeo............................................................................................................... 12
3. Montagens dos Encaminhamentos......................................................................................... 13
4. Equipamentos da UTE SJP..................................................................................................... 13
4.1 Gerador................................................................................................................................ 13
4.1.1 Partes Construtivas do Gerador........................................................................................ 14
4.2 Transformador de Servios Auxiliares................................................................................ 15
4.3 CCM das Torres de Resfriamento....................................................................................... 15
4.4 CCM de Servios Auxiliares............................................................................................... 16
4.5 Caldeiras.............................................................................................................................. 16
4.6 Torres de Resfriamento....................................................................................................... 17
4.7 Turbina................................................................................................................................ 17
4.8 Redutor............................................................................................................................... 18
4.9 Exaustor de Nvoa.............................................................................................................. 20
4.10 Sala de Controle................................................................................................................ 20
5. Montagens da SE SJP.............................................................................................................. 21
5.1 Transformador de Corrente (TC)........................................................................................ 22
5.2 Transformador de Potencial (TP)........................................................................................ 23
5.3 Disjuntor.............................................................................................................................. 25
5.4 Chave Seccionadora............................................................................................................ 26
5.5 Pra-Raios........................................................................................................................... 28
5.6 Transformador Trifsico...................................................................................................... 30
6. Cabos ........................................................................................................................................ 32
6.1 Cabos Afitox 1 kV - BT 0.6/1 kV........................................................................................ 32
6.2 Cabos EP-DRY 105 MT - 12/20 kV.................................................................................... 33
6.3 Cabos de Controle Ficom F - 500 V e 1 kV......................................................................... 34
6.4 Cabos de Controle Ficom B-F - 500 V e 1 kV..................................................................... 35
6.5 Muflas................................................................................................................................... 36
6.6 Planilha de cabos................................................................................................................ 37
Concluso...................................................................................................................................... 38
Bibliografia.................................................................................................................................... 39
Anexo............................................................................................................................................. 40
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Lista de Figuras
Figura 1 - Solda exotrmica com cabos de cobre nu................................................................... 11
Figura 2 - Solda exotrmica na haste de aterramento................................................................. 11
Figura 3 - Aterramento do leito de baixa tenso......................................................................... 12
Figura 4 - Aterramento da coluna metlica da casa de fora...................................................... 12
Figura 5 - Caixa de inspeo....................................................................................................... 12
Figura 6 - Encaminhamento de comando e baixa tenso............................................................ 13
Figura 7 - Encaminhamento para cabo de mdia tenso............................................................. 13
Figura 8 - Transformador utilizado para servios auxiliares....................................................... 15
Figura 9 - CCM das torres de resfriamento................................................................................. 15
Figura 10 - Caldira Nova............................................................................................................. 16
Figura 11 - Exaustores das caldeiras........................................................................................... 16
Figura 12 - Turbina-Redutor-Gerador........................................................................................ 19
Figura 13 - SE So Jos Pinheiro................................................................................................ 21
Figura 14 - TC da UTE SJP........................................................................................................ 22
Figura 15 - TP da UTE SJP......................................................................................................... 24
Figura 16 - Disjuntor da UTE SJP.............................................................................................. 25
Figura 17 - Chave seccionadora utilizada na SE SJP.................................................................. 27
Figura 18 - Pra-raio utilizado na SE SJP................................................................................... 29
Figura 19 - Transformador da SE SJP......................................................................................... 31
Figura 20 - Cabo Afitox 1 kV - BT 0.6/1 kV.............................................................................. 33
Figura 21 - Cabo EP-DRY 105 MT - 12/20 kV.......................................................................... 34
Figura 22 - Cabos de Controle Ficom F - 500 V e 1 kV............................................................. 35
Figura 23 - Cabos de Controle Ficom B-F - 500 V e 1 kV......................................................... 35
Figura 24 - Muflas feitas nos cabos de mdia tenso no PNDMT-SE........................................ 36
Figura 25 - Projeto do encaminhamento de baixa tenso das caldeiras...................................... 40
Figura 26 - Projeto de Aterramento da Casa de Fora................................................................ 41
Figura 27 . Projeto do Arranjo Fsico da SE SJP...................................................................... 42 Figura 28 Diagrama unifilar da SE SJP......................................................................................... 43 Figura 29 Planilha de cabo de baixa tenso................................................................................... 44
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Lista de Tabelas
Tabela 1 - Condies de operao da turbina............................................................................. 18
Tabela 2 - Dados tcnicos do redutor......................................................................................... 19
Tabela 3 - Especificaes tcnicas dos TCs.............................................................................. 23 Tabela 4 - Especificaes tcnicas dos TPs............................................................................... 24 Tabela 5 - Especificaes tcnicas dos disjuntores..................................................................... 26
Tabela 6 - Especificaes tcnicas da chave seccionadora com lmina de terra........................ 27
Tabela 7 - Especificaes tcnicas dos pra-raios...................................................................... 29
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1. Introduo
Depois da liberao da comercializao da energia eltrica pelo ministro de minas e energia,
vrios grupos viram neste um mercado promissor. Desde ento a idia da gerao distribuda vem
sendo cada vez mais difundida no pas. Pequenas Centrais Hidreltricas (PCH), gerao elica,
estudo para viabilizao dos biocombustveis e a gerao termoeltrica so as principais foras da
gerao alternativa no Brasil.
O Nordeste uma das regies do pas em que a gerao alternativa mais difundida. O
litoral cearense caminha para ser o maior centro de gerao elica do pas com um total de 1,5 GW
de potncia at 2015. Na Paraba, o stio de gerao de Mataraca tem uma potncia instalada de
150 MW. Na Bahia, grupos investidores de todo pas esto buscando reas estratgicas
(proximidade com o plo petroqumico, centro de distribuio da Petrobrs, grandes centros
consumidores) para instalar usina em geral termoeltricas.
Na cidade de Laranjeiras no estado de Sergipe, est sendo construda uma usina
termoeltrica, com capacidade de gerao de 10 MW composta por um gerador de 12,5 MVA, na
qual foi realizado este estgio integrado pela BM Engenharia.
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1.1 A Empresa
O estgio teve durao de 4 meses e meio, sendo enquadrado como estgio integrado. A
empresa contratante foi a BM engenharia, fundada em novembro de 2007, pelos engenheiros
eletricistas, Ivson Bandeira e Jos Muniz, atuando na rea de gerao de energia, realizando
montagens de PCH, usinas hidroeltricas (UHE), usinas termoeltricas (UTE) e de painis eltricos.
Para isto, a empresa investe na formao de mo de obra, com visando a qualidade,
organizao, e segurana de todos os colaboradores.
Misso: Fornecer servios e produtos com qualidade, prezando pela tica profissional, agilidade na
resoluo dos problemas e satisfao dos clientes.
Viso: Ser em cinco anos uma das melhores opes de empresa de montagem industrial/painis e
representao comercial do estado de Pernambuco.
reas de atuao:
-Montagem industrial e de painis eltricos em baixa, mdia e alta tenso;
-Representao de produtos eltrico-eletrnicos, nas reas de medio, anlise e proteo de redes
eltricas, de mdia e baixa tenso.
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1.2 Viso Geral da UTE So Jos Pinheiro
A Usina So Jos do Pinheiro hoje a maior unidade produtora de acar e lcool do estado
de Sergipe, processando cerca de 950.000 de toneladas de cana. Com mais de 70 anos, se consolida
como uma das mais importantes fontes geradoras de empregos da regio.
A Usina So Jos Pinheiro se estabelece como produtor independente de energia eltrica,
mediante a implantao e explorao da UTE So Jos Pinheiro, utilizando como combustvel o
bagao de cana-de-acar, localizada na sede industrial da empresa.
A Usina So Jos Pinheiro USJP se interliga rede da ENERGISA na subestao de Riachuelo (RCH), a qual suprida por duas linhas de transmisso de 69 kV a partir da subestao
da CHESF em Itabaiana (ITB). Portanto, a rea sob avaliao, relativa rede eltrica da
concessionria, abrange o sistema de proteo da subestao de Riachuelo e adjacncias, cuja
caracterstica predominantemente radial. Os dados utilizados e as configuraes estudadas foram
fornecidos pela ENERGISA e pela USJP.
Sero avaliados patamares de exportao previstos para a USJP operando em paralelo com a
rede da ENERGISA por um link inicial conectado em 13,8 kV pelo transformador da SE Riachuelo
e futuramente por um link em 69 kV atravs de um transformador diretamente conectado a USJP.
A UTE SJP est localizada na cidade de Laranjeiras-SE e tem por finalidade gerar energia para
alimentar a cidade de Riachuelo-SE localizada a 10 km da usina.
A casa de fora composta pelos seguintes painis:
CCMBT das torres de resfriamento - 380 V;
CCMBT de servios auxiliares - 380 V;
Cubculo de fechamento de neutro e aterramento do gerador - 13,8 kV;
Cubculo de surtos do gerador - 13,8 kV;
Cubculo de entrada de cabos - 13,8 kV;
Cubculo de sada de cabos - 13,8 kV;
PNDMT (Painel de mdia tenso) - Entrada da SE - 13,8 kV;
PNDMT - Casa de fora existente - 13,8 kV;
PNDMT - Transformadores de servios auxiliares - 13,8 kV;
Painel de importao/exportao/ CLP - Comando;
Painel de proteo/excitao/CLP - Comando;
PNPC-SE (Painel de proteo da subestao) - Comando;
QDLF-SE (Quadro de distribuio de luz e fora)- 380 V;
QDLF-CF - 380 V;
Painel de acionamento da turbina - 380 V;
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Painel de servios auxiliares da turbina - 380 V;
QDCC-CF (Quadro de distribuio de corrente contnua da casa de fora) - 125 Vcc;
QDCC- SE - 125 Vcc;
QDCA-SE (Quadro de distribuio de correte alternada subestao)380 V;
QDCA-CF - 380 V;
Carregador de baterias;
Banco de baterias;
Painel de correo de correo do fator de potncia - 380 V.
A casa de fora tem previso de ampliao para mais 20 mm2 e a instalao e mais um
transformador de servios auxiliares 13800/380 V
A Subestao composta por trs TP, trs TC, trs pra-raios, um disjuntor, uma chave
seccionadora com lmina de terra e um transformador elevador (13,8/69 kV).
1.3 Aspectos Gerais do trabalho
Neste trabalho, sero dadas informaes gerais a respeito da composio e do
funcionamento geral do projeto da UTE SJP passando desde o estudo dos projetos e montagem at
o processo de converso de energia trmica em energia eltrica.
Neste estgio foi dado incio com o acompanhamento dos aterramentos na casa de fora e
subestao e de todos os equipamentos existentes, passando pela realizao de todos os
encaminhamentos na casa de fora, subestao, caldeiras. Sendo finalizado com o acompanhamento
da passagem dos cabos para os equipamentos.
O estagirio pde dar opinies de melhoramento nas montagens dos equipamentos,
contribuindo para um melhor desempenho da obra.
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2. Aterramento
Em toda instalao eltrica para que se possa garantir, de forma adequada, a segurana das
pessoas e o seu funcionamento correto deve haver uma instalao de aterramento.
Na usina, todas as malhas de aterramento foram feitas com cabo de cobre nu de 70 mm2
utilizando a solda exotrmica.
Os materiais utilizados para fazer as soldas foram os ingnitores (fonte de tenso), cartuchos
(polvora) e molde (material onde fica a polvora) para solda (ver Figuras 1 e 2).
Figura 1. Solda exotrmica com cabos de cobre nu.
Figura 2. Solda exotrmica na haste de aterramento.
2.1 Aterramento dos Equipamentos
Todos os equipamentos (leitos, motores, painis, eletrodutos galvanizados, coluna metlica)
so aterrados para garantir a segurana dos mesmos (Ver figura 3 e 4).
Para aterrar os leitos e eletrodutos galvanizados so usados cabos com bitola de 30 mm2
utilizando spritboard (conector utilizado para fixar os cabos nos equipamentos que sero aterrados).
Os aterramentos dos motores, painis e coluna metlica foram feitos com cabos de bitola de 70
mm2, sendo o aterramento feito na sua carcaa utilizando terminais de cobre a compresso.
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Figura 3. Aterramento do leito de baixa tenso.
Figura 4. Aterramento da coluna metlica da casa de fora.
2.2 Caixas de Inspeo
As caixas so feitas de tubo PVC (Figura 5) e protegem as hastes de aterramento. Sua
funo proporcionar a medio da resistncia de aterramento.
As medies de aterramento devem cobrir toda a rea a ser abrangida pelo eletrodo de
aterramento. O nmero de pontos onde devero ser efetuadas estas medies estabelecido em
funo da dimenso do terreno. Recomenda-se como cinco o nmero mnimo de pontos para uma
rea de at 10.000 m2.
Figura 5. Caixa de inspeo.
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3. Montagens dos Encaminhamentos
Todos os encaminhamentos dos cabos de baixa tenso, mdia tenso e cabos de comando
foram feitos com leitos de variados comprimentos (Figuras 6 e 7). J para os encaminhamentos de
rede lgica foram utilizados eletrodutos galvanizados a fogo.
Na UTE SJP os suportes usados nos encaminhamentos so: perfilados perfurados
galvanizado a fogo, vares totalmente rosqueado galvanizado a fogo.
Figura 6. Encaminhamento de comando e baixa tenso.
Figura 7. Encaminhamento para cabo de mdia tenso.
4. Equipamentos da UTE SJP
4.1 Gerador
O gerador um dispositivo utilizado para a converso da energia mecnica, qumica ou
outra forma de energia em energia eltrica.
Tipos de geradores que convertem energia mecnica em eltrica:
Gerador Sncrono
Gerador de induo ou Gerador Assncrono
Gerador de Corrente contnua
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A energia mecnica (muitas vezes proveniente de uma turbina hidrulica, gs ou a vapor)
utilizada para fazer girar o rotor, o qual induz uma tenso nos terminais dos enrolamentos que ao
serem conectados a cargas levam a circulao de correntes eltricas pelos enrolamentos e pela
carga.
No caso de um gerador que fornece uma corrente contnua, um interruptor mecnico ou anel
comutador alterna o sentido da corrente de forma que a mesma permanea unidirecional
independente do sentido da posio da fora eletromotriz induzida pelo campo. Os grandes
geradores das usinas geradoras de energia eltrica fornecem corrente alternada e utilizam turbinas
hidrulicas e geradores sncronos.
4.1.1 Partes constituintes do Gerador Sncrono
Rotor (campo)
Parte girante da mquina, constitudo de um material ferromagntico envolto em um
enrolamento chamado de enrolamento de campo. Sua como funo produzir um campo magntico
constante assim como no caso do gerador de corrente contnua, para interagir com o campo
produzido pelo enrolamento do estator.
A tenso aplicada nesse enrolamento contnua e a intensidade da corrente suportada por
esse enrolamento muito menor que o enrolamento do estator. Alm disso, o rotor pode conter dois
ou mais enrolamentos, sempre em nmero par e todos conectados em srie, sendo que cada
enrolamento ser responsvel pela produo de um dos plos do eletroim.
Estator (armadura)
Parte fixa da mquina, montada em volta do rotor de forma que o mesmo possa girar em seu
interior, tambm constitudo de um material ferromagntico envolto em um conjunto de
enrolamentos distribudos ao longo de sua circunferncia. Os enrolamentos do estator so
alimentados por um sistema de tenses alternadas trifsicas.
Pelo estator circula toda a energia eltrica gerada, sendo que tanto a tenso quanto a corrente
eltrica que circulam so bastante elevadas em relao ao campo, que tem como funo apenas
produzir um campo magntico para excitar a mquina, de forma que seja possvel a induo de
tenses nos terminais dos enrolamentos do estator.
Para a gerao de energia eltrica, a usina possui um gerador com 12,5 MVA (Ver figura
12), com fator de potncia de 0,8 e tenso nominal de 13,8 kV e excitao por meio de ponte
rotativa de diodos com retificador por coletor, sem escovas.
Na UTE SJP alm do gerador, um transformador de servios auxiliares, que conectado ao
gerador, utilizado para alimentar as cargas do processo da usina, tais como: alimentao de
painis, determinados motores entre outras coisas.
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4.2 Transformador de Servios Auxiliares
Como j dito anteriormente, o gerador conectado a um transformador de servios
auxiliares que alimentam a central de comando dos motores das torres de resfriamento (CCM das
torres) e a central de comando de motores de servios auxiliares (CCM de servios auxiliares).
Tal transformador (ver figura 8) tem tenso no primrio de 13,8 kV e 380 V no secundrio
com potncia de 1500 VA. Esse transformador a seco com ligao Delta - Yaterrado.
Figura 8. Transformador utilizado para servios auxiliares.
4.3 CCM das Torres de Resfriamento
O painel das torres de resfriamento (ver Figura 9) responsvel pela alimentao dos
motores das torres. Entre esses motores, destacam-se as bombas de gua (responsveis por manter o
ciclo de gua entre as caldeiras e as torres) e as bombas dos ventiladores (responsveis por retirar o
ar quente das torres).
Figura 9. CCM das torres de resfriamento.
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4.4 CCM de Servios Auxiliares
Painel de baixa tenso responsvel por vrias cargas. Essas cargas so: QDLF-SE
(responsvel pela alimentao dos refletores e tomadas na subestao), QDLF-CF (responsvel pela
alimentao dos refletores e tomadas na casa de fora), QDCA-SE (responsvel pela alimentao
das resistncias de aquecimento e iluminao dos equipamentos da subestao), QDCA-CF
(responsvel pela alimentao das resistncias de aquecimento e iluminao dos painis da casa de
forca), carregador de baterias (responsvel pela alimentao CC).
4.5 Caldeiras
Nas caldeiras em que so feitas as queimas do bagao da cana-de- acar, onde a gua em
ebulio produz um vapor que conduzido por tubulaes at chegar turbina.
A UTE SJP conta com duas caldeiras (ver figura 10 e 11), cada uma possui os seguintes
motores: exaustores, bombas de gua alimentao, bombas de gua de limpeza, alimentadores de
bagao, sopradores de fuligem, ventilador espagiador, vlvulas rotativas e bombas de cinza.
Figura 10. Caldeira Nova.
Figura 11. Exaustores das caldeiras.
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4.6 Torres de Resfriamento
Em muitos processos, h necessidade de remover carga trmica de um dado sistema e usa-
se, na maioria dos casos, gua como o fluido de resfriamento. Devido sua crescente escassez e
preocupao com o meio ambiente, alm de motivos econmicos, a gua "quente" que sai desses
resfriadores deve ser reaproveitada. Para tanto, ela passa por outro equipamento que a resfria, em
geral uma torre chamada torre de resfriamento evaporativo (evaporative cooling tower), e retorna ao
circuito dos resfriadores de processo.
A gua que sai dos resfriadores de processo alimentada e distribuda no topo da torre de
resfriamento, constituda de um enchimento interno para melhor espalhar a gua. Ar ambiente
insuflado atravs do enchimento, em contracorrente ou corrente cruzada com a gua que desce. Por
meio desse contato lquido-gs, parte da gua evapora e ocorre o seu resfriamento.
Na usina so usadas duas torres de resfriamento, sendo cada torre com um ventilador de
potncia de 50 CV e uma bomba de gua de 180 CV.
4.7 Turbina
A primeira turbina a vapor foi construda em 1883 pelo engenheiro sueco Carl Gustav de
Laval. Utiliza-se esta turbina, sobretudo para gerar eletricidade ao queimar carvo, pois com o
auxlio do calor libertado na combusto do carvo, evapora-se gua e o seu vapor impulsiona as
turbinas.
A turbina a vapor uma mquina exotrmica de circuito fechado na qual o vapor de gua
produzido numa caldeira lanado a grande presso e velocidade sobre umas rodas de ps ou
aletas, fixas e mveis, onde se expande e finalmente se condensa antes de ser reintroduzido na
caldeira.
Os escales ou andares atravs dos quais se expande o vapor podem ser de ao, onde a
presso entrada e sada das ps constante, ou de reao, onde a presso sada inferior da
entrada. Normalmente, combinam-se um ou mais escales de ao e diversos de reao.
Existem vrios mtodos de funcionamento de turbinas a vapor. Na turbina Curtis, a presso
do vapor que sai da caldeira transforma-se completamente em velocidade, isto devido a uma forma
especial que as ps possuem, nas quais o vapor perde em cada uma das turbinas s uma parte da
velocidade.
Na turbina de presso constante ou turbina de ao, ao contrrio da turbina curtis, o vapor
que sai da caldeira perde apenas uma parte da sua presso e consequentemente a velocidade que
atinge menor.
A turbina a vapor apresenta um rendimento mais elevado do que as turbinas a gs, mas a
relao peso/potncia muito desfavorvel, pelo que s se aplicam a instalaes fixas, geralmente
como grupo gerador nas centrais trmicas e como grupo propulsor nos grandes navios. Caracteriza-
se, alm disso, por ter um excelente sincronismo e uma grande simplicidade de estrutura. A turbina
movimentada pelo vapor sob presso, onde seu eixo acoplado num redutor.
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Na usina a turbina de fabricao da TGM e seu eixo acoplado ao redutor, acionando o
mesmo (Ver figura 12).
Os dados tcnicos da turbina so mostrados na figura 1.
Tabela 1. Condies de operao da turbina.
Mquina acionada Condies de operao 1 Fase 2 Fase
Presso de vapor de entrada (Kgf/cm2(g)) 21 42
Temperatura de vapor de entrada (C) 310 420
Vazo de vapor de entrada (kg/h) 25000 37000
Presso de vapor na sada (kgf/cm2(g)) -0,92 -0,84
Consumo especfico (kg/kWh) 5,95 4,9
Rotao da turbina (RPM) 6500 6500
Rotao da mquina acionada (RPM) 1800 1800
4.8 Redutor
O redutor acionado pela turbina a vapor (ver figura 12), e equipado com sistema
limitador de torque para proteger todo o conjunto mecnico contra sobrecargas. O acoplamento
final do redutor com a mquina acionada feito com disco de contrao, flange com pinos.
A engrenagem do redutor turbo RTS 450 do tipo Bi-helicoidal, resultando numa fora
axial nula nos Mancais de Deslizamento alm de garantir um funcionamento silencioso.
A carcaa de ferro fundido nodular GGG-40, com construo bi-partida na altura dos
eixos, permitindo um acesso fcil a todos seus componentes. Possui tampa de inspeo superior, o
que permite examinar o Redutor sem a remoo do equipamento que est instalado.
Os eixos so de ao-liga ou ao-carbono, tratados termicamente, e todos os assentos e pontas
so retificadas.
Os mancais so de deslizamento, produzidos em ao carbono revestidos com metal patente,
assegurando alta presso especfica admissvel.
O redutor turbo possui unidade hidrulica, com bomba hidrulica acoplada no eixo do
redutor, filtros, trocador de calor, termmetros, manmetros, pressostatos, alm de uma moto-
bomba auxiliar, responsvel por garantir uma lubrificao eficiente durante a partida do Sistema e
em caso de insuficincia da bomba acoplada.
Os dados tcnicos do redutor so mostrados na tabela 2.
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Tabela 2. Dados tcnicos do redutor.
Modelo: RTS 450
Potncia Nominal: 7500 kW
Fator de Servio: 1,1
Rotao de entrada 6500 rpm
Rotao de Sada 1800 rpm
Relao de Transmisso 3,61 : 1
Peso Redutor ~3000 kg
Viscosidade do leo lubrificante ISO VG 68
Vazo de leo requerida 296 l/min
Presso de leo na Entrada do Redutor 1,0 a 2,0 bar
Quantidade de Calor dissipado 133684 kcal/h
Temperatura de entrada do leo 45C
Figura 12. Turbina-Redutor-Gerador
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4.9 Exaustor de Nvoa
Trata-se de um equipamento compacto e verstil para instalao no corpo de mquinas
operatrizes, destinado a exausto e reteno da nvoa de leo proveniente da usinagem. A nvoa
aspirada e retida, simultaneamente, por centrifugao e aglutinao, e depois, o leo j em estado
fludo, retorna ao processo. Dependendo do processo de usinagem a eficincia de filtragem pode
atingir 85%.
A reteno da nvoa de leo reduz, sensivelmente os problema de sade nos operadores,
como problema de pele, alergias e outros. Reduz tambm os problemas de manuteno das
mquinas, alm de permitir fcil modificao de lay-out. O ventilador eliminador de nvoa da UTE
SJP apresenta-se com motor de 1,5 CV, 2 plos e atende vazes de 810 m3/hora.
4.10 Sala de Controle
O crebro da termoeltrica encontra-se na sala de controle. Todos os parmetros de cada
painel e o gerador so apresentados ao operador por meio dos painis de controle da Mquina por
meio de uma tela touchscreen. Todos os painis so de fornecimento da WEG ou AREVA
KOBLITZ e alm de permitirem a visualizao dos dados do sistema, ainda permitido o
acionamento remoto de todos os motores do projeto bem como o prprio gerador.
Em caso de uma falha no gerador, um alarme sonoro-visual acionado e apresenta na tela
qual o problema. Neste momento o operador pode solucionar a falha por meio do prprio sistema.
Caso no obtenha sucesso, a parada da mquina requisitada.
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5. Montagens da Subestao SE 69 kV
A subestao da usina termeltrica de So Jos Pinheiro (Ver figura 13) uma estrutura
necessria para a interligao a energia gerada na usina a rede bsica de domnio do Operador
Nacional do Sistema Eltrico (ONS).
Com uma potncia de 12,5 MVA, a SE SJP (ver Figura 12) possui um bay (subestao onde
realizada a medio faturada) localizado na cidade de Riachuelo de propriedade da Energisa. A
estrutura da SE SJP do tipo barramento principal.
Como toda subestao elevadora, a SE SJP possui em seu ptio equipamentos de proteo e
medio. Esses equipamentos so: transformadores de potencial (TP), transformadores de corrente
(TC) e pra-raios. Sendo que nesse caso, os TP e TC s so usados para proteo, a medio se
encontra na subestao de Riachuelo.
Todos esses equipamentos so de fabricao da AREVA KOBLITZ e sero apresentados a
partir deste ponto com aspectos conceituais bem como caractersticas especficas dos mesmos.
Figura 13. SE So Jos Pinheiro.
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5.1 Transformador de Corrente (TC) Os transformadores de corrente so equipamentos que permitem aos instrumentos de
medio, controle e proteo funcionarem adequadamente sem que seja necessrio possurem
correntes nominais de acordo com a corrente de carga a qual esto ligados.
Os transformadores de corrente classificam-se em dois tipos: transformadores de corrente
para servio de medio e transformadores de corrente para servio de proteo. Esses tipos de
transformadores, segundo a Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT), se subdividem em
duas classes: classe A, que apresenta alta impedncia interna, e classe B, com baixa impedncia
interna.
Foram selecionados para a subestao: TC fabricados pela AREVA para os servios de
proteo (ver Figura 14), cujos dados encontram-se na Tabela 3.
Figura 14. TC da UTE SJP.
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Tabela 3. Especificaes tcnicas do TC.
Fabricante Areva
Modelo IEC-185
Tenso nominal do equipamento (tenso mxima operativa) 69 kV
Transformador de corrente Especificao NBR 6856
Tenso mxima 72,5 kV
Fator trmico nominal: Medio / Proteo 1,3
Valor de crista da corrente nominal de curta durao 62,5 kA
Corrente nominal de curta durao, 1 s (valor eficaz) 25 kA
5.2 Transformador de Potencial (TP)
Os transformadores de potencial so equipamentos que permitem os instrumentos de
medio e proteo funcionarem adequadamente sem que seja necessrio possuir tenso de
isolamento de acordo com a da rede qual esto ligados.
Quanto ao tipo, os transformadores de potencial podem ser:
-Transformadores indutivos (TPI).
-Transformadores capacitivos (TPC).
-Divisores capacitivos.
-Divisores resistivos.
-Divisores mistos (resistivos/capacitivos)
Os divisores capacitivos, resistivos e mistos normalmente, no so utilizados em sistemas de
potncia, sendo sua aplicao nos ensaios e pesquisas em laboratrios.
Para tenses compreendidas entre 600 V e 69 kV os transformadores indutivos so
dominantes.
Para tenses acima de 69 kV at 138 kV, no existe preferncia na utilizao, sendo que em
sistemas que utilizam PLC a utilizao do capacitivo torna-se necessrio.
Para tenses superiores a 138 kV os transformadores capacitivos so dominantes.
Foram selecionados para a subestao: TP fabricados pela AREVA para os servios de
proteo (ver Figura 15), cujos dados encontram-se na Tabela 4
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Figura 15. TP da UTE SJP.
Tabela 4. Especificaes tcnicas dos TP.
Fabricante AREVA
Tenso nominal primria 69/3 kV
Norma de especificao ANSI C57 13
Tenses nominais secundrias de cada enrolamento 3x115-1153 V
Tenso de impulso atmosfrico, onda plena de 1,2/50 s 350 kV
Tenso suportvel a 60 Hz,
durante 1 min, a seco (valor
eficaz) 140 kV
Potncia nominal 1.000 VA
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5.3. Disjuntor
Os disjuntores so equipamentos destinados interrupo e ao restabelecimento das
correntes eltricas num determinado ponto do circuito. A funo principal de um disjuntor
interromper as correntes de defeito de um determinado circuito em um menor intervalo de tempo
possvel.
Os disjuntores sempre devem ser instalados acompanhados da aplicao dos rels
respectivos, que so os elementos responsveis pela deteco das correntes eltricas do circuito que,
aps analisadas por sensores previamente ajustados, podem enviar ou no a ordem de comando para
a sua abertura.
Quanto ao sistema de interrupo do arco, os disjuntores so classificados em funo do
meio extintor utilizado nas cmeras de extino de arco. Os disjuntores utilizados em sistemas de
alta tenso so disjuntores a leo, a vcuo, ar comprimido e hexafluoreto de enxofre (SF6).
Foram selecionados para a subestao: um disjuntor fabricado pela AREVA para os servios
de proteo (ver Figura 16), cujos dados encontram-se na Tabela 5.
Figura 16. Disjuntor da UTE SJP.
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Tabela 5. Especificaes tcnicas dos disjuntores.
Fabricante AREVA
Meio de extino SF6
Tenso nominal do equipamento (tenso mxima operativa) (kV) 69 kV
Norma de especificao NBR 7118
Corrente nominal (A) 1250 A
Capacidade de interrupo
nominal de curto-circuito:
Simtrica 25 kA
Assimtrica 62,5 kA
Durao nominal da corrente de curto-circuito 3 s
5.4. Chave Seccionadora
As chaves podem desempenhar nas subestaes diversas funes, sendo a mais comum a de
seccionamento de circuitos por necessidade operativa, ou por necessidade de isolar componentes do
sistema (equipamentos ou linhas) para a realizao de manuteno dos mesmos.
As chaves podem ser classificadas de acordo com as funes desempenhadas, so
classificadas em:
a) Seccionadores
Os seccionadores tm a funo de contornar (by-pass) equipamentos, como disjuntores e
capacitores srie, para execuo de manuteno ou por necessidade operativa. Tambm
tm a funo de manobrar circuitos, ou seja, transferir circuitos entre barramentos de uma
subestao.
b) Chaves de terra
Esse tipo tem a funo de aterrar componentes do sistema em manuteno, linhas de
transmisso, barramentos ou bancos de capacitores em derivao.
c) Chaves de operao em carga
Esse tipo de chave tem a funo de abrir e/ou fechar determinados circuitos em carga,
como tambm manobrar bancos de reatores e capacitores.
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d) Chaves de aterramento rpido
Esse tipo tem a funo de aterrar determinados componentes energizados, normalmente
com o objetivo de provocar uma falta intencional na rede, de forma a sensibilizar
esquemas de proteo.
No arranjo eltrico da SE SJP est disposta chave do tipo seccionadora de abertura vertical
com lmina de terra.
Foram projetados para a subestao: um modelo fabricado pela AREVA para os servios de
proteo (ver Figura 17), cujos dados encontram-se na Tabela 6
Figura 17. Chave seccionadora utilizada na SE SJP.
Tabela 6. Dados tcnicos da seccionadora com lmina de terra.
Fabricante AREVA
Modelo EVL c/ LT
Tenso nominal do equipamento (tenso mxima
operativa) (kV) 69 kV
Norma de especificao IEC 129
Corrente nominal 1250 A
Corrente suportvel nominal de
curta durao. 1 s 25 kA
10 ciclos 62,5 kA
Distncia entre fases 2,5 a 3 m
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5.5. Pra-Raios
Os par-raios da subestao so do tipo xido de zinco (ZnO). O par-raios um
equipamento de proteo que se destina ao isolamento de uma instalao ou de um dos
componentes da mesma, contra cargas inadequadas provocadas por sobretenses.
A estabilidade mecnica do pra-raios alcanada por barras de plstico reforadas com
fibra de vidro as quais pressionam e fecham o dispositivo de resistncia. O encapsulamento de
silicone mantm baixas as descargas eltricas na superfcie do encapsulamento devido s suas
propriedades hidrfobas, garantindo assim propriedades operacionais especialmente favorveis
tambm sob condies de sujeira.
As flanges so fabricadas de uma liga de metal leve resistente ao ar livre, e esto
diretamente ligadas com o encapsulamento de silicone. No caso de uma sobrecarga dos resistores
no formada uma sobretenso pelo arco voltaico em formao, porque os resistores no esto
revestidos por uma cobertura mecnica rgida.
O arco voltaico imediatamente expelido pelo encapsulamento de silicone, sem que para
isso se verifique uma ruptura imediata da estrutura mecnica de suporte.
Resistores de xido metlico so no lineares, isto , eles possuem uma caracterstica
corrente-tenso fortemente curvada, de modo que na tenso contnua aplicada em caso normal,
circula somente a corrente de fuga de poucos mA.
No caso de sobretenses atmosfricas ou de manobras, os resistores tornam-se condutores
(faixa de Ohm), de modo que uma corrente de surto possa circular para a terra e a sobretenso seja
diminuda ao valor da queda de tenso no derivador (tenso residual). As correntes de surto
apresentam at 2 kA com sobretenses de manobra, e 1 kA, 10 kA e 20 kA com sobretenses
atmosfricas.
Foram escolhidos para a subestao pra-raios fabricados pela AREVA para os servios de
proteo (ver Figura 18), cujos dados encontram-se na Tabela 7.
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Figura 18. Pra-Raio utilizado na SE SJP.
Tabela 7. Dados tcnicos dos pra-raios.
Fabricante AREVA
Tenso mxima operativa entre fases Ur 72 kV
Tenso de operao contnua Uc 69/3 kV
Norma de especificao IEC-99.1
Tenso operativa contnua mxima MCOV 48 kV
Corrente de curta durao (4x10 s) 100 kA
Corrente de longa durao (2000 s) 250 A
Capacidade de Absoro de Energia mnima (kJ/kV) 4,5
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5.6. Transformador Trifsico
O transformador um equipamento de operao esttica que por meio de induo
eletromagntica transfere energia de um circuito, chamado primrio, para um ou mais circuitos
denominados, respectivamente, secundrio e tercirio, sendo mantida a mesma frequncia.
Para adequar a relao de tenso s condies do sistema, o transformador regulador est
provido de um enrolamento especial com derivaes.
A relao de tenso pode ser alterada atravs de um comutador em vazio estando o
transformador desenergizado, ou por um comutador de derivaes em carga com o transformador
energizado.
Acionamentos motorizados so usados para operar os comutadores, possibilitando comando
local ou distncia, inclusive com controle automtico de tenso.
A eficincia da refrigerao um fator fundamental que determina a segurana operacional
e o tempo de vida de um transformador. O sistema utilizado com maior frequncia em unidades
menores a refrigerao natural (ONAN). O calor absorvido pelo leo e dissipado no ar atravs
de radiadores.
No sistema ONAN/ONAF (OA/FA ou OA/FA/FA) os radiadores so adicionalmente
refrigerados por meio de ventiladores. O sistema de refrigerao pode tambm consistir de bancos
de radiadores separados ou com trocador leo/gua (OFWF ou FOW). A refrigerao pode ainda
ser incrementada por meio do fluxo direcionado do leo (ODAF ou ODWF).
Na SE SJP o transformador elevador (13,8/69 kV) tem potncia de 12,5 MVA (Ver figura
19).
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Figura 19. Transformador da SE SJP.
Levando em considerao a baixa tenso gerada e o nvel de potncia, fez-se necessria a
instalao de um resistor de aterramento no neutro do transformador da subestao para limitar a
corrente de falta a um valor seguro.
A subestao de So Jos Pinheiro est localizada na cidade de Laranjeiras-SE e tem por
finalidade permitir a conexo da usina de So Jos Pinheiro com a Subestao de Riachuelo.
Para energizao de uma subestao vrios procedimentos devem ser seguidos,
principalmente quando as cargas alimentadas pela mesma so importantes, como o caso da SE
SJP que alimenta a cidade de Riachuelo-SE.
Na figura 19 mostra o diagrama unifilar da subestao que comea do transformador
elevador, passa pelos pra-raios na sada do transformador, depois o disjuntor, TPs, TCs, chave
seccionadora e os pra-raios na sada para a transmisso.
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6. Cabos
Podem ser constitudos de alumnio, cobre, ao ou ligas. Para linhas de extra-alta tenso, os
cabos CAAA (alumnio com alma de ao), e variantes, so economicamente viveis. Em linhas
areas, estes cabos so instalados nus, de forma a maximizar a ampacidade (determinada pelo
equilbrio trmico).
Na UTE SJP foram usados cabos de cobre mltiplo e singelo de isolao 0.6/1 kV, sendo
todos de fabricao FICAP.
6.1 Cabos Afitox 1 kV - BT 0.6/1 kV
Os cabos AFITOX 0,6/1 kV (Ver figura 20), por apresentarem caractersticas de retardante
ao fogo associado baixa emisso de fumaa e gases txicos, so indicados para instalaes em
locais com alta densidade de ocupao de pessoas e condies de fuga difceis tais como: shopping
centers; hospitais; cinemas; teatros; hotis; torres comerciais e/ou residenciais; metr, centro de
convenes, bem como em reas de eletrnica e de computao, conforme recomendao da NBR
5410.
Na UTE SJP esse tipo de cabo foi usado para alimentar das resistncias de aquecimento nos
painis, iluminao e tomada nos painis, alimentao CC dos rels, alimentao CC dos motores,
transformador para os painis, de painis para os motores e etc.
Construo
1. Condutor: flexvel de cobre, tmpera mole.
2. Isolao: composto termofixo no halogenado (90C);
3. Nos cabos multipolares, quando necessrio aplicado um enchimento poliolefnico no
halogenado;
4. Fita de poliester;
5. Cobertura em composto termoplstico no halogenado na cor preta.
Cores:
Cobertura: Unipolar - preto, azul claro e verde;
Multipolar - preto.
Isolao dos cabos multipolares:
Bipolar: preto e azul claro;
Tripolar: branco, preto e azul claro;
Tetrapolar: branco, preto, vermelho e azul claro.
Regime de operao
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Os cabos podem operar com a temperatura mxima no condutor, nas seguintes condies, conforme
NBR 13248:
Regime permanente: 90C
Regime de sobrecarga: 130C
Regime de curto-circuito: 250C
Figura 20. Cabo Afitox 1 kV - BT 0.6/1 kV.
6.2 Cabos EP-DRY 105 MT - 12/20 kV
Os cabos EP-DRY (Ver figura 21) so particularmente recomendados para sistemas de
gerao, transmisso e distribuio de energia eltrica de concessionrias, complexos industriais,
interligao gerao - transformao, onde principalmente seja necessrio o transporte de grandes
quantidades de potncia ou da otimizao da seo do condutor / dimenses finais do cabo ou
mesmo da taxa de ocupao de outros existentes. Podem tambm ser instalados em locais secos ou
com imerso parcial ou total em gua (cdigo AD-7 conforme NBR14039).
Na UTE SJP esse tipo de cabo foi utilizado para alimentao dos painis de mdia tenso e
alimentao dos transformadores.
Caractersticas construtivas
1) Condutor de cobre, encordoamento classe 2, compactado, nas sees de 10 a 500 mm2,
conforme norma NBR NM 280.
2) Blindagem do condutor: camada de material condutor no-metlico (semicondutor)
termofixo, para uniformizar a distribuio de campo eltrico no condutor.
3) Isolao: camada de composto de borracha Etilenopropileno (EPR) elastmero termofixo,
para temperatura de operao em regime permanente de 105C, com propriedades fsicas
prescritas pela NBR 6251.
4) Blindagem da isolao: camada de material condutor no-metlico em ntimo contato com
a isolao tornando o campo eltrico radial e uniforme. Constituda por material de fcil
remoo temperatura ambiente.
Os cabos EP-DRY 105 so produzidos pelo processo de trplice estruso, ou seja, a
conextruso em trs camadas: blindagem do condutor, isolao e blindagem da isolao em
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cabea nica para a eliminao total de contaminantes e a obteno de interface perfeita
entre as trs camadas.
O processo de vulcanizao do composto de Etilenopropileno da isolao e das blindagens
semicondutoras se d em atmosfera inerte de nitrognio (vulcanizao a seco) que confere
baixssmo percentual de umidade e tima homogeneidade dos compostos.
5) Blindagem metlica: constituda por fios de cobre, aplicados helicoidalmente sobre a
blindagem da isolao, com seo mnima de 6 mm2 conforme NBR 6251.
6) Cobertura: camada de policloreto de vinila (PVC-ST2), na cor preta que, alm de manter
elevada resistncia a agentes qumicos, possui caractersticas de no propagar a chama, com
propriedades fsicas conforme NBR 6251.
Figura 21. Cabo EP-DRY 105 MT - 12/20 kV.
6.3 Cabos de Controle Ficom F 500 V e 1 kV
Os cabos FICOM-F (Ver figura 22) so recomendados para instalao em circuitos de
controle e proteo, onde se desejam baixos custos de instalao. Os cabos FICOM-F podem ser
instalados conforme NBR 5410 ao ar livre, em bandejas, em canaletas, diretamente enterrados ao
solo, em eletrodutos ou em dutos subterrneos.
Na UTE SJP esses cabos foram usados para comandar o sensor de vibrao dos ventiladores
das torres de resfriamento, ligar e desligar esses ventiladores e etc.
Construo
1. Condutor: de cobre nu, flexvel, tmpera mole, encordoamento classe 5.
2. Isolao: PVF (70C) Policloreto de Vinila, com identificao numrica. Sobre os condutores
reunidos, quando necessrio, poder ser aplicado um separador de material no aderente
isolao.
3. Cobertura: Policloreto de Vinila (PVC-ST1) na cor preta.
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Figura 22. Cabos de Controle Ficom F 500 V e 1 kV.
6.4 Cabos de Controle Ficom B-F 500 V e 1 kV
Utilizado em circuitos de comando, controle, proteo, medio e sinalizao, que exijam
blindagem contra interferncias eletromagnticas (Ver figura 23).
Na UTE SJP esses cabos foram utilizados para a temperatura da carcaa na turbina,
temperatura de sada das caldeiras e etc.
Construo
1. Condutor: cobre nu, flexvel, tmpera mole, encordoamento classe 5. 2. Isolao: (70C) Policloreto de Vinila, com identificao numrica. Sobre os condutores
reunidos, quando necessrio, poder ser aplicado um separador e material no aderente a
isolao.
3. Capa interna: Policloreto de Vinila (PVC). 4. Blindagem: Fita de cobre, aplicada helicoidalmente. 5. Cobertura: Policloreto de Vinila (PVC), na cor preta.
Figura 23. Cabos de Controle Ficom B-F 500 V e 1 kV.
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6.5. Muflas
Mufla eltrica uma terminao nos cabos de alta tenso, aplicada onde existe uma
transio do tipo de isolamento. A rigor, deve existir uma mufla em cada ponto de mudana de tipo
de isolamento, mas na maioria das vezes a mufla est em uma transio de isolamento slido (ou
liquido) para ar.
O objetivo da mufla fazer uma mudana suave nos campos eltricos nestas transies, j
que a simples interrupo do isolamento cria um estresse (linhas de campo muito densas) que
danificam o isolamento naquela regio (devido mudana brusca de permeabilidade eltrica, que
muito diferente do isolante slido para o ar).
Adicionalmente, as muflas so projetadas para fazer tambm a impermeabilizao no ponto
de trmino do isolamento, para evitar a entrada de umidade, que tambm pode danificar o cabo
naquele ponto.
Tambm chama-se mufla ao tipo de isolao aplicado em conexes de alta tenso em
transformadores. Elas tm uma cobertura metalizada e um revestimento isolante que reduzem o
risco de ruptura do dieltrico principalmente em conexes subterrneas.
Na UTE SJP as mulfas foram usadas nos cabos de mdia tenso interligados tanto nos
painis como nos transformadores (Ver figura 24).
Figura 24. Muflas feitas nos cabos de mdia tenso no PNDMT-SE.
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6.6 Planilhas de Cabos
composta pelo TAG (uma identidade do cabo), a sua origem, destino, bitola, isolao e o
lance de projeto. Atravs das planilhas de cabos possvel saber qual o tipo de cabo que vai das
cargas para os painis.
A UTE SJP possui quatro tipos de planilha de cabos, so elas: para cabo de mdia tenso,
para cabo de baixa tenso, para cabo de comando/instrumentao e para cabo de rede lgica.
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Concluso
A realizao de estgio integrado na UTE SJP foi uma etapa de fundamental importncia
para a formao profissional. Nele pde-se aprimorar os conhecimentos adquiridos ao longo do
curso de formao, como tambm conviver com profissionais de vasta experincia no mercado, e
ter contato com ferramentas e equipamentos de alta tecnologia.
O acompanhamento do processo de montagem em todas as partes do projeto da Usina So
Jos Pinheiro veio acrescentar um nvel de conhecimento pouco apresentado ao aluno de engenharia
eltrica, o conhecimento prtico. Durante o estgio foi necessrio integralizao dos
conhecimentos adquiridos na vida acadmica com a vida profissional, principalmente nas
disciplinas de mquinas eltricas, sistemas eltricos de potencia, equipamentos eltricos e
instalaes eltricas
Durante o estgio foi possvel adquirir conhecimentos de montagens dos equipamentos da
subestao, a fabricao de mulfas, a necessidade de se fazer o troflio em cabos de baixa e mdia
tenso para anular os campos magnticos, consequentemente no interferir em outros cabos.
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39
Bibliografia
ARAJO, C. A. S., CNDIDO, J. R. R., CAMARA, F. S., PEREIRA, M. D. Proteo de Sistemas
Eltricos, 2 edio, Editora Intercincia, Rio de Janeiro, 2005.
CREDER, H. Instalaes Eltricas, 15 edio, Editora LTC (GEN), So Paulo, 2005.
DAJUZ, A., RESENDE, F. M., CARVALHO, F. M. S., NUNES, I. G., AMON FILHO, J., DIAS, L. E. N.,
PEREIRA, M. P., KASTRUP FILHO, O. E MORAIS, S. A. Equipamentos Eltricos; Especificao e
Aplicao em Subestaes de Alta Tenso. Rio de Janeiro, FURNAS 1985.
MAMEDE FILHO, J. Manual de Equipamentos Eltricos. Rio de Janeiro: Livros Tcnicos e
Cientficos, 1993.
SANTANA, R. V. S. MPCC Medio, Proteo, Comando e Controle de Subestaes Eltricas,
Escola Politcnica de Pernambuco, 2007.
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40
Anexo
Figura 25. Projeto do Encaminhamento de baixa tenso das Caldeiras.
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41
Figura 26. Projeto de aterramento da casa de fora.
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42
Figura 27. Projeto do Arranjo fsico da SE SJP.
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43
Figura 28. Diagrama unifilar da SE SJP
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44
Figura 29. Planilha de cabo de baixa tenso