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1 Manual Prático de Orientação para, Tratamento, Armazenamento e Descarte de Resíduos Químicos e Biológicos. A Comissão de Resíduos Químicos e Biológicos (CRQB), organizou este Manual Prático com objetivo de padronizar o gerenciamento de residuos quimicos e biológicos produzidos pelos laboratórios didáticos e de pesquisa da Unifesp, Campus de Diadema.

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Manual Prático de Orientação para,

Tratamento, Armazenamento e Descarte de

Resíduos Químicos e Biológicos.

A Comissão de Resíduos Químicos e Biológicos (CRQB), organizou este

Manual Prático com objetivo de padronizar o gerenciamento de residuos

quimicos e biológicos produzidos pelos laboratórios didáticos e de pesquisa da

Unifesp, Campus de Diadema.

2

Sumário

II. RESÍDUO QUÍMICO ....................................................................................................................... 3

II.1. Resíduos Químicos Líquidos .................................................................................................... 3

II.1.1. Resíduos Químicos Líquidos Não Perigosos ....................................................................... 3

II.1.2. Resíduos Químicos Líquidos Perigosos ............................................................................... 3

II.2. Resíduos Químicos Sólidos ...................................................................................................... 5

II.2.1. Perfurocortantes contaminados por agentes químicos perigosos .................................... 5

II.2.2 Outros resíduos sólidos ......................................................................................................... 5

II.2.3. Medicamentos Vencidos ........................................................................................................ 5

II.3. Procedimentos para segregação, armazenamento e descarte de resíduo químico. ........... 6

II.3.1 Resíduo químico perigoso ...................................................................................................... 6

II.3.2 Resíduo químico não perigoso ............................................................................................... 6

II.4. Embalagem para resíduos químicos perigosos ...................................................................... 6

III. RESÍDUO BIOLÓGICO ...............................................................................................................20

III.1. Classificação de resíduos Biológicos ....................................................................................20

III.2. Procedimentos para Coleta, Armazenamento e Descarte de Resíduo Biológico ..............20

III.2.1 Resíduos infectantes que devem obrigatoriamente receber tratamento antes de sair

do laboratório...................................................................................................................................23

III.2.2. Resíduos Sólidos ..................................................................................................................23

III.2.3. Resíduos Líquidos ................................................................................................................23

III.3. Desinfecção Química ...............................................................................................................24

III.3.1 Resíduos infectantes que não necessitam de tratamento antes de sair do laboratório

gerador .............................................................................................................................................24

III.3.2. Carcaças de Animais com produtos radioativos................................................................24

IV. RESIDUO PERFUROCORTANTE ...............................................................................................25

IV.1. Sao considerados materiais perfurocortantes ou escarificantes: .....................................25

IV.2. Métodos de Segregação e Acondicionamento .....................................................................25

V. Não é indicado ou permitido: .....................................................................................................27

VI. Referências .................................................................................................................................27

3

I. Introducao:

Os residuos podem ser classificados de uma forma geral em:

Grupo A: Potencialmente Infectantes. Resíduos com a possível presença de agentes biológicos

que, por suas características, podem apresentar risco de infecção 1.

Grupo B: Químicos. Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à

saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade,

corrosividade, reatividade e toxicidade 1. Substância, mistura ou material remanescente de

atividades de origem industrial, serviços de saúde, agrícola e comercial, a ser destinado conforme

legislação ambiental vigente, tais como utilização em outro processo,

reprocessamento/recuperação, reciclagem, coprocessamento, destruição térmica e aterro 2.

Grupo C: Rejeitos Radioativos. Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que

contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de isenção especificados nas

normas do CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista 1.

Grupo D: Comuns. Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde

ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares 1.

Grupo E: Perfurocortantes. Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como lâminas de

barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas,

lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos

os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de

Petri) e outros similares.

II: RESÍDUO QUÍMICO

Os residuos quimicos sao classificados em :

II.1. Resíduos Químicos Líquidos

II.1.1. Resíduos Químicos Líquidos Não Perigosos

Soluções aquosas de sais inorgânicos de metais alcalinos e alcalinos terrosos:

NaCl, KCl, CaCl2, MgCl2, Na2SO4, MgSO4 e tampões PO43-, não contaminados com outros

produtos, podem ser descartados diretamente na rede de esgoto, respeitando-se os limites

estabelecidos nos decretos estaduais

II.1.2. Resíduos Químicos Líquidos Perigosos

Materiais que não foram misturados com outras substâncias devem ser mantidos nas

embalagens originais.

4

Na impossibilidade da utilização da embalagem original e para acondicionar misturas, deverão ser

usados galões e bombonas de plástico rígido fornecidos aos laboratórios, resistentes* e

estanques, com tampa rosqueada e vedante. (*A relação de substâncias que reagem com

embalagens de polietileno de alta densidade estão descritas na RDC 306/2004 - ANVISA).

Encher o frasco somente até 90% da sua capacidade.

Quando forem utilizadas bombonas ou galões de 20 litros ou mais, estes devem ser preenchidos

até 3/4 da capacidade total. Dependendo das características de cada laboratório, crie os

seguintes sistemas para acondicionamento das misturas:

i. Soluções de ácidos ou bases inorgânicas: H2SO4, HCl, H3PO4, HNO3, KOH. NaOH,

Na2CO3, K2CO3, NaHCO3, KHCO3. Devem ser diluídas e neutralizadas, podendo então ser

desprezadas na rede de esgoto, desde que não contaminados com outros produtos, respeitando-

se os limites estabelecidos nos decretos estaduais 8.468/1976 e 10.755/1997.

ii. Soluções de sais de metais de transição: prata, chumbo, mercúrio, cromo, ósmio, etc.

Podem ser misturados em recipientes identificados, respeitando-se as possíveis

incompatibilidades. Cada recipiente deve ser corretamente identificado. Os laboratórios

capacitados podem precipitar e filtrar o material. A fase líquida deverá ter destinação adequada,

conforme sua composição, e o precipitado deverá ser descartado como resíduo químico sólido.

iii. Solventes orgânicos não halogenados: álcoois, fenóis, acetona e hidrocarbonetos, como

hexano, ciclo-hexano, pentano, etc., éteres, benzeno (benzol), tolueno (toluol), xileno (xilol) e

derivados. Desde que não contenham material radioativo, podem ser misturados em recipiente

identificado, respeitando-se as possíveis incompatibilidades.

iv. Soluções aquosas de solventes orgânicos: álcoois, formol, assim como rodamina B,

brometo de etídio e iodeto de propídio em solução aquosa. Podem ser misturados em recipientes

identificados, respeitando-se as possíveis incompatibilidades.

v. Solventes orgânicos halogenados, como tetracloreto de carbono, clorofórmio,

diclorometano, dicloroetano, iodeto de bromo e iodeto de iodo derivados ou soluções orgânicas

que os contenham. Podem ser misturados em recipiente identificado, respeitando-se as possíveis

incompatibilidades.

vi. Soluções contendo acetonitrila, como a resultante da utilização de cromatografia líquida de

alto desempenho (HPLC), ou de algum outro processo. Deverão ser armazenadas em um

recipiente identificado separado. Caso sejam utilizados frascos de volume inferior a 20 litros, os

mesmos deverão ser acondicionados em caixa de papelão de tamanho compatível, que será

5

lacrada e identificada por meio da etiqueta para resíduos químicos. Colocar em cada caixa

apenas reagentes do mesmo grupo de risco (Resolução 420/2004 - ANTT)

(ex.:álcoois - metanol, etanol, propanol,butanol, etc; derivados de benzeno: benzeno, tolueno,

xileno, etc; hidrocarbonetos: hexano, heptano, éter de petróleo,etc; bases: hidróxidos de potássio,

sódio, cálcio, entre outros, respeitando-se possíveis incompatibilidade dos produtos (RDC

306/2004 - ANVISA).

Não aproveitar o espaço em uma caixa para colocação de substâncias de grupos diferentes. Para

evitar atrito entre os frascos, colocar jornal ou papelão entre eles. Os frascos deverão ser

identificados e embalados conforme a tabela de incompatibidade

II.2. Resíduos Químicos Sólidos

II.2.1. Perfurocortantes contaminados por agentes químicos perigosos

Dentre os quais podemos citar brometo de etídio, diaminobenzidina (DAB), forbol, fenol-

clorofórmio, etc. deverão ser coletados no local de geração em caixa para perfurocortante

(DESCARTEX, DESCARPACK, etc.) com a inscrição “PERFUROCORTANTES COM RESÍDUO

QUÍMICO PERIGOSO” bem visível ou em caixa específica para produtos químicos. Em qualquer

situação deverá ser colado ou impresso o símbolo universal do risco químico associado ao

produto (Resolução 420/2004 - ANTT). Quando o conteúdo atingir a marca tracejada da caixa,

esta deverá ser fechada, identificada com o preenchimento da etiqueta utilizada para resíduos

químicos. Designar no campo “Descrição” qual o material descartado e o químico contaminante

(Ex: ponteiras contaminadas por brometo de etídio). No campo “Tipo”, assinalar “resíduo seco”.

Serão, então, armazenados em local protegido até a chamada para recolhimento de resíduos

químicos

II.2.2 Outros resíduos sólidos

Contendo residuos químicos perigosos, como filtros com precipitado perigoso, embalagens

secundárias contaminadas, frascos e luvas utilizadas no manuseio de substâncias perigosas

deverão ser acondicionados em recipientes de material rígido, como caixa para perfurocortante. A

caixa será lacrada e receberá identificação com etiqueta para resíduos químicospreenchida.

• Será armazenada em local protegido até a chamada para recolhimento Resíduos úmidos podem

ser ensacados e os sacos fechados e depositados na caixa de descarte.

II.2.3. Medicamentos Vencidos

Os medicamentos hormonais, antimicrobianos, citostáticos, antineoplásicos,

imunossupressores, digitálicos, imunomoduladores, anti-retrovirais vencidos ou o resíduo

6

de seus produtos são considerados de risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente,

portanto, o seu descarte deverá seguir as orientações de Segregação e Acondicionamento de

Resíduos Químicos. Os demais medicamentos, uma vez descaracterizados (retirados da

embalagem e triturados ou dissolvidos), podem ser descartados como Resíduos Comuns na

rede de esgoto.

Descaracterização de medicamentos

Destaque ao descarte das embalagens e frascos de medicamentos sujeitos a controle especial,

especificados na Portaria MS 344/98, RDC 12/2006 e suas atualizações devem seguir as normas

estabelecidas pelo Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo.

Não acondicionar substâncias de grupos diferentes na mesma embalagem

II.3. Procedimentos para segregação, armazenamento e descarte de resíduo químico.

II.3.1 Resíduo químico perigoso

O resíduo químico perigoso deve ser segregado, embalado, identificado e ter a sua

destinação (aterro, reciclagem, reutilização etc.) controlada.

II.3.2 Resíduo químico não perigoso

O resíduo sólido não perigoso e não reciclável deve ser segregado e acondicionado em saco

plástico (NBR 9191), para descarte como resíduo comum. Esse resíduo deve ser disposto e/ou

tratado e disposto em sistemas devidamente licenciados pela CETESB.

II.4. Embalagem para resíduos químicos perigosos

* Obs.: No caso de resíduos reativos ou corrosivos verificar instruções específicas quanto à

compatibilidade do resíduo com o material da embalagem e adote a orientação discriminada

abaixo:

1) Classifique o resíduo laboratorial de acordo com a Tabela 1.

2) As classes de resíduos químicos e os seus tratamentos estão na Tabela 2.

3) Qualquer que seja o tipo de resíduo químico ele deve estar devidamente identificado com o

nome dos componentes da mistura e suas respectivas quantidades. Use sempre a ficha de

identificação de resíduo químico FIRQ. Cada bombona deverá ter na frente a ficha FIRQ.

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4) Procure usar substâncias inertes e atóxicas. Procure gerar menos resíduos. Procure

armazenar os resíduos visando a sua reutilização.

5) Após o tratamento (ver Tabela 3), os resíduos líquidos e pastosos devem ser compatíveis e

podem ser misturados. Os resíduos devem ser colocados em bombonas de Polietileno, de 25

litros (de tampa fixa para resíduos líquidos) e de 30 litros (de tampa removível para resíduos

sólidos). NUNCA OCUPE MAIS DO QUE 90% DO VOLUME DA BOMBONA.

6) Ao misturar resíduos certifique-se que eles são compatíveis. Consulte a lista de

incompatibilidade de produtos químicos (em anexo). Teste a compatibilidade dos resíduos

misturando uma gota de cada um. Resíduos compatíveis não geram gases, não provocam

explosões e nem reações fortemente exotérmicas.

7) Os resíduos sólidos secos devem ser armazenados em Bombonas de 30 litros, de tampa

removível para resíduos sólidos.

8) Armazene as bombonas com os resíduos dentro de seu laboratório. Periodicamente

encaminhe os resíduos gerados para o abrigo de resíduos e de lá para sua destinação final. Cabe

ao gerador do resíduo comunicar previamente a CRQB sobre a necessidade de transporte até o

Abrigo. Só serão encaminhados os resíduos devidamente identificados, tratados e

acondicionados.

9) Dúvidas sobre como lidar com problemas específicos podem ser dirigidas À CRQB através do

email: [email protected]

Pontualmente no dia e hora marcados, os rejeitos devem ser levados até o Abrigo pelo

funcionário do laboratório gerador. Contudo, o processo de coleta deve começar nos laboratórios,

com a correta segregação e acondicionamento dos materiais e produtos a serem descartados

OBSERVAÇÃO

√ ATENTO à data de validade. Caso obtiver algum produto ainda lacrado em seu laboratório, que

esteja prestes a vencer procure saber quais laboratórios poderiam ser beneficiados com este

produto, evitando o seu envio para descarte como produto químico vencido.

√ Procure CONSERVAR as ETIQUETAS dos frascos, pois na falta destas, são considerados

como produtos químicos vencidos e, dependendo do caso, são dispostos em Aterro Classe I.

√ Existem alguns tipos de resíduos que são difíceis de serem tratados. Portanto, REPENSE sobre

a necessidade da geração de determinados resíduos.

Avalie o CUSTO X BENEFÍCIO de suas atividades.

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Tabela 1 - Classificação Geral de Resíduos

TIPO DE

RESÍDUO

EXEMPLOS

Infecto-

contagioso e

biológico

perigoso

Materiais contaminados com organismos patogênicos,

materiais com sangue, carcaças de animais de

laboratório.

radioativo Medicamentos radioativos, fontes radioativas

Substâncias químicas radioativas

Medicamentos

antineoplásicos

vincristina, metotrexato, cisplatina

Medicamentos

(exceto

antineoplásicos)

Antibióticos, anti-inflamatórios, antialérgicos,

analgésicos.

Pilhas e

baterias

Baterias de celular, de rádio, de relógio.

Perfuro-

cortantes

(infectados)

Agulhas, lâminas, pregos, parafusos, facas, bisturis.

Perfuro-

cortantes (não

infectados, mas

contaminados

com resíduos

químicos).

Agulhas, lâminas, pregos, parafusos, facas, bisturis.

Químico Reativos vencidos, produtos de reações, resíduos de

análises químicas, materiais diversos contaminados

com substâncias químicas.

Lixo comum não

reciclável (não

pertence às

classes

anteriores)

Restos de comida, tecido, papéis úmidos.

9

Lixo comum

reciclável (não

pertence às

classes

anteriores)

Papel, plástico, latas de alumínio, metais, vidro, papel

cartão.

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Tabela 2 - Classificação de resíduos químicos.

Tipo de resíduos

químicos

Exemplo O que fazer

(somente pessoal habilitado)

Resíduo com

cádmio, tálio e

mercúrio.

Mercúrio de termômetros,

sais ou soluções com

cádmio, tálio ou mercúrio.

Recolher os resíduos de cada

metal em separado. Se

possível precipitar como sais

insolúveis e guardar como

sólido seco.

Resíduo de

solventes

recicláveis

Solventes de HPLC,

solventes de extração

Sohxlet, solventes

rotaevaporados, formol.

Recolher em separado para

futura recuperação.

Resíduos de metais

preciosos ou

recicláveis

Sais ou soluções

contendo prata, ósmio,

ouro, platina, rutênio.

Recolher os resíduos de cada

metal em separado para futura

recuperação.

Resíduos de

solventes para

descarte

Cabeça e cauda de

destilação, solvente de

limpeza, solventes

contaminados de difícil

purificação, misturas

azeotrópicas não

reutilizáveis.

Neutralizar a acidez (se

houver) e descartar em

bombona.

Resíduos ácidos Soluções de ácido

clorídrico, sulfúrico,

fosfórico, nítrico, acético,

perclórico. Ácidos sólidos

como oxálico e cítrico.

1) Sólidos ou pastas - Misturar

com o mesmo volume de água.

Ajustar o pH entre 7 e 9.

2) Soluções concentradas -

Diluir até que se obtenha uma

solução com pelo menos 50%

de água em volume. Ajustar o

pH entre 7 e 9.

3) Soluções diluídas - Ajustar o

pH entre 7 e 9.

11

Resíduos básicos Aminas, soluções de

hidróxidos, soda cáustica,

solução alcoolato,

amônia.

1) Sólidos ou pastas - Misturar

com o mesmo volume de água.

Ajustar o pH entre 7 e 9.

2) Soluções concentradas -

Diluir até que se obtenha uma

solução com pelo menos 50%

de água em volume. Ajustar o

pH entre 7 e 9.

3) Soluções diluídas - Ajustar o

pH entre 7 e 9.

Resíduos

fortemente

oxidantes

Soluções ou sais de

dicromato,

permanganato,

hipoclorito, iodato,

persulfato, bismuto (III).

Solução de bromo, iodo,

peróxido de hidrogênio.

Sólidos: bismutato de

sódio, dióxido de

chumbo, ácido crômico.

1) Sólidos ou pastas - Misturar

com o mesmo volume de água.

Neutralizar com sulfito de sódio

e depois ajustar o pH entre 7 e

9.

2) Soluções aquosas

concentradas - Diluir até que

se obtenha uma solução com

pelo menos 50% de água em

volume. Neutralizar com sulfito

de sódio e depois ajustar o pH

entre 7 e 9.

3) Soluções aquosas diluídas -

Neutralizar com sulfito de sódio

e depois ajustar o pH entre 7 e

9.

12

Resíduos

fortemente

redutores

(exceto metais e

ligas)

Hidrazina, soluções ou

sais de sulfito, iodeto,

tiossulfato, oxalato, ferro

(II), estanho (II), fósforo

vermelho.

(1) Sólidos ou pastas - Misturar

com o mesmo volume de água.

Neutralizar com peróxido de

hidrogênio a 30% e depois

ajustar o pH entre 7 e 9.

2) Soluções concentradas -

Diluir até que se obtenha uma

solução com pelo menos 50%

de água em volume.

Neutralizar com peróxido de

hidrogênio a 30% e depois

ajustar o pH entre 7 e 9.

3) Soluções aquosas diluídas -

Neutralizar com peróxido de

hidrogênio a 30% e depois

ajustar o pH entre 7 e 9.

Soluções aquosas

contendo sais ou

complexos de

metais pesados

que não se

enquadre nas

classes anteriores

Soluções contendo

cromo(III), chumbo(II),

níquel (II), cobre (II),

cobalto(II), bismuto(III),

manganês(II), cádmio(II),

índio(III).

Ajustar o pH entre 7 e 9,

preferencialmente com

carbonato de sódio sólido.

Resíduos sólidos

contendo metais ou

ligas (exceto

hidrolisáveis)

Ferro, estanho, bronze,

latão, zinco, solda, papel

alumínio.

Lavar com água, secar e

guardar como sólido seco. A

água de lavagem deve ser

tratada de acordo com sua

classe.

Resíduos com

substâncias

hidrolisáveis

sódio, potássio, cloretos

de acima, pentóxido de

fósforo, hidreto de sódio,

pentacloreto de fósforo,

anidridos de ácidos,

cloreto de alumínio

anidro, alquil-alumínio

Reagir cuidadosamente com

água. Ajustar o pH entre 7 e 9.

13

Resíduos com

cianeto

Soluções e sólidos com

sais de cianeto

1) Sólidos ou pastas - Misturar

com o mesmo volume de água.

Adicionar 1 grama de NaOH

por 100 mL de solução.

Adicionar água sanitária.

2) Soluções concentradas -

Diluir até que se obtenha uma

solução com pelo menos 50%

de água em volume. Adicionar

1 grama de NaOH por 100 mL

de solução. Adicionar água

sanitária.

3) Soluções aquosas diluídas -

Adicionar 1 grama de NaOH

por 100 mL de solução.

Adicionar água sanitária.

Resíduos

explosivos,

pirofóricos ou que

reagem

violentamente com

oxigênio do ar.

Pólvora, fósforo branco,

peróxido de benzoíla,

hidroperóxido de terc-

butila, ácido peracético,

ácido pícrico,

trietilalumínio.

Pesquisar procedimentos de

inertização específicos. A

solução resultante deve ter o

pH ajustado entre 7 e 9.

Resíduos que

sofrem

polimerização

violenta

Acrilonitrila, ácido

acrílico.

Pesquisar procedimentos de

inertização específicos. A

solução resultante deve ter o

PH ajustado entre 7 e 9.

Outros resíduos

perigosos

brometo de Etídio, nitros

aminas, aflatoxinas,

PCB's, PCDD's, PCDF's

Pesquisar procedimentos de

inertização específicos. A

solução resultante deve ter o

pH ajustado entre 7 e 9.

Perfuro-cortantes Agulhas, lâminas,

pregos, parafusos, facas,

bisturis.

Lavar, secar, e guardar como

sólido seco em frasco plástico

de parede grossa.

14

Frascos de solvente

vazios

Frascos de

hidrocarbonetos,

organoclorados, aminas,

álcoois, cetonas.

Lavar o interior do frasco com

etanol e depois com água.

Recolher as lavagens como

resíduo de solvente. Os frascos

limpos podem ser reutilizados

ou descartados no lixo que não

é lixo.

Materiais de vidro

ou plástico

contaminados com

resíduos químicos

Frascos de reativos,

frascos de soluções que

sofreram depósitos de

sólidos, vidraria de

laboratório quebrada,

filmes de PVC (tipo

magipack), placas de

microscópio, materiais

plásticos de laboratório.

Neutralizar o resíduo

impregnado no material

conforme sua classe.

Descartar no resíduo de vidro e

plástico de laboratório ou no

resíduo sólido seco

Filtros

contaminados com

resíduos químicos

Papel de filtro usado,

filtros de gás, filtros de

líquidos, filtros de poeira

de laboratório.

Descartar no resíduo sólido

seco.

Sólidos inertes Cloreto de sódio, cloreto

de cálcio, sulfato de

cálcio, fluoreto de sódio,

alumina, sílica gel.

Descartar no resíduo sólido

seco.

Papel alumínio

contaminado

Papel alumínio usado

para pesagem

Tratar como resíduo de metais

e ligas.

Soluções aquosas

de substâncias

inertes

Soluções com cloretos,

nitratos, acetatos,

sulfatos de sódio,

potássio, cálcio,

magnésio. Soluções de

carboidratos. Extratos

vegetais.

Descartar na pia.

15

Tabela 3 - Produtos Químicos Incompatíveis. Os códigos entre chaves indicam a classificação

em {1} ácido, {2} base, {3} oxidante, {4} redutor, {5} metal ou liga, {6} hidrolisável#. Tabela

construída com dados da referência 2 e de Tabelas Merck® para laboratório.

Substância Incompatível com

Acetileno Cloro {3}, bromo {3}, flúor {3}, cobre {5}, prata {5}, mercúrio {5}.

Acetona Ácido nítrico {1}, ácido sulfúrico {1}.

Ácido acético

{1}

Óxido de cromo(VI) {1}, ácido nítrico {1}, álcoois, etileno glicol,

ácido perclórico {1}, peróxidos {3}, permanganatos {3}.

Ácido cianídrico

{1}

Ácido nítrico {1}, álcalis {2}.

Ácido fluorídrico

{1}

Amoníaco {2} e gás amônia {2}

Ácido nítrico

concentrado {1}

Ácido acético {1}, anilina {2}, óxido de cromo(VI) {3} {1}, ácido

cianídrico, sulfeto de hidrogênio, cobre {5}, bronze {5}, acetona,

álcool, líquidos e gases inflamáveis.

Ácido oxálico

{1}

Prata {5} e mercúrio {5}

Ácido perclórico

{1}

Anidrido acético {6} {1}, ácido acético {1}, bismuto e suas ligas {5},

álcoois, papel, madeira, graxas e óleos.

Ácido sulfúrico

{1}

Cloratos {3}, per cloratos {3}, permanganatos {3}.

Aquil-alumínio

{6}

Água

Amoníaco e gás

amônia {2}

Mercúrio {5}, cloro {3}, bromo {5}, iodo {3}, hipoclorito de cálcio {3},

ácido fluorídrico {1}.

Anilina {2} Ácido nítrico {1} {3} e peróxido de hidrogênio {3}

Arseniatos Agentes redutores {4} (geram arsina)

Azidas Ácidos (geram azida de hidrogênio ou acido hidrazóico, altamente

explosivo) {1}.

Bromo {3} Amoníaco {2}, acetileno, butadieno, butano, metano, propano,

hidrogênio, benzina, benzeno, metais em pó {5}, carbeto de sódio

{6}.

Cal (óxido de

cálcio) {2}

Água e ácidos (exotérmica) {1}

Carvão ativado

{4}

Hipoclorito de cálcio {3}, oxidantes {3}

Cianetos Ácidos {1} (geram ácido cianídrico)

16

Cloratos {3} Sais de amônio, ácidos {1}, metais em pó {5}, enxofre, substâncias

orgânicas inflamáveis ou em pó.

Cloro {3} Amônia {2}, acetileno, butadieno, butano, metano, propano,

hidrogênio, benzina, benzeno, metais em pó {5}, carbeto de sódio

{6}.

Cobre {5} Acetileno, peróxido de hidrogênio {3}.

Dióxido de cloro

{3}

Amônia {2}, metano, fosfina {4}, sulfeto de hidrogênio.

Flúor {3} Oxida quase tudo, guarde-o em separado.

Fósforo

(branco) {4}

Álcalis {2} (geram fosfina), ar, oxigênio {3}, enxofre, compostos

com oxigênio.

17

hidrazina {4} peróxido de hidrogênio {3}, ácido nítrico {1} {3}, outros oxidantes {3}

hidrocarbonetos flúor {3}, cloro {3}, bromo {3}, óxido de cromo(VI) {3} {1}, peróxido de

sódio {3}

hidroperóxido de

cumeno {3}

ácidos orgânicos {1} e inorgânicos {1}

hipocloritos {3} ácidos {1} (geram cloro e ácido hipocloroso)

iodo {3} acetileno, amoníaco {2}, gás amônia {2}, hidrogênio.

líquidos inflamáveis nitrato de amônio, óxido de cromo(VI) {1} {3}, peróxido de hidrogênio

{3}, ácido nítrico {1} {3}, peróxido de sódio {3}, halogênios {3}

mercúrio {5} acetileno, amônia {2}, amoníaco {2}

metais alcalinos {5}

{6}

água, hidrocarbonetos halogenados, dióxido de carbono, halogênios

{3}

nitrato de amônio ácidos {1}, metais em pó {5}, líquidos inflamáveis, cloratos {3}, nitritos

{3}, enxôfre, substâncias orgânicas inflamáveis ou em pó.

nitratos ácido sulfúrico {1} {3}(gera dióxido de nitrogênio)

nitritos {3} ácidos {1} (geram fumos nitrosos), nitrato de amônio, sais de amônio.

nitroparafinas bases inorgânicas {2}, aminas {2}

óxido de cromo (VI)

(ácido crômico) {1}

{3}

ácido acético {1}, naftaleno, cânfora, glicerina, benzina, álcoois,

líquidos inflamáveis

oxigênio (gás puro)

{3}

óleos, graxas, hidrogênio, substâncias inflamáveis.

perclorato de

potássio {3}

Sais de amônio, ácidos {1}, metais em pó {5}, enxôfre, substâncias

orgânicas inflamáveis ou em pó.

Permanganato de

potássio {3}

Glicerina, etilenoglicol, benzaldeído, ácido sulfúrico {1} {3}.

Peróxido de

hidrogênio {3}

Cobre {5}, cromo {5}, ferro {5}, metais {5}, sais metálicos, álcoois,

acetona, substâncias orgânicas, anilina {2}, nitrometano, substâncias

inflamáveis sólidas ou líquidas.

Peróxido de sódio {3} Substâncias oxidáveis {3}, metanol, etanol, ácido acético glacial {1},

anidrido acético {1} {6}, disulfeto de carbono, glicerina, etilenoglicol,

acetato de etila, acetato de metila, furfural, benzaldeído,

Peróxidos orgânicos

{3}

Ácidos orgânicos {1} ou inorgânicos {1}

Prata {5} Acetileno, ácido oxálico {1} {4}, ácido tartareio {1}, sais de amônio.

Selenetos {4} Redutores {4} (geram seleneto de hidrogênio)

Sulfeto de hidrogênio Ácido nítrico fumegante {1} {3}, gases oxidantes {3}.

Sulfetos {4} Ácidos {1} (geram sulfeto de hidrogênio)

18

Teluretos Redutores {4} (geram telúrio de hidrogênio) {4}

# Hidrolisável neste contexto refere-se a materiais que reagem com a água.

19

Ficha de Identificação de Resíduo Químico -

Preencha uma ficha para cada frasco contendo resíduos químicos.

Responsável ______________________________ Laboratório _____________________

Departamento ___________________ Setor ________________ Fone / ramal ________

Data de entrada do frasco no depósito ____ / _____ / _____

Identificação do frasco

[bombona __ volume ____ L, cor do frasco _______, nº lacre _______________

Marque com um X as características do resíduo químico :

ácido cáustico (básico)

inflamável aquoso

explosivo radioativo

contém mercúrio,

cádmio ou tálio

reage violentamente

com água

contém agrotóxicos material biológico

infeccioso

oxidante enérgico redutor enérgico

Descrição dos componentes do resíduo

nome da substância quantidade

(mL, g)

observações

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

20

III. RESÍDUO BIOLÓGICO

Os resíduos biológicos são aqueles que apresentam produtos biológicos que podem ou não

representar risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente, devido à presença de micro-

organismos que, por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar

risco de infecção (COMANA- Resolução no 358, de 29 de abril de 2005, Anvisa, 2005).

De acordo com Art. 14 (resolução 358) é obrigatória a segregação dos resíduos na fonte e no

momento da geração, de acordo com suas características, para fins de redução do volume dos

resíduos a serem tratados e dispostos, garantindo a proteção da saúde e do meio ambiente.

III.1. Classificação de resíduos Biológicos

De acordo com a Resolução Nº 306 de 07 de dezembro de 2004 da Agência Nacional de

Vigilância Sanitária e a Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA nº 358 de

29 de abril de 2005, que dispõe sobre o tratamento e disposição final de resíduos de serviços de

saúde e dá outras providências, o grupo A é classificado como:

Grupo A: Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características

de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção.

A1- • culturas e estoques de microorganismos; resíduos de fabricação de produtos biológicos

exceto os hemoderivados; descarte de vacinas de microorganismos vivos ou atenuados; meios de

cultura e instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos

de laboratórios de manipulação genética;

• resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais com suspeita ou certeza de

contaminação biológica por agentes classe de risco 4, microorganismos com relevância

epidemiológica e risco de disseminação ou causador de doença emergente que se torne

epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido;

• bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponente rejeitadas por contaminação ou má

conservação, ou com prazo e validade vencido e aquelas oriundas de coleta incompleta;

• sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e

materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos

na forma livre.

A2- • carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais

submetidos a processos de experimentação com inoculação de microorganismos, bem como

suas forrações e os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de microorganismos de

21

relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos ou não a estudo

anatomopatológico ou confirmação diagnóstica.

A3- peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros, ou idade gestacional menor

que 20 semanas que não tenham valor científico ou legal e não tenham sido requisitados pelo

paciente ou familiares.

A4- • kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados;

• filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de equipamento

provenientes de laboratórios de pesquisa, ou similares;

• sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções

provenientes de animais que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes Classe de

Risco 4 e nem apresentem relevância epidemiológica e risco de disseminação ou microorganismo

causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo

de transmissão seja desconhecido ou com suspeita de contaminação por príons;

• resíduos de tecido adiposo proveniente de procedimento cirúrgico que gere resíduo;

• recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde que não contenha

sangue ou líquidos corpóreos na forma livre;

• peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de procedimentos

cirúrgicos ou de estudos anátomo-patológicos ou de confirmação diagnóstica;

• carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais não

submetidos a processos de experimentação com inoculação de microorganismos, bem como

suas forrações;

• bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão, utilizadas para aula pratica

ou laboratórios de pesquisa.

Grupo B:

Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao

meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade

e toxicidade.

a) produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos;

imunossupressores; digitálicos; imunomoduladores; anti-retrovirais, quando descartados por

serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos ou apreendidos e os

resíduos e insumos farmacêuticos dos medicamentos controlados pela Portaria MS 344/98 e suas

atualizações;

b) resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos contendo metais pesados;

reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes;

22

c) efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores);

d) efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas; e

e) demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da NBR 10.004 da ABNT

(tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos).

GRUPO C:

Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos em

quantidades superiores aos limites de eliminação especificados nas normas da Comissão

Nacional de Energia Nuclear-CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista.

a) enquadram-se neste grupo quaisquer materiais resultantes de laboratórios de pesquisa e

ensino na área de saúde, laboratórios de análises clínicas e serviços de medicina nuclear e

radioterapia que contenham radionuclídeos em quantidade superior aos limites de eliminação.

GRUPO D: Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao

meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.

a) papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário, resto

alimentar de paciente, material utilizado em antissepsia e hemostasia de venóclises, equipo de

soro e outros similares não classificados como A1;

b) sobras de alimentos e do preparo de alimentos;

c) resto alimentar de refeitório;

d) resíduos provenientes das áreas administrativas;

e) resíduos de varrição, flores, podas e jardins; e

f) resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde.

GRUPO E:

Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas,

escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi,

lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de

vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros

similares

23

III.2. Procedimentos para Coleta, Armazenamento e Descarte de Resíduo Biológico

III.2.1 Resíduos infectantes que devem obrigatoriamente receber tratamento antes de sair

do laboratório

• Culturas, estoques de microrganismos e instrumentais utilizados para transferência, inoculação

ou mistura dos mesmos;

• Resíduos de manipulação genética;

• Resíduos de fabricação de produtos biológicos, como culturas de tecidos exceto os

hemoderivados;

• Vacinas de agentes vivos ou atenuados;

• Bolsas transfusionais contendo sangue, rejeitadas por contaminação, má conservação ou

vencidas;

• Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos.

III.2.2. Resíduos Sólidos

• Coletados em sacos para autoclavagem;

• Precisam ficar semi-abertos durante o tratamento para redução ou eliminação da carga

microbiana compatível com Nível III de Inativação*;

• Após resfriamento, os sacos serão fechados e acondicionados no interior desacos BRANCOS

para resíduos infectantes; lacrados e identificados pelo preenchimento dos campos da etiqueta;

• Armazenados em recipiente rígido até a coleta.

III.2.3. Resíduos Líquidos

• Acondicionados em frascos resistentes a autoclavagem;

• Preenchimento não superior a 2/3 de sua capacidade e com a tampa colocada sobre o frasco,

de modo a permitir a saída do ar;

• Tratamento com Nível III de Inativação*;

• Após resfriamento, o conteúdo dos frascos poderá ser eliminado no sistema de coleta de

esgoto;

• Enxaguar a pia após descarte.

*Inativação de bactérias vegetativas, fungos, vírus lipofílicos e hidrofílicos, parasitas e

micobactérias com redução igual ou maior que 6Log10 e inativação de esporos do Bacilo

stearothermophilus ou de esporos do Bacilo subtilis com redução igual ou maior que 4Log10.

24

III.3. Desinfecção Química

A redução ou eliminação da carga microbiana através de desinfecção química é uma alternativa a

autoclavagem e, caso venha a ser escolhida, deverá ser procedida conforme orientação da

cartilha. Contudo, na possibilidade de utilização da autoclavagem, esta deverá ser preferida pela

redução dos impactos ambientais.

III.3.1 Resíduos infectantes que não necessitam de tratamento antes de sair do laboratório

gerador

Recipientes e materiais contaminados provenientes da manipulação de amostras humanas,

animais maravalha, bolsas transfusionais vazias ou com volume residual, filtros de ar e gases

aspirados de área contaminada, membrana filtrante de equipamento de pesquisa e outros

similares devem ser acondicionados em sacos BRANCOS, lacrados, identificados e armazenados

em recipiente rígido até a coleta.

O resíduo infectante deve ser identificado e lacrado antes do descarte

II.3.2. Carcaças de Animais com produtos radioativos

Carcaças e peças anatômicas de animais devem ser acondicionadas e identificadas com

etiqueta própria para descarte de carcaças, DEVIDAMENTE PREENCHIDA. As carcaças de

animais que foram utilizados em experimentos com material radioativo deverão ser monitoradas

e, apresentando radioatividade até o limite de isenção, serão descartadas conforme o

procedimento já descrito. Caso apresentem radioatividade maior que o limite de isenção: Deverão

ser colocadas em sacos BRANCOS identificados com a etiqueta para descarte de carcaças

e etiqueta para material radioativo, quando necessário, com todas as informações abaixo

preenchidas;

Deverá ser feito o cálculo para o prazo de decaimento de acordo com a meia vida do elemento

utilizado;

Os sacos deverão ser acondicionados em freezer ou câmara fria no laboratório;

OBS: Somente serão coletos os resíduos que estiverem de acordo com as normas descritas, as

quais requerem:

1 - Os resíduos devem ser acondicionados em sacos BRANCOS, contendo o símbolo universal

de risco biológico de tamanho compatível com a quantidade. Há um lacre próprio para o

fechamento, sendo terminantemente proibido esvaziar ou reaproveitar os sacos. A substituição do

saco ocorrerá quando forem atingidos 2/3 de sua capacidade, e pelo menos uma vez a cada 24

horas.

25

2 - É de fundamental importância que TODOS os sacos estejam devidamente identificados e

preenchidos contendo as seguintes informações: nome do Lab. responsável pelo resíduo e data

do descarte do saco. Posteriormente, serão coletados pelo órgão municipal competente e

submetidos a tratamento adequado.

IV. RESIDUO PERFUROCORTANTE

IV. 1. São considerados materiais perfurocortantes ou escarificantes:

• Lâminas de qualquer natureza, incluindo bisturi.

• Agulhas

• Seringas com agulhas

• Escalpes

• Ampolas de vidro

• Brocas

• Limas endodônticas

• Pontas diamantadas

• Lancetas

• Tubos capilares

• Tubos de vidro com amostras

• Micropipetas

• Lâminas e lamínulas

• Espátulas

• Ponteiras de pipetas automáticas

• Todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e

placas de pet ri) e outros similares.

IV. 2. Métodos de Segregação e Acondicionamento

• Todos os materiais, limpos ou contaminados por resíduo infectante deverão ser acondicionados

em recipientes com tampa, rígidos e resistentes à punctura, ruptura e vazamento. Em geral, são

utilizadas caixas tipo DESCARTEX, DESCARPACK.

IMPORTANTE: Depois de fechada, a embalagem de perfurocortante deve ser acondicionada no

saco branco de lixo infectante.

Ao atingir a marca tracejada no recipiente, o mesmo deverá ser fechado e acondicionado em

sacos BRANCOS, devidamente lacrados e identificados.

26

É expressamente proibido o esvaziamento de recipientes contendo resíduos químicos para o seu

reaproveitamento.

Deverão ser descartados como resíduos químicos sólidos perfurocortantes em recipientes rígidos,

materiais que contenham resíduo radioativo.

Deverão seguir as orientações para resíduos sólidos radioativos.

Não reencapar nem desacoplar agulhas da seringa

27

V. Não é indicado ou permitido:

Acumular resíduos no laboratório.

Usar tampa com defeito e/ou encher o recipiente até o gargalo.

Guardar resíduos tóxicos e/ou inflamáveis em rota de fuga.

Solicitar coleta sem ter a documentação dos resíduos e identificação correta

As coletas serão realizadas nos horários e locais indicados, assim não é possível fazer

coleta de resíduos de urgência.

VI. Referências

http://www.unifesp.br/reitoria/residuos/orientacao-geral/arquivos/checklist_rq.pdf

http://www.unifesp.br/reitoria/residuos/legislacao

Decreto Nº 5.940, de 25 de Outubro de 2006 - Institui a separação dos resíduos recicláveis

descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta, na fonte

geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais

recicláveis, e dá outras providências.

Decreto nº 51.907, de 5 de Novembro de 2010 - Estabelece prazo e normas para o

cadastramento dos Grandes Geradores de Resíduos Sólidos a que se referem os artigos 140,

141 e 142 da Lei nº 13.478, de 30 de dezembro de 2002; dispõe sobre as ações fiscalizatórias a

serem adotadas nos casos de infração; dá nova redação aos artigos 1º e 3º do Decreto nº 46.958,

de 1º de fevereiro de 2006.

Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos: Diretrizes gerais

para o trabalho em contenção com material biológico, 2004.

.

Ministério do Meio Ambiente, , Resolução CONAMA no 358, de 29 de abril de 2005.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária, RDC ANVISA Nº 306, de 7 de dezembro de 2004.