manual prático de geriátria
DESCRIPTION
manualTRANSCRIPT
MANUAL PRÁTICO DE GERIÁTRIA
EXAME FÍSICO
Deve-se avaliar:
Déficits sensoriais: são comuns nos idosos, tornando-se um obstáculo para fazer as atividades diárias, também pode levar ao afastamento da sociedade e aumenta a vulnerabilidade a quedas.
Acuidade visual: é realizado o teste de Snellen- sistema universal de analise da visão.
Avaliação auditiva: é realizado o teste de sussurro, que avalia os sons de alta e baixa frequência.
Capacidade funcional: Essa capacidade é definida pela realização de tarefas do idoso e a independência de cuidar-lhe. O idoso em certa fase da vida tem que conviver com a incapacidade e a dependência. As principais causas dessa incapacidade são: fraturas, doenças crônicas, cardiovasculares e reumáticas.
Equilíbrio e mobilidade: O aparelho locomotor sofre importantes alterações, motivo pelo qual ocorre a diminuição dos movimentos, alterando a sua marcha do idoso, como exemplo: os passos curtos, resultando no arrastar dos pés. Nesse caso é realizado o teste de Equilíbrio e marcha (avalia as condições de marcha e vestibulares do pacientes), e o Get up and Go (proposto por Mathias, em 1986 - onde o paciente senta-se em uma cadeira reta e com um apoio, deve caminhar 3 cm e voltar, após girar, para o mesmo local, deve-se retornar e sentar).
Avaliação Nutricional: é de suma importância, pois avalia a condição de saúde do idoso, onde não existe um método único para estabelecer essas condições nutricionais.
Fatores sócios ambientais: devemos avaliar as atividades e relações sociais, dando importância para os recursos financeiros, sociais e familiares desse idoso, pois fatores como esses, influenciam para o planejamento terapêutico.
DEMÊNCIA
São alterações cognitivas, ou seja, ocorrem alterações de memória, na fala e desorientação. Sendo diagnosticado quando o idoso apresenta sintomas comportamentais e cognitivos que: interferem no trabalho e apresentam declínio no desempenho de tarefas. Esse diagnóstico pode ser feito através da anamnese com o paciente, exame físico e neurológico. Na anamnese, que é a história do paciente, devem-se observar os seguintes tópicos com relação os aspectos cognitivos: a memória, funções executivas-compromete raciocínio, habilidades visuais-não reconhece objetos, linguagem, personalidade-alteração do humor, e as alterações nas atividades diárias.
Classificação da demência:
Com comprometimento estrutural do SNC, que se divide em:
Demência primária:
Manifestação de Huntington, doença de Alzheimer, demência frontotemporal (mudança de personalidade) e de corpos de lexy (alucinação visual).
Manifestações clínicas, como Parkinson, paralisia.
Demência secundária:
Caracterizada por doença crebrovascular, tumores, infecção, hidrocefalia.
Sem comprometimento estrutural do SNC: causas toximetabólicas.
Tratamento:
Geral:
Estabelecer vínculo entre paciente e família.
Identificar e tratar comorbidades.
Deixar claro a evolução da doença.
Alertar sobre os perigos de dirigir.
Evitar andar na rua.
Tratamento dos sintomas comportamentais e psicológicos da demência (SCPD):
Antipsicóticos: é usada para tratamento da agitação agressiva da doença de Alzheimer aguda.
Benzodiazepínico: resultam em pouco beneficio, pois causam vários efeitos adversos, entre eles estão, piora da memória e problemas respiratórios.
Anticolinesterásicos: é usado em certas manifestações como, depressão, disforia, ansiedade, entre outras.
Memantina: reduz o aparecimento de SCPD em pacientes com a doença de alzhaimer - DA.
Antidepressivo: também trazem benefícios para o tratamento de DA e SCPD.
DELIRIUM
Conceito: também chamado de estado confusional agudo, que é um distúrbio integral passageiro, relacionado com o grau cognitivo, caracterizando-se pelo nível de consciência.
Temos três tipos:
Hiperativo-caracterizado por agitamento, fato pelo qual não deixa o diagnóstico passar desapercebido.
Hipoativo- comum em pacientes idosos hospitalizados, mas é difícil de diagnosticar.
Multifatorial-é caracterizado pela união de vários fatores de riscos (própria doença, fatores ambientais, fatores relacionados ao próprio paciente).
Estratégias não farmacológicas:Reorientar esse paciente quanto ao tempo e espaço onde ele se encontra.Evitar mudança frequente de acompanhanteCuidar os horários das medicações e da verificação dos sinais vitais para não interromper o sono desse paciente.
Tratamentos farmacológicos:
Antipsicóticos: é usado em casos, que o tratamento não farmacológico está sem efeito, ou seja, em que os sintomas emocionais e comportamentais são graves. Ao optar por essa medicação deve-se começar por uma dose pequena (como exemplo o mais usado é o antipsicótico o haloperidol em caso de restrição a ele usa-se resperidona, olanzampina, clozapina, quetiapina).
Benzodiazepínico: são usados como terapia de escolha para o dellirium, pelo fato de aumentar a supersedacão.
Anticolinesterásicos: usa-se esse tipo de medicação, pois se acredita que parte da fisiopatologia, seja um déficit colinérgico central.
QUEDAS
É um problema enfrentado por vários países, em destaques aqueles que têm um grande índice populacional de idosos.
Conceito: ocorre um deslocamento sem intenção, para um grau inferior a posição que o paciente estava isso é causada por vários motivos, comprometendo a instabilidade desse idoso.
Fatores de riscos:
Intrínsecos: história prévia de quedas, idade, mulheres, medicamentos, doenças, distúrbio de marcha e equilíbrio, sedentarismo, estado psicológico, deficiência nutricional, declínio cognitivo, deficiência visual, doenças ortopédicas, estado funcional.
Extrínsecos: iluminação inadequada, superfícies lisas, tapetes com dobras ou soltos, degraus altos, falta de corrimões nos locais e lugares públicos inapropriados para os idosos.
Intervenções: otimização de medicamentos (cuidar remédio como antipsicóticos, antidepressivo, ansiolíticos e também os cardiovasculares), exercício físico (melhora o equilíbrio e a forca muscular), cuidar os riscos que ambiente onde o idoso vive oferece, avaliar a acuidade visual desse paciente.
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Conceito: perda involuntária da urina.
Classificação:
Quanto ao tempo: aguda ou crônica.
Quanto à resposta terapêutica: reversível ou estabelecida.
Quanto à origem: Primária - quando a patologia vem do próprio aparelho urinário.
Secundária – quando é causada por medicamentos, traumas e outros fatores não urinários.
Foram criadas quatro classes para o diagnóstico da incontinência urinária:
Por estresse: caracteriza-se pela perda involuntária da diurese, por algum esforço (tosse, espirro).
De urgência: caracteriza-se pela perda involuntária da diurese, antecedido de urgência urinária.
Mista: nesta classe se uni a perda involuntária da diurese por estresse e a de urgência.
Inconsciente: quando o sistema nervoso central (SNC) fica comprometido por alguns fatores, como exemplo atrofia no cérebro.
Tratamento:
IATROGENIA
Conceito: Caracterizada por qualquer manifestação clínica no paciente, que não foi causada pela própria patologia, podendo ser um procedimento médico ou terapêutico.
Tipos de iatrogenia:
Terapêutica:
Diagnosticadas:
Associada a infecções nosocomiais: causada por microrganismos resistente, pode ser transmitida pelo fato de o paciente ficar muitos dias internado, sendo resultado do uso de antibiótico demorado, e a difusão de bactérias de paciente para paciente.
Relacionadas aos danos ambientais:
Cuidados básicos: lavagem correta das mãos,
ÚLCERA POR PRESSÃO (UP)
Definição: lesão localizada na pele, em resultado de uma pressão. Ocorre com mais frequência em locais vulneráveis a alguma pressão (sacro, cóccix, ísquio, calcâneo).
Fatores
Extrínsecos: relacionado ao mecanismo de lesão, resultando o tipo de lesão ao grau que ela é exposta. São eles: pressão (intensidade e duração), fricção (forca de duas superfícies), Cisalhamento (gravidade e ficção), umidade.
Intrínsecos: idade avançada, Hipotensão, imobilidade, peso, fármacos, nutrição, temperatura elevada.
Condições predisponentes: Tabagismo, diabetes, demência, DPOC, contraturas, depressão, neoplasias, e entre outras.
Classificação: relacionada profundidade anatômica com dano tecidual.
Estágio I-Eritema não branqueável em pele intacta (descoloração da pele, calor, edema, tumefação, e até dor).
Estágio II- Perda parcial da espessura da pele (primeira camada da pele), ou seja , apresenta-se como uma ferida na superfície da pele sem crosta, avermelhada.
Estágio III-Perda total da espessura da pele, perde todo o tecido, mas não sem exposição óssea. (pode estar presente tecido desvitalizado, e até mesmo tuneis).
Estágio IV-Perda total da espessura dos tecidos, é a perda total com exposição óssea. Pode estar presenta tecido desvitalizado ou necrosado e também descolamento e tuneis.
Prevenção de UP:
Usa-se a escala de Braden, para avaliá-la a UP, evitar que avance de estágio.
Cuidar pontos de pressão como calcâneo, cotovelo, sacro, e demais partes.
Deixar Documentado as avaliações obtidas da pele.
Usar hidratantes para a pele ressecada.
Evitar que a pele fique em contato com campos úmidos.
Avaliar o estado nutricional juntamente com a nutricionista
Fazer reposicionamentos para evita-las – usar travesseiros/almofadas
Tratamento de UP
Em primeiro momento deve-se classificar a ferida, para decidir qual o curativo ideal para usar, pois os curativos têm papeis importantes com:
- Prevenir perda de agua e calor da ferida.
-Proteger a feridas contra bactérias.
-Absorver o exsudato da ferida.
- Criar ambiente quente e úmido pra diminuir a dor.
Curativos: Desbridantes - papaína, colagenase, hidrocoloide.
DOENCA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA-DPOC
Definição: é uma doença respiratória crônica e progressiva.
Fatores de Risco: tabagismo, poluição (combustão), infecções (bacteriana e virais),genética(alfa-1 anti- tripsina ),por inalação de partículas(tabagismo, poeiras).
Manifestações Clínicas: tosse crônica, dispneia, secreção respiratória. Quando está mais avançada, no exame físico podemos auscultar roncos e sibilos e tórax de tonel.
Diagnóstico: Através da espirometria forcada.
Classificação de gravidade funcional: DPOC
-Leve: caracteriza-se por tosse, onde o paciente não percebe anormalidades no pulmonar.
-Moderada: caracterizam-se por tosse crônica, secreção e dispneia ao realizar esforços.
-Grave: caracteriza-se por dispneia acentuada, dificuldade para realizar exercícios, fadiga.
- Muito grave: caracteriza-se por sinais de insuficiência respiratória crônica (PaO2 < 60 mmHg), podendo levar a edema nos membros inferiores.
Conduta terapêutica: aliviar os sintomas, não deixar que essa doença progrida prevenir e tratar complicações, melhorar a capacidade na realização de atividades físicas, cuidar a nutrição desse paciente.
Tratamento com broncodilatadores que são os seguintes:
- beta 2 agonistas: causam efeitos de curta, longa (salmeterol e formoterol) e de ultra duração.
- Anticolinérgicos: causam efeitos de curta (ipatropio) e ultra longa duração. Causam efeitos colaterais como; boca seca, retenção urinaria e problemas cardíacos.
- teofilina: de liberação prolongada.
LEMBRETE: Além dos broncodilatadores temos a oxigênioterapia (em pacientes com hipoxemia PaO2 < 55mmHg e em repouso entre 56 e 59 mmHg)
DOENCA DE PARKINSON
Definição:
Características Clinicas:
Diagnóstico:
Tratamento:
Farmacológico –
Não farmacológico-
Cirúrgico-
Complicações:
Evolutivas-
Neuropsiquiátricas-
Autonômicas-
DIABETE MELLITUS
Definição:
Critério para diagnósticos:
Complicações:
Vasculares
Macrovasculares
Microvasculares
Prevenção:
Tratamento:
Não medicamentos:
Medicamentoso:
Terapia com insulina:
HIPERTENSÃO ARTERIAL
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA