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Manual de Capacitao para Correo da Redao do ENEM 2011

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Manual de Capacitao para Correo da Redao do ENEM 2011

SUMRIO

PARTE I1 CONSIDERAES INICIAIS ................................................................................6 1.1 Concepo de linguagem .....................................................................7 1.2 A correo das redaes ......................................................................8 1.3 O padro dissertativo-argumentativo: caractersticas.........................8 1.4 Mecanismos lingusticos de articulao entre as ideias (coeso) ........9 1.5 Articulao entre argumentos e ponto de vista (coerncia)..............11 2 MATRIZ DE COMPETNCIAS PARA A REDAO DO ENEM 2011 ...................14

PARTE II3 SISTEMA DE ANLISE DE TEXTOS PARA CORRETORES...................................24

PARTE III4 SISTEMA DE ANLISE DE TEXTOS PARA SUPERVISORES................................32

APNDICEMENSURAO DO DESEMPENHO DE SUPERVISORES E CORRETORES DAS REDAES DO ENEM 2011 .................................................42

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1 CONSIDERAES INICIAISO Exame Nacional do Ensino Mdio (ENEM), cuja finalidade precpua a avaliao do desempenho escolar ao fim da escolaridade bsica, constitudo de quatro provas objetivas que abrangem as vrias reas de conhecimento em que se organizam as atividades pedaggicas da escolaridade bsica no Brasil, quais sejam: Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias; Cincias Humanas e suas Tecnologias; Cincias da Natureza e suas Tecnologias, e Matemtica e suas Tecnologias.

O ENEM abrange tambm uma prova de redao, que, visando demonstrao dos conhecimentos na rea de Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias pelos estudantes ao fim da escolaridade bsica, deve ser estruturada na forma de texto em prosa do tipo dissertativo-argumentativo, a partir de um tema de ordem social, cientfica, cultural ou poltica. O ENEM articula-se com os Parmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Mdio (PCNEM), segundo os quais Cabe ao leitor entender que o documento PCNEM de natureza indicativa e interpretativa, propondo a interatividade, o dilogo, a construo dos significados na, pela e com a linguagem. Dessa forma, assim como os PCNEM, a operacionalizao do ENEM, no que tange rea de Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias, mais precisamente prova de redao, deve manter esse carter de interatividade e de dilogo constante e privilegiar a construo de significados. Para a garantia da excelncia dos procedimentos em todas as etapas do processo, o presente documento foi dividido nos seguintes tpicos, que devero ser relembrados constantemente durante a correo das provas.

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1.1 Concepo de linguagem conveniente que todos os envolvidos nos procedimentos operacionais do ENEM partilhem a mesma concepo de linguagem que norteia os PCNEM, traduzida como a capacidade humana de articular significados coletivos e compartilh-los, em sistemas arbitrrios de representao, que variam de acordo com as necessidades e experincias da vida em sociedade. A compreenso da arbitrariedade da linguagem pode permitir aos participantes a problematizao dos modos de ver a si mesmos e ao mundo, das categorias de pensamento, das classificaes que so assimiladas como dados indiscutveis. A principal razo de qualquer ato de linguagem a produo de sentido. Produto e produo cultural, nascida por fora das prticas sociais, a linguagem humana e, tal como o homem, destaca-se por seu carter criativo, contraditrio, pluridimensional, mltiplo e singular a um s tempo (PCNEM, 2000; parte II, p. 5). A conscincia da multiplicidade de cdigos e a valorizao da conquista da cidadania no podem ser ignoradas pelos corretores da redao no ENEM, pois, como lembra Mikhail Bakhtin (filsofo da linguagem com base no qual se fundamentam os PCNEM e o ENEM), as trocas lingusticas decorrem da relao de foras entre os interlocutores. Portanto, no estudo da linguagem verbal, a abordagem da norma padro deve considerar a sua representatividade, como variante lingustica de determinado grupo social, e o valor atribudo a ela no contexto das legitimaes sociais. Aprende-se a valorizar determinada manifestao, porque socialmente ela representa o poder econmico e simblico de certos grupos sociais que autorizam sua legitimidade (PCNEM, 2000; parte II, p. 7). No mundo contemporneo, marcado por um apelo informativo imediato, a reflexo sobre a linguagem e seus sistemas, articulados por mltiplos cdigos, bem como sobre os processos e procedimentos comunicativos representa uma via importante para a ampliao da participao ativa dos indivduos na vida social.7

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1.2 A correo das redaesA correo da redao no ENEM tem por objetivo verificar competncias lingusticas na dimenso textual. Isso implica considerar o desempenho lingustico do participante quanto s habilidades de demonstrar conhecimento dos mecanismos lingusticos necessrios para a seleo, organizao e interpretao de informaes, estruturando-as em um texto do tipo dissertativo-argumentativo, no qual se constituem entidades significativas: pela tessitura textual percebe-se a intrnseca relao entre linguagem, mundo e prticas sociais. A avaliao da dimenso textual verifica a competncia do participante em se valer ativamente da linguagem para ler e interpretar o mundo.

1.3 O padro dissertativo-argumentativo: caractersticasO texto dissertativo-argumentativo aquele em que se apresenta e se defende uma ideia, posio, ponto de vista ou opinio a respeito de determinado tema. Assim, o texto argumentativo porque o objetivo a defesa, por meio de argumentos convincentes, de uma ideia ou opinio; e dissertativo porque se estrutura sob a forma dissertativa proposio, argumentao e concluso. A proposio, tambm chamada de tese, a ideia que se defende, uma afirmativa suficientemente definida e limitada, e constitui o eixo central do texto para o qual vo concorrer todas as outras ideias que reforam a posio apresentada, pois a argumentao pressupe a possibilidade de divergncia de opinio. Os argumentos de um texto so facilmente localizados: identificada a tese ou proposio, faz-se a pergunta por qu? (Ex.: o autor contra a pena de morte (tese ou proposio) porque ... (argumentos). Os argumentos podem ser configurados como exemplos, dados estatsticos, fatos comprovveis, evidncias, testemunhos, fatos histricos... Portanto, as estratgias argumentativas abrangem variados recursos para envolver o leitor, para impression-lo, para convenc-lo, para gerar credibilidade. Para essa sustentao da tese, concorrem elementos de raciocnio e de uso da linguagem, tais como: clareza, emprego do padro culto ou formal da lngua, estruturao coesa e coerente do texto, antecipao e oposio a contraargumentos, qualidade e autoridade das fontes das citaes, entre outros recursos.

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Para que se cumpra o objetivo do texto dissertativo-argumentativo o de mostrar a veracidade ou a propriedade da proposio defendida , as ideias no devem ser vinculadas pessoalmente, subjetivamente ao autor, mas apresentadas como acima dele, como pertencentes a todos. Deve-se adotar, assim, uma posio impessoal, aparentemente neutra, que atenue a dialogia e oculte o agente das aes. Gramaticalmente h muitas formas de se conseguir esse objetivo: com a generalizao do sujeito, com o emprego da primeira pessoa do plural; com a ocultao do agente, com o uso de expresses do tipo preciso, necessrio, urgente; com o emprego de agente sob a forma de ser inanimado, fenmeno, instituio ou organizao; ou ainda pelo uso gramatical do sujeito indeterminado e da voz passiva.

1.4 Mecanismos lingusticos de articulao entre as ideias (coeso)Para que se constitua um texto, necessrio que as ideias se articulem em um todo significativo. Pode-se construir essa articulao, ou coeso, por meio de vrios recursos. A manuteno do tema um desses recursos, mas no suficiente em textos dissertativos. A ordem das palavras no perodo, as marcas de gnero e de nmero, as preposies, os pronomes pessoais, os tempos verbais, os conectivos funcionam tambm como elos coesivos. Cada um desses elementos gramaticais estabelece conexes, articulaes, ligaes, concatenando as ideias, e permite a progresso do texto em direo comprovao da proposio que se visa defender, ou seja, a estrutura gramatical das frases trata de criar coeso entre os constituintes de um texto. Entretanto, alm dessas formas gramaticais sistemticas de ligao entre palavras, existem quatro outras estratgias de coeso, que dependem das escolhas estilsticas do redator: referencial; lexical; por elipse; por substituio.

A coeso referencial feita pela citao de elementos que j apareceram, ou vo aparecer, no prprio texto. Para a efetivao dessas citaes, so utilizados pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos ou expresses adverbiais que indicam localizao (a seguir, acima, abaixo, anteriormente, aqui, onde). Esses recursos tanto podem se referir, por antecipao, a elementos que sero citados na sequncia do texto, quanto9

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podem retomar elementos j citados no texto ou que so facilmente identificveis pelo leitor, como no exemplo a seguir: A exploso da informao uma das causas do estresse do homem moderno. Ela pode provocar diversas formas de ansiedade. A manuteno da unidade temtica do texto, que exige certa carga de redundncia, est na base da coeso lexical. Assim, pode-se estabelecer uma corrente de significados retomando-se as mesmas ideias e partes de ideias por meio de diferentes termos e expresses. Essa corrente formada pela reutilizao intencional de palavras, pelo uso de sinnimos, ou ainda pelo emprego de expresses equivalentes para substituir termos j usados, ou para identificar ou nomear elementos que j apareceram no texto, como no seguinte exemplo: O Doutor Carlos concedeu entrevista no intervalo do congresso. O cientista entrevistado reconhece que, a partir do emprego dos conhecimentos cientficos, possvel racionalizar os sistemas de produo. Agora esse estudioso quer contribuir para a democratizao do saber. A estrutura gramatical dos perodos na lngua portuguesa permite a omisso de elementos facilmente identificveis ou que j tenham sido citados anteriormente, estratgia denominada coeso por elipse. Algumas vezes, essa omisso marcada por uma vrgula. Pronomes, verbos, nomes e frases inteiras podem estar implcitos. O trecho a seguir constitui exemplo de omisso de sujeito da orao. A metodologia cientfica um conjunto de atividades sistematizadas, racionais, que, com segurana e economia, permite que os objetivos sejam atingidos. Implica a concepo das ideias quanto delimitao do problema dentro do assunto. Na coeso por substituio, substantivos, verbos, perodos ou largas parcelas de texto so substitudos por conectivos ou expresses que resumem e retomam o que j foi dito. Servem a esse objetivo as seguintes expresses: diante do que foi exposto; a partir dessas consideraes; diante desse quadro; em vista disso; tudo o que foi dito; esse quadro etc.10

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1.5 Articulao entre argumentos e ponto de vista (coerncia)A unidade de sentidos de um texto dissertativo-argumentativo decorre da articulao entre as ideias, ou seja, resultado da possibilidade de interpretao dos argumentos como colaborativos em defesa da proposio apresentada. A coerncia textual est intimamente ligada a uma srie de atos enunciativos que permitem a interpretao de um conjunto de ideias (em uma dada situao de comunicao), desse modo a coerncia de um texto dissertativo-argumentativo depende da ativao de conhecimentos lingusticos, enciclopdicos, textuais, interacionais e de raciocnio lgicosemntico. Por isso, nem sempre a coerncia est localizada em elementos explicitados na superfcie textual: pela leitura de pistas textuais (e muitas vezes contextuais) que se pode conferir a coerncia global de um texto. Tratase de um princpio de textualidade que se apoia na organizao de informaes (ideias ou fatos) que o autor prope no texto. Em um texto dissertativo-argumentativo, a coerncia sustenta a veracidade da proposio. Em defesa, por exemplo, do ponto de vista de que a agresso ao meio ambiente pode provocar a extino da espcie humana, os argumentos podem ser apresentados em relao a animais: Aes irresponsveis dos homens sobre o meio ambiente podem causar sua prpria extino. Na Amaznia, por exemplo, os acidentes ambientais so uma das maiores causas de extino de vrias espcies animais, no s por causa de ataques diretos, mas tambm por causas inerentes prpria espcie. O peixe-boi, por exemplo, no se acasala com facilidade e o ciclo de reproduo bastante demorado. Com os riscos de acidentes ambientais, a espcie torna-se uma das mais vulnerveis, pois a demora na reproduo pode dificultar a superao dos ataques externos. Para o homem, os resultados da baixa qualidade de vida tambm so imprevisveis.

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Em um texto cujo objetivo seja convencer o leitor sobre determinado ponto de vista, a coerncia do texto dissertativo-argumentativo deve primar por duas qualidades bsicas: no contradio e no tautologia.

No primeiro caso, no da no contradio, todos os argumentos devem articular-se de modo a deixar clara a posio defendida: mesmo que contrastando com argumentos contrrios, a veracidade, as vantagens e a propriedade da tese so ressaltadas. No mesmo trecho acima apresentado, identifica-se exemplo de no contradio, apesar da associao entre homem e peixe-boi: (...) no s por causa de ataques diretos, mas tambm por causas inerentes prpria espcie. O peixe-boi, por exemplo, no se acasala com facilidade e o ciclo de reproduo bastante demorado. Com os riscos de acidentes ambientais, a espcie torna-se uma das mais vulnerveis, pois a demora na reproduo pode dificultar a superao dos ataques externos. Com a qualidade da no tautologia, visa-se continuidade textual, progresso temtica, agregando-se novas informaes ao j dito, alm de economia na retomada de informaes. Observa-se no trecho a seguir exemplo de no tautologia, de continuidade temtica: (...) Na Amaznia, por exemplo, os acidentes ambientais so uma das maiores causas de extino de vrias espcies animais, no s por causa de ataques diretos, mas tambm por causas inerentes prpria espcie. O peixe-boi, por exemplo, no se acasala com facilidade e o ciclo de reproduo bastante demorado.

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Por envolver dimenses conceituais, cognitivas e pragmticas, a coerncia de uma argumentao se configura de diferentes maneiras em cada texto, pois depende da proposio a ser comprovada, da escolha adequada dos argumentos e das marcas textuais que devem conduzir o leitor concluso pretendida. Sobretudo, a veracidade da tese deve estar fundamentada nos argumentos e corresponder materializao de uma inteno. Essa inteno, que explicitada e articulada na progresso textual, constitui os indcios de autoria, como se pode observar no seguinte trecho do exemplo apresentado nesta seo, no qual o argumento sustentado com exemplos da fauna, utilizados pelo autor para explicitar o seu ponto de vista a respeito dos homens e evitar afirmaes restritas ao senso comum: (...) Com os riscos de acidentes ambientais, a espcie torna-se uma das mais vulnerveis, pois a demora na reproduo pode dificultar a superao dos ataques externos. Para o homem, os resultados da baixa qualidade de vida tambm so imprevisveis. em consonncia com esses princpios que a formulao do presente documento objetiva desencadear e manter dilogo constante e construtivo com os profissionais responsveis pela correo das provas de redao, de modo que o processo seja marcado pela qualidade tcnica e equidade de tratamento dos textos avaliados.

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2 MATRIZ DE COMPETNCIAS PARA A REDAO DO ENEM 2011A seguir apresentada a descrio dos parmetros de correo das redaes, que, adequados aos critrios estabelecidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira (INEP), devem nortear o processo de leitura e avaliao dos textos.I Demonstrar domnio da norma padro da lngua escrita. II Compreender a proposta de redao e aplicar conceitos das vrias reas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativoargumentativo. III- Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informaes, fatos, opinies e argumentos em defesa de um ponto de vista. IVDemonstrar conhecimento dos mecanismos lingusticos necessrios para a construo da argumentao . V- Elaborar proposta de interveno para o problema abordado, respeitando os direitos humanos

COMPETNCIA | NVEIS | (NOTAS)

Demonstra desconhecimento da norma padro, de escolha de registro e de convenes da escrita.

No defende ponto de vista e apresenta informaes, fatos, opinies e argumentos incoerentes.

Apresenta informaes desconexas, que no se configuram como texto.

No elabora proposta de interveno.

NVEL 0

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NVEL II

Demonstra domnio insuficiente da norma padro, apresentando graves e frequentes desvios gramaticais, de escolha de registro e de convenes da escrita. Demonstra domnio mediano da norma padro, apresentando muitos desvios gramaticais, de escolha de registro e de convenes da escrita.

Desenvolve de maneira tangencial o tema ou apresenta inadequao ao tipo textual dissertativoargumentativo.

No defende ponto de vista e apresenta informaes, fatos, opinies e argumentos pouco relacionados ao tema.

NVEL I

No articula as partes do texto ou as articula de forma precria e/ou inadequada.

Elabora proposta de interveno tangencial ao tema ou a deixa subentendida no texto.

Desenvolve de forma mediana o tema a partir de argumentos do senso comum, cpias dos textos motivadores ou apresenta domnio precrio do tipo textual dissertativoargumentativo.

Apresenta informaes, fatos e opinies, ainda que pertinentes ao tema proposto, com pouca articulao e/ou com contradies, ou limita-se a reproduzir os argumentos constantes na proposta de redao em defesa de seu ponto de vista. Apresenta informaes, fatos, opinies e argumentos pertinentes ao tema proposto, porm pouco organizados e relacionados de forma pouco consistente em defesa de seu ponto de vista.

Articula as partes do texto, porm com muitas inadequaes na utilizao dos recursos coesivos.

Elabora proposta de interveno de forma precria ou relacionada ao tema, mas no articulada com a discusso desenvolvida no texto.

Demonstra domnio adequado da norma padro, apresentando alguns desvios gramaticais e de convenes da escrita.

Desenvolve de forma adequada o tema, a partir de argumentao previsvel e apresenta domnio adequado do tipo textual dissertativoargumentativo.

NVEL III

Articula as partes do texto, porm com algumas inadequaes na utilizao dos recursos coesivos.

Elabora proposta de interveno relacionada ao tema mas pouco articulada discusso desenvolvida no texto.

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NVEL IV

Demonstra bom domnio da norma padro, com poucos desvios gramaticais e de convenes da escrita.

Desenvolve bem o tema a partir de argumentao consistente e apresenta bom domnio do tipo textual dissertativoargumentativo.

Seleciona, organiza e relaciona informaes, fatos, opinies e argumentos pertinentes ao tema proposto de forma consistente, com indcios de autoria, em defesa de seu ponto de vista. Seleciona, organiza e relaciona informaes, fatos, opinies e argumentos pertinentes ao tema proposto de forma consistente, configurando autoria, em defesa de seu ponto de vista.

Articula as partes do texto, com poucas inadequaes na utilizao de recursos coesivos.

Elabora proposta de interveno relacionada ao tema e bem articulada discusso desenvolvida no texto.

Demonstra excelente domnio da norma padro, no apresentando ou apresentando escassos desvios gramaticais e de convenes da escrita.

Desenvolve muito bem o tema com argumentao consistente, alm de apresentar excelente domnio do tipo textual dissertativoargumentativo, a partir de um repertrio sociocultural produtivo.

NVEL V

Articula as partes do texto, sem inadequaes na utilizao dos recursos coesivos.

Elabora proposta de interveno inovadora relacionada ao tema e bem articulada discusso desenvolvida em seu texto.

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Critrios de correo da redao No processo de correo das redaes, devem ser observadas, primeiramente, as seguintes categorias de classificao dos textos: B (em branco) nota zero: texto em branco. I (insuficiente) nota zero: texto com at 7 linhas escritas. N (nulo) nota zero: texto em que haja a inteno clara do autor em anular a redao ou texto em que seja desconsiderada a Competncia V (desrespeito aos direitos humanos). F (fuga ao tema/ no atendimento ao tipo textual) nota zero: texto em que no seja desenvolvida a proposta de redao, com base na Competncia II (desenvolvimento de outro tema e/ou elaborao de outra estrutura textual). A seguir, so especificados os critrios de correo dos textos com base na matriz de competncias.

Competncia I: Demonstrar domnio da norma padro da lngua escrita. Ausente Nvel 0: texto com srios problemas na articulao dos argumentos, em decorrncia do desconhecimento da estrutura sinttica, da pontuao, das convenes ortogrficas e do registro adequado ao gnero (grias, internets etc). Baixa Nvel 1: texto com estruturas lingusticas rudimentares, isto , que, embora se configure minimamente como um texto, apresente graves problemas de pontuao, de ortografia e no emprego do registro adequado ao gnero. Mediana Nvel 2: texto com estrutura sinttica com certa organizao, porm com muitos desvios gramaticais, de pontuao, de ortografia e no emprego do registro adequado ao gnero.

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Boa Nvel 3: texto com estrutura sinttica esperada para o grau de escolaridade exigido, porm com alguns desvios gramaticais, de pontuao, de ortografia e no emprego do registro adequado ao gnero. Muito boa Nvel 4: texto com boa estrutura sinttica, ou seja, acima da mdia esperada para o grau de escolaridade exigido, com poucos desvios gramaticais, de pontuao, de ortografia e no emprego do registro adequado ao gnero. Excelente Nvel 5: texto com excelente estrutura sinttica e raros desvios gramaticais, de pontuao e de ortografia. Competncia II: Compreender a proposta de redao e aplicar conceitos das vrias reas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. Ausente Nvel 0: texto que no atende proposta solicitada, seja quanto ao tema, seja quanto ao tipo textual. Para esta situao, marca-se fuga ao tema ou no atendimento ao tipo textual. Baixa Nvel 1: texto que tangencia o tema proposto, isto , o assunto mencionado por meio de palavras ou expresses, mas no desenvolvido. importante ressaltar que o texto que apenas tangencie a proposta, ainda que apresente tema adequadamente desenvolvido, dever ser avaliado no nvel 1. Tambm assim deve ser avaliado o texto em que se identifique inadequao do tipo textual, isto , que no seja uma dissertao, ainda que se reconhea o tema proposto. Mediana Nvel 2: texto em que o tema seja desenvolvido a partir de consideraes prximas ao senso comum ou muito prximas ao que seja proposto nos textos motivadores. Assim tambm deve ser avaliado o texto em que haja domnio precrio do tipo textual exigido, isto , em que se identifique mistura dos tipos textuais, sinalizando desconhecimento da estrutura do tipo dissertativoargumentativo.18

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Boa Nvel 3: texto em que o tema seja desenvolvido adequadamente, porm de forma previsvel, com pouco avano em relao ao senso comum. Assim tambm deve ser avaliado o texto em que se identifique domnio adequado do tipo textual exigido, ou seja, que esteja compatvel com a estrutura de um texto dissertativo-argumentivo, ainda que a progresso textual seja considerada deficiente. Muito boa Nvel 4: texto em que o tema seja bem desenvolvido, com evidentes indcios de autoria e certa distncia do senso comum. Assim tambm deve ser avaliado o texto em que se identifique bom domnio do tipo textual exigido, isto , com progresso textual fluente. Excelente Nvel 5: texto em que o tema seja desenvolvido de modo consistente e autoral, apresentando repertrio sociocultural produtivo. Assim tambm deve ser avaliado o texto em que se perceba total domnio do tipo textual exigido, isto , com progresso textual fluente e articulada com o projeto de texto. Competncia III: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informaes, fatos, opinies e argumentos em defesa de um ponto de vista. Ausente Nvel 0: texto em que no haja defesa de ponto de vista, isto , que no apresente opinio a respeito do tema proposto. Assim tambm deve ser avaliado o texto cujo contedo no contribua com informaes, fatos, opinies e argumentos, ou que estes no estejam relacionados ao tema. Baixa Nvel 1: texto em que no haja defesa de ponto de vista, isto , que no apresente opinio a respeito do tema proposto. Assim tambm deve ser avaliado o texto cujo contedo contribua de forma rudimentar com informaes, fatos, opinies e argumentos, relacionados precariamente ao tema.19

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Mediana Nvel 2: texto em que haja defesa de ponto de vista, porm com informaes, fatos, opinies e argumentos pouco articulados ou contraditrios. Assim tambm deve ser avaliado o texto cujo contedo reproduza os argumentos, fatos, opinies e informaes dos textos motivadores apresentados na prova de redao. Boa Nvel 3: texto que apresente informaes, fatos, opinies e argumentos pouco organizados e pouco articulados, alm de relacionados de forma pouco consistente ao ponto de vista defendido. Trata-se do texto cujo autor lana mo de informaes aleatrias e desconectadas entre si, ainda que conectadas ao tema proposto. Muito boa Nvel 4: texto em que as informaes, fatos, opinies e argumentos selecionados estejam organizados e relacionados de forma consistente ao ponto de vista defendido e ao tema proposto, e com indcios de autoria. Os argumentos, neste nvel, so ainda previsveis, porm no se restringem ao apresentado nos textos motivadores da prova de redao. Excelente Nvel 5: texto em que as informaes, fatos, opinies e argumentos selecionados estejam organizados e relacionados de forma consistente com o ponto de vista defendido e ao tema proposto, configurando-se autoria. Tratase do texto em que toda a argumentao apresentada est organizada de acordo com o projeto de texto. Competncia IV: Demonstrar conhecimento dos mecanismos lingusticos necessrios para a construo da argumentao. Ausente Nvel 0: texto com srios problemas de articulao de ideias, em decorrncia de desconhecimento dos recursos coesivos, isto , com informaes desconexas, que no se configuram como texto.20

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Baixa Nvel 1: texto articulado de forma precria ou inadequada, isto , no qual no se identifiquem recursos coesivos explcitos ou implcitos ou, ainda, no qual no haja conexo do conector com a ideia apresentada. Mediana Nvel 2: texto articulado com certa organizao, porm com muitas inadequaes, isto , no qual se perceba pouco domnio no que se refere utilizao dos recursos coesivos. Boa Nvel 3: texto articulado conforme o nvel de escolarizao exigido, porm com algumas inadequaes no que se refere utilizao dos recursos coesivos. Muito boa Nvel 4: texto bem articulado, ou seja, acima da mdia esperada, com poucas inadequaes na utilizao dos recursos coesivos. Excelente Nvel 5: Texto com excelente articulao de ideias, sem inadequaes na utilizao dos recursos coesivos. Competncia V: Elaborar proposta de interveno para o problema abordado, respeitando os direitos humanos. Ausente Nvel 0: texto sem proposta de interveno. Baixa Nvel 1: texto com proposta de interveno tangencial em relao ao tema, isto , que guarda relao com o tema por meio de palavra ou expresso. Assim tambm deve ser avaliado o texto cuja proposta de interveno esteja subentendida em alguma argumentao crtica, sem apresentao de algo concreto. Mediana Nvel 2: texto cuja proposta de interveno seja apresentada de forma precria, isto , sem clareza. Assim tambm deve ser avaliado o texto cuja proposta esteja adequadamente relacionada ao tema, porm sem relao com o projeto de texto.21

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Boa Nvel 3: texto cuja proposta de interveno esteja relacionada ao tema, porm de forma pouco articulada ao projeto de texto, isto , conectada de forma inconsistente com a discusso desenvolvida. Muito boa Nvel 4: texto cuja proposta de interveno esteja relacionada ao tema e bem articulada ao projeto de texto. Trata-se do texto que atende proposta, porm sem inovao na elaborao da proposta. Excelente Nvel 5: Texto cuja proposta de interveno seja inovadora, esteja relacionada ao tema e bem articulada ao projeto de texto, e no qual se identifique, ainda, sugesto de viabilizao da proposta.

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3 SISTEMA DE ANLISE DE TEXTOS PARA CORRETORESA figura a seguir ilustra uma pgina do stio do CESPE/UnB, na qual apresentado o formulrio de acesso do corretor ao sistema de correo das redaes do ENEM. O endereo da pgina ser encaminhado a cada corretor pelo supervisor.

No campo Usurio, voc dever digitar seu nome de usurio, encaminhado pelo supervisor de sua equipe. O nome de usurio intransfervel. Informamos que por meio de seu nome de usurio que se faz o controle de seu pagamento, correspondente quantidade de textos corrigidos. No campo Senha, voc dever digitar a senha encaminhada por seu supervisor. Informamos, ainda, que cada corretor possui uma senha particular, intransfervel, cujo sigilo de sua inteira responsabilidade. Para a correo das redaes do ENEM voc poder cadastrar at dois computadores, que estaro habilitados a acessar o sistema de correo disponibilizado pelo CESPE/UnB.

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Nessa tela, voc deve substituir a senha recebida por outra de sua preferncia, cujo sigilo de sua inteira responsabilidade. Aps a troca da senha, voc deve fazer o download do aplicativo, o que habilitar o seu computador a acessar o sistema de correo.

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Aps cadastrar o computador, voc dever acessar o sistema de correo utilizando o nome do usurio encaminhado pelo supervisor e a nova senha escolhida.

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Informamos que, para a garantia do sigilo das informaes, o sistema interrompido a cada 20 minutos de inatividade. Portanto, sempre que comear a correo de um texto, no interrompa o trabalho antes de finaliz-lo e salvlo, sob o risco de perd-lo.

Nesse campo, voc deve clicar o smbolo que antecede a palavra envelope. Em seguida, aparecer a relao de mscaras das provas disponveis para a correo.

Assim que voc clicar o nmero da mscara, ser aberta outra janela com a imagem da prova do participante, juntamente com a planilha de correo que ser utilizada para avaliar o texto em tela. Voc dever seguir rigorosamente as instrues dadas por seu supervisor. O descumprimento do padro solicitado poder acarretar prejuzo para o processo e para o prprio corretor.

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No abra os envelopes em locais ou em computadores pblicos, nem compartilhe seu momento de trabalho com outra pessoa que no esteja envolvida no processo.

Abaixo da imagem da prova do participante, encontra-se a planilha de correo, na qual constam as competncias (de I a V) e os nveis (de 0 a 5) definidos na Matriz de Correo ENEM 2011. Na competncia II, o nvel 0 encontra-se no campo situao, uma vez que, caso o participante encontre-se nesse nvel nessa competncia a nota na prova de redao ser igual a zero. De acordo com os critrios definidos, voc dever marcar um nvel para cada competncia. A pontuao correspondente aos nveis ser visualizada ao clicar no conceito relacionado.

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A leitura cuidadosa da prova de crucial importncia para o bom andamento do processo. Para ter acesso ao texto inteiro, movimente a barra de rolagem para cima e para baixo. Ao terminar a correo, clique em Salvar correo e, em seguida, aparecer a imagem de outra prova.

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Manual de Capacitao para Correo da Redao do ENEM 2011

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4 SISTEMA DE ANLISE DE TEXTOS PARA SUPERVISORESA figura a seguir ilustra uma pgina do stio do CESPE/UnB, na qual apresentado o formulrio de acesso do corretor ao sistema de correo das redaes do ENEM. O endereo da pgina ser encaminhado a cada supervisor pela equipe do CESPE/UnB.

No campo Usurio, voc dever digitar o nome de usurio que foi encaminhado pela equipe do CESPE/UnB. O nome de usurio intransfervel. No campo Senha, voc dever digitar a senha encaminhada pela equipe CESPE/UnB. Informamos, ainda, que cada supervisor possui sua senha particular, intransfervel, cujo sigilo de sua inteira responsabilidade. Para a correo das redaes do ENEM voc poder cadastrar at dois computadores, que estaro habilitados a acessar o sistema de correo disponibilizado pelo CESPE/UnB.

Informamos que o sistema interrompido a cada 20 minutos de inatividade para assegurar o sigilo das informaes. Portanto, sempre que comear a correo de um texto, no interrompa o trabalho antes de finaliz-lo e salv-lo, pois poder perd-lo.32

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Nessa tela, voc deve substituir a senha recebida por outra de sua preferncia, cujo sigilo de sua inteira responsabilidade. Aps a troca da senha, voc deve fazer o download do aplicativo, o que habilitar o seu computador a acessar o sistema de correo.

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Aps cadastrar o computador, voc dever acessar o sistema de correo utilizando o nome do usurio encaminhado pela equipe do CESPE/UnB e a nova senha escolhida.

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Nessa tela, no canto superior esquerdo, voc ter acesso produtividade dos corretores sob sua responsabilidade e aos relatrios de anlise. Para ter acesso produtividade geral de sua equipe, ou seja, a todos os envelopes corrigidos, clique em Geral. Para ter acesso produtividade por envelope de sua equipe, ou seja, quantidade de textos corrigidos por corretor em determinado envelope, clique em envelope.

Nesse campo, voc ter acesso ao monitoramento de desvios. Ao clicar em Situao, como no caso em tela, voc ir monitorar os desvios cometidos na categorizao dos textos, ou seja, verificar o nmero de desvios que ocorrerem. Ao clicar em Nota, voc ter acesso aos desvios cometidos em nota, ou seja, discordncia quanto nota atribuda a determinada prova por corretor. O monitoramento uma excelente forma de acompanhamento do trabalho de sua equipe.

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Ao entrar nessa tela, voc ter acesso aos dados de todos os corretores sob sua superviso. Para ter acesso aos dados, clique em Corretores.

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Ao clicar em Situao, como no caso em tela, voc ir acessar as compatibilizaes que devem ser feitas de acordo com a categorizao do texto, a qual pode ser: no h problema, em branco, insuficiente, nulo e fulga ao tema. A necessidade desse tipo de compatibilizao significa que dois corretores sob sua superviso discordaram quanto categorizao de determinado texto.

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Nessa tela, voc ter acesso prova digitalizada do participante, aos itens de avaliao, conforme Matriz de Correo ENEM 2011, conceito que varia entre 0 e 5 e a nota correspondente que varia entre 0,00 e 10,00.

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Ao clicar em Nota, como no caso em tela, voc ir acessar as compatibilizaes, resultantes da discordncia da nota atribuda por dois corretores. Em casos de compatibilizao de nota, verifique se um dos corretores descumpriu os critrios estabelecidos na capacitao. Esse o momento de alinhar os critrios da Matriz de Correo ENEM 2011 correo de sua equipe.

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MENSURAO DO DESEMPENHO DE SUPERVISORES E CORRETORES DAS REDAES DO ENEM 2011O desempenho dos corretores das redaes do ENEM 2011 ser aferido de acordo com os cinco critrios a seguir especificados. a) Nota de referncia As notas atribudas pelo corretor a determinado nmero de redaes previamente selecionadas so comparadas com as notas atribudas a essas mesmas redaes por uma equipe de especialistas, considerada referncia para a correo. O grau de concordncia ou discordncia entre as notas determinado por uma funo matemtica, por meio da qual se obtm um nmero compreendido entre 0 (zero) e 1 (um): o nmero 0 (zero) indica completa dissonncia entre a opinio do corretor e a opinio de referncia, e o nmero 1 (um), completa concordncia entre corretor e especialistas. Em cada um dos envelopes enviados aos corretores, h, pelo menos, uma redao com nota definida pelo conjunto de corretores. b) Ajustamento entre pares A nota atribuda pelo corretor a cada redao de determinado conjunto previamente selecionado, mas diferente do conjunto selecionado para o critrio anterior, comparada com a mdia aritmtica das notas atribudas a essa mesma redao pelo conjunto dos corretores. O resultado dessa comparao permite a determinao do grau de afastamento entre a nota atribuda pelo corretor a cada redao e a mdia aritmtica das notas atribudas pelo conjunto de corretores. O grau de concordncia ou discordncia avaliado por uma funo matemtica, por meio da qual se obtm um nmero compreendido entre 0 (zero) e 1 (um): o nmero 0 (zero) indica completa dissonncia entre o resultado do corretor considerado e o resultado mdio do conjunto dos corretores, e o nmero 1 (um), completa concordncia entre o corretor considerado e os demais corretores. Em cada um dos envelopes enviados aos corretores, h, pelo menos, uma redao com nota definida pelo conjunto de corretores.42

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c) Tempo de correo da redao O tempo empregado na correo de cada redao pode ser utilizado como elemento coadjuvante na avaliao da qualidade da correo: tempo exguo sugere escassez de ateno do corretor, e tempo excessivamente longo, baixa eficincia do corretor. Uma funo matemtica ajustada conforme a complexidade do tema da redao do ENEM 2011, definida no pr-teste, permite comparar o tempo aplicado pelo corretor em cada redao ao tempo de correo considerado aceitvel pelos especialistas do CESPE/UnB, gerando a pontuao para esse critrio. A pontuao variar entre 0 (zero) e 1 (um). A pontuao do corretor ser mxima, assumindo-se o valor unitrio, quando os tempos aplicados na correo das redaes estiverem compreendidos no intervalo considerado aceitvel pelo CESPE, de acordo com os critrios a) e b), acima referidos. Quando o tempo aplicado estiver fora do intervalo estabelecido, a pontuao ser tanto menor quanto maiores forem os afastamentos, a menor, do valor mnimo do intervalo ou, a maior, do valor mximo do intervalo considerado adequado. No referido clculo so consideradas todas as redaes aferidas pelo corretor. d) Permanncia da nota As redaes so remetidas aos corretores em envelopes com 100 (cem) redaes selecionadas aleatoriamente nos diversos estados brasileiros. O envelope, portanto, composto de um conjunto heterogneo de redaes, tanto no que se refere ao nmero de linhas redigidas quanto forma da abordagem do tema da redao. Espera-se, em consequncia, significativa disperso das notas das redaes em cada envelope. O critrio de permanncia da nota testa a disperso das notas atribudas pelo corretor: baixa disperso indica a repetio de nota, situao incompatvel com o esperado em uma seleo aleatria. A baixa disperso de notas resultar em baixa pontuao para o corretor, e a alta disperso de notas, em pontuao mxima. A pontuao possvel, com base nesse critrio, varia entre 0 (zero) e 1 (um).43

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e) Proporo de redaes desconsideradas provvel que os contedos de algumas redaes em cada envelope tenham foco diverso do proposto para o tema da redao do ENEM 2011. Nesses casos, o corretor deve desconsider-las atribuindo-lhes nota 0 (zero). Quando o nmero de desconsideraes de redaes, em um mesmo envelope, alto, h indcio de falha de interpretao do corretor. O corretor receber pontuao decrescente, de acordo com esse critrio, na proporo direta do crescimento do nmero de desconsideraes. As pontuaes obtidas pelos corretores de acordo com esses indicadores sero extradas diariamente, ponderadas e transformadas em um valor na escala de 0 (zero) e 10 (dez). No permanecer como corretor aquele que apresentar, em qualquer avaliao, nota inferior a 5,0 (cinco) pontos. Espera-se que a nota mdia do conjunto de corretores supere 8,0 (oito) pontos. Os supervisores sero informados periodicamente sobre as notas atribudas aos corretores para que tomem as medidas necessrias manuteno da qualidade do trabalho desenvolvido por seus supervisionados. A mensurao do desempenho dos supervisores ser realizada a partir do desempenho dos corretores sob a sua superviso considerando-se que a capacitao da equipe e o acompanhamento do desenrolar dos trabalhos de avaliao das redaes cabem aos supervisores. Para tanto, os desempenhos dos corretores sero ponderados, considerando-se a mdia das pontuaes alcanadas nos cinco critrios acima referidos, o nmero de dias trabalhados e o grau de excelncia nos trabalhos de correo. Espera-se que os supervisores alcancem, ao menos, a pontuao 6,0 (seis) durante todo perodo de avaliao das redaes do ENEM 2011.

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