manual sgsst

108
Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397 Ficha Técnica Título: Implementação de um Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397 Autor: Ideias Ambientais (de Silvia Chambel) – Catarina Martins Editor: Companhia Própria – Formação e Consultoria, Lda. Parque das Nações, Alameda dos Oceanos, Lote 4.24.01.A, 1º A, 1990-502 Sacavém Tel.: 218 967 200 Fax: 218 967 202 www.companhiapropria.pt [email protected] [email protected] Entidades Promotoras e Apoios: Companhia Própria – Formação e Consultoria Lda. e Programa Operacional Emprego, Formação e Desenvolvimento Social (POEFDS), co-financiado pelo Estado Português e pela União Europeia, através do Fundo Social Europeu. Ministério da Segurança Social e do Trabalho. Coordenador: Luís Ferreira Equipa Técnica: Ideias Ambientais (de Silvia Chambel) Rua João Villaret Lote 153 1º Dto. 2860 - 472 Moita Telemóvel: 962321950 [email protected] [email protected] [email protected] http://www.ideiasambientais.com.pt Revisão, Projecto Gráfico, Design e Paginação: E-Ventos CDACE Pólo Tecnológico de Lisboa, Lote 1 – Edifício CID Estrada do Paço do Lumiar, 1600 – 546 LISBOA Tel: 217 101 141; Fax: 217 101 103 [email protected] © Companhia Própria – Formação & Consultoria, Lda, 2006, 1.ª edição

Upload: victor-vasques

Post on 26-Dec-2015

107 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

Ficha Técnica

Título: Implementação de um Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no

Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

Autor: Ideias Ambientais (de Silvia Chambel) – Catarina Martins

Editor: Companhia Própria – Formação e Consultoria, Lda.

Parque das Nações, Alameda dos Oceanos, Lote 4.24.01.A, 1º A,

1990-502 Sacavém

Tel.: 218 967 200 Fax: 218 967 202

www.companhiapropria.pt

[email protected]

[email protected]

Entidades Promotoras e Apoios:

Companhia Própria – Formação e Consultoria Lda. e Programa Operacional

Emprego, Formação e Desenvolvimento Social (POEFDS), co-financiado pelo

Estado Português e pela União Europeia, através do Fundo Social Europeu.

Ministério da Segurança Social e do Trabalho.

Coordenador: Luís Ferreira

Equipa Técnica:

Ideias Ambientais (de Silvia Chambel)

Rua João Villaret

Lote 153 1º Dto.

2860 - 472 Moita

Telemóvel: 962321950

[email protected]

[email protected]

[email protected]

http://www.ideiasambientais.com.pt

Revisão, Projecto Gráfico,

Design e Paginação:

E-Ventos CDACE

Pólo Tecnológico de Lisboa, Lote 1 – Edifício CID

Estrada do Paço do Lumiar, 1600 – 546 LISBOA

Tel: 217 101 141; Fax: 217 101 103

[email protected]

© Companhia Própria – Formação & Consultoria, Lda, 2006, 1.ª edição

Page 2: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

Índice

FICHA TÉCNICA .................................................................................................................. 1

ÍNDICE ............................................................................................................................... 2

ÍNDICE DE FÍGURAS ........................................................................................................... 3

ENQUADRAMENTO .............................................................................................................. 4

ÁREA PROFISSIONAL.......................................................................................................... 4

CURSO / SAÍDA PROFISSIONAL ......................................................................................... 4

NÍVEL DE FORMAÇÃO / QUALIFICAÇÃO.............................................................................. 4

COMPONENTE DE FORMAÇÃO ............................................................................................. 4

UNIDADES DE FORMAÇÃO E DURAÇÃO (40H) ..................................................................... 5

OBJECTIVOS GLOBAIS ........................................................................................................ 5

CONTEXTUALIZAÇÃO DA SAÍDA PROFISSIONAL................................................................. 5

OBJECTIVOS E CONTEÚDOS................................................................................................ 6

SISTEMAS DE GESTÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO (SGSST)........................... 8

CONCEITOS GERAIS............................................................................................................ 8

VANTAGENS DA IMPLENTAÇÃO DE UM SGSST................................................................... 10

REFERÊNCIAS NORMATIVAS............................................................................................. 11

REQUISITOS GERAIS DE UM SGSST .................................................................................. 13

REQUISITOS GERAIS ........................................................................................................ 15

POLÍTICA DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO .......................................................... 16

PLANEAMENTO ................................................................................................................. 18

REQUISITOS LEGAIS......................................................................................................... 23

OBJECTIVOS DO SGSST..................................................................................................... 25

PROGRAMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO ..................................... 27

IMPLEMENTAÇÃO.............................................................................................................. 31

VERIFICAÇÃO E ACÇÃO CORRECTIVA................................................................................ 58

MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ........................................................... 58

AUDITORIAS..................................................................................................................... 69

REVISÃO PELA GESTÃO .................................................................................................... 73

A NORMA OHSAS 18001:2007-ALTERAÇÕES .................................................................... 76

TESTES DE AVALIAÇÃO E RESOLUÇÕES ............................................................................ 88

CHECK LISTS..................................................................................................................... 97

CASOS DE ESTUDO.......................................................................................................... 102

GLOSSÁRIO .................................................................................................................... 106

BIBLIOGRAFIA................................................................................................................ 107

LINKS ÚTEIS................................................................................................................... 108

Page 3: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

Índice de Figuras

Figura [1] – Ciclo de Deming 16

Figura [2] – Metodologia para abordar a análise de risco. 23

Figura [3] – Tabela de Classificação de riscos 25

Figura [4] – Acções versus níveis de risco considerado. 25

Figura [5] – Ficha de Requisitos Legais 28

Figura[6] – Programa de Gestão 33

Figura[7] – Exemplo de matriz 51

Figura [8] – Ex. de Codificação de um procedimento do sistema 55

Figura [9] – Exemplo de impresso da Lista de Distribuição de Cópias Controladas dos Documentos

Controlados do SGPS 55

Page 4: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

4

Enquadramento

O presente manual tem como principal objectivo o acompanhamento do curso de formação em Implementação de um Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST):OSHAS 18001/NP 4397.

ÁREA PROFISSIONAL

Este manual enquadra-se na área profissional de Ambiente – Sistemas de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho.

Este manual foi especialmente concebido para todos os executivos, quadros dirigentes, empresários, gestores funcionais e técnicos, que desenvolvem a sua actividade na área ambiental e que pretendam implementar, rever e manter o seu SGSST, ou simplesmente adquirir conhecimentos sobre esta temática, numa vertente das OSHAS 18001/NP 4397.

CURSO / SAÍDA PROFISSIONAL

O objectivo deste curso consiste em proporcionar aos participantes conhecimentos e ferramentas de como implementar e manter um Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho: OSHAS 18001/NP 4397.

Este curso destina-se essencialmente a técnicos superiores que desempenham um papel activo na área da Segurança.

O curso está orientado em conteúdos e metodologia especialmente para Técnicos Superiores e Quadros de Pequenas e Médias Empresas bem como para Profissionais Liberais.

No que respeita à empregabilidade, o formando do curso poderá desempenhar funções na área da Segurança, sobretudo com objectivo de manter e garantir a eficácia do SGSST, acompanhar auditorias e até mesmo poder vir a ser auditor interno.

Todos os participantes poderão reunir competências no âmbito desta área e obter saídas profissionais a desempenhar funções dentro desta temática.

NÍVEL DE FORMAÇÃO / QUALIFICAÇÃO

Poderão frequentar as acções de formação apoiadas neste manual, indivíduos com qualificações de nível IV e V, independentemente da área vocacional, cumprindo no entanto um conjunto de pré-requisitos em termos de conhecimentos de Segurança.

COMPONENTE DE FORMAÇÃO

Através deste manual poderão ser leccionados cursos como:

• Implementação de SGSST

• Auditorias Internas

Este manual permite clarificar conceitos, âmbitos e exigências expressas nas OSHAS 18001/NP 4397.

Page 5: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

5

UNIDADES DE FORMAÇÃO E DURAÇÃO (40H)

• Introdução (1H)

• Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho (3H)

o Conceitos gerais

o Vantagens da implementação de um SGSST

o Referências Normativas: OSHAS 18001 e NP 4397

• Requisitos do SGSST (4)

o Requisitos gerais

o Política de SGSST

• Planeamento (6)

o Identificação dos perigos e avaliação dos riscos

o Requisitos legais

o Objectivos

o Programa de Gestão de SGSST

• Implementação (6)

o Estrutura e Responsabilidade

o Formação, Sensibilização e Competência

o Consulta e Comunicação

o Documentação

o Controlo de Documentos

o Controlo Operacional

o Prevenção e capacidade de resposta

• Verificação e Acções Correctivas (6)

o Monitorização e Avaliação do Desempenho

o Acidentes, não conformidades e acções correctivas e preventivas

o Gestão de registos

• Revisão pela Gestão (2)

• Auditorias (5)

• A norma OHSAS 18001:2007- Alterações (4)

• Exercícios de Avaliação (3)

OBJECTIVOS GLOBAIS

No final da formação, o formando deve estar apto a compreender a importância da implementação de SGSST segundo as OSHAS 18001/NP 4397 e adquirir conhecimentos para a sua implementação.

CONTEXTUALIZAÇÃO DA SAÍDA PROFISSIONAL

A frequência deste curso permite aos formandos adquirir competência no âmbito de Sistemas de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, sobretudo na aplicação prática das OSHAS 18001/NP 4397.

Em termos de empregabilidade, as hipóteses são vastas, uma vez que qualquer organização pode implementar um SGSST, independentemente da sua natureza ou dimensão.

Page 6: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

6

OBJECTIVOS E CONTEÚDOS

Conteúdos Objectivos Gerais

Introdução • Conceitos gerais em Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho

Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho

• Conceitos gerais

• Vantagens da implementação de um SGSST

• Referências Normativas: OSHAS 18001 e NP 4397

Requisitos do SST • Requisitos gerais

• Política de SGSST

Planeamento

• Identificação dos perigos e avaliação dos riscos

• Requisitos legais

• Objectivos

• Programa de Gestão de SGSST

Implementação

• Estrutura e Responsabilidade

• Formação, Sensibilização e Competência

• Consulta e Comunicação

• Documentação

• Controlo de Documentos

• Controlo Operacional

• Prevenção e capacidade de resposta

Verificação e Acções Correctivas

• Monitorização e Avaliação do Desempenho

• Acidentes, não conformidades e acções correctivas e preventivas

• Gestão de registos

Revisão pela Gestão • Revisão em SGSST

Auditorias • Conceitos gerais em auditorias em SGSST

A norma OHSAS 18001:2007 - Alterações • Alterações introduzidas na versão de 2007 das OHSAS 18001

• Vantagens da nova Versão da norma

Page 7: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

7

1 INTRODUÇÃO

As OHSAS - Occupational Health Safety Assessment Series - são especificações para sistemas de gestão da segurança e saúde no trabalho, publicados pela BSI (British Standard Institution). Esta série é constituída por dois referenciais:

OHSAS 18001 - Occupational Health Safety Management Systems - Specification, referencial que pode ser sujeito a certificação, e

OHSAS 18002 - Occupational Health Safety Management Systems - Guidelines for the implementation of OHSAS 18001.

Estes referenciais não são publicados pela ISO (International Organization for Standardization), no entanto, participam no seu desenvolvimento uma série de entidades a nível mundial, como responsáveis nacionais pela publicação de normas, entidades certificadoras e outros especialistas, o que lhe confere reconhecimento internacional.

Qualquer empresa pode implementar o modelo preconizado nas OHSAS, sendo a sua estrutura, linguagem e requisitos similares aos referenciais ISO 9001 e ISO 14001, como por exemplo o modelo PDCA (Plan-Do-Check-Act). Por este facto, os Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho são facilmente integrados com outros Sistemas de Gestão, como da Qualidade ou do Ambiente.

A norma portuguesa para Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho é a NP 4397, que é uma adaptação da OHSAS 18001.

A implementação de um Sistemas de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST) de acordo com os requisitos da OHSAS 18001 (no caso de Portugal da norma NP 4397) permite que a empresa possa vir a ter o seu sistema reconhecido por uma entidade exterior à semelhança do que acontece com outros sistemas de gestão, como são exemplo a ISO 9001 ou a ISO 14001.

A decisão de certificar o sistema de gestão implementado é sempre da empresa, assim como, a escolha da entidade certificadora.

As vantagens da implementação de um sistema desta natureza são as seguintes:

melhores condições de trabalho;

Diminuição de riscos de acidentes e de doenças profissionais;

custos reduzidos (indemnizações, seguros, prejuízos de acidentes de trabalho, perda de dias de trabalho);

melhoria da imagem da empresa;

Vantagens face à concorrência;

compromisso de cumprimento da legislação;

motivação dos trabalhadores com a promoção de um ambiente de trabalho seguro e saudável.

O principal compromisso do gestão passa pelo cumprimento da legislação, sendo este um dos principais requisitos da especificação OHSAS 18001. A verificação do cumprimento da legislação em matéria de SST efectuasse através das auditorias de concessão da certificação.

A principal vantagem do SGSST é a sua abrangência, promove a implementação de um modelo pró-activo de gestão da segurança e saúde no trabalho e incentiva a empresa à melhoria contínua do seu sistema.

Page 8: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

8

2 SISTEMAS DE GESTÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE DO

TRABALHO (SGSST)

OBJECTIVOS E CONTEÚDOS DO CAPÍTULO Este capítulo pretende fazer uma breve introdução ao Sistema de Gestão de Segurança e Saúde do Trabalho (SGSST) e à sua importância na dinâmica de uma empresa, evidenciando as vantagens da sua implementação nas organizações.

CONCEITOS GERAIS A saúde, higiene e segurança no trabalho é uma disciplina que visa manter a integridade física e mental dos trabalhadores, prevenindo os acidentes de trabalho e as doenças profissionais.

De acordo com a Convenção 155 da OIT assinada pelo Governo Português, todos os trabalhadores têm direito à prestação de trabalho em condições de segurança, higiene e de protecção da saúde. Esta convenção deu origem à Directiva 89/391/CEE, que transposta para a legislação nacional deu origem à Lei Quadro (DL nº441/91) em matéria de higiene e segurança no trabalho, e qquuee cconstitui a referência estratégica para a política SHST e se aplica em todos os sectores da actividade (administração pública, empresas privadas, sector cooperativo, profissionais liberais, independentes e funcionários públicos).

O Decreto-Lei nº441/91, de 14 de Novembro, com alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº26/94, de 1 de Fevereiro e ainda pelo Decreto-Lei nº133/99, de 12 de Abril, estabelece o regime jurídico do enquadramento de segurança, higiene e saúde no trabalho. Estes diplomas legais definem os princípios gerais relativos à prevenção dos riscos profissionais e à protecção da segurança e da saúde, à eliminação dos factores de risco e de acidente, à informação, formação, consulta e participação dos colaboradores e seus representantes. Estes princípios gerais foram mais recentemente apoiados e reforçados com a publicação da Lei nº99/2003, de 27 de Agosto, que aprova o novo Código do Trabalho, regulamentado pela Lei nº35/2004, de 29 de Julho.

A Lei-quadro estabelece que os princípios gerais da prevenção dos riscos profissionais deve ser desenvolvida e assegurada através:

• da definição das condições técnicas a que devem obedecer a concepção, a fabricação, a importação, a venda, a cedência, a instalação, a organização, a utilização e as transformações dos componentes materiais do trabalho em função da natureza e graus de risco;

• da determinação das substâncias, agentes ou processos que deve ser proibidos ou sujeitos a controlo da autoridade competente, assim como a definição de limites para a exposição dos trabalhadores a agentes químicos físicos e biológicos;

Page 9: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

9

• da promoção e vigilância da saúde dos trabalhadores;

• da educação, formação e informação no sentido de promover a segurança higiene e saúde no trabalho;

• da eficácia de um sistema de fiscalização do cumprimento da legislação relativa a estas matérias.

De forma a assegurar o desenvolvimento e aplicação destes princípios gerais de prevenção, a Lei-quadro estabelece as obrigações da entidade patronal (artigo 8º, DL nº441/91), sendo estas as seguintes:

• proceder, na concepção das instalações, dos locais e processos de trabalho, à identificação dos riscos previsíveis, combatendo-os na origem, anulando-os ou limitando os seus efeitos, garantindo assim um nível tão eficaz quanto possível de protecção;

• assegurar que as exposições aos agentes químicos, físicos e biológicos nos locais de trabalho, não constituem risco para a saúde dos trabalhadores;

• planificar a prevenção na empresa de forma a ter em conta a componente técnica (protecção colectiva) e de organização do trabalho;

• proteger terceiros, que para além dos trabalhadores possam ser abrangidos pelos riscos e realização dos trabalhos, tanto nas instalações como no exterior da empresa;

• organizar o trabalho de forma a eliminar os efeitos nocivos do trabalho cadenciado sobre a saúde dos trabalhadores;

• assegurar, que os trabalhadores, em função dos riscos a que se encontram expostos no local de trabalho, procedam a uma vigilância adequada da sua saúde;

• realização de exames médicos de admissão, antes do início da prestação de trabalho ou, se a urgência da admissão o justificar, nos 15 dias seguintes;

• exames periódicos, anuais para menores e para colaboradores com mais de 50 anos e de dois em dois anos para os restantes;

• exames ocasionais, sempre que existam alterações substanciais nos componentes materiais de trabalho e que possam ter repercussão nociva para a saúde do trabalhador, ou depois de uma ausência superior a 30 dias por motivo de doença ou acidente.

• estabelecer as medidas que devem ser adoptadas em situações de emergência, tais como combate a incêndios , evacuação de trabalhadores, etc.;

• permitir o acesso a zonas de risco grave, apenas aos trabalhadores com formação adequada;

• instruir os trabalhadores, no sentido de cessar a sua actividade e afastar-se do local de trabalho, nos casos de perigo grave e eminente, que não pode ser evitado.

• promover a vigilância da saúde;

• afixação de sinalização de segurança nos locais de trabalho;

• análise dos acidentes de trabalho e das doenças profissionais;

• promover inspecções internas de segurança de modo a avaliar sobre o cumprimento das normas e procedimentos internos de segurança;

• manter registos da distribuição de equipamentos de protecção individual; lista de acidentes de trabalho; relatórios sobre a análise dos acidentes de trabalho.

• comunicar ao IGT - Inspecção-geral do Trabalho num prazo de 24 horas os acidentes graves ou mortais;

• preencher o Relatório Anual da Actividade dos Serviços de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho e enviá-lo ao ISHST - Instituto para a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho e à DGS – Direcção Geral de Saúde.

• promover a formação e informação dos colaboradores, no domínio da higiene e segurança no trabalho, de acordo com o domínio da sua função e do seu posto de trabalho.

Page 10: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

10

VANTAGENS DA IMPLEMENTAÇÃO DE UM SGSST

Dadas as preocupações emergentes por parte das organizações para as questões de SHST e devido às exigências da legislação acima referidas, os benefícios da adopção de um sistema de gestão de SHST têm implicações que podem não ser à partida mensuráveis, mas que vão muito para além da garantia do cumprimento legal, não só no que se refere às leis bases de SHST, mas a todas as outras de âmbito aplicável.

A adopção de um sistema de gestão de SHST visa a prevenção dos riscos profissionais e doenças profissionais (redução do absentismo), redução sustentada dos acidentes de trabalho e dos consequentes custos (prejuízos) materiais e humanos associados, vigilância da saúde dos trabalhadores, melhoria da motivação pessoal dos trabalhadores e do clima organizacional, melhoria das condições nos locais de trabalho, melhoria da imagem da empresa junto das partes interessadas (seguradoras através da diminuição de prémios, reconhecimento por parte das autoridades locais e governamentais, entre outras) e evidência do cumprimento legal.

É de referir que os benefícios expectáveis acima referidos, não são visíveis nem de retorno imediato, visto que as questões relativas a SHST referem-se à mudança de comportamentos e adopção de uma cultura de segurança, que num primeiro impacto pode causar a sensação de mais uma tarefa para cumprir.

É ainda de referir que os principais benefícios económicos imediatos revertem para os trabalhadores, com a consequente melhoria das suas condições de trabalho e de vigilância da saúde, no entanto, as empresas não se devem esquecer que trabalhadores satisfeitos produzem e têm maiores níveis de produção do que trabalhadores insatisfeitos. A adopção de práticas seguras e protecção das instalações para situações de emergência podem conduzir à redução de prémios de seguros evitando-se as coimas por incumprimento legal, bem, como os custos directos e indirectos associados aos acidentes de trabalho e doenças profissionais.

Os investimentos associados à implementação de um sistema de gestão, face aos custos que este pode evitar e prevenir são mínimos, pois resumem-se a:

– afectação de um técnico de SHST

– disponibilização de meios materiais (sala, computador, softwares, entre outros)

– tempo disponibilizados pelos responsáveis de departamentos e gestão de topo na colaboração do desenvolvimento e implementação do sistema;

– tempo dos colaboradores investido em formação.

A adopção de um sistema de gestão de SHST pressupõe:

– a fixação de objectivos;

– o planeamento das acções necessárias para os atingir;

– a avaliação da eficácia da execução do planeado.

Estes 3 passos são fundamentais para que uma organização saiba e monitorize o seu desempenho em SHST.

Deste investimento resultará sempre uma diminuição do absentismo, uma utilização de melhores práticas, uma maior salvaguarda da vida humana, um maior empenhamento de todos os trabalhadores em torno de uma causa que lhes é inquestionavelmente dirigida e, por último, uma imagem para o exterior da organização reforçada num aspecto que sempre se referiu como sendo o seu capital mais valiosa: as pessoas.

Page 11: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

11

REFERÊNCIAS NORMATIVAS

O referencial normativo OHSAS 18001 (Occupational Health and Safety Assessment Series) foi desenvolvido para responder à necessidade sentida pelas organizações da existência de uma norma que as auxiliasse a certificar os seus Sistemas de Gestão Segurança e Saúde no Trabalho. Este normativo teve por base um conjunto de directrizes emanadas por vários organismos internacionais:

• Associación Española de Normalización y Certificación

• British Standards Institution;

• Bureau Veritas Quality Internacional

• Lloyds Register Quality Assurance

• SGS Yarsley Internacional Certification Services

A primeira versão da norma OHSAS 18001 foi publicada em 1999. No início de 2006 o grupo de trabalho das OHSAS iniciou o processo de revisão deste documento. Em Julho de 2007 foi publicada a OHSAS 18001:2007 encontrando-se a sua implementação nas empresas em fase de transição. No entanto, o normativo nacional para o Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho – a NP 4397:2001, (que é uma adaptação da OHSAS 18001:1999) ainda se encontra em vigor, pois a sua revisão não se encontra finalizada, prevendo-se a sua conclusão no final de 2008.

A aplicação desta norma (OHSAS 18001), revela-se fundamental na implementação de medidas que permitam atingir os níveis de eficiência operacional desejados em termos de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho.

As organizações devem implementar um sistema de gestão SST, mesmo sem intenção de se certificarem, pois o sistema permite-lhes com maior facilidade identificar os perigos e controlar os riscos melhorando assim o seu desempenho.

Tendo em conta a fase de transição da norma OHSAS 18001 e o estado de revisão em que se encontra a NP 4397:2001, os capítulos seguintes foram desenvolvidos tendo por base as OHSAS 18001:1999/NP 4397:2001. No último capítulo serão desenvolvidas as alterações introduzidas na Norma OHSAS 18001:2007.

Page 12: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

12

EXERCÍCIOS EXERCICIO 1 Diga as principais vantagens da implementação de um SGSST.

RESOLUÇÕES EXERCICIO 1 A adopção de um sistema de gestão de SHST visa a prevenção dos riscos profissionais e doenças profissionais (redução do absentismo), redução sustentada dos acidentes de trabalho e dos consequentes custos (prejuízos) materiais e humanos associados, vigilância da saúde dos trabalhadores, melhoria da motivação pessoal dos trabalhadores e do clima organizacional, melhoria das condições nos locais de trabalho, melhoria da imagem da empresa junto das partes interessadas (seguradoras através da diminuição de prémios, reconhecimento por parte das autoridades locais e governamentais, entre outras) e evidência do cumprimento legal.

BIBLIOGRAFIA ACONSELHADA

PINTO, ABEL, Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho, 1º Edição, Edições Sílabo, Lda.

OHSAS 18001:1999 – Relativo à actividade de prevenção e segurança

OHSAS 18002:2000 – Norma reguladora da Norma OHSAS 18001

LINKS DE INTERESSE

http://www.naturlink.pt/canais/Artigo.asp?iArtigo=12592&iLingua=1

www.ishst.pt/

Page 13: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

13

3 Requisitos Gerais de um

SGSST Geral

OBJECTIVOS E CONTEÚDOS DO CAPÍTULO

É de referir que as organizações devem implementar sistemas de gestão como uma ferramenta de identificação e controlo dos riscos ocupacionais, de forma a promover e melhorar o seu desempenho, mesmo que não tenham o objectivo de o certificarem.

A organização deve estabelecer e manter um SGSST, cujos requisitos estão descritos abaixo com a referência secção 4, tal como na norma.

O referencial normativo OHSAS 18001 apresenta um determinado número de requisitos, sendo estes:

Requisitos Gerais (4.1)

Política da SST (4.2)

Planeamento (4.3)

Planeamento para Identificação do perigo, avaliação e controlo do risco (4.3.1)

Requisitos Legais e outros requisitos (4.3.2)

Objectivos (4.3.3)

Programa de gestão da SST (4.3.4)

Implementação e Funcionamento (4.4)

Estrutura e responsabilidade (4.4.1)

Formação, sensibilização e competência (4.4.2)

Consulta e comunicação (4.4.3)

Documentação (4.4.4)

Controlo dos documentos e dos dados (4.4.5)

Controlo operacional (4.4.6)

Prevenção e capacidade de resposta a emergências (4.4.7)

Verificação e Acções Correctivas (4.5)

Monitorização e medição do desempenho (4.5.1)

Acidentes, não conformidade e acções correctivas e preventivas (4.5.2)

Registo e gestão de registos (4.5.3)

Auditorias (4.5.4)

Page 14: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

14

Revisão pela Gestão (4.6)

O modelo do sistema de gestão baseia-se no Ciclo Deming (Planear, Executar, Verificar e Agir), pois as acções planeadas devem ser implementadas, verificadas e corrigidas. Na parte final do ciclo a Direcção da organização deve rever o sistema de forma a manter a sua melhor eficácia.

Ciclo de Deming

Figura [1] – Ciclo de Deming

Os requisitos estabelecidos nas normas são no fundo e de acordo com a definição as condições exigidas que um sistema de gestão tem de respeitar e cumprir de modo a que o objectivo de prevenção de acidentes de trabalho e doenças profissionais seja cumprido.

É através do cumprimento destes requisitos que o sistema de gestão será eventualmente certificado.

Este manual tem como objectivo proporcionar uma caminhada pela interpretação de cada um dos requisitos e demonstrar a sua aplicação às organizações.

Os requisitos ressalvam a importância do estabelecimento de procedimentos, cujo formato deve obedecer a uma regra, que podemos designar por Procedimento Mestre, e que a titulo exemplificativo mostramos abaixo como deve ser estruturado:

0 – Introdução

1 - Objectivo

2 - Âmbito de aplicação

3 - Siglas, abreviaturas e definições

4 - Documentos de referência

5 - Responsabilidades

6 - Modo de actuação

7 – Anexos

Qualquer um destes capítulos que eventualmente não seja necessário introduzir deve sempre titulado e na descrição referir, Não Aplicável.

Nas páginas em branco deve colocar-se a meio, a seguinte frase: Página intencionalmente deixada em branco.

Page 15: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

15

REQUISITOS GERAIS

Requisitos Gerais (4.1) 0 – INTRODUÇÃO

Não aplicável

1 – OBJECTIVO

O objectivo deste procedimento é indicar e descrever os procedimentos que constituem o SGSST que no seu conjunto e devidamente estruturados constituem uma ferramenta para gestão global da organização permitindo uma melhoria contínua nos indicadores de desempenho em SST.

2 – ÂMBITO DE APLICAÇÃO

O SGSST está integrado nas actividades gerais de gestão da organização que incluem responsabilização, planeamento e controlo das diferentes acções inerentes à actividade da organização.

3 – SIGLAS, ABREVIATURAS E DEFINIÇÕES

3.1 – Siglas e abreviaturas

SGSST – Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho

SST – Segurança e Saúde no Trabalho

3.2 – Definições

SGSST - Subconjunto do processo de gestão da organização que gere os riscos ocupacionais da sua actividade. O Sistema inclui a estrutura organizativa, o planeamento das actividades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, objectivar, rever e manter a Politica de Segurança e Saúde no Trabalho da organização. No fundo, é um sub-sistema, da gestão global da organização, que possibilita a gestão dos riscos ocupacionais relacionados com a actividade da organização.

SST – Condições e factores que afectam o bem-estar de funcionários, trabalhadores temporários, pessoal contratado, visitantes e qualquer outra pessoa no local de trabalho.

Organização – Companhia, corporação, firma, empresa, instituição ou associação, ou parte dela, incorporada ou não, pública ou privada, que tem funções e estrutura administrativa próprias.

NOTA: Para organizações com mais de uma unidade de negócio, uma única unidade pode ser definida como uma organização.

Melhoria contínua - Processo de aprimoramento do Sistema de Gestão da SST, visando atingir melhorias no desempenho global da Segurança e Saúde Ocupacional, de acordo com a política de SST da organização.

NOTA: Não é necessário que o processo seja aplicado simultaneamente a todas as áreas de actividade.

Indicadores de desempenho - Resultados mensuráveis do Sistema de Gestão da SST, relacionados ao controlo da organização sobre seus riscos à segurança e saúde, com base em sua política e objectivos de SST.

NOTA: Medição do desempenho inclui a medição de actividades e resultados da gestão de SST.

4 – REFERÊNCIAS

XX.YY.001 (Procedimento Mestre) – Procedimento escrito segundo modelo definido pela Organização e cuja estrutura é seguida por todos os procedimentos.

OHSAS 18001:1999 – Relativo à actividade de prevenção e segurança

OHSAS 18002:2000 – Norma reguladora da Norma OHSAS 18001

Page 16: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

16

POLÍTICA DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO

Política de SST (4.2) O objectivo deste capítulo é definir a Política de Segurança da organização e estabelecer os princípios da sua difusão interna e externa.

Os princípios definidos no procedimento sobre Política de Segurança e Saúde no Trabalho, devem aplicar-se a todas as pessoas, instalações e processos da Organização bem como a todos os trabalhadores de entidades externas a prestar serviço nas instalações da empresa.

Torna-se necessário sedimentar uma cultura positiva de segurança e um ambiente de trabalho, que promova o envolvimento de todos os colaboradores nos compromissos assumidos nestas áreas, de tal forma que os desvios que ocorram, relativamente aos padrões de referência, previamente estabelecidos, sejam inaceitáveis para todos.

Deve, por isso, existir uma política de Segurança e Saúde Ocupacional, definida e aprovada pela alta administração da organização, que estabeleça claramente os objectivos globais de segurança e saúde e o comprometimento para melhorar o desempenho do SGSST.

A alta administração, é responsável pela definição da Política de Segurança da organização, bem como pela sua difusão interne e externa e garantia de cumprimento.

A política deve:

a) Ser apropriada à natureza e à escala dos riscos para a SST da organização;

b) Incluir um compromisso de melhoria contínua;

c) Incluir um compromisso para, no mínimo, cumprir a legislação aplicável sobre SST e outros requisitos que a organização subscreva;

d) Ser documentada, implementada e actualizada;

e) Ser comunicada a todos os trabalhadores com a intenção de que estes fiquem conscientes das suas obrigações individuais em matéria de SST;

f) Estar disponível para as partes interessadas; e

g) Ser periodicamente revista para garantir que continua a ser relevante e adequada para a organização.

Page 17: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

17

EXERCÍCIOS EXERCICIO 1 Diga que cuidados deve ter ao elaborar a Politica de SST.

RESOLUÇÕES EXERCICIO 1 A política deve:

a) Ser apropriada à natureza e à escala dos riscos para a SST da organização;

b) Incluir um compromisso de melhoria contínua;

c) Incluir um compromisso para, no mínimo, cumprir a legislação aplicável sobre SST e outros requisitos que a organização subscreva;

d) Ser documentada, implementada e actualizada;

e) Ser comunicada a todos os trabalhadores com a intenção de que estes fiquem conscientes das suas obrigações individuais em matéria de SST;

f) Estar disponível para as partes interessadas; e

g) Ser periodicamente revista para garantir que continua a ser relevante e adequada para a organização.

BIBLIOGRAFIA ACONSELHADA

PINTO, ABEL, Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho, 1º Edição, Edições Sílabo, Lda.

OHSAS 18001:1999 – Relativo à actividade de prevenção e segurança

OHSAS 18002:2000 – Norma reguladora da Norma OHSAS 18001

LINKS DE INTERESSE

http://www.naturlink.pt/canais/Artigo.asp?iArtigo=12592&iLingua=1

www.ishst.pt/

Page 18: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

18

4 PLANEAMENTO

OBJECTIVOS E CONTEÚDOS DO CAPÍTULO

Este capítulo tem como objectivo definir os quatro requisitos fundamentais, a saber:

Planeamento para a identificação dos perigos, avaliação e controlo dos riscos.

Requisitos legais

Objectivos

Programas de gestão do sistema

IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS E AVALIAÇÃO DE RISCOS Planeamento para a identificação de perigo, avaliação e controlo do risco

(4.3.1)

A Organização deve estabelecer e manter procedimentos para a identificação sistemática dos perigos, avaliação dos riscos e a implementação das necessárias medidas de controlo. Estas devem incluir:

– Actividades de rotina e fora da rotina;

– Actividades de todo o pessoal que tenha acesso ao local de trabalho (incluindo fornecedores e visitantes);

– Instalações no local de trabalho, quer sejam fornecidas pela organização ou terceiros.

A organização deve assegurar-se que os resultados destas avaliações e os efeitos destes controlos são considerados quando estabelecer objectivos de SST. A organização deve documentar e manter esta informação actualizada.

A metodologia da organização para a identificação dos perigos e avaliação dos riscos deve:

– Ser definida com respeito ao seu âmbito, natureza e calendarização de modo a garantir que seja pró-activa e não apenas reactiva;

– Permitir a classificação dos riscos e a identificação dos que devem ser eliminados ou controlados por medidas como as definidas em 4.3.3 e em 4.3.4;

– Ser consistente com a experiência operativa e com as potencialidades das medidas utilizadas para o controlo do risco;

– Fornecer entradas para a determinação de requisitos das instalações, para a identificação das necessidades de formação e/ou para o desenvolvimento de controlos operacionais;

Page 19: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

19

0 – INTRODUÇÃO

Qualquer Organização deve possuir um conhecimento tão completo quanto possível dos perigos inerentes às suas actividades, de modo a poder eliminar ou reduzir, até limites toleráveis, os riscos que lhe estão associados.

A identificação dos perigos, a avaliação e o controlo de riscos são as bases onde se deve apoiar todo o Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho.

1 – OBJECTIVO

O objectivo deste procedimento é estabelecer os princípios e a metodologia para a realização das três tarefas implícitas na análise de risco:

1 – Identificação dos Perigos

2 – Avaliação dos Riscos

3 – Controlo dos Riscos

O resultado da aplicação deste procedimento será a elaboração de um Plano de Controlo de Risco.

2 – ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Os preceitos estabelecidos neste procedimento aplicam-se a todas as actividades, equipamentos e processos existentes na organização.

3 – SIGLAS, ABREVIATURAS E DEFINIÇÕES

3.1 – Siglas e Abreviaturas

XPTO – Designação da organização

EPI – Equipamento de Protecção Individual

OHSAS 18001:1999 – Relativo à actividade de prevenção e segurança

3.2 - Definições

Risco - Combinação entre a probabilidade de ocorrência de um acidente e o grau de gravidade associado a esse mesmo acidente.

Identificação de perigos – Processo que permite reconhecer a existência dos perigos e definir as suas características.

Avaliação de risco – Processo de estimativa da amplitude do risco, relacionado com determinado evento, e a determinação da sua tolerabilidade.

Controlo de risco – Processo ou conjunto de processos que permite manter os riscos existentes dentro da zona tolerável.

Plano de controlo de risco – Conjunto de acções a desenvolver que garantam os riscos existentes na zona tolerável (cartas de risco, programas de acções correctivas).

Análise de risco – É o conjunto de procedimentos que envolvem a identificação de perigos, a avaliação de risco e o controlo de risco.

Actividade - Conjunto de acções ou operações a desenvolver, com esforço físico ou mental, para se obter um objectivo bem delimitado.

Função - Conjunto bem definido de actividades que pode ser atribuído a um só trabalhador ou, de modo semelhante a vários.

Equipamento de Protecção Individual – É todo o equipamento, bem como qualquer complemento ou acessório, destinado a ser utilizado pelo trabalhador para se proteger dos riscos, para a sua segurança e sua saúde.

Parte interessada - Indivíduo ou grupo preocupado com, ou afectado pelo, desempenho da SST de uma organização.

Page 20: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

20

4 – REFERÊNCIAS

Os documentos que serviram de suporte para a elaboração do presente procedimento foram os seguintes:

OHSAS 18.001 – Norma relativa à Área de Prevenção e Segurança

OHSAS 18.002 – Norma Regulamentadora da Norma OHSAS 18001.

BS 8.800 – Norma relativa à análise de risco.

Decreto-Lei nº 144/91 de, de 14 de Novembro

Decreto-Lei nº 273/2003, de 29 de Outubro

5 – RESPONSABILIDADES

5.1 – Administração

Aprova a análise de risco e o Plano de Controlo de Risco, criando condições para a sua realização.

5.2 – Coordenador do SGSST

Efectua a avaliação de risco da instalação, com a colaboração das hierarquias, ouvindo as partes interessadas.

Elabora e propõe à Direcção o Plano de Controlo de Risco que resultou da avaliação efectuada.

Estabelece o controlo das medidas a implementar e efectua o seu acompanhamento.

5.3 – Hierarquias

Colaboram, com o Coordenador do SGSST, no processo de avaliação de risco.

Promovem a implementação das medidas preconizadas e aprovadas no Plano de Controlo de Risco.

5.4 – Restantes Trabalhadores

De acordo com a Política de Segurança aprovada pela Organização, os trabalhadores têm a obrigação de contribuir não só para o processo de avaliação de risco, mas também para todo o processo de Controlo do Risco.

Devido ao facto de os agentes executantes estarem, na maior parte dos casos, mais perto das situações de perigo, é extremamente importante o seu alerta imediato, como contributo para uma eficiente tomada de medidas, que minimize os riscos de uma actividade ou processo.

6 – MODO DE ACTUAÇÃO

6.1 – Metodologia para abordar a análise de risco.

A análise de risco da instalação assentará no estudo de todas as envolventes ao desenvolvimento de cada uma das actividades. O primeiro passo é efectuar o levantamento de todas as funções existentes e para cada uma delas detalhar o conjunto das suas actividades. Cada actividade será abordada de uma forma sistemática, utilizando um conjunto de passos bem definidos cujo fluxograma se mostra na figura em baixo.

Figura [2] - Metodologia para abordar a análise de risco.

Page 21: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

21

A implementação de um processo deste tipo que é a base de todo o SGSST e implica a observância de um conjunto de requisitos dos quais salientamos os seguintes:

• Nomeação de um responsável que promova e faça a gestão operacional deste conjunto de actividades.

• Consulta de todas as partes interessadas, garantindo o seu envolvimento no processo.

• Dotar os elementos que efectuam a análise de risco com as competências necessárias para o desenvolvimento da actividade

• Definir previamente o detalhe e o rigor pretendido.

• Documentar, através de procedimentos operacionais, todos os requisitos necessários.

• Comprometimento global de todos os elementos da organização.

6.2 - Realização Todo este procedimento inicia-se com a classificação das actividades desenvolvidas por cada uma das funções e para tal deverão ser considerados múltiplos aspectos dos quais destacamos:

Localização no processo produtivo

Actividade planeada ou imprevisível

Designação da actividade

Duração e frequência

Quem realiza a actividade

Quem é afectado pela actividade

Qual o treino recebido pelos executantes da actividade

Quais os procedimentos ou instruções existentes

Máquinas e ferramentas utilizadas na actividade

Materiais utilizados

Medidas de controlo de risco

Caracterização do tamanho, peso, e tipo de superfície dos materiais utilizados

Serviços utilizados (p.e. , ar comprimido, gás, electricidade, etc.)

Caracterização física das substâncias utilizadas (p.e. vapor, poeiras, líquidos, sólidos) ou resultantes da actividade

Fichas de segurança das substâncias manipuladas

Medidas de controlo de risco existentes no local

Monitorização reactiva existente (análise de acidentes ou informação sobre produtos).

Podemos assim dar resposta às seguintes questões:

Qual o dano que pode ocorrer

Quando é previsível a ocorrência do dano

Qual o tipo de perigo:

Mecânico

Eléctrico

Radiológico

Substâncias perigosas

Fogo ou explosão

Queda

Agora, uma vez na posse deste conjunto de dados que correspondem à definição de risco potencial, deverá ser feita a avaliação de risco considerando as duas seguintes vertentes:

Estimativa da gravidade dos danos

Probabilidade de ocorrência dos danos

Para que se possa fazer uma avaliação é necessário estabelecer escalas de comparação. Nos assuntos que estamos a tratar não existem processos de quantificação exacta pelo que as análises efectuadas têm necessariamente uma carga subjectiva. É por esta razão que as pessoas que realizam esta actividade devem possuir as competências e os conhecimentos adequados.

Page 22: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

22

Face às observações anteriores, deve estabelecer-se, de forma concensual na análise de risco, a seguinte escala de valores para cada uma das vertentes consideradas.

Gravidade:

Danos ligeiros

Danos graves

Danos muito graves

Probabilidade:

Altamente improvável

Improvável

Provável

Do cruzamento destas duas escalas resulta o seguinte quadro, que classifica os diversos graus de risco resultante:

TABELA DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS

Danos Ligeiros

Danos Graves

Danos Muito Graves

Altamente improvável

Trivial

Tolerável

Moderado

Improvável Tolerável Moderado Elevado

Provável Moderado Elevado Intolerável

Figura [3] – Tabela de Classificação de riscos

Como podemos observar estamos perante cinco diferentes níveis de risco:

o Trivial

o Tolerável

o Moderado

o Elevado

o Intolerável

No quadro seguinte caracterizam-se as acções inerentes a cada um dos níveis de risco considerado.

Nível de Risco Acção a desenvolver e cronologia

Trivial É um risco para o qual não é necessária qualquer actuação

Tolerável Não são necessários controlos adicionais. Devem ser consideradas soluções com um melhor custo/benefício. Deve ser efectuado o acompanhamento de forma a garantir que os controlos existentes se mantêm

Moderado Devem ser implementadas medidas de redução do risco num período determinado. Devem ser feitos esforços para reduzir o risco, mas os custos de

prevenção devem ser medidos e limitados. Devem ser implementadas medidas de redução de risco num tempo bem determinado.

Elevado A actividade não deve ser iniciada até o risco ser reduzido. Podem ser necessários recursos elevados para a redução do risco. Quando o risco envolve processo em execução as acções a desenvolver devem ser tomadas com a máxima urgência.

Intolerável O trabalho não deve ser iniciado ou deverá ser interrompido até serem tomadas medidas de redução do risco.

Figura [4] – Acções versus níveis de risco considerado.

Page 23: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

23

6.3 – Implementação do controlo de risco

Após a avaliação dos riscos inerentes a todas as tarefas nas instalações da organização, deverá ser elaborado um programa com a indicação das acções correctivas que é necessário implementar. As acções correctivas devem ser escolhidas tendo em consideração, entre outros, os seguintes aspectos:

a) Promover completamente a eliminação dos riscos ou, caso não seja possível, combater os riscos o mais próximo da sua origem, reduzindo-os o mais possível;

b) Sempre que for possível, adaptar os processos de trabalho aos indivíduos que neles intervêm, tendo em atenção os aspectos ergonómicos e outros;

c) Aproveitar as inovações tecnológicas como factor redutor de risco;

d) As medidas de controlo devem ser aplicadas de modo a proteger toda a população em risco

e) Adoptar os EPI’s como última solução para o controlo de risco, depois de esgotadas todas as outras soluções de combate ao perigo na sua origem.

Da análise de risco resulta um Plano de Controlo de Risco

7 – ANEXOS

Não Aplicável

REQUISITOS LEGAIS

Requisitos Legais e outros requisitos (4.3.2) A organização deve estabelecer e manter um procedimento para identificar e ter acesso aos requisitos legais, e outros requisitos de SST que lhe sejam aplicáveis.

A organização deve manter actualizada esta informação. Deve comunicar a informação relevante sobre requisitos legais ou outros, aos seus trabalhadores e a outras partes interessadas relevantes.

0 – INTRODUÇÃO

Da análise da legislação e da regulamentação extraem-se os requisitos legais e regulamentares aplicáveis, os quais, se documentados e sistematizados por áreas temáticas, proporcionam um mais fácil acesso e entendimento das normas que, de uma forma directa ou indirecta, têm de ser tomadas em consideração, quer na elaboração de planos de actividades, quer na execução e controlo das tarefas de rotina.

1 – OBJECTIVO

O objectivo deste procedimento é satisfazer o requisito 4.3.2 da norma OHSAS 18.001:1999, na parte que respeita ao estabelecimento e manutenção de um “procedimento para identificar aos requisitos legais e outros requisitos que a organização subscreva, aplicáveis em matéria de SST”, bem como definir regras para manter actualizada a informação acedida e transmiti-la aos colaboradores da organização e outras partes interessadas.

2 – ÂMBITO DE APLICAÇÃO

As disposições do presente procedimento aplicam-se às actividades de identificação e caracterização dos requisitos legais e regulamentares e a outros sectores que a organização subscreva, e afectos à matéria de SHST.

3 – SIGLAS, ABREVIATURAS E DEFINIÇÕES

3.1 – Siglas e Abreviaturas

SST – Segurança e Saúde no Trabalho

DRH – Departamento de Recursos Humanos

Page 24: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

24

3.2 – Definições

Lei – em sentido lato, genérico, lei é “toda a disposição genérica provinda dos órgãos estaduais competentes”. Em sentido restrito, lei é a designação da forma que reveste o exercício do Poder Legislativo, emanado da Assembleia da República.

Decreto-Lei – Norma jurídica, de valor formal equivalente à Lei, que constitui a forma principal que reveste a função normativa do Poder Executivo (Governo).

Decreto Regulamentar – Disposição legal que visa a concretização das regras legais de valor formalmente superior (lei ou decreto-lei).

Despacho Normativo – Acto do Governo, de natureza regulamentar, expressamente autorizado por lei e de publicação obrigatória.

Portaria – Acto do Governo de natureza regulamentar.

Postura – Forma que reveste o poder normativo das Câmaras Municipais em matérias da sua competência

Requisito legal/regulamentar – disposição legal / regulamentar a que uma determinada entidade se encontra vinculada e que, em virtude da uma particular situação jurídica, condiciona nomeadamente a actividade que desenvolve ou a obrigatoriedade de determinados resultados.

Outros requisitos – Requisitos que embora não legais possam ser adoptados pela organização, tais como regulamentos, normas, regras técnicas, acordos estabelecidos voluntariamente, etc.

4 – REFERÊNCIAS

Os documentos que serviram de base à elaboração do presente procedimento foram os seguintes:

• Norma OHSAS 18.001:1999 – Especificações para sistemas de gestão da Prevenção e Segurança

• Norma OHSAS 18.002:2000 – Sistemas de gestão da Prevenção e Segurança – Linhas de orientação para implementação da norma OHSAS 18.001

• Diário da República

5 – RESPONSABILIDADES

5.1 – Gestor do Sistema

Gestor do Sistema – Os requisitos legais são identificados através da consulta informática do Diário da República e mantidos arquivados e actualizados em ficheiro, com suporte informático, com toda a legislação, aplicável.

Sempre que proceda a uma actualização procederá à divulgação do ficheiro revisto.

Identifica, compila e divulga pela Organização a nova legislação que venha a surgir.

Analisa e avalia as implicações que resultam dos requisitos legais identificados (preenchimento e divulgação de Fichas de Requisitos Legais). Ver anexo 7.

5.2 – Hierarquias

Promovem a aplicação e cumprimento dos diversos requisitos legais aplicáveis.

6 – MODO DE ACTUAÇÃO

Compete ao DRH, ou de acordo com o contrato estabelecido com empresa da especialidade, adquirir a legislação.

Compete ao gestor do SGSST analisar e avaliar da sua aplicabilidade à Organização. Identifica os impactes dos requisitos legais e divulga as recomendações necessárias ao seu cumprimento, através das Fichas de Requisitos Legais criadas para este efeito. A legislação aplicável ao SGSST tem como suporte um conjunto de documentos, elaborados em forma de listagem e em suporte informático, que deverá conter uma folha de onde serão registadas todas as revisões efectuadas (datas, documentos adicionados e documentos substituídos).

Para garantir as evidências dos registos do SGSST, a sua divulgação deverá ser formalizada através de Correio Electrónico (e-mail) via sistema de gestão documental da Organização.

A lista de Requisitos Legais sobre Prevenção e Segurança permite ao conjunto de utilizadores do SGSST conhecer, consultar e analisar a legislação aplicável a cada situação e introduzir nas suas actividades os procedimentos de segurança que a Lei contempla.

Page 25: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

25

7 – ANEXOS

Ficha de Requisitos Legais

Logo da

Organização

Ficha de Requisitos legais

Pág. Revisão

Documento:

Publicação: Data:

Assunto:

Aplicabilidade:

Figura [5] - Ficha de Requisitos Legais

OBJECTIVOS DO SGSST

Objectivos (4.3.3) A organização deve estabelecer e manter objectivos documentados sobre SST, em cada função e nível relevantes.

Nota: Os objectivos devem ser quantificados se praticável.

Ao estabelecer e ao rever os seus objectivos, a organização deve considerar os requisitos legais e outros, os seus perigos e riscos para SST, as suas opções tecnológicas, as suas exigências financeiras, operacionais e do negócio, e as visões das partes interessadas. Os objectivos devem ser consistentes com a política de SST, incluindo o compromisso com a melhoria contínua.

0 – INTRODUÇÃO

No âmbito do SGSST a Organização tem que estabelecer objectivos, documentados e calendarizados, para a SST, tendo em conta os diversos níveis de actividade.

Os objectivos a estabelecer devem ser quantificáveis, sempre que possível, e terem em consideração a política de Prevenção e Segurança da Organização bem como os requisitos legais, normativos e outros em vigor.

Os compromissos estabelecidos nos objectivos podem ser de realização a curto, médio ou longo prazo.

1 – OBJECTIVO

O objectivo deste procedimento é definir o processo para o estabelecimento dos Objectivos do SGSST da Organização.

2 – ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Os preceitos estabelecidos neste procedimento aplicam-se aos níveis funcionais do estabelecimento, para os quais são formulados, considerando os vários níveis de responsabilidade envolvidos.

Page 26: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

26

3 – SIGLAS, ABREVIATURAS E DEFINIÇÕES

3.1 – Siglas e Abreviaturas

Objectivo – Metas, em termos de desempenho da SST, que uma Organização estabelece para ela própria alcançar.

SGSST – Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho

3.2 - Definições

Partes interessadas – Indivíduos ou grupos de indivíduos com interesse ou abrangidos pelo desempenho da SST de uma Organização.

Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho - Subconjunto do processo de gestão da Organização que gere os riscos ocupacionais da sua actividade. O Sistema inclui a estrutura organizativa, o planeamento das actividades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, objectivar, rever e manter a Politica de Segurança e Saúde no Trabalho da Organização. No fundo, é um sub-sistema, da gestão global da organização, que possibilita a gestão dos riscos ocupacionais relacionados com a actividade da organização.

Auditoria - Exame sistemático para determinar se as actividades e resultados relacionados estão em conformidade com as providências planeadas, e se essas providências estão implementadas efectivamente e são adequadas para atender à política e aos objectivos da organização.

4 – REFERÊNCIAS

Os documentos que serviram de base à elaboração do presente procedimento foram os seguintes:

OHSAS 18001:1999 - Norma relativa à Área de Prevenção e Segurança

OHSAS 18002:2000 - Norma regulamentadora da OHSAS 18001

5 – RESPONSABILIDADES

5.1 – Administração Aprova os objectivos de Gestão do SGSST criando condições para a sua implementação

5.2 – Representante da Gestão Propõe à administração a aprovação dos objectivos do SGSST para cada ano.

5.3 – Coordenador do SGSST Elabora a proposta dos objectivos ouvindo as partes interessadas, de modo a envolver todos os níveis de responsabilidade nas decisões a tomar.

6 – MODO DE ACTUAÇÃO

Os Objectivos para a SST devem ser estabelecidos anualmente. Para o estabelecimento desses objectivos devem ser tidos em consideração os seguintes aspectos:

- Política de Segurança da empresa; - Resultados da análise de riscos; - Conclusões da última auditoria; - Requisitos legais e normativos; - Resultados da revisão do SGSST; - Avaliação do desempenho relativa a objectivos anteriormente estabelecidos; - Registo histórico de acidentes e incidentes; - Opinião das partes interessadas; - Planos de Actividades e Orçamento; - Novas opções tecnológicas;

Tendo em consideração os aspectos atrás enumerados, o Coordenador do SGSST da Organização deverá elaborar uma proposta com os objectivos e respectivo cronograma onde constem as diversas etapas para a sua realização durante o ano seguinte.

Uma vez aprovados os objectivos, deverá ser desenvolvido um processo de comunicação para que todas as partes interessadas tenham um conhecimento completo sobre as actividades que vão ser desenvolvidas, bem como as respectivas responsabilidades.

7 - ANEXOS

Não aplicável

Page 27: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

27

PROGRAMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO

Programa de gestão da SST (4.3.4) A organização deve estabelecer e manter (um) programa(s) de gestão da SST, para atingir os seus objectivos. Este deve incluir documentação sobre:

- a responsabilidade e a autoridade designadas para a realização dos objectivos em funções e em níveis relevantes da organização e;

- os meios e os prazos para conseguir atingir os objectivos.

O(s) programa(s) de gestão da SST deve(m) ser revisto(s) em intervalos regulares e planeados. Sempre que necessário o(s) programa(s) de gestão da SST deve(m) ser corrigido(s) para acomodar as alterações das actividades, produtos, serviços, ou condições de funcionamento da organização.

0 – INTRODUÇÃO

Para a existência de um Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho a Organização tem que estabelecer e manter um Programa de Gestão do Sistema que permita a implementação dos objectivos aprovados no âmbito da prevenção e segurança ocupacionais.

O número e descrição das actividades a desenvolver; O Programa de Gestão deverá incluir os seguintes elementos:

- Os responsáveis pela concretização dos objectivos em cada um dos níveis de responsabilidade envolvidos;

As datas de início e fim previstas para a realização de cada actividade;

- Quais os recursos a utilizar;

- Cronograma de realização.

1 – OBJECTIVO

O objectivo deste procedimento é definir o processo para elaboração, realização, manutenção e realização do Programa de Gestão do SGSST na Organização.

2 – ÂMBITO DE APLICAÇÃO

A metodologia proposta neste procedimento aplica-se aos níveis funcionais da Organização envolvidos na planificação e realização das actividades inerentes à concretização dos Objectivos do SGSST.

3 – SIGLAS, ABREVIATURAS E DEFINIÇÕES

3.1 – Siglas e Abreviaturas

SGSST – Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho

SST – Segurança e Saúde no Trabalho

Organização - Companhia, corporação, firma, empresa, instituição ou associação, ou parte dela, incorporada ou não, pública ou privada, que tem funções e estrutura administrativa próprias.

NOTA: Para organizações com mais de uma unidade de negócio, uma única unidade pode ser definida como uma organização.

3.2 - Definições

Partes interessadas – Indivíduos ou grupos de indivíduos com interesse ou abrangidos pelo desempenho da SST de uma Organização.

Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho - Subconjunto do processo de gestão da Organização que gere os riscos ocupacionais da sua actividade. O Sistema inclui a estrutura organizativa, o planeamento das actividades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, objectivar, rever e manter a Politica de Segurança e Saúde no Trabalho da Organização. No fundo, é um sub-sistema, da gestão global da organização, que possibilita a gestão dos riscos ocupacionais relacionados com a actividade da organização.

Page 28: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

28

4 – REFERÊNCIAS

Os documentos que serviram de base à elaboração do presente procedimento foram os seguintes:

OHSAS 18001:1999 - Norma relativa à Área de Prevenção e Segurança

OHSAS 18002:2000 - Norma regulamentadora da OHSAS 18001

5 – RESPONSABILIDADES

5.1 – Representante da Gestão

Aprova o Programa de Gestão do SGSST.

Nomeia os responsáveis pelas diversas tarefas constantes do Programa.

Disponibiliza os recursos necessários ao cumprimento do Programa.

Promove as condições para a divulgação do Programa.

Promove o acompanhamento do Programa.

5.2 – Coordenador do SGSST

Elabora e propõe para aprovação o Programa de Gestão do SGSST em função dos Objectivos aprovados.

Procede à divulgação do Programa a todas as partes interessadas, após a sua aprovação.

Efectua o acompanhamento da implementação das diversas tarefas, em conjunto com os responsáveis nomeados para cada uma dessas tarefas.

Procede ao registo histórico das actividades desenvolvidas.

5.3 – Responsáveis pelas diversas actividades

Os responsáveis por cada uma das actividades incluídas no Programa de Gestão aprovado:

- criam condições para a realização das diversas tarefas;

- definem indicadores para o acompanhamento das diversas fases de implementação;

- efectuam o acompanhamento do processo.

6 – MODO DE ACTUAÇÃO

Uma vez aprovados os Objectivos para a SST, o Coordenador do SGSST deve elaborar uma proposta de Programa de Gestão onde constem os seguintes aspectos:

- actividades a desenvolver para a concretização de cada um dos objectivos;

- indicação dos responsáveis para cada uma das actividades a desenvolver;

- indicação do cronograma para todas as actividades;

- indicação dos meios necessários para a concretização das actividades.

Após a aprovação do Programa de Gestão do SGSST, o Coordenador do Sistema deverá promover, juntamente com os responsáveis nomeados para cada uma das actividades, a definição dos indicadores necessários ao correcto acompanhamento dos trabalhos.

O coordenador do SGSST da Organização deve efectuar o acompanhamento do programa estabelecido, efectuando a sua revisão pelo menos trimestralmente, ou sempre que for necessário. Se for necessário proceder a alterações do programa, por razões operacionais, logísticas, tecnológicas ou outras, o Coordenador deverá submeter essas alterações ao Director da Organização e, uma vez aprovadas, deverá desenvolver o processo normal de implementação. Todas as actividades desenvolvidas devem ser convenientemente registadas de forma a garantir não só a prova documental das melhorias introduzidas como também a informação necessária para análises posteriores.

No anexo 7, indica-se o mapa tipo para o estabelecimento do Programa de Gestão.

Page 29: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

29

7 - ANEXOS

SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

PROGRAMA DE GESTÃO Objectivo:………………………………………………………………..…….Ano:………

Actividade

Datas

Responsável

Recursos

Humanos

Recursos

Económicos

Nº Descrição Início Fim

Figura[6] – Programa de Gestão

Page 30: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

30

EXERCÍCIOS EXERCICIO 1 Indique as principais funções do coordenador de SGSST

RESOLUÇÕES EXERCICIO 1 Coordenador do SGSST

Elabora e propõe para aprovação o Programa de Gestão do SGSST em função dos Objectivos aprovados.

Procede à divulgação do Programa a todas as partes interessadas, após a sua aprovação.

Efectua o acompanhamento da implementação das diversas tarefas, em conjunto com os responsáveis nomeados para cada uma dessas tarefas.

Procede ao registo histórico das actividades desenvolvidas.

BIBLIOGRAFIA ACONSELHADA

PINTO, ABEL, Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho, 1º Edição, Edições Sílabo, Lda.

OHSAS 18001:1999 – Relativo à actividade de prevenção e segurança

OHSAS 18002:2000 – Norma reguladora da Norma OHSAS 18001

LINKS DE INTERESSE

http://www.naturlink.pt/canais/Artigo.asp?iArtigo=12592&iLingua=1

www.ishst.pt/

Page 31: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

31

5 IMPLEMENTAÇÃO

OBJECTIVOS E CONTEÚDOS DO CAPÍTULO Este capítulo pretende apresentar um pequeno resumo relativo aos requisitos da Norma OHSAS 18001e os principais aspectos de cada um na sua implementação.

Requisitos são as condições a cumprir para determinado objectivo, neste caso, a implementação da Norma OHSAS 18001, que serão avaliados durante a auditoria.

ESTRUTURA E RESPONSABILIDADE

Estrutura e responsabilidade (4.4.1) As funções, as responsabilidades e autoridades do pessoal que gere, executa e verifica as actividades que têm efeito sobre os riscos para a SST nas actividades, instalações e processos da Organização, devem ser definidas, documentadas e comunicadas de modo a facilitar a gestão da SST.

A responsabilidade final da SST reside na gestão de topo. A Organização deve nomear um membro da gestão de topo (por exemplo, numa grande Organização, um membro do Conselho de Administração ou membro da Direcção Executiva) com particular responsabilidade para assegurar que o sistema de gestão de SST seja correctamente implementado e cumpra os requisitos em todos os locais e esferas de acção no interior da Organização.

A gestão da Organização deve providenciar os recursos necessários para a implementação, controlo e melhoria do sistema de gestão da SST.

Nota: Os «recursos» incluem os recursos humanos e os peritos especializados, e os recursos tecnológicos e financeiros.

O representante da gestão da Organização deve ter funções, responsabilidade e autoridade bem definidas para:

a) Assegurar que os requisitos do sistema de gestão da SST são definidos, implementados e mantidos em conformidade com a presente especificação OHSAS;

b) Assegurar que os relatórios acerca do desempenho do sistema de gestão da SST são apresentados à gestão de topo para a revisão e como base para a melhoria do sistema de gestão da SST.

As responsabilidades devem ser muito bem definidas e todos os elementos com responsabilidade de gestão devem demonstrar o seu compromisso para com a melhoria contínua do desempenho da SST.

0 – INTRODUÇÃO

As funções, responsabilidades e competências dos trabalhadores que gerem, implementam e avaliam as actividades relacionadas com a prevenção, segurança e saúde ocupacionais devem estar perfeitamente definidas, atribuídas e documentadas para que não existam equívocos nas diversas incumbências de cada um.

As atribuições acima referidas devem ser objecto de conhecimento de todos os trabalhadores da empresa.

Todos os elementos com responsabilidade no SGSST devem assumir o seu comprometimento com a melhoria contínua do sistema.

Page 32: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

32

1 – OBJECTIVO

O objectivo deste procedimento é definir as atribuições, responsabilidades e competências de todos os elementos com responsabilidade na gestão, implementação e verificação do Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho.

2 – ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Os requisitos definidos neste procedimento aplicam-se a todos os elementos da Organização e aos responsáveis das entidades exteriores a prestar serviço nas instalações da Organização.

3 – SIGLAS, ABREVIATURAS E DEFINIÇÕES

3.1 – Siglas e Abreviaturas

SGSST – Sistema de Gestão da Prevenção e Segurança.

SHST – Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho.

3.2 - Definições

Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho - Subconjunto do processo de gestão da Organização que gere os riscos ocupacionais da sua actividade. O Sistema inclui a estrutura organizativa, o planeamento das actividades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, objectivar, rever e manter a Politica de Segurança e Saúde no Trabalho da Organização. No fundo é um sub-sistema, da gestão global da organização, que possibilita a gestão dos riscos ocupacionais relacionados com a actividade da organização.

4 – REFERÊNCIAS

Os documentos que serviram de base à elaboração do presente procedimento foram os seguintes:

OHSAS 18001:1999 - Norma relativa à Área de Prevenção e Segurança

OHSAS 18002:2000 - Norma regulamentadora da OHSAS 18001

5 – RESPONSABILIDADES

As responsabilidades, relativas à SST são uma obrigação de todos os trabalhadores da Organização.

No capítulo 6 deste procedimento indicam-se, duma forma genérica e apenas a título exemplificativo – uma vez que as atribuições das responsabilidades dependem da estrutura organizativa -, as obrigações para os diferentes níveis de responsabilidade na empresa, agrupados do seguinte modo:

Administração

Representante da Gestão

DRH

Coordenador do SGSST

Hierarquias

Técnico SHST

Coordenador da Auditoria Interna

Equipa da Auditoria Interna

Restantes Trabalhadores

Considerando que a obtenção de elevados níveis de segurança estão directamente relacionados com aspectos comportamentais, é fundamental o empenhamento de todos os trabalhadores da Organização, e trabalhadores do exterior a prestar serviço nas instalações da Organização, para se atingirem os objectivo aprovados pela Administração.

O empenhamento referido deve ter especial ênfase quando o trabalhador tem funções hierárquicas, pois as suas responsabilidades são acrescidas na gestão e organização dos processos de trabalho.

6 – MODO DE ACTUAÇÃO

Tendo em consideração a estrutura organizativa da Organização indica-se neste capítulo, a título meramente exemplificativo, quais as responsabilidades inerentes a cada um dos níveis referidas no capítulo anterior, indicando à frente de cada responsabilidade o Procedimento correspondente.

Page 33: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

33

6.1 – Administração Aprovar a Análise de Risco e o Plano de Controlo de Risco.

Aprovar e implementar a Política de Segurança. (Requisitos Gerais).

Aprovar os Objectivos de Gestão do SHSST, criando condições para a sua implementação (Objectivos).

Definir a Política de Segurança da Organização, difundir e garantir o seu cumprimento. (Política de Segurança).

Aprovar o Plano de Formação para o ano seguinte. (Formação, Sensibilização e Competências).

6.2 – Representante da Gestão

Aprovação do Manual do SGSST

Aprovar os objectivos de Gestão do SGSST criando condições para a sua implementação. (Objectivos do SGSST).

Ratificar as Acções de Formação propostas e criar condições para o cumprimento do Plano de Formação (Formação, Sensibilização e Competências).

Propor a aprovação dos objectivos do SGSST para cada ano à Administração. (Objectivos do SGSST).

Aprovar a análise de risco e o Plano de Controlo de Risco da Organização. (Análise de Riscos).

Aprovar o Programa de Gestão do SGSST. (Programa de Gestão do SGSST).

Disponibilizar os recursos necessários ao cumprimento do Programa e promover o seu acompanhamento (Programa de Gestão do SGSST).

Gerir a Prevenção e Segurança de acordo com os procedimentos aprovados. (Requisitos Gerais).

Criar condições para a realização do Plano de Controlo de Risco da Organização (Análise de Riscos).

Promover o acompanhamento do Programa. (Programa de Gestão do SGSST).

Submete à Administração a proposta de Acções de Formação para o ano seguinte. (Formação Sensibilização e Competências).

Aprovar o programa de comunicação e divulgação, promover a sua concretização, dando ênfase ao diálogo com as partes interessadas. (Comunicação e Divulgação).

Aprovar o manual de Procedimentos Operacionais (Documentação do SGSST).

Garantir que a documentação produzida, juntamente com a que já existe no SGSST, é a necessária e suficiente para uma correcta descrição e funcionamento do SGPS. (Documentação do SGSST).

Definir qual o suporte a utilizar para a documentação necessária e garantir os meios necessários para o efeito. (Documentação do SGSST).

Criar condições para a aplicação dos preceitos estabelecidos no procedimento para controlo de dados e documentos. (Controlo de Dados e Documentos).

Nomear o Coordenador do SGSST. (Controlo de Dados e Documentos).

Aprovar as medidas de controlo propostas, criar condições para a sua aplicação de uma forma sustentada e garantir o cumprimento do plano estabelecido. (Controlo Operacional do SGSST).

Aprovar o PEI (Plano de Emergência Interno) da Organização competindo-lhe submeter o Plano à homologação da Direcção. (Plano de Emergência Interno).

Aprovar as medidas de acompanhamento e avaliação de desempenho do SGSST, criando condições para o envolvimento de toda a estrutura no Sistema. (Acompanhamento e Avaliação do SGSST).

Autorizar o acesso a registos cujos conteúdos tenham carácter de confidencialidade. (Registos e Gestão de Registos).

Nomear o Coordenador da Auditoria Interna ao SGSST (Auditoria Interna).

Aprovar o Programa da Auditoria Interna ao SGSST (Auditoria Interna).

Nomear a Equipa de Auditoria Interna ao SGSST (Auditoria Interna).

Analisar, aprovar e divulgar o relatório das Auditorias Internas e o plano de melhorias. (Auditoria Interna).

Aprovar as medidas de acompanhamento e revisão do SGSST, criando condições para o envolvimento de toda a estrutura no Sistema. (Revisão do SGSST).

Page 34: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

34

6.3 –DRH

Apresentar as propostas relativas aos temas, conteúdos programáticos e periodicidade das Acções de Formação, de acordo com as estruturas da Prevenção e Segurança. (Formação Sensibilização e Divulgação).

Elaborar e fazer a proposta do conjunto de Procedimentos para a Actuação, Participação e Estudo de Acidentes, Incidentes e Não conformidade de acordo com a estrutura central e locais de Prevenção e Segurança. (Acidentes, Incidentes e não Conformidades - Actuação, Participação e Estudo).

6.4 – Coordenador do SGSST

Elaborar e rever o Manual de Procedimentos Operacionais a que houver lugar, o qual será elaborado em conjunto com as hierarquias a que os procedimentos reportam. (Requisitos Gerais).

Efectuar a avaliação de risco da instalação, com a colaboração das hierarquias, ouvindo as partes interessadas. (Análise de Risco).

Elaborar o Plano de Controlo de Risco e propô-lo ao Representante da Gestão. (Análise de Risco).

Estabelecer o controlo das medidas a implementar e efectuar o seu acompanhamento. (Análise de Risco).

Elaborar a proposta de objectivos ouvindo as partes interessadas, de modo a envolver todos os níveis de responsabilidade nas decisões a tomar. (Objectivos do SGSST).

Elaborar e propor para aprovação o Programa de Gestão do SGSST em função dos Objectivos aprovados. (Programa de Gestão do SGSST).

Proceder à divulgação do Programa, após a sua aprovação, a todas as partes interessadas. (Programa de Gestão do SGSST).

Efectuar o acompanhamento da implementação das diversas tarefas, em conjunto com os responsáveis nomeados para cada uma dessas tarefas. (Programa de Gestão do SGSST).

Proceder ao registo histórico das actividades desenvolvidas. (Programa de Gestão do SGSST).

Elaborar o programa de comunicação e divulgação. (Comunicação e Divulgação).

Elaborar, manter, actualizar e divulgar listagem onde conste toda documentação relacionada com a informação do respectivo responsável e local de arquivo.

Proceder à distribuição do PEI e mantê-lo actualizado (Prevenção e Capacidade de Resposta).

Propor superiormente quais os documentos que são necessários elaborar, e colaborar na sua execução, para garantir uma cobertura correcta de todos os requisitos para implementação, funcionamento, revisão e acompanhamento dos processos de melhoria do SGPS. (Documentação do SGSST).

Garantir a actualização da documentação bem como a sua acessibilidade, para possibilitar uma correcta divulgação dos conteúdos. (Documentação do SGSST).

Elaborar, manter actualizada e divulgar listagem onde constará toda documentação relacionada com a informação do respectivo responsável e local de arquivo. (Documentação do SGSST).

Propor as medidas de controlo, ouvindo as partes interessadas e proceder ao acompanhamento dos planos estabelecidos (Controlo Operacional do SGSST).

Assegurar-se que o plano de melhorias está a ser implementado (Auditoria Interna).

Recolher todos os dados de acompanhamento e revisão do Sistema, de acordo com os preceitos dos procedimentos respectivos, e propor as medidas de melhoria a introduzir, quando necessário. (Revisão do SGSST).

Promover a divulgação de todas as alterações do Sistema introduzidas pelo processo de revisão. (Revisão do SGPS).

6.5 – Hierarquias

Colaborar com o Coordenador do SGSST, no processo de Avaliação de Risco. (Análise de Risco).

Implementar as medidas preconizadas e aprovadas no Plano de Controlo de Risco. (Análise de Risco).

Aplicar e fazer cumprir os diversos aspectos legais aplicáveis. (Requisitos Legais).

Exigir a aplicação das normas vigentes, às aquisições de bens e serviços e ao desenvolvimento das actividades das suas instalações. (Requisitos Normativos).

Procedem ao levantamento das necessidades de formação dos seus colaboradores tendo em consideração os seguintes factores:

Page 35: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

35

Análise de risco das actividades;

Análise de consciencialização e competências;

Avaliação de desempenho operacional;

Colaboraram com o Representante da Gestão na preparação da proposta anual de acções de formação. (Formação Sensibilização e Competências).

Asseguram a participação dos trabalhadores em cada uma das acções. (Formação Sensibilização e Competências).

Procedem à avaliação de resultados das acções ministradas. (Formação Sensibilização e Competências).

Disponibilizam-se ou disponibilizam colaboradores seus, quando necessário, para serem formadores na realização das acções. (Formação Sensibilização e Competências).

Recorrerão, eventualmente, à colaboração do Coordenador do SGSST ou de Técnicos da Prevenção e Segurança, em áreas do conhecimento muito específicas da Prevenção e Segurança, quer na fase de levantamento de necessidades, quer na fase de avaliação de resultados. (Formação Sensibilização e Competências).

Competirá a elaboração e actualização dos procedimentos e outros documentos relacionados com a sua actividade, assim como garantir a realização e arquivo dos registos gerados. (Documentação do SGSST).

Implementar as medidas preconizadas e superiormente aprovadas. (Controlo Operacional do SGSST).

Participar o acidente do seu subordinado. (Acidentes, Incidentes e não Conformidades – Actuação, Participação e Estudo).

Fazer o estudo do acidente reunir os elementos previstos e elaborar a ficha de estudo do acidente no prazo de 10 dias úteis após o acidente. (Acidentes, Incidentes e não Conformidades – Actuação, Participação e Estudo).

São responsáveis pelo cumprimento do procedimento referente aos registos que lhe forem atribuídos. (Registos e Gestão de Registos).

Colaborar no âmbito da sua área de intervenção, com o Coordenador do SGSST na implementação das alterações e medidas de melhoria superiormente aprovadas. (Revisão do SGSST).

6.6 – Técnico de SHST

Analisar a aplicabilidade da a Legislação sobre SST nos diversos aspectos contidos no Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no trabalho (Requisitos Legais).

Colaborar com o Coordenador do SGSST na elaboração das propostas de objectivos, sua implementação, manutenção e revisão. (Controlo Operacional do SGSST).

Disponibilizar apoio técnico às hierarquias das instalações. (Controlo Operacional do SGSST).

Elaborar e fazer a manutenção do Plano de Emergência Interno promovendo a sua divulgação. (Controlo Operacional do SGSST).

Realizar a análise de todos os acidentes ocorridos colaborando na proposta de acções correctivas. (Controlo Operacional do SGSST).

Preparar e realizar acções de Formação/Sensibilização internas em Prevenção e Segurança de acordo com os programas estabelecidos.(Controlo Operacional do SGSST).

Actualizar e compilar toda a documentação afecta ao PEI. (Plano de Emergência Interno).

Colaborar como assessores na transmissão do conhecimento específico da área de Prevenção e Segurança. (Formação Sensibilização e Competências)

Instruir a equipa de 1ª Intervenção. (Prevenção e Capacidade de Resposta)

Realizar rotinas de verificação necessárias, aos sistemas de socorro de emergência.

Colaborar na divulgação dos objectivos do SGSST.

Colaborar na preparação e realização de acções de Formação/Sensibilização sobre Prevenção e Segurança. (Controlo Operacional do SGSST).

Colaborar na análise de acidentes. (Controlo Operacional do SGSST).

Page 36: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

36

6.7 – Coordenador da Auditoria Interna

Elaborar o Programa da Auditoria Interna em conjunto com a equipa. (Auditoria Interna do SGSST).

Entregar o Programa da Auditoria Interna ao Representante da Gestão para aprovação. (Auditoria Interna do SGSST).

Distribuir o Manual de Auditoria Interna aos elementos da equipa de auditoria. (Auditoria Interna do SGSST).

Coordenar a equipa e os trabalhos de Auditoria. (Auditoria Interna do SGSST).

Elaborar o relatório da Auditoria Interna e o plano de melhorias. (Auditoria Interna do SGSST).

6.8 – Equipa de Auditoria Interna

Proceder à preparação dos trabalhos de Auditoria. (Auditoria Interna do SGSST).

Realizar os trabalhos de Auditoria de acordo com as instruções do Manual de Auditoria Interna. (Auditoria Interna do SGSST).

Preencher e entregar ao Coordenador da Auditoria Interna a parte do Manual de Auditoria Interna que lhe esteja atribuída. (Auditoria Interna do SGSST).

6.9 – Restantes Trabalhadores

Contribuir para o processo de avaliação de risco, e todo o processo de Controlo do Risco. (Análise de Risco).

Alertar sempre que necessário situações de risco inerentes à sua função. (Análise de Risco).

Conhecer todas as actividades inerentes ao procedimento de acompanhamento e avaliação do SGSST no sentido de dar indicação e sugestões de melhoria da Prevenção e Segurança em toda a instalação. (Acompanhamento e Avaliação do SGSST).

7 – ANEXOS

Não aplicável.

FORMAÇÃO SENSIBILIZAÇÃO E COMPETÊNCIA

Formação, sensibilização e competência (4.4.2) O pessoal deve ser competente para desempenhar as tarefas que possam ter impacto na SST no local de trabalho. A competência deve ser definida em termos de educação, formação profissional e/ou experiência apropriadas.

A organização deve estabelecer e manter procedimentos que permitam aos seus trabalhadores ou membros, em cada nível e função relevante, estarem sensibilizados para:

- A importância da conformidade com a política da SST, os procedimentos e os requisitos do sistema de gestão da SST;

- As consequências reais ou potenciais para a SST das actividades do seu trabalho e os benefícios para a SST decorrentes da melhoria do seu desempenho pessoal;

- As suas funções e responsabilidades para atingir a conformidade com a política, procedimentos e requisitos do sistema de gestão da SST, incluindo os requisitos de prevenção e de resposta a situações de emergência (veja-se 4.4.7);

- As consequências potenciais do não cumprimento dos procedimentos operacionais especificados.

Os procedimentos de formação profissional devem ter em atenção os diferentes níveis:

- De responsabilidade, capacidade e literacia e;

- De risco.

Page 37: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

37

0 – INTRODUÇÃO

Todos os colaboradores da empresa devem possuir competências que os habilitem a desempenhar correctamente as tarefas que lhes estão cometidas.

É com base nestes considerandos que a Organização deve estabelecer e manter um procedimento, de modo a assegurar que todos os seus colaboradores internos e externos possuam competências e sensibilização sobre os riscos associados às suas funções e as melhores práticas para os minimizar, não esquecendo no entanto que algo pode falhar e poderá ser necessário activar o PEI (Plano de Emergência Interno).

A ideia base do programa de formação e sensibilização em Prevenção e Segurança que se apresenta, é que os colaboradores da Organização e prestadores de serviços externos, tenham o acesso facilitado aos processos mais eficientes para a melhoria de competências, técnicas e cultura, nesta área.

1 – OBJECTIVO

O objectivo fundamental deste procedimento é estabelecer um programa de acções de formação e sensibilização, a desenvolver ao longo do tempo, de modo a fomentar o aprofundamento duma cultura de Prevenção e Segurança a todos os níveis de responsabilidade.

2 – ÂMBITO DE APLICAÇÃO

As acções de formação programadas no plano aplicam-se a:

a) todos os trabalhadores da empresa;

b) todos os trabalhadores de entidades externas a prestarem serviço nas instalações da Organização.

NOTA: As acções propostas para estes últimos devem ser relacionadas com o sistema de gestão, os riscos das respectivas actividades e meio envolvente.

3 – SIGLAS, ABREVIATURAS E DEFINIÇÕES

3.1 – Siglas e Abreviaturas

EPI - Equipamento de Protecção Individual

DRH – Direcção de Recursos Humanos

PS - Prevenção e Segurança

RIA – Rede de Incêndios Armada

SHST – Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho

3.2 - Definições

Competência - Pode ser definida como a conjugação dos conhecimentos teóricos com a prática e a experiência adquirida.

Acções de Formação Interna – São acções de formação dirigidas aos colaboradores da Organização e a trabalhadores dos prestadores regulares de serviços, ministradas por pessoal interno à empresa.

Acções de Formação Externas – São as acções de formação organizadas e ministradas por entidades externas e em que podem participar um ou mais colaboradores da Organização.

4 – REFERÊNCIAS

Os documentos que serviram de base à elaboração do presente procedimento foram os seguintes:

OHSAS 18001:1999 - Norma relativa à Área de Prevenção e Segurança

Decreto-lei 441/91, de 14 de Novembro

Decreto-Lei 133/99, de 21 de Abril

5 – RESPONSABILIDADES

5.1 – Administração

Aprova o Plano de Formação para o ano seguinte

Page 38: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

38

5.2 –Representante da Gestão

Ratifica as Acções de Formação propostas e envia-as ao DRH.

Cria condições para o cumprimento do Plano de Formação.

Submete à Administração a proposta da Acções de Formação para o ano seguinte.

Cria condições para o cumprimento do Plano de Formação.

5.3 – Direcção Recursos Humanos

Elabora o Plano de Formação a partir da proposta apresentada, tratando os temas, conteúdos programáticos, periodicidade e custos das Acções de Formação nesta área.

No caso de formação por entidade exterior, esta fornece um certificado individual de formação, cujo original a DRH entrega ao participante na acção e envia cópia ao Coordenador do SGSST para registo em arquivo.

Dá seguimento ao Plano aprovado, seleccionando as entidades formadoras externas.

5.4 - O Coordenador do SGSST

Actualiza a respectiva base de dados e emite periodicamente informação, por trabalhador, das acções frequentadas. Também corrige ou revê o plano de Formação anual de acordo com as alterações propostas.

Regista cópia dos certificados dos participantes nas acções de formação, emitidos pelas entidades formadoras

5.5 – Hierarquias

Procedem ao levantamento das necessidades de formação dos seus colaboradores tendo em consideração os seguintes factores:

Análise de risco das actividades;

Análise de consciencialização e competências;

Avaliação de desempenho operacional;

Colaboram com o Representante da Gestão na preparação da proposta anual de acções de formação.

Asseguram a participação dos trabalhadores em cada uma das acções.

Procedem à avaliação de resultados das acções ministradas.

Disponibilizam-se ou disponibilizam colaboradores seus, quando necessário, para serem formadores na realização das acções.

Recorrerão, eventualmente, à colaboração dos Técnicos da Prevenção e Segurança, em áreas do conhecimento muito específicas da Prevenção e Segurança, quer na fase de levantamento de necessidades, quer na fase de avaliação de resultados.

5.7 - Técnicos SHST

Colaboram como assessores na transmissão do conhecimento específico da área de SHST.

6 – MODO DE ACTUAÇÃO

6.1 - Organização - Regras Básicas

Uma vez que existem na Organização um número alargado de funções, que intervêm em processos muito diferenciados, deve utilizar-se como metodologia a constituição de diversos conjuntos agrupados, por um lado em função dos diferentes riscos a que estão sujeitos e por outro, em função dos objectivos específicos de certos grupos.

Os trabalhadores de entidades externas, a prestar serviço nas instalações da empresa, constituem também grupos com riscos específicos que resultam não só das funções desempenhadas, mas também do seu menor conhecimento das instalações.

Assim, consideram-se os seguintes grupos:

a) Elementos da Prevenção e Segurança;

b) Elementos das equipas de 1ª intervenção;

c) Elementos com funções técnicas operacionais;

d) Elementos com funções administrativas;

e) Prestadores regulares de serviços;

f) Prestadores pontuais de serviços;

Tem que se considerar que a formação/sensibilização em Prevenção e Segurança é de carácter contínuo e repetitivo, quer devido à mudança nas técnicas e produtos, que alteram os riscos para as pessoas, quer devido

Page 39: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

39

à necessidade de treino no manuseamento de equipamentos (por exemplo extintores, RIA e outras) em situações de emergência.

Devido à sua natureza específica, os elementos que constituem os grupos de Prevenção e Segurança e as equipas de 1ª intervenção, merecem uma atenção especial, no tipo de acções que lhe devem ser ministradas e na periodicidade entre acções, por forma a manter a sua operacionalidade a um nível elevado.

A relação com os prestadores de serviço deverá ser muito flexível pois existem muitas variáveis em presença.

Quando as prestações de serviço são de longa duração, pode estabelecer-se equidade para as acções de formação entre os trabalhadores envolvidos e os trabalhadores da Organização, para funções equivalentes, uma vez que a sua colaboração se mantém durante largos períodos e os riscos em presença serão portanto comuns aos trabalhadores da empresa.

Para as empreitadas de natureza pontual, deverá existir um cuidado acrescido, em termos de elaboração de contratos, de forma a garantir um mínimo de conhecimentos obrigatórios para qualquer trabalhador que venha a desenvolver a sua actividade numa instalação da empresa.

Deverá existir, para além deste cuidado indispensável, uma acção de sensibilização a todos os contratados de forma a garantir o adequado conhecimento das obrigações legais de cada trabalhador, (por exemplo no âmbito da utilização de EPI´s), e quais os riscos inerentes às instalações e processos, assim como as regras de circulação dentro das instalações.

A título meramente exemplificativo indicam-se no ponto 7 Anexo, as acções de formação recomendadas para cada um dos grupos.

Sempre que necessário promover-se-ão acções de carácter operacional quer sejam para colmatar deficiências detectadas, quer para a implementação de eventuais procedimentos operacionais que se venham a estabelecer.

6.2 - Levantamento das Necessidades

As necessidades de formação são inventariadas pelas hierarquias através de uma avaliação contínua e tendo em consideração os factores já mencionados anteriormente.

As necessidades são enquadradas em duas perspectivas: reactiva/disfuncional (necessidades de resolução de problemas existentes, diferencial entre competências existentes e requeridas) e pro-activa/desenvolvimento (necessidades que se prevêem venham a surgir, sendo imperativo o respectivo desenvolvimento de competências em alguns trabalhadores).

Os gestores de contratos de prestadores regulares de serviços colaboram na inventariação das necessidades de formação dos colaboradores dos referidos prestadores.

6.3 - Planeamento

As necessidades inventariadas dão origem à elaboração de um plano.

O plano é anual e a sua preparação deve decorrer normalmente durante o 3º trimestre do ano anterior.

O plano é proposto ao Representante da Gestão da empresa que o analisa, uniformiza e ratifica enviando-o Administração da Empresa. a qual o aprova.

O plano deve conter a seguinte informação:

- Identificação da necessidade;

- o que se espera do contributo da formação;

- a duração expectável da acção;

- a identificação dos colaboradores a envolver;

- informação sobre se a acção é interna ou externa;

- qual o período mais conveniente para a realizar.

6.4 - Realização

Uma vez obtida a aprovação do plano passa-se à fase da sua concretização.

Estabelecem-se as acções a realizar, os seus conteúdos, a calendarização, decide-se sobre as acções que serão internas e sobre as que são externas e definem-se os colaboradores para monitorizarem as internas.

O Representante da Gestão garante o processo de realização das acções externas, as hierarquias asseguram a realização das acções internas.

Elabora-se finalmente um plano de execução onde consta: acção a realizar, data, local, colaboradores para participarem e identificação do monitor.

Os monitores para as acções internas são seleccionados no universo dos colaboradores da unidade organizativa tendo em atenção as suas competências versas conteúdos programáticos.

Page 40: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

40

Há situações em que se poderá recorrer à formação em cascata, formam-se inicialmente alguns formadores os quais posteriormente transmitem o seu conhecimento a grupos de colaboradores.

As acções consoante os conteúdos e objectivos a atingir poderão realizar-se em sala, no local de trabalho ou em qualquer ponto da instalação.

Promovem-se acções de sensibilização e informação considerada indispensável destinadas aos colaboradores dos prestadores não regulares de serviços.

Aos grupos de visitantes, apesar de devidamente enquadrados, dá-se informação para consciencialização dos riscos a que poderão vir a estarem sujeitos assim como as medidas de precaução a tomar.

Em todas as acções é feito o registo de presenças e formador e formando elaboram relatórios pré-formatados sobre a mesma.

Mensalmente a unidade organizativa (hierarquias), elabora relatório de acompanhamento do plano de execução e envia informação para o Representante da Gestão e Coordenador do SGSST sobre os trabalhadores que frequentaram cada uma das acções realizadas.

O Coordenador do SGSST com a informação recebida actualiza a respectiva base de dados e emite periodicamente informação, por trabalhador, das acções frequentadas. Também corrige ou revê o plano de Formação anual de acordo com as alterações propostas pelo Representante da Gestão.

6.5 - Registos

Documento suporte para registo do Levantamento das Necessidades.

Plano de Acções de Formação.

Plano para a Execução das Acções de Formação.

Documento suporte para caracterização da acção.

Conteúdos programáticos.

Registo de presenças nas acções.

Cópia dos certificados emitidos pelas entidades formadoras.

Relatórios de avaliação das acções elaborados pelos formadores e formandos.

Relatórios de acompanhamento da realização do plano.

Listagens de informação, por acção, dos trabalhadores que as frequentaram.

Listagens de informação, por trabalhador, das acções frequentadas.

7 – ANEXOS

7.1 – Orientações para as Acções de Formação a ministrar por Grupo Profissional

A título meramente exemplificativo e como referimos no ponto 6.1, indicam-se neste capítulo, as acções de formação recomendadas para cada um dos grupos.

Tendo em atenção as necessidades de actuação dos elementos inseridos nos vários grupos profissionais, indicam-se como orientação, os temas das acções de formação, que, em princípio, deverão ser ministradas a cada um deles:

Elementos da Prevenção e Segurança:

Andaimes; Riscos Industriais; Riscos Eléctricos; Higiene e Segurança; Segurança contra Incêndios; Cenários de Risco, Análise de Risco.

Elementos das equipas de 1ª intervenção:

Extinção de incêndios; Primeiros Socorros; Planos de Evacuação.

Elementos com funções Técnico Operacionais:

Manuseamento de Extintores; Planos de Evacuação; Utilização de EPI´s; Sinalização de Segurança; Prevenção Alcoolismo/Uso Drogas e Fármacos; Qualidade/Ergonomia; Movimentação Manual e Mecânica de Cargas; Ruído Industrial; Segurança Contra Radiações Ionizantes; Efeitos da Corrente Eléctrica no Organismo; Armazenagem; Lubrificantes e Óleos Usados; Contaminantes Químicos; Cabos de Aço; Segurança Rodoviária.

Page 41: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

41

Elementos com Funções Administrativas:

Manuseamento de Extintores; Planos de Evacuação; Prevenção Alcoolismo/Uso Drogas e Fármacos; Segurança em Escritórios.

Prestadores de Serviço Regulares:

Este pessoal será enquadrado nas acções de formação conjuntamente com os trabalhadores da empresa, tendo em consideração a sua principal actividade.

Prestadores Pontuais de Serviço:

Informação geral sobre a empresa e sobre os riscos associados à instalação em causa.

CONSULTA E COMUNICAÇÃO

Consulta e comunicação (4.4.3) A organização deve possuir procedimentos que permitam que a informação pertinente sobre SST seja comunicada de e para os trabalhadores e outra partes interessadas.

As providências para a participação e consulta dos trabalhadores devem estar documentados e as partes interessadas devem ser informadas.

Os trabalhadores devem ser:

- envolvidos no desenvolvimento e na revisão dos procedimentos de gestão e de riscos;

- Consultados sobre todas as mudanças que possam afectar a segurança e a saúde no local de trabalho;

Representados em matérias de SST, e;

- Informados a respeito de quem é (são) o (os ) representante(s) dos trabalhadores em matéria de SST e o representante pela gestão (veja-se 4.4.1).

0 – INTRODUÇÃO

A existência de um Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho implica a elaboração de procedimentos que assegurem que a informação importante, na área da SST, seja comunicada e recebida de todos os trabalhadores e outras partes interessadas.

É importante envolver todas as partes interessadas no desenvolvimento e revisão dos objectivos, bem como nas consultas em situações onde alterações introduzidas possam ter implicação na análise de risco.

1 – OBJECTIVO

Estabelecer os processos pelos quais se devem reger os mecanismos da comunicação e divulgação do SGSST.

2 – ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Aplica-se a toda a comunicação interna e externa relacionada com o SGSST.

3 – SIGLAS, ABREVIATURAS E DEFINIÇÕES

3.1 – Siglas e Abreviaturas

SGSST – Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho

SST – Segurança e Saúde no Trabalho

SHST – Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho

DRH – Direcção de Recursos Humanos

3.2 - Definições

Partes interessadas – Indivíduos ou grupos de indivíduos com interesses ou abrangidos pela Área de Prevenção e Segurança da empresa.

Comunicação Interna – Circulação de informação entre as partes interessadas no interior da unidade organizativa.

Comunicação Externa – Circulação de informação entre as partes interessadas do interior da unidade organizativa com o exterior.

Page 42: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

42

4 – REFERÊNCIAS

Os documentos que serviram de base à elaboração do presente procedimento foram os seguintes:

OHSAS 18001:1999 - Norma relativa à Área de Prevenção e Segurança

Decreto-lei 144/91, de 14 de Novembro

Decreto-lei 133/99, de 21 de Abril

5 – RESPONSABILIDADES

5.1 - Representante da Gestão

Compete aprovar o programa de comunicação e divulgação, promover a sua concretização, dando ênfase ao diálogo com as partes interessadas.

5.2 - Coordenador do SGSST

Compete elaborar o programa de comunicação e divulgação.

Assegurar a concretização do programa, garantindo a obtenção das provas documentais.

6 – MODO DE ACTUAÇÃO

A comunicação interna e externa, sobre os assuntos inerentes ao SGSST, será feita por duas vias:

Comunicação verbal

Comunicação escrita

6.1 – Comunicação verbal

6.1.1 – Comunicação verbal informal

Todos os assuntos relacionados com a SST devem ser objecto de troca de informação verbal sempre que necessário.

6.1.2 – Comunicação verbal formal

Na comunicação verbal formal é importante definir um conjunto de reuniões obrigatórias, perfeitamente institucionalizadas de onde resultem documentos comprovativos da sua realização, (actas ou relatórios)

6.1.2.1 – Reunião Mensal

Nesta reunião far-se-á o acompanhamento dos planos de melhoria existentes. Deverão ser também levantadas todas as questões que mereçam análise, nomeadamente todos os acidentes, incidentes ocorridos e todas as não conformidades detectadas, já objecto de comunicação escrita.

Nesta reunião deverá estar presente toda a macro estrutura da Organização (Direcção e Hierarquias) a que o SGSST diz respeito.

As conclusões relevantes das análises feitas deverão ser objecto de divulgação junto de todas as partes interessadas.

6.1.2.2 – Reunião Técnica

Sempre que houver um acidente, incidente ou quase-acidente deve ocorrer uma reunião entre os elementos envolvidos na ocorrência, a respectiva hierarquia e o responsável local dos serviços SHST.

Desta reunião resultará um relatório de análise de ocorrência que deverá ser distribuído por todas as partes interessadas.

6.1.2.3 – Reunião Trimestral

Esta reunião destina-se a fazer o acompanhamento e controlo dos planos de melhoria existentes e dos planos de actividades, nos serviços de SHST, e deverão estar presentes as seguintes entidades:

- Representante da Gestão

- Macro estrutura

- Coordenador do SGSST

- Responsável pelos serviços de SHST

- DRH.

Nesta reunião deverão ser obrigatoriamente analisados todos os acidentes, incidentes e quase-acidentes, através dos respectivos relatórios de ocorrência.

Page 43: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

43

6.1.2.4 – Reunião da Comissão de Segurança e Saúde no Trabalho

A Comissão de Segurança é constituída pelos seguintes elementos:

Representante da Gestão, que preside;

Gestor do SGSST;

Responsável pelos serviços SHST;

Médico do Trabalho;

Representantes dos trabalhadores (em número estabelecido pelo art. 10º do Decreto Lei 144/99, de 14 de Novembro).

A Comissão de Segurança reúne pelo menos uma vez por trimestre, da qual será elaborada acta que, depois de aprovada na reunião seguinte, terá a divulgação adequada.

O âmbito das reuniões é o de recomendar, apreciar, prestar informações e emitir pareceres sobre temas da Higiene e Segurança do Trabalho. Analisar os acidentes recomendando as medidas adequadas com vista à sua prevenção. Solicitar e apreciar sugestões dos trabalhadores sobre questões de Higiene e Segurança do Trabalho e dar-lhes seguimento.

Mediante solicitação de qualquer dos membros da comissão, pode ser convocada reunião extraordinária.

6.1.2.5 – Reuniões com Entidades Externas

Sempre que se achar necessário realizar-se-ão reuniões com Entidades Externas (Representantes dos Prestadores Regulares de Serviços, Representantes de Organismos Oficiais e Outros) para informação ou, para preparação de desenvolvimento de acções conjuntas inseridas nas actividades do SGSST.

6.1.2.6 – Reunião Anual de Revisão do SGSST

Após análise do relatório de auditoria, deverá realizar-se uma reunião com a presença das seguintes entidades:

Representante da Gestão

Macro estrutura.

Coordenador do SGSST.

Responsável pelos serviços de SHST

DRH.

Desta reunião resultará a análise do desempenho do SGSST e a revisão a efectuar ao Sistema para o ano seguinte.

6.2 – Comunicação escrita

6.2.1 – Correspondência interna e externa

Toda a comunicação externa é elaborada pelo gestor do SGSST, Representante da Gestão responsável pela sua aprovação e expedição.

6.2.2 – Divulgação de Informação

A difusão da informação relacionada com o SGSST às partes interessadas far-se-á pelos seguintes meios:

Afixação em quadros de parede.

Inserida na publicação mensal (jornal interno).

Publicação de folhetos/panfletos ou similares versando temas de informação técnica ou, outra relacionados com a Prevenção e Segurança.

Divulgação através de suportes informáticos.

Divulgação de Relatórios ou outra documentação relevante.

6.2.3 – Propostas e Sugestões

Deve-se assegurar a participação das partes interessadas com a apresentação de propostas e sugestões. Estas podem ser veiculadas pelos seguintes mecanismos:

Durante a realização de acções de sensibilização e de formação.

Em actas de reuniões com os colaboradores.

Em questionários.

Durante a realização de Inspecções Sistemáticas de medida do desempenho.

Durante a realização de entrevistas de medida de desempenho.

Apresentação de propostas de melhorias no âmbito da análise de riscos e elaboração das cartas de risco.

Page 44: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

44

Informação de detecção de Não Conformidades.

6.2.4 – Consultas

Quando necessário a consulta aos trabalhadores acerca de matérias relevantes estabelecidas por diplomas legais.

7 – ANEXO

Não aplicável

DOCUMENTAÇÃO DO SISTEMA

Documentação (4.4.4) A organização deve estabelecer e manter informação, num meio apropriado tal como papel ou formato electrónico, que:

- Descreva os elementos principais do sistema de gestão e a sua interacção; e

- Forneça orientação sobre a documentação relacionada.

Nota: É importante que a documentação seja mantida no mínimo necessário para a sua eficácia e eficiência.

0 – INTRODUÇÃO

A Organização deve produzir e manter correctamente actualizado, em suporte de papel ou em suporte electrónico, um conjunto de documentos que descrevam o Sistema, duma forma acessível para todas as partes interessadas.

1 – OBJECTIVO

O objectivo deste procedimento é estabelecer os enquadramentos e a organização que deverá ser dada ao conjunto de documentos necessários para garantir que o Sistema, na Organização, é correctamente entendido e está a ser aplicado de forma correcta e eficaz.

2 – ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Aplicável a toda a documentação relacionada com o SGSST a implementar na Organização.

3 – SIGLAS, ABREVIATURAS E DEFINIÇÕES

3.1 – Siglas e Abreviaturas

SGSST – Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho

3.2 - Definições

Não aplicável

4 – REFERÊNCIAS

Os documentos que serviram de base à elaboração do presente procedimento foram os seguintes:

OHSAS 18001:1999 - Norma relativa à Área de Prevenção e Segurança

OHSAS 18002:2000 - Norma regulamentadora da OHSAS 18001

5 – RESPONSABILIDADES

5.1 – Representante da Gestão

Competirá garantir que a documentação produzida, juntamente com a que já existe neste domínio, é a necessária e suficiente para uma correcta descrição e funcionamento do SGSST.

Deverá também definir qual o suporte a utilizar para a documentação necessária e garantir os meios necessários para o efeito.

Page 45: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

45

5.2 – Coordenador do SGSST

Proporá superiormente, quais os documentos necessários elaborar, e colabora na sua execução, para garantir uma cobertura correcta de todos os requisitos para implementação, funcionamento, revisão e acompanhamento dos processos de melhoria do SGSST.

Garantirá a actualização da documentação funcional bem como a sua acessibilidade, para possibilitar uma correcta divulgação dos conteúdos.

Elaborará, manterá, actualizada e divulgará listagem onde constará toda documentação relacionada com a informação do respectivo responsável e local de arquivo.

5.3 – Hierarquias

Competirá a elaboração e actualização dos procedimentos e outros documentos relacionados com a sua actividade, assim como garantir a realização e arquivo dos registos gerados.

6 – MODO DE ACTUAÇÃO

A documentação do SGSST deve ser estruturada de forma a ficar aglutinada em conjuntos bem definidos, tendo em atenção as vertentes específicas quer em termos de hierarquia organizativa quer no que concerne ao manuseamento e aplicação.

Assim, a documentação do SGSST deverá ser agrupada nos seguintes conjuntos:

- Manual do Sistema de Gestão da Prevenção e Segurança;

- Manual de Procedimentos Funcionais do SGSST;

- Manual de Procedimentos Operacionais do SGSST;

- Registos de Funcionamento do SGSST;

Cada um dos agrupamentos deve conter os seguintes aspectos:

Manual do Sistema de Gestão de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho – Conjunto de documentos que descrevem o SGSST, na sua globalidade, na forma de procedimentos, que enquadra as actividades de implementação da política e objectivos enunciados, possuindo uma apresentação descritiva onde são definidas as orientações para os vários componentes do SGSST, de forma a que essas actividades sejam elaboradas e planeadas de modo uniforme. É ainda o documento base que serve de suporte para todos os outros que o procedem na hierarquia da documentação do SGSST.

Manual de Procedimentos Funcionais – Conjunto de procedimentos do SGSST, que definem responsabilidades e estabelecem modos de actuação para os requisitos especificados nas OHSAS 18001:1999 e OHSAS 18002:2000.

Manual de Procedimentos Operacionais – Conjunto de documentos (Instruções de Trabalho, Regras Internas da Organização e Prescrições de Segurança) que descrevem de forma clara e concisa, o modo de actuar perante situações concretas e que exigem um acompanhamento operacional. Esses documentos podem apresentar-se na forma de procedimentos operacionais, subdivididos por capítulos de acordo com as principais áreas de actuação, onde são claramente definidas as responsabilidades atribuídas.

Os Procedimentos Operacionais são, consoante a sua finalidade, divididos em três grandes grupos:

- Controlo Operacional

- Acompanhamento e Avaliação do SGSST

- Situações de Emergência

Os procedimentos incluídos no grupo Acompanhamento e Avaliação do SGSST tem em vista estabelecer medidas de monitorização apropriadas à organização, avaliando periodicamente a conformidade com os requisitos legais e regulamentares aplicáveis. Das acções a desenvolver salientam-se as inspecções sistemáticas e as auditorias as quais permitirão a identificação de situações passíveis de acções correctivas ou preventivas.

Os procedimentos incluídos no grupo Situações de Emergência tem como objectivos identificar potenciais situações de incidentes e situações de emergência e preparar a organização para a resposta em caso de ocorrência, minimizando os efeitos daí decorrentes. Estes procedimentos devem organizar-se num documento base - Plano de Emergência Interno e diversos Cenários de Risco, tratando cada uma das situações que foram identificadas como potenciadoras de risco de incidentes.

Page 46: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

46

Documentação Relacionada

A organização é detentora de documentação, principalmente inserida no grupo de Controlo Operacional que interage com o Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho.

As actividades de operação e manutenção e controlo do processo e outras desenvolvidas na instalação foram originando procedimentos, instruções de trabalho, planos, impressos, registos e listas, as quais são parte integrante do Sistema constituindo-se como documentação relacionada. A elaboração, actualização e registos gerados são garantidos por cada um dos responsáveis pelas actividades que contribuem para o processo produtivo. O Coordenador do SGSST elaborará, manterá actualizada e divulgará listagem onde constará toda documentação relacionada com a informação do respectivo responsável e local de arquivo. Como exemplo referimos alguns dos documentos que, entre outros, irão ser considerados:

- Trabalhos em Locais com Atmosferas Potencialmente Explosivas;

- Trabalhos em espaços Confinados;

- Realização de Gamagrafias e Radiografias Industriais;

- Planos de Manutenção dos Equipamentos

- Manuais de Operação

- Instruções de Execução de Manutenção

- Cadernos de Encargos para Compra de Serviços

Registos de funcionamento do SGSST – Outra documentação relevante para o SGSST, relatórios, registos, etc., devem ser claramente identificados, de modo a serem facilmente localizados, sempre que necessário.

7 – ANEXOS

Documentação do SGSST

MANUAL DE

SGSST

PROCEDIMENTOS INSTRUÇÕES REGISTOS

Cap. Título Cód. Título Cód. Título Cód. Título

Cap.4 Política de SST

Planeamento para

identificação de perigos,

avaliação e controlo de

riscos (4.3.1)

SST/SG

/01.07

Identificação de perigos e

avaliação e controlo de

riscos

IMP 04

IMP07

Registo de Identificação de perigos e avaliação e controlo de riscos.

Comunicação Interna

Formação, Sensibilização e Competências

(4.4.2)

SST/SG

/05.07

Formação e Sensibilização

IMP 02

IMP 09

IMP 01

Plano de Formação

Levantamento das necessidades de formação

Lista de presenças e sumários

Controlo Operacional

(4.4.6)

INT/SH/02/07

Aquisição e Gestão EPI

IMP16 Registo Distribuição

INT/SH/04/07

Gestão e aquisição substâncias e preparações perigosas

IMP17 Inventário das substâncias e preparações aprovadas

Auditorias (4.5.4)

SST/SG

/09.07

Auditorias internas

IMP18

IMP19

IMP20

Programa de auditorias

Plano de Auditoria

Relatório da auditoria

Figura[7] - Exemplo de matriz

Page 47: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

47

CONTROLO DOS DOCUMENTOS E DADOS

Controlo dos documentos e dados (4.4.5) A organização deve estabelecer e manter procedimentos para controlar todos os documentos e dados requeridos por esta especificação OHSAS, para garantir que:

a) Podem ser localizados;

b) Sejam periodicamente analisados, revistos quando necessário e aprovados quanto à adequação, por pessoal autorizado;

c) As versões actualizadas dos documentos e dos dados relevantes se encontrem disponíveis em todos os locais onde sejam efectuadas operações essenciais ao funcionamento eficaz do sistema da SST;

d) Os documentos e dados obsoletos são prontamente removidos de todos os pontos de emissão e de utilização, ou de qualquer outra forma impedidos contra utilização indevida; e

e) Todos os documentos e dados obsoletos retidos por motivos legais e/ou para preservação de conhecimentos se encontrem adequadamente identificados.

0 – INTRODUÇÃO

O Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho necessita de ter um procedimento em que sejam claramente definidas as regras e processos de movimentação da documentação, de modo a garantir a maior fiabilidade do processo.

1 – OBJECTIVO

É objectivo deste procedimento estabelecer os meios e processos de controlar todos os documentos e dados relativos ao Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho de modo a que:

a) possam ser facilmente localizados;

b) sejam periodicamente analisados, revistos, quando necessário e aprovados quanto à adequação, por pessoas autorizadas;

c) os documentos e os dados relevantes actualizados se encontrem disponíveis em todos os locais onde sejam efectuadas operações essenciais ao funcionamento eficaz do SGSST;

d) os documentos e os dados obsoletos sejam prontamente retirados de todos os pontos de emissão e de utilização, ou de qualquer outra forma protegidos contra utilização indevida;

e) todos os documentos e dados conservados por motivos legais e/ou para preservação de conhecimentos se encontrem devidamente identificados.

2 – ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Aplicável a todos os dados e documentos relacionados com o SGSST.

3 – DEFINIÇÕES, SIGLAS E ABREVIATURAS

3.1 - Definições

Cópia controlada – cópia de aplicação directa no local de trabalho. Sobre esta documentação recairá um controlo administrativo, tanto na edição inicial como nas revisões subsequentes e actualizações, assim como na sua distribuição.

Cópia não controlada – cópia utilizada como consulta mas não é de aplicação directa ao funcionamento da Organização. Assim, não é necessário que esta documentação seja submetida ao mesmo controlo aplicável à documentação controlada.

Original de Arquivo – documento original ou outra cópia especificada de um documento aprovado e relacionado com o SGSST em geral. Deste documento serão efectuadas cópias necessárias à sua distribuição.

Documento obsoleto – documento substituído por outro com nova revisão ou edição.

3.2 – Siglas e Abreviaturas

SGSST – Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho

SP – Suporte de Papel.

SI – Suporte Informático.

SGD – Sistema de Gestão Documental.

Page 48: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

48

4 – REFERÊNCIAS

Os documentos que serviram de base à elaboração do presente procedimento foram os seguintes:

OHSAS 18001:1999 - Norma relativa à Área de Prevenção e Segurança

OHSAS 18002:2000 - Norma regulamentadora da OHSAS 18001

5 – RESPONSABILIDADES

5.1 - Representante da Gestão

Aprova e promulga o Manual do SGSST – Parte I e Parte II.

Aprova o Manual de Procedimentos Funcionais e Operacionais.

Cria condições para a aplicação dos preceitos estabelecidos no procedimento para controlo de dados e documentos.

Nomeia o Coordenador do SGSST.

5.2 – Coordenador do SGSST

Elabora e revê o Manual do SGPS – Parte I.

Elabora e revê Manual de Procedimentos Funcionais.

Elabora e revê o Manual do SGSST – Parte II.

Elabora e revê o Manual de Procedimentos Operacionais, com a colaboração dos diversos Departamentos da Organização.

Prepara os documentos sectoriais para aprovação de modo que cumpram os requisitos de revisão, aprovação, codificação e classificação, antes da sua distribuição e arquivo.

Assegura a distribuição dos documentos do SGSST.

Arquiva os originais dos documentos sectoriais do SGSST.

Confirma através dos meios disponíveis que a documentação chegou aos seus destinatários.

Comprova que os documentos aprovados cumprem os requisitos de revisão, aprovação, codificação e classificação, antes do seu arquivo e distribuição.

Distribui as cópias controladas.

Destrói a documentação obsoleta.

6 – MODO DE ACTUAÇÃO

A documentação do SGSST classifica-se como “Controlada”, “Não Controlada” e “Obsoleta”.

Classificam-se as cópias dos documentos, para distribuição, como “Cópias Controladas” e “Não Controladas”.

As “Cópias Controladas” são utilizadas directamente no funcionamento da empresa, nas actividades relacionadas com o SGSST.

Sobre as “Cópias Não Controladas” não é efectuado nenhum controlo que garanta a sua permanente actualização, não podendo, portanto ser utilizadas directamente no funcionamento da empresa, nas actividades relacionadas com SGSST. As cópias não controladas podem ser cópia de um documento controlado ou de um documento não controlado.

O controlo da documentação do SGSST cobre os seguintes aspectos:

Edição da documentação.

Recepção da documentação no arquivo do SGSST.

Arquivo da documentação.

Divulgação da documentação.

Utilização da documentação.

6.1 – Documentação do SGSST

Uma vez editado um Documento Controlado este será enviado ao arquivo do SGSST, onde o responsável pela sua recepção confirmará que o documento cumpre os requisitos de codificação de identificação e classificação associada, de acordo com o procedimento “Documentação do SGSST”. Se algum dos requisitos anteriores não é cumprido, o responsável pelo arquivo do SGSST, devolve o documento ao responsável pela sua elaboração para que proceda à sua correcção.

Page 49: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

49

O documento será convertido em original de arquivo actualizado. Se o documento recebido não for uma edição inicial, então o documento anterior será substituído, sendo arquivado à parte em arquivo histórico, depois de classificado como “obsoleto”.

6.2 – Arquivo da Documentação

A documentação associada ao SGSST consta de Manual do SGSST, Manuais de Procedimentos Funcionais e Operacionais, assim como os registos gerados. Esta documentação é classificada como controlada e arquivada no arquivo no Coordenador do SGSST. A organização do arquivo da documentação (SP) será feita com a criação de “Pastas” identificadas na lombada, ou em processos (SI) organizados no Sistema de Gestão Documental (SGD).

6.3 – Divulgação da Documentação

O Apoio de Gestão será responsável pela divulgação dos documentos associados ao SGPS e utilizados na exploração da Central. Esta divulgação poderá ser feita em suporte de papel (SP) e/ou em suporte informático (SI).

A divulgação em SP como “cópia controlada” de um “documento controlado” pressupõe que aquela terá um elemento diferenciador relativamente a uma “cópia não controlada”. Identificação diferenciada mediante a utilização de um carimbo identificador de “cópia controlada”, a azul e outro para “cópia não controlada”, a vermelho.

A divulgação em SI deverá ser feita através de ficheiros residentes numa Directoria em Rede. O Coordenador do SGSST e o Arquivo do Apoio de Gestão deverão actualizar os ficheiros garantindo que os documentos residentes na Directoria são os originais. Todos os outros responsáveis tem acesso à referida Directoria para consulta e se necessário à sua impressão para obtenção de “cópias não controladas”.

A distribuição de cópias controladas de um documento em SP é efectuada juntando uma folha de distribuição, na qual se indicam os documentos que se enviam e se substitui outro documento obsoleto. Nessa folha está ainda identificado o destinatário, a referência e revisão correspondente do documento, e os espaços destinados à data e rubrica do destinatário para confirmação da recepção. Esta confirmação será devolvida ao arquivo do SGSST, no qual existirá um arquivo destas folhas como controlo e justificação de envio e recepção. (Exemplo de impresso em Anexo 7.1 – Folha de Distribuição de Cópias controladas dos Documentos Controlados do SGSST).

A divulgação da documentação em rede informática é efectuada através de documento SGD, o qual terá que ter pelos menos a informação referência, revisão e substituição. Estes documentos deverão ser arquivados em processo SGD.

Os documentos substituídos serão classificados como Obsoletos.

Os de SP serão identificados com um carimbo com a designação “Obsoleto” a preto e arquivados numa Pasta.

Os de SI serão identificados, em caixa de texto, com a designação “Obsoleto” a preto, e arquivados em processo SGD.

Se eventualmente vierem a existir documentos que deixem de ser necessários, estes deverão ser classificados como Anulados, acompanhados de informação justificativa da sua anulação.

Os de SP serão identificados com a designação “Anulado” e arquivados numa Pasta juntamente com a informação justificativa.

Os de SI serão identificados, em caixa de texto, com a designação “Anulado”, e arquivados em processo SGD juntamente com a informação justificativa.

A distribuição de cópias controladas em SP é executada pelo Coordenador do SGSST. Este deve recuperar os documentos tornados obsoletos por essa distribuição e proceder à sua destruição.

A reprodução ou a impressão e atribuição de cópias não controladas, dentro da Organização, são da responsabilidade dos respectivos detentores de cópias controladas.

Após uma revisão efectuada a um documento em cópia controlada os seus detentores são também responsáveis, caso necessário, de garantir a actualização das cópias não controladas que tenham atribuído.

Para que seja efectuada a distribuição dos documentos controlados do SGSST através das cópias controladas correspondentes, mantém-se actualizada uma lista de distribuição, na qual serão indicados os diferentes tipos de documentos e a que pessoa ou organização interna da empresa a que estão atribuídos.

Se for definido que algum documento controlado do SGSST, seja distribuído a outras pessoas ou organizações alheias à empresa, a cópia correspondente será do tipo “cópia não controlada”, dado que esse exemplar será utilizado por organizações externas para consulta ou outros fins, que não a sua utilização no funcionamento da empresa.

Page 50: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

50

6.4 - Uso da Documentação

A documentação base do SGSST define outra documentação, do tipo “mapa de registo”, que será gerada quando aquela documentação base for utilizada, servindo também como evidência da sua aplicação.

O controlo dos registos gerados é da responsabilidade do(s) executante(s) do procedimento, que preencherá o modelo ou o documento que sustenta a evidência da acção realizada.

É dever dos utilizadores e detentores dos documentos zelar pela sua boa conservação e arquivo, não alterar ou rasurar parte ou totalidade desses documentos, assim como evitar o acto de fotocopiar os Documentos Controlados.

6.5 – Codificação dos documentos

A atribuição de um código inconfundível a cada documento de SST tendo cada código, pelo menos 10 caracteres, como se segue:

- 3 caracteres para identificação do tipo de documento;

- 2 caracteres para identificação do original do documento;

- 2 caracteres numéricos para identificação do nº do documento;

- 2 caracteres para identificação da edição do documento;

- 1 caracteres para identificação do estado de revisão do documento (quando aplicável).

EXEMPLO DE CODIFICAÇÃO DE UM PROCEDIMENTO DO SISTEMA

Figura [8] – Exemplo de Codificação de um procedimento do sistema

6.6 - Revisão Periódica da Documentação

A análise a eventual desactualização da documentação deverá ser feita anualmente – durante o processo de Revisão ao SGSST.

A revisão da documentação será realizada sempre que se verifique alguma alteração importante susceptível de alterar a eficácia do SGSST.

7 – ANEXOS

7.1- Exemplo de impresso da Lista de Distribuição de Cópias Controladas dos Documentos Controlados do SGPS.

Logo da

empresa

Folha de Distribuição de Cópias Controladas dos Documentos controlados do SGSST

Folha nº

Designação

documento

Revisão e Data

Substitui

Ref.

Cópia

Controlada nº

Destinatário Rubrica e

Data

Figura [9] – Exemplo de impresso da Lista de Distribuição de Cópias Controladas dos Documentos Controlados do SGPS.

Page 51: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

51

CONTROLO OPERACIONAL DO SGSST

Controlo Operacional (4.4.6) A organização deve identificar as operações e actividades que estão associadas aos riscos identificados e em que seja necessário aplicar medidas de controlo. A organização deve planear estas actividades, incluindo a manutenção, a fim de assegurar que são realizadas sob determinadas condições através:

a) da definição e manutenção de procedimento documentados que abranjam situações nas quais a sua inexistência possa conduzir a desvios da política e dos objectivos de SST;

b) da definição de critérios operacionais nos procedimentos;

c) da definição de e manutenção de procedimentos relacionados com riscos para a SST identificáveis em bens, equipamentos e serviços adquiridos e/ou utilizados pela organização e da comunicação dos procedimentos e dos requisitos relevantes aos fornecedores e subcontratados;

d) da definição e manutenção de procedimentos para a concepção de locais de trabalho, processos de fabrico, instalações, máquinas, procedimentos operativos e de organização do trabalho, incluindo a sua adaptação às capacidades humanas, a fim de eliminar ou reduzir riscos para a SST na fonte.

0 – INTRODUÇÃO

As diversas actividades, de qualquer organização, estão associadas a riscos específicos que podem proporcionar desvios, relativamente à política de segurança preconizada. Para obviar a estas situações torna-se necessário instituir medidas de controlo que possibilitem o acompanhamento dos processos, de forma a disponibilizar, em tempo oportuno, os dados relativos aos indicadores estabelecidos.

Estas medidas devem ter em consideração os seguintes aspectos:

- Política e objectivos de segurança.

- Análise de riscos.

- Requisitos legais e normativos.

1 – OBJECTIVO

O objectivo deste procedimento é definir a metodologia, a utilizar pela Organização, de forma a assegurar o controlo de riscos associados às actividades, processos e equipamentos, que tem implicação na Prevenção e Segurança ocupacionais.

2 – ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Os preceitos estabelecidos neste procedimento aplicam-se a todas as actividades, processos e equipamentos directamente relacionados com a segurança ocupacional na Organização.

3 –SIGLAS, ABREVIATURAS E DEFINIÇÕES

3.1 – Siglas e Abreviaturas

SGSST – Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho

3.2 - Definições

Partes interessadas – Indivíduos ou grupos de indivíduos com interesses ou abrangidos pela área de Prevenção e Segurança da empresa.

Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho - Subconjunto do processo de gestão da Organização que gere os riscos ocupacionais da sua actividade. O Sistema inclui a estrutura organizativa, o planeamento das actividades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, objectivar, rever e manter a Politica de Segurança e Saúde no Trabalho da Organização. No fundo é um sub-sistema, da gestão global da organização, que possibilita a gestão dos riscos ocupacionais relacionados com a actividade da organização.

4 – REFERÊNCIAS

Os documentos que serviram de base à elaboração do presente procedimento foram os seguintes:

OHSAS 18001:1999 - Norma relativa à Área de Prevenção e Segurança

OHSAS 18002:2000 - Norma regulamentadora da OHSAS 18001

Page 52: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

52

5 – RESPONSABILIDADES

5.1 – Representante da Gestão

Aprova as medidas de controlo propostas, cria condições para a sua aplicação de uma forma sustentada e garante o cumprimento do plano estabelecido.

5.2 – Coordenador do SGSST

Propõe as medidas de controlo, ouvindo as partes interessadas.

Procede ao acompanhamento dos planos estabelecidos.

5.3 – Hierarquias

Implementam as medidas preconizadas e superiormente aprovadas.

5.4 – Técnicos SHST

Os técnicos da área de Prevenção e Segurança da Organização participam na elaboração das propostas de objectivos, colaborando com o Coordenador do SGSST, na sua implementação, manutenção e revisão.

Disponibilizam apoio técnico às hierarquias das instalações onde prestam colaboração.

Elaboram e mantêm os Planos de Emergência Interna promovendo a sua divulgação.

Realizam a análise de todos os acidentes ocorridos colaborando na proposta de acções correctivas.

Preparam e realizam acções de Formação/Sensibilização em Prevenção e Segurança de acordo com os programas estabelecidos no procedimento.

Realizam as rotinas de verificação necessárias aos sistemas de socorro de emergência, de acordo com o procedimento.

Colaboram na divulgação dos objectivos do SGSST.

Acompanham e colaboram na aplicação das condições de trabalho.

Colaboram na preparação e realização de acções de Formação/Sensibilização sobre SST.

Colaboram na análise de acidentes.

6 – MODO DE ACTUAÇÃO

Para implementar o SGSST na Organização, deve ser estabelecido um conjunto de procedimentos operacionais e instruções funcionais de forma a controlar os perigos identificados.

Para o estabelecimento desses procedimentos devem ser tidos em consideração os seguintes aspectos:

- Tarefas com risco elevado.

- Materiais perigosos.

- Manutenção e funcionamento dos equipamentos.

- Requisitos legais e normativos.

- Ensaios e testes aos equipamentos de emergência.

- Registo histórico de acidentes e incidentes.

- Opinião das partes interessadas.

Tendo em consideração os aspectos atrás enumerados, o Coordenador do SGSST da Organização deverá coordenar a elaboração do manual de procedimentos operacionais, que dê origem ao conjunto de rotinas que devem ser cumpridas por forma a fornecerem dados para controlo de todos os aspectos em causa.

Uma vez estabelecidas e aprovadas as rotinas necessárias e os respectivos suportes documentais deverá ser desenvolvido um processo de comunicação para que todas as partes interessadas tenham um conhecimento completo sobre as actividades que vão ser desenvolvidas, bem como as respectivas responsabilidades.

7 – ANEXOS

Não aplicável

Page 53: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

53

PREVENÇÃO E CAPACIDADE DE RESPOSTA

Prevenção e capacidade de resposta a emergências (4.4.7) A organização deve estabelecer e manter planos e procedimentos para identificar potenciais acidentes ou incidentes e situações de emergência, e ser capaz de reagir de modo a prevenir e mitigar as prováveis doenças e lesões que possam estar-lhes associadas.

A organização deve rever os seus planos e procedimentos de preparação e resposta a emergências, em particular após ocorrência de incidentes ou situações de emergência.

A organização deve ainda testar periodicamente tais procedimentos, onde praticável.

0 – INTRODUÇÃO

A Organização deverá identificar, em todas as suas instalações, os riscos associados às actividades que nelas se desenvolvem, e, com base na avaliação de tais riscos, organizar e manter planos e procedimentos capazes de responder, na maior extensão possível, aos incidentes e situações de emergência identificados e susceptíveis de ocorrer, por forma a prevenir e minimizar os acidentes e danos a eles associados.

Deverão ser elaborados Planos de Emergência Internos (PEI), que prevejam os procedimentos necessários às intervenções nas situações de emergência tendo em particular atenção as acções a desenvolver após a ocorrência de incidentes ou situações de emergência.

1 – OBJECTIVO

O objectivo do presente procedimento é estabelecer a metodologia para a elaboração dos Planos de Emergência Internos nas instalações da Organização, os quais se consubstanciam num conjunto de disposições que regulamentam e orientam a actuação em caso de acidente, dos meios de intervenção disponíveis nas instalações, e as respectivas acções complementares tendentes a obter apoio externo para as situações mais gravosas.

O estabelecimento dos PEI impõe-se pela necessidade de organizar, de forma sistemática, o accionamento dos sistemas de combate e de socorro face a eventuais situações de sinistro, no sentido de:

avaliar os riscos inerentes às actividades que se desenvolvem nas instalações, e prevenir, na máxima extensão possível, a ocorrência de acidentes provocados pelos riscos potenciais identificados nas instalações;

circunscrever e controlar os incidentes, de forma a minimizar os seus efeitos e a limitar os danos potencialmente ocasionados no homem, no ambiente e nos bens;

aplicar as medidas necessárias para proteger o homem e o ambiente contra os efeitos de acidentes graves;

comunicar as informações necessárias ao público e aos serviços e autoridades territorialmente competentes;

prever medidas para a reabilitação e saneamento do ambiente na sequência de um acidente grave;

minimizar perdas de receitas e redução da disponibilidade dos centros produtores.

2 – ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Este procedimento aplica-se a todos os sectores da Organização.

3 – DEFINIÇÕES, SIGLAS E ABREVIATURAS

3.1 – Siglas e Abreviaturas

PEI – Plano de Emergência Interno

ACPC – Autoridade Competente de Protecção Civil

3.2 - Definições

Plano de Emergência Interno – Conjunto de instruções e/ou procedimentos que regulamentam e orientam os procedimentos e a actuação dos meios de intervenção disponíveis nas instalações e as respectivas acções complementares, tendentes a obter o apoio externo para situações mais gravosas.

Equipas de 1ª Intervenção – Constituídas por elementos efectivos da Organização, que estão preparados para intervir caso sejam declaradas situações de emergência. A sua intervenção é orientada para a contenção da ocorrência, auxilio e cooperação com entidades externas (bombeiros, protecção civil, autoridades, etc.).

Page 54: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

54

Local de Comando – Local definido no PEI onde se efectua a coordenação das actividades de ataque a um sinistro.

Local de Concentração – Local ou locais para onde as pessoas, que não têm função determinada nas situações de emergência, se devem dirigir para se realizar o controlo de evacuação.

4 – REFERÊNCIAS

Os documentos que serviram de base à elaboração do presente procedimento foram os seguintes:

OHSAS 18001:1999 - Norma relativa à Área de Prevenção e Segurança

OHSAS 18002:2000 - Norma regulamentadora da norma OHSAS 18001

Decreto-lei nº 441/91, de 14 Novembro

Decreto-lei nº 133/99, de 21 Abril

Decreto-lei nº 164/2001, de 23 de Maio

5 – RESPONSABILIDADES

5.1 – Representante da Gestão

Promove a elaboração e actualização do PEI, a que o mesmo se reporta, aprova-o e faz a sua homologação.

5.2 – Chefe da Equipa de 1ª Intervenção

Elabora, actualiza e compila toda a documentação afecta ao PEI.

Em caso de emergência dirige as operações no terreno.

5.3 – Técnico SHST

Forma as Equipas de 1ª Intervenção os colaboradores e, em caso de emergência, dirige as operações no terreno.

5.4 – Coordenador do SGSST

Procede à distribuição do PEI e mantém a versão original permanentemente actualizada, a qual constitui a referência a partir da qual serão actualizados todos os outros exemplares.

5.5 – Hierarquias

Mantêm actualizado o exemplar das cópias controladas do PEI que lhes for distribuído.

6 – MODO DE ACTUAÇÃO

O PEI deve contemplar os seguintes aspectos:

Caracterização da Instalação.

Identificação e quantificação dos produtos armazenados, em especial dos potencialmente perigosos.

Identificação dos riscos associados à própria instalação e ao meio envolvente.

Identificação dos meios disponíveis para prevenção, combate e minimização das consequências da ocorrência de sinistros, incluindo a estrutura organizacional, e a estratégia prevista para o efeito.

Identificação dos meios e sistemas de comunicações disponíveis.

Listagem dos cenários de risco:

Identificação / caracterização das situações de perigo.

Actuação em caso de sinistro.

Caracterização funcional das competências, tarefas e responsabilidades de cada elemento da estrutura organizacional.

Identificação dos caminhos de fuga/evacuação e do local de concentração em caso de situações de emergência.

Indicações a pessoal estranho à Organização.

Recomendações sobre formação e treino.

Page 55: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

55

6.1 – Caracterização da Instalação

A caracterização da instalação deve conter, entre outros, os seguintes elementos:

Planta da instalação.

Localização geográfica.

Características técnicas da Central.

6.2 – Produtos armazenados potencialmente perigosos

No PEI deve constar a lista exaustiva dos produtos considerados perigosos, elaborada de acordo com a seguinte ordenação:

Combustíveis.

Óleos.

Solventes.

Gases comprimidos.

Reagentes químicos.

Outros.

6.3 – Caracterização das situações de perigo

A identificação dos perigos potenciais existentes nas instalações deve ser feita com base na respectiva Planta Geral. A natureza dos perigos considerados segue o critério que se encontra descriminado abaixo, devendo existir uma legenda que identifique os diversos locais.

6.3.1 - Perigos internos

Explosão.

Incêndio.

Electrocussão.

Intoxicação.

Asfixia.

Queimaduras.

6.3.2 - Perigos externos

Explosão.

Incêndio.

Intoxicação.

Alteração da ordem pública.

Outros.

6.3.3 - Perigos naturais

Abalos sísmicos.

Inundação.

Ciclone.

Tempestades electromagnéticas.

6.4 – Actuação em caso de sinistro

O PEI deve conter as acções a serem tomadas nas situações específicas de emergência, nomeadamente nas situações referidas no ponto 6.5 deste documento.

O Plano de Emergência e Interno deve estar sempre disponível no Local de Comando.

Para cada uma das situações devem estar perfeitamente referenciados os seguintes dados:

Identificação dos intervenientes que tomarão parte nas acções de emergência.

Definir as competências de cada um dos intervenientes.

Definir o local de controlo das operações (posto central de comando).

Definir os locais de concentração.

Page 56: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

56

Identificar as ligações com os serviços de emergência externos

Bombeiros.

Autoridade Competente de Protecção Civil (ACPC).

Hospitais.

Polícia.

Emergência médica.

O envolvimento de agentes externos no PEI deve ser claramente definido e documentado. Esses agentes deverão tomar conhecimento, o melhor possível, dentro das circunstâncias do seu envolvimento, e contribuir, através dessa informação, para a facilitação das medidas a tomar.

6.5 – Listagem de possíveis cenários de risco

A título meramente exemplificativo foram identificados eventuais cenários de risco, os quais deverão objecto de procedimentos operacionais e adaptados em função das especificidades das instalações da Organização.

Derrame de produtos químicos.

Derrame na descarga de combustível.

Incêndio na oficina de pintura.

Incêndio no armazém de óleos.

Incêndio num reservatório de combustível.

Incêndio no edifício dos serviços administrativos.

Incêndio no refeitório.

Incêndio num quadro eléctrico.

Incêndio numa esteira de cabos eléctricos.

Incêndio ou fuga de gás no parque de propano.

Page 57: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

57

EXERCÍCIOS EXERCICIO 1

Elabore um cenário de risco e diga como actuaria.

RESOLUÇÕES EXERCICIO 1

Conforme o caso em questão.

BIBLIOGRAFIA ACONSELHADA

PINTO, ABEL, Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho, 1º Edição, Edições Sílabo, Lda.

OHSAS 18001:1999 – Relativo à actividade de prevenção e segurança

OHSAS 18002:2000 – Norma reguladora da Norma OHSAS 18001

LINKS DE INTERESSE

http://www.naturlink.pt/canais/Artigo.asp?iArtigo=12592&iLingua=1

www.ishst.pt/

Page 58: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

58

6 VERIFICAÇÃO E ACÇÃO

CORRECTIVA

OBJECTIVOS E CONTEÚDOS DO CAPÍTULO Esta fase de monitorização e medição é constituída pelos seguintes quatro requisitos:

- Monitorização e avaliação de desempenho

- Acidentes, não conformidades e acções correctivas

- Registos e gestão de registos

- Auditorias

MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO

Monitorização e medição do desempenho (4.5.1) A organização deve estabelecer e manter procedimentos para monitorizar e medir, periodicamente, o desempenho em SST. Esses procedimentos devem providenciar:

- As medidas qualitativas e quantitativas, apropriadas às necessidades da organização;

- A monitorização da extensão em que são atingidos os objectivos de SST da organização;

- As medições pró-activas do desempenho que monitorizam a conformidade com o programa de gestão de SST, com critérios operacionais e com os requisitos legais e regulamentares aplicáveis;

- As medições reactivas do desempenho para a monitorização de acidentes, danos para a saúde, incidentes (incluindo os quase acidentes) e outras evidências históricas do desempenho deficiente em SST;

- O registo dos dados e dos resultados da monitorização e da medição que sejam suficientes para permitirem as subsequentes análises das acções preventivas e correctivas.

Se for requerido equipamento de monitorização para medir e monitorizar o desempenho, a organização deve estabelecer e manter procedimentos para a calibração e a manutenção desse equipamento. Devem ser conservados os registos das actividades de calibração e de manutenção, bem como os respectivos resultados.

0 – INTRODUÇÃO

Não aplicável

1 – OBJECTIVO

O objectivo deste procedimento é definir a metodologia, a utilizar pela Organização, para a identificação dos parâmetros de avaliação de desempenho do SGSST.

Estes parâmetros devem ser escolhidos de forma a efectuar um correcto acompanhamento da implementação do Sistema, permitindo determinar, em tempo útil, se:

- A Política do SGSST e respectivos objectivos estão a ser atingidos;

- O Controlo de Riscos está implementado e é eficaz;

- Estão a ser considerados os ensinamentos que resultam da detecção de anteriores falhas no Sistema;

- Os programas de consciencialização, treino, comunicação e consulta das partes interessadas são eficazes.

Page 59: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

59

2 – ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Os preceitos estabelecidos neste procedimento aplicam-se a todas as actividades, processos, equipamentos e procedimentos relacionados com a SST da Organização.

3 –SIGLAS, ABREVIATURAS E DEFINIÇÕES

3.1 – Siglas e Abreviaturas

SST – Segurança e Saúde no Trabalho

3.2 - Definições

Não aplicável

4 – REFERÊNCIAS

Os documentos que serviram de base à elaboração do presente procedimento foram os seguintes:

OHSAS 18001:1999 - Norma relativa à Área de Prevenção e Segurança

OHSAS 18002:2000 - Norma regulamentadora da OHSAS 18001

BS 8.800 – Norma relativa à análise de Risco.

5 – RESPONSABILIDADES

5.1 –Representante da Gestão

Aprova as medidas de acompanhamento e avaliação de desempenho do SGSST, criando condições para o envolvimento de toda a estrutura no Sistema.

5.2 – Restantes trabalhadores

Conhecer as actividades inerentes a este procedimento competindo-lhes a indicação de sugestões no sentido de melhorar os aspectos de Prevenção e Segurança em toda a instalação.

6 – MODO DE ACTUAÇÃO

O acompanhamento e a avaliação de desempenho são uma parte essencial do SGSST. Para se poder efectuar este conjunto de actividades é necessário definir, para a Organização, um conjunto de indicadores que possam ser tomados como referência.

Devem ser implementados dois tipos de acompanhamento e avaliação:

Pró-activo – destinado a avaliar o envolvimento da Organização no SGSST, por exemplo através da participação eficaz das partes interessadas no Controlo de Risco.

Reactivo – destinado a investigar, analisar e registar as falhas do Sistema nas quais se incluem obrigatoriamente, os acidentes e incidentes.

6.1 – Listagem de dados para a avaliação pró-activa.

Apresenta-se em seguida uma lista, não exaustiva, de dados a recolher para o acompanhamento e avaliação do SGPS. Deve ser estabelecida a listagem específica de forma a estabelecer um controlo eficaz

Qual a percentagem dos objectivos propostos de que foi conseguida a realização. Qual o grau de envolvimento da estrutura hierárquica no SGSST. Qual o grau de conhecimento sobre a Política de Segurança na instalação. Qual o número de trabalhadores envolvidos em treino de Prevenção e Segurança. Qual o grau de eficácia das acções de formação Qual a percentagem de análises de risco efectuadas em relação ás análises necessárias. Qual o grau de envolvimento dos trabalhadores no Controlo de Risco. Qual o grau de comprometimento com os procedimentos instituídos. Qual o número de hierarquias que realizam rondas de Segurança. Qual o tipo de atitude das hierarquias face ao Risco e ao Controlo do Risco. Qual o conhecimento das hierarquias sobre Riscos e Controlo de Riscos. Qual a frequência das auditorias. Qual o tempo de implementação das melhorias preconizadas nas auditorias. Qual a frequência de reuniões sobre auditorias. Qual a eficácia das reuniões sobre SGSST.

Page 60: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

60

6.2 – Listagem de dados para avaliação reactiva.

Alguns dos dados passíveis de contribuir para a avaliação reactiva estão descriminados na lista seguinte:

Números de actos efectuados sem segurança.

Número de condições sem segurança detectadas.

Número de quase–acidentes.

Prejuízos decorrentes de acidentes.

Ocorrências perigosas registadas.

Número de acidentes sem baixa.

6.3 – Tipos de avaliação.

Nos processos de avaliação a desenvolver tem que ser levado em consideração que podem ser obtidas medidas de quatro tipos diferentes.

Objectivas

Subjectivas

Quantitativas

Qualitativas

Face ao elevado número de dados a coligir no acompanhamento e avaliação será necessário combinar os diferentes tipos indicados, havendo por isso que estabelecer padrões para cada um deles.

6.4 – Técnicas de medição.

Para se obterem os dados necessários à avaliação, indicados de forma não exaustiva em 6.1 e 6.2, é necessário utilizar um conjunto diferenciado de métodos de recolha dessa informação.

Indicam-se de seguida, alguns dos métodos possíveis.

Inspecções sistemáticas utilizando listas de verificação.

Rondas de Prevenção e Segurança

Inspecção a equipamentos específicos com relevância para a Prevenção e Segurança da instalação.

Análises pontuais ao Sistema, examinando aspectos específicos do SGSST.

Análises pontuais a aspectos ambientais (exposição ao ruído, elementos químicos, etc.).

Análises pontuais sobre os aspectos comportamentais.

Análise da qualidade da documentação e registos.

Reuniões de comparação sobre as boas práticas de Prevenção e Segurança com outras organizações.

6.5 – Resultados do acompanhamento e avaliação

Os dados a recolher para a avaliação em 6.1 deverão ser conjugados com as técnicas de medição do 6.4, de modo a serem criados parâmetros ou indicadores uniformes e mensuráveis para uma avaliação fidedigna e correcta de modo a permitir atempadamente o desenvolvimento de acções correctivas.

Dever-se-á definir quais os parâmetros que devem sofrer um processo de acompanhamento e qual deverá ser a frequência da respectiva avaliação, tendo como base de referência o nível dos riscos existentes no local.

É necessário levar em consideração que, independentemente dos riscos existentes, existem inspecções a determinados equipamentos que são definidas por lei.

Assim apresentam-se a seguir um conjunto de sugestões para os documentos a produzir:

Procedimento de acompanhamento e medição.

Calendarização das inspecções.

Lista de equipamentos críticos.

Listas de verificação para inspecções de equipamento.

Listas de verificação para condições locais de trabalho

Registos de Calibrações.

Relatórios de não-conformidade.

Page 61: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

61

ACIDENTES, NÃO CONFORMIDADES E ACÇÕES CORRECTIVAS E PREVENTIVAS

Acidentes, não conformidades e acções correctivas (4.5.2) A organização deve estabelecer e manter procedimentos para definir responsabilidades e a autoridade para:

a) O tratamento e a investigação de:

• Acidentes;

• Incidentes;

• Não conformidades;

b) Empreender as acções destinadas a mitigar quaisquer consequências de acidentes, incidentes ou não conformidades;

c) A iniciação e conclusão de acções correctivas e preventivas;

d) A confirmação da eficácia das acções correctivas e preventivas tomadas.

Estes procedimentos devem exigir que todas as acções correctivas e preventivas propostas devam ser revistas através do processo de avaliação de riscos antes da sua implementação.

Todas as acções, correctivas ou preventivas, destinadas a eliminar as causas de não conformidades reais e potenciais devem ser apropriadas à dimensão dos problemas e proporcionais aos riscos para a SST encontrados.

A organização deve implementar e registar todas as alterações nos procedimentos documentados resultantes das acções correctivas e preventivas.

0 – INTRODUÇÃO

Um acidente de trabalho é uma situação imprevista, que provoca danos físicos e ou psíquicos a qualquer trabalhador, perante a qual surgem as mais diversas reacções, tanto da parte do sinistrado como da parte das testemunhas.

É nos instantes imediatos, que terão que ser tomadas as medidas, estritamente necessárias, para socorro ao sinistrado e que poderão minimizar padecimentos futuros e, por vezes salvar-lhe a vida. É por isso, que existe enquadramento legal que enuncia os princípios e medidas a tomar, em caso de acidentes, nomeadamente a Lei n.º 100/97, de 13 de Setembro.

A Organização tem como preocupação a preparação de todos os trabalhadores para a prestação de primeiros socorros a sinistrados até à chegada dos profissionais de Saúde.

Para o efeito, a Organização promove a formação de equipas de socorristas, distribuídos por áreas de trabalho e edifícios industriais ou administrativos.

1 – OBJECTIVO

O objectivo do presente procedimento, é definir todas as normas a observar e os princípios de actuação, perante a ocorrência de um acidente de trabalho, e/ou doença súbita, por forma, a minimizar as respectivas consequências e garantir a execução dos necessários procedimentos administrativos.

2 – ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Este procedimento aplica-se a todos os trabalhadores da Organização e aos trabalhadores das entidades externas a prestar serviços nas instalações da empresa no que respeita à actuação em caso de acidente e análise de acidentes.

3 –SIGLAS, ABREVIATURAS E DEFINIÇÕES

3.1 – Siglas e Abreviaturas

DRH – Direcção de Recursos Humanos.

IGT – Inspecção-geral de Trabalho

DRH – Direcção de Recursos Humanos

SGSST - Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho

Page 62: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

62

3.2 - Definições

Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho - Subconjunto do processo de gestão da Organização que gere os riscos ocupacionais da sua actividade. O Sistema inclui a estrutura organizativa, o planeamento das actividades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, objectivar, rever e manter a Politica de Segurança e Saúde no Trabalho da Organização. No fundo é um sub-sistema, da gestão global da organização, que possibilita a gestão dos riscos ocupacionais relacionados com a actividade da organização.

Acidente - Define-se um acidente como um acontecimento súbito e anormal, que interrompe uma actividade e provoca danos físicos ou psíquicos em pessoas, ou danos em instalações, equipamentos e materiais.

Acidente grave - Considera-se acidente grave todo aquele que provoque a morte ou previsível incapacidade permanente.

Acidente de trabalho - São caracterizados como acidente de trabalho na legislação aplicável:

a) acidente que se verifica no local e no tempo de trabalho e produza directa ou indirectamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte redução na capacidade de trabalho ou de ganho ou a morte;

b) acidente ocorrido no trajecto de ida e de regresso para e do local de trabalho, nos termos dos referidos nos acidentes “in itinere”;

c) ocorrido na execução de serviços espontaneamente prestados e de que possa resultar proveito económico para a entidade empregadora;

d) ocorrido no local de trabalho, quando no exercício do direito de reunião ou de actividade de representante dos trabalhadores, nos termos da lei;

e) ocorrido no local de trabalho, quando em frequência de curso formação profissional ou, fora do local de trabalho, quando exista autorização expressa da entidade empregadora para tal frequência;

f) ocorrido em actividade de procura de emprego durante o crédito de horas para tal concedido por lei aos trabalhadores com processo de cessação de contrato de trabalho em curso;

g) ocorrido fora do local de trabalho ou do tempo de trabalho, quando verificado na execução de serviços determinados pela entidade empregadora ou por esta consentidos;

h) ocorrido no local de pagamento da retribuição, enquanto o trabalhador aí permanecer para o efeito;

i) ocorrido no local onde ao trabalhador deva ser prestada qualquer forma de assistência ou tratamento por virtude de anterior acidente e enquanto aí permanecer para esses fins.

Acidentes “in itinere” - Nos acidentes ocorridos no trajecto de ida e de regresso para e do local de trabalho, estão compreendidos os acidentes que se verifiquem no trajecto normalmente utilizado e durante o período de tempo ininterrupto habitualmente gasto pelo trabalhador:

a) entre a sua residência habitual ou ocasional, desde a porta de acesso para as áreas comuns do edifício ou para a via pública, até às instalações que constituem o seu local de trabalho;

b) entre qualquer dos locais referidos na alínea precedente e os mencionados nas alíneas h) e i);

c) entre o local de trabalho e o local de refeição;

d) entre local onde por determinação da entidade empregadora presta qualquer serviço relacionado com o seu trabalho e as instalações que constituem o seu local de trabalho habitual.

Não deixa de se considerar acidente de trabalho o que ocorrer quando o trajecto normal tenha sofrido interrupções ou desvios determinados pela satisfação de necessidades atendíveis do trabalhador, bem como por motivo de força maior ou por caso fortuito.

Comunicação do acidente - O acidentado ou o trabalhador mais qualificado no local do acidente transmite à hierarquia responsável pelo departamento ou instalação, por via oral ou escrita, a identificação do acidentado e as circunstâncias em que se deu o acidente.

Participação do acidente - Todos os acidentes (com baixa ou sem baixa) cobertos pela apólice de Seguro de Acidentes de Trabalho (conforme classificados no esquema seguinte), devem ser objecto de participação através do preenchimento do impresso próprio e criado para o efeito. Relembra-se que este impresso tem de ser codificado.

Local de trabalho - Entende-se todo o lugar em que o trabalhador entra ou deva dirigir-se em virtude do seu trabalho e em que esteja, directa ou indirectamente, sujeito ao controlo do empregador.

Tempo de trabalho - Entende-se por tempo de trabalho, além do período normal de laboração, o que preceder o seu início, em actos de preparação ou com ele relacionados, e o que lhe seguir também com ele relacionados, e ainda as interrupções normais ou forçosas de trabalho.

Page 63: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

63

4 – REFERÊNCIAS

Os documentos que serviram de base à elaboração do presente procedimento foram os seguintes:

OHSAS 180011999 - Norma relativa à Área de Prevenção e Segurança

OHSAS 18002:2000 - Norma regulamentadora da OHSAS 18001

Decreto-Lei n.º 143/99 de 30/04/99

Decreto-Lei n.º 441/91 de 14/11/91 - Estabelece o regime jurídico do enquadramento da segurança, higiene e saúde no trabalho (SHST).

Decreto-Lei n.º 360/71, de 21 de Agosto.

Lei n.º 100/97 de 13/09/97 - Aprova o novo regime jurídico dos acidentes de trabalho e das doenças profissionais

Lei n.º 100/97, de 13 de Setembro

Portaria n.º 53/71, de 3 de Fevereiro

Portaria n.º 702/80, de 22 de Setembro

5 – RESPONSABILIDADES

5.1 – Direcção de Recursos Humanos

Elabora e propõe o conjunto de Procedimentos para a Actuação, Participação e Estudo de Acidentes, Incidentes e Não Conformidades de acordo com a estrutura central e locais de Prevenção e Segurança.

5.2 – Hierarquias

A hierarquia directa do acidentado participa o acidente do seu subordinado.

A hierarquia directa do acidentado faz o estudo do acidente, reúne os elementos previstos e elabora a ficha de estudo do acidente no prazo de 10 dias úteis após o acidente.

5.3 – Restantes trabalhadores

Compete a todos os trabalhadores ou às testemunhas presenciais a comunicação de imediato da ocorrência do acidente e descrever a ocorrência.

6 – MODO DE ACTUAÇÃO

O presente procedimento estabelece a metodologia a seguir no caso de acidente. Nos Anexos 7.1, 7.2 e 7.3, estão indicadas as regras a seguir.

No Anexo 7.1 (Actuação no Acidente), estão estabelecidos os procedimentos relativos à actuação no imediato ou seja, na situação perante o facto. As medidas serão tomadas pelas testemunhas ou intervenientes (ou não) no acidente, pelas estruturas da Prevenção e Segurança ou pela hierarquia do acidentado, numa óptica de que o auxilio deve ser imediato e sempre como primeira preocupação.

No Anexo 7.2 (Participação do Acidente), estão descritos os procedimentos para a participação do acidente. São os aspectos legais e administrativos que são necessários cumprir, e que servirão de base à elaboração das estatísticas.

No Anexo 7.3 (Análise do Acidente), estabelece-se a metodologia para o estudo do acidente incluindo a formatação dos documentos que devem ser preenchidos.

7 – ANEXOS

7.1 – Actuação no Acidente

7.1.1 – Actuação Imediata

Em face de uma ocorrência, deve prestar-se de imediato assistência ao sinistrado de acordo com a gravidade do acidente.

O responsável pelos trabalhos ou o trabalhador mais qualificado deve conduzir o acidentado para local de prestação dos cuidados de tratamento (Posto Médico ou Hospital) conforme a gravidade do acidente o exija. No caso de acidente muito grave devem ser chamados socorros de serviços especializados (paramédicos ou outros serviços afins), e assegurar apenas os primeiros socorros por alguém habilitado no local.

7.1.2 – Comunicação do Acidente

O responsável dos trabalhos, ou o trabalhador mais qualificado que se encontra no local do acidente deve informar, de imediato, a hierarquia da ocorrência para que sejam tomadas todas as medidas formais

Page 64: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

64

necessárias, pois pode ser necessário substituir de imediato o trabalhador no caso desse posto de trabalho poder pôr em risco a instalação ou a garantia do serviço.

7.1.3 - Assistência a sinistrados conduzidos ao hospital

Após ter sido tomada a decisão de envio do sinistrado ao hospital (pelo Posto Médico, pelos paramédicos, ou por qualquer responsável da instalação), o sinistrado deve ser acompanhado por um trabalhador (com noções de 1ºs Socorros).

7.2 – Participação do Acidente

7.2.1 - Introdução

É importante que a participação do acidente seja correctamente efectuada. A sua não participação, ou uma participação mal feita pode vir a causar graves prejuízos ao trabalhador e à empresa. Sublinha-se nomeadamente, o respeito pelos prazos legalmente estabelecidos, para que sobre a empresa não venham a incidir coimas pelo seu não cumprimento.

É também através da participação de acidentes que a Prevenção e Segurança e a Medicina do Trabalho tomam conhecimento de parte significativa dos acidentes ocorridos, nomeadamente, daqueles que se revestem de menor gravidade, mas cujo conhecimento é essencial para um controlo mais eficaz dos riscos.

7.2.2 - Domínio de Aplicação

Os preceitos descritos aplicam-se a todos os acidentes cobertos pela Apólice de Acidentes de Trabalho.

Para além dos trabalhadores pertencentes ao quadro permanente de pessoal, os contratados a termo, bolseiros e estagiários remunerados devem estar abrangidos pela Apólice de Acidentes de Trabalho.

7.2.3 - Participação dos Acidentes

Todos os acidentes (com baixa ou sem baixa) cobertos pela apólice de Seguro de Acidentes de Trabalho devem ser objecto de participação.(DL 362/93, de 15 de Outubro).

a) Participação pela hierarquia

A hierarquia responsável pelo departamento a que pertence o acidentado, preenche uma Participação de Acidente, nos dados que lhe dizem respeito e procede ao seu envio para a DRH, no prazo de 24 horas após a ocorrência do sinistro.

b) Intervenção da Direcção de Recursos

Depois de receber a Participação de Acidente, deve:

– Completar os dados administrativos na ficha de Participação de Acidente.

– Participar à Companhia de Seguros, no prazo de 24 horas após a recepção da Participação do Acidente.

– Divulgar cópias da Participação do Acidente pelas seguintes entidades:

– Representante da Gestão;

– Dep. de Prevenção e Segurança.

7.2.4 – Comunicação Interna de Acidentes Graves

Quando os acidentes forem considerados graves ou mortais devem ser de imediato comunicados, pela hierarquia às seguintes entidades:

– Administração da Empresa;

– Direcção de Recursos Humanos

– Medicina do Trabalho para acompanhamento da situação.

Deve ser indicada a identidade do acidentado, se é de trabalhador da empresa ou de prestador de serviços, local de trabalho, local do acidente, data e hora, tipo de acidente e principais consequências aparentes.

7.2.5 – Comunicação a entidades Externas de Acidentes Graves

De uma forma condensada indicam-se a seguir quais as entidades exteriores à empresa a quem se deve participar os acidentes ocorridos bem como quais os responsáveis por essas participações:

Companhia de Seguros - todos os acidentes ocorridos com trabalhadores da empresa a efectuar pela Direcção de Recursos Humanos, no prazo de 24 horas;

Direcção Geral de Energia (DGE) ou à Delegação Regional do Ministério da Indústria e Energia (DRIE) - os acidentes ou desastres ocorridos nas instalações eléctricas propriamente ditas, a efectuar pelo representante da Gestão, ou seu delegado, no prazo de 3 dias a contar da data da ocorrência;

Page 65: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

65

Inspecção-geral de Trabalho ou sua Subdelegação territorialmente competente:

– os acidentes mortais ou particularmente graves ocorridos, a efectuar pelo Representante da Gestão, ou seu delegado, nas 24 horas seguintes à ocorrência. (art. 14º da DL 144/99, de 14 de Novembro).

– os acidentes mortais ou particularmente graves ocorridos com trabalhadores independentes, a efectuar, quando for o caso:

– na qualidade de Coordenador em matéria de segurança e saúde da obra, ou

– na qualidade de Dono da obra, caso na obra não exista nem Coordenador em matéria de segurança e saúde da obra nem Director da obra.

Esta comunicação deve ser feita no prazo de 24 horas.

Para o efeito, abaixo mostra-se um modelo da carta a enviar à IGT.

____________________________________________________________________________________

IGT – Inspecção-geral de Trabalho

(ou sua Subdelegação)

(morada)

Assunto: Acidente(s) de Trabalho

Exmos. Senhores

Em conformidade com o disposto no (referir o documento ou documentos legais em que se enquadra a

participação), comunica-se que o trabalhador abaixo(*) indicado sofreu um acidente de trabalho mortal/ particularmente grave:

Nome:....................................................................................

Residência:.............................................................................

Naturalidade:……………………….Data de Nascimento: ......./......./......

Categoria Profissional:…………………………………………………………………….…

Estabelecimento:…………………......................................................

Local do Acidente:....................................................................

Data do Acidente ......./......./.......

Seguradora: (no caso de trabalhador da empresa)

Breve descrição do acidente:

Com os nossos cumprimentos.

(*) Referir se é trabalhador da Empresa, de prestado externos de serviços (indicar o nome) ou trabalhador independente.

____________________________________________________________________________________

7.3 – Análise do Acidente

7.3.1 - Introdução

Compete às chefias zelar para que a análise dos acidentes de trabalho seja feita sistematicamente em todos os casos incluindo os quase-acidentes e os incidentes, e não apenas os acidentes com baixa ou os acidentes graves, e seja suficientemente explícito para que a análise resultante possa ser explorada como factor de melhoria da prevenção.

O estudo do acidente é indispensável não apenas para evitar que, o mesmo conjunto de factos que originaram o acidente de novo se produza, mas também para enriquecer toda a experiência adquirida e evoluir para métodos de trabalho mais seguros.

Ao associar todas as pessoas envolvidas, e ao divulgar, pelas vias mais eficazes, os conhecimentos adquiridos, o estudo do acidente constitui igualmente um meio privilegiado de sensibilização dos trabalhadores.

Page 66: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

66

7.3.2 - Modo de Actuação

Todos os acidentes, quase-acidentes ou incidentes significativos deverão ser objecto de análise, feito pelo responsável hierárquico do departamento onde se deu a ocorrência, que dará origem à elaboração de um Relatório de Acidente.

Nesta análise devem participar:

– Responsável hierárquico;

– Coordenador do SGSST;

– acidentado sempre que possível;

– testemunhas da ocorrência, se existirem e se for julgado necessário.

O relatório elaborado deverá ser distribuído, no prazo de cerca de 10 dias úteis após a ocorrência, às seguintes entidades:

– Representante da Gestão

– Responsável do Dep. de Prevenção e Segurança

O Director deverá dar conhecimento a todas as partes interessadas.

7.3.3 - Reuniões de Análise

a) Reunião Mensal

As reuniões para conhecimento e análise dos aspectos da Prevenção e Segurança, com incidência específica na análise de acidentes, deverão realizar-se em simultâneo e de acordo com o previsto. (Comunicação e Divulgação).

b) - Reunião da Comissão de Segurança

Deverão existir, pelo menos, reuniões trimestrais da Comissão de Segurança do estabelecimento onde os assuntos relacionados com a análise de acidentes serão abordados para que as conclusões retiradas dessas análises sejam devidamente discutidas e divulgadas a todas as partes interessadas.

c)- Reunião Trimestral

Trimestralmente deverá ser realizada uma reunião, para discussão da temática dos acidentes de trabalho, onde deverão participar as seguintes entidades:

– Representante da Gestão

– Coordenador do SGSST

– Responsável Dep. de Prevenção e Segurança

REGISTOS E GESTÃO DE REGISTOS

Registos e gestão de registos (4.5.3) A organização deve estabelecer e manter procedimentos para a identificação, manutenção e eliminação de registos da SST, bem como dos resultados das auditorias e das revisões.

Os registos de SST devem ser legíveis, identificáveis e rastreáveis às actividades envolvidas. Os registos de SST devem ser conservados e mantidos de forma a serem rapidamente consultáveis e devem ser protegidos contar danos, deterioração ou perda. Os seus tempos de retenção dessem ser estabelecidos e registados.

Os registos devem ser mantidos, da forma mais adequada ao sistema e à organização, para demonstrar a sua conformidade com esta especificação OHSAS.

0 – INTRODUÇÃO

A organização deve estabelecer e manter procedimentos para a identificação, manutenção, disponibilização e eliminação de registos pertencentes ao Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho.

Page 67: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

67

1 – OBJECTIVO

Estabelecer as regras e definir os critérios de identificação, manutenção , acesso, eliminação e controlo dos registos gerados pelo SGSST.

2 – ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Aplica-se aos registos gerados de forma periódica em consequência da aplicação do SGSST, bem como aos trabalhadores envolvidos.

3 – SIGLAS, ABREVIATURAS E DEFINIÇÕES

3.1 – Siglas e Abreviaturas

SGSST – Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho.

PS – Prevenção e Segurança

3.2 - Definições

Registos do SGSST – Entende-se por registos do SGSST toda a informação que permite demonstrar a implementação efectiva do Sistema nas instalações, evidenciando assim as actividades desenvolvidas e os resultados obtidos.

São exemplos de registos do Sistema, entre outros, os seguintes:

– Registos de Formação;

– Relatórios de Inspecções;

– Relatórios/Participações de Acidentes/Incidentes;

– Relatórios de Seguimento de Acidentes/Incidentes;

– Actas de Reuniões;

– Participação de todos os acidentes de trabalho;

– Declaração CE de conformidade e equipamentos;

– Fichas de Aptidão Médica;

– Lista de baixas por doença, com referência às causas;

– Outros Relatórios de Medicina Preventiva;

– Relatórios de Auditorias Internas e Externas;

– Relatórios de Intervenções em Emergências;

– Fichas de Segurança dos produtos;

– Relatórios de Revisões do Sistema;

– Documentação sobre a Identificação de Perigos, Avaliação de Riscos e seu Controlo;

– Programas de Gestão, Planos de Melhorias e seu Acompanhamento.

4 – REFERÊNCIAS

Os documentos que serviram de base à elaboração do presente procedimento foram os seguintes:

OHSAS 18001:1999 - Norma relativa à Área de Prevenção e Segurança

OHSAS 18002:2000 - Norma regulamentadora da OHSAS 18001

5 – RESPONSABILIDADES

5.1 –Representante da Gestão

Aprova a listagem inicial de todos os tipos de registos e as suas revisões, na qual se definirá, a sua classificação como permanente ou temporário.

Autoriza o acesso a registos cujos conteúdos tenham carácter de confidencialidade.

Autoriza a destruição de registos temporários.

Page 68: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

68

5.2 – Coordenador do SGSST

Zela pelo arquivo dos registos que lhe forem cometidos.

Manterá uma listagem de todos os tipos de registo, na qual se definirá, a sua classificação como permanente ou temporário.

5.3 – Hierarquias

São responsáveis pelo cumprimento do procedimento referente aos registos que lhe forem atribuídos.

6 – MODO DE ACTUAÇÃO

Os registos do SGSST são todos os que contêm informação e documentam as actividades relacionadas com o referido sistema baseadas em observações, medições ou ensaios realizados de acordo com instruções concretas, previamente estabelecidas e definidas nos manuais do SGSST.

6.1 – Identificação dos registos

Os registos do SGSST devem estar completamente preenchidos, ser legíveis, identificáveis e rastreáveis à actividade que lhes deu origem, devem ser facilmente recuperáveis, ter um tempo de retenção definido e estarem arquivados com segurança protegidos de deterioração ou perda. Devem ter a seguinte estrutura base:

• Título;

• Actividade ou processo que o gerou;

• Quem fez o registo;

• Data do registo;

• Número do registo.

6.2 – Definição dos registos

O detalhe relativo ao formato de cada tipo de registo gerado, a responsabilidade da sua execução e arquivo e o seu eventual circuito de distribuição, está definido nos procedimentos respectivos.

6.3 – Preenchimento dos registos

Os registos são preenchidos correctamente e de forma legível pelos colaboradores que tenham sido identificados nos procedimentos. Os registos devem ser rubricados e datados. Os executantes pelo preenchimento dos registos e seu arquivo são responsáveis por estes, e devem assegurar-se que não são deteriorados, destruídos ou alterados.

Os elaborados em suporte de papel serão arquivados em Pastas devidamente identificadas, os produzidos em suporte informático serão arquivados em Processos criados no Sistema de Gestão Documental.

6.4 – Acesso aos registos

Os registos, sendo documentos sujeitos a controlo deverão ser consultados, em princípio, nos próprios locais de arquivo, excepcionalmente fora deles, desde que autorizado pelo respectivo responsável.

Sempre que nos registos existirem conteúdos de dados pessoais ou informações da instalação com carácter de confidencialidade, o seu acesso, deverá ser restringido, e só autorizado pelo Representante da Gestão.

6.5 – Período de retenção dos registos

Os registos deverão ser considerados como permanentes ou temporários.

Registos permanentes são os que cumprem os seguintes requisitos:

• valor significativo para demonstração da capacidade da empresa no cumprimento dos requisitos legais em vigor;

• importância na determinação da causa de um determinado acidente ou incidente;

• informação básica para a realização de auditorias.

Os registos permanentes devem conservar-se nos arquivos durante todo o período de funcionamento da empresa.

Os registos temporários são aqueles que não cumprem os requisitos que definem um registo permanente. Estes registos arquivam-se durante 5 anos, após os quais será elaborada uma listagem dos mesmos, que será apresentada ao Representante da Gestão, para autorizar a sua destruição, passando a listagem a constituir um registo permanente.

O Coordenador do SGSST manterá uma listagem de todos os tipos de registo, na qual se definirá, a sua classificação como permanente ou temporário. A listagem inicial e as suas revisões serão sujeitas a aprovação do Representante da Gestão.

Page 69: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

69

AUDITORIAS

Auditorias (4.5.4) A organização deve estabelecer e manter um programa de auditoria e procedimentos para a realização de auditorias periódicas ao sistema de gestão de SST, de forma a:

a) Determinar em que medida o sistema de gestão de SST - Está em conformidade com as disposições planeadas para a gestão da SST; - Foi adequadamente implementado e mantido; e - É efectivo para atingir a politica e os objectivos da organização;

b) Rever os resultados de auditorias anteriores;

c) Fornecer à Gestão informações sobre os resultados das auditorias.

O programa das auditorias da organização, incluindo a sua calendarização, deve basear-se nos resultados de avaliações de risco das actividades da organização, e nos resultados de auditorias anteriores. Para serem abrangentes, os procedimentos da auditoria devem incluir o âmbito da auditoria, a frequência, as metodologias e as competências, bem como as responsabilidades e os requisitos para a realização de auditorias e para a comunicação dos respectivos resultados.

Sempre que seja possível, as auditorias devem ser realizadas por pessoas independentes das que têm responsabilidades directa pela actividade que esteja a ser examinada.

Nota: A palavra «independente» aqui mencionada não significa necessariamente exterior à organização.

0 – INTRODUÇÃO

A implementação de um SGSST segundo a OHSAS 18.001:1999 tem como requisito básico a actualização de programas e procedimentos para que se realizem, de forma periódica, auto-avaliações ao Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho, por forma a determinar se o Sistema cumpre os planos estabelecidos para a Gestão da Prevenção e Segurança, incluindo os requisitos da OHSAS 18001:1999, e se foi adequadamente implementado e mantido.

1 – OBJECTIVO

Definir responsabilidades e orientações para a implementação de um programa de auditorias internas com o fim de comprovar periodicamente o correcto cumprimento dos procedimentos do SGSST implementando a concordância destes procedimentos com os requisitos exigidos pela Política de Segurança, pela legislação vigente e pela OHAS 18001:1999.

2 – ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Aplica-se ao estabelecimento do alcance da Auditoria Interna, da frequência, das metodologias, das responsabilidades e dos requisitos para a sua condução e emissão do relatório de resultados.

3 – SIGLAS, ABREVIATURAS E DEFINIÇÕES

3.1 – Siglas e Abreviaturas

SGSST – Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho

EN – Norma Europeia

NP – Norma Portuguesa

Dep. PS –Departamento de Prevenção e Segurança

3.2 - Definições

Auditoria Interna do SGSST – Processo de verificação sistemático e documentado, executado para obter e auditar, de forma objectiva, evidências que determinem se o SGSST de uma organização está em conformidade com as disposições estabelecidas pela organização, e se são adequados aos objectivos.

Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho - Subconjunto do processo de gestão da Organização que gere os riscos ocupacionais da sua actividade. O Sistema inclui a estrutura organizativa, o planeamento das actividades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, objectivar, rever e manter a Politica de Segurança e Saúde no Trabalho da Organização. No fundo é um sub-sistema, da gestão global da organização, que possibilita a gestão dos riscos ocupacionais relacionados com a actividade da organização.

Page 70: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

70

Manual de Auditoria Interna– Constituído por um conjunto de listas de verificação, a seguir durante a realização da auditoria, elaboradas com base na legislação aplicável, em documentação de referência e em documentação aplicável.

4 – REFERÊNCIAS

Os documentos que serviram de base à elaboração do presente procedimento foram os seguintes:

OHSAS 18001:1999 - Norma relativa à Área de Prevenção e Segurança

OHSAS 18002:2000 - Norma regulamentadora da OHSAS 18001

5 – RESPONSABILIDADES

5.1 – Representante da Gestão.

Nomeia o Coordenador da Auditoria Interna

Aprova o Programa da Auditoria Interna.

Nomeia a Equipa de Auditoria Interna.

Analisa e aprova o relatório das Auditorias Internas e o plano de melhorias.

Divulga o relatório final da Auditoria Interna, a todos os departamentos da Central, à Direcção e ao RHPS.

5.2 – Coordenador do SGSST

Assegura que o plano de melhorias está a ser implementado.

5.3 – Coordenador da Auditoria Interna

Elabora o Programa da Auditoria Interna em conjunto com a equipa.

Entrega o Programa da Auditoria Interna ao Representante da Gestão, para aprovação.

Distribui o Manual de Auditoria Interna aos elementos da equipa de auditoria.

Coordena a equipa e os trabalhos de auditoria.

Procura resolver quaisquer eventuais problemas que surjam durante o processo.

Procede à uniformização das classificações adoptadas e à consolidação das não-conformidades.

Elabora o relatório da Auditoria Interna e o plano de melhorias.

5.4 - Equipa de Auditoria Interna

Procede à preparação dos trabalhos de auditoria.

Realiza os trabalhos de auditoria de acordo com as instruções do Manual de Auditoria Interna.

Preenche e entrega ao Coordenador da Auditoria Interna a parte do Manual de Auditoria Interna que lhe esteja atribuída.

6 - MODO DE ACTUAÇÃO

O Programa de Auditoria Interna deve ser elaborado anualmente, com base no conjunto de actividades que se desenvolvem na instalação e nos resultados das auditorias anteriores, contemplando o planeamento e a data das auditorias a realizar.

Para cada Auditoria Interna deve ser estabelecido um Programa da Auditoria Interna antes da sua realização. Este programa inclui a data da Auditoria Interna, o cronograma de trabalhos de campo e o prazo para entrega do relatório da Auditoria Interna.

Nos trabalhos de Auditoria Interna deverá utilizar-se o Manual de Auditoria Interna, preparado e revisto anualmente.

6.1 - Coordenador da Auditoria Interna

O Subdirector quando procede à nomeação da equipa de Auditoria Interna designa um Coordenador da Auditoria Interna que não deverá ser o Coordenador do SGSST.

O Coordenador da Auditoria Interna deve possuir como habilitação mínima, a frequência com aproveitamento de uma acção de formação, com duração de 35 horas, em metodologia de auditorias internas ao SGSST. Este conhecimento deve ser transmitido aos auditores.

O Coordenador da Auditoria Interna elabora o Programa da Auditoria Interna a realizar consultando a equipa de Auditoria Interna e os colaboradores das áreas a avaliar. O Programa da Auditoria Interna deve ser concebido para ser flexível de modo a permitir alterações de ênfase, baseadas em informação recolhida durante a Auditoria Interna e a permitir uma utilização eficaz dos recursos.

Page 71: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

71

Os trabalhos de campo dos elementos da equipa de Auditoria Interna seguem o programado pelo Coordenador da Auditoria Interna que lhes distribui a(s) secção(ões) do Manual de Auditoria Interna que cada um vai auditar.

Cada uma destas secções deve ser devidamente preenchida e entregue ao Coordenador da Auditoria Interna quando concluída a Auditoria Interna.

Em reunião, o Coordenador da Auditoria Interna deve assegurar a uniformização de critérios nas classificações adoptadas e proceder à consolidação das “Não – conformidades” levantadas.

6.2 - Equipa de Auditoria Interna

A equipa de Auditoria Interna é nomeada pelo Representante da Gestão e dela não fará parte o Coordenador do SGSST. O número de auditores deverá ser adequado aos trabalhos a desenvolver, por um lado para não sobrecarregar a ocupação individual e por outro para não dificultar a coordenação dos trabalhos. Como orientação considera-se adequado um número entre 2 a 4 pessoas.

Os auditores seleccionados devem, sempre que possível, possuir as seguintes características:

- serem Quadros Superiores ou equiparados, de especialidades diversas no universo das actividades do estabelecimento;

- bom-senso, facilidade de comunicação e conhecimento das principais actividades do estabelecimento;

- estarem colocados no estabelecimento há mais de dois anos; - terem alguma formação sobre Auditoria Interna de Segurança.

A formação dos auditores pode ser adquirida em reuniões específicas de preparação com o Coordenador da Auditoria Interna e com o Coordenador do SGSST. Por cada capítulo a auditar são realizadas reuniões de preparação específicas com os respectivos auditores, de forma a reunir a informação necessária ao desenvolvimento dos trabalhos de campo.

O Coordenador da Auditoria Interna é responsável pelo cumprimento do Programa da Auditoria Interna do SGSST e pela distribuição das secções do Manual de Auditoria Interna, considerando que um auditor não deve auditar a actividade que exerce habitualmente.

6.3 - Desenvolvimento da Auditoria Interna

A Auditoria Interna de campo realiza-se de acordo com o plano estabelecido no Programa da Auditoria Interna, obedecendo às instruções contidas no Manual de Auditoria Interna.

A Auditoria Interna deve examinar as evidências documentais, determinar se o sistema cumpre os planos estabelecidos para a sistema de gestão SST, verificar se os requisitos da OHSAS 18001:1999, foram cumpridos e se o SGSST terá sido adequadamente implantado e mantido.

As não-conformidades detectadas na Auditoria Interna são discutidas na reunião final, elaborando-se relatório.

6.4 - Pós-Auditoria Interna

Os resultados de cada Auditoria Interna e deverão ser guardado durante 5 anos no Arquivo do SGSST.

Depois de preenchido pelos elementos da equipa de Auditoria Interna o Manual de Auditoria Interna é entregue ao Auditor Coordenador que analisa os critérios nas classificações adoptadas tendo como objectivo a sua uniformização. As não-conformidades detectadas na Auditoria Interna serão discutidas em reunião e o Coordenador da Auditoria Interna, depois de as consolidar, elabora o “Relatório de Auditoria Interna”.

O relatório de Auditoria Interna deverá conter todas as sugestões apontadas na Auditoria Interna identificadas pelo número da pergunta a que se referem. Para diferenciar as sugestões relacionadas com a melhoria de uma determinada situação daquelas que visam a correcção de uma “Não-conformidade” ou de situações onde se verificam falhas, associadas a cada sugestão vem a resposta que foi registada no Manual de Auditoria Interna para a respectiva pergunta. Para cada sugestão é também indicado o responsável pela acção a desenvolver.

O relatório final da Auditoria Interna, e o respectivo Manual utilizado é entregue ao Representante da Gestão que o deverá aprovar.

O relatório de Auditoria Interna, depois de circular por todos os departamentos da instalação para divulgação, é arquivado de acordo com o procedimento “Registos e Gestão de registos”.

6.5 - Plano de melhorias

Após análise do relatório de Auditoria Interna é elaborado um Plano de Melhorias para minimizar ou resolver todos os pontos fracos e/ou não-conformidades encontradas.

O Coordenador do SGSST acompanhará as acções correctivas pendentes e confirmará a conclusão das acções correctivas em curso.

Todas as acções sugeridas para melhorar situações que tenham sido consideradas conforme, devem ser incluídas no Plano de Melhorias para que se verifique a melhoria contínua do Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho anual do estabelecimento.

Page 72: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

72

EXERCÍCIOS EXERCICIO 1 Diga por quanto tempo se devem guardar os resultados da auditoria interna.

RESOLUÇÕES EXERCICIO 1 Os resultados de cada Auditoria Interna e deverão ser guardado durante 5 anos no Arquivo do SGSST.

BIBLIOGRAFIA ACONSELHADA

PINTO, ABEL, Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho, 1º Edição, Edições Sílabo, Lda.

OHSAS 18001:1999 – Relativo à actividade de prevenção e segurança

OHSAS 18002:2000 – Norma reguladora da Norma OHSAS 18001

LINKS DE INTERESSE

http://www.naturlink.pt/canais/Artigo.asp?iArtigo=12592&iLingua=1

www.ishst.pt/

Page 73: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

73

7 REVISÃO PELA GESTÃO

OBJECTIVOS E CONTEÚDOS DO CAPÍTULO

Fazer uma revisão a todo o sistema de modo a confirmar se foram assegurados e cumpridos todos os procedimentos estabelecidos pela política de segurança

REVISÃO PELA GESTÃO

Revisão pela Gestão(4.6) A Gestão de topo da organização deve, a intervalos por si determinados, rever o sistema de gestão da SST, de forma a assegurar a que o sistema continua adequado, suficiente e eficaz. O processo de revisão pela Gestão deve assegurar que é recolhida a informação necessária para permitir que a Gestão efectue esta avaliação. Esta análise deve ser documentada.

A revisão pela Gestão deve ter em conta a eventual alteração da política, dos objectivos e de outros elementos do sistema de gestão da SST, à luz dos resultados das auditorias do sistema de gestão da SST, de alterações das circunstâncias e do compromisso com a melhoria continua.

0 – INTRODUÇÃO

Para garantir que o SGSST está adequado às necessidades deve-se promover periodicamente a revisão do Sistema.

1 – OBJECTIVO

O objectivo deste procedimento é definir os critérios segundo os quais devem ser efectuadas as revisões do SGSST no estabelecimento, de forma a garantir a sua conformidade, adequação e eficácia.

2 – ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Este procedimento aplica-se a todos os processos e entidades envolvidas no SGSST do estabelecimento.

3 – SIGLAS, ABREVIATURAS E DEFINIÇÕES

3.1 – Siglas e Abreviaturas

SGSST – Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho

3.2 - Definições

Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho - Subconjunto do processo de gestão da Organização que gere os riscos ocupacionais da sua actividade. O Sistema inclui a estrutura organizativa, o planeamento das actividades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, objectivar, rever e manter a Politica de Segurança e Saúde no Trabalho da Organização. No fundo é um sub-sistema, da gestão global da organização, que possibilita a gestão dos riscos ocupacionais relacionados com a actividade da organização.

Page 74: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

74

4 – REFERÊNCIAS

Os documentos que serviram de base à elaboração do presente procedimento foram os seguintes:

OHSAS 18001:1999 - Norma relativa à Área de Prevenção e Segurança

OHSAS 18002:2000 - Norma regulamentadora da OHSAS 18001

BS 8.800 – Norma relativa à análise de Risco.

5 – RESPONSABILIDADES

5.1 –Representante da Gestão

Aprova as medidas de acompanhamento e revisão do SGSST, criando condições para o envolvimento de toda a estrutura no Sistema.

5.2 – Coordenador do SGSST

Recolhe todos os dados de acompanhamento e revisão do Sistema, de acordo com os preceitos dos procedimentos respectivos, e propõe as medidas de melhoria a introduzir, quando necessário.

Colabora na implementação das recomendações aprovadas pelo Representante da Gestão, efectuando o seu acompanhamento no sentido de serem cumpridos os prazos estabelecidos.

Promove a divulgação de todas as alterações do Sistema introduzidas pelo processo de revisão.

5.3 - Hierarquias

Colaboram, no âmbito da sua área de intervenção, com o Coordenador do SGSST na implementação das alterações e medidas de melhoria superiormente aprovadas.

6 – MODO DE ACTUAÇÃO

O processo utilizado na revisão deve assegurar que toda a informação necessária é devidamente recolhida para permitir uma correcta avaliação do estado do SGSST.

Todo o processo de revisão deve ser perfeitamente documentado.

As necessidades de alteração encontradas, relativamente à política, objectivos ou outros factores do SGSST, deverão ser endereçadas ao Coordenador do SGPS para que possam ser providenciadas as alterações necessárias.

Tendo em atenção os dados de gestão recolhidos, o Representante da Gestão deverá emitir anualmente um relatório de revisão do SGSST, que tenha em consideração, entre outros, os seguintes aspectos:

Revisão da definição de Política de Segurança se necessário.

Definição dos objectivos do SGSST para o período seguinte.

Especificar as acções correctivas a implementar indicando o responsável, as datas para a realização dos meios a utilizar.

Especificar acções de melhoria a introduzir para a obtenção dos objectivos propostos, definindo os seus responsáveis e as datas de realização.

Estabelecer o programa de revisão das acções correctivas a realizar.

Definir as áreas que deverão ser objecto de atenção especiais nas próximas auditorias.

O Coordenador do SGSST acompanhará as acções correctivas pendentes e confirmará a conclusão das acções correctivas em curso.

Todas as acções sugeridas para melhorar situações que tenham sido consideradas conforme, devem ser incluídas no Plano de Melhorias para que se verifique a melhoria contínua do Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho anual do estabelecimento.

Page 75: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

75

EXERCÍCIOS EXERCICIO 1 Diga o que deve conter o relatório de revisão do SGSST.

RESOLUÇÕES EXERCICIO 1 O relatório de revisão do SGSST deve conter, entre outros, os seguintes aspectos:

Revisão da definição de Política de Segurança se necessário.

Definição dos objectivos do SGSST para o período seguinte.

Especificar as acções correctivas a implementar indicando o responsável, as datas para a realização e os meios a utilizar.

Especificar acções de melhoria a introduzir para a obtenção dos objectivos propostos, definindo os seus responsáveis e as datas de realização.

Estabelecer o programa de revisão das acções correctivas a realizar.

Definir as áreas que deverão ser objecto de atenção especiais nas próximas auditorias.

BIBLIOGRAFIA ACONSELHADA

PINTO, ABEL, Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho, 1º Edição, Edições Sílabo, Lda.

OHSAS 18001:1999 – Relativo à actividade de prevenção e segurança

OHSAS 18002:2000 – Norma reguladora da Norma OHSAS 18001

LINKS DE INTERESSE

http://www.naturlink.pt/canais/Artigo.asp?iArtigo=12592&iLingua=1

www.ishst.pt/

Page 76: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

76

8 A NORMA OHSAS

18001:2007-ALTERAÇÕES OBJECTIVOS E CONTEÚDOS DO CAPITULO

Este capítulo pretende apresentar as principais diferenças da nova versão da norma OHSAS 18001:2007, face à versão da norma de 1999, bem como evidenciar as vantagens que esta nova versão traz para organizações que tenham ou que pretendam implementar um Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho.

ALTERAÇÕES OHSAS 18001:2007

Alterações mais significativas

Esta nova versão tem como principais objectivos introduzir esclarecimentos à 1ª versão, obter um maior alinhamento com a ISO 14001 (Implementação de Sistemas de Gestão Ambiental) e melhorar a compatibilidade com a ISO 9001 (Implementação de Sistemas de Gestão da Qualidade). Assim, a maioria das alterações introduzidas nesta nova versão são ajustes de terminologia com o intuito de clarificar conceitos. Na maioria dos casos, um SGSST correctamente implementado e em conformidade com os requisitos da OHSAS 18001:1999 necessitará apenas de algumas alterações para assegurar a conformidade com a nova edição da Norma.

Embora a maioria das alterações à Norma tenham um impacto potencial reduzido, existem algumas cláusulas onde essas alterações poderão ser mais significativas, dependendo das Organizações e dos Sistemas de Gestão da Saúde e Segurança no Trabalho.

As OHSAS 18001:2007 incluem 8 novas definições e algumas alterações às definições existentes.

De entre as definições alteradas e novas, há algumas que são mais significativas na secção 3 da norma:

É atribuída maior importância à componente “saúde”.

Inclusão de novas definições e revisão de algumas definições existentes:

– Alteração de “risco tolerável” para “risco aceitável”;

– A definição do termo “perigo” deixou de se referir aos “danos à propriedade ou aos danos ao ambiente do local de trabalho” para referir a danos para o corpo humano ou saúde;

– O termo “acidente” é incluído agora no termo “incidente”.

Page 77: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

77

Definições novas 3.4 - Acção Correctiva;

3.5 - Documento;

3.8 - Dano para a saúde “Doença profissional” (Ill health): “identificável,..;

3.16 - “Política de SST”: nova definição adaptada da ISO 14004, com referência explícita à gestão de topo;

3.18 - Acção preventiva;

3.19 - Procedimento;

3.20 - Registo;

3.23 - Local de Trabalho:” qualquer localização física na qual ocorrem actividades associadas ao

trabalho, sob o controlo da organização (workplace any physical location in which work related activities are performed under the control of the organization);”

Definições Alteradas 3.1 – Risco Aceitável;

3.2 – Auditoria;

3.3 – Melhoria Contínua;

3.6 – Perigo;

3.9 – Incidente;

3.10 – Parte interessada

3.11 – Não conformidades;

3.12 – Saúde e Segurança no Trabalho (SST);

3.13 – Sistema de Gestão de SST;

3.15 – Desempenho de SST

3.21 – Risco

3.22 – Avaliação do Risco

A maior focalização desta versão do referencial, na vertente “Saúde” tem o seu primeiro impacto na definição de Perigo que deixa de incluir a referência ao “dano à propriedade ou dano ao ambiente do local de trabalho”.

Como todo o sistema de SST, começa com a identificação de Perigos, a alteração da definição é fundamental para uma nova delimitação das fronteiras do sistema de SST. A par desta nova definição surge uma outra, que reforça e focaliza a actuação do sistema sobre aquilo que deve ser evitado e que é uma das consequências do Incidente, os Dano(s) para a Saúde.

A alteração do conceito de Risco Tolerável, para Risco Aceitável, teve como objectivo reforçar a necessidade de aumentar o nível de controlos existentes, permitindo desta forma aceitar o nível de risco. Introduz-se assim um conceito menos permissivo em relação ao nível mínimo de mecanismos de controlo do risco que terão que existir, para que o sistema de SST possa conviver com nível de risco existente.

A definição do termo Incidente passa a ser mais abrangente e inclui agora todo o tipo de acontecimentos que tenham potencial ou que originem, dano para a saúde. Assim, clarifica-se a inclusão do conceito de acidente nesta definição. Os eventos que tenham potencial para originar dano para a saúde, continuam a estar enquadrados na definição de quase acidentes.

Acidente: Evento indesejado que origina morte, doença, perturbação funcional, lesão ou outra perda.

Incidente: Evento que originou um acidente ou que tinha potencial para originar um acidente.

(OHSAS 18001:1991)

Page 78: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

78

Incidente: Eventos relacionados com o trabalho em que ocorreu, ou poderia ter ocorrido, um ferimento, dano para a saúde ou uma fatalidade.

Um acidente é um incidente que originou ferimento, dano para a saúde ou fatalidade. (OHSAS 18001: 2007)

O conceito de Local de Trabalho já existia na anterior versão do referencial, não estava era definido. A sua clarificação, ajuda a entender e a delimitar as fronteiras do Sistema de Gestão de SST. Passa também a ser mais claro que o local de trabalho não está associado aos espaços que são propriedade da Organização mas sim, à totalidade dos locais onde os trabalhadores desenvolvem as suas actividades, que podem ser distintos.

O conceito de Parte Interessada, foi reforçado com a inclusão do detalhe “dentro ou fora do local de trabalho”. Esta clarificação tem o objectivo de relembrar que o sistema de SST, também deve reflectir sobre de que forma deve actuar fora dos “limites” do local onde são desenvolvidas as actividades, nomeadamente em caso de emergência e comunicação.

Auditoria Interna - A definição de auditoria interna refere que se trata de um "processo independente e documentado”.

A Independência é agora claramente referida na Norma como condição necessária para a realização de auditorias internas ao Sistema de Gestão de SST. A cláusula (4.5.4 ) refere que “a selecção de auditores e a condução de auditorias deve assegurar a objectividade e imparcialidade do processo de auditoria”.

Desempenho da SST - A definição foi clarificada para “os resultados mensuráveis da gestão dos riscos para SST de uma organização”. Isto é particularmente importante na leitura dos requisitos no que diz respeito:

– às responsabilidades do Responsável da Gestão (4.4.1.b);

– à monitorização do desempenho ( 4.5.1); e

– à definição da informação como entrada para Revisão pela Gestão (4.5.1).

PRINCIPAIS ALTERAÇÕES AOS REQUISITOS DO SISTEMA DE GESTÃO SST

(secção4)

4.1- Requisitos gerais

Melhoria contínua do sistema de gestão de segurança e saúde do trabalho;

Necessidade da organização deve “definir e documentar o âmbito do seu Sistema de Gestão de SST” é crucial para definir claramente as "fronteiras" do Sistema.

4.2- Politica de SST

A Política de SST é definida pela Gestão de topo e não apenas autorizada (OHSAS 18001:1999);

Compromisso com:

– (…)

– A prevenção de lesões/ferimentos/acidentes de trabalho e doenças profissionais;

– Requisitos legais e outros relacionados com os perigos de SST;

– É comunicada a todos as pessoas que trabalham sob o controlo da Organização.

Page 79: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

79

4.3- Planeamento

4.3.1 – Identificação de perigos, avaliação de riscos e determinação de medidas de controlo

Foi introduzido um novo requisito para considerar a hierarquia dos controlos como parte do planeamento de SST, isto clarifica o conceito de prevenção do risco utilizado em SST, e que é abordado na generalidade da legislação de SST embora muitas vezes, implementado de forma um pouco deficiente. Esta leitura inferia-se na versão de 1999; contudo, o facto de estes conceitos não estarem clarificados contribuiu para alguma fraqueza na implementação de alguns requisitos do Sistema de Gestão de SST. O objectivo deste requisito é compreender os perigos que podem surgir durante a actividade da organização e assegurar que os riscos associados para as pessoas são avaliados, ordenados por ordem de prioridade e controlados a um nível aceitável.

– A organização deve assegurar que os resultados da avaliação são tidos em conta na definição de formas de controlo;

– A definição de formas de controlo ou respectivas alterações deve ter em conta a hierarquia:

– Eliminação;

– Substituição;

– Reengenharia – Alterações técnicas (engineering controls);

– Sinalização/Avisos e/ou medidas administrativas;

– Equipamento de protecção individual.

– É feita uma referência explícita à gestão da mudança:

– É necessária a identificação de perigos e riscos associados às alterações na organização, no SGSST ou nas suas actividades, antes destas ocorrerem (4.3.1).

4.3.2 – Requisitos Legais e outros requisitos

– A organização deve assegurar que estes requisitos legais aplicáveis e outros requisitos que a organização subscreva são tomados em consideração no estabelecimento, implementação e manutenção do seu sistema de gestão da SST.

– A Organização deve comunicar a informação relevante em matéria de requisitos legais e outros, às pessoas que trabalham sob o seu controlo, bem como a outras partes interessadas.

4.3.3 –Objectivos e programa (s)

Tal como na norma ISO 14001:2004, as sub cláusulas 4.3.3 e 4.3.4 da versão de 1999,foram fundidas, existindo agora uma sub cláusula única.

A necessidade dos Objectivos serem mensuráveis, sempre que possível, deixou de constituir apenas uma nota (como na 1ª edição) para passar a ser um requisito.

Os Objectivos devem ser consistentes com:

– A Política de SST;

– Compromisso de prevenção de lesões/ferimentos/acidentes de trabalho e doenças profissionais;

– Compromisso de cumprimento dos requisitos legais e outros;

– Compromisso de melhoria contínua.

4.4 – Implementação e Operação

4.4.1. - Recursos, atribuições, responsabilidade, obrigações e autoridade

Para além das alterações do título da cláusula, foi melhorada a descrição das funções do(s) membro(s) da gestão de Topo, em matéria de SST, incluindo “assegurar que os relatórios […] são apresentados à gestão de topo [...] utilizados como base para a [...]”. Enquanto as ideias de melhoria podem surgir em termos abstractos de qualquer fonte e ter múltiplos pontos de entrada no sistema, há uma consubstanciação daquilo que é o dia-a-dia operacional de gestão do sistema, e que passa a ser considerado como entrada para a Revisão pela Gestão. A referência a esta entrada está reforçada na cláusula 4.6.

– Ênfase na responsabilidade da Gestão de topo no SGSST – “ A gestão de topo deve ter a última responsabilidade pela SST e SGSST”;

– A Organização deve definir um membro da Gestão de topo, com responsabilidade específica para a SST – nota: este pode delegar funções mas não imputabilidade/responsabilidade (accountability);

– A identidade do membro da gestão de topo para a SS deve ser conhecida pelas pessoas que trabalham sob o controlo da Organização;

– Ênfase na responsabilidade pela SST de cada pessoa, no que diz respeita ao seu trabalho.

Page 80: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

80

4.4.2. Competência, formação e sensibilização

– Ênfase na responsabilidade da organização, cabe a esta assegurar que as pessoas que trabalham sob o controlo são competentes (…);

– Necessidade de identificação de necessidades de formação. Esta formação deve ser disponibilizada, avaliação da eficácia e manutenção dos registos – Alinhamento com a ISO 9001;

– Substituição de “Seus trabalhadores ou membros” (NP 4397), (employees) por pessoas que trabalham sob o controlo – alargamento do âmbito e consequente necessidades de formação.

– À semelhança do que foi alterado em outras cláusulas (4.2) reforça e alarga a necessidade de requisitos de competência, formação e sensibilização para subcontratados, fornecedores de serviços e outras partes que possam desenvolver a sua actividade sob o controlo da Organização. Anteriormente, a interpretação, na maioria dos casos, era a de que este requisito apenas se aplicava aos trabalhadores da Organização, sendo que as Pessoas que desenvolviam actividades como Colaboradores de outras Organizações o teriam que fazer sob condições operacionais controladas (4.4.6).

4.4.3. – Comunicação, participação e consulta

Para além do título da cláusula, foi ainda dividido em duas sub-cláusulas. Na prática, esta cláusula foi reescrito, mas no essencial, os requisitos são os mesmos que estavam na versão de 1999, agora apenas reforçados e apresentados de uma forma mais clara.

4.4.3.1 – Comunicação

Esta cláusula, aborda a parte comunicacional e que está relacionada quer com os diferentes níveis da organização quer com também com a comunicação com as restantes partes interessadas.

4.4.3.2– Participação e consulta

Esta sub cláusula aborda tudo o que tem a ver com o envolvimento dos trabalhadores (internos) e com os subcontratados (externos) na gestão de SST.

É agora requerida a participação dos trabalhadores na identificação de perigos, avaliação de riscos e definição das medidas de controlo, bem como na investigação de incidentes.

4.4.4. – Documentação

A nova cláusula de documentação do sistema de gestão descreve com maior detalhe a documentação mínima necessária para a gestão de SST. A “descrição do âmbito do Sistema de gestão de SST” e o requisito para “documentos, incluindo registos, definidos como necessários pela organização para assegurar o planeamento, operação e controlo eficazes dos processos, relacionados com os seus riscos para a SST.”, são as alterações mais relevantes.

A expressão “elementos essenciais” foi substituída por “elementos principais”, o que em si não clarifica o requisito. No entanto, a Nota, fornece uma orientação que pode ajudar a compreender qual o nível de documentação a utilizar.

4.4.5. - Controlo de documentos

As alterações a esta cláusula clarificaram e tornaram mais prática a sua interpretação. Destaca–se a clarificação da relação entre documentos e registos, alinhada com as respectivas definições na secção 3, e a inclusão de uma nova alínea 4.4.5.f), relativa aos documentos de origem externa.

Alinhamento de acordo com as normas ISO 9001 e ISSO 14001.

A documentação deve ser proporcional à complexidade, perigos e riscos (…)

Outras necessidades de documentação:

Âmbito (4.1)

Resultados da identificação de perigos e avaliação de riscos (4.3.1)

Objectivos de SST (4.3.3)

Regras, responsabilidades, accountabilities, e autoridades (4.4.1).

Resultados da investigação de acidentes.

Page 81: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

81

4.4.6 - Controlo Operacional

Na determinação das operações e actividades associadas aos perigos identificados, onde são necessários controlos para a gestão dos riscos para a SST, deve ser considerada a gestão da mudança.

Esta cláusula mantém-se muito semelhante à da anterior versão, havendo inclusive a transferência de parte do conteúdo de comunicação para a 4.4.3.1 e de controlo do risco, para a 4.3.1 j.

4.4.7 - Prevenção e Capacidade de resposta a emergências

Novos requisitos relativos à preparação e capacidade de resposta a emergências, tais como:

A organização deve, aquando do planeamento, considerar as necessidades e expectativas de partes interessadas relevantes, ex.: serviços de emergência e vizinhança

4.5– Verificação

4.5.1 – Medição e Monitorização do desempenho

Esta cláusula foi revista, passando a incluir uma referência à necessidade de monitorização da eficácia dos controlos, quer para a saúde quer para a segurança, reforçando a necessidade de acompanhar de forma continuada a manutenção das medidas implementadas para a manutenção de no mínimo, de um nível de risco aceitável.

Finalmente importa referir que parte de uma das alíneas que incluía a necessidade em incluir medidas pró-activas de monitorização a conformidade com requisitos legais e regulamentares aplicáveis, foi transferida para uma nova cláusula, a 4.5.2. “avaliação da conformidade”, tal como na versão da ISO 14001:2004 .

Nota: O desdobramento de requisitos da cláusula 4.5.1 para a cláusula 4.5.2 implicou o reordenamento numérico das anteriores cláusulas 4.5.2, 4.5.3 e 4.5.4. Por isso, cada Organização deverá rever as referências existentes na documentação do seu Sistema de gestão de SST às cláusulas da Norma, por forma a manter a correcção de tais referências.

4.5.2 - Avaliação da Conformidade

Verificar se todos os requisitos legais e outros requisitos aplicáveis estão a ser cumpridos de forma sistemática, segundo uma metodologia definida pela própria organização.

4.5.2.1

Como referido, o requisito que define a necessidade de monitorizar o cumprimento com os requisitos legais foi transferido para esta cláusula específica, adicionando agora a necessidade de “ [...] manter registos dos resultados de avaliações periódicas”.

4.5.2.2

A versão de 1999 requeria a inclusão na política do compromisso de cumprir com “outros requisitos que a organização subscreva”, mas não havia uma indicação clara de como este compromisso era suportado por outros requisitos do referencial. A inclusão desta cláusula corrige esta falha, estabelecendo o requisito de “avaliar o cumprimento com outros requisitos que a organização subscreva”.

4.5.3 – Investigação de Incidentes, Não-Conformidades, Acções Correctivas e Preventivas

As alterações a esta cláusula incluem, desde logo, o próprio título, que passa a destacar a acção Investigação de Incidentes.

4.5.3.1- Investigação de acidentes

Um bom sistema de investigação de incidentes oferece à organização: – Uma das melhores oportunidades para prevenir a repetição de incidentes e identificar

oportunidades para uma melhoria pró-activa e – Aumentar a consciência geral sobre a SST no local de trabalho.

Foram introduzidos novos requisitos relativos à investigação de incidentes, nomeadamente de modo a:

– Determinar fragilidades de SST subjacentes e outras causas de incidentes; – Oportunidades que conduzam à melhoria contínua; – E comunicar os resultados de tais investigações

A investigação deve ser efectuada num prazo razoável/oportuno

4.5.3.2- Não conformidades, acções correctivas e acções Preventivas

Os requisitos associados ao tratamento de não conformidades, acções correctivas e preventivas clarificam a necessidade em tratar de um modo específico:

– “d) registar os resultados das acções correctivas e preventivas empreendidas”, e “e) avaliar a eficácia das acções correctivas e preventivas empreendidas”.

4.5.4 -Controlo de registos

Inclusão no procedimento da eliminação dos registos

Page 82: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

82

A inclusão do requisito definindo que “Os registos devem ser mantidos, conforme necessário [...] para demonstrar [...] os resultados atingidos” enquadra-se na crescente valorização da gestão do Sistema de gestão de SST orientada para o seu desempenho/ eficácia. Esta alteração reveste-se de acrescida importância quando considerada conjuntamente com a definição revista de "desempenho da SST".

4.5.5 - Auditoria Interna

A alteração mais significativa refere-se à inclusão do requisito “A selecção de auditores e a condução das auditorias deve assegurar a objectividade e imparcialidade do processo de auditoria.”

4.6 - Revisão pela Gestão

Esta foi uma das cláusulas com mais alterações na nova versão da OHSAS 18001

A sua reestruturação identificação mais explícita das entradas para a revisão, bem como das saídas - alinhamento com as normas ISO 9001 e 14001;

Embora o enquadramento e o objectivo da Revisão pela Gestão permaneça o mesmo, a Norma agora identifica entradas e saídas específicas para esta actividade.

As entradas para Revisão pela Gestão incluem:

a) resultados das auditorias internas e avaliação do cumprimento dos requisitos legais e outros requisitos que a organização subscreva,

b) os resultados da participação e consulta

c) as comunicações de partes interessadas externas, incluindo reclamações;

d) desempenho de SST,

e) grau de cumprimento dos objectivos e metas,

f) o estado das investigações de incidentes, das acções correctivas e preventivas,

g) acções de seguimento resultantes de anteriores revisões pela Gestão,

h) alterações de circunstâncias, incluindo desenvolvimentos de requisitos legais e outros requisitos relativos aos seus aspectos ambientais; e

i) recomendações de melhoria.

O desempenho de SST e as recomendações de melhoria são das entradas mais significativas para Revisão pela Gestão. A Organizações deverão agora ter a capacidade em identificar medidas específicas de desempenho de SST, manter registos e avaliar se os níveis de desempenho de SST foram atingidos; e, em conjunto com o requisito de recomendações de melhoria, a Revisão pela Gestão terá as entradas necessárias para ser um exercício de Gestão com um elevado valor acrescentado para a Organização.

As saídas da Revisão pela Gestão, devem incluir as acções e decisões a:

a) desempenho de SST

b) política e objectivos de SST

c) recursos; e

d) outros elementos do sistema de gestão de SST

Page 83: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

83

De maneira sintética, apresentamos na tabela seguinte uma comparação “Ponto a Ponto” entre os requisitos da OHSAS 18001:1999 e as OHSAS 18001: 2007.

OHSAS 18001:1999 OHSAS18001:2007 Comentários

3- Termos e definições 3- Termos e definições

Alinhamento a conceitos da ISO 9000 : 2005 e ISO 14001 : 2004.

Incremento na quantidade de

termos (de 17 para 23).

Inclusão da definição de “doença”.

Modificações importantes nas definições de “perigo”, “incidente” e “risco”.

“Local de trabalho” contém nota sobre viagens e trabalhadores em trânsito.

4.1 – Requisitos Gerais 4.1 – Requisitos Gerais Ênfase na melhoria contínua do SGSST.

O novo texto passa a solicitar a definição e documentação do “âmbito ” do SGSST.

4.2 – Política de SST 4.2 – Política de SST

Inclusão da “prevenção de doenças” nos compromissos para a prevenção de lesões.

Inclusão de “sistema de informação ” com objectivos de SST (4.2.d)

4.3.1 – Planeamento para identificação de perigos, avaliação e controlo do risco

4.3.1 – Identificação de perigos, avaliação de riscos e determinação de medidas de controlo

Ampliado [consideravelmente] o foco da identificação de perigos e avaliação de riscos: comportamento humano, infra-estrutura, mudanças, capacidades humanas, etc.

Incluída hierarquia para o tratamento dos riscos.

4.3.2 – Requisitos Legais e outros requisitos

4.3.2 – Requisitos Legais e

Outros requisitos

Incluído “link”de sistemas informação:

Como os requisitos legais são integrados e actualizados no SGSST (procedimentos, etc.).

4.3.3 – Objectivos

4.3.4 – Programa(s) de

Gestão em SST

4.3.3 – Objectivos e programa(s)

Reforçada a necessidade de objectivos serem mensuráveis (deixou de ser nota).

Programa(s) foram incorporados no mesmo requisito.

4.4.1 – Estrutura e responsabilidade

4.4.1 – Recursos, Atribuições, responsabilidades, obrigações e autoridade

Explicitadas as maneiras de demonstração do comprometimento da gestão de topo.

Incluída nota sobre delegações pelo Gestão de topo.

As pessoas devem ser responsáveis pelos respectivos aspectos de SST.

4.4.2 – Formação, sensibilização e competência

4.4.2 – Competência,

formação e sensibilização

A organização deve providenciar a formação

(2º parágrafo, “formar ou tomar alguma acção), incluindo avaliação de sua eficácia.

A identificação das necessidades de formação associada aos riscos de SST e ao SGSST.

Na consciencialização, incluída as consequências do “comportamento”.

Page 84: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

84

4.4.3 – Consulta e comunicação

4.4.3 – Comunicação, participação e consulta

Passa a ter dois “sub-requisitos”.

Comunicação foi ampliada aos (subcontratados, visitantes e respostas).

Participação foi incrementada

(envolvimento na identificação de perigos, avaliação de riscos, investigação de incidentes, por exemplo).

Consulta a subcontratados é novo requisito.

4.4.4 – Documentação 4.4.4 – Documentação

Alinhamento à ISO 14001 : 2004.

Claramente definida a abrangência da documentação.

Incluída a necessidade de definição do âmbito.

Manual permanece não explicitamente requerido.

Inclui documentos e registos necessários para a gestão eficaz dos processos.

4.4.5 – Controlo dos documentos e dados

4.4.5 – Controlo dos documentos

Alinhamento à ISO 14001 : 2004.

4.4.6 – Controlo operacional

4.4.6 – Controlo operacional

Alinhamento à ISO 14001 : 2004.

Controle sobre aquisições mais amplo (atentar também para 4.4.3.2.b)

Explicitados os controlos relacionados aos subcontratados e visitantes.

4.4.7 – Preparação e

Capacidade de resposta a emergências

4.4.7 – Preparação de resposta a emergências

Envolvimento das partes

Interessadas externas pertinentes

4.5.1 – Medição e

Monitorização do desempenho

Explicita a necessidade de monitorização da eficácia dos controlos. 4.5.1 – Monitorização e

medição do desempenho 4.5.2 – Avaliação da conformidade

Alinhamento à ISO 14001 : 2004.

Novo requisito.

4.5.2 – Acidentes, não conformidades e acções correctivas

4.5.3 – Investigação de incidentes, não conformidades, acção correctivas e acção preventivas

Passa a ter dois “sub requisitos”.

Na investigação de incidentes, aprofundada a questão da análise de causas e oportunidades para acções preventivas / melhoria contínua.

A distinção clara de não conformidade e incidente passa a ser vital.

Incluída “comunicação” em ambos os sub - requisitos.

4.5.3 – Registos e gestão de registos

4.5.4 – Controle dos registos Alinhamento à ISO 14001 : 2004.

4.5.4 – Auditorias 4.5.5 – Auditoria interna

Alinhamento à ISO 14001 : 2004.

4.6 – Revisão pela Gestão 4.6 – Revisão pela Gestão Alinhamento à ISO 14001 : 2004.

Explicita as entradas da análise pela administração.

Page 85: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

85

Em termos de potencial impacto das OHSAS 18001: 2007, nos Sistemas de Gestão SST, baseados na OHSAS 18001: 1999, pode estimar-se o seguinte:

OHSAS 18001 : 2007 Potencial impacto no SGSST

3 – Termos e definições

Médio (dependendo de como o actual Sistema de Gestão SST está desenhado, por exemplo, em relação a saúde, doenças, risco e viagens).

4.1 – Requisitos Gerais Alto (dependendo de como o actual SGSST está desenhado:

melhoria contínua e definição do âmbito).

4.2 – Política de SST Baixo.

4.3.1 – Identificação de perigos, avaliação de riscos e determinação de medidas de controlo

Alto (em função do foco ampliado).

4.3.2 – Requisitos legais e

Outros requisitos

Médio (dependendo de como o actual SGSST está desenhado, em função dos “link de informação ” sistémicos que devem – agora – existir).

4.3.3 – Objectivos e programa(s) Baixo (atentando para os “links informação ” política, objectivos, medição e monitorização e análise pela administração).

4.4.1 – Recursos, atribuições, responsabilidades, obrigações e autoridade

Baixo.

4.4.2 – Competência,

Formação e sensibilização Alto (dependendo de como o actual SGSST está desenhado: formação e sensibilização estão explicitamente incluídos).

4.4.3 – Comunicação, participação e consulta

Alto (novos requisitos, tanto de comunicação, quanto de participação e consulta).

4.4.4 – Documentação Baixo (ainda que se considere a “porta aberta” para a questão da eficácia dos processos).

4.4.5 – Controlo dos documentos Nenhum.

4.4.6 – Controle operacional Médio (dependendo de como o actual SGSST está abordando os controlos sobre subcontratados e visitantes).

4.4.7 – Preparação e resposta a emergências

Médio (dependendo de como o actual SGSST está desenhado: envolvimento das partes interessadas externas).

4.5.1 – Medição e monitorização do desempenho

Alto (novos requisitos sobre monitorização da eficácia dos controlos).

4.5.2 – Avaliação da conformidade Alto (novo requisito).

4.5.3 – Investigação de incidentes, não conformidades, acção correctivas e acção preventivas

Médio (dependendo de como o requisito é atendido actualmente pelo SGSST).

4.5.4 – Controle dos Registos Nenhum.

4.5.5 – Auditoria interna Nenhum.

4.6 – Análise pela Gestão Alto (dependendo de como o actual SGSST está desenhado).

Page 86: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

86

RESUMO DAS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES

Alinhamento com a ISO 14001:

– Fusão das sub-cláusulas 4.3.3 e 4.3.4, na agora 4.3.3 “Objectivos e

– Programa(s)”.

– Introdução de uma nova cláusula 4.5.2, “Avaliação da conformidade”.

Maior ênfase à componente “saúde”;

Criação de hierarquia na redução dos riscos, ver 4.3.1.

Revisão da cláusula 4.4.3 com separação da sub-clásula 4.4.3.2 “Participação e consulta”.

Revisão da cláusula 4.5.3 com separação da sub-clásula 4.5.3.1 “Investigação de acidentes”.

Inclusão de novas definições e revisão de algumas definições existentes:

– Alteração de “risco tolerável” para “risco aceitável”;

– A definição do termo “perigo” deixou de se referir aos “danos à propriedade ou aos danos ao ambiente do local de trabalho” – refere-se a danos para o corpo humano ou saúde;

– O termo “acidente” é incluído agora no termo “incidente”.

PLANO DE TRANSIÇÃO DAS OHSAS 18001:2007

O período de Transição para a OHSAS 18001:2007 decorre entre 2007-07-01 e 2009-07-01.

Durante o período de Transição, são válidas as Normas de 1999 e 2007.

Em 2009-07-01, a OHSAS 18001:1999 tornar-se-á obsoleta, e todos os certificados emitidos de acordo com a Norma antiga deixarão de ser válidos.

De acordo com as principais entidades certificadoras nacionais, as auditorias a realizar entre 31 de Janeiro de 2008 a 1 de Julho de 2009, serão realizadas segundo a Norma de OHSAS 18001:1999, ou OHSAS 18001:2007, conforme acordado com o Cliente.

As auditorias de transição devem ter a duração da auditoria do respectivo ciclo de certificação, não sendo necessário efectuar auditorias extraordinárias com o intuito da transição, excepto quando tal for solicitado expressamente pelas organizações.

Para os certificados emitidos aplicam-se as seguintes regras:

– Nos casos da auditoria de transição coincidir com numa auditoria do ciclo de certificação, mantém-se a validade do certificado em vigor. Caso seja solicitada uma auditoria extraordinária deverá ser planeada uma auditoria com a duração de uma auditoria de renovação. Nestes casos, o certificado emitido terá uma validade de 3 anos;

– Os certificados emitidos, decorrentes de auditorias de transição, farão apenas referência à norma OHSAS 18001:20007;

No Final do período de transição (1 de Julho de 2009):

– Todas as empresas certificadas de acordo com a Norma OHSAS 18001 devem ter concretizado a transição para o referencial de 2007.

– Nos casos em que as organizações não optem pela transição até esta data e caso o certificado NP 4397:2001 ainda seja válido, é emitido novo certificado pela entidades certificadoras com a mesma validade e fazendo referência apenas à Norma NP 4397:2001.

Actualização do plano de transição:

- O presente plano de transição deverá sofrer alterações assim que seja publicada a nova versão da Norma NP 4397.

- Assim que esteja previsto um prazo para publicação da Norma Portuguesa, o plano de transição revisto será enviado às organizações pelas entidades certificadoras.

A realização de auditorias e respectiva emissão de certificados de acordo com a revisão da norma da NP 4397 só será possível após a publicação da mesma.

Page 87: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

87

EXERCÍCIOS EXERCICIO 1 Indique quais as vantagens que um bom sistema de investigação de incidentes pode oferecer às organizações.

EXERCICIO 2 Diga quais os requisitos da revisão da norma OHSAS18001:2007, que poderão ter um potencial impacto mais elevado nas Organizações.

RESOLUÇÕES EXERCICIO 1 Um bom sistema de investigação de incidentes oferece as seguintes vantagens ás organizações:

– Uma das melhores oportunidades para prevenir a repetição de incidentes e identificar oportunidades para uma melhoria pró-activa e

– Aumentar a consciência geral sobre a SST no local de trabalho.

EXERCICIO 2 Dos requisitos que poderão ter um impacto elevado nas organizações são os seguintes:

– Requisitos Gerais;

– Identificação de perigos, avaliação de riscos e determinação de medidas de controlo;

– Competência, Formação e sensibilização;

– Comunicação, participação e consulta;

– Medição e monitorização do desempenho;

– Avaliação da conformidade

– Análise pela Gestão

BIBLIOGRAFIA ACONSELHADA

OHSAS 18001:2007 – Sistemas de Gestão de Segurança e da Saúde do Trabalho - Requisitos

LINKS DE INTERESSE

http://www.apcer.pt

http://www.pt.sgs.com

www.bsi-global.com

www.dnv.com

Page 88: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

88

9 Testes de Avaliação e

Resoluções

OBJECTIVOS E CONTEUDOS DO CAPÍTULO Este capítulo pretende apresentar alguns testes de avaliação de conhecimentos sobre cada capítulo, podendo estes serem usados como uma base de revisão e verificação de conhecimentos.

Cada teste é composto por 10 perguntas de verdadeiro ou falso, em que cada uma delas vale 2valores, num total de 20 valores.

A atribuição de uma avaliação qualitativa deve fazer-se através da seguinte referência:

• 0 a 5 valores – Não satisfaz mesmo

• 5 a 9 – Não satisfaz

• 10 a 14 – Satisfaz

• 15 a 17 – Satisfaz bem

• 18 20 – Satisfaz bastante

Page 89: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

89

Questões do TESTE 1 Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho (SGSST)

Questões Verdade Falso

1. A saúde, higiene e segurança no trabalho é uma disciplina que visa manter a integridade física e mental dos trabalhadores, prevenindo os acidentes de trabalho e as doenças profissionais.

2. O Decreto-Lei nº441/91, de 14 de Novembro, com alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº26/94, de 1 de Fevereiro e ainda pelo Decreto-Lei nº133/99, de 12 de Abril, estabelece o regime jurídico do enquadramento de segurança, higiene e saúde no trabalho. Estes diplomas legais definem os princípios gerais relativos à prevenção dos riscos profissionais e à protecção da segurança e da saúde, à eliminação dos factores de risco e de acidente, à informação, formação, consulta e participação dos colaboradores e seus representantes.

3. A Lei-quadro não estabelece o princípio da promoção da vigilância da saúde dos trabalhadores.

4. A entidade patronal não tem que à identificação dos riscos previsíveis nos locais de trabalho.

5. A entidade deve realizar exames médicos de admissão, antes do início da prestação de trabalho.

6. As medidas que devem ser adoptadas em situações de emergência, são estabelecidas quando estas sucedem.

7. A empresa deve manter registos da distribuição de equipamentos de protecção individual.

8. .Devem existir listas de acidentes de trabalho e relatórios sobre a análise dos acidentes de trabalho.

9. A empresa deve comunicar ao IGT - Inspecção-geral do Trabalho num prazo de 24 horas os acidentes graves ou mortais.

10. Todos os trabalhadores devem conhecer os riscos e medidas de protecção do seu local de trabalho.

Nome do formando: _______________________________________ Classificação: ________

RESOLUÇÃO DO TESTE 1 - SISTEMAS DE GESTÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO (SGSST)

Questões Verdade Falso

1. A saúde, higiene e segurança no trabalho é uma disciplina que visa manter a integridade física e mental dos trabalhadores, prevenindo os acidentes de trabalho e as doenças profissionais.

2. O Decreto-Lei nº441/91, de 14 de Novembro, com alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº26/94, de 1 de Fevereiro e ainda pelo Decreto-Lei nº133/99, de 12 de Abril, estabelece o regime jurídico do enquadramento de segurança, higiene e saúde no trabalho. Estes diplomas legais definem os princípios gerais relativos à prevenção dos riscos profissionais e à protecção da segurança e da saúde, à eliminação dos factores de risco e de acidente, à informação, formação, consulta e participação dos colaboradores e seus representantes.

3. A Lei-quadro não estabelece o princípio da promoção da vigilância da saúde dos trabalhadores.

4. A entidade patronal não tem que à identificação dos riscos previsíveis nos locais de trabalho.

5. A entidade deve realizar exames médicos de admissão, antes do início da prestação de trabalho.

6. As medidas que devem ser adoptadas em situações de emergência, são estabelecidas quando estas sucedem.

Page 90: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

90

7. A empresa deve manter registos da distribuição de equipamentos de protecção individual.

8. .Devem existir listas de acidentes de trabalho e relatórios sobre a análise dos acidentes de trabalho.

9. A empresa deve comunicar ao IGT - Inspecção-geral do Trabalho num prazo de 24 horas os acidentes graves ou mortais.

10. Todos os trabalhadores devem conhecer os riscos e medidas de protecção do seu local de trabalho.

Questões do TESTE 2 - Requisitos Gerais de um SGSST

Questões Verdade Falso

1. SGSST - Subconjunto do processo de gestão da organização que gere os riscos ocupacionais da sua actividade. O Sistema inclui a estrutura organizativa, o planeamento das actividades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, objectivar, rever e manter a Politica de Segurança e Saúde no Trabalho da organização.

2. Os princípios definidos no procedimento sobre Política de Segurança e Saúde no Trabalho, devem aplicar-se apenas aos coordenadores de SST.

3. A alta administração, é responsável pela definição da Política de Segurança da organização, bem como pela sua difusão interne e externa e garantia de cumprimento.

4. A política deve ser apropriada à natureza e à escala dos riscos para a SST da organização.

5. A política não constitui um compromisso de melhoria contínua.

6. A Politica deve ser comunicada a todos os trabalhadores com a intenção de que estes fiquem conscientes das suas obrigações individuais em matéria de SST.

7. A política deve ser revista apenas passados 5 anos.

8. O SGSST está integrado nas actividades gerais de gestão da organização que incluem responsabilização, planeamento e controlo das diferentes acções inerentes à actividade da organização.

9. O modelo do sistema de gestão baseia-se no Ciclo Deming (Planear, Executar, Verificar e Agir).

10. As organizações devem implementar sistemas de gestão como uma ferramenta de identificação e controlo dos riscos ocupacionais, de forma a promover e melhorar o seu desempenho, mesmo que não tenham o objectivo de o certificarem.

Nome do formando: _______________________________________________________ Classificação: ______

RESOLUÇÃO DO TESTE 2 - REQUISITOS GERAIS DE UM SGSST

Questões Verdade Falso

1. SGSST - Subconjunto do processo de gestão da organização que gere os riscos ocupacionais da sua actividade. O Sistema inclui a estrutura organizativa, o planeamento das actividades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, objectivar, rever e manter a Politica de Segurança e Saúde no Trabalho da organização.

2. Os princípios definidos no procedimento sobre Política de Segurança e Saúde no Trabalho, devem aplicar-se apenas aos coordenadores de SST.

3. A alta administração, é responsável pela definição da Política de Segurança da organização, bem como pela sua difusão interne e externa e garantia de cumprimento.

Page 91: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

91

4. A política deve ser apropriada à natureza e à escala dos riscos para a SST da organização.

5. A política não constitui um compromisso de melhoria contínua.

6. A Politica deve ser comunicada a todos os trabalhadores com a intenção de que estes fiquem conscientes das suas obrigações individuais em matéria de SST.

7. A política deve ser revista apenas passados 5 anos.

8. O SGSST está integrado nas actividades gerais de gestão da organização que incluem responsabilização, planeamento e controlo das diferentes acções inerentes à actividade da organização.

9. O modelo do sistema de gestão baseia-se no Ciclo Deming (Planear, Executar, Verificar e Agir).

10. As organizações devem implementar sistemas de gestão como uma ferramenta de identificação e controlo dos riscos ocupacionais, de forma a promover e melhorar o seu desempenho, mesmo que não tenham o objectivo de o certificarem.

Questões do TESTE 3 - PLANEAMENTO

Questões Verdade Falso

1. A Organização deve estabelecer e manter procedimentos para a identificação sistemática dos perigos, avaliação dos riscos e a implementação das necessárias medidas de controlo.

2. Qualquer Organização deve possuir um conhecimento tão completo quanto possível dos perigos inerentes às suas actividades

3. O Risco é a combinação entre a probabilidade de ocorrência de um acidente e o grau de gravidade associado a esse mesmo acidente.

4. A Identificação de perigos não permite reconhecer a existência dos perigos e definir as suas características.

5. A Avaliação de risco permite estimar a amplitude do risco, relacionado com determinado evento, e a determinação da sua tolerabilidade.

6. Quanto à gravidade podemos ter: Danos ligeiros, leves e raros

7. Existem 5 níveis de risco.

8. A empresa deve promover completamente a eliminação dos riscos ou, caso não seja possível, combater os riscos o mais próximo da sua origem, reduzindo-os o mais possível.

9. A empresa deve adoptar os EPI’s como última solução para o controlo de risco, depois de esgotadas todas as outras soluções de combate ao perigo na sua origem.

10. Da análise de risco resulta um Plano de Controlo de Risco

Nome do formando: _______________________________________ Classificação: __________

RESOLUÇÃO DO TESTE 3 - PLANEAMENTO

Questões Verdade Falso

1. A Organização deve estabelecer e manter procedimentos para a identificação sistemática dos perigos, avaliação dos riscos e a implementação das necessárias medidas de controlo.

2. Qualquer Organização deve possuir um conhecimento tão completo quanto possível dos perigos inerentes às suas actividades

3. O Risco é a combinação entre a probabilidade de ocorrência de um acidente e o grau de gravidade associado a esse mesmo acidente.

Page 92: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

92

4. A Identificação de perigos não permite reconhecer a existência dos perigos e definir as suas características.

5. A Avaliação de risco permite estimar a amplitude do risco, relacionado com determinado evento, e a determinação da sua tolerabilidade.

6. Quanto à gravidade podemos ter: Danos ligeiros, leves e raros

7. Existem 5 níveis de risco.

8. A empresa deve promover completamente a eliminação dos riscos ou, caso não seja possível, combater os riscos o mais próximo da sua origem, reduzindo-os o mais possível.

9. A empresa deve adoptar os EPI’s como última solução para o controlo de risco, depois de esgotadas todas as outras soluções de combate ao perigo na sua origem.

10. Da análise de risco resulta um Plano de Controlo de Risco

Questões do TESTE 4 - IMPLEMENTAÇÃO

Questões Verdade Falso

1. As funções, as responsabilidades e autoridades do pessoal que gere, executa e verifica as actividades que têm efeito sobre os riscos para a SST nas actividades, instalações e processos da Organização, devem ser definidas, documentadas e comunicadas de modo a facilitar a gestão da SST.

2. A responsabilidade final da SST reside nos trabalhadores.

3. A gestão da Organização deve providenciar os recursos necessários para a implementação, controlo e melhoria do sistema de gestão da SST.

4. As responsabilidades, relativas à SST são uma obrigação de todos os trabalhadores da Organização.

5. Cabe à administração aprovar a Análise de Risco e o Plano de Controlo de Risco.

6. O pessoal deve ser competente para desempenhar as tarefas que possam ter impacto na SST no local de trabalho. A competência deve ser definida em termos de educação, formação profissional e/ou experiência apropriadas.

7. Tem que se considerar que a formação/sensibilização em Prevenção e Segurança é de carácter contínuo e repetitivo, quer devido à mudança nas técnicas e produtos, que alteram os riscos para as pessoas, quer devido à necessidade de treino no manuseamento de equipamentos (por exemplo extintores, RIA e outras) em situações de emergência.

8. A organização não tem de possuir procedimentos que permitam que a informação pertinente sobre SST seja comunicada de e para os trabalhadores e outra partes interessadas.

9. Todos os assuntos relacionados com a SST devem ser objecto de troca de informação verbal sempre que necessário.

10. O Manual de SGSST não é obrigatório

Nome do formando: _______________________________________ Classificação: __________

RESOLUÇÃO DO TESTE 4 - IMPLEMENTAÇÃO

Questões Verdade Falso

1. As funções, as responsabilidades e autoridades do pessoal que gere, executa e verifica as actividades que têm efeito sobre os riscos para a SST nas actividades, instalações e processos da Organização, devem ser definidas, documentadas e comunicadas de modo a facilitar a gestão da SST.

2. A responsabilidade final da SST reside nos trabalhadores.

3. A gestão da Organização deve providenciar os recursos necessários para a implementação, controlo e melhoria do sistema de gestão da SST.

Page 93: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

93

4. As responsabilidades, relativas à SST são uma obrigação de todos os trabalhadores da Organização.

5. Cabe à administração aprovar a Análise de Risco e o Plano de Controlo de Risco.

6. O pessoal deve ser competente para desempenhar as tarefas que possam ter impacto na SST no local de trabalho. A competência deve ser definida em termos de educação, formação profissional e/ou experiência apropriadas.

7. Tem que se considerar que a formação/sensibilização em Prevenção e Segurança é de carácter contínuo e repetitivo, quer devido à mudança nas técnicas e produtos, que alteram os riscos para as pessoas, quer devido à necessidade de treino no manuseamento de equipamentos (por exemplo extintores, RIA e outras) em situações de emergência.

8. A organização não tem de possuir procedimentos que permitam que a informação pertinente sobre SST seja comunicada de e para os trabalhadores e outra partes interessadas.

9. Todos os assuntos relacionados com a SST devem ser objecto de troca de informação verbal sempre que necessário.

10. O Manual de SGSST não é obrigatório

Questões do TESTE 5 - VERIFICAÇÃO E ACÇÃO CORRECTIVA

Questões Verdade Falso

1. A organização deve estabelecer e manter procedimentos para monitorizar e medir, periodicamente, o desempenho em SST

2. O acompanhamento e a avaliação de desempenho são uma parte essencial do SGSST

3. Para se poder efectuar este conjunto de actividades é necessário definir, para a Organização, um conjunto de indicadores que possam ser tomados como referência.

4. Dever-se-á definir quais os parâmetros que devem sofrer um processo de acompanhamento e qual deverá ser a frequência da respectiva avaliação, tendo como base de referência o nível dos riscos existentes no local.

5. Todas as acções, correctivas ou preventivas, destinadas a eliminar as causas de não conformidades reais e potenciais devem ser apropriadas à dimensão dos problemas e proporcionais aos riscos para a SST encontrados.

6. A organização não deve implementar e registar todas as alterações nos procedimentos documentados resultantes das acções correctivas e preventivas.

7. Um acidente de trabalho é uma situação imprevista, que provoca danos físicos e ou psíquicos a qualquer trabalhador, perante a qual surgem as mais diversas reacções, tanto da parte do sinistrado como da parte das testemunhas.

8. Em face de uma ocorrência, deve prestar-se de imediato assistência ao sinistrado de acordo com a gravidade do acidente.

9. Compete às chefias zelar para que a análise dos acidentes de trabalho seja feita sistematicamente em todos os casos incluindo os quase-acidentes e os incidentes, e não apenas os acidentes com baixa ou os acidentes graves, e seja suficientemente explícito para que a análise resultante possa ser explorada como factor de melhoria da prevenção.

10. O estudo do acidente é dispensável .

Nome do formando: _______________________________________ Classificação: __________

Page 94: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

94

RESOLUÇÃO DO TESTE 5 - VERIFICAÇÃO E ACÇÃO CORRECTIVA

Questões Verdade Falso

1. A organização deve estabelecer e manter procedimentos para monitorizar e medir, periodicamente, o desempenho em SST

2. O acompanhamento e a avaliação de desempenho são uma parte essencial do SGSST

3. Para se poder efectuar este conjunto de actividades é necessário definir, para a Organização, um conjunto de indicadores que possam ser tomados como referência.

4. Dever-se-á definir quais os parâmetros que devem sofrer um processo de acompanhamento e qual deverá ser a frequência da respectiva avaliação, tendo como base de referência o nível dos riscos existentes no local.

5. Todas as acções, correctivas ou preventivas, destinadas a eliminar as causas de não conformidades reais e potenciais devem ser apropriadas à dimensão dos problemas e proporcionais aos riscos para a SST encontrados.

6. A organização não deve implementar e registar todas as alterações nos procedimentos documentados resultantes das acções correctivas e preventivas.

7. Um acidente de trabalho é uma situação imprevista, que provoca danos físicos e ou psíquicos a qualquer trabalhador, perante a qual surgem as mais diversas reacções, tanto da parte do sinistrado como da parte das testemunhas.

8. Em face de uma ocorrência, deve prestar-se de imediato assistência ao sinistrado de acordo com a gravidade do acidente.

9. Compete às chefias zelar para que a análise dos acidentes de trabalho seja feita sistematicamente em todos os casos incluindo os quase-acidentes e os incidentes, e não apenas os acidentes com baixa ou os acidentes graves, e seja suficientemente explícito para que a análise resultante possa ser explorada como factor de melhoria da prevenção.

10. O estudo do acidente é dispensável .

Questões do TESTE 6 - REVISÃO PELA GESTÃO

Questões Verdade Falso

1. A revisão deve ser efectuada de 5 em 5 anos.

2. A revisão testa a eficácia do sistema.

3. O processo de revisão pela Gestão deve assegurar que é recolhida a informação necessária para permitir que a Gestão efectue esta avaliação.

4. A revisão pela Gestão não deve ter em conta a eventual alteração da política.

5. As necessidades de alteração encontradas, relativamente à política, objectivos ou outros factores do SGSST, deverão ser endereçadas ao Coordenador do SGPS para que possam ser providenciadas as alterações necessárias.

6. Tendo em atenção os dados de gestão recolhidos, o Representante da Gestão deverá emitir anualmente um relatório de revisão do SGSST

7. O chefe de secção acompanhará as acções correctivas pendentes e confirmará a conclusão das acções correctivas em curso.

8. Todas as acções sugeridas para melhorar situações que tenham sido consideradas conforme, devem ser incluídas no Plano de Melhorias para que se verifique a melhoria contínua do Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho anual do estabelecimento.

9. Todo o processo de revisão deve ser perfeitamente documentado.

10. A revisão ajuda a definir as áreas que deverão ser objecto de atenção especiais nas próximas auditorias.

Nome do formando: _______________________________________ Classificação: _________

Page 95: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

95

RESOLUÇÃO DO TESTE 6 - REVISÃO PELA GESTÃO Questões Verdade Falso

1. A revisão deve ser efectuada de 5 em 5 anos.

2. A revisão testa a eficácia do sistema.

3. O processo de revisão pela Gestão deve assegurar que é recolhida a informação necessária para permitir que a Gestão efectue esta avaliação.

4. A revisão pela Gestão não deve ter em conta a eventual alteração da política.

5. As necessidades de alteração encontradas, relativamente à política, objectivos ou outros factores do SGSST, deverão ser endereçadas ao Coordenador do SGPS para que possam ser providenciadas as alterações necessárias.

6. Tendo em atenção os dados de gestão recolhidos, o Representante da Gestão deverá emitir anualmente um relatório de revisão do SGSST

7. O chefe de secção acompanhará as acções correctivas pendentes e confirmará a conclusão das acções correctivas em curso.

8. Todas as acções sugeridas para melhorar situações que tenham sido consideradas conforme, devem ser incluídas no Plano de Melhorias para que se verifique a melhoria contínua do Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho anual do estabelecimento.

9. Todo o processo de revisão deve ser perfeitamente documentado.

10. A revisão ajuda a definir as áreas que deverão ser objecto de atenção especiais nas próximas auditorias.

Questões do TESTE 7 - Alterações OHSAS:18001:2007

Questões Verdade Falso

1. A OHSAS 18001:2007 inclui 8 novas definições e algumas alterações às definições existentes

2. Nesta nova revisão não foi dada ênfase á componente da saúde

3.Na nova versão da OSHAS, a alteração do conceito de Risco Tolerável, para Risco Aceitável introduziu um conceito menos permissivo em relação ao nível mínimo de mecanismos de controlo do risco que terão que existir, para que o sistema de SST possa conviver com nível de risco existente

4. A definição do termo Incidente passa a ser mais abrangente e inclui agora todo o tipo de acontecimentos que tenham potencial ou que originem dano para a saúde

5. Na versão da OHSAS18001:2007 não se torna explicito que o local de trabalho inclua à totalidade dos locais da propriedade da organização ou outros, onde os trabalhadores desenvolvem as suas actividades.

6. A OHSAS 18001:2007 dá ênfase na responsabilidade da Gestão de topo no SGSST. A Política de SST é definida pela Gestão de topo e não apenas autorizada

7. A nova cláusula de documentação do sistema de gestão descreve com maior detalhe a documentação mínima necessária para a gestão de SST. A “descrição do âmbito do Sistema de gestão de SST” e o requisito para “documentos, incluindo registos, definidos como necessários pela organização para assegurar o planeamento

8. No tratamento de não conformidades, acções correctivas e preventivas, esta nova revisão exige que sejam registados os resultados das acções correctivas e preventivas empreendidas bem como efectuar a avaliação da sua eficácia.

9. Na versão da OHSAS18001:2007 é feita uma referência explícita à gestão da mudança, nomeadamente a necessidade de identificar os perigos e riscos

Page 96: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

96

associados às alterações na organização, no SGSST ou nas suas actividades, antes destas ocorrerem

10. As saídas da Revisão pela Gestão, devem incluir as acções e decisões a:

a) desempenho de SST

b) política e objectivos de SST

c) recursos; e

d) outros elementos do sistema de gestão de SST

Nome do formando: _______________________________________ Classificação: __________

RESOLUÇÃO DO TESTE 7- ALTERAÇÕES OHSAS:18001:2007

Questões Verdade Falso

1. A OHSAS 18001:2007 inclui 8 novas definições e algumas alterações às definições existentes

2. Nesta nova revisão não foi dada ênfase á componente da saúde

3.Na nova versão da OSHAS, a alteração do conceito de Risco Tolerável, para Risco Aceitável introduziu um conceito menos permissivo em relação ao nível mínimo de mecanismos de controlo do risco que terão que existir, para que o sistema de SST possa conviver com nível de risco existente

4. A definição do termo Incidente passa a ser mais abrangente e inclui agora todo o tipo de acontecimentos que tenham potencial ou que originem dano para a saúde

5. Na versão da OHSAS18001:2007 não se torna explicito que o local de trabalho inclua à totalidade dos locais da propriedade da organização ou outros, onde os trabalhadores desenvolvem as suas actividades.

6. A OHSAS 18001:2007 dá ênfase na responsabilidade da Gestão de topo no SGSST. A Política de SST é definida pela Gestão de topo e não apenas autorizada

7. A nova cláusula de documentação do sistema de gestão descreve com maior detalhe a documentação mínima necessária para a gestão de SST. A “descrição do âmbito do Sistema de gestão de SST” e o requisito para “documentos, incluindo registos, definidos como necessários pela organização para assegurar o planeamento

8. No tratamento de não conformidades, acções correctivas e preventivas, esta nova revisão exige que sejam registados os resultados das acções correctivas e preventivas empreendidas bem como efectuar a avaliação da sua eficácia.

9. Na versão da OHSAS18001:2007 é feita uma referência explícita à gestão da mudança, nomeadamente a necessidade de identificar os perigos e riscos associados às alterações na organização, no SGSST ou nas suas actividades, antes destas ocorrerem

10. As saídas da Revisão pela Gestão, devem incluir as acções e decisões a:

a) desempenho de SST

b) política e objectivos de SST

c) recursos; e

d) outros elementos do sistema de gestão de SST

Nome do formando: _______________________________________ Classificação: __________

Page 97: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

97

10 Check Lists

(Listas de verificação)

OBJECTIVOS E CONTEUDOS DO CAPÍTULO

Este capítulo pretende apresentar algumas check lists como exemplos práticos que permitem a verificam dos requisitos do SGSST.

Pretende-se ilustrar como estas ferramentas são simples, práticas e bastante úteis, e ajustadas às necessidades pretendidas.

IINNSSPPEECCÇÇÃÃOO DDEE PPRREEVVEENNÇÇÃÃOO DDEE SSEEGGUURRAANNÇÇAA && HHIIGGIIEENNEE EEMM OOBBRRAA

• IDENTIFICAÇÃO DA OBRA Descrição: Localização: Dono da obra: Director da obra: Encarregado Data da Vistoria: Vistoria nº Fase da Obra: Nº. Trabalhadores • PRINCIPAIS ASPECTOS IDENTIFICADOS – SÍNTESE Principais Riscos Identificados: Principais Carências Identificadas: Recomendações:

Page 98: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

98

• AVISOS DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA Tem mapa de registos de acidentes? Sim Não Tem comunicação prévia da obra? Sim Não Tem cópia do último relatório de segurança? Sim Não Tem plano de segurança actualizado? Sim Não Tem meios de pronto-socorro? Sim Não Tem meios de combate a incêndio? Sim Não Tem condições de armazenamento de produtos inflamáveis? Sim Não Tem condições de armazenamento de produtos explosivos? Sim Não Tem avisos de obrigação e alerta? Sim Não Tem apólices de seguros dos subempreiteiros? Sim Não • ORGANIZAÇÃO DO ESTALEIRO Limitação e sinalização do estaleiro Valor: 1 2 3 4 5 Observações: Acessos Valor: 1 2 3 4 5 Observações: Parque de armazenagem Valor: 1 2 3 4 5 Observações: Instalações sociais e equipamentos fixos Valor: 1 2 3 4 5 Observações: Classificação: Suficiente • PROTECÇÃO COLECTIVA Guardas contra quedas na bordadura das lajes Valor: 1 2 3 4 5 Observações: Guardas nas caixas de escadas e elevador Valor: 1 2 3 4 5 Observações: Guardas nos andaimes Valor: 1 2 3 4 5 Observações: Entivação em valas de 1,5 mts. ou superior Valor: 1 2 3 4 5 Observações: Sinalização e protecção de taludes Valor: 1 2 3 4 5 Observações: Arrumação de materiais e equipamentos Valor: 1 2 3 4 5 Observações: Estado dos equipamentos mecânicos Valor: 1 2 3 4 5 Observações: Instalações eléctricas (quadros e fichas de ligação) Valor: 1 2 3 4 5 Observações:

Page 99: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

99

Protecção e passagens sobre buracos e valas Valor: 1 2 3 4 5 Observações: Classificação: Suficiente • PROTECÇÃO INDIVIDUAL Capacete Valor: 1 2 3 4 5 Observações: Botas com palmilha e biqueira de protecção Valor: 1 2 3 4 5 Observações: Luvas Valor: 1 2 3 4 5 Observações: Óculos Valor: 1 2 3 4 5 Observações: Protectores auriculares Valor: 1 2 3 4 5 Observações: Outros (máscara, arnês, ...) Valor: 1 2 3 4 5 Observações: Classificação: Suficiente • HIGIENE E SAÚDE Higiene nos dormitórios Valor: 1 2 3 4 5 Observações: Higiene nos sanitários Valor: 1 2 3 4 5 Observações: Higiene na cozinha/refeitório Valor: 1 2 3 4 5 Observações: Higiene e arrumação em escritórios e armazéns Valor: 1 2 3 4 5 Observações: Limpeza geral Valor: 1 2 3 4 5 Observações: Proibição de bebidas alcoólicas Valor: 1 2 3 4 5 Observações: Classificação: Classificação Final: NOTA: Escala de classificações: Mau 0 - 2 Suficiente 3 Regular 4 Bom 5 Emissor do Relatório (Assinatura) _____________________________________

Data de emissão do relatório ______ / ______ / ______

Page 100: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

100

Levantamento anual do tipo de acidentes

Nº Acidentes

Tipo de Acidente Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total

Feridas e lesõessuperficiais

Fracturas

Deslocações, entorses edistensões

Amputações(perdas departe dos corpos)

Concussões e lesõesinternas

Queimaduras, escaldaduras,

congelação

Efeitos de ruído,vibrações e pressões

Choques

Lesões múltiplas

Outros

Total/mês

Page 101: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

101

Registo de Acidentes de Trabalho

Nome do

Acidentado Idade Antiguidade Sector Data Hora

Data

(Baixa)

Data

(Alta)

Dias úteis

perdidos

Tipo de

lesão

Descrição/

Causa do acidente

Nº de Horas trabalhadas: __________ Ano: __________

Page 102: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

102

11 Casos de Estudo

SOPOL

Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho

Neste ano o Sistema de Gestão da Segurança e Higiene no Trabalho (SGSST) foi alvo de uma revisão geral de conteúdo. Esta revisão foi essencialmente motivada pelo processo de certificação pela norma NP4397 cujos requisitos o SGSST tinha que dar resposta.

As alterações introduzidas não foram muito relevantes, traduzindo-se, na maior parte dos casos em ajustes face a algumas especificidades da norma.

Foram também revistos alguns Procedimentos de Gestão do SGQA, de modo a que a SOPOL cumpra todos os requisitos da Norma, nomeadamente os referentes a Auditorias Internas, Medicina de Trabalho, Planos de Emergência, etc.

Page 103: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

103

Processo de Certificação pela NP 4397:2001 / OHSAS 18001:1999

O processo de Certificação pela NP 4397:2001 / OHSAS 18001:1999 passou pelas seguintes fases:

1 – Auditoria de Diagnóstico em SHT – Realizado em 8 e 9 de Março de 2006 pela Global Score na Sede, no Estaleiro Central e na Obra nº 242 – Capuchos

2 – Processo de Candidatura – Enviado a 18 de Abril de 2006

3 – Auditoria de 1ª Fase – Realizada pela APCER em 3 e 6 de Outubro na Sede e na Obra nº 244 – Gandarinha

4 – Auditoria de Concessão – Realizada também pela APCER nos dias 22, 23, 28 e 29 de Novembro e em conjunto com a Auditoria de Acompanhamento ISO 9001) e de Renovação (ISO 14001).

5 – Emissão do Certificado – Atribuído pela APCER o Certificado de Conformidade nº 2006/SST.109 em 22 de Dezembro de 2006.

Podemos concluir que o processo de certificação decorreu de uma forma tranquila tal como era expectável e concluído com absoluto êxito. Este resultado, não só advém da experiência já acumulada fruto da implementação do SGSST desde 2002 (nos moldes actuais) como também pelo empenho de todos.

A Auditoria de Concessão abrangeu a Sede, Estaleiro de Brejos de Azeitão, a Obra nº 244 Gandarinha e Obra nº 246 – Seixal Baía

Da auditoria, em termos de SHT, resultaram 3 Não Conformidades e 9 Oportunidades de Melhoria relacionadas essencialmente com:

Não Conformidades:

Medição de Ruído de local de trabalho, no Estaleiro Central;

Plataforma de descarga de materiais danificada, em obra;

Relatórios de Avaliação das Condições de Trabalho (Sede e Estaleiro

Central) com insuficiência de informação.

Oportunidades de Melhoria (mais relevantes):

Tornar mais explícito a integração do SGSST de eventuais acções correctivas ou boas práticas;

Solicitar aos fornecedores de serviços de manutenção de equipamentos de elevação (Ex : Gruas Torre) evidências das competências dos elementos que efectuam validação da montagem /desmontagem (Definição da “Pessoa competente”);

Completar a identificação de perigos/avaliação de riscos para a manutenção de todos os equipamentos da empresa ( Ex: Equipamentos do sector da geotecnia;

Monitorizar o nº de horas de permanência na empresa por mês, do médico do trabalho, de forma a garantir evidências do cumprimento dos requisitos legais associados (1 hora por mês por cada 10 trabalhadores);

Continuar a pratica de execução de simulacros para situações de emergência na área da SHST, estendendo-os a todas as obras e ao estaleiro central.

Simulacro na Sede

Foi realizado no dia 30 de Outubro na Sede o primeiro simulacro para teste do Plano de Emergência Interno que contou com o apoio da Escola Nacional de Bombeiros. Foi criado o cenário de um eventual colapso da cobertura do edifício do Edifício B sendo necessária a evacuação de todo o pessoal deste edifício.

Este simulacro teve como objectivo o teste da eficácia das Equipas de Evacuação e do comportamento de todo o pessoal perante uma situação de emergência. Pode-se concluir da necessidade de incrementar a formação nesta matéria e melhorar a operacionalidade entre a Estrutura de Emergência da SOPOL e a portaria.

Page 104: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

104

Comissão de Segurança da Empresa

A Comissão de Segurança da Empresa passou a ter a seguinte constituição:

Presidente

Presidente do Conselho de Administração

Vogais

Directora da Qualidade, Ambiente e Segurança

Director de Produção

Director do Equipamento

Directora dos Aprovisionamentos

Director de Obra

Coordenador do Serviço de Segurança

Encarregado Geral

Encarregado de Oficina

Foi cumprida a periodicidade definida para as reuniões desta comissão (três por ano) na qual foram debatidos, nomeadamente, os seguintes temas:

Aprovação do novo SGSST;

Política de Segurança da Empresa;

Implementação do SGSST;

Análise dos Índices de Sinistralidade;

Definição e acompanhamento de objectivos;

Análise das auditorias

Aprovação da Campanha de Segurança de 2006

Auditorias realizadas no âmbito do SGSST

Auditorias Internas

Durante o ano de 2006 foram iniciadas e realizadas auditorias internas conjuntas às obras (Qualidade, Ambiente e Segurança) tendo por objectivo a avaliação da implementação do SGQA e do SGSST.

Os locais auditados foram:

Obra nº 223 – Refer Espinho

Obra nº 233 – Campo Pequeno

Obra nº 234 – Largo de Jesus

Obra nº 242 – Hotel Capuchos

Obra nº 244 – Gandarinha (*)

Sede (*)

Estaleiro Central (*)

(*) Auditoria realizada pela Global Score

No que diz respeito às auditorias internas, o maior número de não conformidades foi registado na:

Gestão documental do Desenvolvimento Prático do PSS – Não conformidades constatadas essencialmente na actualização deste documento

Conformidade das condições dos locais e frentes de trabalho – Não conformidades constatadas na implementação das medidas preventivas definidas no DPPSS

Equipamento - A maior parte das não conformidades estão relacionadas com a documentação dos equipamentos e pequenas deficiências nos dispositivos de segurança.

Page 105: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

105

No sentido destas não conformidades não se repetirem serão tomadas as seguintes medidas:

Melhorar o acompanhamento dos TSHT e do Serviço de Segurança aos DPPSS no sentido de traduzirem a realidade das actividades da obra

Analisar de forma crítica e mais evidente a adaptabilidade do DPPSS em obra, nas Comissões de Segurança da Obra

Incrementar o acompanhamento às frentes de trabalho e formação aos trabalhadores em obra

Controlar o equipamento de forma mais eficaz na sua chegada à obra e garantir a realização das manutenções previstas nos respectivos planos.

Campanha de Segurança

Realizou-se, a Campanha de Segurança de 2006 com a elaboração de um cartaz alusivo à actividade da Sopol o qual foi amplamente divulgado e afixado nas obras, Sede, Estaleiro Central e Central de Betão. O tema desta campanha, aprovado em CSE, incidiu sobre a Organização dos Estaleiros.

Formação em SHT

Formação Interna

Em 2006, conforme previsto em 2005, foi realizada a formação ao terceiro grupo de colaboradores do curso de “Representantes do Empregador”, validado tecnicamente pelo ISHST (ex-IDICT). Os formandos alvo desta formação foram, os Encarregados.

Acções de formação aos trabalhadores em obra

Continuou-se a dar seguimento à formação aos trabalhadores em obra que é dividida em dois tipos:

Acolhimento – Dirigidas a todos os trabalhadores abordando a organização do estaleiro e da emergência,

Específicas – Dirigidas a grupos de trabalhadores das especialidades abordando os riscos específicos da sua actividade

Análise da Sinistralidade

A SOPOL faz o acompanhamento dos acidentes e incidentes ocorridos nas diversas frentes de trabalho considerando, não só os sinistros com os seus trabalhadores como também de toda a cadeia de subcontratação.

Para além do registo dos acidentes em relatório e em base de dados, é feito o

acompanhamento mensal dos índices de frequência e de gravidade.

Para obter mais informação : http://www.sopol.pt/rasht_2006.pdf

Page 106: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

106

12 Glossário

A ACIDENTE DE TRABALHO: acontecimento ocasional e imprevisto, ocorrido no local e no tempo de

trabalho, que provoca, directa ou indirectamente, lesão s no trabalhador, da qual resulta a morte ou a redução da capacidade de ganho

C COMPONENTES MATERIAIS DO TRABALHO: os locais de trabalho, o ambiente de trabalho, as

ferramentas, as máquinas e materiais, as substâncias e agentes químicos, físicos e biológicos, os processos de trabalho e a organização do trabalho

D DOENÇA PROFISSIONAL: dano ou alteração da saúde ocasionados nos trabalhadores que se

encontram expostos a um ou mais agentes agressores do seu ambiente de trabalho, em quantidade e tempo excessivo e que lhes provoca redução na sua capacidade de trabalho

I INCIDENTE: acontecimento ocasional e imprevisto, ocorrido no local e no tempo de trabalho, que não

provoca lesões no trabalhador

P PERIGO: propriedade ou capacidade intrínseca de um componente de trabalho potencialmente

causadora de danos

PREVENÇÃO: Acção de evitar ou diminuir os riscos profissionais através de um conjunto de disposições ou medidas que devem ser tomadas em todas as fases da actividade da empresa

PROTECÇÃO: conjunto de meios e técnicas para controlar os riscos através da adaptação de dispositivos de segurança, equipamentos de protecção individual, normas de segurança e sinalização de riscos, disciplina e incentivos

R RISCO: probabilidade do potencial danificador ser atingido nas condições de Uso

RISCO PROFISSIONAL: probabilidade de um trabalhador sofrer um dano provocado pelo trabalho

RISCO ACEITÁVEL: risco que foi reduzido a um nível que possa ser tolerado pela organização, tomando em atenção as suas obrigações legais e a sua própria política de SST

S SEGURANÇA NO TRABALHO: Conjunto de metodologias que têm como objectivo a prevenção de

acidentes de trabalho

SAÚDE NO TRABALHO: Conjunto de metodologias, além da vigilância médica, que têm como objectivo o controlo dos elementos físicos, sociais e mentais que possam afectar o bem-estar dos trabalhadores

Page 107: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

107

13 Bibliografia

LIVROS

• PINTO, ABEL, Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho, 1º Edição, Edições Sílabo,Lda.

• ALBERTO SÉRGIO S.R.MIGUEL , Manual de Higiene e Segurança do Trabalho, Porto Editora.

NORMAS • OHSAS 18001:1999 – Occupational Health and Safety Management Systems – Specification

• OHSAS 18002:2000 –Occupational health and safety management systems — Guidelines forthe implementation of OHSAS 18001

• OHSAS 18001:2007 – Occupational Health and Safety Management Systems- Requirements

Page 108: Manual Sgsst

Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SGSST): OSHAS 18001/NP 4397

108

14 Links úteis

Legislação • www.diramb.gov.pt

• http://osha.europa.eu/OSHA

• www.inresiduos.pt/

• www.iambiente.pt/

Segurança Geral • www.idad.ua.pt/

• www.uc.pt/iav/

• www.aeportugal.pt/

• www.inresiduos.pt/

• www.iambiente.pt/

• http://www.fundacentro.gov.br/CTN/sistemas_gestao_saude_trabalho.pdf

• http://www.dqa.pt/002.aspx?dqa=0:0:0:16:41:13;41:-1

• www.ishst.pt/

Normas/Certificação • www.apcer.pt/

• www.eea.europa.eu/

• www.ipq.pt

• www.gestaoambiental.com.br

• http://www.pt.sgs.com

• www.bsi-global.com

• www.dnv.com