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MANUAL DE CONVNIOS E TERMOS DE COOPERAO

2010

FINEPMANUAL DE CONVNIOS E TERMOS DE COOPERAO

2010

MINISTRIO DA CINCIA E TECNOLOGIA Sergio Machado RezendeMINISTRO DA CINCIA E TECNOLOGIA

Luiz Antonio Rodrigues EliasSECRETRIO EXECUTIVO

Luiz Antonio Barreto de CastroSECRETRIODE

POLTICAS E PROGRAMAS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

Roosevelt Tome Silva FilhoSECRETRIO DE CINCIA E TECNOLOGIA PARA INCLUSO SOCIAL

Ronaldo MotaSECRETRIO DE DESENVOLVIMENTO TECNOLGICO E INOVAO

Augusto Csar Gadelha VieiraSECRETRIODE

POLTICA

DE INFORMTICA

FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS Luis Manuel Rebelo FernandesPRESIDENTE

Eugenius KaszkurewiczDIRETOR

Fernando de Nielander RibeiroDIRETOR

Eduardo Moreira da CostaDIRETOR

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APRESENTAOO Manual de Convnios e Termos de Cooperao FINEP 2010 um documento de nivelamento e disseminao de conceitos, requisitos e procedimentos que disciplinam a aplicao de recursos pblicos federais no-reembolsveis para rgos ou entidades da Administrao Pblica direta ou indireta de qualquer esfera de governo, Instituies de Pesquisa Cientfica e Tecnolgica e entidades privadas sem fins lucrativos, atravs da formalizao de Convnios e Termos de Cooperao, visando ao aperfeioamento do relacionamento entre a Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP e seus clientes. Para tal finalidade, este documento adota uma linguagem direta, com orientaes objetivas e informaes sobre a modalidade de apoio financeiro no-reembolsvel, apresentao de propostas e a seleo, anlise, contratao e execuo de projetos de desenvolvimento cientfico, tecnolgico e inovao, de forma a possibilitar o alcance de seus objetivos e a conformidade na utilizao dos recursos. O Manual de Convnios e Termos de Cooperao FINEP agrega os aspectos mais relevantes de todas as fases de operacionalizao de convnios e termos de cooperao, ressaltando s partes interessadas, os fatos comumente observados. A FINEP, atravs da divulgao de Manuais de Instrumentos e Programas, adota uma postura orientadora, com o objetivo maior de facilitar a captao e o retorno para a sociedade de solues inovadoras que contribuam para o desenvolvimento sustentvel brasileiro.

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SUMRIOMDULO 1 Caractersticas gerais 1.1 A FINEP 1.2 Aspectos bsicos do apoio no-reembolsvel para instituies sem fins lucrativos 1.3 Conceitos e Definies 9 15 9 9 9

MDULO 2 Orientaes ao Cliente 2.1 Apresentao de Propostas 2.2 Anlise e Julgamento das Propostas e Divulgao de Resultados 2.3 Celebrao de Convnios e Termos de Cooperao 2.4 Orientaes gerais para liberao de recursos financeiros 2.5 Execuo de Convnios e Termos de Cooperao 2.6 Auditoria e fiscalizao de projetos 2.7 Encerramento 2.8 Doao de bens remanescentes Erros e irregularidades mais freqentes

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MDULO 1 CARACTERSTICAS GERAISEste mdulo contm informaes gerais sobre a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), suas modalidades e instrumentos de transferncia de recursos e financiamento, bem como a definio de termos bsicos associados aos temas que sero tratados nos mdulos subseqentes, a fim de nivelar o entendimento referente ao apoio no reembolsvel a instituies sem fins lucrativos, implementado na forma de Convnios e Termos de Cooperao. 1.1 A FINEP A Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP uma empresa pblica vinculada ao Ministrio de Cincia e Tecnologia (MCT), criada em 24 de julho de 1967. A partir de 1971 passou a atuar como Secretaria Executiva do Fundo Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico FNDCT.

MISSO Promover o desenvolvimento econmico e social do Brasil por meio do fomento pblico Cincia, Tecnologia e Inovao em empresas, universidades, institutos tecnolgicos e outras instituies pblicas ou privadas. VISO DE FUTURO Transformar o Brasil por meio da Inovao.

A destinao dos recursos do FNDCT dirigida para o apoio a programas, projetos e atividades de Cincia, Tecnologia e Inovao - C,T&I, compreendendo a pesquisa bsica ou aplicada, a inovao, a transferncia de tecnologia e o desenvolvimento de novas tecnologias de produtos e processos, de bens e de servios, bem como a capacitao de recursos humanos, intercmbio cientfico e tecnolgico e a

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implementao, manuteno e recuperao de infra-estrutura de pesquisa de C,T&I. A FINEP, como agncia de fomento do MCT apia instituies cientficas e tecnolgicas (ICT) pblicas e privadas, cabendo ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico CNPq, tambm como agncia de fomento do MCT, apoiar prioritariamente pessoas fsicas, por meio de bolsas e auxlios. Integrante do Sistema Nacional de Cincia Tecnologia e Inovao, a FINEP, consoante a sua misso e viso de futuro, executa as polticas do Governo Federal e o Plano Plurianual (PPA) alinhada com as diretrizes estabelecidas na Poltica de Desenvolvimento Produtivo (PDP) e no Plano de Ao de Cincia, Tecnologia e Inovao (PACTI), mantendo estreita articulao e interao com os demais Ministrios e agncias do Governo no apoio s instituies para o desenvolvimento da cincia, tecnologia e inovao. As aes estabelecidas no PACTI so voltadas para os seguintes eixos: Expanso e Consolidao do Sistema Nacional de C,T&I Promoo da Inovao Tecnolgica nas Empresas Pesquisa, Desenvolvimento e Inovao (P,D&I em reas Estratgicas) Cincia Tecnologia e Inovao (C,T&I) para o Desenvolvimento Social A FINEP opera por meio de apoio financeiro no reembolsvel, financiamentos reembolsveis e investimentos, concedidos unicamente a pessoas jurdicas nas seguintes modalidades: Apoio financeiro no reembolsvel destinado a projetos de instituies pblicas e privadas, sem fins lucrativos, realizado com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (FNDCT) e de outras fontes oriundas de parcerias. Para financiamento de empresas so utilizados recursos do FNDCT, na forma de Subveno Econmica;

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Financiamento reembolsvel - destinado a empresas e realizado com recursos prprios, do Fundo Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (FNDCT) ou provenientes de outras fontes de crdito, tem como principais objetivos o incremento das atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovao (P,D&I) no Pas e o apoio s reas estratgicas do PACTI do Ministrio da Cincia e Tecnologia (MCT) e da Poltica de Desenvolvimento Produtivo PDP do Governo Federal. Os programas de financiamento so operados com taxas fixas e subsidiadas para mdias e grandes empresas e emprstimos sem juros para micro e pequenas empresas inovadoras. Investimento destinado ao aporte de capital em empresas inovadoras de qualquer porte e setor, realizado com recursos prprios, do FNDCT para aes especficas ou de terceiros. Para esta finalidade, a FINEP investe em fundos de capital semente, venture capital e private equity.

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ASPECTOS BSICOS DO APOIO FINANCEIRO NO-

REEMBOLSVEL PARA INSTITUIES SEM FINS LUCRATIVOS

1.2.1 Fontes de recursos: FNDCT/Fundos Setoriais e outras fontes O apoio financeiro no-reembolsvel realizado, principalmente, com recursos do FNDCT oriundos dos Fundos Setoriais de Cincia e Tecnologia, quais sejam: Fundo Setorial de Agronegcio (CT-Agronegcio), Fundo Setorial da Amaznia (CT-Amaznia), Fundo para o Setor de Transporte Aquavirio e Construo Naval (CT-Aquavirio), Fundo do Setor Aeronutico (CT-Aero), Fundo Setorial de Biotecnologia (CT-Biotecnologia), Fundo Setorial de Energia (CT-Energ), Fundo Setorial Espacial (CT-Espacial); Fundo Setorial de Recursos Hdricos (CT-Hidro), Fundo Setorial de Tecnologia da Informao (CT-Info), Fundo de Infra-Estrutura (CT-Infra);

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Fundo Setorial Mineral (CT-Mineral), Fundo Setorial de Petrleo e Gs Natural (CTPetro), Fundo Setorial de Sade (CT-Sade), Fundo Setorial de Transportes Terrestres e Hidrovirios (CT-Transportes); Fundo Verde Amarelo (FVA). O marco regulatrio do FNDCT estabelece o modelo de governana para a deliberao da transferncia e utilizao dos recursos. O Conselho Diretor define as diretrizes gerais do Plano Anual de Investimentos, bem como indica as aplicaes em aes transversais, que abrangem os vrios setores da economia e que constituem aes especficas na Lei de Oramento Anual (LOA). Cada Fundo Setorial possui um Comit Gestor, formado por representantes de Ministrios, Agncias Reguladoras, comunidade cientfica e setor empresarial. Os Comits Gestores dos Fundos Setoriais definem as diretrizes e o Plano Anual de Investimentos dos respectivos fundos Aes Verticais bem como o aporte de recursos em Aes Transversais ou aes especficas compartilhadas entre fundos. A gesto integrada das aes dos Fundos Setoriais e Aes Transversais realizada pelo Comit de Coordenao dos Fundos Setoriais. As aes a serem apoiadas pela FINEP com recursos no-reembolsveis so formalizadas atravs de documento denominado Termo de Referncia (TR) e demandadas pelas seguintes instncias: Conselho Diretor do FNDCT Comits Gestores dos Fundos Setoriais do FNDCT Diretoria Executiva da FINEP Gestores dos demais recursos. Alm dos Fundos Setoriais do FNDCT, a FINEP opera recursos do FUNTTEL (Fundo de Telecomunicaes), cuja gesto est a cargo do Ministrio das Comunicaes, e do Fundo Audiovisual, gerido pelo Ministrio da Cultura. Opera ainda recursos repassados por outros Ministrios, na forma de parcerias, direcionadas a programas ou iniciativas compartilhadas de P,D&I.

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A prospeco das aes a serem apoiadas deve permear os programas de Governo e os segmentos estratgicos do setor produtivo. A deliberao do apoio financeiro compete Diretoria da FINEP, baseada em anlise das propostas pelas reas competentes da FINEP, nos termos detalhados neste Manual. 1.2.2 Instituies elegveis rgos ou entidades da Administrao Pblica direta ou indireta de qualquer esfera de governo, Instituies de Pesquisa Cientfica e Tecnolgica, que tenha como misso institucional, dentre outras, executar atividades de pesquisa bsica ou aplicada de carter cientfico ou tecnolgico e entidades privadas sem fins lucrativos. 1.2.3 Atividades de C,T&I apoiadas Projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovao; Projetos de implantao, modernizao e manuteno da infraestrutura de C,T&I e Estudos, atividades de gesto e eventos cientficos e tecnolgicos1 1.2.4 Instrumentos de seleo para apoio financeiro no-reembolsvel Os instrumentos de seleo para apoio financeiro no-reembolsvel so: Chamada Pblica, Carta-convite e Encomenda. As Chamadas Pblicas e as Cartas-convite so publicadas no Dirio Oficial da Unio e podem ser encontradas nos stios eletrnicos da FINEP e do Sistema MCT. Nelas so explicitados: seu objeto, caractersticas das instituies elegveis e das propostas, recursos financeiros disponveis, despesas apoiveis, contrapartidas requeridas, prazos para submisso de propostas e divulgao dos resultados, prazos de execuo dos projetos, critrios de seleo e julgamento e outras informaes complementares.

1 O apoio a eventos ocorre, prioritariamente, atravs de parceria da FINEP com o CNPq, que responsvel pelo recebimento, avaliao e contratao das propostas selecionadas para apoio.

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1.2.5 Base legal e normativa para o apoio financeiro no-reembolsvel So diplomas legais e normativos para a transferncia, utilizao e prestao de contas de recursos, na modalidade no reembolsvel, por meio de convnios e termos de cooperao, celebrados pela FINEP: Lei 10.973/04 Lei de Inovao e Decreto Lei 11.540/07 Lei do FNDCT e Decreto Decreto 6170/07 Transferncias de Recursos da Unio Instruo Normativa da Secretaria do Tesouro Nacional IN STN 01/97 Portaria Interministerial MPOG/MF/MCT 127/08 Instruo Normativa N 1 do Conselho Diretor do Fundo Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico - IN CDFNDCT 01/10 A Instruo Normativa n 1 do Conselho Diretor do Fundo Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico CDFNDCT, caracteriza-se como novo diploma normativo para o Sistema Nacional de Cincia, Tecnologia e Inovao, Os convnios e termos de cooperao estabelecem, em clusula especfica, os diplomas legais e normativos de referncia, aplicveis ao instrumento. 1.2.6 Despesas apoiveis Podero ser apoiadas, em observncia legislao em vigor poca da aprovao do projeto, as seguintes despesas: Despesas Correntes: Pessoal, material de consumo, dirias, passagens e despesas com locomoo, servios de terceiros de pessoa fsica e jurdica, incluindo despesas operacionais e administrativas de carter indivisvel. Despesas de Capital: obras e instalaes, equipamento e material permanente.

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Bolsas: recursos para capacitao tecnolgica e de inovao, implementadas pelo CNPq de acordo com as caractersticas, normas e procedimentos daquela agncia, que podem ser consultadas no endereo www.cnpq.br. Os instrumentos de seleo podero, eventualmente, estabelecer critrios especficos ou restries em relao s despesas apoiveis, em funo da natureza do objeto.

1.3 CONCEITOS E DEFINIESI - Concedente: FINEP ou outra Agncia de Fomento responsvel pela transferncia dos recursos financeiros ou pela descentralizao dos crditos oramentrios do FNDCT destinados execuo do objeto do instrumento regulado por esta norma. II - Proponente: rgo ou entidade pblica ou privada sem fins lucrativos que manifeste, por meio de proposta, interesse em firmar instrumento regulado por esta norma. III - Convenente: rgo ou entidade da administrao pblica direta e indireta estadual, distrital ou municipal, bem como entidade privada sem fins lucrativos, com o qual o concedente pactua a execuo de programa, projeto, atividade ou evento mediante a celebrao de convnio. IV - Acordante: rgo ou entidade da administrao pblica federal direta e indireta, com a qual o concedente pactua a execuo de termo de cooperao. V - Interveniente(s): rgo ou entidade da administrao pblica direta ou indireta de qualquer esfera de governo, ou entidade privada que participa dos instrumentos regulados por esta norma para manifestar consentimento ou assumir obrigaes em nome prprio. VI - Executor(es): rgo ou entidade da administrao pblica direta ou indireta de qualquer esfera de governo, ou entidade privada sem fins lucrativos, responsvel direta pela execuo do objeto do instrumento pactuado.

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VII - Instituio de Pesquisa Cientfica e Tecnolgica: rgo ou entidade da administrao pblica ou entidade privada sem fins lucrativos que tenha como misso institucional, dentre outras, executar atividades de pesquisa bsica ou aplicada de carter cientfico ou tecnolgico. VIII - Rede: instituies estruturadas de forma organizada para atingir objetivos comuns, atravs do desenvolvimento de projetos ou aes conjuntas e complementares, com a troca de experincias e informaes, necessitando de uma coordenao para sua operacionalizao e acompanhamento. IX - Convnio: instrumento voltado pesquisa cientfica, tecnolgica e de inovao que disciplina a transferncia de recursos financeiros e que tenha como partcipe de um lado o concedente e de outro, rgo ou entidade da administrao pblica estadual, distrital ou municipal, direta ou indireta, ou ainda, entidades privadas sem fins lucrativos, em regime de mtua cooperao. X - Termo de Cooperao: instrumento voltado pesquisa cientfica, tecnolgica e de inovao que disciplina a descentralizao de crdito entre o concedente e rgos e entidades da administrao pblica federal, direta e indireta, sem a necessidade de exigncia de contrapartida. XI - Contrapartida: aporte financeiro ou no financeiro do convenente, acordante ou executor(es) para a execuo do objeto do convnio, termo de cooperao ou acordo de cooperao. XII - Outros aportes: aporte financeiro ou no financeiro, de partcipes do projeto, excetuando-se o convenente, acordante e executor. XIII - Chamada Pblica: instrumento de seleo de propostas aberto a qualquer interessado qualificado baseado em critrios pr-estabelecidos podendo contemplar uma ou mais fases. XIV - Carta-convite: instrumento de seleo de propostas atravs de convite a instituies, identificadas segundo critrios de singularidade, capacitao e

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competncia pr-estabelecidos, para apresentao de propostas, podendo contemplar uma ou mais fases. XV - Encomenda: instrumento destinado a aes especficas de execuo de polticas pblicas, tendo como requisitos a criticidade e/ou especificidade do tema, a singularidade da instituio ou a existncia de competncia restrita, podendo ter, entre outras caractersticas, a vinculao a prioridades de programas de governo e/ou programas estratgicos da rea de cincia, tecnologia e inovao ou a urgncia no seu desenvolvimento. XVI - Proposta: documento que contm os dados necessrios avaliao do projeto candidato ao apoio, para o desenvolvimento de pesquisa, desenvolvimento e inovao; prestao de servios tecnolgicos e de interesse social; aquisio de bens; infraestrutura e capacitao de recursos humanos para o sistema nacional de cincia, tecnologia e inovao; eventos, dentre outros, inclusive os previstos na Lei n 11.540/07. XVII - Plano de Trabalho: documento que descreve o contedo aprovado da proposta e que ser objeto do apoio financeiro, tornando-se o documento base para a execuo, gesto dos recursos e acompanhamento do projeto. XVIII - Objeto: situao que se deseja obter ao final do perodo de execuo do projeto, atividade, servio, aquisio de bens ou evento, mediante a aplicao dos recursos transferidos e observado o plano de trabalho.

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MDULO 2 ORIENTAES AO CLIENTENeste mdulo foram elaboradas informaes direcionadas aos clientes FINEP visando facilitar e orientar quanto aos procedimentos que so realizados nas diferentes etapas de seu relacionamento com esta Financiadora. A FINEP possui Servio de Apoio ao Cliente (SEAC) acessvel atravs do endereo eletrnico [email protected] ou pelo atendimento telefnico de segunda sextafeira no horrio comercial - 21-2555-0555

2.1 APRESENTAO DE PROPOSTASAs instituies podem obter recursos no reembolsveis para o apoio a projetos de P,D & I atravs de Chamada Pblica, carta convite ou encomendas. As Chamadas Pblicas, Cartas-Convite e Encomendas se originam de Termos de Referncia conforme mencionado no Mdulo 1 deste Manual. As propostas devem ser encaminhadas atravs de Formulrio para Apresentao de Proposta (FAP) especfico, em formato digital e preenchidas conforme instrues do Manual de Preenchimento que integra o referido formulrio. Nas Chamadas Pblicas, o FAP disponibilizado no stio eletrnico da FINEP www.finep.gov.br - at a data limite de envio eletrnico da proposta. No caso de Cartas-Convite e Encomendas, o FAP disponibilizado atravs de correio eletrnico enviado ao responsvel pelo preenchimento da proposta a ser apresentada FINEP. Juntamente com o FAP, fornecida uma senha para envio eletrnico, com prazo estabelecido. Para as encomendas, a disponibilizao do FAP precedida de aprovao de termo de referncia pelas instncias decisrias. O contedo das propostas deve contemplar as seguintes informaes bsicas:

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1 Caracterizao: Dados cadastrais das instituies partcipes e do coordenador do projeto; Dados institucionais, incluindo competncias de cada uma das instituies envolvidas; Dados do projeto: Descrio do projeto, resultados e impactos previstos, resumo da equipe executora, resumo do oramento. 2 - Detalhamento: Cronograma fsico; Equipe executora; Oramentos e cronogramas de desembolsos (Solicitado, Contrapartida e Outros Aportes); Bolsas. 3 Informaes complementares: conforme orientaes do Manual de Preenchimento do FAP.

A partir do conjunto de informaes apresentadas ser gerado o Plano de Trabalho. O proponente deve observar os requisitos gerais e especficos para apresentao de propostas expressos na Chamada Publica, Carta-Convite ou no Termo de Referncia da Encomenda. Recomenda-se a leitura do manual de preenchimento do FAP. Aps o completo preenchimento, envio e recebimento do FAP via internet, a FINEP emite um recibo eletrnico com o nmero de protocolo e informaes complementares, que ser utilizado para identificao durante as fases iniciais da avaliao da proposta pela FINEP. A emisso do recibo a garantia do recebimento eletrnico da proposta pela FINEP.

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Adicionalmente, necessrio o envio de cpia impressa do FAP, idntica verso enviada eletronicamente, na forma estabelecida no manual de preenchimento do FAP. O recebimento da proposta nas verses eletrnica e impressa requisito para o incio do processo de anlise. As datas limite para o envio eletrnico, bem como o encaminhamento de cpias impressas, so estabelecidos na Chamada Pblica ou Carta-Convite. No caso das encomendas, o prazo de envio da proposta informado ao se disponibilizar o FAP. Os requisitos estabelecidos em Chamadas Pblicas e Cartas-Convite e termos de referncia de Encomenda devem ser integralmente observados pelo proponente, sob pena de comprometimento da avaliao e eventual desqualificao do projeto.

RECOMENDAES PARA ELABORAO DE PROPOSTA ORAMENTRIA Para fins de correta classificao de itens nas rubricas oramentrias recomendamos consultar as Portarias STN 163 e 448 em www.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/leg_contabilidade.asp Informar cotaes de moedas para clculo de valores de itens importados Os valores dos itens solicitados devem ser compatveis com aqueles praticados no mercado Quando no financeira, a contrapartida dever ser apresentada na forma de bens, recursos humanos, insumos e servios, dentre outras despesas, com memrias de clculo que permitam mensurar economicamente o valor a ser aportado e a sua comprovao em prestaes de contas. http://

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2.2 ANLISE E JULGAMENTO DAS PROPOSTAS E DIVULGAO DE RESULTADOSa) Chamadas Pblicas e Cartas-Convite As propostas apresentadas em resposta s Chamadas Pblicas e Cartas-Convite tm processo de anlise e julgamento composto por avaliao de mrito e anlise tcnicojurdica, detalhadas segundo as especificidades estabelecidas no respectivo instrumento. A avaliao de mrito das propostas tem carter classificatrio e realizada por Comits de Avaliao, formados por consultores ad hoc e analistas da FINEP, com base em critrios especficos determinados no instrumento de chamamento pblico. A anlise tcnico-jurdica das propostas contempla aspectos tcnicos, tais como a adequao de metodologias, metas, atividades, indicadores, prazos, equipe executora, oramentos e cronogramas de desembolsos, bem como a elegibilidade das instituies participantes, documentao necessria contratao e adequao legislao vigente. Durante o processo de anlise, o coordenador do projeto ou dirigentes das instituies participantes podero ser contatados pela FINEP para esclarecimentos necessrios ou apresentao de documentos complementares. Encerrados estes procedimentos, todas as propostas so submetidas apreciao da Diretoria Executiva da FINEP para deliberao. O resultado publicado no stio eletrnico da FINEP, no Dirio Oficial da Unio e informado atravs de carta aos proponentes. Prazo Estimado desta Etapa: 100 (cem) dias 2 Com base na Lei n 9784/99, a instituio proponente poder apresentar recurso s decises, atravs de correspondncia formal, dirigida ao Presidente da FINEP, at 10 dias teis aps a divulgao do resultado.

2 Contados a partir do recebimento efetivo das cpias eletrnicas e impressas da proposta.

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b) Encomendas A avaliao das encomendas considera a aderncia da proposta ao respectivo Termo de Referncia, a consistncia e adequao tcnica para atingir os objetivos da proposta, metodologias, metas, atividades, indicadores, prazos, equipe executora, oramentos e cronogramas de desembolsos, bem como a elegibilidade das instituies participantes, documentao necessria contratao e adequao legislao vigente. Durante o processo de anlise, os coordenadores dos projetos ou dirigentes das instituies participantes podero ser contatados pela FINEP para esclarecimentos necessrios ou apresentao de documentos complementares. A anlise tcnica poder ser complementada por pareceres de consultores ad hoc, caso necessrio. Como resultado da anlise as informaes so consolidadas no Plano de Trabalho que se constituir no documento bsico para o acompanhamento do projeto. As propostas analisadas so submetidas apreciao da Diretoria Executiva da FINEP para deliberao. O resultado comunicado atravs do envio de correspondncia ao dirigente da instituio proponente. Os Planos de Trabalho das propostas aprovadas podero ser implementadas atravs de convnios ou termos de cooperao. O Plano de Trabalho de convnio conter: I - dados cadastrais das instituies partcipes; II - objeto a ser executado, ttulo do projeto e justificativa da proposio; III - prazo de execuo fsica e financeira do objeto; IV - cronograma fsico de execuo do objeto, com a descrio das metas a serem atingidas e definio das etapas, fases ou atividades e indicadores fsicos de execuo;

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V - cronograma de desembolso dos recursos aprovados, da contrapartida e de outros aportes financeiros; VI - plano de aplicao dos recursos a serem desembolsados pelo concedente e da contrapartida e outros aportes financeiros e no financeiros, se for o caso; VII - relao da equipe executora; e VIII - relao de itens apoiados e sua destinao. O plano de trabalho de termo de cooperao dever conter, no mnimo: I - dados cadastrais das instituies partcipes; II - descrio do objeto a ser executado, ttulo do projeto, perodo de execuo e justificativa da proposio; III - cronograma fsico de execuo do objeto; e IV - cronograma de desembolso dos recursos aprovados, da contrapartida e de outros aportes financeiros; Prazo Estimado desta Etapa: 100 (cem) dias 3

2.3 CELEBRAO DE CONVNIOS E TERMOS DE COOPERAO

Os instrumentos jurdicos firmados pela FINEP podem ter como fundamento os seguintes diplomas normativos: a. Instruo Normativa da STN 01/97 b. Portaria Interministerial 127/08 c. Instruo Normativa CDFNDCT N 01/10 (Conselho Diretor do Fundo Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico) Os Convnios e Termos de Cooperao celebrados estabelecem as obrigaes especficas conforme a legislao aplicvel indicada no contedo do instrumento.

3 Contados a partir do recebimento efetivo das cpias eletrnicas e impressas da proposta.

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2.3.1 REQUISITOS BSICOS PARA CELEBRAO DE CONVNIOS E TERMOS DE COOPERAOa) Documentao necessria celebrao de convnio ou termo de cooperao i. Regimento Interno ou o Estatuto do Proponente ou Ato Constitutivo do Proponente e demais partcipes com eventuais alteraes, caso ainda no conste do Arquivo de Documentos Institucionais da FINEP; ii. Ato de designao dos representantes legais do Proponente e demais partcipes, caso ainda no conste do Arquivo de Documentos Institucionais da FINEP; iii.Certido Negativa de Dbitos de Tributos e Contribuies Federais expedida pela Secretaria da Receita Federal, que pode ser extrada via internet; iv. Certido quanto Dvida Ativa da Unio, emitida pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional do Ministrio da Fazenda; que pode ser extrada via internet, v. Certido Negativa de Dbitos expedida pelo INSS, que pode ser extrada pela internet, ou certido positiva com efeitos de negativa; e, se for o caso, Certido de Regularidade Previdenciria emitida pelo Ministrio da Previdncia Social. vi. Certificado de Regularidade de Situao perante o Fundo de Garantia por Tempo de Servio, fornecido pela Caixa Econmica Federal, que pode ser extrada via internet. vii. Declarao expressa de adimplncia do convenente / acordante de que no se encontra em mora nem em dbito junto a qualquer rgo ou entidade da Administrao Pblica Federal, em papel timbrado da instituio. viii. No caso de participao financeira de rgo ou entidade pertencente a administrao pblica estadual, municipal ou distrital, dever ser demonstrada a sua previso no oramento anual. ix. Consulta direta realizada pela FINEP junto ao Cadastro de Inadimplentes (CADIN).

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x. Quando o convenente for Instituio Pblica (Estado, Municpio, Distrito Federal): consulta, pela FINEP, ao subsistema do SIAFI denominado Cadastro nico de Exigncias para Transferncias Voluntrias para Estados, Municpios e Distrito Federal (CAUC). xi. Consulta direta realizada pela FINEP junto ao Sistema Integrado de Administrao Financeira (SIAFI). xii. As instituies privadas sem fins lucrativos devero comprovar funcionamento regular na forma estabelecida pela LDO Documentos complementares podero ser solicitados ao proponente, em atendimento a exigncias da Lei de Diretrizes Oramentrias, do diploma normativo de referncia ou conforme o objeto do convnio ou termo de cooperao, como, por exemplo, quando houver execuo de obras, instalaes ou benfeitorias e aquisio de bens permanentes.

2.3.2

PROCEDIMENTOS PARA CELEBRAO DO CONVNIO E

TERMO DE COOPERAOAps a aprovao da proposta de financiamento pela Diretoria Executiva da FINEP, sero enviados ao proponente, por via eletrnica, a minuta do convnio ou termo de cooperao e seu respectivo plano de trabalho. Os representantes legais das instituies partcipes devero assinar a documentao, conforme instrues na carta de encaminhamento, e devolver FINEP no prazo estabelecido. Nos casos de termos de cooperao firmados para a execuo direta por parte do acordante de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovao, especialmente os selecionados atravs de chamamento pblico, a FINEP poder estabelecer que o plano de trabalho contenha os itens aplicveis a convnios. Cabe aos partcipes do projeto a verificao do plano de trabalho, em funo de possveis alteraes, incluses ou excluses da proposta original.MANUAL DE CONVNIOS E TERMOS DE COOPERAO 2010

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Para convnios e termos de cooperao firmados com base na Instruo Normativa CDFNDCT N 1/10 e no caso especfico de arranjo institucional para a execuo do projeto, composto por 3 (trs) ou mais instituies executoras, ou ainda na forma de rede, as instituies executoras podero, desde que previamente autorizado pela FINEP, assinar termo de adeso ao convnio ou termo de cooperao, na forma estabelecida e comunicada ao convenente / acordante. Adicionalmente, sero enviados pela FINEP formulrios de dados cadastrais do ordenador de despesas e, no caso de convnios, de conta corrente exclusiva para transferncia dos recursos da FINEP.

ORIENTAES PARA ABERTURAS DE CONTAS DE CONVNIOS: O convenente dever providenciar abertura de conta bancria exclusiva para a transferncia dos recursos da FINEP, junto ao Banco do Brasil S.A. ou Caixa Econmica Federal ou, ainda, outra instituio bancria cujo controle acionrio seja da Unio; O convenente, salvo se integrante de conta nica*, dever providenciar abertura de conta bancria exclusiva para a movimentao de recursos de contrapartida financeira, junto ao Banco do Brasil S.A. ou Caixa Econmica Federal ou, ainda, outra instituio bancria cujo controle acionrio seja da Unio; O convenente dever providenciar abertura de conta bancria exclusiva para a movimentao de recursos de outros aportes financeiros ao projeto, junto ao Banco do Brasil S.A. ou Caixa Econmica Federal ou, ainda, outra instituio bancria cujo controle acionrio seja da Unio; vedada a utilizao de contas correntes j existentes.

* Conta nica do Tesouro Nacional: Conta mantida junto ao Banco Central do Brasil e operada pelo Banco do Brasil ou bancos alternativos, destinada a acolher as disponibilidades financeiras de rgos e Entidades da Administrao Pblica da Unio e Estados.

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Em caso de termo de cooperao, os recursos sero geridos na conta nica, atravs do Sistema Integrado de Administrao Financeira - SIAFI. A documentao recebida ser analisada pela rea jurdica. Caso esteja em conformidade e aps verificao da regularidade fiscal do proponente, o convnio ou termo de cooperao ser formalizado pelos representantes legais da FINEP. Posteriormente, o extrato ser publicado no Dirio Oficial da Unio e as vias do convnio ou termo de cooperao sero encaminhadas aos partcipes. No momento da contratao, convnio ou termo de cooperao recebe uma numerao que dever ser usada em todas as comunicaes com a FINEP. A eficcia do convnio ou termo de cooperao fica condicionada publicao do respectivo extrato no Dirio Oficial da Unio, que ser providenciada pela FINEP. O convenente ou acordante dever disponibilizar, por meio da rede mundial de computadores ou, na sua falta, em sua sede, em local de fcil visibilidade, consulta ao extrato do instrumento utilizado, contendo, pelo menos, objeto, a finalidade, os valores e as datas de liberao e detalhamento da aplicao dos recursos.

RECOMENDAES AOS CONVENENTES E ACORDANTES PARA O PROCESSO DE CONTRATAO: O convenente / acordante deve atentar para a manuteno da regularidade fiscal, antes e aps a efetivao do instrumento contratual; O convenente ou acordante no poder ser alterado aps a primeira liberao, salvo em casos excepcionais, mediante anlise e aprovao pela Diretoria Executiva da FINEP; O acordante s poder efetuar o empenho do oramento descentralizado aps a celebrao do termo de cooperao; Prazo Estimado desta Etapa: 30 (trinta) dias, a partir do recebimento da documentao completa e regular do convenente/acordante.

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2.4 ORIENTAES GERAIS PARA LIBERAO DE RECURSOS FINANCEIROSA liberao dos recursos obedecer ao cronograma de desembolso previsto no Plano de Trabalho. importante salientar que para evitar qualquer atraso no recebimento dos recursos, a conta bancria exclusiva do convnio dever estar ativa e as informaes completas e atualizadas (agncia e conta-corrente com dgitos). A liberao das parcelas ocorrer de acordo com a disponibilidade de recursos na FINEP e o cumprimento de condicionantes estabelecidas no convnio ou termo de cooperao. Os recursos desembolsados para convnios, enquanto no empregados na sua finalidade, devero ser obrigatoriamente aplicados: I - em caderneta de poupana de instituio financeira pblica federal, se a previso de seu uso for igual ou superior a um ms; e II - em fundo de renda fixa lastreado em ttulo da dvida pblica, quando sua utilizao estiver prevista para prazos menores. Os rendimentos das aplicaes financeiras devero ser obrigatoriamente aplicados no objeto do convnio, estando sujeitos s mesmas condies de prestao de contas exigidas para os recursos transferidos.

2.4.1

CONDIES PARA LIBERAO DAS PARCELAS DE

RECURSOSA liberao da 1a parcela ser automtica, exceto no caso de haver condicionantes, estabelecidas no instrumento contratual. Estas condicionantes so analisadas pelas reas tcnica, jurdica e financeira da FINEP, conforme apropriado ao contexto.

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Quando o plano de trabalho envolver obras e benfeitorias, a FINEP poder proceder liberao parcial dos recursos no vinculados ao atendimento de condicionante especfica de apresentao de projeto bsico. A apresentao de projeto bsico ser condicionante somente para a liberao dos recursos relativos respectiva obra ou benfeitoria de imvel. Para o recebimento das parcelas o convenente ou acordante dever estar em situao regular com a Unio. No caso de projetos com arranjo institucional composto por 3(trs) ou mais instituies executoras: com liberao em parcela nica, esta ser condicionada apresentao de todos os termos de adeso ao convnio ou termo de cooperao. com liberao em 2(duas) ou mais parcelas, a liberao da 2a parcela ser condicionada apresentao de todos os termos de adeso ao convnio ou termo de cooperao. Neste caso, o convenente ou acordante no poder repassar recursos j liberados, bens e servios ao executor com pendncia de apresentao de termo de adeso. A partir da 2 parcela, ser necessrio o encaminhamento formal por parte da instituio convenente / acordante de solicitao de liberao FINEP. Para liberao a partir da 3a parcela prevista no cronograma de desembolso devero ser aprovadas pelas reas competentes da FINEP (tcnica e financeira) as prestaes de contas tcnicas e financeiras referentes aos recursos da 1a parcela do cronograma de desembolso e assim sucessivamente para as demais. As prestaes de contas financeiras devero contemplar os recursos do concedente, a contrapartida financeira e outros aportes de recursos ao projeto, quando previstos no plano de aplicao. Demais condicionantes para liberao de recursos so definidas no instrumento contratual, em conformidade com as exigncias dos diplomas legais e normativos de referncia.

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Por ocasio da anlise da solicitao de liberao, quaisquer impedimentos e pendncias sero informados ao convenente / acordante, para a devida regularizao. No caso de omisso, inconsistncia, irregularidade ou impropriedade observadas nas execues fsica e financeira do convnio ou termo de cooperao e do no cumprimento de prazos para as medidas saneadoras, as liberaes podero ser suspensas, assim como podero ser tomadas, por parte da FINEP, as providncias cabveis, na forma prevista no instrumento contratual e nos diplomas legais e normativos de referncia. As parcelas podero, circunstancialmente, ser liberadas parcialmente, em funo de limitaes oramentrias ou financeiras. Para as complementaes de parcelas, no so necessrios reenvios de solicitaes, cabendo FINEP o processamento das liberaes. Entretanto, no caso de liberaes parciais por questes de ordem tcnica do projeto, caber ao convenente ou acordante reenviar a solicitao de liberao para nova anlise. No caso de concesso de recursos adicionais ao projeto, o valor concedido ser acrescido ao plano de aplicao e cronograma de desembolso, na forma de novas parcelas, cujas liberaes seguem os procedimentos supracitados. O prazo estimado para a liberao de 30 (trinta) O prazo estimado para a liberao de 30 (trinta) dias4 O convenente / acordante receber da FINEP correspondncia comunicando o crdito na conta do convnio / conta nica. Os recursos financeiros devero estar disponveis na conta do convnio 48 (quarenta e oito) horas aps a emisso da ordem bancria.

4 Havendo disponibilidade financeira e considerando-se o cumprimento das condicionantes contratuais e a aprovao das execues tcnica e financeira, conforme apropriado.

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2.5 EXECUO DE CONVNIOS E TERMOS DE COOPERAOA execuo do convnio e termo de cooperao dever observar as seguintes diretrizes: a) Alinhamento ao Plano de Trabalho, relao de itens e relao de equipe executora aprovados. b) Cumprimento dos prazos de execuo fsica e financeira, de prestaes de contas e das clusulas estabelecidas no instrumento contratual.

2.5.1 ALTERAES DE CLUSULAS CONTRATUAISQualquer alterao nas clusulas de convnios e termos de cooperao dever ser solicitada e devidamente justificada FINEP. Caber a FINEP avaliar e deliberar sobre o pleito. A alterao somente ser efetivada aps a sua aprovao formal. As propostas de alteraes de clusulas contratuais devero ser apresentadas, no mnimo, 30 (trinta) dias antes do trmino da vigncia (prazo de execuo fsica e financeira) do convnio ou termo de cooperao ou obedecendo-se aos prazos neles estipulados. So alteraes de clusulas contratuais, entre outras: a) Prorrogao de prazos - A solicitao dever ser fundamentada e encaminhada no prazo mnimo estabelecido no convnio ou termo de cooperao, para anlises tcnica e jurdica. Os convnios aprovados aps 19 de maio de 2008, somente podero ser prorrogados at 60 (sessenta) meses, vedada a sua prorrogao por perodo superior ao dobro do inicialmente contratado. Em casos excepcionais tal prazo poder ser excedido desde que devidamente justificado e autorizado pela FINEP. A prorrogao de prazo acarretar na elaborao de carta aditiva.

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b) Alterao de valor e forma de Contrapartida e Outros Aportes - A solicitao dever ser fundamentada e encaminhada FINEP, para anlise tcnica e deliberao. Caso aprovada, acarretar na elaborao de termo aditivo. c) Arranjo Institucional - A solicitao de incluso e excluso de partcipe, exceto convenente ou acordante, com a anuncia dos envolvidos na alterao, dever ser fundamentada e encaminhada FINEP e, caso aprovada, acarretar na elaborao de termo aditivo. d) Concesso de Recursos Adicionais - A solicitao dever ser

fundamentada e encaminhada FINEP, para anlise e submisso respectiva instncia gestora dos recursos. Caso aprovada, procede-se apresentao de proposta para deliberao da FINEP e elaborao de termo aditivo. Somente sero publicados no Dirio Oficial da Unio os extratos dos aditivos que alterem o valor ou ampliem a execuo fsica do objeto, vedada a alterao da sua natureza.

2.5.2

ALTERAES DE PLANO DE TRABALHO

So alteraes de plano de trabalho: a) Dados cadastrais Alteraes referentes s qualificaes das pessoas fsicas (dirigentes) e jurdicas devem ser formalmente comunicadas FINEP. No caso de substituio do coordenador do projeto, adotar procedimento descrito no item 2.5.2 (d). b) Relao de Itens dos recursos do concedente, no caso de convnios b.1) Incluso, excluso ou alterao de itens (descrio, finalidade, quantidades e valores) sem remanejamento financeiro (realocao de recursos entre elementos de despesas) - devero ser formalmente

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apresentadas, justificadas e detalhadas no anexo A8 do formulrio de acompanhamento financeiro, disponibilizado no stio eletrnico: http:// www.finep.gov.br. A proposta de reformulao da relao de itens dever ser encaminhada previamente execuo da despesa, em tempo hbil para a sua anlise e aprovao pela FINEP, no mnimo, 60 (sessenta) dias antes do trmino de vigncia do instrumento. No podero ser alterados ou excludos itens de despesa j adquiridos ou contratados. b.2) Alteraes da relao de itens apoiados, com remanejamento financeiro - devero ser formalmente apresentadas, justificadas e detalhadas nos anexos A7, A8 e A9 do formulrio de acompanhamento financeiro, disponibilizado no stio eletrnico: http://www.finep.gov.br. A proposta de remanejamento financeiro dever ser encaminhada previamente execuo da despesa, em tempo hbil para a sua anlise e aprovao pela FINEP, no mnimo, 60 (sessenta) dias antes do trmino de vigncia do instrumento. No podero ser alterados ou excludos itens de despesa j adquiridos ou contratados. b.2.1) No caso de convnios firmados com base na IN CDFNDCT 01/10, o convenente fica dispensado de solicitar previamente o remanejamento financeiro dentro da mesma categoria econmica (despesas correntes ou de capital) e atendidos os seguintes requisitos: I - no alterar o objeto do convnio; II - estar compreendida dentro do limite mximo de 30% (trinta por cento) do valor inicialmente aprovado para cada categoria econmica; e

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III - no alterar o percentual aprovado para despesas operacionais e administrativas. O remanejamento financeiro dever observar a legislao vigente e as regras e vedaes expressas no instrumento de chamamento pblico e no convnio. Por ocasio da prestao de contas, dever ser encaminhada relao de itens atualizada, constando as alteraes efetuadas, para fins de anlise tcnica quanto pertinncia aos objetivos do projeto. b.2.2) Somente ser permitido remanejamento de recursos entre categorias econmicas (despesas correntes e de capital) do plano de aplicao, se atendidos os seguintes requisitos, cumulativamente: i. Ter recursos a serem liberados; ii. Haver recursos suficientes na categoria econmica da qual os recursos sero subtrados, considerando-se o saldo a ser liberado. c) Relao de Itens dos recursos do concedente, no caso de termos de cooperao - As regras estabelecidas para os convnios se aplicam aos termos de cooperao, excetuando-se o disposto no item b.2.1. Os remanejamentos de recursos entre categorias econmicas e elementos de despesas devem obedecer aos procedimentos do SIAFI. d) Equipe Executora - Havendo necessidade de alterao da equipe executora, devero ser observados os seguintes procedimentos: i. Coordenador do projeto e subprojeto - envio de solicitao FINEP, contendo os dados cadastrais, a justificativa da alterao e o currculo resumido do candidato. A efetiva alterao dever ser previamente aprovada pela FINEP. ii. Equipe tcnica - envio de solicitao FINEP, contendo nome, CPF, funo a ser exercida no projeto, perodo, currculo resumido e a justificativa da alterao. A efetiva alterao dever ser previamente aprovada pela FINEP.34MANUAL DE CONVNIOS E TERMOS DE COOPERAO 2010

iii.

Equipe de apoio administrativo as alteraes da equipe de apoio

administrativo devem ser informadas FINEP. e) Metas, atividades, indicadores e prazos do cronograma fsico As alteraes do Plano de Trabalho relacionadas a estes itens podero ser solicitadas desde que no haja comprometimento do objeto do convnio / termo de cooperao. O novo cronograma fsico dever ser apresentado, com as devidas justificativas. A efetiva alterao dever ser previamente aprovada pela FINEP. f) Antecipao de parcelas - O convenente / acordante poder submeter avaliao da FINEP pedido de antecipao de parcela, durante a execuo do convnio / termo de cooperao, desde que devidamente justificado.

2.5.3 ALTERAES DE BOLSAS DE DESENVOLVIMENTOAs solicitaes de alteraes na relao de bolsas e de bolsistas, bem como de categorias e prazos, devem ser encaminhadas diretamente ao CNPq, rgo responsvel pela contratao e implementao. No caso de alteraes de categorias e prazos, o convenente ou acordante dever observar as regras estabelecidas no instrumento de chamamento pblico e os requisitos definidos pela CNPq. Os prazos de implementao das bolsas esto limitados vigncia do convnio ou termo de cooperao (e suas respectivas prorrogaes, quando aprovadas pela FINEP) e aos recursos aprovados. vedado remanejamento de recursos do plano de aplicao do projeto para pagamento de bolsas.

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2.5.4 ORIENTAES PARA EXECUO FINANCEIRA DE CONVNIOS E TERMOS DE COOPERAOA execuo financeira dos recursos do convnio ou termo de cooperao por parte do convenente ou acordante dever obedecer aos seguintes requisitos: a) Os documentos comprobatrios das despesas realizadas com recursos transferidos pela FINEP devem ser identificados, atravs de meno explcita ao nmero do convnio ou termo de cooperao no prprio documento fiscal ou equivalente. b) Os equipamentos e materiais permanentes adquiridos com recursos transferidos pela FINEP devero ser objeto de controle pelo convenente, acordante ou executores, evidenciado-se em seus registros a propriedade da FINEP, at que seja procedida a sua doao nos termos estabelecidos pela legislao que regula a matria e pelo instrumento contratual. c) O pagamento de dirias, passagens e despesas com locomoo podem ser realizados somente para integrantes da equipe executora e colaboradores eventuais como consultores, instrutores, palestrantes, tcnicos, entre outros participantes de atividades previstas no contexto das metas fsicas do plano de trabalho aprovado. d) A rubrica Vencimentos e Vantagens Fixas refere-se a despesas com: Salrio (remunerao percebida); adicional de frias, aviso prvio cumprido, frias vencidas e dcimo terceiro salrio. e) A rubrica Obrigaes Patronais refere-se a despesas com: FGTS, INSS, PIS e outras contribuies sociais obrigatrias, previstas na Legislao Trabalhista. f) O custeio de benefcios tais como vale alimentao, plano de sade, dentre outros, quando aprovado, deve estar previsto e explicitado na rubrica Outros Servios de Terceiros Pessoa Jurdica.

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g) O adiantamento de caixa (Suprimento de Fundos) permitido somente para realizao de despesas de custeio eventuais, de pequeno vulto, que exijam pronto pagamento e que, pela sua excepcionalidade, no possam ser realizadas conforme processo normal de aquisio. Esta modalidade deve estar prevista em norma interna da Instituio, com regras claras sobre sua utilizao. Os valores de suprimento de fundos e cada despesa devem observar os limites estabelecidos em norma expedida pelo Ministrio da Fazenda. Todas as despesas realizadas devero ter documento fiscal e os gastos devero estar discriminados na prestao de contas, sendo eventuais saldos devolvidos conta do convnio. Quando da utilizao de suprimento de fundos necessrio observar se no se trata de contrataes de um mesmo objeto, passveis de planejamento, e que, ao longo do exerccio, possam vir a ser caracterizadas como fracionamento de despesa e, conseqentemente, como fuga cotao prvia de preos de mercado. Excepcionalmente e caso ocorra atraso na liberao de recursos durante a vigncia do instrumento que no possa ser imputado aos convenentes, executores ou intervenientes, os gastos previstos no Plano de Trabalho relativos s parcelas em atraso, podero ser ressarcidos, desde que necessrios continuidade do objeto. h) Os pagamentos devem ser realizados da conta corrente especfica do projeto para o credor, sendo vedado o ressarcimento ou reembolso de despesas, exceto no caso de dirias e vencimentos e obrigaes patronais, desde que haja a devida comprovao dos gastos. A movimentao financeira para fins de ressarcimento dever ser especfica e realizada a cada pagamento efetuado; i) As aquisies de bens e contrataes de servios por rgos e entidades da administrao pblica federal, estadual ou municipal, direta e indireta, devero observar as disposies contidas na Lei Federal de Licitaes e Contratos Administrativos e demais normas federais pertinentes ao assunto.

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Para aquisio de bens e servios comuns, ser obrigatrio o uso da modalidade prego, nos termos da Lei n 10.520, de 17 de julho de 2002, e do regulamento previsto no Decreto n 5.450, de 31 de maio de 2005, sendo utilizada preferencialmente a sua forma eletrnica. A inviabilidade da utilizao do prego na forma eletrnica dever ser devidamente justificada pela autoridade competente do convenente ou acordante. j) Para a aquisio de bens e contratao de obras e servios com recursos do concedente, as entidades privadas sem fins lucrativos devero realizar, no mnimo, cotao prvia de preos no mercado, observados os princpios da impessoalidade, moralidade e economicidade e dever conter, no mnimo, oramentos de trs fornecedores, ressalvados os casos de dispensa e inexigibilidade previstos na legislao federal vigente. k) Para fins de enquadramento nos valores limites de dispensa, estabelecidos pela lei 8666/93, deve-se considerar o montante destinado ao objeto de gasto durante o exerccio fiscal. A caracterizao do objeto de gasto tem como referncia a portaria interministerial 163/01 e suas alteraes; l) O processo de aquisio de bens e contratao de obras e servios de entidades privadas, sem fins lucrativos com recursos do concedente, dever conter, no mnimo, os seguintes elementos: I - os documentos relativos cotao prvia de preos ou as razes que justificam a sua desnecessidade com fundamento em texto normativo; II - elementos que definiram a escolha do fornecedor ou executante e justificativa do preo; III - comprovao do recebimento da mercadoria, servio ou obra; e IV - documentos contbeis relativos ao pagamento. As entidades privadas sem fins lucrativos podero utilizar-se do sistema de registro de preos da Unio e dos entes federados, observando-se a legislao pertinente.38MANUAL DE CONVNIOS E TERMOS DE COOPERAO 2010

ORIENTAES ESPECFICAS PARA EXECUO FINANCEIRA DE CONVNIOS E TERMOS DE COOPERAO Os processos de dispensa ou inexigibilidade de licitao devem ser embasados com pareceres tcnico e jurdico, ratificados pela autoridade mxima da instituio convenente ou acordante e acompanhados de justificativa de preos. Para efeito de aplicao do art.24, inciso XXI, da Lei 8666/93, consideram-se bens os itens classificados nos elementos de despesa material de consumo e equipamento e material permanente; no se enquadram servios pessoa fsica e jurdica; Para efeito de aplicao do art.25, inciso II, da lei 8666/93, deve-se observar: a. os servios passveis de enquadramento, conforme art.13; e b. a fundamentao da notria especializao.

2.5.4.1 CONDUTAS VEDADASa) Realizar despesas a ttulo de taxa de administrao, de gerncia ou similar; b) Pagar, a qualquer ttulo, servidor ou empregado pblico, integrante de quadro de pessoal de rgo ou entidade pblica da administrao direta ou indireta por servios de consultoria ou assistncia tcnica, salvo nas hipteses previstas em leis especficas e na Lei de Diretrizes Oramentrias; c) Alterar o objeto do convnio ou termo de cooperao, exceto no caso de ampliao da execuo do objeto pactuado ou para reduo ou excluso de meta, sem prejuzo da funcionalidade do objeto contratado;

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d) Utilizar, ainda que em carter emergencial, os recursos para finalidade diversa da estabelecida no instrumento, ressalvado o custeio da implementao das medidas de preservao ambiental inerentes s obras constantes do Plano de Trabalho; e) Realizar despesas em data anterior vigncia do instrumento, salvo excepcionalmente para convnios e termos de cooperao firmados com base na IN CDFNDCT 01/10 e despesas cobertas por outros aportes, desde que expressamente autorizadas pela concedente; f) Efetuar pagamento em data posterior vigncia do instrumento, salvo para convnios firmados com base na Portaria Interministerial 127/08 e na IN CDFNDCT 01/10, para despesas expressamente autorizadas pela FINEP, considerando-se que o fato gerador da despesa tenha ocorrido durante a vigncia do instrumento pactuado; g) Realizar despesas com taxas bancrias, multas, juros ou correo monetria, inclusive referentes a pagamentos ou recolhimentos fora dos prazos, exceto, no caso de convnios regidos pela Portaria Interministerial 127/08 e IN CDFNDCT 01/ 10 no que se refere s multas, se decorrentes de atraso na transferncia de recursos pelo concedente, e desde que os prazos para pagamento e os percentuais sejam os mesmos aplicados no mercado; h) Transferir recursos para clubes, associaes de servidores ou quaisquer entidades congneres, exceto para creches e escolas para o atendimento pr-escolar; i) Realizar despesas com publicidade salvo as de carter educativo, informativo ou de orientao social, da qual no constem nomes, smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal e desde que previstas no Plano de Trabalho.

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2.5.4.2 DESPESAS OPERACIONAIS E ADMINISTRATIVAS DE CARTER INDIVISVELOs recursos destinados a despesas operacionais e administrativas de carter indivisvel devem ser utilizados para custear os gastos indivisveis, usuais e necessrios consecuo do objeto do convnio ou termo de cooperao, no podendo remunerar qualquer dos partcipes. Os convnios e termos de cooperao podero prever despesas operacionais e administrativas de carter indivisvel, na forma da Lei n 10.973/04, denominada Lei da Inovao, at o limite de 5% (cinco por cento) do valor do total de recursos federais aprovados, excluindo o valor destinado a bolsas, desde que expressamente autorizadas e demonstradas no respectivo Plano de Trabalho. No caso de convnios, os recursos podero ser sacados da conta especfica e creditados na conta do convenente. Este obrigar-se- a emitir recibo, informando tratar-se de Recursos referentes Despesas Operacionais e Administrativas de Carter Indivisvel, os quais sero utilizados para custear os gastos indivisveis, usuais e necessrios consecuo do objeto do convnio. O referido recibo dever ser assinado pelo Dirigente da instituio ou pelo ordenador de despesas do convnio formalmente designado. No caso de projeto cujo arranjo institucional se constitua em rede e desde que estabelecida no instrumento, admitir-se- a transferncia de recursos da conta bancria do convnio para contas bancrias especficas de outros partcipes. Neste contexto, os recursos destinados a despesas operacionais e administrativas podero ser repassados aos responsveis diretos pela gesto financeira do projeto, os quais devero emitir os respectivos recibos supracitados. Os recursos destinados s Despesas Operacionais e Administrativas de Carter Indivisvel devem ser sacados conforme cronograma de desembolso, observandose o valor total aprovado e a suficincia de recursos no elemento de despesa de servios de terceiros pessoa jurdica.

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No caso de termos de cooperao, o acordante dever utilizar os recursos destinados a despesas operacionais e administrativas nas rubricas da categoria econmica despesas correntes, relacionadas aos gastos que sero realizados.

2.5.4.3 AQUISIO DE BENS E SERVIOSPara convnios regidos pela Instruo Normativa STN 01/97: a) As contrataes devero observar as disposies da Lei 8.666/93, no que tange principalmente, aos limites licitatrios, condies para dispensas e inexigibilidades. Para convnios celebrados antes de 30/09/2003, admite-se procedimento anlogo. b) vedado o fracionamento de despesas, ou seja, dividir as contrataes de um mesmo objeto para utilizar modalidade de licitao inferior recomendada pela legislao para o total da despesa, ou para efetuar contratao direta. c) As licitaes devero ser realizadas preferencialmente por itens. d) As licitaes devem ser baseadas em projetos bsicos, executivos ou termos de referncia. e) possvel aditar contratos, desde que para o mesmo servio, devidamente justificado e que o novo valor total no ultrapasse a modalidade de licitao utilizada previamente contratao. No entanto, os termos aditivos devem observar os seguintes limites: Obras, servios e compras at 25% (vinte e cinco por cento) do valor contratado; Reformas de edifcios e equipamentos - at 50% (cinqenta por cento) do valor contratado. f) As contrataes diretas devem ser precedidas de cotao prvia de no mnimo 03 (trs) fornecedores, fundamentadas em parecer tcnico ou jurdico ratificado pela autoridade mxima da instituio. g) Para aquisio de bens ou contratao de servios comuns necessria a realizao de prego por entes pblicos e privados, preferencialmente por meio42MANUAL DE CONVNIOS E TERMOS DE COOPERAO 2010

eletrnico. Quando no eletrnico, deve haver justificativa para realizao do certame atravs do meio presencial. (Nos termos da Lei 10.520, de 17 de julho de 2002 e dos Decretos 5.450, de 31 de maio de 2005 e 5.504, de 05 de agosto de 2005). h) Poder ser utilizado o Sistema de Registro de Preos para concorrncia ou prego. Para convnios e termos de cooperao regidos pela Portaria Interministerial 127/08 e pela IN CDFNDCT 01/10: So estabelecidos procedimentos distintos para rgos e entidades da administrao pblica e entidades privadas sem fins lucrativos. Os rgos e entidades da administrao pblica que receberem recursos do FNDCT por meio dos instrumentos regulamentados por este Manual esto obrigados a observar as disposies contidas na Lei Federal de Licitaes e Contratos Administrativos e demais normas federais pertinentes ao assunto, quando da contratao de terceiros. Para aquisio de bens e servios comuns, ser obrigatrio o uso da modalidade prego, nos termos da Lei n 10.520, de 17 de julho de 2002, e do regulamento previsto no Decreto n 5.450, de 31 de maio de 2005, sendo utilizada preferencialmente a sua forma eletrnica. A inviabilidade da utilizao do prego na forma eletrnica dever ser devidamente justificada pela autoridade competente do convenente ou acordante. As entidades privadas sem fins lucrativos devero realizar, no mnimo, cotao prvia de preos no mercado, observados os princpios da impessoalidade, moralidade e economicidade, com, no mnimo, oramentos de trs fornecedores, ressalvados os casos de dispensa e inexigibilidade previstos na legislao federal vigente.

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Cada processo de aquisio de bens e contratao de obras e servios dever ser realizado contendo, no mnimo, os seguintes elementos: I - os documentos relativos cotao prvia de preos ou as razes que justificam a sua desnecessidade com fundamento em texto normativo; II - elementos que definiram a escolha do fornecedor ou executante e justificativa do preo; III - comprovao do recebimento da mercadoria, servio ou obra; e IV - documentos contbeis relativos ao pagamento. Na aquisio de bens e contratao de obras e servios, as entidades privadas sem fins lucrativos podero utilizar-se do sistema de registro de preos da Unio e dos entes federados, observando-se a legislao pertinente.

2.5.4.4 PAGAMENTOSPara Convnios regidos pela IN 01/97: As formas de pagamentos permitidas so: cheque nominativo, ordem bancria, transferncia eletrnica disponvel ou outra modalidade de saque autorizada pelo Banco Central, desde que identificados sua destinao e credor. Para convnios e termos de cooperao regidos pela PI 127/08: Os pagamentos devero ser realizados atravs de crdito em conta de titularidade dos fornecedores/prestadores de servios, facultada a dispensa deste procedimento, por ato da autoridade mxima do concedente, devendo o convenente/acordante informar o beneficirio final da despesa. Excepcionalmente, mediante mecanismo que permita a identificao pelo banco, poder ser realizado uma nica vez no decorrer da vigncia do instrumento o

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pagamento a pessoa fsica que no possua conta bancria, observado o limite de R$ 800,00 (oitocentos reais) por fornecedor ou prestador de servio. Para convnios e termos de cooperao regidos pela IN CDFNDCT 01/10: Para convnios: Os recursos devero ser mantidos na conta bancria especfica e somente podero ser utilizados para pagamento de despesas ou repasse de recursos constantes do plano de trabalho ou para aplicao no mercado financeiro, nas hipteses previstas em lei ou na IN CDFNDCT 01/10. Nos atos referentes movimentao e ao uso dos recursos, os pagamentos devero ser realizados, exclusivamente, mediante cheque nominativo, ordem bancria, transferncia eletrnica disponvel ou outra modalidade de saque autorizada pelo Banco Central do Brasil, em que fiquem identificados sua destinao e, no caso de pagamento, o credor. Ser permitida, para projeto cujo arranjo institucional se constitua em rede e desde que estabelecida no instrumento contratual, a transferncia de recursos da conta bancria do convnio para contas bancrias especficas de outros partcipes, que sero responsveis diretos pela gesto financeira desses recursos visando execuo do projeto. Caber ao convenente apresentar prestao de contas consolidada FINEP. Excepcionalmente e caso ocorra atraso na liberao de recursos durante a vigncia do instrumento que no possa ser imputado aos convenentes, executores ou intervenientes, os gastos previstos no plano de trabalho relativos s parcelas em atraso, podero ser ressarcidos, desde que necessrios continuidade do objeto. Ser permitida a utilizao de ressarcimento de despesas referente ao custeio de dirias, vencimentos e obrigaes patronais, desde que haja comprovao dos gastos efetuados.MANUAL DE CONVNIOS E TERMOS DE COOPERAO 2010

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Para convnios e termos de cooperao: A FINEP poder autorizar, excepcionalmente e mediante justificativa, o pagamento em espcie a fornecedores e prestadores de servios, desde que sejam estes identificados no recibo pertinente. Ser permitida a utilizao de suprimento de fundos para a realizao de despesas que, pela sua excepcionalidade, no possam subordinar-se ao processo normal de aplicao, observadas as seguintes condies: I - atender despesas eventuais, inclusive em viagem e com servios especiais, que exijam pronto pagamento; e II - atender despesas de pequeno vulto. vedada utilizao do suprimento de fundos para despesas de capital. Quando da utilizao de suprimento de fundos necessrio observar se no se trata de contrataes de um mesmo objeto, passveis de planejamento, e que, ao longo do exerccio, possam vir a ser caracterizadas como fracionamento de despesa e, conseqentemente, como fuga cotao prvia de preos de mercado. A despesa executada por meio de suprimento de fundos dever ser comprovada na prestao de contas e dever observar os princpios bsicos da impessoalidade, da moralidade e da economicidade.

2.5.4.5 CONTRAPARTIDA E OUTROS APORTES DE RECURSOS AO PROJETOQuando financeira, a contrapartida dever ser depositada em conta bancria especificamente criada para esta finalidade, salvo quando integrante de Conta nica, e em conformidade com os prazos estabelecidos no cronograma de desembolso aprovado para o projeto.

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A contrapartida financeira dever ser comprovada mediante a apresentao de cpias de depsitos e extratos bancrios, relao de pagamentos ou ordens bancrias. A apresentao de documentos fiscais referentes compra de equipamento, realizao de obras ou prestao de servios no ser aceita como comprovao de contrapartida financeira, somente como no financeira. Notas de empenho no sero aceitas como comprovao de aporte de contrapartida financeira, para tanto devero ser apresentadas cpias de ordens bancrias ou comprovantes de depsito em conta corrente. Quando no financeiros, a contrapartida e outros aportes devem ser aportados conforme valores e elementos de despesa especificados no plano de trabalho aprovado. No caso de convnios, o convenente deve restituir ao concedente o valor correspondente ao percentual da contrapartida pactuada no aplicada na consecuo do objeto do convnio, atualizado monetariamente, coresponsabilizando as instituies intervenientes e executoras. Os aportes financeiros de instituies intervenientes devero ser depositados em conta bancria especificamente criada para esta finalidade e em conformidade com os prazos estabelecidos no cronograma de desembolso aprovado. Os documentos fiscais que comprovam os gastos referentes contrapartida e outros aportes devem ser arquivados na sede do convenente ou acordante, disponveis para eventuais fiscalizaes.

2.5.4.6 RENDIMENTOS DE APLICAES FINANCEIRASOs recursos de rendimentos financeiros dos convnios podem ser utilizados para quaisquer despesas inerentes execuo do projeto, sem a necessidade de aprovao prvia da FINEP, desde que o item conste no plano de trabalho aprovado. A utilizao dos recursos para alterao de quantidades ou aquisio de novos itens dever ser previamente aprovada pela FINEP.MANUAL DE CONVNIOS E TERMOS DE COOPERAO 2010

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Os rendimentos de aplicaes financeiras de recursos FINEP no podero ser computados como recurso de contrapartida ou outros aportes. Os rendimentos financeiros no utilizados devero ser integralmente devolvidos Unio.

2.5.4..7 COMPROVAO DAS DESPESASTodas as despesas devem ter documento original fiscal ou equivalente. Os documentos fiscais originais devem ficar sob guarda do convenente/ acordante e as cpias devem ser encaminhadas FINEP, quando solicitadas. O documento deve especificar de forma clara o material adquirido ou o servio prestado e dever ser emitido em nome do convenente / acordante ou executor e identificado com o nmero do convnio ou termo de cooperao. A entrega dos bens ou a realizao dos servios dever ser atestada no documento fiscal, conforme determinaes contidas na Lei 8.666/93 e na Lei 4.320/64. Em caso de convnios com instituies privadas sem fins lucrativos, a documentao inerente s cotaes dever ser mantida em pastas exclusivas, em boa ordem, disponveis para fiscalizao. Para convnios regidos pela IN 01/97: Os originais devero ser guardados por 05 (cinco) anos aps a aprovao das contas da FINEP pelo TCU. Para convnios e termos de cooperao regidos pela PI 127/08 e IN CDFNDCT 01/10: Os originais devero ser guardados por 10 (dez) anos aps a aprovao da prestao de contas do convnio ou termo de cooperao.

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2.5.5 PRESTAO DE CONTAS TCNICA E FINANCEIRAA prestao de contas tcnica composta por relatrios tcnicos de cumprimento de objeto, a serem apresentados conforme estabelecido no instrumento contratual, contendo informaes essenciais sobre a execuo fsica e os resultados (parciais ou finais) obtidos pelo projeto, nos termos do plano de trabalho aprovado. A prestao de contas financeira o conjunto de documentos a serem apresentados pelo convenente ou acordante FINEP, conforme estabelecido no instrumento contratual, demonstrando a execuo financeira (parcial ou final) dos recursos aportados ao projeto, nos termos do plano de trabalho aprovado. Os formulrios e modelos para apresentao de prestaes de contas tcnica e financeira encontram-se no link: http://www.finep.gov.br/como_obter_financiamento/formularios_e_manuais.asp A critrio da FINEP podero ser solicitados documentos complementares aos estabelecidos no instrumento contratual, com a finalidade de verificar o cumprimento do objeto e a boa e regular aplicao dos recursos. Para convnios regidos pela IN 01/97: As prestaes de contas finais, tcnica e financeira, devem ser apresentadas em at 60 (sessenta) dias aps o prazo de execuo. O saldo de recursos no utilizados deve ser devolvido em at 30 (trinta) dias aps o prazo de execuo do convnio. Para convnios e termos de cooperao regidos pela PI 127/08: O prazo para prestao de contas definido no instrumento contratual. A devoluo de saldo de recursos dever obedecer ao mesmo prazo da prestao de contas.

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Para convnios e termos de cooperao regidos pela IN CDFNDCT 01/10: As prestaes de contas finais, tcnica e financeira, devem ser apresentadas em at 60 (sessenta) dias aps o prazo de execuo do convnio ou no prazo estabelecido no termo de cooperao. Quando a prestao de contas no for encaminhada no prazo supracitado, a FINEP estabelecer o prazo mximo de 45 (quarenta e cinco) dias para sua apresentao, ou recolhimento dos recursos, includos os rendimentos da aplicao no mercado financeiro, quando couber, atualizados monetariamente e acrescido de juros de mora, na forma da lei. A critrio da FINEP, o prazo para apresentao de prestao de contas poder ser prorrogado, mediante solicitao e justificativa apresentada pelo convenente ou acordante. No caso de convnios, a no apresentao de prestao de contas no prazo estabelecido implicar na incluso do instrumento contratual no cadastro de inadimplncia do SIAFI. Caso a prestao de contas no seja apresentada, exauridas todas as providncias cabveis para regularizao da pendncia ou reparao do dano, a FINEP adotar as providncias necessrias instaurao da Tomada de Contas Especial.

2.5.6 ANLISE DA PRESTAO DE CONTAS TCNICA E FINANCEIRAA anlise de prestaes de contas tcnica e financeira observa a devida comprovao da execuo do convnio ou termo de cooperao, considerandose o cumprimento do objeto, do plano de trabalho e o atendimento aos requisitos de execuo financeira, detalhados neste Manual e nos diplomas legais e normativos de referncia.

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Conforme o resultado da anlise da prestao de contas, so expedidas as seguintes comunicaes ao convenente ou acordante: aprovao da prestao de contas parcial (tcnica e financeira); aprovao da prestao de contas final (tcnica e financeira); encerramento do instrumento; solicitao de regularizao, quando a prestao de contas (tcnica ou financeira) estiver insatisfatria. Quando a prestao de contas no for aprovada, a FINEP estabelecer o prazo mximo de 45 (quarenta e cinco) dias para sua regularizao, ou recolhimento dos recursos, includos os rendimentos da aplicao no mercado financeiro, quando couber, atualizados monetariamente e acrescido de juros de mora, na forma da lei. A critrio da FINEP, o prazo para apresentao de regularizaes de prestao de contas poder ser prorrogado, mediante solicitao e justificativa apresentada pelo convenente ou acordante. No caso de convnios, a no apresentao de regularizaes de prestao de contas no prazo estabelecido implicar na incluso do instrumento contratual no cadastro de inadimplncia do SIAFI. Caso a prestao de contas no seja aprovada, exauridas todas as providncias cabveis para regularizao da pendncia ou reparao do dano, a FINEP adotar as providncias necessrias instaurao da Tomada de Contas Especial.

2.5.6.1 INADIMPLNCIASero inscritos como inadimplentes no SIAFI os convnios que se encontrarem nas seguintes situaes: Descumprimento de clusula ou condio do instrumento contratual, por parte de qualquer dos partcipes;

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No apresentao da prestao de contas parcial ou final dos recursos recebidos, nos prazos finais estabelecidos; No aprovao da prestao de contas. As instituies que tenham convnios registrados como inadimplentes no SIAFI ficam impedidas de contratar e receber recursos pblicos.

2.5.6.2 GLOSAS E DEVOLUESQuando constatada aplicao indevida ou irregular dos recursos do convnio ou termo de cooperao durante a sua vigncia, ser solicitada a devoluo. No caso de convnios, os recursos devero ser corrigidos pelo ndice da poupana e depositados na conta do convnio. Quando a constatao for aps a vigncia do convnio, a correo se dar pelo sistema de dbito do TCU (IPCA + juros de 1% (um por cento ao ms) e a devoluo ser feita atravs de Guia de Recolhimento da Unio - GRU, conforme orientaes no stio eletrnico: https://consulta.tesouro.fazenda.gov.br/gru/gru_simples.asp A devoluo de saldo remanescente dos convnios tambm realizada atravs de GRU.

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2.6 AUDITORIA E FISCALIZAO DE PROJETOSDurante e aps a execuo dos convnios e termos de cooperao, as entidades partcipes podero ser auditadas e fiscalizadas por: analistas da FINEP designados para o acompanhamento da execuo tcnica/ financeira dos convnios e termos de cooperao; analistas da rea de Auditoria Interna da FINEP em trabalho de campo; rgos de controle da Administrao Pblica, como a Controladoria Geral da Unio CGU, Tribunal de Contas da Unio TCU e Ministrio Pblico. No acompanhamento e fiscalizao sero verificados: I - a comprovao da boa e regular aplicao dos recursos, na forma da legislao aplicvel; e II - o cumprimento das metas do plano de trabalho nas condies estabelecidas. A FINEP, no exerccio das atividades de acompanhamento e fiscalizao, poder: I - valer-se do apoio tcnico de terceiros; II - delegar competncia ou firmar parcerias com outros rgos ou entidades que se situem prximos ao local de aplicao dos recursos, com tal finalidade; e III - reorientar aes e decidir quanto aceitao de justificativas sobre impropriedades identificadas na execuo do instrumento. Aquele que, por ao ou omisso causar embarao, constrangimento ou obstculo atuao da FINEP e dos servidores dos rgos de controle interno e externo do Poder Executivo Federal, no desempenho de suas funes institucionais relativas ao acompanhamento e fiscalizao dos recursos federais transferidos, ficar sujeito responsabilizao administrativa, civil e penal.

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Constatado qualquer indcio de impropriedade, os partcipes sero instados a apresentar esclarecimentos para apurao dos fatos. Caso haja omisso dos partcipes na apresentao de esclarecimentos e justificativas no prazo estipulado pela FINEP ou caso as justificativas ou informaes complementares apresentadas no sejam suficientes para regularizao das impropriedades, a FINEP: I - realizar a apurao do dano; e II - comunicar o fato ao convenente ou acordante para que seja ressarcido o valor referente ao dano. O no atendimento das medidas saneadoras ensejar a Tomada de Contas Especial. Os requisitos para o processo de Tomada de Contas Especial so estabelecidos em Instruo Normativa especfica do Tribunal de Contas da Unio.

2.7 ENCERRAMENTOO encerramento do convnio ou termo de cooperao ocorrer aps a apresentao e aprovao das prestaes de contas finais. O convenente ou acordante ser informado das aprovaes. No caso de convnios, ser tambm efetuado o devido registro no SIAFI.

2.8 DOAO DE BENS REMANESCENTESOs bens remanescentes (equipamentos e materiais permanentes, necessrios consecuo do objeto, adquiridos ou produzidos com recursos dos instrumentos regulados por este Manual) podero ser doados, aps a aprovao das prestaes de contas finais, desde que:

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o convenente ou acordante solicite FINEP e justifique a doao dos bens (ao prprio ou instituio executora); a utilizao dos bens assegure a continuidade de programa governamental, observado o disposto na legislao vigente. o convnio ou termo de cooperao contenha clusula especfica quanto destinao dos bens na data da sua concluso ou extino; A solicitao dever ser feita atravs de correspondncia, encaminhada juntamente com a prestao de contas tcnica final, informando, alm da motivao e finalidade da doao: o(s) beneficirio(s) - convenente / acordante ou executores; a lista dos bens; cpia dos documentos fiscais relativo aquisio destes.

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2.9 ERROS E IRREGULARIDADES MAIS FREQENTES

NA ELABORAO DE PROPOSTAS Falta de clareza na descrio dos objetivos do projeto; Apresentao de justificativas no campo Objetivo; Metas, atividades e indicadores fsicos de execuo descritos de forma inadequada, quantitativa e qualitativamente; Falta de clareza na definio do papel de instituies participantes e na vinculao de membros da equipe executora s metas e atividades; Descrio metodolgica incompleta (execuo do projeto); Solicitao de recursos para despesas no apoiveis, sem a observncia do estabelecido no instrumento de chamamento pblico; Informaes insuficientes sobre a especificao e finalidade de bens e servios e sua vinculao s metas propostas; Valores solicitados incompatveis com aqueles praticados no mercado; Inexistncia ou valores incompatveis de contrapartida e outros aportes, conforme exigidos na Chamada Pblica ou Carta-convite; Cpias impressas sem assinaturas, conforme estabelecido na Chamada Pblica ou Carta-convite.

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NA EXECUO TCNICA E FINANCEIRA DOS CONVNIOS Ausncia de justificativa tcnica para qualquer alterao pretendida para o plano de trabalho; Erro de preenchimento de formulrios de acompanhamento tcnico e financeiro; No cumprimento de antecedncia mnima exigida no instrumento contratual para solicitaes de prorrogao de prazos; Saque total ou parcial dos recursos do convnio sem levar em conta o cronograma fsico-financeiro de execuo do objeto; Realizao de despesas fora da vigncia do convnio; Saque dos recursos para pagamento de despesas em espcie, sem a devida autorizao; No realizao de pesquisa de mercado, com ao menos trs propostas, para aquisio de bens e contratao de servios; Pagamento a mais de um fornecedor com a mesma movimentao financeira; Utilizao de recursos para finalidade diferente daquela prevista no instrumento contratual; Transferncia de recursos da conta corrente especfica para outras contas, com exceo dos casos previstos no instrumento contratual; Falta de conciliao entre os dbitos em conta e os pagamentos efetuados; No-aplicao ou no-comprovao de contrapartida; Ausncia de aplicao financeira de recursos do convnio, quando o prazo previsto de utilizao for superior a 30 dias; Uso dos rendimentos de aplicao financeira para finalidade diferente da prevista no instrumento contratual; No devoluo do saldo financeiro ao concedente, no prazo estabelecido; Apresentao de documentos fiscais sem a identificao do nmero do instrumento contratual.

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EM PROCESSOS LICITATRIOS Aquisio direta de bens e servios sem licitao fora das hipteses previstas em diplomas normativos vigentes. Dispensa e inexigibilidade de licitao indevidas. Ausncia de, no mnimo, 3 (trs) propostas vlidas no convite. Fracionamento de despesas com fuga modalidade de licitao (fracionar despesas em valores que permitam realizar a licitao sob modalidade inferior exigida, substituindo, por exemplo, a tomada de preos devida por vrios convites). Ausncia de justificativa de preos no caso de dispensa e inexigibilidade. Direcionamento intencional da licitao para determinada empresa, com apresentao combinada de propostas acima de mercado pelas outras concorrentes ou, ainda, incluso de propostas simuladas

NA CONTRATAO DE TERCEIROS Prorrogao de contrato aps ter expirado o prazo de vigncia. Alterao contratual aps o prazo de vigncia. Prorrogao de contratos sem previso legal. Realizao de pagamentos sem cobertura contratual. Uso de contrato existente para execuo de objeto diverso do pactuado no convnio. Aquisio de bens ou execuo de obras com preos superiores aos praticados no mercado. No-exigncia de regularidade fiscal, quando da realizao de cada pagamento contratada. Acrscimos aos contratos acima dos percentuais permitidos pela Lei 8.666/93. Aditivao aos contratos com incluso de servios no submetidos ao processo licitatrio.

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GRUPO DE ELABORAO E REVISO

Gabinete da Presidncia Maria Aparecida Stalliviere Neves Chefe de Gabinete Cristina Ftima do R. Fernandes Assessora Departamento de Processos Organizacionais Oswaldo Cantini - Chefe de Departamento Marcos Jos de Castro - Analista Diretoria de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico Joo Paulo de Jesus Assessor rea Jurdica Teresa Robichez de Carvalho Chefe do Departamento de Convnios e de Consultoria Jurdica rea de Crdito Vanessa Zoghaib Tanure- Analista rea de Tecnologia para o Desenvolvimento Social Carlos Eduardo Sartor Chefe do Departamento de Tecnologias Sociais 2

COLABORADORES Departamento de Processos Organizacionais Hermann Tomas M. Mathow Junior Analista Jorge Luiz Jardim Teixeira Jr Analista Mauro Joseph de Souza Analista Ana Clara Laaf da Cunha Analista Luciane da Silva Correia Apoio administrativo rea de Planejamento Eliane de Brito Bahruth Superintendente da rea de Planejamento Denise Maria de Carvalho Chefe do Departamento de Estudos, Planos e Programas Integradores Rogrio Amaury de Medeiros Chefe do Departamento de Acompanhamento, Avaliao e Gesto da Informao Cristina de Melo Valente Analista

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Auditoria Interna Paulo Rogrio Lins Ribeiro Superintendente Rosilene Matos Domingues Chefe adjunta rea de Universidades Ligia Silveira Almeida - Analista Nilo Csar Martins Aurnheimer- Analista Adelaide Arajo Peres Goncalves- Analista rea de Institutos Tecnolgicos e de Pesquisa Avlio Antonio Franco Superintendente da rea de Institutos Tecnolgicos e de Pesquisa Edgard dos Santos Rocca Chefe do Departamento de Instituies de Pesquisa Cludia Maria Perasso- Analista Srgio Leser- Analista rea de Tecnologia para o Desenvolvimento Social Marcel Lavalle de Mendona Lima - Analista Patricia Florio Retz- Analista Patrcia Carvalho de Frana- Analista rea de Captao e Finanas Carlos Eduardo Gutierrez Freire Superintendente da rea Financeira e de Captao Andra Abdallah Nascentes Totis Chefe do Departamento de Oramento Ruben Silveira Mello Filho - Chefe do Departamento de Contabilidade Cordelina Correa Pinto - Analista rea de Crdito Kallil Langle Castro Maia- Analista Mrcia Carvalho Ribeiro- Analista rea Jurdica Marilene Correa Rodrigues- Analista Thais Doni Pires Arantes- Analista rea de Servios Corporativos Lucia de Moraes Chefe do Departamento de Apoio Logstico aos Programas Integradores APOIO Departamento de Promoo Vera Marina da Cruz Silva Chefe de Departamento Cristina Loures Cerimonial Joaquim Antonio Soares Diagramao

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