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MANUAL TÉCNICO DE CALÇADA ACESSÍVEL

DIRETRIZES DE PROJETO DE CALÇADAS DA CIDADE DE ARRAIAL DO CABO

PREFEITURA DE ARRAIAL DO CABO, FIRJAN

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E ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO

1.1 Apresentação 1.2 Objetivos

2 CALÇADAS 2.1 Definições e Dimensões mínimas 2.2 Variações 2.3 Inclinação Transversal 2.4 Declives e Aclives 2.5 Calçadas Verdes

3 RAMPAS 3.1 Tipos i Rampa Longitudinal ii Rampa transversal

4 ESQUINAS

5 ROTA ACESSÍVEL

6 PISOS ESPECIAIS 6.1 Pisos podotáteis 6.2 Piso tátil de alerta 6.3 Piso tátil direcional

7 MOBILIÁRIOS URBANOS

8 TECNOLOGIAS DE EXECUÇÃO 8.1 Piso Intertravado 8.2 Concreto Convencional moldado in loco e Concreto Estampado 8.3 Placas pré-moldadas de concreto – Sistema Aderido – Placa Fixa 8.4 Pavimento permeável 8.5 Execução passo a passo: pavimento permeável

9 SITUAÇÕES URBANAS ESPECIAIS

9.1 Estacionamentos 9.2 Sinalização e modelos de vagas para veículos 9.3 Parklets 9.4 Vegetação 9.5 Grelhas 9.6 Sinalização 9.7 Faixa de travessia elevada (Traffic Calming)

10 GLOSSÁRIO

11 ANEXOS

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1. INTRODUÇÃO

Com base no artigo 5 º da Constituição Federal que estabelece o direito de ir e vir de todo

cidadão brasileiro, criamos este manual chamado “Arraial Acessível”, resultante de uma

parceria entre a Prefeitura Municipal de Arraial do Cabo com a Federação das Indústrias do

Estado do Rio de Janeiro - FIRJAN e Associação Brasileira de Cimento Portland - ABCP ,

com o objetivo principal de estabelecer diretrizes para que a população em geral e os

profissionais da construção civil tenham um norte quando forem planejar e executar suas

calçadas.

11.1 Apresentação

Numa cidade acessível, o direito à utilização de espaços públicos, ao transporte e às

edificações deve estar garantido não apenas pelo poder público, mas por toda a sociedade. Isso

significa que a adoção dos parâmetros de acessibilidade nessas estruturas vai contemplar tanto

as pessoas com deficiência, quanto as com mobilidade reduzida, como idosos, crianças e

gestantes. É necessário que tenhamos a responsabilidade de pensar no próximo e permitir que

toda a comunidade tenha acesso a cidade.

As calçadas são parte da infraestrutura básica de um local, para todas as pessoas. Ela

deveria ser a alternativa mais fácil e segura para um pedestre transitar. Sua importância é tão

grande que afeta de forma direta todas as outras áreas de uma vida social como o trabalho,

educação, saúde, lazer e turismo entre outras.

11.2 Objetivos

A Prefeitura de Arraial do Cabo elaborou este manual com o objetivo principal de

padronização das calçadas da cidade, possibilitando, assim, o acesso livre de todas as pessoas

a partir de critérios e parâmetros técnicos acerca de acessibilidade a serem observados, quando

do projeto, construção ou reforma das calçadas e passeios (vias exclusivas de pedestre).

Esperamos que o resultado deste manual venha a contribuir efetivamente para a mudança

de postura dos gestores públicos e da população a partir de uma nova visão que considere o

acesso universal ao espaço público em benefício para os moradores, usuários e visitantes. A

acessibilidade é uma responsabilidade de todos.

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2. CALÇADAS

2.1. Definições e dimensões mínimas

As calçadas, passeios (vias exclusivas para pedestres), que venham a ser reformadas

total e parcialmente, devem ser tornadas, obrigatoriamente, acessíveis, de acordo com este

manual e com a norma NBR 9050:15 e NBR 16537:16.

A largura da calçada pode ser dividida em três faixas de uso, atendendo o estabelecido

pela NBR 9050:15, e demonstrado na figura abaixo:

(IMAGEM 1: Largura da Calçada)

a) faixa de serviço: serve para acomodar o mobiliário, os canteiros, as árvores e os postes de

iluminação ou sinalização. Nas calçadas a serem construídas, recomenda-se reservar uma faixa

de serviço com largura mínima de 0,70 m;

b) faixa livre ou passeio: destina-se exclusivamente à circulação de pedestres, deve ser livre de

qualquer obstáculo, com inclinação transversal de 3%, ser contínua entre lotes e ter no mínimo

1,20 m de largura e 2,50 m de altura livre, quando não for possível utilizar estas dimensões

mínimas, o caso deverá ser analisado pela Secretária de Obra; as faixas livres devem ser

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completamente desobstruídas e isentas de interferências, tais como vegetação, mobiliário

urbano, equipamentos de infraestrutura urbana aflorados (postes, armários de equipamentos, e

outros), golas de árvores e jardineiras, rebaixamentos para acesso de veículos, bem como

qualquer outro tipo de interferência ou obstáculo que reduza a largura da faixa livre. Eventuais

obstáculos aéreos, tais como marquises, faixas e placas de identificação, toldos, luminosos,

vegetação e outros, devem se localizar a uma altura superior a 2,50 m.

c) faixa de acesso: consiste no espaço de passagem da área pública para o lote. Esta faixa é

possível apenas em calçadas com largura superior a 2,00 m. A rampa de acesso aos lotes

lindeiros deverão ser aprovados previamente pela Secretaria de Obras e a instalação de

mobiliários urbanos e equipamentos públicos, deverão ser aprovados previamente pela

Secretaria de Postura.

Eventualmente, os proprietários dos lotes lindeiros, cuja largura da calçada encontra-se

perfeitamente adequada, poderão utilizar a faixa de acesso para colocação de mesas, cadeiras,

rampas móveis, expositores de mercadorias, vasos de plantas e outros mobiliários, mantendo

desobstruídas as faixas livres e de serviço, desde que licenciada pela Secretaria de Postura.

(IMAGEM 2: Faixa livre)

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2.2. Variações

Os passeios públicos devem cumprir fielmente o seu papel: possibilitar o livre trânsito

das pessoas – tenham elas alguma deficiência, mobilidade reduzida ou não. Desta forma, as

calçadas em Arraial do Cabo deverão seguir as dimensões de faixas descritas no item anterior,

conforme a sua largura. Considerando as quatro variações possíveis previamente determinadas,

trataremos dos seguintes casos de variações de larguras:

• Até 1,20m

• De 1,20m a 1,50m

• De 1,50m a 2,50m

• Mais de 2,50m

Em calçadas com largura igual ou superior a 2,00m (dois metros), teremos as três faixas

presentes, seguindo as dimensões já apresentadas:

(IMAGEM 3: Calçadas com largura igual ou superior a 2 m)

Em calçadas com largura entre 1,20m (um metro e vinte centímetros) e 1,95m (um metro

e noventa e cinco centímetros), isto é, inferior a 2,00m (dois metros), não será adotada a faixa

de acesso. Assim sendo, só teremos as faixas livre e de serviço, sempre respeitando os padrões

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de medida. Importante ressaltar que as calçadas deverão obrigatoriamente priorizar a faixa livre,

a qual deve ter, no mínimo, 1,20m de largura.

As calçadas com largura inferior a 1,20m (um metro e vinte centímetros), deverão ter o

caso analisado pela Secretaria de Obras.

2.3. Inclinação Transversal

A Norma Brasileira, a NBR 9050:15, determina que: A inclinação transversal da faixa

livre (passeio) das calçadas ou das vias exclusivas de pedestres não pode ser superior a 3%. Os

ajustes de soleira devem ser executados sempre dentro dos lotes ou, em calçadas existentes com

mais de 2,00 m de largura, podem ser executados nas faixas de acesso.

(IMAGEM 4: Inclinação transversal)

Na entrada de veículos pode-se inclinar transversalmente a faixa de serviço com até 20%

de inclinação.

(IMAGEM 5: Inclinação transversal para veículos)

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Sobre a inclinação longitudinal de calçadas, passeios e vias exclusivas de pedestres deve-

se sempre acompanhar a inclinação das vias lindeiras. Recomenda-se que a inclinação

longitudinal das áreas de circulação exclusivas de pedestres seja de no máximo 8,33%, pois

calçadas, passeios e vias exclusivas de pedestres que tenham inclinação superior a 8,33% não

podem compor rotas acessíveis. As faixas livres dessas rotas acessíveis, conforme a norma da

NBR 9050, devem ter largura recomendável de 1,50 m, sendo o mínimo admissível de 1,20 m

e altura livre mínima de 2,50.

(IMAGEM 6: Medidas de profundidade da rampa)

2.4. Declives e Aclives

Para uma solução eficiente de calçadas em ruas inclinadas, faz-se necessário uma

padronização dos acessos aos lotes, mantendo sempre a continuidade da faixa livre. É

necessário ressaltar que o passeio deve seguir a inclinação longitudinal da rua.

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Será de responsabilidade do proprietário ajustar a altura dos portões, construir das rampas

internas, ou, quando existir a faixa de acesso, construindo a rampa na mesma, sempre mantendo

desobstruída a faixa livre.

(IMAGEM 7: Calçadas em ruas inclinadas, em ladeiras)

(IMAGEM 8: Representação de faixa livre em inclinação)

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2.5. Calçadas Verdes

Atualmente, com os níveis de poluição aumentando, principalmente nos grandes centros

urbanos, a arborização de ruas, praças e parques tornou-se essencial para a qualidade de vida

do homem e do seu ambiente.

O plantio de vegetação nas calçadas ou passeios é um recurso que segrega os pedestres

dos veículos, podendo oferecer melhores condições de segurança e percursos mais agradáveis

ao trânsito dos pedestres.

A presença da vegetação na cidade contribui para melhorar a qualidade de vida de seus

habitantes, produzindo sombras e amenizando a poluição sonora.

Para a implantação de áreas verdes nos calçadas deve ser identificada nas vias públicas,

primeiramente, a situação existente, como largura da via, fluxo de pedestres, equipamentos,

fiações subterrâneas e aéreas, placas de sinalização, mobiliários, entre outros. Também devem

ser avaliadas as qualidades paisagísticas, as áreas de sombreamento e a permeabilidade do solo.

3. RAMPAS

3.1 Tipos

As rampas (ou rebaixamento de calçadas) devem ser construídas em concreto (pré-

fabricados ou moldadas in loco) na direção do fluxo da travessia de pedestres e não é permitida

a presença de obstáculos (como postes e mobiliários)nas mesmas, que devem estar totalmente

livres, assim como também não será permitida a implantação de qualquer obstáculo após a sua

construção. Além disso, de acordo com a NBR 9050/15, a inclinação deve ser constante e não

superior a 8,33 % e a largura mínima do rebaixamento é de 1,50 m. Com base na mesma norma,

sempre que possível, a largura do rebaixamento deverá ser igual ao comprimento das faixas de

travessia de pedestres.

Para o acesso da pessoa à calçada, usar-se-ão dois tipos de rampas: longitudinais e

transversais.

OBS.: Não será permitido construção de rampas em frente a postes, sarjetas, "bocas de lobo",

árvores, hidrantes e/ou qualquer obstáculo que venha prejudicar, comprometer e até mesmo

obstruir a circulação de Pessoas com Deficiência (PcD's).

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Rampa longitudinal

A rampa longitudinal será usada quando a calçada for estreita, não havendo espaço para

a rampa transversal, e quando não for utilizada a travessia elevada.

(IMAGEM 9: Perspectiva da rampa de acesso)

Estas rampas não devem ser confundidas com as rampas de acesso à veículos, que não

devem ser utilizadas pelas pessoas com deficiência para as travessias, pois o cálculo destas

rampas obedece à outros critérios, tais como a seguinte fórmula L=1,5H, onde H=altura do

meio-fio e L=comprimento da rampa na calçada, contado a partir do meio-fio.

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(IMAGEM 10: Rampas de Acesso - Travessia)

A rampa de acesso deve ter a faixa de pedestre na sua continuação e obviamente outra

rampa de acesso no lado oposto da rua, para manter a acessibilidade do trajeto.

(IMAGEM 11: Rampa longitudinal no passeio vista superior)

(IMAGEM 12: Perspectiva)

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As rampas longitudinais são utilizada nas calçadas mais estreitas, pois como vimos

anteriormente, a profundidade da rampa (C) de inclinação igual à 8,33% é diretamente

proporcional à altura do meio-fio(h), portanto, quando o meio-fio é muito alto a rampa requer

um comprimento muito grande também, ex: h meio-fio = 15 cm, comprimento da rampa = 1,80

m (quase a largura da calçada toda, muitas vezes). Então utiliza-se o rebaixo em duas rampas

longitudinais (no sentido de deslocamento).

3.3 Rampa transversal

A rampa transversal será utilizada quando a largura da calçada não invadir o espaço da

faixa livre, permitindo o livre deslocamento das pessoas pela referida faixa mantendo a medida

da mesma com 1,20m (um metro e vinte centímetros), como demonstra a figura abaixo:

(IMAGEM 13: Vista Superior de Rampa Transversal)

Utilizada quando a calçada for bastante larga. O piso guia está no lado esquerdo (de quem

está de frente para o desenho), pois desta forma pode orientar a pessoa com deficiência visual

a utilizar à esquerda e ao mesmo tempo que pessoa com cadeira de rodas pode utilizar à direita.

O deficiente visual ocupa cerca de 40 cm e a cadeira de rodas 80 cm, a largura da rampa de 1,20

m permite os dois utilizarem a rampa ao mesmo tempo. Assim um não precisa ficar esperando

na rua o outro passar pela rampa.

Abaixo, a perspectiva destas em esquinas e travessias:

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(IMAGEM 14: Perspectiva de rampas transversais. Rampa para passeios > 2,20 m e h meio

fio ≤ 8 cm < 3,50 m)

(IMAGEM 15: Vista superior transversal)

Em calçadas mais estreitas, este é o modelo de rampa transversal que deve ser usado.

• Todos os modelos utilizam mesmo padrão na disposição dos pisos para que não haja confusão.

Ex: Todas as rampas encontram-se com uma faixa de piso alerta a 50 cm do meio-fio, para que

o deficiente visual perceba que a rua está próxima à uma distância segura. Ex: O piso guia

sempre encontra o alerta, antes de descer a rampa, estes critérios estão de acordo com a norma

citada

• As distâncias de 80 cm, no desenho, indicam a aproximação da rampa a uma distância segura,

caso a pessoa com deficiência visual tenha passadas largas.

• A inclinação transversal das calçadas deve ser de 2% do logradouro em direção ao meio-fio,

para o escoamento da água da chuva, de acordo com o código de Edificações do Município. E

também a calçada não deve possuir desníveis.

Em calçadas estreitas, soluções possíveis que podem ser adotadas para rampas:

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(IMAGEM 16: Soluções para calçadas estreitas)

4. ESQUINAS

As esquinas também possuem algumas normas específicas, as quais devem ser

respeitadas e adotadas no passeio para melhorar os aspectos de mobilidade e de segurança das

calçadas.

É proibido, nas esquinas, a colocação de mobiliário urbano e equipamentos. É permitido

apenas os elementos necessários à sinalização e aqueles que venham garantir o acesso à via,

não comprometendo a circulação dos usuários. Assim, os que forem implantados, nestes

espaços, deverão seguir as recomendações da ABNT NBR 9050:

(IMAGEM 17: Esquinas – Rampa Transversal)

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(IMAGEM 18: Rampa longitudinal em esquinas)

5. ROTA ACESSÍVEL

De acordo com a Norma Brasileira ABNT NBR 9050/15, a rota acessível é um: Trajeto

contínuo, desobstruído e sinalizado, que conecte os ambientes externos ou internos de espaços

e edificações, e que possa ser utilizada de forma autônoma e segura por todas as pessoas,

inclusive aquelas com deficiência e mobilidade reduzida. A rota acessível pode incorporar

estacionamentos, calçadas rebaixadas, faixas de travessia de pedestres, pisos, corredores,

escadas e rampas, entre outros.

É obrigatório o uso de piso podotátil na rota acessível. No entanto, é importante destacar

que, nos trechos de calçada onde houver rota acessível, não há necessidade de se colocar piso

tátil de alerta no entorno dos mobiliários urbanos.

6. TIPOS DE PISO

6.1. Pisos podotáteis

A autonomia de locomoção é um direito da pessoa com deficiência. Sendo assim, no

caso de pessoas com deficiência visual ou com deficiência visual parcial, a autonomia de

locomoção dar-se-á através da ajuda dos pisos podotáteis em Rotas Acessíveis. Essas rotas

possuem normas para sua composição, de modo a permitir a circulação em segurança.

Por apresentar em sua superfície textura diferenciada, o piso tátil permite a percepção de

rotas e possíveis obstáculos pelos usuários, quando estes caminharem sobre o piso ou quando

são utilizadas bengalas para a orientação destes. Os pisos podotáteis devem apresentar cor

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diferenciada e contrastante aos demais pisos adjacentes à composição da rota, a fim de auxiliar

as pessoas com deficiências visuais parciais.

A título informativo e, no tocante à composição da rota acessível no passeio, cabe citar

as especificações, conforme a ABNT NBR 9050:15: [...] “quando houver mudança de direção

entre duas ou mais linhas de sinalização tátil direcional, deve haver uma área de alerta

indicando que existem alternativas de trajeto. Essas áreas de alerta devem ter dimensão

proporcional à largura da sinalização tátil direcional”.

“quando houver mudança de direção formando ângulo superior a 90°,

a linha- guia deve ser sinalizada com piso tátil direcional”.

“nos rebaixamentos de calçadas, quando houver sinalização tátil

direcional, esta deve encontrar com a sinalização tátil de alerta”.

“nas faixas de travessia, deve ser instalada a sinalização tátil de alerta,

no sentido perpendicular ao deslocamento, à distância de 0,50m

(cinquenta centímetros) do meio-fio. Recomenda-se a instalação de

sinalização tátil direcional no sentido do deslocamento, para que sirva

de linha-guia e possa conectar um lado da calçada ao outro”.

Nos pontos dos ônibus devem ser instalados a sinalização tátil de alerta ao longo do meio

fio e o piso tátil direcional, demarcando-se as áreas de embarque e desembarque.

Para o município de Arraial do Cabo, fica estabelecido como dimensões do piso podotátil

os módulos 0,25x025m ou 0,30x0,30m, sempre de cor AMARELA.

É importante ressaltar, que na mesma calçada ou rota acessível, uma vez adotado o

tamanho do módulo padrão, este não poderá sofrer variações. Os desenhos apresentados neste

manual devem ser considerados como alternativas utilizando qualquer um dos módulos acima

sugeridos.

Todas as calçadas com sinalização podotátil, no Município, deverão atender a essa

padronização de tamanhos e cor. Todos os imóveis no território de Arraial do Cabo, que

tenham suas calçadas construídas ou reformadas após a aprovação deste dispositivo,

localizados dentro de um raio de 500 metros dos terminais modais disponíveis ou de um raio

de 500 metros de equipamentos públicos, deverão, obrigatoriamente, executar as suas calçadas

com rota acessível, de acordo com as normas estabelecidas neste Manual.

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(IMAGEM 19: A Placa quando sobreposta (fixado com cola de contato), o desnível entre a

superfície do piso existente e a superfície do piso implantado é chanfrado e não excede 2

mm,de acordo com a NBR 9050, item 5.14.1)

Piso tátil de alerta

O piso tátil de alerta tem a finalidade de orientar, alertando sobre qualquer obstáculo ou

barreira que a pessoa possa encontrar no caminho. Ele indicará o início de uma rampa, a

existência de obstáculos, como mobiliários em geral e, em rotas acessíveis, servirá para orientar

a mudança de sentido.

(IMAGEM 20 – Piso tátil de alerta)

6.2. Piso tátil direcional

O piso tátil direcional tem a finalidade de guiar os usuários no percurso da rota acessível. Esses

pisos devem ser instalados na faixa livre da calçada e estar livres de barreiras.

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(IMAGEM 21: Piso tátil direcional)

7. MOBILIÁRIOS URBANOS

De acordo com a ABNT NBR 9050/15, mobiliário urbano é:

O conjunto de objetos existentes nas vias e nos espaços públicos, superpostos

ou adicionados aos elementos de urbanização ou de edificação, de forma que

sua modificação ou seu traslado não provoque alterações substanciais nesses

elementos, como semáforos, postes de sinalização e similares, terminais e

pontos de acesso coletivo às telecomunicações, fontes de água, lixeiras, toldos,

marquises, bancos, quiosques e quaisquer outros de natureza análoga.

Os mobiliários em geral devem se localizar na faixa de serviço. O piso tátil deve estar localizado

a uma distância mínima de 0,50m(cinqüenta centímetros) da projeção do objeto edificado,

devendo também haver acesso direto para a rota acessível, garantindo-se uma locomoção segura

para todos os pedestres.

(IMAGEM 22: Abrigos e pontos de ônibus)

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(IMAGENS 22 e 23: Bancos, vasos, lixeiras e caixa de correio)

(IMAGEM 24: Poste de iluminação, rede elétrica e sinalização)

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(IMAGEM 25: Medidas padronizadas)

8. TECNOLOGIAS DE EXECUÇÃO

Os materiais para a calçada deverão atender à segurança e ter as características essenciais

como: durabilidade, antiderrapante, conforto de rolamento, conforto térmico, e facilidade de

execução, manutenção e reposição. Além disso, os materiais deverão proporcionar uma

harmonia com o ambiente e com a estética do conjunto.

Durabilidade – elevada durabilidade, desde que respeitadas às características do produto,

o modo de instalação e o de manutenção.

Conforto de rolamento – adequado ao tráfego de cadeirantes e pessoas com deficiências

visuais.

Antiderrapante – o acabamento superficial deve ser adequado para se evitar

escorregamentos.

8.1 Piso Intertravado

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São blocos de concreto pré-fabricados, assentados sobre colchão de areia, de até

4cm(quatro centímetros) e rejuntado com areia fina. Podem ser encontrados em diversas cores,

formatos e em diferentes espessuras (6 cm, 8cm ou 10cm). A resistência mínima exigida pela

norma é de 35 MPA um material antiderrapante, de fácil aplicação e manutenção, com

reaproveitamento de peças, apresentando elevada durabilidade.

(IMAGEM 26: Piso intertravado)

Observação: Pavimento Intertravado

NBR – 9780: - Peças de Concreto para Pavimentação –

Determinação da Resistência à Compressão (Método de Ensaio)

Para a utilização do bloco de concreto como piso intertravado deverá, obrigatoriamente,

ter contenções laterais que evitem o deslizamento dos blocos. O confinamento é parte

fundamental do pavimento intertravado. O bloco de concreto será sempre assentado sobre uma

camada de areia média, limpa e seca, de 4cm (quatro centímetros) a 5cm (cinco centímetros)

de espessura, com a função de acomodar as peças de concreto, sendo nivelada manualmente

por meio de um sarrafo correndo sobre guias mestras de madeira ou alumínio. Essa camada de

areia será sobre uma base de material granular de, no mínimo 10 cm (dez centímetros),

compactada, a ser executada sobre um subleito regularizado e compactado.

As juntas entre os blocos devem ter aberturas em torno de 3 mm e serem preenchidas com

areia fina. A espessura mínima do bloco de concreto será de 6cm (seis centímetros) para tráfego

de pedestre e de 10cm (dez centímetros) nos locais de entrada e saída de veículos, ambos com

resistência a compressão ≥35MPa. Para garantir o alinhamento do pavimento, o assentamento

das peças deve seguir a orientação de fios guias previamente fixados, tanto na largura, quanto

no comprimento.

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Já para os acabamentos e arremates deverão ser realizados com pedaços de blocos

íntegros e serrados com disco de corte. A compactação dos blocos é feita com placas vibratórias

e em 02 (duas) etapas: compactação inicial e final. Entre as duas compactações será realizada a

varrição da areia fina para a selagem das juntas.

Brita corrida ou brita graduada, livre de sujeira

Observação para Moldados in loco e Estampado: NBR – 12655: –Concreto – Preparo, controle

e Recebimento – Procedimento Cura química: deve atender às normas ASTM C 309-07 e

ASTM C 156-03 Resistência característica à compressão deve ser maior ou igual a Fck 35 MPa

Dimensões dos panos – Relação 1:1,2 Brita corrida ou brita graduada, livre de sujeira Curar o

concreto por 07 (sete) dias.

(IMAGEM 27: Instalação do Piso Intertravado)

8.2 Concreto Convencional moldado in loco e Concreto Estampado

O concreto convencional simples, moldado in loco deverá, preferencialmente, ser

produzido em central de concreto, a qual será responsável pela qualidade do produto. Para o

concreto produzido na obra será necessário que o responsável técnico, antes do início da obra,

forneça o traço a ser utilizado e a forma de controle tecnológico, que será adotada para a

qualidade da mesma.

O concreto será sempre lançado sobre uma base de material granular de, no mínimo, 10

cm (dez centímetros), compactada, executada sobre um subleito regularizado e compactado. A

espessura mínima do concreto simples será de 6 cm (seis centímetros), para tráfego de pedestre

e de 8cm (oito centímetros) nos locais de entrada e saída de veículos, ambos com resistência de

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25MPa. Após o lançamento, o adensamento, o sarrafeamento e o desempeno do concreto, deve-

se proceder imediatamente à texturização e a cura.

A texturização deverá manter a superfície da calçada antiderrapante e atender ao conforto

de rolamento. Logo após será aplicado o produto de cura química. A cura final será dada pela

colocação de mantas têxteis, umedecidas sobre a superfície do pavimento, por no mínimo 07

(sete) dias.

Se o concreto for aplicado de forma contínua, sem interrupção, as aberturas das juntas

deverão ser executadas, tão logo a resistência do concreto permita o tráfego do equipamento de

corte. Deve-se usar disco diamantado para corte em concreto. O corte deverá possuir 6 mm de

largura e 3cm (três centímetros) de profundidade, realizado em toda a largura da calçada.

O tamanho dos panos que serão cortados não poderá exceder a relação 1,00m (um metro)

de largura e1,20m (um metro e vinte centímetros) de comprimento. As juntas deverão ser

seladas com materiais adequados e especificados em projeto.

Já o concreto estampado, consiste no uso de fôrmas para estamparia e produtos de

acabamentos especiais, podendo-se reproduzir cores e texturas variadas.

Execução passo a passo: concreto moldado in loco.

• Nivelamento e compactação do subleito, colocação de brita, instalação de fôrmas e telas

de aço.

• Lançamento adensamento (vibrado) e nivelamento (sarrafeamento) do concreto.

• Desempeno do concreto moldado in loco (para acabamento convencional: desempenar,

executar juntas e curar).

Execução passo a passo: concreto estampado

• Nivelamento e compactação do subleito, colocação de brita, instalação de fôrmas e telas

de aço.

• Lançamento, adensamento (Vibrado) e nivelamento (sarrafeamento) do concreto.

• Aplicação do pigmento enrijecido e “queima”.

• Estampagem no formato desejado.

• Execução de juntas de controle, lavagem, aplicação de resinas e liberação ao tráfego.

• Liberação para tráfego: Será em função dos resultados de resistência do concreto, os quais

deverão atingir 70% (setenta por cento) do valor especificado na cartilha.

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• Limpeza – jato de água e sabão neutro.

• Consertos – o piso é cortado de acordo com a modulação e refeito com os mesmos

produtos e estampas do existente.

8.3 Placas pré-moldadas de concreto – Sistema Aderido – Placa Fixa

Placas pré-fabricadas de micro concreto, de alto desempenho para tráfego de pedestres e

veículos leves, sendo as placas fixas com, no mínimo 2,5cm(dois centímetros e meio) de

espessura e assentadas com argamassa sobre base de concreto com espessura mínima de 10cm

(dez centímetros).

Uma base de concreto não estrutural, com resistência de 15MPA, no caso de tráfego de

pedestres e, de concreto estrutural, com resistência de 20MPA, com armadura nos locais de

entradas de veículos. Utilizar armadura para locais com tráfego de veículo (CA 60 4,2 mm

malha 10x10cm.

8.4 Pavimento permeável

Os pavimentos permeáveis são definidos como aqueles que possuem espaços livres na

sua estrutura onde a água e o ar podem atravessar. A camada de revestimento dos pavimentos

permeáveis nos sistemas à base de cimento pode ser executada utilizando concreto poroso

moldado in loco ou peças pré-moldadas de concreto.

O concreto poroso moldado in loco possui poros que permitem a infiltração de água, para

isso utilizam-se agregados com poucos ou sem finos, resultando nos vazios por onde a água

passa. Além disso, dependendo da sua dimensão são classificadas como peças de concreto para

pavimentação intertravada ou como placas de concreto.

Importante destacar que o revestimento deve permitir a passagem rápida da água, que

então fica armazenada por um período nas camadas de base e sub-base, funcionando como

reservatório e filtro.

Parâmetros de projeto:

Área da bacia de contribuição a ser controlada: é a área que terá suas águas pluviais

direcionadas para a medida. Este parâmetro depende da natureza da medida escolhida. No caso

de pavimentos permeáveis, a área deve ser menor do que 10 ha, ou seja, 100.000 m².

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Capacidade de infiltração do solo: tem influência sobre o desempenho dos dispositivos

de infiltração. Se a capacidade de infiltração estiver fora dos limites estabelecidos, medidas

infiltrantes não podem ser utilizadas. No caso de pavimentos permeáveis, o solo do local deve

ter capacidade de infiltração entre 7 e 200 mm/h.

Nível do lençol freático: também tem influência sobre o desempenho dos dispositivos de

infiltração, sendo que o nível máximo do lençol freático deve ser de até 1 m abaixo do fundo

do dispositivo. Se o nível do lençol freático for alto (acima de 1 m do fundo), a implantação do

pavimento permeável só pode ser feita se seu fundo for impermeável.

Risco de contaminação de aquífero: se o aquífero em questão for muito sensível à

poluição, não se recomenda a utilização de medidas que promovam a infiltração, tais como os

pavimentos permeáveis infiltrantes, pois geralmente, as águas pluviais carregam esgoto e

poluentes de origem difusa. Os pavimentos permeáveis de detenção com fundo

impermeabilizado podem ser utilizados.

Fragilidade do solo à ação da água: no caso de medidas de infiltração, alguns tipos de

solo podem perder suas características e sofrer desestruturação, mediante presença frequente de

água. E mesmo em medidas de detenção ou retenção, isso pode ocorrer, tornando o fundo da

estrutura muito barrento.

Permeabilidade do subsolo nos dispositivos de infiltração: quando o subsolo apresenta

baixa permeabilidade não se recomenda o uso de medidas infiltrantes como os pavimentos

permeáveis infiltrantes, mas podem-se utilizar os pavimentos permeáveis de detenção com

fundo impermeabilizado.

Declividade do terreno: como altas declividades restringem a implantação de dispositivos

de detenção e infiltração, estes não são recomendados em terrenos muito íngremes.

Ausência de local de destino para a descarga do volume regularizado de água: pavimentos

permeáveis (tanto os infiltrantes como os de detenção) devem possuir extravasores conectados

à rede de micro- drenagem, caso ocorram chuvas mais intensas do que a de projeto. Portanto,

na ausência de um local de destino para a descarga, são inviáveis.

Disponibilidade de área: apesar da necessidade de espaços amplos, os pavimentos

permeáveis podem ser implantados em substituição a pavimentação comum em diversos tipos

de áreas, como vias de tráfego leve, calçadas, praças, pátios e estacionamentos, o que aumenta

a disponibilidade de regiões adequadas.

Presença de instalações subterrâneas: se houver interferências de outras redes, como rede

de água, esgoto, luz e telefone, os pavimentos permeáveis só poderão ser implantados se estas

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puderem ser realocadas ou se a configuração de projeto da medida puder ser modificada e

adaptada.

Afluência poluída: a afluência de altas cargas de esgotos pode prejudicar o funcionamento

dos pavimentos permeáveis, nestes casos pode ser necessária a implantação de estruturas mais

complexas e caras que o próprio pavimento, o que pode inviabilizar sua implantação.

Afluência com alta taxa de sedimentos e lixo: se não for possível controlar a fonte de

poluição, deve-se considerar a manutenção como rotina ou estruturas de retenção a montante.

Assim, o projeto do dispositivo de pré-tratamento pode acabar se tornando mais complexo e

caro do que a própria medida, inviabilizando sua implantação.

Esforços e tráfego intensos: a implantação de pavimentos permeáveis não é recomendada

em áreas com tráfego intenso.

Flexibilidade de desenho: os pavimentos permeáveis estão limitados, somente, à

geometria do local em que serão implantados.

Limites de altura ou profundidade da medida de controle: em medidas que contam com a

infiltração no seu modo de funcionamento, a comparação entre o tempo de residência desejado

e a altura (condicionada pelo volume), pode resultar numa limitação desta última, dependendo

da capacidade de infiltração do solo. Dessa forma, o pavimento permeável só poderá ser

instalado caso seja possível modificar sua área superficial sem que seja modificado seu volume.

As seções tipo as três figuras a seguir, do pavimento intertravado permeável, consiste no

revestimento, camada de assentamento, base e sub-base, tubulação de drenagem, também

quando necessário e subleito.

(IMAGEM 28: Pavimento permeável com infiltração total no solo)

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(IMAGEM 29: Pavimento intertravado permeável com infiltração parcial no solo)

(IMAGEM 30: Pavimento intertravado permeável sem infiltração no solo)

8.5 Execução do passo a passo: pavimento permeável

Etapa 1: Preparação do subleito

O subleito poderá ser constituído pelo solo natural do local ou proveniente de empréstimo,

devendo apresentar índice de suporte Califórnia (CBR) maior que 2% e expansão volumétrica

menor ou igual a 2%. Toda a camada de subleito deve estar limpa, sem a presença de plantas,

raízes e qualquer tipo de matéria orgânica. Antes da execução da base e sub-base deve ser

verificado se o subleito atende a cota e os caimentos definidos no projeto. Quando existente, a

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tubulação de drenagem deve ser feita conforme projeto e direcionada para uma caixa de

detenção ou para sistema de drenagem.

Etapa 2: Posicionamento da manta geotêxtil não-tecido

Quando especificado em projeto, a manta geotêxtil tem como principal função evitar o

carregamento de finos para a camada de sub-base. A manta deve ser posicionada logo acima do

subleito e deve ser deixada uma sobra nas laterais de 0,3 m no caso de solos com Índice de

Suporte Califórnia (CBR) maior que 5 e de 0,6 m em solos mais fracos, com CBR menor ou

igual a 5.

Etapa 3: Execução das camadas de sub-base e base

A sub-base é espalhada em camadas de 100 mm a 150 mm e compactada usando uma

placa vibratória ou um rolo compactador. A base possui uma espessura de 100 mm e pode ser

executada em uma camada e compactada utilizando placa vibratória ou rolo compactador.

Etapa 4: Assentamento das peças pré-moldadas de concreto

Antes de iniciar a execução da camada de assentamento devem ser posicionadas as

contenções laterais que garantam a estabilidade horizontal do sistema. Estas são constituídas de

estrutura rígida ou de dispositivos fixados na base do pavimento, de modo a impedir o seu

deslocamento.

A camada de assentamento deve ser espalhada uniformemente com uma espessura

suficiente para que após compactação tenha uma espessura final de 50 mm. O material de

assentamento é então nivelado manualmente por meio de régua metálica, correndo a régua sobre

as mestras ou de modo mecanizado, resultando em uma superfície sem irregularidades. Após o

nivelamento a camada de assentamento não deve ser submetida ao tráfego de equipamentos ou

pedestres antes da instalação das peças de concreto. Os espaços deixados pela régua metálica

devem ser preenchidos com material de assentamento.

O assentamento das peças pode ser manual ou mecanizado, e deve ser executado sem

modificar a espessura e uniformidade da camada de assentamento. A primeira fiada deve ser

assentada de acordo com o padrão de assentamento estabelecido no projeto, respeitando-se o

esquadro e o alinhamento previamente marcados e a peça não deve ser arrastada sobre a camada

de assentamento até sua posição final. Manter as linhas guia na frente da área de assentamento

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das peças, verificando-se regularmente o alinhamento longitudinal e transversal e efetuar os

ajustes de alinhamento das peças, mantendo-se a espessura das juntas uniforme.

Etapa 5: Rejuntamento

Após assentar as peças, espalhar o material de rejuntamento seco sobre a camada de

revestimento, formando uma camada fina e uniforme em toda a área executada e então se

executa a varrição do material de rejuntamento até que as juntas entre as peças e destas com a

contenção lateral, sejam preenchidas a 5 mm do topo das peças.

Etapa 6: Compactação

A compactação deve ser executada utilizando-se placas vibratórias, que proporcionem a

acomodação das peças na camada de assentamento, mantendo a regularidade da camada de

revestimento sem danificar as peças de concreto e seguindo os seguintes critérios: a

compactação deve ser realizada com sobreposição entre 15 cm a 20 cm em cada passada sobre

a anterior; alternar a execução da compactação com o espalhamento do material de

rejuntamento, até que as juntas tenham sido preenchidas até 5 mm do topo do pavimento.

Por fim, a compactação deve ser executada aproximadamente até 1,5 m de qualquer frente

de trabalho do assentamento, que não contenha algum tipo de contenção.

(IMAGEM 31: Execução do passo a passo)

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9. SITUAÇÕES URBANAS ESPECIAIS

9.1. Estacionamentos

Deve-se prever nas vias públicas e nas áreas de estacionamento público vagas para

veículos que conduzam ou sejam conduzidos por pessoas com deficiência, atendendo aos

critérios abaixo descritos.

QUANTIDADE: Deve-se prever ao menos 10% do total das vagas disponíveis nas vias

públicas às pessoas com deficiência, estrategicamente distribuídas, conforme os critérios de

localização.

LOCALIZAÇÃO: Estar localizada próxima aos polos de atração (como ruas comerciais,

parques, hospitais, escolas, etc), garantindo acesso livre de obstáculos até a entrada principal

da edificação e vinculadas a rotas acessíveis.

DIMENSIONAMENTO: A área destinada ao estacionamento do veículo deverá possuir,

no mínimo, 2,5m de largura por 5 m de comprimento. Deve possuir faixa de circulação com,

no mínimo, 1,20m de largura, exceto se a vaga estiver junto à faixa de travessia de pedestres.

ACESSOS À CALÇADA: Estar localizada junto à faixa de travessia de pedestres que já

contenha a guia rebaixada para pedestres; ou possuir junto à vaga acesso à calçada através de

guia rebaixada. Atenção: as guias rebaixadas junto às vagas de estacionamento não devem

possuir piso tátil de alerta.

9.2. Sinalização e modelos de vagas para veículos

A demarcação das vagas deve ser realizada conforme a figura abaixo:

(IMAGEM 32: Modelo de sinalização para veículos)

Atentando para os seguintes aspectos:

Ser executada em linha contínua, com 0,20m de largura, na cor branca para delimitar a

área de estacionamento do veículo;

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Possuir Símbolo Internacional de Acesso com dimensionamento de 1,70m x 1,70m

pintado nas cores azul e branco e posicionado conforme a figura a seguir:

(IMAGEM 33: Símbolo Internacional de Acesso)

A área de circulação junto às vagas deve ser pintada na cor amarela, com 0,10m de largura

e distantes 0,30m entre si.

SINALIZAÇÃO VERTICAL

Todas as vagas devem estar sinalizadas verticalmente de maneira a possibilitar a

visibilidade à distância, devendo utilizar para ambientes internos a figura da direita e para

ambientes externos a figura da esquerda conforme imagem abaixo:

(IMAGEM 34: sinalização vertical)

9.3. Parklets

Parklets são áreas contíguas às calçadas, onde são construídas estruturas geralmente de

madeira (mas podem ser de ferro ou plástico) – com espaços para as pessoas se sentarem

próximas às calçadas, a fim de proporcionar lazer e convívio onde, anteriormente, havia vagas

de estacionamento de carros, contribuindo também com a sustentabilidade. Para sua instalação,

a empresa deve apresentar um projeto técnico à prefeitura, que respeite todas as regras de

acessibilidade e instalação exigidos pela prefeitura e um Registro de Responsabilidade Técnica

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assinado e emitido pelo CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo) ou pelo CREA (Conselho

Regional de Engenharia e Agronomia).

O parklet não pode ser instalado em esquinas (deve manter pelo menos 15 metros de

distância da esquina), nem ocupar vagas destinadas a idosos ou táxis. 50% da área total do

parklet também deve ser permeável. Cada cidade possui sua própria legislação para

implementação de parklet.

9.4. Vegetação

O plantio de árvores deverá atender as seguintes especificações:

• Nas calçadas com larguras inferiores a 1,50m é proibido o plantio de árvores;

• Possibilitar área de circulação recomendada de 1,50m, sendo admissível o mínimo de

1,20m;

• Não deve interferir na circulação dos veículos pelas vias, nas fachadas das edificações,

nem na área de circulação dos pedestres;

• A área mínima da gola deve ser igual a um quadrado de 0,50m x 0,50m ou um círculo de

0,50m de diâmetro, com 0,60m de profundidade;

• A escolha e a disposição da arborização não devem prejudicar a iluminação da via;

• A localização e o porte das árvores não devem obstruir a visão dos usuários em relação às

placas de identificação e sinalizações de orientação do trânsito.

9.5. Grelhas

As tampas de caixas de inspeção, juntas e grelhas, instaladas nas calçadas, devem

localizar-se, preferencialmente, fora da faixa livre de circulação, e estar niveladas com o piso

adjacente. Devem ser resistentes a esforços mecânicos e a intempéries. Se as grelhas e juntas

forem instaladas na área de circulação, deverão estar dispostas em sentido transversal ao

deslocamento de pessoas e os vãos não podem ser superiores a 15 mm.

(IMAGEM 35: Grelhas)

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9.6. Sinalização

Em virtude da Lei nº 7.405, de 12 de dezembro de 1985, o emprego do Símbolo

Internacional de Acesso (SIA), destinado a sinalizar os locais acessíveis, é obrigatório nos

espaços, mobiliários, equipamentos e edificações urbanos cuja utilização é permitida a Pessoas

Com Deficiência (PCD), devendo ser afixada em local visível ao público. A representação do

símbolo internacional de acesso consiste em um pictograma branco sobre fundo azul (referência

Munsell 10B5/10 ou Pantone 2925 C). Este símbolo pode, opcionalmente, ser representado em

branco e preto (pictograma branco sobre fundo preto ou pictograma preto sobre fundo branco),

e deve estar sempre voltado para o lado direito. Nenhuma modificação, estilização ou adição

deve ser feita a estes símbolos. As representações dos Símbolos Internacionais de Acesso

encontram-se disponíveis na NBR 9050/15 e são as seguintes:

(IMAGEM 36: Símbolos Internacionais de acesso)

Conforme figura acima, da direita para a esquerda, de cima para baixo: Pessoa Com

Deficiência, Pessoa com Deficiência Auditiva e Pessoa com Deficiência Visual.

9.7. Faixa de travessia elevada (Traffic Calming)

A Faixa de travessia elevada melhora as condições de acessibilidade e segurança dos

pedestres nas vias públicas, amplia a visibilidade da travessia dos pedestres, reduz a velocidade

dos automóveis; não se trata de “lombadas”, ela tem a ver com a segurança do pedestre e a

proposta é que essa faixa elevada esteja mais nivelada com as calçadas. A Resolução nº 495, de

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5 de junho de 2014 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) estabelece os padrões e

critérios para a instalação de faixas elevadas para travessia de pedestres em vias públicas.

Conforme Art. 3º da RESOLUÇÃO N° 495, DE 5 DE JUNHO DE 2014, a faixa elevada

para travessia de pedestres deve atender a projeto-tipo apresentando as seguintes dimensões:

I- Comprimento: igual à largura da pista, garantindo as condições de drenagem

superficial;

II- Largura da superfície plana (plataforma): no mínimo 4,00m e no máximo 7,00m,

garantindo as condições de drenagem superficial. Larguras fora desse intervalo

poderão ser admitidas, desde que devidamente justificadas pelo órgão de trânsito;

III- Rampas: o comprimento das rampas (H no anexo I) deve ser calculado em função

da altura da faixa elevada, com inclinação entre 5% e 10% em função da

composição do tráfego e da velocidade desejada;

IV- Altura: deve ser igual à altura da calçada, desde que não ultrapasse 15 cm. Em

locais em que a calçada tenha altura superior a 15 cm, a concordância entre o nível

da faixa elevada e o da calçada deve ser feita por meio de rebaixamento da calçada,

conforme estabelecido na norma ABNT NBR 9050.

V- Inclinação da faixa elevada: no sentido da largura deve ser de no máximo 3% e

no sentido do comprimento deve ser de no máximo 5%.

VI- A faixa elevada para travessia de pedestres pode ser implantada somente em

trechos de vias que apresentem características operacionais adequadas para

tráfego em velocidade máxima de 40 km/h, seja por suas características naturais,

seja por medidas para redução de velocidade.

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(IMAGEM 37: Faixa de travessia elevada)

(IMAGEM 38: Modelo de faixa de travessia elevada NBR 9050/15)

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10. GLOSSÁRIO

Acessibilidade: garantir a mobilidade para todos os usuários, assegurando o acesso, em

especial, daquelas pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, bem como, idosos, gestantes,

convalescentes de traumatismos ou enfermidades, entre outras.

Segurança: garantir que as calçadas, os caminhos e as travessias sejam projetados e

implantados livres de riscos de acidentes, minimizando eventuais interferências decorrentes da

instalação do mobiliário urbano, equipamentos de infraestrutura, vegetação, sinalização,

publicidade, tráfego de veículos e edificações.

Conexão: acessibilidade de rotas, que devem ser concebidas de forma contínua e

integradas por convenientes conexões entre destinos, incluindo as habitações, os equipamentos

e serviços públicos, os espaços públicos, o comércio e o lazer, entre outros.

Harmonia: observação dos aspectos estéticos e harmônicos, devendo o desenho da

calçada considerar o entorno, incluindo espaços, como praças, jardins, parques e áreas para

pedestres, assim como com a fachada das edificações lindeiras, dando continuidade a uma rota

acessível, contínua e facilmente perceptível, objetivando a segurança a qualidade e estética.

Conformidade Técnica: respeitar as especificações das normas técnicas pertinentes,

garantindo o bom desenho da via e privilegiando o trânsito de pedestres.

Diversidade de uso: através do uso misto do solo, criar incentivo para o caminhar,

tornando o ambiente dinâmico, de forma a proporcionar um maior interesse do pedestre ao usar

a calçada e o seu entorno.

Caminhar: estimular o caminhar, tornando as calçadas mais acessíveis e,

consequentemente, aumentando a qualidade de vida dos cidadãos.

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11. Anexos

Imagem 1 – Créditos:

www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/calcadas/index.php?p=37447

Imagem 2 – Créditos:

http://www.mobilize.org.br/blogs/o-direito-de-ir-e-vir/sem-categoria/como-fazer-um-passeio-para-

todos-na-pratica/?fb_comment_id=1569190276471466_1570864916304002)

Imagem 3 – Créditos: SustentArqui

Imagem 4 – Créditos: SustenArqui

Imagem 5 – Créditos: SustenArqui

Imagem 6 – Créditos: GuiadeAcessibilidadeMG

Imagem 7 – Créditos: GPU - Gerência de Planejamento Urbano

Imagem 8 – Créditos: Manual de Duque de Caxias

Imagem 9 – Créditos: GuiadeAcessibilidadeMG

Imagem 10 – Créditos: Manual A cidade é para todos - Prefeitura de Navegantes

Imagem 11 – Créditos:

https://www.saopedrodacipa.mt.gov.br/arquivos/2017/1c9028c341578da4bb3a4d0196c3f0fb.pdf

Imagem 12 – Créditos: Manual A cidade é para todos – Prefeitura de Navegantes

Imagem 13 – Créditos: Manual A cidade é para todos – Prefeitura de Navegantes

Imagem 14 – Créditos: Manual A cidade é para todos – Prefeitura de Navegantes

Imagem 15 – Créditos:

Imagem 16 – Créditos:

Imagem 17 – Créditos: http://www.pluripiso.com.br/piso_tatil.html

Imagem 18 – Créditos: http://www.somenteacessibilidade.com.br/

Imagem 19 – Créditos: http://www.somenteacessibilidade.com.br/

Imagem 20 – Créditos: http://www.somenteacessibilidade.com.br/

Imagem 21 – Créditos: GPU – Gerência de Planejamento Urbano

Imagem 22 – Créditos: GPU – Gerência de Planejamento Urbano

Imagem 23 – Créditos: GPU – Gerência de Planejamento Urbano

Imagem 24 – Créditos: GPU – Gerência de Planejamento Urbano

Imagem 25 – Créditos: Fonte: ABCP – Piso Intertravado

Imagem 26 – Créditos: abcp

Imagem 27 – Créditos: abcp

Imagem 28 – Créditos: Projeto Técnico

Imagem 29 – Créditos: Projeto Técnico

Imagem 30 – Créditos: Projeto Técnico

Imagem 31 – Créditos: Projeto Técnico

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Imagem 32 – Créditos: ABNT

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Imagem 38 – Créditos: Projeto Técnico

EQUIPE TÉCNICA DE ELABORAÇÃO DO MANUAL

Apoio Técnico : Luiz Gustavo Tavares Guimarães - FIRJAN

Coordenação de Projetos - Izabel Pimentel - Gabinete

Coordenação de Projetos - Rinaldo Fagundes - Secretaria de Obras

Coordenadoria de Projeto - Luiz Claudio Leal Barreto - Secretaria de Administração

Coordenadora de Acessibilidade - Vanessa Pimentel

Elaboração - José das Neves - Secretaria de Administração

Elaboração - Marco Teixeira- Secretaria de Administração

Elaboração - Hevelyn Bispo Secretaria de Turismo

Elaboração - Lívia Ribeiro Soares - Educação (SEMECCT)

Elaboração - Beatris Esperante Ismerio - Educação (SEMECCT)

Elaboração - Larissa Ramos - Secretaria Municipal do Ambiente

Elaboração - Diogo Tavares - Secretaria de Obras

Revisão e Edição - Juliana Rodrigues - Coordenadoria de Comunicação

Revisão e edição - Marjorie Mendonça - Coordenadoria de Comunicação

Projeto Gráfico - Miguel Simas - Coordenadoria de Comunicação

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