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MANUAL ORIENTATIVO DE FISCALIZAÇÃO DAS CÂMARAS ESPECIALIZADAS DE GEOLOGIA E ENGENHARIA DE MINAS DOS CREA’s Coordenadoria Nacional das Câmaras Especializadas de Geologia e Engenharia de Minas == CNCEGM == 2001

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MANUAL ORIENTATIVO DE FISCALIZAÇÃO DAS CÂMARAS ESPECIALIZADAS DE

GEOLOGIA E ENGENHARIA DE MINAS DOS CREA’s

Coordenadoria Nacional das Câmaras Especializadas de

Geologia e Engenharia de Minas

== CNCEGM ==

2001

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COORDENAÇÃO NACIONAL DAS CÂMARAS ESPECIALIZADAS DE GEOLOGIA E ENGENHARIA DE MINAS - CNCEGM

A P R E S E N T A Ç Ã O:

O presente Manual sugere critérios gerais padronizados de fiscalização do

exercício profissional na área de Geologia e Engenharia de Minas para todos os CREAs do Brasil.

A G R A D E C I M E N T O S: À Coordenação Nacional das Câmaras Especializadas de Geologia e Engenharia de Minas pela iniciativa:

Engº de Minas AUGUSTO CÉSAR GUSMÃO LIMA Coordenador Nacional

Engª Geóloga LEILA ISSA VILAÇA

Coordenadora Nacional Adjunta Ao CREA-RS pela edição do Manual e pela coordenação dos trabalhos:

Arquiteto EDSON LUIS DAL LAGO Presidente do CREA-RS

Geólogo ANTONIO PEDRO VIERO Coordenador da Câmara Especializada

de Geologia e Engenharia de Minas do CREA-RS

Ao CONFEA pela cooperação e apoio:

Engº Civil WILSON LANG Presidente do CONFEA

Geólogo GIACOMO LIBERATORE Superintendente do CONFEA

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O presente Manual foi elaborado pela Comissão abaixo nominada:

Geól. ANTONIO PEDRO VIERO Conselheiro do CREA-RS Engº de Minas FRANCISCO LUSTOSA DE ARAÚJO Conselheiro do CREA-PE Engª de Minas MARIA MARTHA DE MAGALHÃES GAMEIRO Conselheira do CREA-RJ Engº de Minas PAULO MIGUEL DOS SANTOS FILHO Conselheiro do CREA-SE Geól. HENRIQUE GOMES LIBÉRIO Conselheiro do CREA-DF Engº de Minas SANDRO SCHNEIDER Assessor Técnico do CREA-RS Geól. RENATO DOS SANTOS ANDRADE Assessor Técnico do CREA-BA Coordenador Nacional Engº de Minas AUGUSTO CÉSAR GUSMÃO LIMA (CREA-GO) Coordenadora Adjunta Engª Geóloga LEILA ISSA VILAÇA.(CREA-ES)

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Coordenadores de Câmaras Especializadas de Geologia e Engenharia de Minas

- 2001 -

CREA-AM Geól. ANTONIO FERNANDO DA SILVA RODRIGUES

CREA-AP Geól. PEDRO GILBERTO NASCIMENTO DE SOUSA

CREA-BA Geól. ERNESTO FERNANDO ALVES DA SILVA

CREA-CE Engº de Minas FRANCISCO WILSON HOLLANDA VIDAL

CREA-DF Geól. HENRIQUE GOMES LIBÉRIO

CREA-ES Engª Geóloga LEILA ISSA VILAÇA

CREA-GO Engº de Minas AUGUSTO CÉSAR GUSMÃO LIMA

CREA-MG Geól. FERNANDO ANTONIO RODRIGUES DE OLIVEIRA

CREA-MT Geól. WILSON MENEZES COUTINHO

CREA-PB Engº Civil PAULO VIRGÍNIO DE SOUSA

CREA-PE Engº de Minas FRANCISCO LUSTOSA DE ARAÚJO

CREA-PI Geól. JAIME DA PAZ FILHO

CREA-PR Engº de Minas PLINIO CRISTIANO CAMBOIM DE OLIVEIRA

CREA-RJ Engª de Minas MARIA MARTHA DE MAGALHÃES GAMEIRO

CREA-RN Geól. OTACÍLIO OZIEL DE CARVALHO

CREA-RO Geól. WILSON BERNARDI

CREA-RS Geól. ANTONIO PEDRO VIERO

CREA-SC Engº de Minas ALEXANDRE BARBOSA GUIMARÃES

CREA-SE Engº de Minas PAULO MIGUEL DOS SANTOS FILHO

CREA-SP Engº de Minas AYRTON SINTONI

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ÍNDICE 1.- Objetivo .................................................................................................... 06 2.- Porque fiscalizar as profissões ................................................................ 06 3.- O que é o CREA ...................................................................................... 06 4.- Anotação de Responsabilidade Técnica ................................................. 07 5.- Acervo Técnico ........................................................................................ 07 6.- Fundamentação Legal ............................................................................. 07 7.- Tipos de empresas que devem ser fiscalizadas ...................................... 09 8.- Agente de fiscalização ............................................................................. 09 9.- Infrações e capitulações ......................................................................... 09 10.- Atividades vinculadas à Modalidade Geologia e Minas 1.- Outorga para captação de águas subterrâneas .......................... 10 2.- Captação de águas subterrâneas ............................................... 12 3.- Água Mineral ............................................................................... 14 4.- Pesquisa, Lavra e Beneficiamento de bens minerais ................. 15 5.- Sondagens .................................................................................. 17 6.- Emprego de explosivos ............................................................... 18 7.- Laudo geológico .......................................................................... 19 8.- Atividades técnicas ligadas ao meio ambiente ........................... 19 11.- Onde exigir a ART ............................................................................... 20 12.- Padronização de procedimentos ......................................................... 21

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13.- Proposta para uniformização de Atos e/ou Normas 1.- Empresas extratoras de bens minerais de pequeno porte ......... 23 2.- ART no setor mineral .................................................................. 28 3.- Água subterrânea – regularização de poços tubulares ............... 31 4.- Atribuições dos Técnicos em Mineração ..................................... 33 5.- Fiscalização do exercício profissional .......................................... 33 6.- Gemologia .................................................................................... 37 7.- Fiscalização do exercício profissional em órgãos públicos .......... 38 14.- Convênio CONFEA – DNPM ............................................................. 41 15.- Definições – Código de defesa do consumidor .................................. 45 16.- Definições – Instrumentos administrativos ........................................ 47

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1.- OBJETIVO

Este Manual tem por objetivo apresentar parâmetros de uniformização de normas e procedimentos de fiscalização das atividades atinentes à Geologia e Engenharia de Minas desenvolvidas por pessoas físicas e jurídicas em todo o Território Nacional.

2.- PORQUE FISCALIZAR AS PROFISSÕES?

O sistema de fiscalização das profissões está calcado na premissa de que o Estado deve zelar pela boa prática do exercício profissional, com vistas à preservação da incolumidade (livre de perigo) pública, motivo pelo qual lhe está afeta a missão de controlá-lo e fiscalizá-lo. A operacionalização dessa função dá-se por intermédio de órgãos competentes, criados por lei, dotados de personalidade jurídica e possuidores de patrimônio e receitas próprias. São os Conselhos de Fiscalização das diversas profissões. No caso dos Engenheiros, Arquitetos, Agrônomos, Geólogos, Geógrafos, Meteorologistas e Técnicos Industriais e Agrícolas, o Sistema fiscalizador é o chamado CONFEA/CREAs.

São autarquias dotadas de personalidade jurídica de direito público e constituem serviço público federal.

Dispõe de força legal para proceder, também, à regulamentação das atividades por eles desenvolvidas. Significa dizer que detém a faculdade de detalhar, explicitar, particularizar não apenas as leis específicas editadas pelo Legislativo, como também a de expedir resoluções sobre quaisquer assuntos ligados à fiscalização do exercício profissional.

3.- O QUE É O CREA

O CREA (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) é o órgão responsável pelo registro e fiscalização das profissões nas áreas de engenharia, arquitetura, agronomia, geologia, geografia e meteorologia.

O CREA tem abrangência estadual e está vinculado ao CONFEA, que é a instância superior de regulamentação e fiscalização das profissões da área tecnológica.

Cabe ao CONFEA garantir a unidade de ação e normatização de todos os CREAs, exercendo funções de supervisão financeira e administrativa sobre eles.

Forma-se assim o Sistema CONFEA/CREAs.

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4.- ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Lei no 6.496/77: Artigo 1º - Todo contrato, escrito ou verbal, para a execução de obras ou prestação de quaisquer serviços profissionais referentes à Engenharia, à Arquitetura e à Agronomia, fica sujeito à Anotação de Responsabilidade Técnica - ART.

A Anotação de Responsabilidade Técnica – ART é o instrumento de registro nos Conselhos Regionais dos contratos (escritos ou verbais) firmados pelos profissionais ao desempenharem suas atividades. A ART deve obrigatoriamente ser registrada antes do início da obra ou serviço, constituindo-se no elemento básico de registro das atividades que compõem o acervo profissional junto aos CREAs.

A obrigatoriedade do registro da ART está previsto na Lei 6.496/77 e regulamentado na Resolução 425/98 do CONFEA.

5.- ACERVO TÉCNICO O Acervo Técnico é o documento legal que comprova toda a experiência

adquirida pelo profissional ao longo do exercício de sua profissão, sendo composto pelas Anotações de Responsabilidade Técnica, devidamente registradas no CREA.

A emissão do Acervo Técnico se dá através da CAT – Certidão de Acervo Técnico, que, a critério do profissional, poderá ser parcial, contendo apenas determinado(s) serviço(s), ou total, contendo todos os serviços registrados na forma de ART’s.

O Acervo Técnico pertence unicamente ao profissional que registrou a ART da obra ou serviço, nunca à empresa.

6.- FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Principais textos legais que fundamentam a fiscalização do exercício profissional

na Modalidade Geologia e Minas. Legislação geral: Decreto Federal 23.569/33 - Regula o exercício das profissões de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor. Lei 4.076/62 - Regula o exercício da profissão de Geólogo. Lei 5.194/66 - Regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro Agrônomo e dá outras providências. Lei 4.950-A/66 - Dispõe sobre a remuneração de profissionais diplomados em Engenharia, Química, Arquitetura, Agronomia e Veterinária.

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Decreto Lei 227/67 – Código de Mineração. Lei 6.839/80 - Dispõe sobre o registro de empresas nas entidades fiscalizadoras do exercício de profissões Resolução 207/72 - Dispõe sobre os processos de infração e define reincidência e nova reincidência Resolução 218/73 – Discrimina atividades das diferentes modalidades profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Resolução 262/79 - Dispõe sobre as atribuições dos Técnicos de 2º Grau, nas áreas da Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Resolução 336/89 - Dispõe sobre o registro de pessoas jurídicas nos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Resolução 359/91 - Dispõe sobre o exercício profissional, o registro e as atividades do Engenheiro de Segurança do Trabalho e dá outras providências. Resolução 394/95 - Dispõe sobre procedimentos para o registro de atividade cuja Anotação de Responsabilidade Técnica - ART não se fez na época devida nos CREAs. Resolução 401/95 - Manual de Procedimento para condução de processo de infração ao Código de Ética Profissional Resolução 417/98 - Dispõe sobre as empresas industriais enquadráveis nos Artigos 59 e 60 da Lei n.º 5.194/66. Resolução 425/98 - Dispõe sobre a Anotação de Responsabilidade Técnica e dá outras providências Legislação específica: Acórdão do Supremo Tribunal Federal no Recurso Extraordinário nº 94.024 (DJ de 21.05.82) que decidiu pela obrigatoriedade de registro nos CREAs das empresas de mineração. Decisão Normativa 14/84 - Dispõe sobre o registro de empresas de mineração, bem como sua Anotação de Responsabilidade Técnica Decisão de Plenário do CONFEA nº CR – 157/89 que “concluiu que não cabe a responsabilidade técnica de exploração de pedreiras ao Engenheiro Civil e sim ao Engenheiro de Minas”.

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Decisão Normativa 59/97 - Dispõe sobre o registro de pessoas jurídicas que atuam nas atividades de planejamento, pesquisa, locação, perfuração, limpeza e manutenção de poços tubulares para captação de água subterrânea e dá outras providências

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Decisão Normativa 63/99 - Dispõe sobre responsável técnico de pessoa jurídica que desenvolva atividades de planejamento e/ou execução de obras na área de mecânica de rochas, seus serviços afins e correlatos.

7.- TIPOS DE EMPRESAS QUE DEVEM SER FISCALIZADAS

- Empresas de extração e beneficiamento de bens minerais e/ou fósseis; - Empresas perfuradoras de poços tubulares para captação de água

subterrânea; - Empresas prestadoras de serviços profissionais de geologia e

engenharia de minas; - Empresas que atuam com o emprego industrial de explosivos; - Empresas que atuam na área ambiental; - Empresas Públicas, Estatais, Paraestatais, Economia Mista e

Autarquias. - Outras empresas que desenvolvam atividades correlatas à Geologia e

Engenharia de Minas.

8.- AGENTE DE FISCALIZAÇÃO O Agente Fiscal dos CREAs é o funcionário com delegação de competência para lavrar autos de infração (notificação) e proceder a fiscalização in loco. O Agente Fiscal possui atribuição para fiscalizar o cumprimento da legislação das profissões abrangidas pelo Sistema CONFEA/CREAs, tendo como funções específicas para a área de Geologia e Minas:

- proceder à fiscalização nas empresas vinculadas à Câmara Especializada de Geologia e Engenharia de Minas através de relatório preciso, rico em detalhes e, se possível, com acompanhamento fotográfico;

- solicitar cópia de documentos que identifiquem a regularidade da empresa, tais como: contrato social, declaração de firma individual, licença da prefeitura municipal, licença do DNPM, licença ambiental, Certificado de Registro – CR do SFPC, etc.

- autuar as empresas que se encontram em situação irregular perante o CREA. - Orientar/autuar os profissionais que deixarem de recolher a devida ART ou

que estejam atuando em situação irregular perante o CREA.

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9.- INFRAÇÕES E CAPITULAÇÃO

DESCRIÇÃO INFRAÇÃO CAPITULAÇÃO Exercício ilegal de leigos – pessoas físicas ou jurídicas não habilitadas nos termos da lei 5.194/66

Art. 6º, alínea “a” da Lei 5.194/66 Art. 73, alínea “d” da Lei 5.194/66 (pessoas físicas) Art. 73, alínea “e” da Lei 5.194/66 (pessoas jurídicas)

Exercício ilegal por parte de profissionais e empresas habilitadas porém sem o Visto no CREA

Art. 58 da Lei 5.194/66 Art. 73, alínea “a” da Lei 5.194/66

Pessoa jurídica registrada no CREA que pratica atividades técnicas e que não possui profissional habilitado pela atividade desenvolvida.

Art. 6º, alínea “e” da Lei 5.194/66 Art. 73, alínea “e” da Lei 5.194/66

Exercício ilegal – pessoa física (acobertamento – emprestar o nome a atividades nas quais o profissional não teve efetiva participação)

Art. 6º, alínea “c” da Lei 5.194/66 Art. 73, alínea “d” da Lei 5.194/66

Pessoa jurídica que exerce atividades com registro cancelado

Art. 64, parágrafo único da Lei 5.194/66

Art. 73, alínea “c” da Lei 5.194/66

Exercício ilegal (exorbitância de atribuições)

Art. 6º, alínea “b” da Lei 5.194/66 Art. 73, alínea “b” da Lei 5.194/66

Profissional que exerce a profissão sem registro no CREA

Art. 55 da Lei 5.194/66 Art. 73, alínea “b” da Lei 5.194/66

Profissional que exerce atividades com registro cancelado

Art. 64, parágrafo único da Lei 5.194/66

Art. 73, alínea “b” da Lei 5.194/66

Falta de ART Art. 1º e 3º da Lei 6.496/77 Art. 73, alínea “a” da Lei 5.194/66Falta de pagamento de anuidade (débito)

Art. 67 da Lei 5.194/66 Art. 73, alínea “a” da Lei 5.194/66

Ausência do título profissional, nº da carteira e/ou assinatura do profissional em trabalhos técnicos

Art. 14 da Lei 5.194/66 Art. 73, alínea “b” da Lei 5.194/66

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10.- ATIVIDADES VINCULADAS À MODALIDADE GEOLOGIA E MINAS

1.- OUTORGA PARA CAPTAÇÃO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

ATIVIDADES HABILITAÇÃO PROFISSIONAL

LEGISLAÇÃO NORMAS ORIENTATIVAS

Estudo da captação - Geólogo * - Engº de Minas * - Ou outro profissional que comprove ter cursado disciplinas de caráter formativo pertinente às atividades mencionadas, após análise da Câmara de Geologia e Engenharia de Minas * * É necessário o registro ou visto no CREA do Estado onde está sendo executada a obra.

Decreto 23.569/33, art. 34 Lei 4.076/62, art. 6º Resolução 218/73, art. 14 Decisão Normativa 59/97 Lei 9.433/97 e Leis Estaduais Lei 7.663/91-SP Lei 9.748/94-SC Lei 3.239/99-RJ Lei 10.350/94-RS Decreto 79.367/77 Decreto 7.841/45

Resolução CNRH Nº015/2.001 PL nº 645/99-MG Deliberação nº. 003/CECA/MS/97

Estudo hidrológico e hidrogeológico para determinação de reservas e volume a outorgar

- Geólogo * - Engº de Minas * - Ou outro profissional que comprove ter cursado disciplinas de caráter formativo pertinente às atividades mencionadas, após análise da Câmara de Geologia e Engenharia de Minas * * É necessário o registro ou visto no CREA do Estado onde está sendo executada a obra.

Decreto 23.569/33, art. 34 Lei 4.076/62, art. 6º Resolução 218/73, art. 14 Decisão Normativa 59/97 Lei 6.908/96-RN Lei 11.426/97-PE Lei 12.726/99-PR Lei 5.817/94-PA Lei 4.946/80-PA Lei 9.433/97 e Leis Estaduais

Portaria01/98DAEE Portaria nº 717/96 DAEE-SP

Estudo e determinação de parâmetros hidrodinâmicos do aqüífero e hidroquimicos da água.

- Geólogo * - Engº de Minas * - Ou outro profissional que comprove ter cursado disciplinas de caráter formativo pertinente às atividades mencionadas, após análise da Câmara de Geologia e Engenharia de Minas * * É necessário o registro ou visto no CREA do Estado onde está sendo executada a obra.

Decreto 23.569/33, art. 34 Lei 4.076/62, art. 6º Resolução 218/73, art. 14 Decisão Normativa 59/97 Lei 5.793/94-PA Lei 5.807/94-PA Lei 6.308/96-PB Lei 6.945/97-MT Lei 6.855/95-BA Lei 11.996/92-CE Lei 12.245/93-CE Lei 9.433/97 e Leis Estaduais

Estudo das demandas pelo uso da água

- Geólogo * - Engº de Minas * - Ou outro profissional que comprove ter cursado disciplinas de

Decreto 23.569/33, art. 34 Lei 4.076/62, art. 6º Resolução 218/73, art. 14

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caráter formativo pertinente às atividades mencionadas, após análise da Câmara de Geologia e Engenharia de Minas * * É necessário o registro ou visto no CREA do Estado onde está sendo executada a obra.

Decisão Normativa 59/97 Lei 6.134/88-SP Lei 512/93 – DF Lei 11.504/94-MG Lei 3.870/97-SE Dec. 41.258/96-SP Dec. 32.955/91 –SP Lei 9.433/97 e Leis Estaduais

ONDE FISCALIZAR O QUE FISCALIZAR PROCEDIMENTOS

- Empresas e profissionais prestadores de serviços de regularização e obtenção de outorga.

- Órgãos estaduais responsáveis

pela concessão da outorga

- Situação legal das pessoas físicas e jurídicas prestadoras de serviço junto ao CREA.

- A existência de RT habilitado para as atividades constantes na tabela anterior.

- Existência de ART das obras e serviços executados ou em execução.

- Elaboração de cadastro de empresas que atuam no setor de águas subterrâneas.

- Preenchimento de relatório/ formulário de fiscalização.

- Emissão de Auto de Infração nos casos em que não houver cumprimento da lei.

2.- CAPTAÇÃO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

ATIVIDADES HABILITAÇÃO PROFISSIONAL

LEGISLAÇÃO NORMAS ORIENTATIVAS

Projeto de Poços Tubulares

- Geólogo * - Engº de Minas * - Ou outro profissional que comprove ter cursado disciplinas de caráter formativo pertinente às atividades mencionadas, após análise da Câmara de Geologia e Engenharia de Minas * * Não há necessidade de visto no CREA do Estado onde será executada a obra.

Decreto 23.569/33, art. 34 Lei 4.076/62, art. 6º Resolução 218/73, art. 14 Decisão Normativa 59/97 Decreto 24.643/34 Decreto 79.367/77 Decreto 7.841/45

Instrução Normativa 01/92 do CREA-BA, exceto art. 4º INF 01/92 do CREA-RJ, exceto item 2.1 Portaria 117/72 MME Portaria1.003/76MME Portaria 805/78MME/MS

Locação de Poços Tubulares

- Geólogo * - Engº de Minas * - Ou outro profissional que comprove ter cursado disciplinas de caráter formativo pertinente às atividades mencionadas, após análise da Câmara de Geologia e Engenharia de Minas * * É necessário o registro ou visto no CREA do

Decreto 23.569/33, art. 34 Lei 4.076/62, art. 6º Resolução 218/73, art. 14 Decisão Normativa 59/97

Instrução Normativa 01/92 do CREA-BA, exceto art. 4º

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Estado onde será executada a obra.

Execução de Poços Tubulares

- Geólogo * - Engº de Minas * - Ou outro profissional que comprove ter cursado disciplinas de caráter formativo pertinente às atividades mencionadas, após análise da Câmara de Geologia e Engenharia de Minas * * É necessário o registro ou visto no CREA do Estado onde está sendo executada a obra.

Decreto 23.569/33, art. 34 Lei 4.076/62, art. 6º Resolução 218/73, art. 14 Decisão Normativa 59/97 Decreto 78.171/76 Lei 6.726/79 Lei 9.433/97

Instrução Normativa 01/92 do CREA-BA, exceto art. 4º INF 01/92 do CREA-RJ, exceto item 2.1 Portaria 14/77 Bsb/MS Portaria 36/90 MS Portaria 54/00 MS Portaria 1.628/84 MME

Elaboração de Relatório para Obtenção de Outorga de Água Subterrânea

O mesmo profissional que executou a obra.

Decreto 23.569/33, art. 34 Lei 4.076/62, art. 6º Resolução 218/73, art. 14 Decisão Normativa 59/97

Normas de Fiscalização do CREA da região onde se desenvolve a atividade

Regularização de Poços Tubulares em Construção ou Concluídos

- Geólogo * - Engº de Minas * - Ou outro profissional que comprove ter cursado disciplinas de caráter formativo pertinente às atividades mencionadas, após análise da Câmara de Geologia e Engenharia de Minas * * É necessário o registro ou visto no CREA do Estado onde está sendo executada a obra.

Decreto 23.569/33, art. 34 Lei 4.076/62, art. 6º Resolução 218/73, art. 14 Lei 9.433/97 Resolução 15/2001 – CNRH Leis estaduais de gestão de Recursos Hídricos

Norma 02/2001 do CREA-RS

Manutenção de Poços Tubulares

- Geólogo * - Engº de Minas * - Ou outro profissional que comprove ter cursado disciplinas de caráter formativo pertinente às atividades mencionadas, após análise da Câmara de Geologia e Engenharia de Minas * * É necessário o registro ou visto no CREA do Estado onde está sendo executada o serviço.

Decreto 23.569/33, art. 34 Lei 4.076/62, art. 6º Resolução 218/73, art. 14 Decisão Normativa 59/97 Decreto 78.171/76 Lei 6.726/79 Lei 9.433/97 e Leis Estaduais

Instrução Normativa 01/92 do CREA-BA, exceto art. 4º INF 01/92 do CREA-RJ, exceto item 2.1 Portaria 14/77 Bsb/MS Portaria 36/90 MS Portaria 54/00 MS Portaria 1.628/84 MME

Execução de Recarga Natural e Artificial de Aqüíferos

- Geólogo * - Engº de Minas * - Ou outro profissional que comprove ter

Decreto 23.569/33, art. 34 Lei 4.076/62, art. 6º Resolução 218/73, art.

Instrução Normativa 01/92 do CREA-BA, exceto art. 4º INF 01/92 do CREA-RJ,

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cursado disciplinas de caráter formativo pertinente às atividades mencionadas, após análise da Câmara de Geologia e Engenharia de Minas * * É necessário o registro ou visto no CREA do Estado onde está sendo executada o serviço.

14 Decisão Normativa 59/97 Decreto 78.171/76 Lei 6.726/79 Lei 9.433/97 e Leis Estaduais

exceto item 2.1 Portaria 14/77 Bsb/MS Portaria 36/90 MS Portaria 54/00 MS Portaria 1.628/84 MME

Execução de Rebaixamento de Lençol Freático

- Geólogo * - Engº de Minas * - Ou outro profissional que comprove ter cursado disciplinas de caráter formativo pertinente às atividades mencionadas, após análise da Câmara de Geologia e Engenharia de Minas * * É necessário o registro ou visto no CREA do Estado onde está sendo executada o serviço.

Decreto 23.569/33, art. 34 Lei 4.076/62, art. 6º Resolução 218/73, art. 14 Decisão Normativa 59/97 Decreto 78.171/76 Lei 6.726/79 Lei 9.433/97 e Leis Estaduais

Instrução Normativa 01/92 do CREA-BA, exceto art. 4º INF 01/92 do CREA-RJ, exceto item 2.1 Portaria 14/77 Bsb/MS Portaria 36/90 MS Portaria 54/00 MS Portaria 1.628/84 MME

ONDE FISCALIZAR O QUE FISCALIZAR PROCEDIMENTOS

- Empresas que exerçam atividades de captação de água subterrânea

- Órgãos públicos com atividades atinentes aos recursos hídricos

- Instituições financeiras que tem programas de financiamento para construção de poços tubulares

- Prefeituras municipais

- Presença de responsável técnico habilitado

- Existência de ART das obras/serviços executados ou em execução

- Registro da empresa no CREA

- Elaboração de cadastro de empresas que atuam no ramo de água subterrânea no Estado

- Preenchimento de relatório de fiscalização que identifique claramente a atividade da empresa

- Emissão de Auto de Infração nos casos em que não houver o cumprimento dos dispositivos legais

3.- ÁGUA MINERAL

ATIVIDADES HABILITAÇÃO PROFISSIONAL

LEGISLAÇÃO NORMAS ORIENTATIVAS

Projeto de Captação - Geólogo * - Engº de Minas * * Não há necessidade de visto no CREA do Estado onde será executado o poço.

Decreto 23.569/33, art. 34 Resolução 218/73, art. 14 Lei 4.076/62, art. 6º Decisão Normativa 59/97 Decreto 24.643/34 Decreto 7.841/45 Decreto 79.367/77

Portaria 117/72 MME Portaria 1.003/76 MME Portaria 805/78 MME/MS

Execução do projeto de captação

- Geólogo * - Engº de Minas *

Decreto 23.569/33, art. 34

Portaria 14/77 Bsb/MS Portaria 36/90 MS

14

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COORDENAÇÃO NACIONAL DAS CÂMARAS ESPECIALIZADAS DE GEOLOGIA E ENGENHARIA DE MINAS - CNCEGM

* É necessário o registro ou visto no CREA do Estado onde está sendo executado o poço.

Resolução 218/73, art. 14 Lei 4.076/62, art. 6º Decisão Normativa 59/97 Decreto 78.171/76 Lei 6.726/79 Lei 5.194/66

Portaria 54/00 MS Portaria 1.628/84 MME

Pesquisa e elaboração do relatório

- Geólogo * - Engº de Minas * * É necessário o registro ou visto no CREA do Estado onde está sendo executado o poço.

Decreto 23.569/33, art. 34 Resolução 218/73, art. 14 Lei 4.076/62, art. 6º Decisão Normativa 59/97 Decreto 78.171/76 Lei 6.726/79 Lei 5.194/66

Portaria 03/94 MME Portaria 159/96 MME Portaria 231/98 MME Portaria 136/01 DNPM

Estudo para determinação da área de proteção.

- Geólogo * - Engº de Minas * * É necessário o registro ou visto no CREA do Estado onde está sendo executado o poço.

Decreto 23.569/33, art. 34 Resolução 218/73, art. 14 Lei 4.076/62, art. 6º Decisão Normativa 59/97 Decreto 78.171/76 Lei 6.726/79 Lei 5.194/66

Portaria 135/01 DNPM Portaria 63/01 DNPM Portaria 257/00 DNPM Portaria 158/99 DNPM

Plano de Aproveitamento Econômico – PAE

- Engº de Minas * * É necessário o registro ou visto no CREA do Estado onde será executada a lavra.

Decreto 23.569/33, art. 34 Resolução 218/73, art. 14 Decisão Normativa 14/84 Decreto 78.171/76 Lei 6.726/79 Lei 5.194/66

Portaria 157/99 DNPM Portaria 52/99 DNPM Portaria 222/97 DNPM Portaria 470/99 DNPM

Elaboração do estudo de impacto ambiental.

- Geólogo * - Engº de Minas * * É necessário o registro ou visto no CREA do Estado onde está sendo executado o poço.

Decreto 23.569/33, art. 34 Resolução 218/73, art. 14 Lei 4.076/62, art. 6º Decreto 78.171/76 Lei 6.726/79 Lei 5.194/66

Resolução RDC54/00 MS Resolução 20/86 CONAMA IN 07/00 DNPM IN 06/00 DNPM

Obtenção da outorga: DNPM e órgão estadual

- Geólogo * - Engº de Minas * * É necessário o registro ou visto no CREA do Estado onde está sendo executado o poço.

Decreto 23.569/33, art. 34 Resolução 218/73, art. 14 Lei 4.076/62, art. 6º Decreto 78.171/76 Lei 6.726/79 Lei 5.194/66

Ato 56/96 do CREA-BA

15

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ONDE FISCALIZAR O QUE FISCALIZAR PROCEDIMENTOS - Empresas produtoras e

engarragadoras de água mineral.

- Órgãos públicos com atividades atinentes a recursos hídricos.

- Existência de responsável técnico habilitado

- Existência de ART pela atividade.

- Registro da empresa no CREA

- Elaboração de cadastro de empresas que se dediquem a explotação de água mineral.

- Preenchimento de relatório de fiscalização que identifique claramente a atividade da empresa

- Emissão de Auto de Infração nos casos em que não houver o cumprimento dos dispositivos legais

- Pesquisa no Diário Oficial da União (publicação de alvarás)

- Pesquisa no DNPM através do convênio CONFEA-DNPM

4.- PESQUISA, LAVRA E BENEFICIAMENTO DE BENS MINERAIS

ATIVIDADES HABILITAÇÃO PROFISSIONAL

LEGISLAÇÃO NORMAS ORIENTATIVAS

Plano de Pesquisa Mineral

- Geólogo * - Engº de Minas * * Não há necessidade de visto no CREA do Estado onde será executada a pesquisa

Decreto 23.569/33, art. 34 Lei 4.076/62, art. 6º Resolução 218/73, art. 14 Decisão Normativa 14/84 Decreto Lei 227/67 Lei 9.314/96

Ato 62/97 do CREA-BA Ato 133/98 do CREA-SE Ato 70/95 do CREA-SP Norma 01/2001 do CREA-RS

Execução de Pesquisa Mineral e Relatório de Final de Pesquisa

- Geólogo * - Engº de Minas * * É necessário o registro ou visto no CREA do Estado onde está sendo executada a pesquisa.

Decreto 23.569/33, art. 34 Lei 4.076/62, art. 6º Resolução 218/73, art. 14 Decisão Normativa 14/84 Decreto Lei 227/67 Lei 9.314/96

Ato 03/84 do CREA-GO Ato 133/98 do CREA-SE Ato 62/97 do CREA-BA Ato 70/95 do CREA-SP Norma 01/2001 do CREA-RS

Plano de Aproveitamento Econômico – PAE

- Engº de Minas * * É necessário o registro ou visto no CREA do Estado onde será executada a lavra.

Decreto 23.569/33, art. 34 Resolução 218/73, art. 14 Decisão Normativa 14/84 Decreto Lei 227/67 Lei 9.314/96

Ato 91/84 do CREA-SE Ato 62/97 do CREA-BA Ato 70/95 do CREA-SP Norma 01/2001 do CREA-RS

Execução de lavra mineral e Relatório Anual de Lavra – RAL

- Engº de Minas * * É necessário o registro ou visto no CREA do Estado onde é executada a lavra.

Decreto 23.569/33, art. 34 Resolução 218/73, art. 14 Decisão Normativa 14/84 Decreto Lei 227/67 Lei 9.314/96

Ato 91/84 do CREA-SE Ato 62/97 do CREA-BA Ato 70/95 do CREA-SP Norma 01/2001 do CREA-RS

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Lavra de bens minerais para fins de obras viárias.

- Engº de Minas * * É necessário o registro ou visto no CREA do Estado onde é executada a lavra.

Decreto 23.569/33, art. 34 Resolução 218/73, art. 14 Decisão Normativa 14/84 Decreto Lei 227/67 Lei 9.314/96

Ato 91/84 do CREA-SE Ato 62/97 do CREA-BA Ato 70/95 do CREA-SP Norma 01/2001 do CREA-RS

Beneficiamento mineral - Engº de Minas * - Engº Metalurgista * * É necessário o registro ou visto no CREA do Estado onde é executado o beneficiamento.

Decreto 23.569/33, art. 34 Resolução 218/73, art. 14 Resolução 218/73, art. 13 Decreto Lei 227/67 Lei 9.314/96

Norma 01/2001 do CREA-RS

ONDE FISCALIZAR O QUE FISCALIZAR PROCEDIMENTOS

- Empresas extratoras de bens minerais

- Empresas prestadoras de serviços em mineração

- Empresas de construção civil que possuem extração mineral.

- Órgãos públicos que promovam extração de bens minerais mediante o Registro de Extração.

- Existência de responsável técnico habilitado

- Existência de ART pela atividade.

- Registro da empresa no CREA - Cadastro do órgão público no CREA.

- Elaboração de cadastro de empresas que se dediquem a extração de bens minerais no Estado.

- Preenchimento de relatório de fiscalização que identifique claramente a atividade da empresa

- Emissão de Auto de Infração nos casos em que não houver o cumprimento dos dispositivos legais

- Pesquisa no Diário Oficial da União (publicação de alvarás)

- Pesquisa no DNPM através do convênio CONFEA-DNPM

5.- SONDAGENS

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ATIVIDADES HABILITAÇÃO PROFISSIONAL

LEGISLAÇÃO NORMAS ORIENTATIVAS

Sondagem geológica - Geólogo * - Engº de Minas * * É necessário o registro ou visto no CREA do Estado onde é executada a sondagem.

Decreto 23.569/33, art. 34 Lei 4.076/62, art. 6º Resolução 218/73, art. 14

Norma 01/2001 do CREA-RS

Sondagem geotécnica (fundações, barragens, estradas, túneis, etc)

- Geólogo * - Engº de Minas * - Engº Civil* * É necessário o registro ou visto no CREA do Estado onde é executada a sondagem.

Decreto 23.569/33, art. 34 Lei 4.076/62, art. 6º Resolução 218/73, art. 14 NBR 6407 – Levantamento Geotécnico NBR 8044 - Projeto Geotécnico

Norma 01/2001 do CREA-RS Instrução 2129/91 do CREA-SP

Sondagem para aterros -- Geólogo * Decreto 23.569/33, art. Norma 01/2001 do

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sanitários e postos de combustíveis

- Engº de Minas * * É necessário o registro ou visto no CREA do Estado onde é executada a sondagem.

34 Lei 4.076/62, art. 6º Resolução 218/73, art. 14 CONAMA nº 273.

CREA-RS

Investigação geológica de superfície e/ou Investigação geológica de subsuperfície

- Geólogo * - Engº de Minas * * É necessário o registro ou visto no CREA do Estado onde é executada a investigação geológica.

Decreto 23.569/33, art. 34 Lei 4.076/62, art. 6º Resolução 218/73, art. 14

Norma 01/2001 do CREA-RS

Estudos de engenharia do solo Estudos de engenharia de rocha Desenvolvimento do projeto geotécnico

- Geólogo * - Engº de Minas * - Engº Civil * * É necessário o registro ou visto no CREA do Estado onde são realizados os estudos.

Decreto 23.569/33, arts. 28 e 34 Lei 4.076/62, art. 6º Resolução 218/73, arts. 7º e 14

Norma 01/2001 do CREA-RS Instrução 2129/91 do CREA-SP

ONDE FISCALIZAR O QUE FISCALIZAR PROCEDIMENTOS

- Empresas prestadoras de serviços de sondagem

- Existência de responsável técnico habilitado

- Existência de ART pela sondagem

- Registro da empresa no CREA

- Elaboração de cadastro de empresas que se dediquem a sondagens no Estado.

- Preenchimento de relatório de fiscalização que identifique claramente a atividade da empresa

- Emissão de Auto de Infração nos casos em que não houver o cumprimento dos dispositivos legais

- Pesquisa em cadastros de prefeituras municipais

- Pesquisa no Departamento de Estradas de Rodagem

- Pesquisa em editais de licitação para obras civis

6.- EMPREGO DE EXPLOSIVOS

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ATIVIDADES HABILITAÇÃO PROFISSIONAL

LEGISLAÇÃO NORMAS ORIENTATIVAS

Plano de Fogo - Engº de Minas * - Geólogo com pós-

graduação anotado em carteira *

* É necessário o registro ou visto no CREA do Estado onde será executado o desmonte de rochas com uso de explosivos.

Decreto 23.569/33, art. 34 Resolução 218/73, art. 14 Resolução 218/73, art. 25 Dec. 3.665/00 Dec. 2.025/83 Dec. 88.113/83 que Alterou o Decreto Nº 55.649/65

Norma 01/2001 do CREA-RS Regulamento nº R-105/83 Mex

Execução de desmonte de rochas com uso de

- Engº de Minas * - Geólogo com pós-

Decreto 23.569/33, art. 34

Norma 01/2001 do CREA-RS

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explosivos graduação anotado

em carteira * * É necessário o registro ou visto no CREA do Estado onde será executado o desmonte de rochas com uso de explosivos.

Resolução 218/73, art. 14 Resolução 218/73, art. 25 Dec. 3.665/00 Dec. 2.025/83 Dec. 88.113/83 que Alterou o Decreto Nº 55.649/65

Regulamento nº R-105/83 Mex

Sísmica - Geólogo * - Engº de Minas * * É necessário o registro ou visto no CREA do Estado onde está sendo executada a sísmica.

Decreto 23.569/33, art. 34 Lei 4.076/62, art. 6º Resolução 218/73, art. 14

Norma 01/2001 do CREA-RS

ONDE FISCALIZAR O QUE FISCALIZAR PROCEDIMENTOS

- Empresas prestadoras de serviços de detonação

- Existência de responsável técnico habilitado

- Existência de ART pela detonação

- Registro da empresa no CREA

- Elaboração de cadastro de empresas que se dediquem a prestação de serviços de detonação no Estado.

- Preenchimento de relatório de fiscalização que identifique claramente a atividade da empresa

- Emissão de Notificação / Auto de Infração nos casos em que não houver o cumprimento dos dispositivos legais

- Pesquisa no SFPC – Exército. 7.- LAUDO GEOLÓGICO

ATIVIDADES HABILITAÇÃO PROFISSIONAL

LEGISLAÇÃO NORMAS ORIENTATIVAS

Laudo Geológico em parcelamento do solo urbano (Loteamentos) e atividades correlatas.

- Geólogo * - Engº de Minas * * É necessário o registro ou visto no CREA do Estado onde será efetuado o Laudo.

Decreto 23.569/33, art. 34 Lei 4.076/62, art. 6º Resolução 218/73, art. 14 Decisão Normativa 47/92

Ato 031/91 e Instrução Normativa 003/93 do CREA/BA Norma 01/2001 do CREA-RS

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ONDE FISCALIZAR O QUE FISCALIZAR PROCEDIMENTOS Empresas construtoras / incorporadoras responsáveis pela execução do loteamento, Cartórios de imóveis, Prefeituras

- A existência de Laudo Geológico em projetos de parcelamento do solo urbano (loteamentos) e atividades correlatas;

- ART referente ao Laudo Geológico elaborado;

- Participação de profissional legalmente habilitado;

- Registro no CREA da empresa executora

- Adotar os procedimentos previstos no ATO 031/91 do CREA/BA e Norma 01/2001 do CREA-RS;

- Na ausência de Laudo Geológico comunicar ao Poder Municipal e cartórios sobre a impossibilidade de registro do Loteamento por descumprimento do disposto na Lei 6.766/79;

- Orientar os profissionais para elaborar o Laudo Geológico

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conforme Instrução Normativa 003/93 do CREA/BA

- Emitir relatório de fiscalização e/ou auto de infração quando verificar o descumprimento dos dispositivos legais

8.- ATIVIDADES TÉCNICAS RELACIONADAS AO MEIO AMBIENTE

ATIVIDADES HABILITAÇÃO PROFISSIONAL

LEGISLAÇÃO NORMAS ORIENTATIVAS

Aspectos geológicos do meio físico nos Estudos de Impacto Ambiental (EIA/RIMA, RCA – Relatório de Impacto Ambiental, PCA – Plano de Controle Ambiental, PRAD – Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, etc)

- Geólogo * - Engº de Minas * * É necessário o registro ou visto no CREA do Estado onde serão efetuados os serviços.

Decreto 23.569/33, art. 34 Lei 4.076/62, art. 6º Resolução 218/73, art. 14

Norma 01/2001 do CREA-RS

ONDE FISCALIZAR O QUE FISCALIZAR PROCEDIMENTOS

- Empresas prestadoras de serviços na área ambiental

- Órgão ambiental estadual e municipal

- IBAMA

- Existência de responsável técnico habilitado

- Existência de ART pelo diagnóstico do meio físico

- Registro da empresa no CREA

- Elaboração de cadastro de empresas que se dediquem a prestação de serviços na área ambiental no Estado.

- Emissão de notificação / auto de infração nos casos em que não houver o cumprimento dos dispositivos legais

- Consultas a instituições financiadoras de projetos ambientais

11.- ONDE EXIGIR A ART

As atividades técnicas na área da Geologia e Engenharia de Minas que necessitam o registro da competente ART são: I Requerimento de pesquisa, planos de trabalho e resultados de pesquisa mineral; II Requerimento de concessão de lavra, planos de aproveitamento econômico de -

jazidas e relatórios de lavra; III Pedidos de registro de licenciamento; IV Levantamentos Geológicos, incluindo serviços de fotointerpretação,

mapeamento, estudos e análises petrográfica, mineralógica, geocronológicas, geoestatística, estrutural, paleontológica, palinológica, geomorfológica e pedológica;

V Levantamentos geofísicos, fluviais, marítimos, terrestres, aéreos, subterrâneos e perfilagens diversas;

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VI Levantamentos geoquímicos de sedimentos de corrente, solo, rocha e água;

Análises hidrogeoquímicas; VII Levantamentos hidrogeológicos, incluindo: projeto, locação e execução de

poços, testes de vazão e atividades afins; manutenção e limpeza de poços tubulares profundos ou obras de captação subterrânea;

VIII Levantamentos geotécnicos, incluindo estudos de geologia aplicados: à arquitetura e urbanismo, à engenharia civil e de minas, na execução de projetos e obras como túneis, galerias, estradas de rodagem, loteamentos, ferrovias, aeroportos, portos, rios, canais, barragens, fundações, estabilidade de encostas e taludes;

IX Sondagem para captação de água subterrânea; sondagens à percussão e rotativa a diamante com recuperação de testemunhos para pesquisa mineral, bem como estudos dos perfis amostrados;

X Geologia ambiental; XI Estudos e projetos de economia mineral; XII Prospecção e pesquisa mineral; XIII Avaliação de jazidas minerais; XIV Exploração e desenvolvimento de mina de qualquer substância mineral ou fóssil; XV Desmonte de rochas com a utilização ou não de explosivos; abertura de galerias

e vias subterrâneas e serviços afins; XVI Beneficiamento e tecnologia mineral; XVII Estudos ambientais; XVIII Vistorias e perícias em matérias que envolvam as atividades acima referidas.

12.- PADRONIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS 1.- REGISTRO DE PESSOAS JURÍDICAS QUE SE DEDICAM À EXTRAÇÃO DE BENS

MINERAIS:

- Exigir o registro da empresa no CREA onde estiver localizada a(s) área(s) de extração;

- Sugerir que a Câmara Especializada de Geologia e Engenharia de Minas estabeleça critérios para a carga horária mínima que o responsável técnico deve dedicar-se à empresa, exigindo a especificação da mesma no contrato empresa-profissional;

- Tratar a pequena empresa extratora de bens minerais de forma diferenciada, sugerindo o devido acompanhamento técnico em forma de associação e/ou dispensa de registro mediante cadastramento.

2.- CADASTRO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS QUE PROMOVAM EXTRAÇÃO DE BENS

MINERAIS MEDIANTE O REGISTRO DE EXTRAÇÃO:

- Conforme prevê a Lei Federal 9.827/99, regulamentada pelo Decreto 3.358 de 2 de fevereiro de 2000, o poder público através da administração direta e autárquica da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios fica autorizado a efetuar a extração de substâncias minerais de emprego imediato

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na construção civil, para uso exclusivo em obras públicas por eles executadas diretamente, respeitados os direitos minerários em vigor nas áreas onde devam ser executadas as obras e vedada a comercialização.

- Qualquer órgão público que vier executar serviços de extração mineral,

mediante o Registro de Extração, deverá promover seu cadastro no CREA, anotando profissional habilitado como responsável técnico.

- Para efetuar o Cadastro, o órgão público deverá protocolar no CREA-RS as

seguintes informações/documentos:

1.- Dados cadastrais: - Qualificação do requerente; - CNPJ; - Endereço da mina e respectivo bem mineral explorado; - Estimada de produção mensal; - Cronograma de uso do bem mineral; 2.- Indicação do responsável técnico (Engº de Minas ou Geólogo,

dependendo do porte da extração), anexando prova do ato de nomeação;

3.- Anotação de Responsabilidade Técnica - ART de cargo e função do responsável técnico.

- O Cadastro deverá ser atualizado sempre que houver alteração qualitativa

e/ou quantitativa na extração mineral. 3.- ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA – ART:

- Exigir a ART dos serviços listados no item 11 deste Manual; - A prorrogação, o aditamento, a modificação de objetivo ou qualquer outra

alteração contratual deverá gerar a obrigatoriedade de ART complementar, vinculada à ART original;

- O erro ou falta de preenchimento de qualquer campo ou formulário da ART, deverá gerar a obrigatoriedade de substituição da referida ART, no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de ser considerada nula;

- Quando o contrato englobar atividades diversas no campo da Geologia e/ou Engenharia de Minas, e no caso de co-autoria ou co-responsabilidade, a ART deverá ser desdobrada, através de tantos formulários quantos forem os profissionais envolvidos na obra ou serviço;

- A substituição, a qualquer tempo, de um ou mais responsáveis técnicos pelas obras ou serviços previstos no contrato, obrigará à nova ART vinculada à ART original;

- A ART deve ser recolhida no início da obra ou serviço; - A falta de ART sujeitará o profissional ou a empresa contratada à multa

prevista na alínea "a" do artigo 73 da Lei nº 5.194/66.. 4.- CAPTAÇÃO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA:

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- Exigir o registro da empresa no CREA que se dedica às atividades de

planejamento, pesquisa, locação, perfuração, limpeza e manutenção de poços tubulares para captação de água subterrânea;

- Quando as diferentes etapas (projeto, locação, execução e teste de bombeamento) forem executadas por diferentes profissionais, exigir uma ART para cada atividade. Se o mesmo profissional executar todas as etapas, apenas uma ART deve ser exigida;

- Estabelecer critérios para a carga horária mínima que o responsável técnico deve dedicar-se à empresa, exigindo-a no contrato empresa-profissional;

- Promover fiscalização nos órgãos públicos que executem perfuração de poços tubulares, exigindo a presença de profissional habilitado à frente dos serviços, bem como o registro da ART.

- Promover campanhas de conscientização da população para a contratação de empresas habilitadas para a execução destes serviços, visto que o poço tubular é uma obra de engenharia e como tal deve possuir profissionais habilitados à frente dos serviços.

5.- LAUDO GEOLÓGICO:

- O Laudo Geológico é o instrumento técnico hábil para a identificação das condições geológicas de uma determinada área para uma determinada obra;

- Os CREAs devem fiscalizar as prefeituras municipais, órgãos ambientais e entidades ligadas a fiscalização e licenciamento de obras, visando averiguar se está sendo exigido, nos casos cabíveis, a apresentação do Laudo Geológico;

- Promover campanhas de conscientização da importância da avaliação geológica preliminar à implantação de empreendimentos civis (loteamentos, postos de combustíveis, etc)

6.- FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL:

- Em face da obrigação que os profissionais têm de prestarem serviços com qualidade, respeitando o Código de Defesa do Consumidor, bem como o Código de Ética Profissional, e considerando que a jurisprudência dos tribunais reconhece nos CREAs, em defesa do interesse da sociedade, o poder de quantificar e verificar o bom atendimento dos serviços contratados, torna-se necessário a criação de mecanismos para quantificação de serviços técnicos realizados simultaneamente por um mesmo profissional, visando apurar se está ocorrendo acobertamento profissional;

- Sempre que a Câmara constatar que um profissional está com uma carga horária mensal de serviços técnicos elevada, deverá convidá-lo para prestar esclarecimentos. Se não houver o convencimento, o profissional poderá responder processo ético.

- O profissional terá sempre o amplo direito à defesa, devendo comprovar suas alegações.

13.- PROPOSTA PARA UNIFORMIZAÇÃO DE ATOS E/OU NORMAS

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1.- EMPRESAS EXTRATORAS DE BENS MINERAIS DE PEQUENO PORTE: 1.1 – REGISTRO COLETIVO ATRAVÉS DE ASSOCIAÇÕES:

- CONSIDERANDO as determinações dos artigos 59 e 60 da Lei 5.194/66, regulamentadas pela Resolução no 336/89, do CONFEA, que dispõe sobre o registro de pessoas jurídicas nos CREAs; - CONSIDERANDO as determinações do artigo 6o da Lei 5.194/66, regulamentada pela Resolução no 218/73 do CONFEA, que disciplina as atividades das diferentes modalidades profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia; - CONSIDERANDO as determinações dos artigos 1o, 2o e 3o da Lei 6.496/77, regulamentadas pela Resolução no 307/86 do CONFEA, que dispõe sobre Anotação de Responsabilidade Técnica - ART; - CONSIDERANDO os termos da Lei Federal no 6.839 de 30 de outubro de 1980 que dispõe sobre o registro de empresas nas entidades fiscalizadoras do exercício das profissões; - CONSIDERANDO que o registro nos CREAs das empresas de mineração é obrigatório face do que dispõe a Lei no 5.194, e em consonância com o Acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal no Recurso Extraordinário no 94.024 (DJ de 21.05.82); - CONSIDERANDO a necessidade de se promover, sempre, o aproveitamento mais racional possível de bens minerais, observados os aspectos ligados ao equilíbrio do meio ambiente da região afetada; RESOLVE: As pessoas jurídicas que promovam a extração de bens minerais e que se enquadrarem cumulativamente nos requisitos listados abaixo poderão requerer seu registro de forma coletiva através de uma associação: I - não ser ligada ou pertencer a grupo empresarial ou outra empresa; II – possuir produção anual não superior ao porte 2, conforme tabela abaixo:

Substância Mineral Porte 1 Porte 2 Areia/Cascalho 12.000 m3 Até 60.000 m3

Saibro ou argila para aterros 5.000 m3 Até 20.000 m3 Brita -- Até 20.000 m3 Argila cerâmica 1.000 m3 Até 10.000 m3 Calcário Dolomítico/Calcítico 5.000 t Até 30.000 t Rochas p/ revestimento (industrial) 600 m3 Até 3.000 m3 Basalto (lages/paralep/etc) 3.000 m2 Até 10.000 m2 Granito (Parel/Moirões/Pedra alic. Etc) 600 m3 Até 1.000 m3 Arenito/Ardósia (lages/pedra alic./etc) 3.000 m2 Até 10.000 m2 Feldspatos 2.000 t Até 6.000 t *Subst. Explor. Regime garimpagem 500 m3 Até 3.000 m3

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Primeiramente a associação deverá protocolar no CREA os seguintes documentos referentes a cada pessoa jurídica que pretenda se associar:

I - produção anual aproximada do minério, em toneladas ou m3, bem como o bem mineral explotado. No caso de argila, informar a produção anual de peças cerâmicas (tijolos, telhas, blocos, lajotas, manilhas, pisos, etc). Este documento deve ser assinado pelo responsável legal da pessoa jurídica;

II - documento informando o faturamento bruto anual da empresa. Esta informação deve ser assinada por contador devidamente habilitado; III - fotografia do local da extração; IV - cópia do licenciamento da(s) área(s) de extração mineral, fornecido pelo DNPM. Caso não possua, declarar; V - cópia da(s) licença(s) ambiental(is) de cada área de extração mineral, fornecida pelo órgão ambiental estadual. Caso não possua, declarar; VI - contrato Social atualizado; VII – informar se o(s) proprietário(s) ou sócios cotistas, de cada pessoa jurídica, possuem participação em outros empreendimentos do setor mineral. Anexar cópia do(s) Contrato(s) Social(is). A associação deverá apresentar, junto com a documentação listada no artigo anterior, um mapa de localização das minas que a compõem, em escala adequada a distribuição geográfica das mesmas, elaborado por profissional habilitado. Caso a Câmara verifique a ausência de algum dos documentos listados acima, a solicitação será indeferida e o processo arquivado. Estando a documentação completa, a Câmara procederá sua análise e decidirá a cerca do número mínimo de horas técnicas por mês que a associação necessita para registro no CREA Caso alguma pessoa jurídica não se enquadre nos requisitos previstos no início desta normativa, a mesma deverá providenciar seu registro de forma individual. A partir do recebimento da comunicação, a associação terá 30 dias para providenciar seu registro no CREA, apresentando profissional(is) cujo(s) contrato(s) preencha(m) o número de horas técnicas mensais estabelecido pela Câmara. O número de horas técnicas mensais terá igual proporção para serviços de lavra mineral e controle e monitoramento ambiental. Para fins de registro no CREA, a associação deverá protocolar: I – requerimento para registro de pessoa jurídica preenchido; II – estatuto social da associação registrado em cartório; III – cartão CNPJ da associação;

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IV – listagem oficial das pessoas jurídicas associadas contendo: Razão Social, CNPJ e município onde está localizada a mina V – Contrato de Prestação de Serviços que deverá conter: a) remuneração mensal (em moeda corrente nacional); b) carga horária mensal e c) atividade fruto do contrato. VI – ART de cargo e função de cada responsável técnico Sendo o registro deferido, as pessoas jurídicas que compõem a associação estarão dispensadas do registro individual no CREA. O ingresso de novas pessoas jurídicas na associação deverá ser pleiteado mediante a apresentação dos documentos listados anteriormente O deferimento do ingresso de novas pessoas jurídicas na associação estará condicionado a: I – verificação dos requisitos elencados no início desta normativa; II – alteração do contrato de prestação de serviços com adequação do número de horas técnicas. Quando uma pessoa jurídica associada não cumprir as determinações técnicas do(s) responsável(is) técnico(s) da associação, o fato deverá ser comunicado por escrito à Câmara pela Diretoria da associação ou pelo(s) profissional(is) que dará baixa de sua responsabilidade técnica perante aquela pessoa jurídica. A pessoa jurídica desligada da responsabilidade técnica será autuada por exercício ilegal e o CREA promoverá representação no Ministério Público solicitando o seu imediato fechamento por não cumprir as normas técnicas aplicáveis à mineração.

1.2 – CADASTRO (DISPENSA DE REGISTRO):

- CONSIDERANDO os termos dos artigos 170 e 179 da Constituição Federal relativos ao tratamento diferenciado às pequenas empresas nacionais, sendo assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, e ao tratamento jurídico diferenciado às empresas de pequeno porte, visando incentiva-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, dentre outras;

- CONSIDERANDO as determinações dos artigos 59 e 60 da Lei 5.194/66, regulamentadas pela Resolução no 336/89 do CONFEA, que dispõe sobre o registro de pessoas jurídicas nos CREAs;

- CONSIDERANDO os termos da mesma Resolução 336/89 do CONFEA que delega competência aos Conselhos Regionais para fixar casos de dispensa de registro através de atos próprios;

- CONSIDERANDO as determinações dos artigos 1o, 2o e 3o da Lei 6.496/77, regulamentadas pela Resolução no 425/98 do CONFEA, que dispõe sobre a Anotação de Responsabilidade Técnica – ART;

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- CONSIDERANDO as determinações da Decisão Normativa 014/84 do CONFEA, que

dispõe sobre o registro de empresa de mineração, bem como sua Anotação de Responsabilidade Técnica;

- CONSIDERANDO que a mineração em pequena escala é uma realidade e desempenha papel de fundamental importância na economia brasileira;

- CONSIDERANDO que o surgimento e a sobrevivência das empresas de mineração de pequeno porte devem ser acompanhados e assistidos pelo CREA-RS de maneira a estimular sem inviabilizar;

- CONSIDERANDO que a realização de explotação mineral é considerada atividade exclusiva de engenharia e, portanto, sujeita ao registro no CREA-RS da empresa constituída que a exerça e, consequentemente, requer a anotação de um profissional engenheiro de minas como Responsável Técnico por suas atividades,

RESOLVE A CEGM dispensará do registro a pessoa jurídica que se enquadrar nos critérios de Pequena Empresa Extratora Mineral, conforme o estabelecido no Anexo I desta Norma A isenção do registro somente será efetuada mediante solicitação da empresa. Caberá a CEGM alterar, sempre que julgar oportuno, os critérios estabelecidos no Anexo I. A pessoa jurídica dispensada de registro por enquadrar-se no disposto desta Norma fica obrigada a cadastrar-se no CREA.. A Pequena Empresa Extratora Mineral permanece sujeita à fiscalização do CREA, podendo, a qualquer tempo, ser exigido seu registro caso haja o desenquadramento nas condições estabelecidas na Norma, seja por alteração das características operacionais e econômicas da empresa seja por modificações das condições estabelecidas no Anexo I. Para o requerimento e manutenção do cadastro, a empresa cadastrada deverá comprovar a condição de enquadramento nos critérios estabelecidos nesta Norma apresentando no ato de seu cadastramento e posteriormente, até o último dia do mês de março de cada ano, um relatório conforme modelo estabelecido pela CEGM, assinado pelo profissional responsável pela assistência técnica e pelo proprietário ou seu representante legal. O profissional que fornecer assistência técnica à empresa cadastrada de acordo com esta Norma fica obrigado a recolher uma ART, com validade máxima de um ano, que identifique sua responsabilidade técnica pelo acompanhamento da empresa. O modelo de ART a ser apresentado será estabelecido pela CEGM. A Câmara reserva-se o direito de exigir documentos adicionais que se façam necessários para a verificação do enquadramento da empresa. ANEXO I Condições para o enquadramento como Pequena Empresa Extratora Mineral: I. Tenha alguma forma de assistência técnica efetuada por profissional da modalidade Geologia e Minas com carga horária mínima de 8 h/mês para o porte 1 e 20 h/mês para o porte 2;

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II. Proceda a operação de lavra exclusivamente a céu aberto e sem o emprego de explosivos. III. Não opere unidade industrial de beneficiamento mineral, inclusive instalações de cominuição. IV. Efetue explotação mineral exclusivamente das seguintes substâncias minerais: areia, cascalho e saibro quando utilizadas na construção civil, rochas e outras substâncias minerais quando utilizadas 'in natura" como lajotas, paralelepípedos, moirões e afins; argilas usadas no fabrico de cerâmica estrutural ( telhas, tijolos, lajotas, etc.). V. A soma das potências de equipamentos móveis ou estacionários, empregados nas operações de desmonte, carregamento, drenagem e instalações auxiliares da lavra, não ultrapasse 250 kW. VI. Opere em locais não sujeitos a instabilidade, mantendo taludes máximos de 06 (seis) metros de altura. VII. Tenha produção anual não superior ao limite máximo estabelecido para o porte 2

Substância Mineral Porte 1 Porte 2 Areia/Cascalho 12.000 m3 Até 60.000 m3

Saibro ou argila para aterros 5.000 m3 Até 20.000 m3 Brita -- Até 20.000 m3 Argila cerâmica 1.000 m3 Até 10.000 m3 Calcário Dolomítico/Calcítico 5.000 t Até 30.000 t Rochas p/ revestimento (industrial) 600 m3 Até 3.000 m3 Basalto (lages/paralep/etc) 3.000 m2 Até 10.000 m2 Granito (Parel/Moirões/Pedra alic. Etc) 600 m3 Até 1.000 m3 Arenito/Ardósia (lages/pedra alic./etc) 3.000 m2 Até 10.000 m2 Feldspatos 2.000 t Até 6.000 t *Subst. Explor. Regime garimpagem 500 m3 Até 3.000 m3

VIII. Mantenha o contingente máximo de 20 (vinte) empregados entre efetivos e temporários. IX. Não participe societariamente de outros empreendimentos na área de extração mineral, prestação de serviços de engenharia ou geologia.

2.- ART NO SETOR MINERAL:

Considerando o disposto na Lei Federal nº 4.076 de 23 de junho de1962; Considerando o disposto na Lei Federal nº 5.194 de 24 de dezembro de1966; Considerando o disposto na Lei Federal nº 6.496 de 07 de dezembro de 1977; Considerando o disposto na Lei Federal nº 6839 de 30 de outubro de 1980; Considerando o disposto no decreto-lei nº 227 de 28 de fevereiro de 1967 (Código de Mineração) e as alterações adotadas pela lei 9.314, de 14 de novembro de 1996;

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Considerando o disposto na Decisão Normativa nº 014/84 do CONFEA; Considerando o disposto na Resolução 425/98 do CONFEA que, regulamenta a Lei 6.496/77; Considerando os termos do CONVÊNIO celebrado entre o CONFEA e o DNPM; Considerando a necessidade de orientar e disciplinar a fiscalização das atividades de pesquisa e lavra de substâncias minerais; Considerando a necessidade de prevenir e coibir o acobertamento profissional; Considerando que cabe ao CREA zelar pela defesa dos interesses da coletividade; R E S O L V E:

Toda atividade de pesquisa e lavra de substâncias minerais só poderá ter início após a efetivação da competente Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, nos termos da Resolução 425/98 do CONFEA. A responsabilidade técnica pelas atividades especificadas neste procedimento é de competência dos profissionais geólogos e/ou engenheiros de minas, conforme disposto na Decisão Normativa 014/84 do CONFEA. A ART referente a atividade de elaboração de plano de pesquisa mineral deverá ser efetivada até a data do protocolo do requerimento de autorização de pesquisa junto ao DNPM, devendo constar da mesma, o código “projeto”, resumo da atividade, área, local e substância mineral a ser pesquisada. A ART referente ao Plano de Pesquisa poderá ser efetivada no CREA de qualquer estado brasileiro. O titular de autorização de pesquisa mineral é obrigado a efetivar a ART pela execução dos trabalhos de pesquisa relativas ao respectivo alvará nos prazos estabelecidos pelo Inciso I, letra “a” e “b” do artigo 29 do Código de Mineração, instituído pelo Decreto-Lei nº 227, de 28 de fevereiro de 1.967. A ART deve ser recolhida no CREA local devendo constar da mesma, o código “execução”, resumo da atividade, área, local, substância mineral a ser pesquisada e o número do processo junto ao DNPM. Caso seja verificado o descumprimento do disposto acima o CREA informará ao DNPM os titulares de alvará de pesquisa em situação irregular para a adoção das medidas legais cabíveis em relação ao início das pesquisas. O CREA solicitará ao DNPM, periodicamente, a relação de comunicado de início de pesquisa para proceder fiscalização da efetivação da competente ART. Quando o projeto e execução de pesquisa mineral forem realizados pelo mesmo profissional geólogo ou engenheiro de minas, poderá ser registrada uma única ART referente ao plano e execução da pesquisa mineral. Nessa situação deve ser explicitado na ART que se trata de projeto e execução de pesquisa mineral.

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Quando o projeto e execução de pesquisa mineral forem realizados por profissionais distintos, deverá ser recolhida uma ART para cada atividade. Caso haja substituição do responsável técnico pela execução da pesquisa mineral, fica o titular do alvará obrigado a recolher nova ART, nos termos do § 2º do Art. 2º da Resolução 425/98 do CONFEA. O relatório final de pesquisa mineral, quando elaborado pelo mesmo profissional responsável pela pesquisa, está coberto pela ART de execução, cabendo novas ART apenas quanto se tratar de trabalho de vários profissionais, nos termos da Resolução 425/98 do CONFEA. A ART referente ao plano de aproveitamento econômico - PAE deverá ser efetivada até a data de protocolo do requerimento de concessão de lavra, por profissional engenheiro de minas, legalmente habilitado, responsável técnico pelos trabalhos, devendo constar da mesma, o código “projeto”, resumo da atividade (plano de aproveitamento econômico), área, local e substância mineral e o número do processo junto ao DNPM. A ART referente à execução de lavra, deverá ser recolhida antes do início das atividades de lavra por responsável técnico (engenheiro de minas) do titular da concessão de lavra, devendo constar da mesma, o código “execução”, resumo da atividade (execução de lavra), área, local, substância mineral, e número do processo junto ao DNPM. O relatório anual de lavra – RAL ficará coberto pela ART de execução de lavra quando o mesmo profissional realizar as duas atividades. Caso o RAL não seja elaborado pelo mesmo profissional responsável pela execução da lavra, uma nova ART deve ser recolhida para aquela atividade. Quaisquer outros trabalhos técnicos complementares, contratados a terceiros durante a execução da pesquisa ou lavra mineral ficam sujeitos à efetivação da competente ART. Em cada ART será verificada a regularidade do profissional e empresa junto ao CREA. Em caso de irregularidades, o interessado será notificado para regularizar sua situação nos termos da Resolução 207/72 do CONFEA. A permanência da irregularidade implicará na autuação do infrator. Quando a residência do responsável técnico pela execução da pesquisa e/ou lavra mineral for distante do local da atividade, a Câmara Especializada de Geologia e Engenharia de Minas analisará o caso mediante apresentação de justificativa pelo profissional sobre a forma e compatibilidade de acompanhamento dos trabalhos, nos termos da Decisão Normativa 008/83 do CONFEA. Todas as ARTs dos trabalhos técnicos referentes à pesquisa e lavra mineral serão efetivadas mediante o pagamento da taxa mínima, nos termos definidos na Decisão Normativa 014/84 do CONFEA . Para efeito do presente procedimento, ficam adotados os conceitos abaixo relacionados: I - Plano de Trabalhos de Pesquisa: instrumento indispensável à outorga da autorização de pesquisa, constituído de planta de situação, esboço dos estudos geológicos a serem executados, acompanhado do orçamento e cronograma previsto para a sua consecução.

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II - Pesquisa Mineral: execução dos trabalhos necessários à definição da jazida, sua avaliação e determinação da exeqüibilidade de seu aproveitamento econômico. III- Relatório de Pesquisa: instrumento apresentado ao DNPM quando da conclusão dos trabalhos de pesquisa mineral contendo dados informativos sobre a reserva mineral, a qualidade do minério ou substância mineral útil e exeqüibilidade da lavra. IV- Plano de Aproveitamento Econômico - PAE: instrumento Indispensável à outorga da lavra, compreendendo a descrição dos processos de mineração a serem adotados na lavra da jazida e das instalações de beneficiamento. V- Lavra: conjunto de operações coordenadas objetivando o aproveitamento industrial da jazida, a começar da extração das substâncias minerais úteis que contiver até o seu beneficiamento. VI - Relatório Anual de Lavra: relatório das atividades realizadas no ano anterior, compreendendo método de lavra, transporte e distribuição das substâncias minerais extraídas, modificações verificadas nas reservas, quadro mensal contendo, dentre outras, a produção verificada. VII - Outros Trabalhos: sondagens, levantamentos geofísicos, análise geoquímica, reavaliação de reserva de outro mineral, novo plano de lavra, perícias e outros afins.

3.- ÁGUA SUBTERRÂNEA – REGULARIZAÇÃO DE POÇOS TUBULARES

CONSIDERANDO os termos da Resolução nº 229/75 do CONFEA;

CONSIDERANDO as determinações dos artigos 1o, 2o e 3o da Lei 6.496/77, regulamentadas pela Resolução no 425/98 do CONFEA, que dispõe sobre Anotação de Responsabilidade Técnica - ART; CONSIDERANDO que a correta utilização da água subterrânea é fundamental, evitando assim qualquer degradação de suas propriedades físicas, químicas ou sanitárias, que possam ocasionar prejuízo à saúde, à segurança e ao bem-estar das populações, comprometendo o seu uso para fins agropecuários, industriais, comerciais e recreativos e causar danos à fauna e flora naturais; CONSIDERANDO que é fundamental que os poços tubulares sejam bem projetados e construídos, bem como recebam manutenção adequada para que não haja prejuízos quantitativos e qualitativos ao aqüífero e usuários,

RESOLVE: A construção de poços tubulares constitui-se em obra de engenharia, o que obriga a empresa executora dos serviços a seguir as normas técnicas aplicáveis e estar registrada no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA, com profissional habilitado em seu quadro técnico.

Constatado um poço tubular para captação de água subterrânea em construção, o Agente Fiscal deverá verificar se a empresa executante da obra está habilitada ao

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exercício da atividade, possuindo certidão de registro do CREA em vigor e ART do projeto e execução do poço tubular.

Nos casos em que a executante da obra não possuir registro no CREA, a mesma deverá ser imediatamente autuada por exercício ilegal, em face do artigo 6º, alínea “a” da Lei 5.194/66.

Nos casos em que a executante possui registro no CREA e não estiver recolhida a

Anotação de Responsabilidade Técnica, deverá ser imediatamente autuada por falta de ART, em face dos artigos 1º e 3º da Lei 6.496/77. Será concedido o prazo de 10 dias, após a notificação, para a executante da obra regularizar sua situação no CREA, se for o caso, e mesmo período para regularizar a obra.

Para a regularização de obra em andamento, a empresa deverá apresentar:

I – ART recolhida em atraso; II – projeto da obra; III – contrato da obra.

Findo o prazo e não havendo a regularização, a Câmara poderá, por intermédio do Departamento Jurídico, fazer uma representação no Ministério Público solicitando o imediato fechamento do poço tubular.

Constatado um poço tubular para captação de água subterrânea concluído, o Agente Fiscal deverá solicitar ao proprietário a apresentação da ART referente ao projeto e execução da obra.

Nos casos em que o proprietário não possuir a ART, o mesmo poderá apresentar documento comprobatório indicando a empresa executora dos serviços.

Consideram-se documentos comprobatórios o contrato, a nota fiscal da execução dos serviços, ou relatório técnico.

De posse do documento comprobatório, e nos casos em que a empresa executora possuía registro no CREA na época da realização do serviço, a Câmara concederá o prazo de 5 dias úteis para a mesma apresentar a ART referente ao projeto e execução da obra.

Findo o prazo e não havendo a apresentação da ART, a Câmara concederá o prazo de 15 dias para a regularização da obra mediante registro de ART recolhida em atraso.

Findo o prazo e não havendo a regularização da obra, a Câmara poderá, por intermédio do Departamento Jurídico, fazer uma representação no Ministério Público solicitando o imediato fechamento do poço tubular e comunicar ao órgão de outorga dos recursos hídricos.

Nos casos em que a empresa executora não possuía registro no CREA na época da realização do serviço, a Câmara determinará a autuação da mesma por exercício ilegal,

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em face do artigo 6º, alínea “a” da Lei 5.194/66 e concederá o prazo de 60 dias para a regularização da obra, mediante apresentação de:.

I – ART recolhida em atraso; II – perfil litológico e construtivo do poço, ensaio de vazão e análise físico-química da água; III – teste de bombeamento e parâmetros hidrodinâmicos do aqüífero.

Findo o prazo e não havendo a regularização da obra, a Câmara poderá, por intermédio do Departamento Jurídico, fazer uma representação no Ministério Público solicitando o imediato fechamento do poço tubular e comunicar ao órgão de outorga dos recursos hídricos.

Nos casos em que o proprietário não possuir a ART ou documento comprobatório previsto no parágrafo segundo do artigo 5º, será concedido o prazo de 60 dias para a regularização da obra, mediante a contratação de profissional habilitado que deverá apresentar:

I – ART de regularização da obra; II – perfil litológico e construtivo do poço, ensaio de vazão e análise físico-química da água; III – teste de bombeamento e parâmetros hidrodinâmicos do aqüífero.

Findo o prazo e não havendo a regularização da obra, a Câmara poderá, por intermédio do Departamento Jurídico, fazer uma representação no Ministério Público solicitando o imediato fechamento do poço tubular e comunicar ao órgão de outorga dos recursos hídricos.

A Câmara reserva-se o direito de exigir documentos adicionais que se façam necessários para a correta verificação da regularidade da obra.

4.- ATRIBUIÇÕES DOS TÉCNICOS EM MINERAÇÃO

CONSIDERANDO que as atribuições constantes do Decreto nº 90.922, de 06 de fevereiro de 1985, relativas aos Técnicos Industriais de 2º Grau, em suas diversas modalidades devem ser concedidas, conforme artigo 10, pelas características de seu currículo escolar, considerados, em cada caso, os conteúdos das disciplinas que contribuem para a formação profissional; CONSIDERANDO as limitações impostas no inciso V do artigo 4º do referido Decreto, e RESOLVE:

Ao ser deferido o registro dos Técnicos de 2º grau em Mineração deverão ser concedidas as atribuições constantes no artigo 4º do Decreto nº 90.922, de 06 de fevereiro de 1985, circunscritas ao âmbito da modalidade cursada, exceto elaboração e execução de projetos integrados de lavra, projetos de tratamento de minérios, projetos de recuperação

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de área degradada e implosão de edificações, admitida a elaboração e execução de projetos de operação unitária de lavra de desmonte de rochas, inclusive com uso de explosivos, bem como de lavra sob Regime de Licenciamento.

5.- FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL

CONSIDERANDO que cabe a Câmara Especializada de Geologia e Engenharia de Minas a fiscalização dos profissionais geólogos, engenheiros de minas e técnicos em mineração;

CONSIDERANDO a obrigação dos profissionais de prestarem serviços com qualidade, respeitando o Código de Defesa do Consumidor, bem como o Código de Ética Profissional,

CONSIDERANDO a necessidade de fiscalizar, coibir e punir o exercício ilegal da profissão, quando devidamente caracterizado,

CONSIDERANDO que a jurisprudência dos tribunais reconhece nos CREAs, em defesa do interesse da sociedade, o poder de quantificar e verificar o bom atendimento dos serviços contratados.

RESOLVE:

A Câmara Especializada de Geologia e Engenharia de Minas passa a considerar a carga horária mínima estimada para a realização das atividades técnicas de geologia e engenharia de minas, relacionadas no Anexo I, como parâmetro de fiscalização da quantidade de serviços técnicos simultâneos sob a responsabilidade de um único profissional.

A Câmara ao detectar que um profissional geólogo, engenheiro de minas ou técnico em mineração atingiu uma carga horária mensal de serviços técnicos igual ou superior a 260 horas por mês, poderá abrir processo administrativo visando apurar se os serviços foram ou estão sendo efetivamente prestados.

Define-se “carga horária mensal de serviços técnicos” como o somatório das cargas horárias das atividades registradas nas ARTs, conforme estabelecido no Anexo I, acrescido da carga horária de outros contratos de trabalhos ou serviços.

Quando a Câmara deparar-se com atividade técnica registrada em ART não prevista no Anexo I, estabelecerá uma carga horária mínima estimada mediante parecer fundamentado.

Para efeito de totalização da carga horária serão desconsideradas as ART’s referentes a serviços técnicos previstos em contrato de trabalho registrado no CREA desde que no somatório não seja excedida a carga horária declarada no respectivo contrato.

Para efeito da determinação da carga horária de um profissional, serão levados em consideração outros vínculos empregatícios que o mesmo possua, mesmo que não registrados em ART de cargo e função.

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Os processos administrativos gerados a partir desta Norma terão por objetivo averiguar se está ocorrendo o exercício ilegal da profissão, em qualquer de suas formas, conforme art. 6º da Lei 5.194/66.

Será assegurado o mais amplo direito de defesa ao profissional que vier a ter processo administrativo aberto.

Os processos administrativos gerados a partir desta Norma somente poderão ser submetidos a análise da Câmara quando esta estiver reunida ordinária ou extraordinariamente, com a presença da maioria absoluta de seus membros.

Dá análise da(s) defesa(s) do profissional e eventuais diligências que se façam necessárias, a Câmara poderá arquivar o processo, notificar por exercício ilegal e/ou abrir processo ético específico.

Das decisões de notificação por exercício ilegal e/ou abertura de processo ético, poderão redundar punições previstas no art. 71 da Lei 5.194/66, ou seja, advertência reservada, censura pública, multa e suspensão temporária do exercício profissional.

ANEXO I

Carga horária mínima estimada de atividades técnicas vinculadas a Câmara Especializada de Geologia e Engenharia de Minas

1) Perícias e arbitramentos técnicos-legais: 30 horas / perícia ou arbitramento

2) Documentação para requerimento de registro de licença: 15 horas / unidade

3) Documentação para requerimento de pesquisa mineral com Plano de Pesquisa: 30 horas / unidade.

4) Pesquisa mineral com Relatório de Pesquisa: 4.1) Bens minerais do regime de licenciamento: área até 10 ha: 120 horas para cada 10 ha a mais, acrescentar 10 horas

4.2) Água Mineral: 300 horas

4.3) Demais bens minerais: área até 100 ha. 400 horas para cada 100 ha a mais, acrescentar 100 horas

5) Avaliação de áreas para disposição futura de resíduos industriais, urbanos ou perigosos:

0 a 5 ha: 60 horas acima de 5 ha, acrescentar 10 horas para cada 5 ha. 6) Relatório Anual de Lavra – RAL 6.1) Concessão: 10 horas

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6.2) Licenciamento: 7 horas

7) Requerimento para o Regime de Extração (órgãos públicos e prefeituras municipais): 15 horas

8) Permissão de Lavra Garimpeira: 50 horas / área permissionada

9) Requerimento de autorização de lavra (inclui o PAE): 150 horas / área

10) Plano de Aproveitamento Econômico - PAE: 100 horas / área

11) Abertura de vias subterrâneas: 11.1) Tipo Corte/Aterro – 4 horas / semana – durante prazo da obra 11.2) Túnel 1 – Distância curta - 8 horas / semana - durante prazo da obra 11.3) Túnel 2 – Dist. média/longa – 16 horas / semana - durante prazo da obra

12) Hidrogeologia 12.1) locação de poço tubular profundo: 10 horas 12.2) projeto de poço tubular profundo: 8 horas 12.3) acompanhamento da execução de poço tubular profundo: 10 horas 12.4) manutenção de poço tubular profundo: 8 horas 12.5) ensaio de bombeamento: 30 horas 13) Meio Ambiente: 13.1) Relatório de Controle Ambiental – RCA: 100 horas 13.2) Plano de Controle Ambiental – PCA: 50 horas 13.3) Caracterização do meio físico: 10 horas / ha 13.4) RT pelo Controle e Monitoramento Ambiental: 4 horas / mês 13.5) RT pelo Sistema de Higiene e Segurança do Trabalho: 5 horas / mês 13.6) Relatório p/ desassoreamento e alteração de curso de água:60 horas

14) Geologia para obras viárias: 5 horas / km linear

15) Topografia: 15.1) Levantamento plani-altimétrico: Curvas de nível de 1 em 1metro: 11 horas para cada 10 ha. Curvas de nível de 5 em 5 metros: 10 horas para cada 10 ha. Curvas de nível de 10 em 10 metros: 7 horas para cada 10 ha 15.2) Poligonal de terreno, área de pesquisa ou portaria de lavra: 1 hora por km

linear.

16 ) Beneficiamento de minérios: 16.1) Coleta de materiais e amostras: 10 horas 16.2) Preparação de amostras: 20 horas 16.3) Ensaio de cominuição: 40 horas 16.4) Ensaios de beneficiamento: 80 horas

36 16.5) Laudo de caracterização dos materiais: 40 horas

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17) Laudos Técnicos: 17.1) Análise de atividade de lavra: 20 horas 17.2) Análise de atividade de beneficiamento: 20 horas 17.3) Computação aplicada a atividade de mineração: 40 horas 17.4) Laudo Geológico: 20 horas 17.5) Laudo Geotécnico: 20 horas 17.6) Plano de Fogo: 20 horas 17.7) Petrografia / Gemologia: 4 horas

18) Mapeamento geológico: escala 1:250.000: 1 horas / km2 escala 1:100.000: 3 horas / km2 escala 1:50.000: 4 horas / km2 escala 1:25.000: 6 horas / km2 escala 1:10.000: 7 horas / km2 escala 1:5.000: 10 horas / km2 escala 1:2.000: 12 horas / km2

19) Prospecção geofísica: 8 horas por dia de trabalho 20) Responsabilidade técnica por unidade de lavra mineral:

Produção anual ROM Substância Mineral Porte 1 Porte 2 Porte 3 Porte 4

Areia/Cascalho 12.000 m3 Até 60.000 m3 Até 400.000 m3 + 400.000 m3 Saibro ou argila para aterros 5.000 m3 Até 20.000 m3 Até 100.000 m3 + 100.000 m3 Brita -- Até 20.000 m3 Até 100.000 m3 + 100.000 m3 Argila cerâmica 1.000 m3 Até 10.000 m3 Até 50.000 m3 + 50.000 m3 Calcário Dolomítico/Calcítico 5.000 t Até 30.000 t Até 200.000 t + 200.000 t Rochas p/ revestimento (industrial) 600 m3 Até 3.000 m3 Até 10.000 m3 + 10.000 m3 Basalto (lages/paralep/etc) 3.000 m2 Até 10.000 m2 Até 60.000 m2 + 60.000 m2 Granito (Parel/Moirões/Pedra alic. Etc)

600 m3 Até 1.000 m3 Até 6.000 m3 + 6.000 m3

Arenito/Ardósia (lages/pedra alic./etc)

3.000 m2 Até 10.000 m2 Até 60.000 m2 + 60.000 m2

Feldspatos 2.000 t Até 6.000 t Até 35.000 t + 35.000 t *Subst. Explor. Regime garimpagem

500 m3 Até 3.000 m3 Até 30.000 m3 + 30.000 m3

Carvão (céu aberto) -- -- Até 60.000 t + de 60.000 t Água Mineral -- -- Até 5.000.000 l + 5.000.000 l

* No caso da garimpagem, o cálculo é feito pelo volume total de material movimentado (estéril + minério). Porte 1 – 8 horas / mês (4 h para lavra e 4 h para meio ambiente) Porte 2 – 20 horas / mês (12 h para lavra e 8 h para meio ambiente) Porte 3 – 44 horas / mês (32 h para lavra e 12 h para meio ambiente) Porte 4 – 120 horas / mês (90 h para lavra e 30 h para meio ambiente) Siglas:

37ha – hectare

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l – litro t – tonelada m2 – metro quadrado m3 – metro cúbico RT – responsável técnico perante o CREA

6.- GEMOLOGIA

Considerando a Lei nº 4.076/62 que regula o exercício da profissão de Geólogo Considerando o disposto no art. 6] da Lei 5.194/66 que trata do exerc´cio ileal da profissão Considerando os arts. 11 e 14 da Resolução nº 218 do CONFEA que discriminam, respectivamente, as competências do Engenheiro Geólogo ou Geólogo e do Engenheiro de Minas Considerando que a Mineralogia é matéria de formação profissional que integra os currículos mínimos dos cursos de graduação em Geologia e Engenharia de Minas, abrangendo a área do conhecimento científico da Gemologia, que estuda, identifica e classifica as substâncias minerais com características gemológicas Considerando que a norma NBR 10630/89 – Material Gemológico da ABNT prevê a participação efetiva de profissional responsável técnico nas certificações de identificação, avaliação e garantia das gemas Considerando que a Lei nº 6.496/77, exige a Anotação de Responsabilidade Técnica – ART em todos os contratos, escritos ou verbais, para a execução de obras ou prestação de quaisquer serviços profissionais referentes à engenharia, à arquitetura e à agronomia

DECIDE: As atividades de certificação de identificação, classificação, avaliação e garantia de material gemológico, bem como de seus substitutos e imitações, somente poderão ser desenvolvidas por geólogos, engenheiros geólogos e engenheiros de minas, em situação de normalidade junto ao CREA. Os certificados resultantes das atividades listadas acima somente terão valor legal se anotadas, pelo profissional responsável técnico, as respectivas ART junto ao CREA de jurisdição local onde foram desenvolvidas. As pessoas jurídicas que executarem as atividades mencionadas acima também deverão estar regularmente registradas no CREA.

O CONFEA, através do protocolo CF – 1126/2000, está estudando a edição de uma Decisão Normativa que disporá sobre o exercício profissional na área de gemologia. O texto é idêntico ao apresentado.

7.- FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL EM ÓRGÃOS PÚBLICOS

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CONSIDERANDO a Resolução Nº 430/99 do CONFEA, que “Relaciona os cargos e funções dos serviços da administração pública direta e indireta, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, cujo exercício é privativo de profissionais da Engenharia, da Arquitetura ou da Agronomia e dá outras providências. “; CONSIDERANDO os termos do art. 13 da Lei nº 5.194/66, CONSIDERANDO que os cargos e funções, comissionados ou não, dos órgãos da administração pública direta ou indireta, sediados no Estado do Rio Grande do Sul, para cujo exercício se exijam conhecimentos técnicos específicos de Engenharia, de Arquitetura, de Agronomia, de Geologia, de Geografia ou de Meteorologia, são privativos dos profissionais registrados no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. RESOLVE: A Câmara Especializada de Geologia e Engenharia de Minas do CREA exercerá a fiscalização do exercício profissional em órgãos públicos, autarquias, fundações, empresas públicas ou sociedades de economia mista, adotando como padrão processual o fluxograma do Anexo 1.

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Anexo 1

do ofício e assina

Presidente aprova a fiscalização

Depto. Fiscalização

Depto. Jurídico

Gabinete da Presidência

Gabinete das Câmaras

Câmara

Tomar as medidas judiciais cabíveis

Profissionais não habilitados

Órgão público não atendeu a solicitação no prazo

Processo fica na Câmara aguardando o prazo de 30 dias

Ofício é protocolado no órgão público – uma cópia com o recebido é anexada ao processo

Presidente não aprova o teor do ofício

Presidente aprova o teor

Minutar ofício (1) reiterar ofício

1

Profissionais habilitados

Câmara verifica a habilitação dos profissionais do órgão público

Órgão público atendeu a solicitação no prazo

Abertura do processo administrativo

Decisão da Câmara – escolha do órgão público à ser fiscalizado

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de anuidades em atraso).

.

Não houve manifestação. Tomar as medidas judiciais cabíveis.

Pagou a notificação e promoveu sua regularização.

Não regularizou sua situação, após transitado em todas as instâncias a

notificação.

Conforme Resolução nº 430/99, proceder da seguinte forma: I- autuação do ocupante do cargo ou função por exercício ilegal daprofissão, por infração à alínea "a" ou "b", conforme o caso, do Art.6º da Lei 5.194/66

1

Comunicar o fato à autoridade governamental responsável pela administração do órgão público

Não apresentou ART de cargo ou função.Apresentou ART de cargo ou função.

Autuar com base na Resolução nº 425 do CONFEA. Art. 6º - O desempenho de cargo ou função técnica, seja por nomeação ocupação ou contrato de trabalho, tanto em entidade pública quanto privada, obriga a Anotação de Responsabilidade Técnica no CREA em cuja jurisdição for exercida .a atividade.

Não apresentou Apresentou

Conceder o prazo de 30 dias para a apresentação da ART de cargo ou função, caso ainda não a possua.

Conceder o prazo de 30 dias para promover sua habilitação profissional (registro ou pagamento

ARQUIVAR

II- tomar as medidas judiciais cabíveis, visando o afastamento do ocupante ilegal de cargo ou função; III- acionar o Ministério Público competente objetivando instauração de processo judicial contra o ocupante ilegal decargo ou função por infração à Lei das Contravenções Penais; IV- denunciar ao Tribunal de Contas competente a ocupação ilegal de cargo ou função, com a conseqüenteirregularidade dos gastos financeiros; V- comunicar a ocupação ilegal de cargo ou função à autoridade governamental responsável pela administração doórgão público, autarquia, fundação, empresa pública ou sociedade de economia mista; VI- nos termos do art. 13 da Lei nº 5.194/66, emitir declaração considerando sem valor jurídico os atos, decisões etrabalhos técnicos do ocupante ilegal de cargo ou função e enviá-la ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas competentes, à autoridade governamental referida no inciso anterior e à imprensa.

Não promoveu sua regularização.

Habilitou-se no prazo.

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14.- CONVÊNIO CONFEA - DNPM

1.- CONVÊNIO:

CONVÊNIO QUE ENTRE SI CELEBRAM O DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL – DNPM E O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA – CONFEA, OBJETIVANDO UMA AÇÃO INTEGRADA NO QUE SE REFERE À DINAMIZAÇÃO E AO APRIMORAMENTO DA FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL NAS ÁREAS DE GEOLOGIA E MINERAÇÃO DO PAÍS.

O DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL - DNPM, Órgão Central de Direção Superior, diretamente subordinado ao Ministério das Minas e Energia, CNPJ nº 0394510/008-67, com sede no Setor de Autarquias Norte – SAN Quadra 01, Bloco B, nesta Cidade de Brasília - DF, doravante denominado DNPM, neste ato representado por seu Diretor, Eng. JOÃO DOS REIS PIMENTEL, nos termos da Lei nº 8.876/94 e Decreto nº 1.324/94, e o CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA – CONFEA, Autarquia de Fiscalização do Exercício Profissional, instituída pela Lei nº 5.194/66, CNPJ nº 33.665.647/0001-91, com sede no SEPN Quadra 508, Bloco B, nesta Cidade de Brasília - DF, doravante denominada CONFEA, neste ato representado por seu Presidente, Eng. WILSON LANG, resolvem assinar o presente Convênio de Cooperação, mediante as seguintes cláusulas e condições, e inteira submissão às disposições da Lei nº 8.666/93 e da Instrução Normativa nº 1/97 da STN – Secretaria do Tesouro Nacional.

CLÁUSULA PRIMEIRA – DO OBJETIVO – O objeto do presente Convênio é o estabelecimento de um sistema de consulta e troca de informações recíprocas sobre as atividades, empresas e profissionais da área de mineração, bem como a formalização de intenção dos dois órgãos em colaborarem, dentro de suas atribuições, na fiscalização do exercício profissional da engenharia de minas e geologia, para observância da legislação aplicável.

CLÁUSULA SEGUNDA – Para coordenar e planejar a operacionalização do presente Convênio, como também avaliar seu desempenho, o DNPM e o CONFEA constituirão uma Comissão Mista indicando, cada um, três membros ligados à área de mineração e geologia com mandatos de 02 (dois) anos, podendo ser reconduzidos.

CLÁUSULA TERCEIRA – A Comissão Mista referida na Cláusula anterior terá as seguintes incumbências:

a) análise, diagnóstico e proposição de diretrizes e soluções comuns que visem à valorização do setor mineral e dos profissionais que nele atuam;

b) promoção de uma perfeita integração através de procedimentos comuns entre os dois órgãos na observância da legislação minerária e profissional, no âmbito de suas respectivas competências;

c) estabelecimento de mecanismos operacionalmente ágeis para efetivo controle e fiscalização do exercício profissional no setor da geologia e mineração.

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PARÁGRAFO ÚNICO – A Comissão Mista se reunirá no mínimo 02 (duas) vezes por

ano, por iniciativa de qualquer dos conveniados, podendo, extraordinariamente e a qualquer tempo, ser convocada, desde que com 15 (quinze) dias de antecedência.

CLÁUSULA QUARTA – DA COLABORAÇÃO DO DNPM AO SISTEMA CONFEA/CREA. I - Para o aperfeiçoamento da fiscalização do exercício dos profissionais de engenharia

de minas e geologia, ligados ao setor, além do cumprimento estrito da Portaria nº 103/83, ao DNPM compete:

a) comunicação, por parte dos Distritos do DNPM aos CREAs respectivos sobre ocorrências detectadas de exercício ilegal da profissão por pessoas físicas ou jurídicas, conforme dispõe o artigo 6º da Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, o artigo 3º da Lei 5.524, de 5 de novembro de 1968 e o artigo 2º do Decreto 90.922, de 6 de fevereiro de 1985;

b) cooperação técnica no fornecimento de parâmetros para estabelecimento de normas relativas à capacitação profissional dos profissionais da geologia e da engenharia de minas.

II - Para aperfeiçoamento da fiscalização de pessoas jurídicas que atuam no setor: a) comunicação por parte dos Distritos do DNPM aos CREAs respectivos sobre

ocorrências de atividades de pesquisa, lavra e beneficiamento executados sem a responsabilidade técnica de profissional habilitado ou sem a participação efetiva do mesmo, bem como a ocorrência de empresas de mineração clandestinas ou sem registro no CREA da região;

b) fornecimento semestral de listagens do PROSIG referente a: I - empresas de mineração autorizadas e cadastradas no DNPM; II - processos do DNPM, por municípios, dos vários Estados da Federação, nos

CREAs respectivos; III - processos do DNPM, por titulares, dos vários Estados da Federação, nos CREAs

respectivos.

CLÁUSULA QUINTA – DA COLABORAÇÃO DO SISTEMA CONFEA/CREA AO DNPM - Os CREAs fornecerão aos respectivos Distritos do DNPM, informações trimestrais sobre:

a) ocorrência de mineração clandestina e/ou irregular; b) profissionais que tenham infringido a legislação profissional ou Código de Ética, cujos

processos tenham sido transitados em julgado; c) relação de profissionais que estão anotados como Responsáveis Técnicos das

empresas de mineração registradas nos vários CREAs; d) relação das empresas fiscalizadas, contendo as principais informações e conclusões; e) listagem de ARTs recolhidas por profissional; f) listagem de ARTs julgadas sem validade por determinadas irregularidades,

principalmente aquelas relativas ao plano de pesquisa, relatório final de pesquisa mineral e plano de aproveitamento econômico.

CLÁUSULA SEXTA – DA CONSTITUIÇÃO DE GRUPOS DE TRABALHO MISTOS – Serão constituídos Grupos de Trabalho mistos integrados por Conselheiros, Assessores Técnicos e Técnicos designados por tempo determinado, credenciados respectivamente pelo CREA e Distritos do DNPM da Unidade da Federação considerada, visando às atividades previstas neste Convênio, inclusive:

a) implementar formas de ação conjunta de complementação da fiscalização, utilizando recursos dos dois órgãos (apoio logístico, pessoal, etc.), visando à diminuição dos custos; 43

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b) propor ao CONFEA e ao DNPM, através da Comissão referida na Cláusula Segunda,

normas e procedimentos que visem ao aprimoramento do exercício profissional na área.

CLÁUSULA SÉTIMA – CONDIÇÕES GERAIS – O DNPM e o CONFEA concordam que para melhor desempenho das partes, com relação ao estabelecido nas Cláusulas Quinta e Sexta, poderão ser firmados aditivos específicos por parte dos vários Distritos do DNPM e dos CREAs respectivos, na medida em que houver um pleno desenvolvimento da ação conjunta e tendo em vista atender às peculiaridades regionais de cada Estado.

PARÁGRAFO ÚNICO – DO PRAZO DE DURAÇÃO – O presente Convênio é firmado pelo prazo de 05 (cinco) anos, podendo ser rescindido a qualquer tempo por quaisquer das partes, mediante comunicação por escrito, ou prorrogado de acordo com o interesse das partes.

CLÁUSULA OITAVA – PUBLICAÇÃO – Este Convênio será publicado no DOU, sob a forma de extrato, às expensas do DNPM.

E, por estarem de comum acordo com todas as Cláusulas e condições antes estipuladas, assinam o presente instrumento em 02 (duas) vias de igual teor e para que o mesmo surta os efeitos, na presença das testemunhas abaixo:

Brasília, 26 de outubro de 2000.

Eng. JOÃO DOS REIS PIMENTEL Diretor-Geral do DNPM

Eng. WILSON LANG Presidente do CONFEA

2.- FORMULÁRIO DE FISCALIZAÇÃO DE ATIVIDADES NA ÁREA DE GEOLOGIA E

MINERAÇÃO Este formulário foi elaborado pela Comissão Mista CONFEA/ DNPM abaixo nominada: Geólogo PAULO CÉSAR DA SILVA GONÇALVES - Conselheiro Federal Geólogo WALDIR CASSIANO RESENDE DE OLIVEIRA - Conselheiro Federal Engº. de Minas AUGUSTO CÉSAR GUSMÃO LIMA - Coordenador Nacional Engº. de Minas PETERSON AUGUSTO GUEDES - DNPM Geólogo LOURIVAL CRUZ DINIZ FILHO - DNPM Geólogo CLAÚDIO HECHT - DNPM

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1.NOME/RAZÃO SOCIAL: 2.C.N.P.J.:

3.NOME FANTASIA: 4. Nº DO REGISTRO NO CREA:

5.OBJETO SOCIAL:

6.END. DA SEDE:

7.BAIRRO/LOCALIDADE: 8.CIDADE: 9.UF: 10.CEP: 11.FONE/FAX:

12.RESPONSÁVEL LEGAL:

13.RESP. TÉC. EMPRESA: Eng. Minas Geólogo Eng. Geólogo 14.ART Nº:

1.TÍTULO AUTORIZATIVO: 2.PROCESSO DNPM:

3.END. DO EMPREENDIMENTO:

4.BAIRRO/LOCALIDADE: 5.CIDADE: 6.UF: 7.CEP: 8.FONE/FAX:

9.COORDENADAS GEOGRÁFICAS/UTM:

10.RESP. TÉC. EMPREENDIMENTO: Eng. Minas Geólogo Eng. Geólogo 11.ART Nº:

12.FREQUÊNCIA DA ASSISTÊNCIA TÉCNICA: Diária Semanal Mensal

13.PESQUISA MINERAL Em andamento Paralisada

14.SUBSTÂNCIA EXTRAÍDA:

15.DESMONTE HIDRÁULICO Sim Não VOLUME DE ÁGUA UTILIZADA: __________m³

16.TIPO DE LAVRA: Céu Aberto Subterrânea Manual Semi-mecanizada Mecanizada

17.USO DE EXPLOSIVO: Sim Não 18.PAIOL: Sim Não

19.Nº DO CERTIFICADO DE REGISTRO NO EXÉRCITO (CR):

20.PRODUÇÃO: Semanal __________m³ Mensal __________m³

21.Nº DE FUNCIONÁRIOS NA PRODUÇÃO:

22.UTILIZAÇÃO DO MINÉRIO:

23.EQUIP. UTILIZADOS NA LAVRA/EXTRAÇÃO:

24. EQUIP. UTILIZADOS NO BENEFICIAMENTO:

25.AUTORIZAÇÃO DA PREFEITURA:

26.ANUÊNCIA DO PROPRIETÁRIO: Sim Não

27.NOME DO ENTREVISTADO: 28.CARGO:

1. L.P 2 . L.I. 3. L.O.

4.ÓRGÃO LICENCIADOR: Municipal Estadual Federal

5.Nº DA LICENÇA: 6.DATA DA VALIDADE:

7.RESP. RELATÓRIO AMBIENTAL: 8.PROFISSÃO: 9.*ART Nº:

• Se for do Sistema CONFEA/CREAs.

1.LOCAÇÃO DE INFRA-ESTRUTURA NA ÁREA DO EMPREENDIMENTO:

Poços Tubulares Barragens Obras de Engenharia Outros

2.CONDIÇÕES DE SEGURANÇA DURANTE A LAVRA: Ruins Regulares Boas

3.ASPECTO DA DEGRADAÇÃO AMBIENTAL: Pouco degradada Muito degradada

4.DOCUMENTAÇÃO DISPONÍVEL NO EMPREENDIMENTO: Sim Não

5.OUTROS PROCESSOS NO DNPM:

6.INDICAÇÕES E CONDIÇOES DAS VIAS DE ACESSO AO EMPREENDIMENTO:

1.NOME: 2.PROFISSÃO:

3.INSTITUIÇÃO: CREA DNPM

4.DATA DA FISCALIZAÇÃO:

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5.ASSINATURA:

F – OBSERVAÇÕES ADICIONAIS: G – ACERVO FOTOGRÁFICO:

15.- DEFINIÇÕES – CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

CONSUMIDOR Toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. (art. 2º - CDC)

FORNECEDOR Toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou

estrangeira que desenvolve atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou serviços (art. 3º CDC).

PRODUTO É qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial (art. 1º

- CDC)

SERVIÇO É qualquer atividade fornecida no mercado de consumo,

mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e relações de caráter trabalhista (art. 3º... 2º do CDC).

PROFISSIONAIS LIBERAIS São aqueles que trabalham por conta própria, sendo

contratados por clientes e empresas sem que haja dever de subordinação entre eles e cujo objeto é a execução de uma obra/serviço.

PROFISSIONAL ASSALARIADO É aquele profissional cujo contrato é firmado, normalmente,

entre ele e uma empresa, havendo subordinação e horário a ser cumprido e cujo objeto é sua prestação de serviços diária.

VÍCIO Defeito, falha ou erro que tornem o bem impróprio àquilo a

que se destina. PERICULOSIDADE 46

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INERENTE Produto perigoso pela sua própria natureza, perigo este, que

pode ser desconhecido pelo leigo. PERICULOSIDADE ADQUIRIDA É qualidade de um produto que, normalmente, não oferece

qualquer perigo, mas por erro, falha ou omissão assim se torna.

PERICULOSIDADE PRESUMIDA São produtos que contém perigo, melhor dizendo, são

perigosos naturalmente, mas que mesmo informado sobre o seu uso adequado, sua capacidade de causar dano não é afastada ou diminuída.

MEDIDAS PREVENTIVAS São determinações que procuram coibir condutas que

resultariam em perigo e dano. MEDIDAS REPRESSIVAS São determinações que prevêem punições a condutas

proibidas no sentido de desestimular sua prática. ATO OU FATO ILÍCITO São condutas proibidas por lei SANÇÕES DE CARÁTER GERAL São penas previstas em lei e que se aplicam a qualquer tipo

de conduta proibida por lei, se encontram no código Civil e de Processo Civil, Código Penal e Processo Penal (leis ordinárias – leis discutidas pelo Congresso).

DOLO Conduta livre e consciente do agente no sentido de cometer

um crime, ou contravenção. CULPA Conduta em que o agente não pretende cometer um crime ou

prejudicar alguém, mas assume o risco conduzido-se com negligência, imprudência ou imperícia

NEGLIGÊNCIA Ocorre quando o agente se conduz com desatenção, falta de

cuidado e de precaução ou inobservância de dever.

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IMPRUDÊNCIA Quando o agente não prevê o resultado quando devia ou

podia prevê-lo. IMPERÍCIA Revela ignorância, inabilidade, ausência de prática e de

conhecimentos – é erro próprio dos profissionais ou técnicos. RESPONSABILIDADE CIVIL Designa a obrigação de reparar ou ressarcir o dano

injustamente causado, independentemente de ter havido participação ou culpa.

16.- DEFINIÇÕES - INSTRUMENTOS ADMINISTRATIVOS

RESOLUÇÃO É o ato normativo de competência exclusiva do Plenário do Conselho Federal, destinado a explicitar a Lei, para sua correta execução, e a disciplinar os casos omissos.

ATO É a norma expedida pelos Conselhos Regionais, julgada

necessária para o cumprimento, em suas jurisdições, da Lei e das Resoluções do Conselho Federal.

ATA É o registro escrito e formal dos fatos, ocorrências, decisões

ou conclusões de assembléias, sessões ou reuniões dos Conselhos Federal e Regionais.

ATESTADO É o documento pelo qual os Conselhos Federal e Regionais

comprovam um fato ou uma situação de que tenham conhecimento por seus órgãos competentes.

AUTO DE INFRAÇÃO É o documento que os Conselhos Regionais lavram contra

infratores, apresentando, oficialmente, a transgressão de qualquer preceito legal ou regulamentar.

CERTIDÃO É o documento que os Conselhos Federal e Regionais

fornecem aos interessados, no qual afirmam a existência de atos ou fatos constantes do original de que foram extraídos.

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CIRCULAR É determinação, de caráter uniforme, dirigida pela Presidência

do CONFEA e pelos Presidentes dos Conselhos Regionais e destes às suas Inspetorias.

CONTRATO É o ajuste que os Conselhos Federal e Regionais firmam com

particular ou outra entidade administrativa, para a concepção de objetivos e nas condições por eles estabelecidos.

CONVÊNIO É o acordo firmado pelos Conselhos Federal e Regionais com

entidades públicas de quaisquer espécies, ou com organizações particulares, para realização de objetivos de interesse comum aos partícipes.

DECISÃO É o ato da competência dos plenários dos Conselhos para

instrumentar sua manifestação em casos concretos. DECISÃO NORMATIVA É o ato de caráter imperativo, de exclusiva competência do

Plenário do Conselho Federal, destinado a fixar entendimentos ou a determinar procedimentos a serem aplicados pelos Conselhos Regionais.

DELIBERAÇÃO É o ato da competência das Comissões do Conselho Federal

sobre assuntos submetidos à sua manifestação. DESPACHO É a decisão proferida pela Presidência do Conselho nos

casos que lhe são submetidos à apreciação. DILIGÊNCIA É a fase dos processos em curso nos Conselhos pela qual

são mandados apurar os fatos necessários ao seu completo esclarecimento.

EDITAL É o instrumento pelo qual os Conselhos Federal e Regionais

levam ao conhecimento público convocação ou comunicação a respeito do assunto nele contido.

EMENTA É a parte do preâmbulo da Resolução, Ato, Portaria,

Parecer ou Decisão que sintetiza o contexto, a fim de permitir imediato conhecimento da matéria neles contida.

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COORDENAÇÃO NACIONAL DAS CÂMARAS ESPECIALIZADAS DE GEOLOGIA E ENGENHARIA DE MINAS - CNCEGM

INFORMAÇÃO É o instrumento de esclarecimento sobre matéria constante

de processo, mediante indicações a respeito do modo pelo qual devem ser resolvidos os casos correntes.

INSTRUÇÃO É a regra ditada pela presidência dos Conselhos aos seus

funcionários ou empregados, mediante indicações a respeito do modo pelo qual devem ser resolvidos os casos correntes.

OFÍCIO É a forma pela qual os Presidentes dos Conselhos dirigem

uns aos outros, ou a terceiros, sobre assuntos de serviço ou interesse do Conselho.

PARECER É a manifestação de opinião de caráter técnico para

esclarecer situações, bem como para oferecer soluções adequadas à matéria que lhe serve de objeto.

PORTARIA É a determinação ou ordem de competência regimental do

Presidente do Conselho, objetivando providências oportunas e convenientes para o bom andamento dos serviços.

VISTA É a faculdade dos Conselheiros Federais e Regionais de

tomar conhecimento de quaisquer das partes dos processos em curso nos conselhos.

VOTO É o voto de pronunciamento de cada um dos Conselheiros em

Plenário, a respeito de matéria submetida à decisão deste.

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