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FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] 1 MANUAL PARA A ELABORAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) 2010 Mariana

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MANUAL PARA A ELABORAÇÃO DO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

(TCC)

2010

Mariana

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SUMÁRIO

CAPÍTULO 1

O que é o TCC? .................................................................................6

O que é uma monografia ...................................................................6

CAPÍTULO 2

Tipos de Pesquisa

Pesquisa Bibliográfica ........................................................................................9

Pesquisa Descritiva ............................................................................................ 9

Pesquisa Experimental ......................................................................................11

Pesquisa Exploratória .......................................................................................12

Roteiro para as pesquisas Descritiva e Experimental .......................12

CAPÍTULO 3

Metodologia da Pesquisa

Abordagem Quantitativa .................................................................................16

Abordagem Qualitativa ...................................................................................16

CAPÍTULO 4

As etapas da preparação de uma pesquisa

Escolha e delimitação do tema .........................................................................20

Seleção de métodos e técnicas .........................................................................22

- Levantamento bibliográfico ...................................................................23

- Apontamento e anotações ......................................................................25

Coleta e análise de dados – leitura e processos de leitura

- Pré-leitura ...............................................................................................27

- Leitura seletiva .......................................................................................27

- Leitura crítica ou reflexiva .....................................................................28

- Leitura interpretativa ..............................................................................29

Técnicas de coleta de dados

- Entrevista ......................................................................................................31

- Questionário .................................................................................................33

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- Formulário ....................................................................................................34

CAPÍTULO 5

Como elaborar um projeto de pesquisa?

- Título ..............................................................................................................36

- Introdução .......................................................................................................36

- Objetivos .........................................................................................................37

- Justificativa .....................................................................................................37

- Metodologia ....................................................................................................38

- Cronograma ....................................................................................................39

- Orçamento ......................................................................................................39

- Referências bibliográficas..............................................................................39

CAPÍTULO 6

As partes do relatório da pesquisa ......................................................41

CAPÍTULO 7

Como elaborar o conteúdo da Monografia

Elementos textuais: conteúdo do trabalho.........................................................46

- O uso da linguagem científica .........................................................................47

- Características da linguagem científica ...........................................................48

- Uso do vocabulário comum .............................................................................49

Como elaborar a introdução, o desenvolvimento e a conclusão da

Monografia

- Introdução ........................................................................................................50

- Desenvolvimento .............................................................................................53

- Conclusão ........................................................................................................57

CAPÍTULO 8

Elementos de apoio ao texto: Normas da “ABNT” ...........................61

CAPÍTULO 9

Exemplo prático de Monografia ........................................................95

CAPÍTULO 10

Informações NUPE/FEMAR..............................................................124

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CAPÍTULO 11

Referências bibliográficas ........................................................................126

CAPÍTULO 12

Bibliografia complementar .......................................................................127

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APRESENTAÇÃO

Estamos no século vinte e um e o mundo tem passado por mudanças muito

rápidas, como jamais vimos. O aumento da tecnologia, a ampliação cada vez mais

crescente dos meios de comunicação, o surgimento de novas formas de trabalho e de

estudo são resultados de uma geração que tem buscado cada vez mais a ampliação de

seus conhecimentos.

Essas mudanças ocorreram e têm ocorrido porque, justamente, em algum

momento da história, alguém se dispôs a pesquisar e a conhecer, para tentar

compreender o mundo que o cerca e nele interferir, contribuindo significativamente para

o desenvolvimento de novos saberes, novas tecnologias, novas formas de ver o mundo e

os fenômenos que nele ocorrem.

Sabemos que muitos desses conhecimentos produzidos e das novas técnicas

desenvolvidas trouxeram mudanças consideráveis para a vida no planeta, assim como

sabemos que também houve aqueles que produziram conhecimentos que resultaram em

problemas para a vida na terra.

Apesar de haver pontos negativos, o nosso foco é justamente sobre os benefícios

que o conhecimento pode trazer à vida em comunidade, ao ambiente de trabalho, à

sociedade como um todo. Para proporcionarmos mudanças na sociedade é preciso

conhecer e para conhecer é preciso pesquisar.

O conhecimento pressupõe a pesquisa e é justamente a pesquisa como fonte de

conhecimento e de interferência positiva na sociedade que é o nosso foco.

Esse Manual trata justamente da elaboração de pesquisa e, conseqüentemente,

da produção de conhecimento que possa ser positivo para o ambiente de trabalho, para

as relações humanas, para a sociedade em geral. E nada melhor que o ambiente

acadêmico para realizar tal intento, haja vista que é na academia que se produz o maior

número de pesquisas que tem proporcionado bons resultados à sociedade.

Desse modo, é na elaboração do seu projeto de pesquisa e na realização de sua

pesquisa que, você, prezado aluno, poderá contribuir com a sociedade brasileira, ao

compreender a realidade que o cerca e assim poder propor mudanças e melhorias, pois,

afinal, devemos sempre buscar melhorar o meio que nos cerca e aprimorar nossa visão

sobre ele.

Esperamos que esse Manual possa contribuir enormemente para a produção de

conhecimentos, que serão úteis para a academia enquanto produtora de conhecimentos,

mas, principalmente, para a nossa sociedade, que necessita de pessoas capacitadas e

com competência para analisá-la, compreendê-la e proporcionar mudanças

significativas.

Juçara Moreira Teixeira

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CAPÍTULO 1

I – O QUE É O TCC?

O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é requisito necessário para a obtenção

do título de Bacharel em Administração e consiste na elaboração de uma Monografia,

resultante de uma pesquisa de caráter científico, que verse sobre algum tema estudado

por você durante a graduação e/ou de uma observação surgida durante o seu período de

estágio.

Por ser uma Monografia, esta deve obedecer a algumas regras instituídas quanto

à sua elaboração. Entretanto, antes de elaborar a Monografia propriamente dita – que

será entregue no 8° período –, você deverá apresentar um Projeto ou Plano de trabalho –

no 7° período – indicando qual é o tema que você objetiva pesquisar, de onde surgiu

esse tema, o que ele apresenta de novo em relação à bibliografia existente, qual a

relevância do estudo desse tema para a área da Administração, qual o procedimento de

pesquisa, quais dados serão analisados, a qual objetivo se pretende chegar, entre outras

questões que serão explicadas com mais profundidade ao longo desse Manual.

II – O QUE É UMA MONOGRAFIA?

De acordo com Oliveira (1999), a palavra Monografia, em sua origem, significa

“trabalho escrito sobre um único tema”(p.235). Isso quer dizer que, ao elaborar uma

Monografia, torna-se necessário delimitar um determinado tema com o qual se deseja

trabalhar.

Oliveira (1999) afirma que “uma pesquisa sobre a caracterização dos escritos

científicos mostra que Salvador (1977: 32) apresenta a conceituação de Monografia

segundo alguns autores:

A monografia é um estudo científico de uma questão bem determinada e

limitada, realizado com profundidade e de forma exaustiva. (Rafael Farina)

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É um trabalho sistemático e completo sobre um assunto particular, usualmente

pormenorizado no tratamento, mas não extenso no alcance. (American Library

Association)”

Pelos trechos citados acima podemos concluir, de modo simplificado, que a

monografia é o resultado de uma pesquisa sobre um determinado tema. Esse tema

deverá ser pesquisado exaustivamente, a fim de saber se já foi dito algo sobre ele, quais

posicionamentos que existem a respeito do assunto, quais dados podem auxiliar na

confirmação de sua hipótese. Também é um trabalho sistemático, isto é, um trabalho

bem organizado, com suas partes interdependentes, que exige um roteiro para ser

seguido passo a passo até a conclusão da pesquisa.

Para realizar tal feito não é necessário um “tratado enorme” sobre o tema

escolhido, mas apenas o necessário que mostre que a pesquisa é bem feita, fruto de um

trabalho cuidadoso de coleta e análise de dados relevantes. É exatamente por isso que

foi dito na citação acima que a monografia não é um trabalho extenso no alcance.

Portanto, não se deve confundir uma pesquisa bem organizada, que segue todo um

planejamento prévio e que faz uma análise científica cuidadosa, com uma extensão

desregrada, usada apenas para “embromar” o avaliador do trabalho.

A seguir, são expostas algumas considerações feitas por Oliveira (1999) sobre a

elaboração de uma monografia:

A - a monografia não é:

- repetir o que já foi dito por outro, sem se apresentar nada de novo ou em

relação ao enfoque, ao desenvolvimento ou às conclusões;

- responder a uma espécie de questionário; não é executar um trabalho

semelhante ao que se faz em um exame ou deveres escolares;

- manifestar meras opiniões pessoais, sem fundamentá-las com dados

comprobatórios logicamente correlacionados e embasados em raciocínio;

- expor idéias demasiado abstratas, alheias tanto aos pensamentos,

preocupações, conhecimentos ou desejos pessoais do autor da monografia

como de sua particular maturidade psicológica e intelectual;

- manifestar uma erudição livresca, citando frases irrelevantes, não

pertinentes e mal-assimiladas, ou desenvolver perífrases sem conteúdo ou

distanciadas da particular experiência de cada caso.

B - a monografia é:

- um trabalho que observa e acumula observações;

- organiza essas informações e observações;

- procura as relações e regularidades que podem haver entre elas;

- indaga sobre os seus porquês;

- utiliza de forma inteligente as leituras e experiências para comprovação;

- comunica aos demais seus resultados.

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C - as afirmações científicas componentes de uma monografia:

- expressam uma descoberta verdadeira;

- apresentam provas. Para muitos, é a comprovação que distingue o científico

daquele que não é. Em conseqüência, pode-se afirmar que a maior arte de

uma investigação científica consiste na procura de provas conclusivas;

- pretendem ser objetivas, ou seja, independentes do pesquisador que as

apresenta: qualquer outro investigador deve poder encontrar o mesmo

resultado, isto é, verificar as informações ou, com o seu trabalho, refutá-las

ou modificá-las;

- possuem uma formulação geral. A ciência procura, classifica e relaciona

fatos ou fenômenos com a intenção de encontrar os princípios gerais que os

governam;

- são, geralmente, sistemáticas, portanto ordenadas segundo princípios

lógicos;

- expõe interpretações e relações entre os fatos-fenômenos assim como suas

regularidades. (p.237-238)

Para proceder à elaboração de sua monografia você precisa escolher um

determinado assunto (tema) que será objeto de sua pesquisa. Tanto a escolha do tema

quanto o planejamento e a elaboração da pesquisa deverão seguir alguns passos, como

os explicitados a seguir, compilados de Marconi e Lakatos (2003) e Oliveira (1999).

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CAPÍTULO 2

1 – TIPOS DE PESQUISA1

1.1 - Pesquisa Bibliográfica

Você tem um problema a ser investigado (que é o tema da sua pesquisa) e, para

investigar e encontrar respostas para esse problema, você precisará de referências

teóricas publicadas em artigos, livros, dissertações e teses, que serão a sua pesquisa

bibliográfica.

A pesquisa bibliográfica pode ser realizada independentemente ou como parte da

pesquisa descritiva ou experimental.

Em ambos os casos, você irá pesquisar todo o material disponível que dê

contribuição para o assunto, tema ou problema do qual você está tratando.

Todo o procedimento da pesquisa bibliográfica está descrito no item

“Levantamento bibliográfico”.

1.2 - Pesquisa Descritiva

A pesquisa descritiva observa, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos

(variáveis) sem manipulá-los. Procura descobrir, com a maior precisão possível, a

freqüência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua

natureza e suas características. Busca conhecer as diversas situações e relações que

ocorrem na vida social, política e demais aspectos do comportamento humano, tanto do

indivíduo tomado isoladamente como de grupos e comunidades mais complexas.

A pesquisa descritiva desenvolve-se, principalmente, nas ciências humanas e

sociais, abordando aqueles dados e problemas que merecem ser estudados, mas cujo

registro não consta de documentos. Os dados, por ocorrerem em seu hábitat natural,

1 Texto retirado na íntegra de CERVO, Amado Luís; BERVIAN, Pedro A.; DA SILVA, Roberto.

Metodologia Científica. 6ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.p. 60-64.

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precisam ser coletados e registrados ordenadamente para seu estudo propriamente dito.

A pesquisa descritiva pode assumir diversas formas, entre as quais se destacam:

a) Estudos descritivos: trata-se do estudo e da descrição das características,

propriedades ou relações existentes na comunidade, grupo ou realidade pesquisada. Os

estudos descritivos, assim como os exploratórios, favorecem, na pesquisa mais ampla e

completa, as tarefas de formulação clara do problema e da hipótese como tentativa de

solução. Comumente se incluem nesta modalidade os estudos que visam a identificar as

representações sociais e o perfil de indivíduos e grupos, como também os que visam a

identificar estruturas, formas, funções e conteúdos.

b) Pesquisa de opinião: procura saber atitudes, pontos de vista e preferências das

pessoas a respeito de algum assunto com o objetivo de tomar decisões. A pesquisa de

opinião abrange uma faixa muito grande de investigações que visam a identificar falhas

ou erros, descrever procedimentos, descobrir tendências, reconhecer interesses e outros

comportamentos. Esta modalidade da pesquisa é a mais divulgada pelos meios de

comunicação, pois permite tratar de temas do cotidiano, como intenções de voto, de

compra e de consumo; verificar tendências de opinião pública; criar, por meio da

manipulação de dados, opiniões contra ou a favor de temas polêmicos, como aborto,

pena de morte, redução da idade penal etc.

c) Pesquisa de motivação: busca saber as razões inconscientes e ocultas que

levam, por exemplo, o consumidor a utilizar determinado produto ou que determinam

certos comportamentos e atitudes.

d) Estudo de caso: é a pesquisa sobre determinado indivíduo, família, grupo ou

comunidade que seja representativo de seu universo, para examinar aspectos variados de

sua vida.

e) Pesquisa documental: são investigados documentos com o propósito de

descrever e comparar usos e costumes, tendências, diferenças e outras características.

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As bases documentais permitem estudar tanto a realidade presente como o

passado, com a pesquisa histórica.

Em síntese, a pesquisa descritiva, em suas diversas formas, trabalha sobre

dados ou fatos colhidos da própria realidade.

A coleta de dados aparece como uma das tarefas características da pesquisa

descritiva. Para viabilizar essa importante operação de coleta de dados são utilizados

como principais instrumentos, a observação, a entrevista, o questionário e o formulário.

A coleta e o registro de dados, porém, com toda a sua significação, não constituem, por

si sós, uma pesquisa, mas sim técnicas específicas para a consecução dos objetivos da

pesquisa. Seja qual for seu tipo, a pesquisa resulta da execução de inúmeras tarefas,

desde a escolha do assunto até o relatório final, o que também implica a adoção

simultânea e consecutiva de variadas técnicas em uma pesquisa.

1.3 – Pesquisa Experimental

A pesquisa experimental caracteriza-se por manipular diretamente as variáveis

relacionadas com o objeto de estudo. Nesse tipo de pesquisa, a manipulação das

variáveis proporciona o estudo da relação entre as causas e os efeitos de determinado

fenômeno. Com a criação de situações de controle, procura-se evitar a interferência de

variáveis intervenientes. Interfere-se diretamente na realidade, manipulando-se a

variável independente a fim de observar o que acontece com a dependente.

Enquanto a pesquisa descritiva procura classificar, explicar e interpretar os

fenômenos que ocorrem, a pesquisa experimental pretende dizer de que modo ou por

que o fenômeno é produzido. Para atingir esses resultados, o pesquisador deve fazer uso

de aparelhos e instrumentos que a técnica moderna coloca a seu alcance ou de

procedimentos apropriados e capazes de tornar perceptíveis as relações existentes entre

as variáveis envolvidas no objeto de estudo.

Convém esclarecer que a pesquisa experimental não se resume a pesquisas

realizadas em laboratório, assim como a descritiva não se resume a pesquisas de campo.

Os termos de campo e de laboratório indicam apenas o contexto em que elas se

realizam. Uma pesquisa pode ser experimental tanto em contexto de campo quanto de

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laboratório. O mesmo acontece com a descritiva. Pode-se dizer que, no contexto de

laboratório, realizam-se mais pesquisas de natureza experimental.

1.4 – Pesquisa exploratória

A pesquisa exploratória, designada por alguns autores como pesquisa quase

científica ou não científica, é normalmente o passo inicial no processo de pesquisa pela

experiência e um auxílio que traz a formulação de hipóteses significativas para

posteriores pesquisas. A pesquisa exploratória não requer a elaboração de hipóteses a

serem testadas no trabalho, restringindo-se a definir objetivos e buscar mais

informações sobre determinado assunto de estudo. Tais estudos têm por objetivo

familiarizar-se com o fenômeno ou obter uma nova percepção dele e descobrir novas

idéias.

A pesquisa exploratória realiza descrições precisas da situação e quer descobrir

as relações existentes entre seus elementos componentes. Esse tipo de pesquisa requer

um planejamento bastante flexível para possibilitar a consideração dos mais diversos

aspectos de um problema ou de uma situação. Recomenda-se a pesquisa exploratória

quando há pouco conhecimento sobre o problema a ser estudado.

2 – ROTEIRO PARA AS PESQUISAS DESCRITIVA E

EXPERIMENTAL

Obs.: Muitas indicações presentes nesse roteiro poderão ser usadas na confecção do

projeto e na apresentação do relatório final.

As pesquisas descritiva e experimental, embora percorram as diversas fases da

pesquisa bibliográfica, apresentam algumas características próprias. O roteiro abaixo,

que pretende adaptar os passos das pesquisas descritiva e experimental as fases da

pesquisa bibliográfica, poderá servir de orientação para a execução de trabalhos dessa

natureza.

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a) Escolha do tema: deve-se escolher um tema que seja significativo e

adequado ao interesse, ao nível de formação e às reais condições de

trabalho do pesquisador. Constitui dificuldade adicional para o

estudante pretender trabalhar com temas com os quais não tenha

afinidade ou que não despertem motivação ou interesse.

b) Delimitação do tema: dentro de um mesmo tema, deve-se selecionar

um tópico para ser estudado e analisado em profundidade, tornando-o

viável de ser pesquisado. Evite temas amplos que resultem em

trabalhos superficiais.

c) Justificativa da escolha: o aluno deve mostrar as razões da preferência

pelo assunto escolhido e sua importância diante de outros temas.

(No relatório de pesquisa, os itens descritos acima constam da

introdução.)

d) Revisão da literatura especializada: é a realização de uma pesquisa

bibliográfica que visa a identificar, localizar, ler, analisar e anotar os

principais tópicos da literatura especializada sobre a questão

delimitada. Tal estudo preliminar e sintético trará informações sobre a

situação atual do problema, sobre os trabalhos já realizados a respeito

e sobre opiniões existentes, o que constitui o estado da arte sobre a

questão. Esses conhecimentos prévios auxiliarão o investigador nos

demais passos para o planejamento do projeto de pesquisa.

e) Formulação do problema: deve-se redigir, de forma interrogativa,

clara, precisa e objetiva, o tópico que se tornará o objeto de estudo da

pesquisa. O problema levantado deve expressar uma relação entre duas

ou mais variáveis. A elaboração clara do problema é fruto de revisão

da literatura e de reflexão pessoal.

f) Enunciado da hipótese: a hipótese, como resposta e explicação

provisória, relaciona as duas ou mais variáveis do problema levantado.

A hipótese deve ser testável e responder ao problema, ainda que de

forma provisória. Nos trabalhos escolares e acadêmicos, é conveniente

que o número de hipóteses seja reduzido.

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g) Amostragem: a pesquisa procura estabelecer generalizações a partir de

observações em grupos ou conjuntos de indivíduos chamados de

população ou universo. População pode referir-se a um conjunto de

pessoas, de animais ou de objetos que representem a totalidade de

indivíduos que possuam as mesmas características definidas para um

estudo. A pesquisa, porém, é feita com uma parte representativa da

população, denominada amostra, e não com a totalidade dos

indivíduos. Amostragem é, pois, a coleta de dados de uma parte da

população, selecionada segundo critérios que garantam sua

representatividade (SELLTIZ, 1976, p.571).

h) Instrumentos: no projeto de pesquisa, devem-se indicar as técnicas a

serem usadas para a coleta de dados, como a entrevista, o questionário

e o formulário, anexando-se ao projeto um modelo do instrumento a

ser utilizado. Quando se tratar de pesquisa experimental, devem ser

descritos os instrumentos e materiais ou as técnicas a serem usadas.

i) Procedimentos: em pesquisas descritivas faz-se a descrição detalhada

de todos os passos da coleta e do registro dos dados (quem? quando?

onde? como?). Descrevem-se ainda as dificuldades, as preocupações, a

supervisão e o controle. Na pesquisa experimental, é detalhada a forma

usada para fazer a observação, a manipulação da variável

independente, o tipo de experimento, o uso ou não de grupo de

controle e a maneira do registro dos resultados. No relatório, os dados

são apresentados depois de classificados sob forma descritiva e, de

preferência, em tabelas, quadros ou gráficos. Os dados devem

explicar-se por si mesmos a fim de não exigirem do leitor exames

exaustivos que o obriguem a um grande esforço interpretativo.

j) Análise dos dados: depois de coletados e tabulados os dados e

expostos em tabelas de forma sintética, eles devem ser submetidos ou

não, conforme o caso, ao tratamento estatístico. (MARINHO, 1980,

p.66). Todas as informações reunidas nos passos anteriores devem ser

comparadas entre si e analisadas. A análise, a partir da classificação

ordenada dos dados, do confronto dos resultados das tabelas e das

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provas estatísticas, quando empregadas, procura verificar a

comprovação ou não das hipóteses de estudo.

k) Discussão dos resultados: é a generalização dos resultados obtidos

pela análise. Na discussão, o pesquisador deve fazer as inferências e

generalizações cabíveis, com base nos resultados alcançados. Os

resultados também devem ser discutidos e comparados com

afirmações e posições de outros autores. Finalmente, aspectos

paralelos revelados pela pesquisa devem ser abordados e comentados.

l) Conclusão: deve apresentar um resumo dos resultados mais

significativos da pesquisa e sintetizar os resultados que conduzirão à

comprovação ou à rejeição da hipótese de estudo; deve fazer as

inferências que os dados alcançados permitem e indicar os aspectos

que mereçam mais estudo e aprofundamento.

m) Referência bibliográfica: são as referências bibliográficas que

serviram de embasamento teórico e que serão apresentadas segundo as

normas da ABNT, conforme será visto mais adiante.

n) Anexos: são constituídos de elementos complementares, como

questionários e outras fichas de observação e registro utilizadas no

trabalho, que auxiliam a análise do leitor da pesquisa. 2

2 O item 2 foi retirado na íntegra de: CERVO, Amado Luís; BERVIAN, Pedro A.; DA SILVA, Roberto.

Metodologia Científica. 6ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. p.65-67.

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CAPÍTULO 3

2 – METODOLOGIA DA PESQUISA

2.1 – Abordagem Quantitativa

A abordagem quantitativa e a qualitativa são dois métodos diferentes pela sua

sistemática, e, principalmente, pela forma de abordagem do problema que está sendo

objeto de estudo, precisando, dessa maneira, estar adequado ao tipo de pesquisa que se

deseja desenvolver. Entretanto, é a natureza do problema ou seu nível de

aprofundamento que irá determinar a escolha do método.

O quantitativo, conforme o próprio termo indica, significa quantificar opiniões,

dados, nas formas de coleta de informações, assim como também com o emprego de

recursos e técnicas estatísticas desde as mais simples, como percentagem, média, moda,

mediana e desvio padrão, até as de uso mais complexo, como coeficiente de correlação,

análise de regressão etc., normalmente usadas em defesas de teses.

O método quantitativo também é empregado no desenvolvimento das pesquisas

de âmbito social, econômico, de comunicação, mercadológicas, de opinião, de

administração, representando, em linhas gerais, uma forma de garantir a precisão dos

resultados, e evitando com isso distorções de análise e interpretações.

2.2 – Abordagem Qualitativa

Com relação ao emprego do método ou abordagem qualitativa esta difere do

quantitativo pelo fato de não empregar dados estatísticos como centro do processo de

análise de um problema. A diferença está no fato de que o método qualitativo não tem a

pretensão de numerar e medir unidades ou categorias homogêneas.

São vários os autores que não estabelecem qualquer distinção entre os métodos

quantitativo e qualitativo, tendo em vista que a pesquisa quantitativa também é

qualitativa.

(...) A pesquisa qualitativa tem como objetivo situações complexas ou

estritamente particulares.

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As pesquisas que se utilizam da abordagem qualitativa possuem a facilidade de

poder descrever a complexidade de uma determinada hipótese ou problema, analisar a

interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos

experimentados por grupos sociais, apresentar contribuições no processo de mudança,

criação ou formação de opiniões de determinado grupo e permitir, em maior grau de

profundidade, a interpretação das particularidades dos comportamentos ou atitudes dos

indivíduos.

Existem situações de pesquisas que envolvem conotações qualitativas, na

opinião de vários cientistas sociais, em pelo menos três aspectos:

1. Situações em que se evidencia a necessidade de substituir uma

simples informação estatística por dados qualitativos. Isto se aplica,

principalmente, quando se trata de investigação sobre fatos do

passado ou estudos referentes a grupos dos quais se dispõe de pouca

informação.

2. Situações em que observações qualitativas são usadas como

indicadores do funcionamento de estruturas sociais.

3. Situações em que se manifesta a importância de uma abordagem

qualitativa para efeito de compreender aspectos psicológicos, cujos

dados não podem ser coletados de modo completo por outros

métodos devido à complexidade que envolve a pesquisa. Neste caso,

temos estudos dirigidos à análise de atitudes, motivações,

expectativas, valores, opinião etc. (ver Parte IV)

A abordagem qualitativa nos leva, entretanto, a uma série de leituras sobre o

assunto da pesquisa, para efeito da apresentação de resenhas, ou seja, descrever

pormenorizada ou relatar minuciosamente o que os diferentes autores ou especialistas

escrevem sobre o assunto e, a partir daí, estabelecer uma série de correlações para, ao

final, darmos nosso ponto de vista conclusivo.3

3- Texto retirado na íntegra de: OLIVEIRA, Sílvio Luiz de. Tratado de Metodologia Científica – Projetos

de Pesquisas, TGI, TCC, Monografias, Dissertações e Teses. São Paulo: Pioneira Thomson Learning,

2002. p. 114 – 117.

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Veja abaixo uma breve comparação entre o método quantitativo e o método

qualitativo, conforme exposto pela empresa Opinião Consultoria (2006)4.

Método Quantitativo

Nos estudos quantitativos o principal objetivo é a avaliação de uma população, do

ambiente de mercado ou de um fenômeno. Os resultados obtidos são indicadores

numéricos que refletem a realidade do universo em questão. Esses resultados são

expressos por meio de números absolutos, proporções ou taxas. Por exemplo: a

distribuição de consumo de energia elétrica de uma população, a renda média dos

moradores de um bairro, a proporção de eleitores de um candidato, o número de

compradores de celular num determinado período de tempo, a população que deseja

adquirir determinado produto ou serviço, etc. Entre suas características destacam-se:

» Definição de amostras representativas do universo;

» Utilização de questionários estruturados com questões abertas e/ou fechadas;

» Utilização de métodos de coleta por meio de entrevista pessoal, por telefone, mala-

direta (correio e/ou internet) ou domiciliar;

» Possibilita análises estatísticas.

Método Qualitativo

O método qualitativo busca responder os "porquês", investigar conceitos, motivações e

sentimentos que antecedem ou estão presentes no comportamento do indivíduo e na

formação das representações sociais. Tem como características:

» Relatórios analíticos elaborados a partir do discurso produzido pelos entrevistados;

» Propiciar um estudo mais aprofundado de determinadas variáveis que a técnica

quantitativa não consegue captar;

» Utiliza técnica de Grupo de Discussão, Grupo Focal e Entrevistas em Profundidade;

» Cliente Secreto / Mistery Shopper: caracteriza-se por uma simulação na qual o

analista se passa por um consumidor para avaliar/testar produtos ou serviços da

empresa.

4 A partir desse parágrafo até o final desse capítulo, todo o conteúdo exposto foi retirado de: Opinião

Consultoria. Métodos de Pesquisa. Disponível em: <www.opiniaoconsultoria.com.br>. Acesso em: 06

agosto 2007.

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Quadro Comparativo

... Quantitativa ... Qualitativo

Objetivo Subjetivo

Testa a Teoria Desenvolve a teoria

Redução, Controle e Precisão Descoberta, descrição, compreensão,

interpretação partilha

Mecanicista: partes são iguais ao todo Organicista: o todo é mais do que as

partes

Possibilita análises estatísticas Possibilita narrativas ricas,

interpretações individuais

Os elementos básicos da análise são os

números

Os elementos básicos da análise são

palavras e idéias

O pesquisador mantém distância do

processo O pesquisador participa do processo

Independe do contexto Depende do contexto

Teste de hipóteses Gera idéias e questões para pesquisa

O raciocínio é lógico e dedutivo O raciocínio é dialético e indutivo

Estabelece relações, causas Descreve os significados, descoberta

Busca generalizações Busca particularidades

Preocupa-se com a quantidade Preocupa-se com a quantidade das

informações e respostas

Utiliza instrumentos específicos Utiliza a comunicação e observação

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20

CAPÍTULO 4

4 - AS ETAPAS DA PREPARAÇÃO DE UMA PESQUISA

Antes de iniciar o seu projeto de pesquisa e de realizar a pesquisa propriamente

dita, você deverá adotar alguns procedimentos, tais como:

1) Primeiramente, a escolha e a delimitação do tema.

2) Após a escolha do tema, você irá indicar quais os objetivos que você pretende

atingir e quais os métodos e as técnicas que serão utilizadas na pesquisa para atingir os

seus objetivos e responder ao tema da pesquisa, para só então partir para o próximo

passo: a elaboração do seu projeto de pesquisa.

Isso porque, para proceder à elaboração do projeto, você precisa ter em mente o

que deseja pesquisar (o tema e a delimitação do tema), para quê (objetivos), por quê

(justificativa) e como deseja pesquisar esse tema (métodos a serem utilizados).

Veja abaixo a explicação dos tópicos acima:

4.1 – ESCOLHA E DELIMITAÇÃO DO TEMA:

O tema da pesquisa é a designação do problema (prático) e da área do

conhecimento a serem observados.

A escolha do tema poderá se dar a partir de uma análise de um assunto já

estudado, mas que precisa de maiores explicações, ou que ainda não foi abordado pela

área do conhecimento na que você deseja pesquisar.

Por exemplo, podemos imaginar uma pesquisa sobre o tema: “Os acidentes de

trabalho nas indústrias de São Paulo”.

Esse tema poderá ser estudado por vários ângulos:

1) Qual o tipo de empresa que será analisada?(De alimentos? De calçados? De

minério?)

2) Qual o tipo de acidente? (em uma única empresa, vários tipos poderão ser

identificados)

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3) Qual o tipo de abordagem que será dada? (No exemplo acima, poderão ser

feitas pesquisas nas mais diversas áreas do conhecimento como, por exemplo, nas áreas

de psicologia do trabalho, tecnologia, ergonomia e direito trabalhista).

4) O que se busca com a pesquisa? (Apenas compreender os motivos e a

gravidade dos acidentes ou propor formas de redução dos acidentes?)

Como se pode ver, a respeito de um mesmo tema podem ser identificadas várias

possibilidades de pesquisa. Assim, ao escolher um tema, você deverá delimitá-lo, isto é,

definir de modo bem preciso quais os aspectos que você irá abordar, qual o enfoque que

será dado (por exemplo, na área da Administração, qual campo dessa área será utilizado

para a abordagem que se propõe?) e os resultados que você deseja alcançar.

Você poderá formular o problema de modo a fazer uma pesquisa descritiva, isto

é, fazer uma análise sobre as condições de trabalho na empresa x, a partir de estudos de

campo, entrevistas, etc., a fim de buscar explicações para as causas dos acidentes, assim

como poderá ser uma pesquisa normativa, ou seja, você poderá propor uma pesquisa

que tenha como objetivo analisar as condições de trabalho, mas com o intuito de propor

formas de melhoria e redução dos problemas detectados.

Poderá também juntar as duas perspectivas, a descritiva e a normativa,

dependendo da complexidade do assunto a ser abordado.

Após essa etapa, é feita a escolha de uma teoria para embasar a pesquisa, dentre

as diversas existentes na área que se pretende pesquisar. Para isso, deverá ser feita uma

pesquisa sobre a bibliografia existente sobre o tema, procurando enquadrar a sua

pesquisa na teoria e no método de abordagem mais apropriado para a pesquisa proposta

e que seja condizente com seu interesse.

Na pesquisa bibliográfica você poderá contar com o auxílio de um professor

orientador e também deverá estar munido de conhecimentos básicos necessários à

iniciação da pesquisa.

A escolha do tema responde à pergunta: “O que será explorado?”

Ao delimitar o tema a ser pesquisado, você se deparará com um problema (ou

vários) a ser investigado. Esse problema requer alguns procedimentos que são

necessários para a boa execução da pesquisa. Para isso deverão ser adotados alguns

procedimentos, conforme transcrito de Oliveira (1999: p.107):

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Procedimentos para avaliar o problema:

Escolher um problema que chame a atenção e precise de resposta.

Recompilar as informações relacionadas ao problema.

Analisar a relevância das informações.

Estudar possíveis relações entre as informações que possam contribuir e

esclarecer o problema.

Propor diversas explicações – hipóteses – para as causas do problema.

Estabelecer a relevância das aplicações, utilizando como método a

observação e a análise.

Procurar relações entre as explicações que procuram contribuir para

solucionar o problema.

Procurar relações entre os dados e as explicações.

Analisar.

As respostas ou explicações vêm por intermédio da observação, do experimento

e da pesquisa de campo com o emprego de entrevistas e questionários, quando se trata

de uma pesquisa de opinião (abordagem quantitativa).

Responde às perguntas: O que? Como? (Marconi & Lakatos, 2003: p.160)

4.2 – SELEÇÃO DE MÉTODOS E TÉCNICAS

Após a delimitação do tema e a verificação de um problema (ou mais problemas)

a ser investigado, você deverá partir para o levantamento de bibliografia e de dados para

embasar a sua pesquisa. Além disso, você deverá indicar quais as técnicas de pesquisa

que você utilizará: pesquisa bibliográfica, questionários, análise de documentos, etc.

Marconi e Lakatos assim observam:

A seleção do instrumental metodológico está, portanto, diretamente

relacionada com o problema a ser estudado; a escolha dependerá dos vários

fatores relacionados com a pesquisa, ou seja, a natureza dos fenômenos, o

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objeto da pesquisa, os recursos financeiros, a equipe humana e outros

elementos que possam surgir no campo da investigação.

Tanto os métodos quanto as técnicas devem adequar-se ao problema a ser

estudado, às hipóteses levantadas e que se queira confirmar, ao tipo de

informantes com que se vai entrar em contato.

Nas investigações, em geral, nunca se utiliza apenas um método ou uma

técnica, e nem somente aqueles que se conhece, mas todos os que forem

necessários ou apropriados para determinado caso. Na maioria das vezes, há

uma combinação de dois ou mais deles, usados concomitantemente. (2003, p.

163)

O primeiro passo é fazer a pesquisa bibliográfica para te orientar na escolha dos

outros métodos. Essa pesquisa bibliográfica deverá seguir os seguintes passos,

conforme Cervo, Bervian e Silva (2007):

4.2.1 - Levantamento bibliográfico5

Praticamente todo o conhecimento humano pode ser acessado nos livros ou em

impressos que se encontram nas bibliotecas. A pesquisa bibliográfica tem como

objetivo encontrar respostas aos problemas formulados, e o recurso utilizado para isso é

a consulta dos documentos bibliográficos. (...)

Na pesquisa bibliográfica, a fonte de informações, por excelência, estará sempre

na forma de documentos escritos, estejam eles impressos ou depositados em meios

magnéticos ou eletrônicos. (...)

Quanto à sua natureza, os documentos bibliográficos podem ser:

a) Primários: quando coletados em primeira mão, como pesquisa de

campo, testemunho oral, depoimentos, entrevistas, questionários,

laboratórios.

b) Secundários: quando colhidos em relatórios, livros, revistas, jornais e

outras fontes impressas, magnéticas ou eletrônicas.

c) Terciários: quando citados por outra pessoa.

5 - A partir desse tópico até o tópico 4.3.4, o texto foi retirado na íntegra de: CERVO, Amado Luís;

BERVIAN, Pedro A.; DA SILVA, Roberto. Metodologia Científica. 6ª ed. São Paulo: Pearson Prentice

Hall, 2006. p.79-86.

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Quanto às formas de apresentação e de armazenamento, os documentos escritos

podem ser:

a) Impressos: atas de reuniões, atlas, Bíblias, biografias, bulas (remédios,

cartões-postais, coleções, constituições, convênios, fac-símiles, decisões

judiciais, dicionários, dissertações e teses, enciclopédias, fascículos, fotografias,

jornais, leis e decretos, livros, mapas e globos, microfichas, monografias,

relatórios oficiais, relatórios técnico-científicos, resenhas, revistas, etc.

b) Meios magnéticos e eletrônicos: arquivos em disquete, bases de dados

em CD-ROM, boletins eletrônicos (BBS), e-mails, FTPs, discos, discos

compactos (CD – compact disc), fitas gravadas, homepages, filmes e vídeos,

listas de discussões, microfilmes, slides (dispositivos) etc.

c) Reuniões científicas: congressos, jornadas, reuniões, conferências,

workshops etc.

d) Notas de aula.

(...)

Nos primeiros passos da consulta o pesquisador necessita de informações gerais

sobre o assunto que deve desenvolver. Essas informações podem ser encontradas em

verbetes de dicionários especializados, enciclopédias e em manuais. Estes o remeterão

aos tratados completos, isto é, às obras que abordam e desenvolvem amplamente o

assunto. Se necessitar de um estudo atualizado e recente, o estudante deve preferir

procurar artigos em revistas especializadas. Se necessitar de notícias ou crônicas da

atualidade deve privilegiar as seções especializadas dos jornais e das revistas semanais.

Após localizar a bibliografia necessária à sua pesquisa, o estudante deve proceder à

leitura de reconhecimento, examinado a capa, a contracapa, as orelhas, a folha de rosto,

o sumário, a bibliografia, a introdução e o prefácio dos livros. Esses elementos

fornecem uma idéia sobre o tema, o autor e o contexto em que foi produzida a obra que

serão a matéria-prima da pesquisa. Não se trata, pois, no início, de um estudo exaustivo

da documentação, mas apenas de um rápido exame.

Nessa fase do levantamento, deve-se fazer, pelo menos, a identificação e localização

de toda a bibliografia necessária para o trabalho, até para saber o que há disponível na

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biblioteca de sua instituição, o que precisa ser adquirido, o que precisa ser fotocopiado e

o que o estudante tem em seu próprio acervo. A medida que os documentos que

interessam ao assunto são identificados e localizados pela leitura de reconhecimento,

deve-se anotar as referências bibliográficas. Em outros termos, procede-se à elaboração

preliminar da bibliografia do próprio trabalho. A bibliografia para uso do pesquisador

deve estar relacionada com o plano de assunto, de sorte que corresponda às suas partes

constitutivas. Faz-se, pois, a seleção desse material com vistas ao tema ou ao aspecto

que se quer focalizar.

Chega então o momento da leitura, análise e interpretação dos documentos. Antes,

porém, convém saber como se há de registrar cuidadosamente os dados selecionados

para maior eficiência.

4.2.2 – Apontamentos e anotações

Uma vez selecionado o material, o estudante deve anotar as idéias principais e

secundárias, os dados e as informações ou afirmações que os documentos podem

fornecer. Trata-se dos procedimentos de apontamentos e anotações que constituirão a

matéria-prima para a fundamentação científica de seu trabalho e para as citações.

É preciso assegurar a retenção daquilo que se quer conservar, pois a memória

interna é frágil. Não há diferenças entre apontamentos e anotações, mas o estudante

deve estar atento para dois aspectos desses procedimentos: um é quanto à transcrição do

que lhe interessa, que será usada posteriormente como citações; outro se refere às idéias

e reflexões que ele tem durante a leitura; geralmente são idéias e reflexões originais, que

merecem ser anotadas, para posterior desenvolvimento (MICHAELIS, 2000). As

anotações e os apontamentos são como uma memória exterior. Bem organizados,

podem se constituir em uma minibiblioteca para uso pessoal.

O apontamento pode ser formal, quando se transcrevem as palavras textuais

extraídas de um documento, ou conceptual, quando se traduzem as idéias de outrem

com as próprias palavras. Registre somente os dados, fatos ou proposições mais

importantes. (...)

Como assegurar a eficiência de um apontamento? Observe as seguintes normas

práticas:

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a) Ter sempre em vista os objetivos do trabalho, procurando anotar somente os

dados suscetíveis de fornecer alguma luz sobre o problema formulado.

b) Percorrer antes todo o texto para evitar anotações de dados que são

desenvolvidos adiante.

c) Sublinhar com lápis os pontos principais se o livro é próprio. Caso contrário,

registrar as anotações em folhas numeradas, colocando a página do livro em

cada nova afirmação ou pensamento do autor.

d) Transcrever as anotações em fichas, cadernos ou folhas, colocando entre

aspas as citações textuais e anotando em folhas separadas ou no verso as

idéias próprias que surgirem.

Portanto, em uma pesquisa bibliográfica, um bom apontamento deve ser feito em

duas etapas:

I) Em um primeiro momento, registre os dados sobre folhas de papel, com o

cuidado de colocar, no alto de cada folha, as referências bibliográficas da

obra consultada, à margem esquerda as respectivas páginas e, no verso, as

idéias pessoais que surgirem durante a leitura. A ordem dos apontamentos é

simplesmente cronológica: os dados são registrados à medida que a leitura

avança.

II) Em um segundo momento, registre os dados sobre fichas. O tipo ou modelo

da ficha é questão de preferência (...). A experiência mostra que entre os

pesquisadores existe grande liberdade neste particular. O que todos

observam, entretanto, é que as fichas são organizadas em função dos

assuntos. A ordem dos apontamentos registrados sobre as fichas não é mais

uma ordem cronológica, mas lógica. O conteúdo da ficha deve ser

identificado por meio de um termo ou dois, em seu cabeçalho. Em geral,

esses cabeçalhos correspondem ao sumário do trabalho. Devem figurar em

uma ficha outros elementos indispensáveis, como as referências

bibliográficas e a respectiva página da obra de onde se extraiu o

apontamento.

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4.3 – COLETA E ANÁLISE DE DADOS: LEITURA E PROCESSOS DE

LEITURA

O pesquisador entra, nesse momento, em uma das fases decisivas da elaboração do

trabalho científico. Trata-se da coleta e do registro de informações, em primeiro lugar,

da análise e da interpretação dos dados reunidos e, finalmente, da classificação deles.

(...)

4.3.1 – Pré-leitura

Nessa fase inicial da leitura informativa, o estudante deve certificar-se da existência

das informações que procura, além de obter uma visão global delas. São duas, pois, as

finalidades dessa leitura: em primeiro lugar, permitirá ao estudante selecionar os

documentos bibliográficos que contêm dados ou informações suscetíveis de serem

aproveitados na fundamentação de seu trabalho; em segundo lugar, dará ao estudante

uma visão global do assunto focalizado, visão indeterminada, mas indispensável para

poder progredir no conhecimento.

Faz-se a leitura de reconhecimento ou a pré-leitura examinando a folha de rosto, o

sumário, os índices, as referências bibliográficas, as notas ao pé da página, o prefácio, a

introdução e a conclusão. Em se tratando de livros, deve-se percorrer o capítulo

introdutório e o final; para o conhecimento de um capítulo deve-se ler o primeiro e o

último parágrafo. Em se tratando de artigos de revistas semanais ou jornais,

normalmente a idéia está contida no título do artigo e das partes. Os primeiros

parágrafos trazem geralmente o conjunto dos dados mais importantes, mas artigos

científicos precisam ser lidos integralmente para uma compreensão geral do assunto.

4.3.2 – Leitura seletiva

Localizadas as informações nos textos, procede-se à escolha do que for mais

adequado de acordo com os propósitos do trabalho. Selecionar é eliminar o dispensável

para fixar-se no que realmente é de interesse. Dá-se o primeiro passo de uma leitura

mais séria, embora não se trate ainda de um estudo exaustivo e minucioso. Para

selecionar os dados e as informações é necessário definir os critérios. Não pode haver

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seleção sem critérios de seleção. Os critérios de leitura seletiva são os propósitos do

trabalho: o problema formulado, as perguntas elaboradas quando se questionou o

assunto ou, em outros termos, os objetivos intrínsecos do trabalho. Somente os dados

que possam fornecer alguma luz sobre o problema, constituindo um elemento de

resposta ou de solução, é que serão selecionados. Pode-se voltar várias vezes a um

mesmo texto com propósitos distintos. São estes que determinam a importância e a

significação dos documentos bibliográficos.

4.3.3 – Leitura crítica ou reflexiva

Feita a seleção do material útil para o trabalho, o pesquisador ingressa no estudo

propriamente dito dos textos com a finalidade de saber o que o autor afirma sobre o

assunto. Nessa fase são necessárias certas atitudes, como culto desinteressado da

verdade e ausência de preconceitos. Simultaneamente o estudante deve ter sempre

presente diante de si os problemas que se dispõe a resolver por meio do estudo. É uma

fase de estudos, isto é, de reflexão deliberada e consciente (processo de aprendizagem);

de percepção dos significados, o que envolve um esforço reflexivo que se manifesta por

meio das operações de análise, comparação, diferenciação, síntese e julgamento

(processo de apreensão); de apropriação dos dados referentes ao assunto ou problema

(processo de assimilação). O estudo de um texto passa pelas mesmas fases do

pensamento reflexivo: de uma visão global, passa-se à análise das partes dos elementos

constitutivos para se chegar a uma síntese integradora.

A leitura crítica supõe a capacidade de escolher as idéias principais e de diferenciá-

las entre si e das secundárias.

(...)

A análise de documentos desdobra-se, portanto, em certo número de operações

muito precisas:

identificação e escolha da idéia diretriz e das idéias secundárias;

diferenciação ou comparação das idéias entre si a fim de determinar a

importância relativa de cada uma no conjunto das idéias;

compreensão do significado exato dos termos ou dos conceitos que

expressam;

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julgamento do material, após a escolha, diferenciação e compreensão. O

julgamento dos dados fornecidos pela análise corresponde a uma fase

decisiva da leitura científica. Faz-se por meio da leitura interpretativa.

4.3.4 – Leitura interpretativa

A leitura interpretativa é a última etapa da leitura de um texto e a aplicação deste aos

fins particulares da pesquisa. Essa fase implica um tríplice julgamento:

I) Partindo das intenções do autor e do tema do texto, o pesquisador procura saber o

que o autor realmente afirma, quais os dados que oferece e as informações que

transmite, qual o seu problema, suas hipóteses, suas teses, suas provas e suas

conclusões. Essa crítica objetiva é de grande importância: o pesquisador não pode

incorporar em seu trabalho conclusões alheias que não repousem sobre provas

convincentes.

II) O pesquisador relaciona, em seguida, o que o autor afirma e os problemas para os

quais está procurando uma solução. O julgamento das idéias se fazia antes em função

dos propósitos do autor; agora se faz em função dos propósitos do pesquisador, e é

aplicado na solução dos problemas formulados na pesquisa. Antes, um dado ou

informação tinha valor, utilidade ou importância se concorresse para resolver o

problema do autor. Agora, esse mesmo dado terá valor, utilidade ou importância se

concorrer para solucionar o problema do pesquisador.

III) Finalmente, o material coletado é julgado em função do critério verdade. O

pesquisador deve duvidar da realidade de toda e qualquer proposição (dúvida metódica).

Uma afirmação sem provas terá apenas valor provisório, servindo como ponto de

referência, nunca como conclusão, por maior que seja a autoridade do autor no assunto.

4.4 – TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS6

6 A partir desse item até o item 4.4.3, todas as informações foram coletadas na íntegra de: CERVO,

Amado Luís; BERVIAN, Pedro A.; DA SILVA, Roberto. Metodologia Científica. 6ª ed. São Paulo:

Pearson Prentice Hall, 2006. p. 50-54.

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Toda pesquisa, em especial a pesquisa descritiva, deve ser bem planejada se

quiser oferecer resultados úteis e fidedignos. Esse planejamento envolve também a

tarefa de coleta de dados, que corresponde a uma fase intermediária da pesquisa

descritiva.

A coleta de dados ocorre após a escolha e a delimitação do assunto, a revisão

bibliográfica, a definição dos objetivos, a formulação do problema e das hipóteses, o

agrupamento dos dados em categorias e a identificação das variáveis (essas duas últimas

tarefas são mais bem desenvolvidas com a assistência de um estatístico ou de um

analista de sistemas). Realizada a coleta de dados, seguem-se as tarefas da análise e

discussão dos dados e depois a conclusão e o relatório do trabalho.

A coleta de dados, tarefa importante na pesquisa, envolve diversos passos como

a determinação da população a ser estudada, a elaboração do instrumento de coleta, a

programação da coleta e também o tipo de dados e de coleta. Há diversas formas de

coleta de dados, todas com suas vantagens e desvantagens. Na decisão do uso de uma

forma ou de outra, o pesquisador levará em conta a que menos desvantagens oferecer,

respeitados os objetivos da pesquisa.

Os instrumentos de coleta de dados, de largo uso, são a entrevista, o questionário

e o formulário. Na aplicação da entrevista e do formulário, o informante conta com a

presença do pesquisador ou seu auxiliar, que registra as informações. O questionário,

sem a presença do investigador, é preenchido pela pessoa que fornece as informações.

Além do instrumento usado, o tipo de pergunta, que pode ser fechada por um

número limitado de opções ou aberta, sem restrições, determina a maior ou menor

exatidão dos dados e o grau de dificuldade na tabulação e análise das informações.

Esses aspectos e a disponibilidade de tempo e de recursos devem ser levados em

consideração ao ser fixado o instrumento de coleta de dados. Somente depois de ter sido

definido o objetivo da pesquisa e depois de levantadas as hipóteses e as variáveis é que

o pesquisador vai elaborar as questões do instrumento de coleta de dados.

A preocupação básica ao elaborar as perguntas deve ser, além da validade, a

finalidade e a relação das questões com o objetivo da pesquisa. As perguntas, em maior

ou menor número, devem sempre colher informações a respeito das variáveis e das

hipóteses de trabalho. Em geral, as questões alheias aos objetivos da pesquisa não se

justificam.

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Trataremos, em tópicos distintos, das técnicas de aplicação do formulário e do

questionário, mas podemos antecipar os diversos passos a serem observados na

elaboração das perguntas:

identificar os dados ou as variáveis sobre os quais serão feitas as

questões;

selecionar o tipo de pergunta a ser utilizado diante das vantagens e

desvantagens de cada tipo, com vistas ao tempo a ser consumido para

obter os dados e a maneira de tabulá-los e analisá-los;

elaborar uma ou mais perguntas referentes a cada dado a ser levantado;

analisar as questões elaboradas quanto à clareza da redação, classificação

e sua real necessidade;

codificar as questões para a posterior tabulação e análise com a inclusão

dos códigos no próprio instrumento;

elaborar instruções claras e precisas para o preenchimento do

instrumento;

submeter as questões a outros técnicos para sanar possíveis deficiências;

revisar o instrumento para dar ordem e seqüência às questões;

submeter o instrumento a um pré-teste para detectar possíveis

reformulações ou correções, antes de sua aplicação.

Outros instrumentos usados em pesquisas descritivas, como a entrevista e a

observação, embora não percorram rigorosamente os passos descritos, devem cercar-se

das devidas precauções para evitar prejuízos à pesquisa decorrentes de falhas na coleta

de dados.

4.4.1 – Entrevista

A entrevista não é uma simples conversa. É uma conversa orientada para um

objetivo definido: recolher, por meio do interrogatório do informante, dados para a

pesquisa.

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A entrevista tornou-se, nos últimos anos, um instrumento do qual se servem

constantemente os pesquisadores em ciências sociais. Eles recorrem à entrevista sempre

que têm necessidade de obter dados que não podem ser encontrados em registros e

fontes documentais e que podem ser fornecidos por certas pessoas. Esses dados serão

utilizados tanto para o estudo de fatos como de casos ou de opiniões. Devem-se adotar

os seguintes critérios para o preparo e a realização da entrevista:

planejar a entrevista, delineando cuidadosamente o objetivo a ser

alcançado;

obter, sempre que possível, algum conhecimento prévio acerca do

entrevistado;

marcar com antecedência o local e o horário da entrevista; qualquer

transtorno poderá comprometer os resultados da pesquisa;

criar condições, isto é, uma situação discreta, para a entrevista, pois será

mais fácil obter informações espontâneas e confidenciais de uma pessoa

isolada do que de uma pessoa acompanhada ou em grupo;

escolher o entrevistado de acordo com a sua familiaridade ou autoridade

em relação ao assunto escolhido;

fazer uma lista das questões, destacando as mais importantes;

assegurar um número suficiente de entrevistados, o que dependerá da

viabilidade da informação a ser obtida.

O entrevistado deve ser sempre previamente informado do motivo da entrevista

e de sua escolha. O entrevistador deve obter e manter a confiança do entrevistado,

evitando ser inoportuno, não interrompendo outras atividades de seu interesse nem o

entrevistando quando estiver irritado, fatigado ou impaciente. Convém dispor-se a ouvir

mais do que falar. O que interessa é o que o informante tem a dizer. Deve-se dar o

tempo necessário para que o entrevistado discorra satisfatoriamente sobre o assunto.

O entrevistador deve controlar a entrevista, reconduzindo, se necessário, o

entrevistado ao objeto da entrevista. Deve-se evitar perguntas diretas que precipitariam

as informações, deixando-a incompletas. É conveniente apresentar primeiramente as

perguntas que tenham menores probabilidades de provocar recusa ou produzir qualquer

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forma de negativismo, uma após outra, a fim de não confundir o entrevistado. Sempre

que possível, conferir as respostas, mantendo-se alerta a eventuais contradições.

Finalmente, o entrevistador não deve confiar demasiadamente em sua memória.

Deve anotar, cuidadosamente, os dados, registrando-os sumariamente durante a

entrevista e completando suas anotações logo em seguida ou o mais breve possível.

Deve registrar também aqueles dados fornecidos após a entrevista, quando

considerados de importância.

Quando se há de recorrer à entrevista? Recorre-se à entrevista quando não

houver fontes mais seguras para as informações desejadas ou quando se quiser

completar dados extraídos de outras fontes. A entrevista possibilita registrar, além disso,

observações sobre a aparência, o comportamento e as atitudes do entrevistado. Daí sua

vantagem sobre o questionário. Deve-se evitar recorrer à entrevista para obter dados de

valor incerto ou para obter informações precisas, cuja validade dependeria de pesquisas

ou de observações controladas, tais como datas, relações numéricas etc.

4.4..2 – Questionário

O questionário é a forma mais usada para coletar dados, pois possibilita medir

com mais exatidão o que se deseja. Em geral, a palavra questionário refere-se a um

meio de obter respostas às questões por uma fórmula que o próprio informante

preenche. Assim, qualquer pessoa que preencheu um pedido de trabalho teve a

experiência de responder a um questionário. Ele contém um conjunto de questões, todas

logicamente relacionadas com um problema central.

Todo questionário deve ter natureza impessoal para assegurar uniformidade na

avaliação de uma situação para outra. Possui vantagem de os respondentes se sentirem

mais confiantes, dado o anonimato, o que possibilita coletar informações e respostas

mais reais (o que pode não acontecer na entrevista). Deve, ainda, ser limitado em sua

extensão e finalidade.

É necessário estabelecer, com critério, as questões mais importantes a serem

propostas e que interessam ser conhecidas, de acordo com os objetivos. Devem ser

propostas perguntas que conduzam facilmente às respostas de forma a não insinuarem

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outras colocações. Se o questionário for respondido na ausência do investigador, deverá

ser acompanhado de instruções minuciosas e específicas.

O uso de perguntas abertas permite obter respostas livres. Exemplo: Do que você

mais gosta na cidade? Já as perguntas fechadas permitem obter respostas mais precisas.

Exemplo: Seu nível de escolaridade é:

( ) ensino fundamental ( ) graduação

( ) ensino médio ( ) pós-graduação

As perguntas fechadas são padronizadas, de fácil aplicação, simples de codificar

e analisar. As perguntas abertas, destinadas à obtenção de respostas livres, embora

possibilitem recolher dados ou informações mais ricos e variados, são codificadas e

analisadas com mais facilidade.

4.4.3 – Formulário

O formulário é uma lista informal, catálogo ou inventário, destinado à coleta de

dados resultantes quer de observações quer de interrogações, e seu preenchimento é

feito pelo próprio investigador.

Entre as vantagens que o formulário apresenta, podemos destacar a assistência

direta do investigador, a possibilidade de comportar perguntas mais complexas e a

garantia da uniformidade na interpretação dos dados e dos critérios pelos quais são

fornecidos. O formulário pode ser aplicado a grupos heterogêneos, inclusive a

analfabetos, o que não ocorra com o questionário.

Uma vez colhidos os dados cientificamente, isto é, por meio de técnicas da

observação controlada, passa-se à sua codificação e tabulação (gráficos, mapas, quadros

estatísticos). Somente então os dados são analisados e interpretados em função das

perguntas formuladas no início ou das hipóteses levantadas.

A maioria das pessoas tem familiaridade com o formulário, pois órgãos públicos,

empresas privadas e bancos utilizam-se sistematicamente para cadastramento inicial de

seus clientes, e esse instrumento de coleta de dados passa a ser a principal fonte de

alimentação de seus bancos de dados.

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OBS: Neste item foram dadas as coordenadas que você utilizará tanto para citar em seu

projeto como será o seu método de pesquisa quanto para utilizar esses procedimentos na

execução de sua pesquisa e na elaboração do relatório final.

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CAPÍTULO 5

5 - COMO ELABORAR UM PROJETO DE PESQUISA?

Antes de iniciar sua pesquisa, você deverá traçar o percurso que você fará

durante a sua pesquisa, o que será feito por meio do seu projeto de pesquisa, a ser

entregue no sétimo período.

A elaboração do projeto é de extrema importância, pois é a ele que você irá

recorrer durante a sua pesquisa, para se orientar em relação aos passos a serem seguidos

durante a pesquisa.

O seu projeto deverá ter os seguintes tópicos:

1)TÍTULO DO TRABALHO

2) INTRODUÇÃO

3) OBJETIVOS

4) JUSTIFICATIVA

5) METODOLOGIA

6) CRONOGRAMA

7) ORÇAMENTO (se for o caso)

8) BIBLIOGRAFIA BÁSICA

Tais tópicos estão explicitados abaixo. Observe:

1 – TÍTULO

Corresponde ao tema e deve obedecer aos critérios de relevância, viabilidade e

originalidade. Deve resumir, de forma sucinta, o tema da pesquisa.

2–INTRODUÇÃO

Você deverá determinar o tipo de enfoque, bem como sua extensão e profundidade,

ou seja, deverá delimitar o assunto de sua pesquisa.

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2.1 - O QUE FAZER?

Contextualizar o assunto (problema a ser investigado) tratado.

Formular o problema.

Enunciar as hipóteses.

Definir os termos do problema e da hipótese.

Estabelecer as bases teóricas, isto é, a relação que existe entre a teoria, a

formulação do problema e o enunciado da hipótese.

3– OBJETIVOS:

3.1 – Objetivo geral da pesquisa:

Definir, de modo geral, o que se pretende alcançar com a execução da pesquisa

(visão global e abrangente).

3.2 – Objetivos específicos da pesquisa:

Fazer aplicação dos objetivos gerais a situações particulares.

Definir passo a passo o que você fará em sua pesquisa, isto é, quais tópicos você irá

pesquisar para testar e responder a sua hipótese; resolver o problema que você se propôs

a pesquisar.

Nota: para formular os objetivos, usam-se verbos no infinitivo, tais como: pesquisar,

descrever, esclarecer, comparar, contribuir para, promover etc. Para a descrição da

metodologia, os verbos são empregados no tempo futuro.

4– JUSTIFICATIVA DA PESQUISA:

4.1 - POR QUÊ? PARA QUÊ? E PARA QUEM FAZER?

– Motivos que justificam a pesquisa: motivos de ordem teórica e de ordem prática.

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– Explicar por que foi escolhido o tema, por que é relevante realizar tal pesquisa em

que ela pode contribuir para a área a que se destina.)

5– METODOLOGIA

Você deverá dizer quais métodos e técnicas que serão utilizados na pesquisa.

Também deverá citar quais os teóricos que você utilizará para embasar a sua pesquisa

É aconselhável incluir um roteiro com as principais etapas da pesquisa.

5.1– ONDE? COMO?

Descrever o campo de observação com suas unidades de observação e variáveis que

interessam à pesquisa:

- População com suas características.

- Se for utilizar amostra, justificar, dando os motivos, e apresentar o modo como a

amostra será selecionada e suas características.

-Local.

-Unidades.

-Quais as variáveis que serão e como serão controladas. Qual o plano de experimento

que será utilizado.

5.2 - COM QUÊ?

– Descrever o instrumento de pesquisa que vai ser utilizado.

– Que informações se pretende obter com eles.

– Como o instrumento será usado ou aplicado para obter estas informações.

5.3 – QUANTO? (utilização de provas estatísticas)

– Quais as hipóteses estatísticas enunciadas.

– Como os dados obtidos serão codificados.

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– Que tabelas serão feitas e como serão feitas.

– Que provas estatísticas serão utilizadas para verificar as hipóteses.

– Em que nível de significância.

– Revisão sobre a interpretação dos dados.

6–CRONOGRAMA

6.1 – QUANDO?

Definir o tempo que será necessário para executar o projeto, isto é, para realizar

a pesquisa, dividindo o processo em etapas e indicando que tempo é necessário para a

realização de cada etapa.

Por exemplo:

Leitura bibliográfica: março, abril, maio

Coleta de dados: abril e maio

E assim sucessivamente.

7 – ORÇAMENTO

7.1 - COM QUANTO FAZER E COMO PAGAR? (Plano de custos da pesquisa, se for

o caso):

Prever os gastos que serão feitos com a realização da pesquisa, especificando cada um

deles.

8 – BIBLIOGRAFIA BÁSICA

Fazer uma lista bibliográfica que contenha obras referentes aos pressupostos

teóricos do tema ou ao seu embasamento teórico. Esta bibliografia não precisa ser

exaustiva, pois isso será exigido no relatório, mas deverá ser organizada de acordo com

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as normas da ABNT. Deverá, também, ser coerente com o tema, a justificativa, os

objetivos e a metodologia e o cronograma de seu projeto.

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CAPÍTULO 6

6 – AS PARTES DO RELATÓRIO DA PESQUISA

Essa é a fase final de todo esse processo da pesquisa. O relatório deverá conter

as suas considerações sobre os resultados da pesquisa realizada, dando em detalhes os

objetivos, a justificativa, a metodologia usada, os dados obtidos, a análise desses dados,

as conclusões a que você chegou etc.

Seguindo a atual nomenclatura proposta pela Associação Brasileira de Normas

Técnicas (ABNT), na norma brasileira (NBR) nº 14724, de 2005, a estrutura do trabalho

acadêmico (relatório) é dividida da seguinte forma:7

a) Elementos pré-textuais: “elementos que antecedem o texto com

informações que ajudam na identificação e utilização do trabalho”.

b) Elementos textuais: “parte do trabalho em que é exposta a matéria.

Deve ter três partes fundamentais: introdução, desenvolvimento e

conclusão. A parte textual comporta também os elementos de apoio,

constituídos por notas, citações, tabelas, quadros e ilustrações,

inseridos no corpo do texto.

c) Elementos pós-textuais: “elementos que complementam o trabalho”

(item 3.9) e que se dividem em obrigatórios, como as referências

bibliográficas, e opcionais, como os glossários, os apêndices, os

anexos e os índices.

Os elementos precisam ser considerados em suas duas dimensões: uma que diz

respeito à estética do trabalho (aspectos gráficos) e outra que se refere à divisão

estrutural das partes do trabalho.

7 A partir desse parágrafo até o final desse capítulo, todas as informações foram retiradas na íntegra de:

CERVO, Amado Luís; BERVIAN, Pedro A.; DA SILVA, Roberto. Metodologia Científica. 6ª ed. São

Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. p. 91-95 e p. 102 - 106.

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a) Aspectos gráficos do trabalho acadêmico:

papel;

impressão do texto;

formatação (margens e espaços);

numeração;

títulos, subtítulos, divisões e parágrafos.

b) Estrutura do trabalho acadêmico:

capa (obrigatório);

folha de rosto (obrigatório);

folha de dedicatória (opcional);

folha de agradecimentos (opcional);

epígrafe (opcional);

resumo em língua vernácula (obrigatório);

lista de ilustrações (opcional);

lista de tabelas (opcional);

lista de abreviaturas e siglas(opcional);

sumário (obrigatório);

introdução (obrigatório);

desenvolvimento (obrigatório);

conclusão (obrigatório);

referências bibliográficas (obrigatório);

apêndices (opcional);

anexos (opcional);

índices (opcional);

glossários (opcional).

c) Impressão do texto:

Os programas de editoração de textos apresentam grande número de fontes, para

as mais variadas aplicações. Para a apresentação de trabalhos escolares e acadêmicos,

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entretanto, deve-se optar por aquelas que melhor se assemelham à chamada letra de

forma.

(...)

Prefira sempre o tamanho 12 para a parte textual, no modo normal. Quando

precisar de variações, para reforçar a estética e a formatação do texto, adote os

seguintes procedimentos:

para as citações até três linhas, use sempre a forma normal da mesma

fonte e deixe sempre entre aspas “..”;

para grifar, use sempre a mesma fonte na forma negrito ou itálico, sem

aspas;

para títulos, use forma negrito, no tamanho 14 da mesma fonte;

para subtítulos, use a forma negrito, no tamanho 12 da mesma fonte;

para notas de rodapé e comentários acima de três linhas, utilize o

tamanho 10 da mesma fonte.

MODELO DE CAPA PARA TRABALHOS ACADÊMICOS

Nome da instituição de ensino

Nome da faculdade ou instituto

Nome do departamento

Nome do autor do trabalho

Título do trabalho: subtítulo (se houver)

Local e data de aprovação

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MODELO DE FOLHA DE ROSTO PARA TRABALHOS ACADÊMICOS

Nome do autor do trabalho

Título do trabalho: subtítulo (se houver)

Monografia apresentada à Faculdade de Administração de

Mariana como pré-requisito para a obtenção do título de Bacharel

em Administração, com Habilitação em Administração de Empresas

sob a orientação do (a) Prof(a). (Ms. ou Dr.) (Nome).

Nome do orientador (e do co-orientador, se houver)

Prof (a). Ms/ Dr(a).

Local e data de apresentação do trabalho

MODELO DE FOLHA DE APROVAÇÃO PARA TRABALHOS ACADÊMICOS

Nome do autor do trabalho

Título do trabalho: subtítulo (se houver)

Monografia apresentada à Faculdade de Administração de

Mariana como pré-requisito para a obtenção do título de Bacharel

em Administração, com Habilitação em Administração de Empresas

sob a orientação do (a) Prof(a). (Ms. ou Dr.) (Nome).

Banca Examinadora

Prof(a). Ms./ Dr(a). ______________________________

Nome da instituição de origem

Prof(a). Ms./ Dr(a). ______________________________

Nome da instituição de origem

Prof(a). Ms./ Dr(a). ______________________________

Nome da instituição de origem

Local e data de apresentação do trabalho

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MODELO DE FOLHA DE DEDICATÓRIA PARA TRABALHOS ACADÊMICOS

Aos meus pais.

MODELO DE FOLHA DE AGRADECIMENTOS PARA TRABALHOS ACADÊMICOS

Agradeço aos professores do (ano, disciplina e curso), que

com seus ensinamentos forneceram os estímulos e as orientações

necessárias para a elaboração deste trabalho.

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CAPÍTULO 7

7 - COMO ELABORAR O CONTEÚDO DA MONOGRAFIA

7.1 – ELEMENTOS TEXTUAIS: CONTEÚDO DO TRABALHO

8

Os elementos textuais constituem a parte escrita, chamada corpo, que na verdade é a

alma do trabalho acadêmico, cujo conteúdo é distribuído conforme a seguir:

introdução;

desenvolvimento;

conclusão.

Assim como a apresentação visual do trabalho requer cuidados por parte do aluno, a

seleção, distribuição e tratamento do conteúdo deve se orientar por certos procedimentos

capazes de expor e articular com clareza as idéias de seu autor.

É natural que, depois do levantamento bibliográfico, das leituras e das anotações, o

aluno tenha dúvidas quanto à melhor maneira de distribuir esse conteúdo ao longo da

monografia. O que é importante? Em que ordem colocar os assuntos? Como utilizar as

anotações efetuadas para melhor valorizar o texto com opiniões e pareceres que

evidenciem autoridade científica? Como dar à monografia alguma fundamentação

científica para que ela não fique parecendo um mero apanhado de idéias desconexas?

Nas seções a seguir, veremos, passo a passo, os seguintes tópicos:

como usar a linguagem científica na redação acadêmica;

como lidar, na redação, com as idéias de senso comum;

a estrutura e o conteúdo da introdução;

8 A partir desse item até o item 7.1.3 todo o conteúdo foi retirado de: CERVO, Amado Luís; BERVIAN,

Pedro A.; DA SILVA, Roberto. Metodologia Científica. 6ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. p.

91-95 e p. 108 -111.

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como ordenar o conteúdo no desenvolvimento, que é a parte mais extensa da

monografia;

como utilizar a conclusão para assumir posturas diante do tema estudado e

afirmar sua posição de independência e autonomia intelectual.

7.1.1 – O USO DA LINGUAGEM CIENTÍFICA

O autor, ao redigir o trabalho final, para apresentar os resultados de seu trabalho

de pesquisa, precisa ter em mente que está escrevendo para dois públicos distintos. Um

pode ser chamado de público interno, pertencente às comunidades técnicas, acadêmicas

e científicas, composto de pessoas que também fazem pesquisa e que também escrevem.

O outro é o público externo, composto, não necessariamente, mas inclusive, de leigos,

que podem ter interesse pelo assunto ou necessidade de leituras do gênero, mas que não

dominam ou nem precisam dominar a linguagem técnica, acadêmica e científica. Ter

isso em mente pode facilitar muito a escolha dos termos apropriados e a forma de

apresentá-los, como veremos a seguir.

a) Impessoalidade: todo trabalho acadêmico, técnico ou científico deve ter caráter

impessoal. Ele é redigido na terceira pessoa, evitando-se referências pessoais, como meu

trabalho, meus estudos, minha tese. Utilizam-se, em tais casos, expressões como o

presente trabalho, o presente estudo, mas não deixe de assumir a autoria das idéias

originais, argumentos inovadores ou teses polêmicas, quando necessário. O uso de nós,

pretendendo indicar impessoalidade, é igualmente desaconselhável, embora tal

construção possa aparecer quando se trata de marcar os resultados obtidos pessoalmente

com uma pesquisa: somos de opinião que ..., julgamos que ..., chegamos à conclusão

que ..., deduzimos que ... etc.

b) Objetividade: o caráter objetivo da linguagem que veicula conhecimentos científicos

resulta da própria natureza da ciência. Por isso, essa linguagem impessoal e objetiva

deve afastar do campo científico pontos de vista pessoais que deixem transparecer

impressões subjetivas, não fundadas, sobre dados concretos. Expressões como eu penso,

parece-me, parece ser e outras violam freqüentemente o princípio da objetividade,

indicando raciocínio subjetivo.

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Grande número de vocábulos e expressões dá margem a interpretações subjetivas; sua

utilização compromete o valor do trabalho. Veja alguns exemplos de comparação entre

linguagem subjetiva e linguagem objetiva em pesquisa social:

linguagem subjetiva: a sala estava suja;

linguagem objetiva: o entrevistado, enquanto falava, deixou cair as cinzas do

cigarro no chão. Viam-se os restos de cigarros apagados e fragmentos de papel

pelo chão;

linguagem subjetiva: a sala era grande e espaçosa;

linguagem objetiva: a sala media 12m de comprimento por 8m de largura.

A linguagem científica deve, portanto, ser objetiva, precisa, isenta de qualquer

ambigüidade. Contrasta, nesse sentido, com a linguagem subjetiva, apreciativa,

adequada a outros fins.

c) Modéstia e cortesia: os resultados de um estudo ou pesquisa, quando cientificamente

alcançados, impõem-se por si mesmos. O pesquisador não deve, portanto, insinuar que

os resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam cobertos de erros e

incorreções. O próprio trabalho, por mais perfeito que seja, nem sempre está isento de

erros. A cortesia é traço importante de todo trabalho, sobretudo quando se trata de

discordar dos resultados de outras pesquisas.

À cortesia sucede a modéstia, quando o pesquisador se torna especialista em seu ramo.

Ao adquirir conhecimentos profundos no setor de seu estudo específico, o pesquisador

não deve transmiti-los com ares absolutos de autoridade absoluta. Sua pesquisa impõe-

se por si mesma. A linguagem que a reveste limita-se à descrição de seus passos e à

transmissão de seus resultados, testemunhando intrinsecamente a modéstia e a cortesia

essenciais a um bom trabalho. Sua finalidade é expressar, e não impressionar.

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7.1.2 – CARACTERÍSTICAS DA LINGUAGEM CIENTÍFICA

A linguagem, como instrumento de comunicação, pode desempenhar funções

distintas. Convém indicá-las aqui, pelo menos as principais, para que se tenha presente a

função característica da linguagem científica. Salvador (1970, p.141) assim classifica as

funções principais da linguagem- comunicação.

função expressiva, adequada à comunicação ou expressão de emoções,

sentimentos ou vivências psicológicas;

função persuasiva, adequada ao discurso (retórico) que pretende usar

sobre a vontade para dirigir a conduta dos homens, como na propaganda;

função informativa, adequada à transmissão de conhecimentos e

informações.

Com respeito às formas de expressão, a linguagem-comunicação pode revestir-se de

caráter:

coloquial, próprio da linguagem comum;

literário, enquanto tem em vista objetivos estéticos;

técnico, característico da linguagem científica.

A linguagem científica nada tem de persuasiva ou de expressiva no sentido indicado;

ela é essencialmente informativa.

Em suma, a linguagem científica é informativa e técnica, de ordem cognoscitiva e

racional, firmada em dados concretos, a partir dos quais analisa, compara e sintetiza,

argumenta, induz ou deduz e conclui. Distingue-se, portanto, da linguagem literária.

Enquanto esta deve impressionar, agradando pela elegância e pela evocação de valores

estéticos, aquela deve esclarecer pela força dos argumentos; enquanto esta tem por nota

distinta a subjetividade (estilo literário), aquela tem por nota distintiva a objetividade

(estilo científico).

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7.1.3 – USO DO VOCABULÁRIO COMUM

Idéias claras e precisas exprimem-se por meio de símbolos que as representem.

Os símbolos convencionalmente aceitos e agrupados em um sistema constituem a

linguagem. Tratando-se de linguagem científica, os símbolos empregados são aqueles que

representam idéias. Ocorre, entretanto, que nem todo símbolo ou palavra designa uma

única coisa ou corresponde a uma idéia apenas. Cumpre por isso, para que a linguagem

científica seja clara e precisa, escolher os termos mais adequados às idéias que se quer

exprimir e determinar sua significância exata.

O redator com pretensões técnicas, acadêmicas ou científicas deve conhecer, em

primeiro lugar, a significação exata dos termos empregados, conforme se encontra nos

dicionários, e determinar, em segundo lugar, a significação que recebe no contexto. Em

uma redação científica, não se admite o uso dos termos em sentido figurado: devem ser

empregados unicamente em sentido próprio, concreto e objetivo. Assim, o botânico se

serviria do termo “rosa” para designar a flor da roseira, planta da família das rosáceas,

enquanto o poeta poderia utilizar o mesmo termo, em sentido figurado, para designar uma

mulher formosa.

7.2 – COMO ELABORAR A INTRODUÇÃO, O DESENVOLVIMENTO E

A CONCLUSÃO DA MONOGRAFIA9

7.2.1 – INTRODUÇÃO: CONCEITO E REQUISITOS NECESSÁRIOS

A parte introdutória abre o trabalho propriamente dito, anunciando o assunto, e

supõe a compreensão dele quanto a seu alcance, suas implicações e seus limites. O leitor,

quando se propõe à leitura de um texto, quer antes de tudo saber do que se trata. Satisfeita

essa exigência, ele deseja ser encaminhado para a compreensão exata do assunto

focalizado.

Deduzem-se dessas necessidades os requisitos imprescindíveis a uma boa

introdução:

9 A partir desse tópico até o final desse capítulo, todas as informações foram retiradas de: CERVO,

Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia Científica. 6. ed. São Paulo:

Pearson Prentice Hall, 2007.

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a definição do tema;

a indicação do problema e da hipótese;

a indicação da metodologia de trabalho a ser seguida;

a estrutura interna do trabalho, com indicação de como estão distribuídos

e organizados seus argumentos.

O método para a elaboração da introdução busca mostrar como, na prática, serão

preenchidas essas exigências fundamentais.

7.2.1.1. – Sobre o tema

Definir o tema consiste em anunciar sua idéia geral e precisa. Isso será feito logo

no início da introdução, tendo-se o cuidado de escolher bem os termos que envolvem a

definição.

Esquema da Introdução:

a) Anunciar o assunto: 1. Idéia geral;

2. Delimitar;

3. Situar;

4. Mostrar a importância;

5. Justificar;

6. Definir os termos;

7. Documentação

8. Metodologia

b) ... e como será desenvolvido: 9. Idéias-mestras do desenvolvimento;

10. Plano do desenvolvimento

Uma vez anunciado o tema, torna-se freqüentemente necessário delimitá-lo, isto

é, indicar o aspecto específico que será focalizado (delimitação do assunto). Por vezes, o

assunto é anunciado e delimitado sob forma de problema ou pergunta. Levanta-se, nesse

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caso, uma ou mais hipóteses que serão demonstradas posteriormente. Aos poucos, o leitor

é habilitado a penetrar na problemática que o autor levanta ao anunciar o tema central ou

um de seus aspectos.

Quando se busca delimitar o tema, percebe-se a necessidade de situá-lo no

tempo e no espaço, na discussão teórica ou na teórica ou na prática. Situar o assunto

consiste em indicar os pressupostos ou postulados indispensáveis à sua compreensão. O

assunto deve ser situado no conjunto dos conhecimentos ou das atividades já

desenvolvidas e com as quais se relaciona.

À medida que se anuncia, delimita-se e situa-se o tema que será desenvolvido,

deve-se mostrar sua importância, a fim de despertar o interesse do leitor. Tal interesse

será canalizado para a leitura de um texto científico unicamente por meio da força dos

argumentos racionais. Em uma exposição oral, pode-se recorrer igualmente a outros

recursos, que tendem a tornar o assunto sugestivo.

Se a importância do tema for assim demonstrada, tanto a do conjunto como a dos

aspectos a serem focalizados, a justificação da escolha e sua delimitação tornam-se tarefa

fácil.

7.2.1.2 – Sobre as idéias e os conceitos utilizados

A introdução pode conter também a definição dos termos empregados, caso isso

se faça necessário para maior clareza e entendimento. A definição dos termos da

pesquisa pode tanto indicar seu grau de domínio sobre o tema como a linha teórica que

você seguirá no desenvolvimento.

7.2.1.3 – Sobre a Metodologia

Em trabalhos poucos extensos, como os exigidos em aula, a introdução deve

conter a indicação da documentação e dos dados utilizados. Indique as fontes de

pesquisa utilizadas, os instrumentos empregados e, se for o caso, o universo ou a

amostra que serviu de base para sua coleta de dados. Em pesquisa de campo ou de

laboratório, deve-se indicar sempre a metodologia empregada, tanto para a aquisição de

dados como para sua interpretação. Em trabalhos mais extensos, como memórias ou

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teses, exigidos para obtenção de um grau universitário, a apresentação desses elementos

constituirá capítulo à parte.

7.2.1.4 – Sobre o Desenvolvimento

Uma vez conhecido o assunto, o leitor quer conhecer igualmente o caminho que

há de seguir na leitura e compreensão do tema exposto. Anuncie as idéias-mestras do

desenvolvimento: os pontos principais, as deduções mais importantes, os resultados

mais significativos. Tem-se dessa forma uma visão global (sincrética) do assunto,

embora de certa maneira indeterminada.

Depois de tudo feito, no fim da introdução deve-se anunciar, com ênfase e

clareza, o plano adotado para o desenvolvimento. Esse passo cabe unicamente no fim da

introdução, porquanto supõe que o leitor já tenha uma idéia exata do assunto. O plano

do desenvolvimento, que arremata solenemente a parte introdutória, deve conter

unicamente os tópicos principais, ordenados em razão da pesquisa.

Em trabalhos mais extensos e de maior profundidade, é conveniente que a

introdução seja o último capítulo a ser escrito, pois somente após o término da redação

você terá uma visão geral de sua estrutura. Tome o cuidado de não antecipar, na

introdução, os resultados e as conclusões de sua pesquisa. Reserve-os para o final do

trabalho.

7.2.2 – DESENVOLVIMENTO

O desenvolvimento corresponde à parte mais extensa do trabalho, chamada

também de corpo do assunto. Visa a comunicar os resultados da pesquisa.

Deve ser sempre dividido em partes, refletindo o escalonamento das dificuldades

encontradas ou ainda em função das parcelas que comporta cada dificuldade. À medida

que se progride na investigação, recolhem-se muitas idéias que serão selecionadas e

ordenadas do mais simples ao mais complexo. A decomposição do assunto em suas partes

constitutivas é condição indispensável para sua compreensão. É bem mais fácil

compreender o assunto quando este estiver dividido, pois sem divisão não se pode

identificar claramente o tema central, tampouco distinguir o que se quer atribuir ao todo

ou somente a uma ou outra de suas partes.

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Deve-se ordenar sistematicamente as diversas partes que compõem a matéria de

estudo, sem esquecer que a elaboração do plano não equivale a propor uma organização

arbitrária e sem nexo das partes em um todo. Trata-se, muito ao contrário, de submeter os

conceitos a uma ordem dentro da hierarquia real ou lógica das questões, descobrindo a

estrutura real ou lógica do assunto, em que as partes estejam vinculadas entre si e

naturalmente integradas no conjunto.

A construção do plano do desenvolvimento supõe a capacidade de distinguir o

fundamental do acessório, a idéia principal da secundária, o mais importante do menos

importante, além de requerer a inteligência necessária para distribuir eqüitativamente as

partes desproporcionais, de sorte que o todo resulte equilibrado e proporcionado, fazendo

salientar o fundamental e o essencial.

Importante: não obstante a NBR 14724:2005 denominar introdução,

desenvolvimento e conclusão os elementos constituintes da parte textual, no trabalho não

se deve intitular desenvolvimento o miolo do trabalho. As partes primárias, secundárias e

terciárias, isto é, os capítulos e seções, devem receber títulos e subtítulos que expressem o

real conteúdo do texto.

Vê-se, portanto, que o plano envolve um processo deliberado e sistemático de

reflexão. Da mente que reflete surge o plano, como sua criação original. Constrói-se,

geralmente de início, um plano provisório. Este será muitas vezes modificado e

reestruturado no curso do trabalho, sob efeito de novas pesquisas e reflexões. O plano

provisório é, pois, a primeira etapa. O plano definitivo surgirá no término da investigação,

dependendo diretamente dos resultados dos estudos, da análise dos documentos e dados

reunidos e do esforço pessoal da reflexão. Tanto é verdade que um mesmo assunto

possibilita, por vezes, vários planos.

Como se procede à divisão? Essa questão envolve duas outras que serão

sucessivamente tratadas: dividir o assunto em quantas partes? Como dividir as partes?

7.2.2.1 – Divisão em três partes

A divisão do texto em três partes (...) privilegia a divisão (...) por unidades

temáticas, que visam a agrupar os assuntos segundo sua própria natureza e que constituem

momentos diferentes do esforço da pesquisa:

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primeira parte: histórico e contextualização do problema;

segunda parte: fundamentação e discussão teórica;

terceira parte: análise.

a) Conteúdo da primeira parte: apresente um panorama sobre o tema. Alguns

temas naturalmente sugerem uma ordem hierárquica. Se sua preocupação

consiste, por exemplo, em tratar da questão do desemprego no município de São

Bernardo do Campo, é preciso considerar que São Bernardo do Campo está

situado dentro de uma região metropolitana – São Paulo – que por sua vez é o

principal pólo industrial do Brasil. Tratar especificamente da realidade de São

Bernardo do Campo e ignorar os dois contextos maiores em que o município

está inserido é ter uma visão apenas parcial sobre o desemprego. O Brasil, por

sua vez, está inserido em um bloco econômico – o Mercosul – como reflexo (ou

reação) a uma economia cada vez mais globalizada. Dominar o „estado da arte‟

na questão desemprego, portanto, implica, obrigatoriamente, a visão global

sobre o tema, que inclui e sugere as seguintes subdivisões para essa parte:

o desemprego no mundo;

o desemprego no Mercosul;

o desemprego no Brasil;

o desemprego no Estado de São Paulo;

o desemprego em São Bernardo do Campo.

Portanto, cuide para que a primeira parte do desenvolvimento apresente ao leitor

o tamanho real do desemprego e suas relações com esferas mais amplas. A

respeito desses contextos mais amplos, apresente, se quiser, dados sobre

desemprego no mundo, no Mercosul, no Brasil e no Estado de São Paulo.

Qualifique o objeto de sua pesquisa. Isto é, apresente os principais indicadores

de São Bernardo do Campo, destacando-o em suas especificidades, mas também

inserindo-o em algo maior como dentro do Estado, do país e da região.

Nessa primeira parte, conceitue desemprego para livrar o tema de quaisquer

ambigüidades e interpretações errôneas. Veja que o conteúdo da primeira parte é

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essencialmente informativo e que essa informação é fruto de seu trabalho

pessoal de mapeamento do tema e de levantamento de dados.

b) Conteúdo da segunda parte: esse é o espaço para você colocar o resultado de

sue esforço de levantamento bibliográfico, de leituras e de anotações, e por isso

mesmo é uma parte essencialmente teórica. Apresente o resultado de pesquisas a

que você teve acesso e analise-o, usando a autoridade acadêmica e científica de

autores e pesquisadores renomados, por meio de citações que reforcem seus

argumentos. Discuta e concorde ou discorde dos autores, de preferência

colocando os autores para discutir entre si pelo confronto de suas opiniões. A

regra, para o enriquecimento dessa parte, consiste em nunca utilizar um único

autor. Escolha dois ou mais, três de preferência. Aplique os procedimentos de

análise, comparação e síntese às opiniões, valorizando a polêmica que

inevitavelmente existe no universo dos especialistas.

c) Conteúdo da terceira parte: com os procedimentos anteriormente indicados, o

aluno estará a meio caminho do domínio do estado da arte sobre a questão do

desemprego

você traçou o panorama em que acontece o problema;

você apresentou dados que permitem uma visão quantitativa do problema;

você atualizou a discussão sobre o problema com a análise, a síntese e a

comparação das opiniões dos principais especialistas sobre a questão.

Agora você pode discutir a questão específica de sua pesquisa, que é o desemprego no

município de São Bernardo do Campo, buscando responder às seguintes indagações:

Analisando o desemprego no mundo, no Mercosul, no Brasil e no Estado de São

Paulo, que são os contextos mais amplos nos quais o município está inserido, é

possível encontrar alguma regularidade, isto é, alguma lei geral que norteie esse

processo?

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De acordo com as características específicas do município estudado, é possível

identificar algum fator que seja também específico da região?

Amparado nos autores escolhidos, que teorias conseguem explicar o fato, seja

ele uma lei geral do desemprego ou a situação específica do município em

estudo?

Identificadas as evidências que permitem confirmar ou negar as hipóteses inicialmente

sugeridas na fase de elaboração do projeto de pesquisa, você pode incorporar outros

elementos e dados coletados, como depoimentos de pessoas locais ou respostas dadas

em entrevistas, e até mesmo estabelecer relações entre as evidências identificadas e

outros aspectos de suas próprias observações e de seus dados.

Note que a característica básica dessa terceira parte é ser essencialmente analítica. Suas

posições não podem ainda ser pessoais, pois você só poderá afirmar ou negar, concordar

ou discordar a partir de evidências contempladas no próprio texto. O encerramento

dessa parte e, por conseguinte, do desenvolvimento deve enunciar sua posição teórica

diante dos dados coletados, dos estudos, das opiniões dos especialistas e das evidências.

Essa afirmação de sua posição pode ser entendida como o seu ganho intelectual, o saldo

de seu aprendizado e sua efetiva contribuição ao estudo do tema. Essa produção

intelectual o autoriza a falar com propriedade e segurança sobre o tema e geralmente

marca a posição do autor no universo dos especialistas que se ocupam de tal tema,

principalmente em estudos feitos em nível de mestrado e de doutorado.

7.2.3 – CONCLUSÃO: CONCEITO E REQUISITOS INDISPENSÁVEIS

A conclusão deve abrir sempre nova página com o cabeçalho em letras versais

na parte superior da página. Quando houver várias conclusões, numeradas, intitula-se no

plural: conclusões.

Conclusão é: “Ato de concluir. Conseqüência de um argumento; dedução,

ilação” (MICHAELIS, 2000). O homem comum apresenta sua idéia sob a forma de

afirmação, que pode ser positiva ou negativa. O pesquisador apresenta-a sob a forma de

conclusão. A conclusão corresponde à seção que arremata o trabalho. Constitui seu ponto

de chegada, a resposta ao tema anunciado na introdução. A conclusão governa a

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elaboração das partes, orienta e estrutura seu desenvolvimento. Ela está presente em todo

o trabalho, sob a forma de hipótese plausível na introdução, que se confirma aos poucos

com o desenvolvimento, transformando-se, finalmente, em certeza ou na mais provável

das hipóteses.

A conclusão não é uma idéia nova, um pormenor ou apêndice que se acrescenta

ao trabalho; não é tampouco um simples resumo final. O assunto anunciado e

desenvolvido desemboca na conclusão, decorrência lógica e natural de tudo o que a

precede.

Relembre que, ao delimitar o tema de sua monografia, você escolheu uma

abordagem, dentre tantas possíveis, e na justificativa apresentou as razões para a escolha

de determinado tema, e não de outro. Lembre-se de que ao formular o problema da

pesquisa você o dimensionou, mostrando em que estágio o encontrou. Depois elaborou

uma ou mais hipóteses preliminares para explicá-lo. E mais: nos objetivos gerais e

específicos você se propôs a alcançar certas metas e para isso escolheu uma

metodologia e algumas técnicas de pesquisa, tendo posteriormente selecionado uma

bibliografia que, naquele momento, você entendia como suficiente para dar conta de

confirmar ou não sua hipótese. Todo o corpo do trabalho, enfim, esteve voltado para

responder às questões iniciais elencadas no projeto de pesquisa. Ao final da pesquisa, o

aluno precisará fechar todas essas questões em aberto, e ele fará isso na conclusão:

Sua pesquisa resolve o problema originalmente escolhido, amplia a

compreensão sobre ele, mostra novas relações ou mesmo descobre outros

problemas?

Sua hipótese, ao final, foi confirmada ou refutada pela pesquisa?

Os objetivos gerais e específicos previamente definidos foram alcançados?

A metodologia de trabalho escolhida foi suficiente para a consecução de seus

propósitos? Houve necessidade, ao longo da pesquisa, de adotar outras técnicas

ou procedimentos para lidar com situações não previstas?

A bibliografia previamente selecionada correspondeu às expectativas?

Da leitura, análise, comparação e síntese de diferentes autores sobre o mesmo

tema, qual é sua postura diante dele, terminado o trabalho de pesquisa?

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A conclusão é, portanto, um resumo marcante dos argumentos principais, é síntese

interpretativa dos elementos dispersos pelo trabalho, ponto de chegada das deduções

lógicas baseadas no desenvolvimento. Deve levar à convicção os hesitantes, se

porventura ainda houver, e isso você só conseguirá se reservar para a conclusão aquilo

que seja realmente essencial para a compreensão do tema. Isso quer dizer que o resumo

conclusivo deve ser enérgico, breve, exato, firme e convincente.

Aproveite esse momento para seu primeiro exercício de autonomia intelectual, pois

na conclusão você pode anunciar seu próprio ponto de vista com a certeza de que ele

possui uma fundamentação teórica e científica. Sendo resultado de seu trabalho, justo é

que traga sua marca pessoal. O ponto de vista do autor aparece sempre que ele chega a

uma conclusão original, a um conhecimento novo ou simplesmente a uma nova

reformulação de conhecimentos existentes. Há, porém, diversas maneiras de exprimir

esse ponto de vista: a perícia está em valorizar magistralmente o próprio trabalho,

apresentando suas conclusões como precioso fruto dos esforços despendidos.

O autor pode também enriquecer seu trabalho, alargando a idéia geral para além de

seu próprio ponto de vista, abrindo novas perspectivas, vislumbrando novas pesquisas,

apontando relações do assunto com outros ramos do conhecimento.

Veja abaixo um modelo de estrutura do trabalho de conclusão, retirado de BECKER

e MELLO (2006):

Preliminares: Folha de rosto

Sumário

Agradecimentos

Texto:

1. INTRODUÇÃO

1.1 – Caracterização da organização (local de realização do estágio)10

e do ambiente.

1.2 – Formulação do problema ou oportunidade; inclui: (a) dados e/ou informações que

dimensionam a problemática; e (b) limites definidos para tratar o problema.

1.3 – Objetivos: (a) geral (define o propósito da pesquisa); e (b) específicos

(operacionalizam o objetivo geral).

1.4 – Justificativa; inclui: (a) oportunidade do projeto; (b) viabilidade do projeto; e (c) sua

importância.

10

Esse tópico de local de realização do estágio só será inserido caso a sua monografia fale sobre um tema

que surgiu com a experiência do estágio.

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1.5 – Comentários justificando alterações nos itens acima, em relação ao projeto (se

aplicável).

2. REVISÃO DA LITERATURA (É uma versão atualizada da seção homônima do projeto.)

Implica: (a) levantar conceitos teóricos, métodos e instrumentos de análise; (b) rever trabalhos

ou aplicações semelhantes em outros contextos; (c) descrever, comparar, criticar a literatura

sobre o tema.

3. METODOLOGIA (Relata o método que foi de fato utilizado para a coletas e análise de

dados.):

3.1 – Plano ou delineamento da pesquisa

3.2 – Definição da área ou população-alvo do estudo

3.3 – Plano de amostragem (se aplicável)

3.4 – Plano de coleta de dados

3.5 – Instrumentos de coleta de dados

3.6 – Cronograma desenvolvido e comentários sobre o processo da coleta de dados. Inclui

relato de qualquer desvio em relação ao projeto original, tendo em vista dificuldades de acesso

aos dados ou tempo para concluir o planejado.

4. ANÁLISE (Trata da apresentação e análise dos resultados.)

4.1 – Descrição dos dados coletados (situação atual ou sistema existente)

4.2 – Análise (identificação de problemática existente, a partir da análise dos dados

coletados)

– pode envolver comparação dos resultados com outros projetos ou situações

– normalmente, envolve uso de tabelas e gráficos ou, ainda, de estatísticas

– idealmente, os resultados são analisados à luz de modelos teóricos antes apresentados

na revisão da literatura

5. CONCLUSÕES, PROPOSTAS E SUGESTÕES

Dependendo do tipo de projeto desenvolvido, o conteúdo do capítulo poderá tratar de:

– resumo e conclusões de uma pesquisa

– apresentação de um plano/programa

– sugestões para a melhoria de um plano/programa

– sugestões para a implementação de um plano/programa.

Para qualquer tipo, deverá constar um item final, enfatizando a importância e validade do estudo

para o estagiário e a organização.

Referências – ANEXOS

– BIBLIOGRAFIA

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CAPÍTULO 8

ELEMENTOS DE APOIO AO TEXTO: NORMAS DA

‘ABNT’11

- Digitação do Documento

Os trabalhos devem ser apresentados de modo legível, através de documento digitado

em espaço dum e meio (1,5) (exceto as referências bibliográficas, que devem ter espaço

um (1), ocupando apenas o anverso da página. Recomenda-se a utilização da fonte arial

ou times new roman, tamanho 12. Tipos itálicos são usados para nomes científicos e

expressões estrangeiras.

- Alinhamento do Documento

Para efeito de alinhamento, não devem ser usados barras, travessões, hífens, asteriscos e

outros sinais gráficos na margem lateral direita do texto, que não deve apresentar

saliências e reentrâncias.

- Impressão do Documento

A impressão deve ser feita exclusivamente em papel branco formato A4, de boa

qualidade, que permita a impressão e leitura.

- Margens do Documento

As margens devem permitir encadernação e reprodução corretas.

Margem esquerda: 3.0 cm

Margem direita : 2.0 cm

Margem superior : 3.0 cm

Margem inferior : 2.0 cm

11

O conteúdo desse capítulo 9 foi retirado na íntegra de: “Normas da ABNT. Disponível em:

www.admbrasil.com.br/abnt.htm. Acesso em: 16/04/2007.”

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- Numeração das Páginas do Documento

As páginas devem ser numeradas sequencialmente a partir da Introdução, em

algarismos arábicos, no canto superior direito, sem traços, pontos ou parênteses.

A numeração das páginas preliminares (a partir da página de rosto até a última

folha antes do texto) é opcional. Caso sejam numeradas, utilizar algarismos romanos

representados por letras minúsculas (i, ii, iii, iv, etc.). Em se fazendo tal opção, a página

de rosto (página i), não deve ser numerada, iniciando-se a numeração na página seguinte

(página ii).

Havendo anexos, suas páginas devem ser numeradas de maneira contínua e sua

paginação deve dar seguimento a do texto principal.

- Capa

Deve constar autoria, título do trabalho, local e data, dispostos a critério do autor. A

inclusão de outros elementos é opcional.

Autor

Título

Local

Data

FIGURA 1 – Capa

- Errata

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Lista de erros de natureza tipográfica ou não com as devidas correções, indicando-se as

páginas e/ou linhas em que aparecem. Impressa quase sempre em retalho de papel

avulso ou encartado, acrescido ao volume depois de impresso.

ERRATA

Onde se lê Leia-se Página Parágrafo Linha

Material de referência conclusão 132 1 3

Pretextuais pré-textuais 156 2 1

FIGURA 2 – Errata

- Página de Rosto

Elementos necessários para identificação do documento, ou seja:

nome completo do autor;

título do trabalho e subtítulo quando houver, separado do título por dois pontos

(quando for explicativo) ou ponto e vírgula (quando se tratar de subtítulo

complementar);

nome da instituição e departamento;

indicação da disciplina ou área de concentração (dissertações de mestrado, teses

de doutorado ou livre docência, etc.);

nome do orientador (monografias, dissertações e teses);

local e data.

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Logotipo da universidade

Autor

Título

Trabalho referente a

disciplina

de___________ do_____

período

do Curso de___________da

"sua universidade"

Orientado

professor(a)______________

Realizado pelo(s)

aluno(s)___________

Local

Data

FIGURA 3 - Página de rosto

- Ficha Catalográfica

Localizada no verso da página de rosto e na parte inferior da mesma. Deverá ser

elaborada pelo profissional bibliotecário de sua Unidade ou da Biblioteca Central,

objetivando a padronização das entradas de autor, orientador e definição dos cabeçalhos

de assunto à partir de índices de assuntos reconhecidos internacionalmente.

FICHA CATAL0GRÁFICA ELABORADA PELA

BIBLIOTECA DA ÁREA DE ENGENHARIA - BAE - UNICAMP

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Velásquez Alegre, Delia Perla Patricia

V541t Técnicas básicas para interações 3D através do mouse. /

Delia Perla Patricia Velásquez Alegre.-Campinas, SP: [s.n.],

1997.

Orientadora: Wu Shin-Ting

Dissertação (mestrado) - Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Curitiba, Universidade de Engenharia Elétrica e de Computação.

1. Interação homem-máquina. 2. Interfaces gráficas de

usuário (Sistema de computador). I. Wu Shin-Ting. II.

Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de

Engenharia Elétrica e de Computação. III. Título.

FIGURA 4 - Ficha catalográfica

- Folha de Aprovação

Deve conter data de aprovação, nome completo e local para assinatura dos membros da

banca examinadora. Outros dados como notas, pareceres, etc., podem der incluídos

nesta página a critério da instituição.

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Formaram parte da Banca:

Maria Cristina Ferreira de Oliveira

ICMSC - Instituto de Ciências Matemáticas de São

Carlos - USP

Léo Pini Magalhães

Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Wu Shin-Ting

Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP

FIGURA 5 - Folha de aprovação

- Epígrafe (opcional)

Esta página é opcional, tendo uma citação de um pensamento que, de certa forma,

embasou ou inspirou o trabalho. Pode ocorrer, também, no início de cada capítulo ou

partes principais.

"A luta contra o erro

tipográfico tem algo de

homérico. Durante a revisão

os erros se escondem, fazem-

-se positivamente invisíveis.

Mas assim que o livro sai,

tornam-se visibilíssimos..."

(Monteiro Lobato)

FIGURA 6 - Epígrafe

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- Dedicatória (opcional)

Página opcional, tendo um texto, geralmente curto, no qual o autor presta alguma

homenagem ou dedica o seu trabalho a alguém.

A todos os médicos veterinários

que trabalham no meio rural,

desenvolvendo a pecuária e

aumentando sobremaneira a

produção de alimentos.

FIGURA 7 - Dedicatória

- Agradecimentos (opcional)

Página opcional, podendo ser incluídas aqui referências a Instituições ou pessoas que

subvencionaram o trabalho.

Este trabalho é para

Susana, Rachel, Vera Lúcia e Albertina

que colaboraram com a realização

deste, incentivando-me.

FIGURA 8 - Agradecimentos

- Sumário

Consiste na enumeração dos capítulos do trabalho, na ordem em que aparecem no

texto, com a página inicial de cada capítulo. Deve ser elaborado de acordo com a

Norma ABNT/NBR-6027.

Os capítulos devem ser numerados em algarismos arábicos, a partir da Introdução até

as Referências Bibliográficas.

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Havendo subdivisão nos capítulos, deve ser adotada a numeração progressiva, sempre

em número arábico, de acordo com a Norma ABNT/NBR-6024. Não deve ser usado

algarismo romano, nem letra.

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ............................................. ii

RESUMO ................................................................ iv

1 INTRODUÇÃO ................................................... 5

2 REVISÃO DE LITERATURA............................. 7

3 MATERIAL E MÉTODO.................................... 8

3.1 Material ............................................................. 8

4 RESULTADOS ................................................... 9

4.1 Psicológicos ...................................................... 10

4.2 Pedagógicos ...................................................... 11

5 DISCUSSÃO ....................................................... 12

6 CONCLUSÕES ................................................... 12

7 ANEXOS E APÊNDICES .................................. 13

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................ 15

FIGURA 9 – Sumário

- Listas

Rol de elementos ilustrativos ou explicativos. Dependendo das características do

documento podem ser incluídas as seguintes listas:

a. lista de ilustrações - relação de tabelas, gráficos, fórmulas, lâminas, figuras

(desenhos, gravuras, mapas, fotografias), na mesma ordem em que são citadas

no texto, com indicação da página onde estão localizadas;

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b. lista de abreviaturas e siglas - relação alfabética das abreviaturas e siglas

utilizadas no texto, seguidas das palavras a que correspondem, escritas por

extenso;

c. lista de notações - relação de sinais convencionados, utilizados no texto,

seguidos dos respectivos significados.

Item a:

LISTA DE FIGURAS

1 Curvatura do movimento ...................................... 5

2 Vistas ortogonais .................................................. 6

3 Correspondência entre movimentos ..................... 7

4 Representações gráficas ........................................ 7

5 O cursor tridimensional ......................................... 8

6 O cursor skitter e os jacks ..................................... 10

7 Controladores virtuais ........................................... 11

8 Manipulação direta ................................................ 12

Item b: Ibidem ou Ibid. - na mesma obra

Idem ou Id. - do mesmo autor

Op. cit - na obra citada

Loc. cit - no lugar citado

Et seq. - seguinte ou que se segue

Passim - aqui e ali; em vários trechos ou passagens

Cf. - confira

- Resumo em Português

Deve ser precedido de referência bibliográfica do autor e elaborado de acordo com a

Norma ABNT/NBR-6028

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Redigido pelo próprio autor do trabalho, o resumo deve ser a síntese dos pontos

relevantes do texto, em linguagem clara, concisa e direta. Deve ressaltar o objetivo, o

resultado e as conclusões do trabalho, assim como o método e a técnica empregada em

sua elaboração.

O resumo redigido na língua original do trabalho precede o texto, porém a tradução para

o inglês "Abstract" deve ser inserido logo após o texto, antes da lista de referências

bibliográficas.

ALMEIDA, E. L. Reconstrução do esôfago cervical

de cães. [Cervical esophagus reconstruction

in dogs]. São Paulo, 1996. 71 p. Tese (Doutorado

em Medicina Veterinária) - Departamento de

Cirurgia, Faculdade de Medicina Veterinária e

Zootecnia, Universidade de São Paulo.

TEXTO DO RESUMO

FIGURA 10 - Resumo em português

- Texto

Como todos os trabalhos científicos, a organização do texto deve obedecer a uma

sequência, ou seja, Introdução, Desenvolvimento e Conclusão, dividindo-se em

capítulos conforme a natureza do assunto. Utiliza-se comumente a seguinte estrutura :

-Introdução

Nesta primeira parte do texto o autor deve incluir:

apresentação geral do assunto do trabalho;

definição sucinta e objetivo do tema abordado;

justificativa sobre a escolha do tema e métodos empregados;

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71

delimitação precisa das fronteiras da pesquisa em relação ao campo e períodos

abrangidos;

esclarecimentos sobre o ponto de vista sob o qual o assunto será tratado;

relacionamento do trabalho com outros da mesma área;

objetivos e finalidades da pesquisa, com especificação dos aspectos que serão ou

não abordados;

a proposição poderá ser apresentada em capítulo à parte.

Revisão de Literatura

É a apresentação do histórico e evolução científica do aspecto do trabalho, através da

citação e de comentários sobre a literatura considerada relevante e que serviu de base à

investigação.

Todos os autores citados na revisão de literatura ou em qualquer das partes do trabalho

deverão constar da listagem final das Referências Bibliográficas.

- Material e Método

É a descrição precisa dos métodos, materiais e equipamentos utilizados, de modo a

permitir a repetição dos ensaios por outros pesquisadores. Técnicas e equipamentos

novos devem ser descritos com detalhes; entretanto, se os métodos empregados já forem

conhecidos, será suficiente a citação de seu autor. A especificação e origem do material

utilizado poderá ser feita no próprio texto ou em nota de rodapé. Os testes estatísticos

empregados e o nível de significância adotado também devem ser referidos neste

capítulo.

- Resultados

É a apresentação, em ordem lógica, dos resultados obtidos, sem interpretações pessoais.

Podem ser acompanhados por gráficos, tabelas, mapas e figuras.

- Discussão

Neste capítulo, os resultados da pesquisa são analisados e comparados com os já

existentes sobre o assunto na literatura citada. São discutidas suas possíveis

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implicações, significados e razões para concordância ou discordância com outros

autores. A discussão deve fornecer elementos para as conclusões.

- Conclusões

Devem ser fundamentadas nos resultados e na discussão, contendo deduções lógicas e

correspondentes, em número igual ou superior aos objetivos propostos. Refere-se à

introdução, fechando-se sobre o início do trabalho.

- Abstract (Resumo em inglês)

Opcional para alguns tipos de trabalho. A tradução do resumo para o inglês "Abstract"

deve ser inserido logo após o texto e precedido de referência bibliográfica do autor.

Como exemplo ver item 2.11, tendo como ressalva na referência bibliográfica a

inversão do título, ou seja, citar primeiramente o título em inglês e, posteriormente,

entre colchetes, o título em português.

- Anexos e Apêndices

Anexos são partes integrantes do texto, mas destacados deste para evitar

descontinuidade na sequência lógica das idéias. Constituem suportes elucidativos e

ilustrativos para a compreensão do texto. Apêndices constituem suportes elucidativos e

ilustrativos, porém não essenciais à compreensão do texto. Quando existe a necessidade,

no trabalho, de vários anexos ou apêndices, cada um deles deve ter no alto da página a

indicação em letras maiúsculas, seguido do número correspondente em algarismo

arábico. No texto devem ser citados entre parênteses.

Alto da página - ANEXO 3 ou APÊNDICE 3

No texto - (ANEXO 3) ou (APÊNDICE 3)

- Glossário (opcional)

Lista de palavras pouco conhecidas, de sentido obscuro ou de uso muito restrito,

acompanhadas de definição.

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GLOSSÁRIO

AUTOR - Pessoa a quem cabe a responsabilidade principal pela

criação do conteúdo intelectual ou artístico de uma obra.

CITAÇÃO - Menção de uma informação obtida em outra fonte.

NOTAS DE RODAPÉ - Anotações colocadas ao pé da página,

com a finalidade de transmitir informações que não foram

incluídas no texto.

RESENHA - Síntese ou comentário sobre uma obra científica,

literária, etc. Pode limitar-se a uma exposição objetiva do texto

resenhado ou tecer comentários úteis e interpretativos. Em geral é

realizada por um especialista que domina o assunto.

RESUMO - Apresentação concisa dos pontos relevantes

de um texto.

FIGURA 11 - Glossário.

- Referências Bibliográficas

São o conjunto de elementos que permitem a identificação, no todo ou em parte, de

documentos impressos ou registrados em diversos tipos de materiais. As referências

bibliográficas são apresentadas em forma de listagem de acordo com um sistema de

chamada adotado.

Para a elaboração das referências bibliográficas utilizar a norma ABNT/NBR 6023.

- Índice (opcional)

Lista de entradas ordenadas, segundo determinado critério, que localiza e remete para as

informações contidas no texto. O índice deve ser elaborado de acordo com a norma

ABNT/NBR 6034.

O arranjo do índice pode ser classificado em:

a. alfabético - quando as entradas são ordenadas alfabeticamente;

b. sistemático - quando as entradas são ordenadas de acordo com um sistema de

classificação de assunto;

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c. cronológico - quando as entradas são ordenadas cronologicamente.

ÍNDICE DE AUTORES

ABATH, Rachel Joffily, 357

ALMEIDA, Iêda Muniz de,

65

ALMEIDA, Marina dos

Santos, 27

ALVES, Marília Amaral

Mendes, 149

BANDEIRA, Suelena Pinto,

65

BLANK, Veleida Ana, 399

BORGES, Stella Maris, 167

CABRAL, Anna Maria

Rezende, 553

CARIBÉ, Eliane e Rita

ÍNDICE SISTEMÁTICO

MONTAGEM

Ver Arte-final

MONTAGEM DO LIVRO

processo de, 596-598

MORAIS, Rubens Borba de,

27, 31

NEOLOGISMO

uso do, 73-74

NORMALIZAÇÃO

Abreviaturas, 94

FIGURA 12 - Índice de autores. FIGURA 13 - Índice sistemático.

ORIENTAÇÕES TÉCNICAS

- APRESENTAÇÃO DE INFORMAÇÃO NO TEXTO

- Citação

É a menção no texto de uma informação colhida de outra fonte. Pode ser direta, indireta

e citação de citação.

- Citação Direta

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É a cópia exata ou transcrição literal de outro texto (leis, decretos, regulamentos,

fórmulas científicas, palavras ou trechos de outro autor). O tamanho de uma citação

determina sua localização no texto da seguinte forma:

a. até três linhas deve ser incorporada ao parágrafo, entre aspas duplas.

De acordo com as conclusões de SINHORINI (1983),

"O BCG induz à formação de lesão granulomatosa, quer

na ausência, quer na presença da hipersensibilidade

específica detectada pelo PPD" (p.13).

b. citação mais longa deve figurar abaixo do texto, em bloco recuado das margens

laterais, com espaço datilográfico menor (espaço 1) e letra com a fonte 10.

Valendo-se de várias hipóteses, SINHORINI (1983) constata que

...o granuloma tuberculoso é constituído por dois sistemas

independentes: o macrofágico que controlaria tanto o escape do antígeno

da lesão, quanto o crescimento bacteriano na mesma, e o

imunocompetente, representado pela hipersensibilidade e expresso

morfologicamente pelo halo de células jovens... (p.15).

Observação: A indicação da fonte entre parênteses pode suceder a citação, para evitar

interrupção na seqüência do texto.

Após esse primeiro isolamento, na Inglaterra, vários casos têm sido descritos

em países como Canadá, Noruega, Holanda, Dinamarca e Finlândia

(GLAZEBROOK et al, 1973, JONES, 1981).

- Citação Indireta

É a expressão da idéia contida na fonte citada, sem transcrição, dispensando o uso de

aspas duplas.

A hipertermia em bovinos Jersey foi constatada quando a

temperatura ambiente alcançava 29.5° C (RIECK & LEE,

1948).

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Pode-se simplificar a citação, mencionando-se apenas o número recebido pelo

documento na listagem bibliográfica. Esse procedimento pressupõe que a listagem

bibliográfica já possua numeração definitiva, uma vez que inserções posteriores exigem

mudança em toda a numeração.

CAMPOS (15) destacou, em estudo sobre o atendimento aos

menores em São Paulo, que as creches comunitárias expressam

uma relação diferente dos orfanatos...

- Citação de Citação

É a menção de um documento ao qual não se teve acesso. Pode ser citado na lista final

de referências bibliográficas ou em nota de rodapé, sendo obrigatória a indicação da

página de onde foi extraída a informação.

Esse tipo de citação só deve ser utilizado nos casos em que realmente o documento

original não pode ser recuperado (documento muito antigo, dados insuficientes para a

localização do material, etc.).

No texto deve ser indicado o sobrenome do(s) autor(es) do documento não consultado,

seguido da data e da expressão apud e do sobrenome do(s) autor(es) da referência

fonte.

. MUELLER (1858) apud REIS, NOBREGA (1956) chegou às

mesmas conclusões...

ou

. (MUELLER, 1858 apud REIS, NOBREGA, 1956)

As entidades coletivas podem ser citadas pelas respectivas siglas, desde que na primeira

vez em que forem mencionadas apareçam por extenso.

World Health Organization - WHO (1985)

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O documento original não consultado também pode ser citado em nota de rodapé.

MARINHO1 , apud MARCONI & LAKATOS (1982),

apresenta a formulação do problema como uma fase de

pesquisa, que, sendo bem delimitado, simplifica e facilita a

maneira de conduzir a investigação.

__________________________

1MARINHO, Pedro. A pesquisa em ciências humanas.

Petrópolis : Vozes, 1980.

Na listagem bibliográfica, devem-se incluir os dados completos do documento

efetivamente consultado.

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1982.

Observação: Quando não se usa a nota de rodapé, devem-se incluir duas entradas na

listagem bibliográfica:

a. uma relacionando o documento não consultado seguido da expressão apud

(citado por) e os dados do documento efetivamente consultado;

b. outra entrada será feita relacionando apenas os dados da fonte consultada.

- Citação de Informações

Quando obtidas através de canais informais, como comunicações pessoais, anotações de

aulas, eventos não impressos (conferências, palestras, seminários, congressos,

simpósios, etc.) devem ser mencionadas em nota de rodapé.

SILVA (1983) afirma que o calor se constitui...

FUKUSHIMA, HAGIWARA (1979) realizaram o estudo do

proteinograma...

____________________________

SILVA, H.M. Comunicação pessoal. Belo Horizonte : Escola

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de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais, 1983.

FUKUSHIMA, R.S., HAGIWARA, M.K. Eletroforese em

acetato de celulose das proteínas séricas de cães com ascite.

(Apresentado à Conferência Anual da Sociedade Paulista de

Medicina Veterinária, 34. São Paulo,1979).

- Documentos anônimos, documentos considerados no todo, ou de autoria coletiva

Documentos cuja entrada no texto é pelo título (obras anônimas, eventos considerados

no todo, etc.) a citação deve ser feita com as primeiras palavras deste título, na forma

em que se apresentam na lista de referências bibliográficas. Se o título for muito longo,

ou tiver subtítulo, devem ser usadas reticências.

a. Título - De acordo com a ENCICLOPÉDIA de Tecnologia...

(1972).

b. Entidades - Conforme os dados do ANUÁRIO

ESTATÍSTICO DO BRASIL (1973), o número de

brasileiros cursando o segundo grau não alcançou os

índices esperados.

OU

(ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL, 1973)

c) Evento - No SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS... (1990).

- Trabalhos não publicados

a. Trabalhos não publicados e em fase de elaboração devem ser mencionados

apenas em nota de rodapé.

FIGUEIRA (1977)* estudando a ação dos

universitários...

_________________________________

*FIGUEIRA, Marcelo Lima. População regional. São

Paulo : Faculdade de Educação - Unicamp, 1977.

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b. Trabalhos comprovadamente em fase de impressão devem ser mencionados na

lista final de referências bibliográficas, com a informação (No prelo) precedendo

o título do periódico, volume, número e ano.

- Apresentação de autores no texto

Deve obedecer aos seguintes critérios:

a. Um autor

Indicação do SOBRENOME do autor em maiúsculas, seguido da data.

HAFEZ (1973) aconselha a medicação D.

OU

Em pesquisa anterior (HAFEZ, 1973) aconselha a

medicação D.

b. Dois autores

Indicação dos dois autores unidos por "&", acrescidos da data.

RIECK & LEE (1948) ou (RIECK & LEE, 1948)

c. Três ou mais autores

Indicação do primeiro autor, seguido da expressão “et al.” acrescido da data.

JARDIM et al. (1965) ou (JARDIM et al., 1965)

d. Na citação de vários trabalhos de diferentes autores, mencionam-se todos os

autores, separados pelas notações do sistema de chamada adotado.

A citação de vários autores poderá obedecer a ordem alfabética ou cronológica, quando

citados em bloco no texto. A opção por qualquer dos critérios deverá ser seguida

uniformemente, em toda a matéria.

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ORDEM ALFABÉTICA

ATANASIU (1967), KING (1965), LIRONS (1955),

THOMAS (1973)

Ou

(ATANASIU, 1967, KING, 1965, LIRONS, 1955, THOMAS,

1973)

ORDEM CRONOLÓGICA

LIRONS (1955), KING (1965), ATANASIU (1967),

THOMAS (1973)

Ou

(LIRONS, 1955, KING, 1965, ATANASIU, 1967, THOMAS,

1973)

- Sistema de chamada para apresentação de citações no texto

O método escolhido para a identificação das citações deve ser observado ao longo de

todo o trabalho. Os sistemas podem ser:

- Sistema alfabético (autor-data)

As citações devem ser indicadas pelo SOBRENOME do autor, seguido da data de

publicação do trabalho. A lista final de referências bibliográficas deve ter arranjo

alfabético.

LUCCI et al (1976) constata que a ingestão de alimentos...

As citações de diversos documentos de um mesmo autor, publicados em um mesmo

ano, são distinguidas pelo acréscimo de letras minúsculas do alfabeto após a data, e sem

espacejamento.

a) CARRARO (1973a) ou (CARRARO, 1973a)

CARRARO (1973b) ou (CARRARO, 1973b)

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b) VOLKMAN & GOWANS (1965a) ou (VOLKMAN &

GOWANS, 1965a)

VOLKMAN & GOWANS (1965b) ou (VOLKMAN & GOWANS,

1965b)

Quando houver coincidências de autores com o mesmo sobrenome e data, acrescentar as

iniciais de seus prenomes.

a) BARBOSA, N. (1958) ou (BARBOSA, N., 1958)

b) BARBOSA, R. (1958) ou (BARBOSA, R., 1958)

- Sistema numérico

As citações dos documentos devem ser indicadas por chamadas numéricas colocadas

meia entrelinha acima do texto. O nome do autor pode, em alguns casos, não ser

mencionado. É citada apenas a idéia ou pensamento, seguido da indicação numérica da

citação.

De acordo com CERVO & BERVIAN, "documento é toda base

de conhecimento fixado materialmente".7

A lista final de referências bibliográficas deve ter arranjo numérico, seguindo a ordem

em que as citações aparecem no texto.

- Sistema alfanumérico

Neste sistema, as referências bibliográficas são alfabetadas e numeradas previamente.

As chamadas no texto recebem o número respectivo dessa ordem pré-estabelecida.

GOMES3 , concordando com AZEVEDO

1 e BARBOSA

2 ...

- Notas de rodapé

As notas de rodapé destinam-se a prestar esclarecimentos ou tecer considerações que

não devam ser incluídas no texto para não interromper a seqüência lógica da leitura.

Essas notas devem ser reduzidas ao mínimo e situar-se em local tão próximo quanto

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possível do texto, não sendo aconselhável reuni-las todas no fim de capítulos ou da

publicação.

Para se fazer a chamada das notas de rodapé, usam-se algarismos arábicos, na entrelinha

superior sem parênteses, com numeração consecutiva para cada capítulo ou parte,

evitando-se recomeçar a numeração a cada página. Quando as notas forem em número

reduzido, pode-se adotar uma seqüência numérica única para todo o texto.

Há dois tipos de notas de rodapé:

a. Bibliográficas

São em geral utilizadas para indicar fontes bibliográficas permitindo

comprovação ou ampliação de conhecimento do leitor; para indicar textos

relacionados com as afirmações contidas no trabalho, remeter o leitor a outras

partes do mesmo trabalho ou outros trabalhos para comparação de resultados e

para incluir a tradução de citações feitas em língua estrangeira ou indicar a

língua original de citações traduzidas.

b. Explicativas

Quando se referem a comentários e/ou observações pessoais do autor. Por

exemplo, concessão de bolsas e auxílios financeiros para realização de pesquisa,

nomes de instituições, endereços, títulos do autor e outros. São também usadas

para indicar dados relativos à comunicação pessoal, a trabalhos não publicados e

a originais não consultados, mas citadas pelo autor.

Apresentação

As notas de rodapé se localizam na margem inferior da mesma página onde ocorre a

chamada numérica recebida no texto. São separadas do texto por um traço contínuo de 4

cm e datilografadas em espaço simples e com caracteres menores do que o usado para o

texto. Usa-se espaço duplo para separar as notas, entre si.

¹ Essa nova incursão da rede de supermercados foi amplamente anunciada em TENDÊNCIAS ... (1979);

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- Notas Bibliográficas

As notas de indicação bibliográfica devem conter o sobrenome do autor, data da

publicação e outros dados para localização da parte citada. Essa orientação aplica-se

também a artigos de publicações periódicas.

É muito comum o uso de termos, expressões e abreviaturas latinas, embora as mesmas

devam ser evitadas, uma vez que dificultam a leitura. Em alguns casos é preferível

repetir tantas vezes quantas forem necessárias as indicações bibliográficas. Essas

expressões só podem ser usadas quando fizerem referência às notas de uma mesma

página ou em páginas confrontantes.

¹ NÓBREGA, 1962. p. 365.

² WIRTH, 1977. v. 2, p. 7.

- Notas explicativas

Algumas notas apenas fazem considerações suplementares e não devem integrar

o texto por interromper a seqüência do pensamento.

¹ O verbo “pagar-se” aparece aqui nominalizado. Estaríamos, então, diante de construção de

complemento nominal.

- Apresentação de Ilustrações (figuras, quadros, tabelas e gráficos)

A apresentação de quadros e tabelas está regida pelas "Normas de Apresentação

Tabular" (IBGE, 1979) e Normas de Apresentação Tabular (Conselho Nacional de

Estatística, 1958). Entretanto, ampliando nossa busca bibliográfica, encontramos em

fontes não oficiais conceitos que podem auxiliar na elaboração destes elementos e que

julgamos úteis.

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1. Figuras

São desenhos, gráficos, fotografias, fotomicrografias, etc., com os respectivos

títulos precedidos da palavra FIGURA e do número de ordem em algarismo

arábico. No texto devem ser indicados pela abreviatura Fig., acompanhada do

número de ordem.

2. Quadros

Denomina-se quadro a apresentação de dados de forma organizada, para cuja

compreensão não seria necessária qualquer elaboração matemático-estatística. A

identificação se fará com o nome do elemento QUADRO, seguido do número de

ordem em algarismo romano.

3. Tabelas

São conjuntos de dados estatísticos, associados a um fenômeno, dispostos numa

determinada ordem de classificação. Expressam as variações qualitativas e quantitativas

de um fenômeno. A finalidade básica da tabela é resumir ou sintetizar dados de maneira

a fornecer o máximo de informação num mínimo de espaço. Na apresentação de uma

tabela devem ser levados em consideração os seguintes critérios:

toda tabela deve ter significado próprio, dispensando consultas ao texto;

a tabela deve ser colocada em posição vertical, para facilitar a leitura dos dados.

No caso em que isso seja impossível, deve ser colocada em posição horizontal,

com o título voltado para a margem esquerda da folha. Se a tabela ou quadro não

couber em uma página, deve ser continuado na página seguinte. Neste caso o

final não será delimitado por traço horizontal na parte inferior e o cabeçalho será

repetido na página seguinte.

não devem ser apresentadas tabelas nas quais a maior parte dos casos indiquem

inexistência do fenômeno.

- Gráficos

Depois de sintetizados em tabelas, os dados podem ser apresentados em gráficos, com a

finalidade de proporcionar ao interessado uma visão rápida do comportamento do

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85

fenômeno. Serve para representar qualquer tabela de maneira simples, legível e

interessante, tornando claros os fatos que poderiam passar despercebidos em dados

apenas tabulados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 12

Conceito

Denomina-se referência bibliográfica “o conjunto padronizado de elementos descritivos,

retirados de um documento, que permite sua identificação individual” (NBR 6023:

2002, item 3.9).

Ordem de apresentação das referências bibliográficas

As referências bibliográficas podem ser apresentadas em ordem alfabética, cronológica

e sistemática (por assunto). Entretanto, a ABNT sugere a adoção da ordenação

alfabética crescente.

As referências bibliográficas podem ser colocadas:

em listas após o texto, antecedendo os anexos;

no rodapé;

no fim do capítulo;

antecedendo resumos, resenhas e recensões.

NORMAS PARA NOTAÇÃO DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Observe que o espacejamento, as margens, a pontuação e a utilização de maiúsculas,

minúsculas e negrito são indicados na reprodução de cada exemplo.

AUTORIA POR NÚMERO E TIPO DE AUTORES

a) Um autor

12

As informações desse tópico foram retiradas de: CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino;

SILVA, Roberto da. Metodologia Científica. 6ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. p. 132- 144.

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86

SILVA, Roberto da. Os filhos do governo: a formação da identidade criminosa em

crianças órfãs e abandonadas. São Paulo: Ática, 1997. 208 p.

b) Dois autores:

SÓDERSTEN, Bo; GEOFREY, Reed. International economics. 3. ed. London:

MacMillan, 1994. 714 p.

c) Três autores:

NORTON, Peter; AITKEN, Peter; WILTON, Richard. Peter Norton: a bíblia do

programador. Tradução de Geraldo Costa Filho. Rio de Janeiro: Campus, 1994. 640 p.

d) Mais de três autores:

BRITO, Edson Vianna et al. Imposto de renda das pessoas físicas: livro prático de

consulta diária. 6. ed. Atual. São Paulo: Frase Editora, 1996. 288 p.

Quando houver mais de três autores, indicar apenas o primeiro, acrescentando-se a

expressão „et al.‟. Em casos específicos, tais como projetos de pesquisa científica nos

quais a menção dos nomes for indispensável para certificar autoria, é facultado indicar

todos dos nomes.

Quando se referenciam várias obras do mesmo autor, sendo ele o único, substitui-se o

nome do autor das referências subseqüentes por um traço equivalente a seis espaços.

e) Autor desconhecido: em caso de autoria desconhecida, a entrada é feita pelo título.

O termo „anônimo‟ não deve ser usado em substituição ao nome do autor desconhecido.

PROCURA-SE um amigo. In: SILVA, Lenilton Naveira e. Gerência da vida: reflexões

filosóficas. 3. ed. Rio de Janeiro: Record, 1990. p. 212-213.

f) Pseudônimo: quando o autor da obra adotar pseudônimo na obra a ser referenciada,

este deve ser considerado para entrada. Quando o verdadeiro nome for conhecido, deve-

se indicá-lo entre colchetes após o pseudônimo.

ATHAYDE, Tristão de [Alceu Amoroso Lima]. Debates pedagógicos. Rio de Janeiro:

Schmidt, 1931.

g) Organizadores, compiladores, editores, adaptadores etc.: se a responsabilidade

intelectual de uma obra for atribuída a um organizador, editor, coordenador etc., a

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entrada da obra é feita pelo sobrenome, seguido das abreviaturas correspondentes entre

parênteses. Quando houver mais de um organizador ou compilador, devem-se adotar as

mesmas regras para autoria (ver itens “a” a “d”).

BOSI, Alfredo (Org.). O conto brasileiro contemporâneo. 3. ed. São Paulo: Cultrix,

1978. 293 p.

h) Autor entidade coletiva (associações, empresas, instituições): em caso de obras de

cunho administrativo ou legal de entidades independentes, entrar diretamente pelo nome

da entidade, em caixa alta, por extenso, considerando a subordinação hierárquica,

quando houver.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Instituto Astronômico e Geográfico. Anuário

astronômico. São Paulo, 1988. 279 p. v.9.

Quando a entidade vinculada a um órgão maior, tem uma denominação específica que a

identifica, a entrada é feita diretamente por seu nome.

BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil). Bibliografia do folclore brasileiro. Rio de Janeiro:

Divisão de Publicações, 1971.

i) Órgãos governamentais: quando se tratar de órgãos governamentais da administração

(Ministérios, Secretarias e outros), entrar pelo nome geográfico, em caixa alta (país,

estado ou município), considerando a subordinação hierárquica, quando houver.

BRASIL. Ministério do Trabalho. Secretaria de Formação e Desenvolvimento

Profissional. Educação profissional: um projeto para o desenvolvimento sustentado.

Brasília: SEFOR, 1995. 24 p.

j) Tradutor, revisor, prefaciador, ilustrador etc.:

Quando necessário, acrescentam-se informações referentes a outros tipos de

responsabilidade logo após o título, conforme aparece no documento.

SZPERKOWICZ, Jerzy. Nicolau Copérnico: 1473-1973. Tradução de Victor M.

Ferreras Tascón; Carlos H. de Leon Aragon. Varsóvia: Editorial Científica Polaca,

1972. 82 p.

AUTORIA POR TIPO DE OBRA

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a) Monografias consideradas no todo: “Monografia é um estudo minucioso que se

propõe a esgotar determinado tema relativamente restrito.” (FERREIRA, 1986).

AUTOR DA OBRA. Título da obra: subtítulo. Número da edição. Local da publicação:

Editora, ano de publicação. Número de páginas ou volume. (Série.) Notas.

b) Dissertações e teses:

AUTOR. Título: subtítulo. Ano de apresentação. Número de folhas ou volumes.

Categoria (Grau e Área de concentração) – Instituição, local.

RODRIGUES, M. V. Qualidade de vida no trabalho. 1989. 180 p. Dissertação

(Mestrado em Administração) – Faculdade de Ciências Econômicas, Universidade

Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.

c) Livros:

DINA, Antonio. A fábrica automática e a organização do trabalho. 2. ed. Petrópolis:

Vozes, 1987. 132 p.

d) Dicionários:

AULETE, Caldas. Dicionário contemporâneo da língua portuguesa. 3. ed. Rio de

Janeiro: Delta, 1980. 5v.

e) Atlas:

MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Atlas celeste. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 1984.

175 p.

f) Biografias:

SZPERKOWICZ, Jerzy. Nicolau Copérnico: 1473-1973. Tradução de Victor M.

Ferreras Tascón; Carlos H. de León Aragon. Varsóvia: Editorial Científica Polaca,

1972. 82 p.

g) Enciclopédias:

THE NEW encyclopaedia britannica: micropaedia. Chicago: Encyclopaedia Britannica,

1986. 30 v.

h) Bíblias:

BÍBLIA. Língua. Título da obra. Tradução ou versão. Local: Editora, data de

publicação. Total de páginas. Notas (se houver).

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BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução de Padre Antônio Pereira de Figueiredo.

Rio de Janeiro: Encyclopaedia Britannica, 1980. Edição ecumência.

i) Capítulos de livros:

NOGUEIRA, D. P. Fadiga. In: FUNDACENTRO. Curso de médicos do trabalho. São

Paulo, 1974. v. 3, p. 807-813.

j) Verbetes de enciclopédias:

MIRANDA, Jorge. Regulamento. In: POLIS enciclopédia Verbo da sociedade e do

Estado: antropologia, direito, economia, ciência política. São Paulo: Verbo, 1987. v. 5,

p. 266-278.

k) Verbetes de dicionários:

HALISSEY, Charles. Budismo. In: OUTHWAITE, William; BUTTOMORE, Tom.

Dicionário do pensamento social do século XX. Traduçãode Eduardo Francisco Alves;

Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 1996. p. 47-49.

l) Partes isoladas:

MORAIS, Fernando. Olga. São Paulo: Alfa-Omega, 1979. p. 90, 91, 96, 175, 185.

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

Ao final da referência indicam-se os títulos das séries e coleções e sua numeração tal

qual figuram no documento, entre parênteses.

a) Coleções:

TÍTULO DO PERÍODICO. Local de publicação (cidade): Editora, ano do primeiro e do

último volumes. Periodicidade. ISSN (quando houver).

TRANSINFORMAÇÃO. Campinas: PUCCAMP, 1989-1997. Quadrimestral. ISSN:

0103-3786.

b) Fascículos:

TÍTULO DO PERIÓDICO. Local de publicação (cidade): Editora, volume, número,

mês e ano.

VEJA. São Paulo: Abril, v.31, n. 1, jan. 1998.

c) Fascículos com título próprio:

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TÍTULO DO PERIÓDICO. Título do fascículo. Local de publicação (cidade): Editora,

volume, número, mês e ano. Notas.

GAZETA MERCANTIL. Balanço anual 1997. São Paulo, n. 21, 1997. Suplemento.

EXAME. Melhores e maiores: as 500 maiores empresas do Brasil. São Paulo: Abril, jul.

1997. Suplemento.

d) Artigo de revista:

AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título da Revista (abreviado ou não), Local de

Publicação, número do volume, número do fascículo, páginas inicial-final, mês e ano.

ESPOSITO, I. et al. Repercussões da fadiga psíquica no trabalho e na empresa. Revista

Brasileira de Saúde Ocupacional, São Paulo, v. 8, n. 32, p. 37-45, out./dez. 1979.

e) Artigo de jornal:

AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título do Jornal, Local de Publicação, dia, mês

e ano. Número ou Título do caderno, seção ou suplemento e páginas inicial e final do

artigo.

Os meses devem ser abreviados de acordo com o idioma da publicação. Quando não

houver seção, caderno ou parte, a paginação do artigo precede a data.

OLIVEIRA, W. P. de. Judô: educação física e moral. O Estado de Minas, Belo

Horizonte, 17 mar. 1981. Caderno de esporte, p.7.

SUA safra, seu dinheiro. Folha de S. Paulo, São Paulo, 17 ago. 1995. 2. cad. p. 9.

f) Resenhas:

WITTER, Geraldina Porto (Org.). Produção científica. Transinformação, Campinas,

SP, v. 9, n. 2, p. 135-137, maio/ago. 1997. Resenha.

MATSUDA, C, T. Cometas: do mito à ciência. São Paulo: Ícone, 1986. Resenha de:

SANTOS, P. M. Cometa: divindade momentânea ou bolo de gelo sujo? Ciência Hoje,

São Paulo, v. 5, n. 30, p.20, abr. 1987.

g) Tradução do original:

AUDEN, W. H. A mão do artista. Tradução de José Roberto O‟Shea. São Paulo:

Siciliano, 1993. 399 p. Título original: The dyer‟s hand.

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS

a) Constituições:

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PAÍS, ESTADO ou MUNICÍPIO. Constituição (data de promulgação). Título. Local:

Editora, ano de publicação. Número de páginas ou volumes. Notas.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil

(promulgada em 5 de outubro de 1988). Organização do texto: Juarez de Oliveira. 4. ed.

São Paulo: Saraiva, 1990. 168 p. (Série Legislação Brasileira.).

b) Leis e decretos:

PAÍS, ESTADO ou MUNICÍPIO. Lei ou Decreto número, data (dia, mês e ano).

Ementa. Dados da publicação.

BRASIL. Decreto n. 89.271, de 4 de janeiro de 1984. Dispõe sobre documentos e

procedimentos para despacho de aeronave em serviço internacional. Lex: Coletânea de

Legislação e Jurisprudência, São Paulo, v. 48, p. 3-4, jan./mar. 1984. Legislação Federal

e marginália.

OUTROS TIPOS DE DOCUMENTOS E FONTES

a) Fac-símiles:

SOUZA, João da Cruz. Evocações. Florianópolis: Fundação Catarinense de Cultura,

1986. 404 p. Edição fac-similar.

b) Notas de aula

KNAPP, Ulrich. Separação de isótopos de urânio conforme o processo Nozzle: curso

introdutório, 5-30 de set. de 1997. 26 f. Notas de aula. Mimeografado.

c) Atas de reuniões:

NOME DA ORGANIZAÇÃO. Local. Título e data. Livro, número, p. inicial-final.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Biblioteca Central. Ata da

reunião realizada no dia 4 de julho de 1997. Livro 50, p. 1.

d) Bulas (remédios):

TÍTULO da medicação. Responsável técnico (se houver). Local: Laboratório, ano de

fabricação. Bula de remédio.

NOVALGINA: dipirona sódica. São Paulo: Hoechst, [199?]. Bula de remédio.

e) Cartões-postais:

TÍTULO. Local: Editora, ano. Número de unidades físicas: indicação de cor.

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BRASIL turístico: anoitecer sobre o Congresso Nacional – Brasília. São Paulo:

Mercado, [198-]. 1 cartão-postal: color.

f) Convênios:

A entrada é feita pelo nome da instituição que figura em primeiro lugar no documento.

O local é designativo da cidade onde sendo executado o convênio. NOME DA

PRIMEIRA INSTITUIÇÃO. Título. Local, data.

CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E

TECNOLÓGICO – CNPq. Termo de compromisso que entre si celebram o

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, por

intermédio de sua unidade de pesquisa, o Instituto Brasileiro de Informação em

Ciência e Tecnologia – IBICT, e a Universidade Federal de Santa Catarina –

UFSC. Florianópolis, 1996.

g) Entrevistas: a entrada para entrevista é dada pelo nome do entrevistado. Quando o

entrevistador tem maior destaque, entrar por este. Para referenciar entrevistas gravadas,

faz-se descrição física de acordo com o suporte adotado. Para entrevistas publicadas em

periódicos, proceder como em documentos considerados em parte.

NOME DO ENTREVISTADO. Título. Referência da publicação. Nota de entrevista.

MELLO, Evaldo Cabral de. O passado no presente. Veja, São Paulo, n. 1528, p. 9-11, 4

set. 1998. Entrevista concedida a João Gabriel de Lima.

h) Fitas gravadas:

AUTOR (compositor, intérprete). Título. Local: Gravadora, ano. Número e tipo de fitas

(duração): tipo de gravação. (Título de série, quando existir.)

PANTANAL. São Paulo: Polygram, 1990. 1 cassete son. (90 min.): estéreo.

i) Filmes e vídeos:

TÍTULO. Autor e indicação de responsabilidades relevantes (diretor, produtor,

realizador, roteirista e outros). Coordenação (se houver). Local: Produtora e

Distribuidora, data. Descrição física com detalhes de número de unidades, duração em

minutos, áudio (sonoro ou mudo), legendas ou gravação. Série, se houver. Notas

especiais.

O NOME da rosa. Produção de Jean-Jacques Annaud. São Paulo: Tw Vídeo

distribuidora, 1986. 1 videocassete (130 min.): VHS, NTSC, son., color. Legendado.

Port.

PEDESTRIANT reconstrution. Produção de Jerry J. Eubanks. Tucson: Lawyers &

Judges Publishing. 1994. 1 videocassete (40 min.): VHS, NTSC, son., color. Sem

narrativa. Didático.

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j) Slides (diapositivos):

AUTOR. Título. Local: Produtor, ano. Número de slides: indicação de cor; dimensões

em cm.

A MODERNA arquitetura de Brasília. Washington: Pan American Development

Foundation, [197?]. 10 slides: color. Acompanha texto.

AMORIN, Hélio Mendes de. Viver ou morrer. Rio de Janeiro: Sonoro-Vídeo, [197?].

30 slides: color; audiocassete; 95 min.

DOCUMENTOS ELETRÔNICOS

a) Arquivo em disquetes:

AUTOR do arquivo. Título do arquivo. extensão do arquivo. Local, data.

Características físicas, tipo de suporte. Notas.

KRAEMER, Ligia Leindorf Bartz. Apostila.doc. Curitiba, 13 de maio de 1995. 1

arquivo (605 bytes). Disquete 3 ½. Word for Windows 6.0.

b) Base de dados em CD-ROM – no todo:

AUTOR. Título. Local: Editora, data. Tipo de suporte. Notas.

INSTITUTO BRASILEIRO DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA –

IBICT. Bases de dados em ciência e tecnologia. Brasília: IBICT, n. 1, 1996. CR-ROM.

c) Base de dados em CR-ROM – partes de documentos:

AUTOR DA PARTE. Título da parte. In: AUTOR DO TODO. Título do todo. Local:

Editora, data. Tipo de suporte. Notas.

PEIXOTO, Maria de Fátima Vieira. Função citação como fator de recuperação de uma

rede de assunto. In: IBICT. Base de dados em ciência e tecnologia. Brasília: IBCT, n.

1, 1996. CD-ROM.

d) E-mail:

AUTOR DA MENSAGEM. Assunto da mensagem. [mensagem pessoal.] Mensagem

recebida por <e-mail do destinatário> data do recebimento(dia, mês e ano).

As informações devem ser retiradas, sempre que possível, do cabeçalho da mensagem

recebida. Quando o e-mail for cópia, poderão ser acrescentados os demais destinatários

após o primeiro, separados por ponto-e-vírgula.

MARINO, Anne Marie. TOEFL briefing number. [mensagem pessoal.] Mensagem

recebida por < [email protected]. em 12 maio 1998.

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e) Monografias consideradas no todo (on-line):

AUTOR. Título. Local (cidade): editora, data . Disponível em: <endereço>. Acesso em:

data.

O ESTADO DE S. PAULO. Manual de redação e estilo. São Paulo, 1997. Disponível

em <http: //www1.estado.com.br/redac/manual.html>. Acesso em: 19 maio 1998.

f) Publicações periódicas consideradas no todo (on-line):

TÍTULO DA PUBLICAÇÃO. Local (cidade): Editora, volume, número, mês, ano.

Disponível em: <endereço>. Acesso em: data.

CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO. Brasília: v. 26, n. 3, 1997. Disponível em

http://www.ibict.br/cionline/. Acesso em: 19 maio 1998.

g) Artigos de periódicos (on-line):

AUTOR. Título do artigo. Título da Publicação Seriada, local, volume, número, mês,

ano. Paginação ou indicação de tamanho. Disponível em: <endereço>. Acesso em: data.

MALOFF, Joel. A internet e o valor da “internetização”. Ciência da Informação,

Brasília, v.26, n. 3, 1997. Disponível em: http://www.ibict.br/cionline/. Acesso em: 18

maio 1998.

h) Artigos de jornais (on-line):

AUTOR. Título do artigo. Título do Jornal, local, data de publicação, seção, caderno

ou parte do jornal e a paginação correspondente. Disponível em: <endereço>. Acesso

em: data.

UFSC não entrega lista ao MEC. Universidade Aberta: online.

Disponível em: <http://www.unaberta.ufsc.br/novaua/index.html>. Acesso em: 19 maio

1998.

i) Homepage:

AUTOR. Título. Informações complementares (coordenação, desenvolvida por,

apresentação ...etc., quando houver). Disponível em: <endereço>. Acesso em: data.

ETSnet. Toefl on line: Test of English as a foreign language. Disponível em:

http://www.toefl.org>. Acesso em: 19 maio 1998.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Biblioteca Universitária.

Serviço de Referência. Catálogos de Universidades. Apresenta endereços de

universidades nacionais e estrangeiras. Disponível em: <http: //www.bu.ufsc.br>.

Acesso em: 19 maio 1998.

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CAPÍTULO 9

EXEMPLO PRÁTICO DE MONOGRAFIA

Observe abaixo como foi estruturado o trabalho de conclusão de curso intitulado

“VOLUNTARIADO EMPRESARIAL: AVALIAÇÃO DOS BENEFÍCIOS

PROPORCIONADOS AOS VOLUNTÁRIOS DO CCQ SOCIAL”13

.

Estão em destaque as partes que dizem respeito à Introdução, ao

Desenvolvimento e à Conclusão. Observe a parte teórica no capítulo 7 e estabeleça

relações entre a teoria e a prática. Note também os comentários em vermelho e as

partes grifadas no trabalho.

2. INTRODUÇÃO

Em toda história da humanidade observamos a cooperação entre

diferentes. PAIVA E MONTEIRO (2001, p.11) alertam que esta cooperação

advém da consciência de que não sobrevivemos sozinhos.

Na gestão contemporânea, esbarramos em algumas dificuldades de

introdução da cooperação, especialmente em função do alto grau de

competitividade política quando falamos da gestão pública, ou da

competitividade econômica, quando falamos da gestão privada.

Entretanto permanece no homem o instinto pela sobrevivência do

conjunto, e as pessoas se voltam para a necessidade de cooperação como uma

forma de corrigir as falhas de um processo de desenvolvimento onde parte da

humanidade fica excluída.

13

VIEIRA, Heliene Margareth Silva. Voluntariado empresarial: avaliação dos benefícios

proporcionados aos voluntários do CCQ social. 2004. 37 f. Monografia ( Conclusão do curso de

Administração de Empresas) – Faculdade de Administração de Itabirito, Fundação José Bonifácio

Lafayette de Andrada, Itabirito.

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Vários modelos de gestão compartilhada são criados pelo mundo,

originados de empresas, representantes comunitários, governantes, mas “Apesar

das várias teorias, observa-se que muitos dos problemas de desenvolvimento

político, social e econômico não têm uma solução tão simples” (FISHCER,

2002, p. 13).

O crescimento do terceiro setor também deixa claro que a sociedade

começa a perceber que responsabilidade social não é uma função exclusiva do

Estado.

Em contrapartida, as empresas têm incentivado a participação em

atividades voluntárias como uma forma de melhorar sua imagem junto à

sociedade dando uma contribuição valiosa para a mesma.

Fica claro que as parcerias entre sociedade e organizações de mercado

podem produzir resultados valiosos e de desenvolvimento sustentável.

Neste trabalho avaliamos o nível de satisfação dos empregados de três

empresas que fazem trabalhos voluntários nas comunidades onde atuam através

da metodologia do CCQ Social..

As empresas que participaram deste estudo são:

- Minerações Reunidas S.A: os circulistas entrevistados pertencem à

Mina do Pico, localizada no município de Itabirito, Minas Gerais. Esta empresa

atua no ramo de minério de ferro.

Companhia Vale do Rio Doce: os circulistas entrevistados trabalham na

Pelotização Vitória- ES) e na mina de Carajás (Pará). É uma empresa

diversificada que atua na mineração de ferrosos e não ferrosos, na logística,

geração de energia elétrica e também em usinas de pelotização.

Acesita: os circulistas entrevistados trabalham na siderurgia localizada

em Timóteo, Minas Gerais.

Nos três casos, os empregados, independentemente do cargo que

ocupam, já participam de um processo de trabalho voluntário em equipe dentro

da empresa que é o CCQ (Círculo de Controle da Qualidade).

Atendendo a um “chamado da empresa”, que normalmente está

associado à questão da responsabilidade social, esses empregados expandem sua

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atuação para fora da empresa utilizando a mesma metodologia aprendida na

organização para uma atuação “voluntária estruturada” na comunidade, o que

normalmente ocorre através dos trabalhos voluntários em instituições ou em

comunidades carentes.

É importante ressaltar que o CCQ SOCIAL não tem conotação

assistencialista, embora algumas empresas o tratem desta forma. O objetivo

principal do programa é auxiliar as instituições a melhorarem seus processos de

gestão, buscando alternativas para que consigam resolver seus problemas

focando o desenvolvimento sustentável.

2.1 Tema

O tema CCQ Social foi escolhido após a constatação de que na

apresentação dos resultados proporcionados através desta metodologia não são

considerados os benefícios propiciados aos voluntários.

Lacuna encontrada no serviço realizado e que se constitui o foco da pesquisa

2.2 Situação Problemática

Os objetivos de um programa de CCQ são:

1- Para os funcionários: promover a autoconfiança e auto-realização de

todos, criar a oportunidade da participação nos processos decisórios da empresa,

melhorar a qualidade de vida no trabalho, estimular a busca das atividades em

equipe, trazer o sentimento de responsabilidade.

2- Para a empresa: melhorar a qualidade dos processos, reduzir os

custos, promover um melhor uso do potencial dos seus funcionários, ampliar a

consciência sobre qualidade, aumentar o nível de satisfação das pessoas.

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3- Para a sociedade: melhorar o nível de satisfação de todos,

desenvolver uma mentalidade voltada para a busca da qualidade, desenvolver o

senso de cidadania.

Observando atentamente os objetivos do programa de CCQ fica claro que

muitos dos objetivos não são mensuráveis, podendo ser interpretados de forma

incorreta pelos avaliadores dos resultados alcançados.

Quando se trata dos objetivos “para a empresa”, é mais fácil medir o

resultado. Mas observando os objetivos para os funcionários e para a sociedade,

a avaliação dos resultados pode ser distorcida, pois não é tão simples mensurá-

la. Foco da pesquisa

Então nosso problema consiste em determinar se os objetivos para os

funcionários que participam do CCQ SOCIAL estão sendo atingidos.

2.3 Hipótese

– Os benefícios para o circulista que participa de um trabalho de CCQ

Social vão além dos resultados apresentados na conclusão dos projetos. (É o que o

pesquisador acredita que ocorre com o voluntário e a pesquisa será desenvolvida para confirmar

ou refutar essa hipótese)

2.4 Objetivos

2.4.1 Objetivo Geral (tema central da pesquisa)

O objetivo geral deste trabalho foi identificar quais são os principais

benefícios que um trabalho de CCQ SOCIAL proporciona para os circulistas.

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2.4.2 Objetivos Específicos (detalhamento do que será pesquisado)

Traçar um perfil do circulista que participa do CCQ SOCIAL;

mostrar como a utilização da metodologia do CCQ para solução dos

problemas pode impactar positivamente no desempenho dos circulistas dentro da

empresa;

sugerir critérios para a avaliação dos empregados que desenvolvem

trabalhos através do CCQ Social.

Note que os verbos grifados acima estão todos no infinitivo, ou seja, terminam

em _-ar, _-er, -ir ou –or. Ao propor o(s) seu(s) objetivo(s), você deverá usar os verbos

no infinitivo.

2.5 Justificativa

Com o objetivo de auxiliar as instituições a otimizar o processo de

gestão, os grupos de CCQ SOCIAL compartilham a metodologia auxiliando as

instituições na implementação dos trabalhos e direcionando o foco para o

desenvolvimento sustentável.

Entretanto, existe uma percepção de que os resultados alcançados vão

muito além dos números mostrados em gráficos e tabelas: são os ganhos

intangíveis. (É a lacuna encontrada e a partir da qual será feita a pesquisa)

E talvez, estes sejam os verdadeiros impulsionadores de um movimento

que tem se alastrado por empresas do porte da Acesita, CEMIG (Centrais

Elétricas de Minas Gerais), Companhia Vale do Rio Doce e MBR (Minerações

Brasileiras Reunidas), só para citar algumas do Estado de Minas Gerais.

É neste aspecto que nos baseamos para o desenvolvimento deste trabalho,

pois os ganhos chamados “intangíveis”, na verdade, funcionam como molas

propulsoras para que o CCQ Social ganhe cada vez mais espaço dentro das

organizações, auxiliando as instituições a melhorarem seus resultados, aplicando

uma metodologia conhecida e reconhecida como eficaz para a solução dos

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problemas, e aos grupos, o exercício da cidadania de forma estruturada e

sistematizada.

Desta forma esperamos estar contribuindo para os processos de gestão

das empresas que praticam o CCQ SOCIAL e das instituições que dele se

beneficiam.

Para a comunidade científica, contribuímos no sentido de estar

disseminando a metodologia do CCQ SOCIAL que ainda não é amplamente

divulgada na literatura, propondo um modelo para análise dos benefícios

proporcionados pelo programa aos empregados. Benefícios que a pesquisa trará. Os

benefícios devem, obrigatoriamente, ser citados na Justificativa.

3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 O Voluntariado no Brasil

Conforme citado em Empreendimentos Sociais Sustentáveis: como

elaborar planos de negócio para organizações sociais (MCKINSEY &

COMPANY, INC, 2001), o início das ações filantrópicas no Brasil datam do

século XVI sendo caracterizado pelo surgimento das Santas Casas de

Misericórdia atuantes no país até hoje.

Foi através das Santas Casas que tivemos a institucionalização do

atendimento às pessoas carentes.

Estas instituições eram mantidas por ricos filantropos e durante mais de

três séculos predominou a lógica assistencialista fundamentada na caridade

cristã.

Com o início da fase da industrialização (1910) e a crescente

urbanização, os problemas sociais aumentaram sendo necessária uma

intervenção do Estado que passou a gerir administrativa e socialmente as

organizações filantrópicas.

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Nesta época surgem também os sindicatos, associações profissionais, as

federações e confederações vinculando o setor privado às práticas

assistencialistas.

Em 1970 registramos o surgimento das ONG´s (Organizações Não

Governamentais) que tinham como objetivo defender os direitos políticos, civis

e humanos, ameaçados durante o período da ditadura no Brasil e na América

Latina. Hoje as ONG´s designam qualquer tipo de organização sem fins

lucrativos.

Finalmente, em 1990 ficam caracterizados como terceiro setor para

designar as organizações da sociedade civil, sem fins lucrativos, criados e

mantidos com ênfase na participação voluntária e que atuam na área social

visando a solução de problemas sociais.

3.2 O Voluntariado Empresarial

CORULLÓN E MEDEIROS FILHO (2002, p.39) citam que o

investimento social privado é um fenômeno recente.

Trata-se do “uso voluntário, planejado e monitorado de recursos privados

para fins públicos” voltados para o Terceiro Setor, conforme definição da GIFE

– Grupo de Institutos, Fundações e Empresas.

É importante citar o investimento social, porque o voluntariado

empresarial despontou paralelamente a esta tendência, e chegou ao Brasil através

das multinacionais norte-americanas, como parte de um processo de

globalização e estimulados pelo Programa Voluntários do Conselho da

Comunidade Solidária a partir de 1996.

A IAVE – International Association for Volunter Effort – registra

exemplos de países com sólidos programas de voluntariado empresarial,

podendo citar França, Japão, Reino Unido, Chile e até mesmo o Brasil.

Em 1999 foi realizado o primeiro treinamento em voluntariado

empresarial para Centros de Voluntários possibilitando a estes dar assessoria a

empresas de suas regiões.

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O tema tem sido discutido em fóruns de cidadania empresarial e muitas

empresas desenvolveram programas para implementação do voluntariado

empresarial ou estão buscando formas de implementá-lo.

Pesquisas recentes mostram que aumenta o número de empresas

praticando o voluntariado.

Em “Empresas e Responsabilidade Social – Conselho de Cidadania

Empresarial da FIEMG, Belo Horizonte, novembro de 2000” encontramos o

resultado de uma pesquisa realizada pelo Conselho de Cidadania Empresarial da

FIEMG com 553 indústrias mineiras, onde foi constatado que 89% delas

realizam algum tipo de trabalho social. Destas, 42% estimulam a participação

voluntária de seus funcionários em projetos de interesse da comunidade.

3.3 Responsabilidade Social: NORMA SA8000

A Norma SA8000 está baseada na Organização Internacional do

Trabalho e da ONU com os sistemas de gestão da ISO9001 (qualidade) e

ISO14001 (meio ambiente) e seu grau de abrangência tem crescido bastante no

Brasil.

Segundo OLIVEIRA (2202, P.5), o conceito de responsabilidade social é

amplo, referindo-se à ética como princípio balizador das ações e relações com

todos os públicos com os quais a empresa interage: acionistas, empregados,

consumidores, rede de fornecedores, meio ambiente, governo, mercado,

comunidade. A questão da responsabilidade social vai, portanto, além da postura

legal da empresa, da prática filantrópica ou do apoio à comunidade. Significa

mudança de atitude, numa perspectiva de gestão empresarial com foco na

responsabilidade social das relações e na geração de valores para todos.

O interesse pelo voluntariado empresarial no Brasil está diretamente

ligado à questão da responsabilidade social da empresa moldada por aspectos

que envolvem desde a exigência de consumidores por produtos fabricados em

uma organização socialmente responsável favorecendo o fortalecimento da

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imagem da empresa, até a necessidade de redefinir os papéis do Estado e da

Empresa nas comunidades onde estão instaladas.

Vale ressaltar que alguns produtos encontram restrições para serem

comercializados no exterior justamente porque as práticas para sua produção são

consideradas socialmente irresponsáveis.

3.4 Histórico do Círculo de Controle da Qualidade

CHAVES (1998, p.35) cita que a filosofia e o método da qualidade foram

apresentados pelo Dr. W.E. Deming ao Japão após a segunda guerra mundial em

julho de 1950, enfatizando o método estatístico.

Em 1954, Juran somou novas contribuições ao estudo feito por Deming.

Em 1962, sob o patrocínio da JUSE (Union of Japanese Scientists and

Enginerrs), o professor Kaoru Ishikawa criou o programa CCQ.

O primeiro círculo foi criado na empresa Komatsu em 1963 e em 1996, a

JUSE referendou os objetivos do CCQ e recomendou um direcionamento, que

foi muito adequado para a situação brasileira:

Diversificação da atividade e estímulo ao seu crescimento.

Identificação clara do papel gerencial.

Terminologia adequada a serviços.

Foco na criatividade, cunho social e meio ambiente.

O CCQ chegou ao Brasil em 1971 através da Volkswagen, Johnson &

Johnson e Embraer, sendo um dos países pioneiros fora do Japão, juntamente

com a Coréia e a Tailândia.

Em 1986 o professor Ishikawa esteve no Brasil e impulsionou o

movimento que atingiu mais de 1000 organizações.

Existem indícios de que o CCQ é praticado em mais de 40 países do

mundo, em muitos deles, utilizando outra denominação.

Em 1993 a Fundação de Desenvolvimento Gerencial constituiu um grupo

para estudar a situação do CCQ no Brasil e propor um plano para orientar sua

implantação nas empresas, o que foi concretizado no ano seguinte.

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Em 1998, este modelo foi revisado e adequado para atender a um novo

perfil de demanda, principalmente devido às mudanças de modelo de gestão das

empresas.

3.5 O Círculo de Controle da Qualidade

Educação, treinamento e trabalho são três áreas que impactam

diretamente quando falamos em prover a sociedade de informação e recursos

para desenvolvimento.

O Círculo de Controle de Qualidade é uma metodologia utilizada em

várias empresas e que tem como característica básica o voluntariado dentro da

empresa.

Os circulistas são empregados que, voluntariamente, aceitam participar

de um trabalho em equipe para resolver problemas da área em que atuam. O

CCQ utiliza a metodologia desenvolvida pelo Dr. Deming em 1950 e que

auxiliou as empresas japonesas a se reestruturem após a guerra e tem como

fundamentos:

Auto-desenvolvimento;

Desenvolvimento mútuo;

Atividades voluntárias;

Atividades em grupo;

Participação de todos;

Uso de métodos e técnicas;

Criação de raízes;

Ativação e perpetuação das atividades;

Criatividade;

Consciência da qualidade, de problemas e de melhoramentos.

3.6 O CCQ Social

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A partir da década de 90, este movimento, até então restrito a empresas,

passa a se expandir para a sociedade, através da atuação dos grupos nas

comunidades onde estão inseridos: é o CCQ social.

Com a publicação da Norma AS 8000 em 2001, as empresas inserem,

nos seus modelos de gestão, ações voltadas para o bem estar social e o CCQ é

adaptado para atender esta nova demanda fora das empresas, surgindo aí a

expressão CCQ social.

Trabalhos desenvolvidos por circulistas da ALBRÁS, da ACESITA,

MBR, CVRD, dentre outras empresas, levam a metodologia para fora dos

portões das empresas auxiliando as instituições a melhorarem seu sistema de

gestão, beneficiando comunidades inteiras, além de contribuírem para o

crescimento pessoal dos próprios circulistas, o que nem sempre é avaliado na

conclusão dos trabalhos.

4 METODOLOGIA

4.1 O plano de pesquisa

Segundo VERGARA (2003, p.47) a pesquisa metodológica é o estudo

que se refere a instrumentos de captação ou de manipulação da realidade. Está,

portanto, associada a caminhos, formas, maneiras, procedimentos para atender

determinado fim. Esta pesquisa também pode ser classificada como exploratória

porque a metodologia do CCQ Social é recente e pouco difundida. (tipos de

pesquisa)

Com a finalidade de cumprir os objetivos propostos nesta pesquisa,

foram coletadas informações na literatura e através de entrevistas semi-

estruturadas, coletando informações dos seguintes aspectos:

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Identificação da empresa/instituição pesquisada;

Mapeamento de experiências, competências e interesses em voluntariado

dos colaboradores;

Elaboração do perfil do voluntário

Percepções sobre o voluntariado na empresa. Formas de coleta de dados (

“com quê”, “como”) a fim de coletar informações sobre o tema abordado pela pesquisa . Note

que a forma de coleta de dados é adequada ao tema que o pesquisador desejou pesquisar.

A tabulação dessas informações e a análise de suas inter-relações

permitiram combinações de dados esclarecedoras e a apuração de respostas à

questão problema da pesquisa. (Procedimento de análise dos dados)

O universo pesquisado compreendeu a totalidade das pessoas que

participam do programa do CCQ SOCIAL na ACESITA, Minerações Brasileiras

Reunidas (MBR) e Companhia Vale do Rio Doce contatados para os fins da

pesquisa. (público-alvo da pesquisa, ou seja, “quem?”)

Tal cobertura do universo de empresas que trabalham com o CCQ

SOCIAL se tornou possível na medida em que as mesmas mantiveram em seus

quadros um número de circulistas considerado compatível com os recursos

disponíveis para a pesquisa e, também, por se constituir no foco prioritário da

questão chave em estudo.

A pesquisa foi baseada em um questionário estruturado, não disfarçado,

aplicado durante as entrevistas pessoais, previstas com os circulistas, todos

componentes de amostras extraídas do universo objeto de interesse da pesquisa.

Como o número de circulistas que utilizam a metodologia do CCQ Social

ainda é muito pequeno, optou-se por trabalhar com toda população. (informações

sobre a coleta de dados e onde foi feita essa coleta)

Entretanto, esperava-se receber 90 questionários da Mina de Carajás, mas

apenas 46 questionários foram entregues. Apesar de não ter sido observada

variações significativas nas respostas obtidas, esse número comprometeu a

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representatividade do resultado. (Imprevistos ocorridos na coleta de dados ou em

outro procedimento também devem ser documentados)

A pesquisa-questão possibilitou a caracterização dos objetivos propostos

para os empregados que participam do CCQ SOCIAL, através de um estudo

descritivo (tipo de pesquisa) da situação atual de tal programa, desenvolvido pela

aplicação de métodos estatísticos. A escolha preferencial do método estatístico

deveu-se fato de ser o mesmo capaz de permitir correlacionar, consistentemente,

as informações fornecidas por um número significativo de instituições,

empresas, e pessoas dentre aquelas do universo a ser estudado. (o porquê de ter

escolhido o método

A principal vantagem do estudo descritivo utilizando o método estatístico

consiste no fato de que os dados tabulados apresentam-se com alto grau de

objetividade, possibilitando uma conservadora generalização das conclusões

aplicáveis para todo o universo, com precisão determinável. vantagens do método

Em compensação, consideramos três restrições básicas deste tipo de

estudo que são: restrições ou possíveis problemas acarretados pelo método

Os entrevistados podem ser incapazes de fornecer a informação desejada;

Os entrevistados podem não se posicionar com boa vontade durante a

entrevista;

O questionário poderá ensejar respostas dúbias ou incorretas.

Em função dessas restrições possíveis, alguns cuidados adicionais foram

tomados, principalmente quanto ao preparo e discernimento crítico dos

entrevistadores.

Através de contato telefônico, os coordenadores dos grupos de CCQ em

cada uma das empresas que participaram do estudo foram informados sobre qual

era o objetivo da pesquisa, qual o prazo necessário para que as respostas fossem

enviadas, e também que fosse tomado o cuidado de só aplicar o questionário aos

circulistas que estivessem envolvidos em projetos voltados para o CCQ Social.

procedimentos adotados na coleta de dados para evitar problemas futuros.

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A programação dos trabalhos de pesquisa obedeceu à seguinte seqüência

de etapas: (descrever como foram as etapas da pesquisa)

1a. Etapa – O Projeto de Pesquisa

A elaboração do projeto de pesquisa consolidou as preparações e o

planejamento necessário para a consecução da pesquisa em foco.

2a. Etapa – O Trabalho de Campo

Nesta etapa, foram realizadas as entrevistas com os circulistas que

participam do CCQ SOCIAL.

3a. Etapa – A Tabulação

Nesta fase, foram realizados os cálculos das freqüências absolutas e

relativas das perguntas dos questionários respondidos pelos entrevistados.

4a. Etapa – Os Relatórios

Esta fase compreendeu o desenvolvimento de um relatório preliminar e

finalmente, a consolidação deste relatório definitivo ou final dos trabalhos de

pesquisa, constituindo uma monografia sobre o tema pesquisado.

4.2 A metodologia para a coleta de dados

Os dados de interesse da pesquisa foram coletados em entrevistas

pessoais com circulistas que participam do CCQ Social. forma de coleta de dados

As entrevistas foram orientadas por questionários concebidos de forma

estruturada e não disfarçada. tipo de questionário

Foi utilizado o método de múltipla escolha na concepção dos

questionários, facilitando assim a forma de colher as respostas exigidas. Em tal

situação, bastou apenas a marcação da alternativa selecionada. Tal

procedimento, associado à entrevista pessoal como forma de coleta dos dados,

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além de simplificar a coleta de dados propriamente dita, ampliou a

confiabilidade dos resultados pela minimização de incompreensões e

interpretações sobre as questões propostas. viabilidade do método adotado

O entrevistador foi o responsável pela obtenção das informações com

isenção e qualidade, observando a conduta e as opiniões emitidas durante o

contato com o entrevistado, de forma a também subsidiar a tabulação, análise, e

interpretação dos resultados.

Foi prevista a possibilidade de coleta de dados secundários, de forma a

complementar as informações necessárias à pesquisa.

4.3 O trabalho de campo detalhes de como foi realizado o trabalho de campo

A execução do trabalho de campo foi orientada por algumas premissas

cujo destaque cabe efetuar:

Na eleição do entrevistado, quer seja circulista ou dirigente da empresa,

foi verificada previamente a sua condição efetiva de empregado ou executivo,

eliminando-se qualquer outra pessoa menos habilitada, na medida em que a

mesma não estaria capacitada a informar com precisão o que fosse perguntado.

A entrevista foi precedida de um contato prévio com a empresa

selecionada, visando obter das mesmas, a respectiva concordância em participar

da pesquisa; em seguida, foi feito o agendamento – data, hora e local – da

entrevista com a pessoa habilitada a falar em nome do pesquisado.

A conduta objetiva, discreta, atenta e cordial, envolvida em atitudes de

confiança e empatia, traduziu o grau de preparo pessoal e de treinamento dos

entrevistadores no trato com os entrevistados, possibilitando a maximização de

resultados no esforço de pesquisa.

5 RESULTADO DA PESQUISA

5.1 Análise dos resultados

Neste capítulo são apresentados os resultados da pesquisa realizada junto aos circulistas.

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Perfil do circulista que utiliza a metodologia do CCQ Social

Idade dos circulistas

55%

44%

1%0%

menos de 20 anos entre 20 e 35 anos

entre 36 e 50 anos mais de 50 anos

Figura 01: Idade dos circulistas

Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004

Nota-se pela figura 01 que o perfil etário dos circulistas está entre 20 e 50

anos de idade, sendo que a população de 20 a 35 anos é mais representativa.

Escolaridade dos circulistas2% 9%

27%

28%

10%

24%

primeiro grau completo primeiro grau incompleto

segundo grau completo segundo grau incompleto

superior completo superior incompleto

Figura 02: Escolaridade dos circulistas

Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004

Percebe-se pela figura 02 que a escolaridade dos circulistas varia bastante sendo

as

pessoas com segundo grau completo e incompleto mais representativas. Nota-

se que apenas 2% das pessoas com primeiro grau completo participam dos

grupos.

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Tempo no emprego atual

34%

33%

27%

6%

menos de 05 anos entre 6 e 15 anos

entre 16 e 25 anos mais de 25 anos

Figura 03: Tempo que os circulistas estão no emprego atual

Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004

Observa-se pela figura 03 que a maior parte dos circulistas (67%) tem menos de 15 anos

de casa. Apenas 6% dos circulistas está no emprego atual a mais de 25 anos.

Faixa salarial dos circulistas

4%

68%

28%

menos de 03 salários entre 03 e 06 salários

mais de 06 salários

Figura 4: Faixa salarial dos circulistas

Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004

Observa-se pela figura 04 que a faixa salarial da maior parte dos circulistas (68%) está

situada entre 03 e 06 salários. Apenas 4% dos circulistas recebem menos de 03 salários.

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Realização de atividade voluntária fora da

empresa antes de participar do grupo de

CCQ Social

47%

53%

Sim Não

Figura 05: Percentual de circulistas que realizavam atividades voluntárias antes de

fazer parte do CCQ Social

Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 Na figura 05 nota-se que a maior parte dos circulistas (53%) nunca havia participado de

atividades voluntárias.

Como atuava antes de fazer parte do

CCQ Social

27%

6%

42%

25%

doando dinheiro ou materiais

ministrando aulas gratuitamente

participando de campanhas beneficentes

realizando trabalhos em creches, escolas, asilos, hospitais, etc.

Figura 06: Como os circulistas faziam trabalhos voluntários antes de participar do

grupo de CCQ Social

Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004

Na figura 06 constata-se que a maior parte dos circulistas que já trabalhavam com

voluntariado, exerciam esta atividade através de campanhas beneficentes.

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113

Participação em ações voluntárias

promovidas pela empresa antes do CCQ

Social

33%

67%

sim não

Figura 07: Percentual de circulistas que participavam de ações voluntárias

promovidas pela empresa antes de fazerem parte do CCQ Social

Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004

A figura 07 evidencia que a maior parte dos circulistas (67%) não participava das

atividades de voluntariado promovidas pela empresa.

CCQ Social é uma metodologia para

exercício da cidadania de forma

estruturada

95%

1%

4%

sim não não sei

Figura 08: Como os circulistas percebem a metodologia do CCQ Social

Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004

A figura 08 evidencia como a maior parte dos circulistas (95%) acredita que o CCQ

Social é uma metodologia para o exercício da cidadania de forma estruturada. Apenas

1% dos entrevistados discorda desta opinião.

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Avaliação do nível de motivação dos circulistas que participam do CCQ Social

CAPACIDADE PARA MELHORAR

CONDIÇÕES DE VIDA DA COMUNIDADE

ONDE VIVE

80%

4%

16%

sim não não sei

Figura 09: Percepção dos circulistas em relação à sua capacidade de modificar a

qualidade de vida da comunidade onde vivem

Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 Nota-se pela figura 09 que a maior parte dos circulistas (80%) está motivada para o

exercício das ações voluntárias no sentido de melhorar a qualidade de vida das

comunidades. Apenas 4% se sente impotente para modificar a qualidade de vida das

comunidades onde vivem.

AUMENTO DA CONSCIÊNCIA CIDADÃ

DOS VOLUNTÁRIOS

95%

1%

4%

sim não não sei

Figura 10: Percepção dos circulistas com relação ao aumento da consciência

cidadã através do CCQ Social

Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 Na Figura 10 percebemos que a maior parte dos circulistas (95%) considera que os

trabalhos de CCQ Social aumentam sua consciência enquanto cidadãos. Apenas 1% dos

circulistas não concorda com essa opinião.

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MOTIVAÇÃO PARA EXECUTAR

ATIVIDADES NA EMPRESA

83%

7%

10%

sim não não sei

Figura 11: Percepção dos circulistas com relação ao aumento da motivação para

realizar suas tarefas na empresa em função dos trabalhos desenvolvidos através do

CCQ Social

Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 Na figura 11 fica evidenciado que a maior parte dos circulistas (83%) se sente mais

motivado para exercer seu trabalho na empresa em função das atividades voluntárias

que desenvolvem. Apenas 7% não associa este nível de motivação ao voluntariado.

DESENVOLVIMENTO DE TÉCNICAS E

HABILIDADES DE LIDERANÇA ENTRE

OS CIRCULISTAS

92%

4%

4%

sim não não sei

Figura 12: Percepção dos circulistas com relação ao aumento das habilidades

adquiridas em função dos trabalhos desenvolvidos através do CCQ Social

Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 Na figura 12 fica evidenciado o impacto que o CCQ Social tem sobre o

desenvolvimento de técnicas e habilidades de liderança entre os circulistas. Apenas 4%

não concordam que o CCQ Social promove o desenvolvimento destas habilidades entre

os circulistas.

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116

Figura 13: Percepção dos circulistas com relação á melhoria no convívio familiar

em função dos trabalhos desenvolvidos através do CCQ Social

Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 Na figura 13 percebe-se que a maior parte dos circulistas (90%) acredita que as

atividades voluntárias melhoram seu relacionamento com a família. Apenas 2%

discordam desta opinião.

MELHORIA NO RELACIONAMENTO COM

OS COLEGAS DE TRABALHO

94%

4%

2%

sim não não sei

Figura 14: Percepção dos circulistas com relação à melhoria no convívio com os

colegas de trabalho em função dos trabalhos desenvolvidos através do CCQ Social

Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 Na figura 14 percebe-se que a maior parte dos circulistas (94%) acredita que as

atividades voluntárias melhoram seu relacionamento com os colegas de trabalho.

Apenas 4% discordam desta opinião.

MELHORIA NO RELACIONAMENTO COM

A FAMÍLIA

90%

2%

8%

sim não não sei

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117

MELHORIA DA IMAGEM DA EMPRESA

ONDE OS CIRCULISTAS TRABALHAM

97%

1%

2%

sim não não sei

Figura 15: Percepção dos circulistas com relação à melhoria da imagem da

empresa em função dos trabalhos desenvolvidos através do CCQ Social

Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 Na figura 15 percebe-se que a maior parte dos circulistas (97%) acredita que as

atividades voluntárias impactam na imagem da empresa junto á comunidade. Apenas

1% discorda desta opinião.

É MAIS FÁCIL REALIZAR TRABALHOS

VOLUNTÁRIOS SOZINHO

14%

75%

11%

sim não não sei

Figura 16: Percepção dos circulistas com relação ao nível de dificuldade de se

realizar trabalhos voluntários sozinho ou em grupo

Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 Na figura 16 percebe-se que a maior parte dos circulistas (75%) acredita que as

atividades voluntárias são mais fáceis de serem realizadas em grupo. 14% discordam

desta opinião.

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118

O TRABALHO VOLUNTÁRIO PODE

PROPORCIONAR UM NÍVEL DE

SATISFAÇÃO MAIOR QUE O

PROMOVIDO PELO DINHEIRO

83%

11% 6%

sim não não sei

Figura 17: Percepção dos circulistas com relação ao nível de satisfação que um

trabalho voluntário pode proporcionar

Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004

Na figura 17 percebe-se que a maior parte dos circulistas (83%) acredita que as

atividades voluntárias podem proporcionar um nível de satisfação superior ao

promovido pelo dinheiro. 11% discordam desta opinião.

AUMENTO DO NÍVEL DE

COMPROMETIMENTO DAS PESSOAS

76%

3%

8%

10%

3%

simnãonão seisim apenas para fora do ambiente de trabalhosim apenas para dentro do ambiente de trabalho

Figura 18: Percepção dos circulistas com relação ao aumento do nível de

comprometimento das pessoas que participam do CCQ Social

Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004

Na figura 18 percebe-se que a maior parte dos circulistas (76%) acredita que as

atividades voluntárias impactam positivamente no nível de comprometimento das

pessoas. 3% discordam desta opinião.

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119

EXISTE RECONHECIMENTO PARA AS

PESSOAS QUE EXECUTAM TRABALHOS

VOLUNTÁRIOS

69%8%

7%

16%

sim não não sei Sim apenas para as pessoas que se beneficiam das ações

Figura 19: Percepção dos circulistas com relação ao reconhecimento para as

pessoas que exercem trabalhos voluntários

Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 Na figura 19 percebe-se que a maior parte dos circulistas (69%) acredita que existe

reconhecimento para as pessoas que participam do atividades voluntárias. 7%

discordam desta opinião.

IMPORTÂNCIA DO RECONHECIMENTO DO

TRABALHO DESENVOLVIDO ATRAVÉS

DO CCQ SOCIAL

84%

7% 2% 7%

sim não não sei Sim apenas para as pessoas que se beneficiam das ações

Figura 20: Percepção dos circulistas com relação á necessidade de reconhecimento

para as pessoas que exercem trabalhos voluntários

Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 Na figura 20 percebe-se que a maior parte dos circulistas (84%) acredita que é

importante reconhecer o trabalho desenvolvido através do CCQ Social. 2% discordam

desta opinião.

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120

ACREDITA QUE VAI DEIXAR DE

REALIZAR TRABALHOS VOLUNTÁRIOS

UM DIA

4%

55%

41%

sim não não sei

Figura 21: Percepção dos circulistas com relação á continuidade da realização de

trabalhos voluntários.

Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004

Na figura 21 percebe-se que a maior parte dos circulistas (55%) acredita que jamais vai

deixar de desenvolver atividades voluntárias. Apenas 4% afirmam que deixarão de

trabalhar com o voluntariado.

5.1 Análise dos Resultados

Observa-se uma grande mobilização da sociedade no sentido de tentar

resolver os problemas que afetam nossas comunidades.

As empresas se engajam neste movimento através do voluntariado

empresarial estimulando seus empregados a interagirem com as comunidades

onde estão inseridas, através de programas estruturados objetivando melhorar a

qualidade de vida da população.

As três empresas que participaram deste estudo têm programas voltados

para o bem estar social e o CCQ Social é uma das vertentes destes programas

que englobam várias outras ações com foco na cultura, esporte, educação, etc.

Além de provocar as manifestações de suas percepções e conseqüentes

reflexões através das perguntas elaboradas no questionário, o estudo permitiu

que fosse realizada uma comparação entre as avaliações dos circulistas das três

empresas que participaram do estudo, resultando no levantamento de

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121

interessantes conclusões sobre a ótica do circulista que trabalha utilizando a

metodologia do CCQ Social.

Considerando os resultados apresentados graficamente pela pesquisa foi

possível constatar que o perfil do voluntário que trabalha com CCQ Social não

difere de uma empresa para outra.

Também foi possível constatar que o perfil do voluntário que trabalha

com CCQ Social não difere de uma empresa para outra.

A maioria dos circulistas tem:

- entre 20 e 35 anos

- o nível de escolaridade é o segundo grau

- estão a menos de 15 anos na empresa

- ganham entre 03 e 06 salários

- antes de trabalhar com CCQ Social não faziam trabalhos

voluntários

- os que faziam, atuavam participando de campanhas beneficentes

- não participavam de atividades voluntárias promovidas pela

empresa

- consideram a metodologia do CCQ Social uma boa ferramenta

para o exercício da cidadania de forma estruturada.

Também foi possível evidenciar que os benefícios proporcionados pelo

CCQ Social vão muito além do que normalmente é percebido pelas pessoas que

o praticam e pelas comunidades que se beneficiam do trabalho.

Além dos ganhos considerados “tangíveis”, o voluntário:

- tem um aumento considerável da sua consciência em relação à

cidadania;

- melhora seu relacionamento com a família;

- melhora seu relacionamento com os colegas de trabalho;

- pode sentir um grau de satisfação superior ao provocado pelo

dinheiro;

- contribui para melhorar a imagem da empresa onde trabalha;

- aumenta suas habilidades como negociador e líder;

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122

- aumenta o nível de comprometimento das pessoas;

- estimula a continuidade do trabalho voluntário, criando um

compromisso com a solidariedade humana.

6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

O trabalho de pesquisa atendeu aos objetivos pretendidos e a hipótese

levantada pôde ser confirmada (confirmação da hipótese) permitindo um traçado

geral da percepção dos circulistas com relação aos benefícios obtidos através da

realização de trabalhos utilizando a metodologia do CCQ Social.

O resultado da pesquisa fornece indicativos objetivos para uma avaliação

dos circulistas de forma a acompanhar o seu desenvolvimento.

Atualmente os grupos de CCQ utilizam, ao final da conclusão de seus

trabalhos, uma auto avaliação em forma de gráfico de radar onde os circulistas

avaliam:

- realização das reuniões

- liderança

- recursos utilizados

- participação no trabalho

- resultados alcançados

Esta metodologia de avaliação poderia ser utilizada pelos grupos de CCQ

Social mudando-se apenas os critérios a serem avaliados. Sugestões surgidas a partir

da análise feita

Uma proposta seria:

- comprometimento com o trabalho voluntário

- relacionamento com os colegas da empresa

- relacionamento com a família

- desenvolvimento de novas habilidades

- nível de satisfação com o trabalho realizado

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123

Desta forma, os grupos ou os coordenadores teriam condições de avaliar

a percepção do próprio grupo e buscar soluções quando o nível das respostas não

estiver compatível com a expectativa da organização e do próprio grupo.

Um resultado que merece atenção especial está relacionado ao grau de

motivação do circulista para continuar a exercer trabalhos voluntários. Apesar de

todos os benefícios comprovados durante a pesquisa, 41% dos circulistas

responderam que não sabem se um dia deixarão de exercer trabalhos voluntários.

Informação importante sobre o tema tratado deve ser mencionada na pesquisa

Recomenda-se que seja feita uma pesquisa mais detalhada no sentido de

detectar o quê estaria impactando nesta resposta e, após detectar os motivos, seja

elaborado um plano de ação para tratá-los. sugestão de pesquisas futuras, baseada na

informação nova (grifada acima) obtida com a pesquisa.

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHAVES, Neuza Maria Dias. Soluções em Equipe. Belo Horizonte:

Fundação de Desenvolvimento Gerencial, 2003.

CORULLÓN, Mônica Beatriz Galiano; FILHO, Barnabé Medeiros.

Voluntariado na empresa: Gestão eficiente da participação cidadã. São

Paulo: Peirópolis, 2002.

FISCHER, Rosa Maria. O desafio da colaboração: práticas de

responsabilidade social entre empresas e terceiro setor. São Paulo: Editora

Gente, 2002.

MCKINSEY & COMPANY INC. Empreendimentos Sociais

Sustentáveis: como elaborar planos de negócio para organizações sociais.

São Paulo: Peirópolis, 2001.

OLIVEIRA, Marcos Antônio L. de Oliveira. SA8000: O modelo ISO

Aplicado á Responsabilidade Social. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002.

PAIVA, Flávio; MONTEIRO, João de Paula. Os 5 elementos: a essência

da gestão compartilhada no pacto de cooperação do Ceará. Rio de Janeiro:

Qualitymark, 2001.

VERGARA, Silvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em

Administração. São Paulo: Atlas, 2003.

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124

NÚCLEO DE PESQUISA E ESTÁGIO/FEMAR

(NUPE/FEMAR)

Normas para Monografia do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)

NUPE/FEMAR/ADM Nº. 02/10

O Núcleo de Estágio e Pesquisa FEMAR (NUPE/FEMAR), criado

para regulamentar as disciplinas Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e

Estágio Curricular Supervisionado, estabelece normas para elaboração e

apresentação da monografia do TCC, tendo como base a pesquisa realizada

no decorrer do sétimo e oitavo períodos do Curso de Administração, com

habilitação em Administração de Empresas, que deverão ser rigorosamente

seguidas pelos alunos concluintes, em duas etapas.

A primeira etapa denominada “Qualificação” é uma pré-avaliação

da monografia em fase de desenvolvimento, de caráter obrigatório, que será

apresentada a uma banca examinadora composta por professores da própria

Instituição, com o objetivo de nortear o aluno para a finalização da monografia.

A segunda etapa denominada “Avaliação Final”, é uma avaliação

da monografia concluída, que será apresentada a uma banca examinadora,

também de caráter obrigatório, para aprovação, composta por professores da

própria Instituição, para aprovação e conclusão do curso.

Quando a Qualificação ocorrer no segundo semestre do ano letivo,

ela será prevista no calendário escolar juntamente com a Semana da

Administração e os alunos concluintes e não concluintes terão a oportunidade

de assistirem a apresentação da monografia, desde que previamente

agendado na secretaria. As normas constantes dessa decisão serão criadas

oportunamente.

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1ª Etapa: Qualificação

a) Composição da Banca Examinadora da Qualificação

- A Banca Examinadora da Qualificação será composta por 4 (quatro)

membros, todos professores da FAMA: o professor (a) de TCC, o (a)

professor (a) orientador (a) do aluno, o (a) professor (a) de Metodologia de

Pesquisa Científica e um(a) professor(a) convidado(a), que deverão ser

contatados pelo aluno concluinte, e agendado na secretaria, entre os dias

09/09/2010 e 10/09/2010. No caso do orientador ser também o (a)

professor (a) responsável pelo TCC, o aluno deverá contatar um outro

professor (a) colaborador (a), para complementar a banca.

b) Requerimento para Qualificação

- A secretaria disponibilizará um requerimento para o aluno solicitar sua

inclusão na lista de alunos que irão para a Banca de Qualificação;

- Esse requerimento deverá ser preenchido e assinado pelo aluno, pelo seu

orientador, pela professora da disciplina de Estágio, pelo professor de

Metodologia Científica e por uma das professoras ligadas ao Núcleo de

Estágio ou de TCC;

- Nesse requerimento, o aluno deverá colocar a data mais adequada para sua

Qualificação, com consentimento dos professores, seguindo a data estipulada

no calendário acadêmico;

- De posse desse requerimento devidamente assinado, o aluno deverá

comparecer à secretaria da FAMA entre os dias 09/09/2010 e 10/09/2010

para entregar o documento assinado. O requerimento será protocolado pela

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secretaria e o aluno receberá um comprovante do recebimento, que deverá

ser guardado cuidadosamente;

- O cronograma com as datas e horários da qualificação de cada aluno será

divulgado nos dias 16/09/2010 e 17/09/2010

c) Monografia a ser entregue

- A monografia deverá estar dentro das normas da ABNT e o conteúdo deverá

estar, com no mínimo, 60 % desenvolvido, impresso em três vias,

encadernado em espiral, para ser entregue aos membros da banca

examinadora;

- O prazo para entrega da monografia parcial na secretaria será nos dias

16/09/2010 e 17/09/2010;

- A entrega da monografia será protocolada na secretaria e o aluno receberá

um comprovante. Esse comprovante deverá ser cuidadosamente guardado

pelo aluno.

d) Aprovação

- Para ser aprovado o aluno deverá obter média 7,0 (sete). Caso obtenha uma

nota menor que 7,0 (sete) terá até o dia 13/11/2010 para entregar uma

cópia impressa, com as devidas modificações, para o orientador revisar;

- O aluno que não for aprovado será submetido novamente à Banca

Examinadora de Qualificação no dia 13/11/2010.

e) Critérios de Avaliação da banca examinadora

e.1) Identificação da Banca Examinadora

BANCA Dia: Hora:

Aluno

Professores Nome Nota Final

Responsável pelo TCC

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Orientador do aluno

Colaborador (caso haja)

Metodologia de Pesquisa

Membro do NUPE/FEMAR

Nota Total

e.2) Avaliação do cumprimento das Normas Estabelecidas (ABNT/NBR)

Participarão da avaliação deste item os 4 (quatro) professores da banca

examinadora. O subtotal será a média das quatro notas.

Itens Avaliados Pontuação

Máxima

Nota 1 Nota 2 Nota 3 Nota 4 Total Média

Folha de rosto 1

Sumário 1

Paginação 1

Parágrafos 2

Correção ortográfica 5

Cronograma 1

Citações 5

Metodologia da pesquisa 6

Referências bibliográficas 3

Subtotal 25

e.3) Avaliação do conteúdo

Participarão da avaliação deste item o professor responsável pelo TCC e

o professor orientador. No caso do professor orientador ser o professor

responsável pelo TCC, participará um professor colaborador. O subtotal

será a média das duas notas.

Itens Avaliados Pontuação

Máxima

Nota 1 Nota 2 Total Média

Introdução 5

Problemática 5

Justificativa 5

Objetivos 5

Referencial teórico 15

Discussão dos resultados 7,5

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Conclusão 7,5

Total 50

e.4) Avaliação do desempenho do aluno

Participarão deste item os quatro professores da banca examinadora e o subtotal será a média das 4 avaliações.

Itens Avaliados Pontuação

Máxima

Nota 1 Nota 2 Nota 3 Nota 4 Total Média

Pontualidade 2

Presença 2

Cumprimento das tarefas 2,5

Interesse e participação 2,5

Clareza de raciocínio 4

Fundamentação teórica 4

Objetividade 4

Coerência 4

Subtotal 25

e.5) Avaliação final da Qualificação

Itens Avaliados Pontuação

Máxima

Subtotal Observações

Normas estabelecidas 25

Conteúdo 50

Desempenho 25

Total

Média geral

f) Data da qualificação

- A Qualificação será entre os dias 02/10/2010, 23/10/2010, 30/10/2010 e

13/11/2010.

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- A data e a hora da qualificação serão escolhidas pelo aluno, em conformidade

com a banca examinadora, no período estipulado no calendário acadêmico,

impreterivelmente, obedecendo a ordem de chegada na secretaria;

g) Tempo da apresentação

- O prazo de apresentação oral é de 15 a 20 minutos. As sugestões e

considerações da banca serão feitas em 15 minutos;

h) Cronograma da 1ª Etapa: Qualificação

Me

ses

201

0

Dias

02

04 09 10

11

13 16 17

22 23

24

25

26

27 28 29 30

Set

em

bro

En

tre

ga

do

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a

Ba

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130

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Banca

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Banca

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Apresentação de

Monograf

ia

Apresentação de

Monograf

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Monograf

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Apresentação de

Monograf

ia

Apresentação de

Monograf

ia

Apresentação de

Monograf

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Entr

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ia

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itiva

Entrega da monografia definitiva

Dez

em

bro

Apresentação de Monografia

Ap

re

se

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ão

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Mo

no

gr

afi

a

2ª Etapa: Avaliação Final

a) Composição da Banca Examinadora da Avaliação Final.

- A Banca Examinadora da avaliação final será composta por três

professores: o(a) professor (a) de TCC, o (a) professor (a) orientador (a) do

aluno e o (a) professor (a) de Metodologia de Pesquisa Científica, que

deverão ser contatados pelo aluno concluinte e assinarem o requerimento até

a data do requerimento estipulada no calendário. No caso do orientador ser

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também o (a) professor (a) responsável pelo TCC, o aluno deverá contatar

um outro professor (a) colaborador (a), para complementar a banca.

b) Requerimento para Avaliação Final

- O aluno concluinte deverá preencher e assinar um requerimento solicitando a

avaliação final da monografia e sugerir a data mais adequada para

apresentação;

- A data deverá estar de acordo com o período estipulado no calendário

acadêmico, com o (a) professor (a) responsável pelo TCC, com o orientador

e com o professor de Metodologia de Pesquisa Científica;

- O requerimento deverá ser entregue e protocolado na secretaria, nos dias

17/11/2010;

- Aguardar o deferimento de requerimento, seguido do cronograma de

apresentações com data, dia e horário de apresentação.

c) Entrega da monografia para avaliação final

- A monografia completa e revisada deverá ser entregue e protocolada na

secretaria, impreterivelmente no dia 29/11/2010 e 30/11/2010, para ser

apresentada na segunda etapa, que é a avaliação final;

- A monografia deverá ser entregue em 3 (três) vias, encadernada em espiral.

- O atraso na entrega da monografia acarretará a perda de 10% da nota, por

dia de atraso.

d) Critérios de Avaliação da Banca Examinadora

d.1) Avaliação do cumprimento das Normas Estabelecidas (ABNT/NBR)

Participará da avaliação deste item o professor de Metodologia Científica.

Itens Avaliados Pontuação

Máxima

Nota

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Folha de rosto 1

Sumário 1

Paginação 1

Parágrafos 2

Correção ortográfica 5

Cronograma 1

Citações 5

Metodologia da pesquisa 6

Referências bibliográficas 3

Subtotal 25

d.2) Avaliação do conteúdo.

Participarão da avaliação deste item o professor responsável pelo TCC e

o professor orientador. No caso do professor orientador ser o professor

responsável pelo TCC, participará um professor colaborador. O subtotal

será a média das duas notas.

Itens Avaliados Pontuação

Máxima

Nota 1 Nota 2 Total Média

Introdução 5

Problemática 5

Justificativa 5

Objetivos 5

Referencial teórico 15

Discussão dos resultados 7,5

Conclusão 7,5

Total 50

d.3) Avaliação do desempenho do aluno

Participarão deste item os três professores da banca examinadora e o subtotal será a média das 3 avaliações.

Itens Avaliados Pontuação

Máxima

Nota 1 Nota 2 Nota 3 Total Média

Pontualidade 2

Presença 2

Cumprimento das tarefas 2,5

Interesse e participação 2,5

Clareza de raciocínio 4

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Fundamentação teórica 4

Objetividade 4

Coerência 4

Subtotal 25

d.4) Avaliação final

Itens Avaliados Pontuação

Máxima

Subtotal Observações

Normas estabelecidas 25

Conteúdo 50

Desempenho 25

Total

Média geral

e) Data da Apresentação Oral

- As apresentações serão entre os dias 22/11/2010 a 27/11/2010,

04/12/2010 e 11/12/2010.

- A data e a hora das apresentações serão escolhidas pelo aluno, em

conformidade com a banca examinadora, obedecendo a ordem de chegada

na secretaria;

f) Tempo da apresentação final

- Apresentação oral: 20 minutos, com 10 minutos de tolerância, no máximo.

- Arguição e debate: 20 minutos, com 10 minutos de tolerância no máximo;

- Considerações da banca examinadora: 20 minutos.

g) Data da entrega da versão final da monografia

- Para a colação de grau o aluno deverá entregar na secretaria 3 (três) vias da

monografia final, corrigida após sugestões da Banca Examinadora,

encadernada com capa dura, em modelo oficial da FAMA, no dia

29/11/2010 e 30/11/2010;

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- O Certificado de Conclusão de Curso estará sujeito à entrega da monografia

na data estipulada no calendário.

- Será feito, nos dias 29/11/2010 e 30/11/2010, o requerimento de colação

de grau e atualização dos dados pessoais para a conclusão do curso.

h) Cronograma da 2ª Etapa: Avaliação Final

Meses

2010

04 11 13 17

22

23

24

25

26 27 29 30

Novembro

Apresentação de Monogra

fia

Apresentação de Monogra

fia

Apresentação

de Monog

rafia

Apresentação de Monogra

fia

Apresentação de Monografia

Apresentação de Monogra

fia

Entrega

monogr

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complet

a e

revisada

Entreg

a

mono

grafia

compl

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revisa

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Dezembro

Apresentação

de Monog

rafia

Apresentação

de Monog

rafia

Requeri

mento

colação

grau.

Atualiza

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dados.

Reque

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grau.

Atuali

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dos

dados.

Mariana, julho de 2010.

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135

CAPÍTULO 11

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CERVO, Amado Luís; BERVIAN, Pedro A.; DA SILVA, Roberto. Metodologia

Científica. 6ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.

FRANÇA, Júnia Lessa et al. Manual para normalização de publicações técnico-

científicas. 5. ed. rev. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2001.

Normas da ABNT. Disponível em: <www.admbrasil.com.br/abnt.htm>. Acesso em:

16/04/2007.

OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de metodologia científica- Projetos de pesquisas,

TGI, TCC, Monografias, Dissertações e Teses. São Paulo: Pioneira Thomson Learning,

2002.

ROESCH, Sylvia M. A. Projetos de estágio e de pesquisa em administração: guia para

estágios, trabalhos de conclusão, dissertações e estudos de caso. 3ª ed. São Paulo: Atlas,

2006.

VIEIRA, Heliene Margareth Silva. Voluntariado empresarial: avaliação dos benefícios

proporcionados aos voluntários do CCQ social. 2004. 37 f. Monografia ( Conclusão do

curso de Administração de Empresas) – Faculdade de Administração de Itabirito,

Fundação José Bonifácio Lafayette de Andrada, Itabirito.

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136

CAPÍTULO 12

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico. 5ª

ed. São Paulo: Atlas, 2001.

BARROS, Aidil de J. P., LEHFELD, Neide Aparecida de S. Projeto de Pesquisa:

propostas metodológicas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.

DEMO, Pedro. Avaliação qualitativa. 7ª ed. rev. Campinas, SP: Autores Associados,

2002.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª ed. São Paulo: Atlas,

2002.

_________________. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5ª ed. São Paulo: Atlas,

2006.

KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e

iniciação à pesquisa. 20ª ed. atualizada. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

LUNA, Sérgio Vasconcelos de. Planejamento de pesquisa: uma introdução. São Paulo:

EDUC, 2002.

MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaboração de monografias e

dissertações. São Paulo: Atlas, 2002.

SALOMON, Décio Vieira. Como fazer uma monografia. 9ª ed. São Paulo: Martins

Fontes, 1999.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22ª ed. São Paulo:

Cortez, 2002.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Chegamos ao final do Manual e esperamos ter oferecido uma contribuição

satisfatória aos trabalhos que você, aluno, há de realizar. Como você pôde verificar, a

monografia é um trabalho minucioso e criterioso que depende de disciplina e de

organização para empreendê-la satisfatoriamente.

Esperamos que você faça um bom trabalho como pesquisador e que ajude, com

sua pesquisa, a proporcionar mudanças positivas em nossa sociedade.

Vale ressaltar que, no capítulo 10, está a bibliografia básica que utilizamos para

elaborar esse Manual e, no capítulo 11, foi inserida uma bibliografia complementar, que

você encontrará na biblioteca da FAMA, para auxiliá-lo caso você necessite de mais

informações que não constam nesse Manual ou simplesmente para consulta

complementar.

Esperamos ter oferecido uma contribuição valiosa para o seu trabalho e que você

tenha muito sucesso na elaboração de sua Monografia e na sua vida profissional.

Juçara Moreira Teixeira

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Diretor: Prof. José Jarbas Ramos Filho

Secretário: Flávio Maurício de Oliveira

Professor responsável: Profª. Ms. Suzana

Compiladora desse Manual: Profª. Juçara Moreira Teixeira