orientativo projeto sala de educador: escola

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SECRETARIA ADJUNTA DE GESTÃO EDUCACIONAL SUPERINTENDÊNCIA DE POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL ORIENTATIVO PROJETO SALA DE EDUCADOR: ESCOLA JANEIRO-2020

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Page 1: ORIENTATIVO PROJETO SALA DE EDUCADOR: ESCOLA

SECRETARIA ADJUNTA DE GESTÃO EDUCACIONAL

SUPERINTENDÊNCIA DE POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL

ORIENTATIVO

PROJETO SALA DE EDUCADOR:

ESCOLA

JANEIRO-2020

Page 2: ORIENTATIVO PROJETO SALA DE EDUCADOR: ESCOLA

2

MARIONEIDE ANGÉLICA KLIEMASCHEWSK

Secretária de Estado de Educação

ROSA MARIA DE ARAÚJO LUZARDO

Secretária Adjunta de Gestão Educacional

ADRIANO SABINO GOMES

Superintendente de Políticas de Desenvolvimento Profissional

Gestores da Superintendência de Políticas de Desenvolvimento Profissional

ADRIANA BARBOSA SALES

DALTRON MAURÍCIO RICALDES

ÉRIKA SILVA ALENCAR MEIRELLES

EDEVAMILTON DE LIMA OLIVEIRA

ELIZETE MARIA DE JESUS

GINO FRANCISCO BUZATO

GISELLY RODRIGUES DAS NEVES SILVA GOMES

ITAMAR JOSÉ BRESSAN

JULIO PEREIRA DE MOURA

LEANDRO RODOLFO RESENDE

MARIA APARECIDA DOS REIS

MARIA CLÁUDIA MAQUÊA ROCHA MATTIA

MIRTA GRISEL GARCIA DE KEHLER

PALOMA RIGHETTO CORREA

Page 3: ORIENTATIVO PROJETO SALA DE EDUCADOR: ESCOLA

3

SUMÁRIO

SALA DE EDUCADOR: DIRETRIZES PARA A FORMAÇÃO CONTINUADA DA/NA

ESCOLA ..................................................................................................................................... 4

1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 4

2. PROCESSO FORMATIVO ................................................................................................... 8

3. ESTRUTURA DO PROJETO SALA DE EDUCADOR ....................................................... 8

3.1. ETAPAS DA ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO SALA DE

EDUCADOR .............................................................................................................................. 9

3.2. ETAPAS DA ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DOS PLANOS DE

INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA ............................................................................................. 9

4. ORGANIZAÇÃO DO PROJETO SALA DE EDUCADOR ............................................... 10

4.1. PLANO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA ............................................................... 13

4.1.1 REGISTRO DA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA .............................................. 14

5. GESTÃO DA FORMAÇÃO - GFO ..................................................................................... 15

REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 15

Anexo I ..................................................................................................................................... 17

Anexo II .................................................................................................................................... 20

Page 4: ORIENTATIVO PROJETO SALA DE EDUCADOR: ESCOLA

4

SALA DE EDUCADOR: DIRETRIZES PARA A FORMAÇÃO CONTINUADA

DA/NA ESCOLA

1. APRESENTAÇÃO

A formação centrada na escola é uma ação estratégica da Secretaria Adjunta de Gestão

Educacional - Sage, por meio da Superintendência de Políticas de Desenvolvimento

Profissional - SPDP. Essa ação tem por objetivo fomentar o processo de desenvolvimento de

cada profissional no desempenho de suas atividades de modo que a meta estabelecida de

qualidade no ensino e na aprendizagem seja alcançada.

O Projeto de Formação da/na Escola, doravante denominado Sala de Educador, é o

desdobramento das ações formativas advindas das necessidades evidenciadas no diagnóstico

da escola e das diretrizes das Políticas Públicas Educacionais. O Projeto Sala de Educador é

responsável pela articulação entre os estudos teóricos, metodológicos e a prática pedagógica e

educativa em todo o percurso do ano letivo, devendo ser planejada a partir das evidências em

uma avaliação processual.

Assim sendo, reafirma-se alguns elementos fundamentais para a elaboração desse

projeto: Projeto Político Pedagógico - PPP; Diagnóstico; Prática Pedagógica; Prática Educativa;

Intervenção Pedagógica; Desenvolvimento Profissional; Avaliação e Planejamento.

1. O Projeto Político Pedagógico-PPP centra-se na organização escolar que reflete a sua

realidade, a necessidade do educando e a necessidade do educador (PARO, 2005, p.49).

A Secretaria de Estado de Educação, por meio de normativas, estabelece o PPP como um

instrumento de planejamento em que, a partir das diretrizes de implantação das Políticas

Públicas Educacionais e das necessidades da comunidade escolar e sociedade, se

estabelecem metas e ações, financiáveis ou não, com vistas a garantir a qualidade e o

cumprimento dos objetivos estabelecidos. A partir das dimensões trabalhadas no PPP, e

apoiada em métodos de planejamento, a unidade escolar organiza o seu trabalho

administrativo e pedagógico.

Dentre os modelos de planejamento defendidos por teóricos educacionais, destacamos o

organizado por Lück (2009) no qual o planejamento se dá no “Levantamento de Dados

Page 5: ORIENTATIVO PROJETO SALA DE EDUCADOR: ESCOLA

5

↔ Avaliação ↔ Planejamento” (p.27). Essa lógica permite que a escola se conheça (base

real), discuta sua visão de futuro (ideal) e se organize para diminuir a distância entre o

real e o ideal.

2. O diagnóstico tem no PPP função similar ao levantamento de dados. Este é o momento

em que a escola busca conhecer-se, à medida que identifica suas fragilidades e

potencialidades. O diagnóstico permite que a escola se organize e planeje a superação das

fragilidades atendendo as suas necessidades educacionais.

Espera-se que o diagnóstico feito pela escola, no momento de construção do seu PPP,

aponte as necessidades formativas da unidade escolar como ponto estratégico à superação

de suas fragilidades e a garantia da aprendizagem de qualidade. Caso isso não tenha

ocorrido, resta recorrer a outros métodos de diagnóstico que possibilitem evidenciar a

necessidade de formação e, neste caso, o Cefapro deve auxiliar com outras ferramentas

para a obtenção do diagnóstico da escola.

3. Entende-se por Prática Pedagógica toda ação destinada a promover aprendizagem no

ambiente escolar para os estudantes e articulada por docentes. Por estar vinculada a um

contexto sócio-histórico, a prática pedagógica se constitui como uma prática social

(ZABALA, 2000, p. 12-13). Para além da concepção teórica adotada, nos moldes da

Política Pública Educacional, a Prática Pedagógica segue uma proposta de educação

temporal e regional que vincula-se, dentre outras normativas vigentes, ao Documento de

Referência Curricular para Mato Grosso – DRC/MT.

4. A Prática Educativa está intimamente relacionada à prática de todos os profissionais,

ou seja, relaciona-se com as ações executadas de tal forma que essa ação dê sentido à

teoria no desenvolvimento das funções desenvoldidas pelos profissionais da educação no

ambiente escolar.

5. A Intervenção Pedagógica é percebida como uma ação realizada pelos profissionais

da educação no desenvolvimento da aprendizagem de estudantes quando há evidências

Page 6: ORIENTATIVO PROJETO SALA DE EDUCADOR: ESCOLA

6

de problemas na aprendizagem, bem como outras demandas formativas dos estudantes

que necessitam de ações pontuais para sua modificação. A Intervenção Pedagógica

requer o uso de metodologias diferenciadas, a elaboração de planos de intervenção

(disciplinares, multidisciplinares, interdisciplinares ou transdisciplinares) e a leitura de

novos referenciais na intenção de possibilitar correções necessárias ao processo de

aprendizagem de estudantes e atuação profissional.

De forma mais ampliada, a Intervenção Pedagógica abrange todos os espaços e

dimensões da escola, desde a gestão escolar, relações educacionais, práticas educativas,

práticas pedagógicas; todos confluentes de forma a possibilitar a qualidade do processo

da aprendizagem e do desenvolvimento profissional. Nesse sentido, a Intervenção

Pedagógica possui dois direcionamentos: um relacionado à otimização das tarefas de

rotina administrativa e outro em ações educativas juntos aos estudantes. Desse modo, a

partir de seu diagnóstico, a escola pode elaborar seu Plano de Intervençao Pedagógica por

componente curricular, por área, de forma multidisciplinar, interdisciplinar ou

transdisciplinar.

6. A Avaliação é entendida como processo fundamental para o planejamento e

replanejamento, para a relevância da intervenção pedagógica, para a qualidade do

processo de ensino e aprendizagem e desenvolvimento profissional. Lück (2009)

apresenta a avaliação em três níveis: avaliação diagnóstica (movimento feito na

construção do diagnóstico), formativa (resultados alcançados no processo) e somativa

(resultados finais e globais do plano).

A avaliação formativa acontece no processo, sendo que na segunda semana pedagógica,

a partir dos dados da aprendizagem dos estudantes e do desenvolvimento profissional do

primeiro semestre, o Projeto Sala de Educador e os Planos de Intervenção Pedagógica

poderão ser reelaborados. O Seminário de Culminância do Projeto Sala de Educador no

fim do ano de 2020 se apresenta como resultado parcial das intervenções pedagógicas

exitosas que sinalizam avanços na aprendizagem de estudantes e na atuação profissional

pedagógica e administrativa.

Page 7: ORIENTATIVO PROJETO SALA DE EDUCADOR: ESCOLA

7

7. O Planejamento se constitui como estratégia de atuação, com objetivos e metas

propostas diante às demandas da escola. Sendo assim, adota-se a perspectiva de

planejamento defendida por Lück (2009, p.34) e representada pelo seguinte esquema:

Além do fluxo do planejamento apresentado acima, planejar exige operações mentais

conforme descrito pela autora no esquema a seguir:

Identificar

Analisar

Prever

Decidir

O que

Por que

Para que

Como

Quando

Onde

Com quem

Para quem

Se quer promover

uma situação nova

A dinâmica de elaboração e execução do Projeto Sala de Educador e Planos de

Intervenção Pedagógica são apresentados a seguir. A escola, juntamente com a coordenação

pedagógica e sempre que necessário, com auxílio e orientação do Cefapro, precisa prever as

atividades de elaboração do Projeto Sala de Educador e Planos de Intervenção Pedagógica

imediatamente após o retorno das férias/2019, conforme o estabelecido na Portaria nº.

759/209/GS/SEDUC/MT, de 27/11/2019. É necessário reservar pelo menos um dia da Primeira

Semana Pedagógica1 para ações de elaboração do Projeto e dos Planos de Intervenção

Pedagógica. A revisão do Projeto Sala de Educador e Planos de Intervenção Pedagógica

acontecerá na Segunda Semana Pedagógica, imediatamente após o recesso escolar, conforme o

período determinado na Portaria nº 759/209/GS/SEDUC/MT, de 27/11/2019.

1 O Orientativo para as atividades da Primeira e da Segunda Semana Pedagógica será encaminhado em separado

deste documento.

Planejar é

Compreender a situação atual com visão prospectiva

Estabelecer o que se deseja mudar

a fim de se promover

Maior eficiência

Maior precisão e determinação de

ações

Maiores e melhores resultados

Maximização dos esforços e dispêndios

Organizar a ação para a mudança

Page 8: ORIENTATIVO PROJETO SALA DE EDUCADOR: ESCOLA

8

2. PROCESSO FORMATIVO

O desenvolvimento do projeto abarca a compreensão da sua importância por parte dos

gestores escolares, professores, técnicos administrativos escolares (TAEs) e apoios

administrativos escolares (AAEs). Para tanto, consideramos a escola como lócus principal da

formação continuada (utilização efetiva do 1/3 de hora-atividade como prevê a lei

11.738/2008, exclusivo para professores em sala de aula). Assim como o entendimento de que

o processo formativo acontece a partir de dois direcionamentos: um relacionado à otimização

das tarefas de rotina administrativa e outro em ações educativas juntos aos estudantes, por meio

de intervenções pedagógicas por parte dos docentes ou por parte dos TAEs e AAEs.

3. ESTRUTURA DO PROJETO SALA DE EDUCADOR

1. Identificação

Identificar a unidade escolar (nome da unidade escolar, endereço,

telefone, e-mail); modalidades de atendimento e equipe gestora

(diretor escolar, coordenador pedagógico e secretário escolar).

2. Diagnóstico

Extrair o diagnóstico do PPP da escola, devendo conter minimamente:

dados do Saeb-Ideb, ANA, Prova Brasil, Provinha Brasil, Enem,

Avalia MT e os resultados internos emitidos por meio da Gestão

Educacional (GED), Atas de Resultados Finais, Relatórios de

Aprendizagens, os Objetivos de Aprendizagem, as necessidades

formativas dos profissionais (professores, gestores escolares, TAEs e

AAEs), necessidades formativas para implementação das Políticas

Públicas Educacionais, avaliação do Projeto de Formação da/na Escola

de 2019, dos Planos de Intervenção Pedagógica e Avaliação de

Desempenho Profissional.

3. Metas e

Estratégias

Estabelecer metas e estratégias dos temas apontados no diagnóstico

que se apresentaram como frágeis.

4. Necessidades

Formativas

Elencar os temas formativos e sua relação com as metas e estratégias

estabelecidas a partir do diagnóstico.

5. Procedimentos

Metodológicos

Descrever a metodologia a ser utilizada no processo de concepção e

execução do Projeto Sala de Educador.

6. Organização da

Intervenção

Pedagógica

Apontar as áreas que necessitam de intervenção pedagógica, os

ambientes onde acontecerão as intervenções pedagógicas e as

evidências de acompanhamento e resultados.

7. Avaliação A avaliação dos encontros formativos será diagnóstica, formativa e

somativa ou global. Descrever os procedimentos da avaliação

Page 9: ORIENTATIVO PROJETO SALA DE EDUCADOR: ESCOLA

9

somativa e a global. A avaliação diagnóstica já acontece na elaboração

do diagnóstico.

8. Cronograma

Descrever as datas e horários das reuniões formativas da Sala de

Educador e os horários de planejamento e avaliação dos planos de

intervenção pedagógica.

9. Referências Descrever as referências citadas no texto organizadas em

conformidade com as normas da ABNT. NOTA: O Anexo I apresenta o modelo padrão para o Projeto Sala de Educador.

3.1. ETAPAS DA ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO SALA DE

EDUCADOR

1ª etapa: elaborar o diagnóstico das necessidades formativas, preferencialmente retirar

do PPP já elaborado e revisitado;

2ª etapa: estabelecer metas para as fragilidades apontadas no diagnóstico, devendo

evidenciar as fragilidades na dimensão administrativa e na dimensão pedagógica;

3ª etapa: selecionar e organizar os conteúdos de formação e referências para estudo;

4ª etapa: encaminhar o Projeto Sala de Educador ao Cefapro para análise e

homologação;

5ª etapa: iniciar o projeto após a homologação do Cefapro;

6ª etapa: aplicar a avaliação formativa (no processo), realinhando o Projeto Sala de

Educador, caso necessário, e a avaliação somativa ou global (seminário, relatório, artigo,

banner ou portfólio);

7ª etapa: certificação.

3.2. ETAPAS DA ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DOS PLANOS DE

INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

1ª etapa: elaborar planos de intervenção pedagógica (de acordo com o diagnóstico) -

Anexo II;

2ª etapa: executar os planos de intervenção em sala e/ou ambientes escolares;

3ª etapa: avaliar os resultados obtidos;

Page 10: ORIENTATIVO PROJETO SALA DE EDUCADOR: ESCOLA

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4ª etapa: elaborar relatório de execução (avaliação formativa) e encaminhar à

coordenação pedagógica para homologação dos resultados;

5ª etapa: elaborar relatório global (seminário, relatório, artigo, banner ou portfólio);

6ª etapa: certificação.

4. ORGANIZAÇÃO DO PROJETO SALA DE EDUCADOR

A tramitação (revisão e homologação) do Projeto Sala de Educador deve observar os

diferentes calendários letivos. Em consequência do período da paralisação de 2019 (Portaria nº.

759/209/GS/SEDUC/MT de 27/11/2019), teremos a seguinte dinâmica:

1. Escolas com início do ano letivo em fevereiro (10/02/2020): a primeira

versão do Projeto Sala de Educador deve ser entregue até dia 20/03/2020. Prazo para

o fluxo de ajustes (escolas) e homologação (Cefapros) até 03/04/2020. Início do

Projeto Sala de Educador na primeira quinzena de abril. Término do Projeto

Sala de Educador em 13/12/2020. A elaboração do Projeto Sala de Educador tem

início na semana pedagógica e o processo de conclusão acontece no meses de

fevereiro e março. Pode ser utilizada até 3 horas semanais da hora-atividade para

este fim2.

2. Escolas com início do ano letivo em março (23/03/2020): a primeira

versão do Projeto Sala de Educador deverá ser entregue até dia 13/04/2020. Prazo

para o fluxo de ajustes (escolas) e homologação (Cefapros) até 30/04/2020. Início

do Projeto Sala de Educador, primeira quinzena de maio. Término do Projeto

Sala de Educador, 22/01/2021. A elaboração do Projeto Sala de Educador terá início

na Semana Pedagógica e o processo de conclusão acontece no meses de março e

abril. Pode ser utilizada até 3 horas semanais da hora-atividade para este fim3.

2 O período de elaboração e conclusão do Projeto Sala de Educador não terá certificação. 3 O período de elaboração e conclusão do Projeto Sala de Educador não terá certificação.

Page 11: ORIENTATIVO PROJETO SALA DE EDUCADOR: ESCOLA

11

É atribuição da coordenação pedagógica “Propor e coordenar atividades de formação

continuada” (LIBÂNEO, 2004, p. 183), assim como desencadear as ações de elaboração do

Projeto Sala de Educador. Entretanto, para que o projeto tenha êxito é necessário que todos os

demais profissionais da educação se envolvam e assumam com responsabilidade suas

atribuições4 desde o momento da concepção do projeto até a sua conclusão.

A partir das necessidades formativas evidenciadas pelo diagnóstico, os profissionais

defininem as temáticas de estudos e selecionam seus referenciais teórico-metodológicos5. Na

definição desses referenciais, é importante que os profissionais procurem um campo teórico de

acordo com as tendências contemporâneas de ensino e que contemplem metodologias

inovadoras que possibilitem subsídios para o planejamento de intervenções pedagógicas6 em

consonância com o seu PPP e com as políticas públicas educacionais.

Diante do exposto, os conteúdos de formação e o referencial teórico e metodológico

devem ser selecionados para subsidiar as sessões de estudos e os planos de intervenção a serem

colocados em prática nas salas de aula e/ou em outros espaços educativos escolares. O Cefapro

deve ser demandado sempre que houver dúvidas no processo de elaboração do Projeto Sala de

Educador.

Os encontros podem ser organizados por segmento e/ou de modo coletivo, respeitando

a autonomia da unidade escolar. Os agrupamentos de professores podem ser dispostos por

componente curricular, por área, por ciclos, unidocência e pluridocência, dependendo das ações

estabelecidas conforme as necessidades de formação apontadas pelo diagnóstico ou quando se

tratar de estudos e discussões de interesse comum. Podem, ainda, ser organizados em um único

grupo com a participação de todos os profissionais da educação - todas as temáticas formativas

devem estar descritas no item 4: Necessidades Formativas e os encontros descritos do item 8:

Cronograma do Projeto Sala de Educador.

O Plano de Intervenção Pedagógica (diagnóstico, planejamento e avaliação) é parte

integrante e fundamental do Projeto Sala de Educador e é detalhado em um tópico específico.

4A Lei Complementar 206/2004 estabelece as competências de diretores escolares, coordenadores e professores

que abrangem, entre outros, aspectos relacionados ao papel de cada um na formação continuada. 5 Sempre que necessário o Cefapro deve ser consultado. 6 Para melhor compreensão sobre o tema, verificar o Caderno de Concepções da Educação Básica no Documento

de Referência Curricular para Mato Grosso.

Page 12: ORIENTATIVO PROJETO SALA DE EDUCADOR: ESCOLA

12

Entretanto, o cronograma do registro da sua elaboração e avaliação fazem parte do cômputo da

carga horária total do projeto da escola.

Assim sendo, a carga horária é disposta da seguinte maneira:

Quadro 1. Distribuição da carga horária do Projeto Sala de Educador

Profissionais da Educação

Estudos teóricos e metodológicos

Intervenção

Pedagógica

Carga

Horária

Total do

Projeto

Carga Horária

Total

Carga Horária

Semanal

Sala de Educador 60h 3h 40h 100h

Considerando a Portaria nº. 759/2019/GS/SEDUC/MT de 27/11/2019, em especial o

art. 7º, que determina, em seus incisos I e II, o início do ano letivo, o recesso escolar e o fim do

ano letivo somam em média 34 semanas para o desenvolvimento do Projeto Sala de Educador,

tanto para as escolas com início do Projeto em 01 de abril/2020, quanto para as escolas com

início do Projeto em 01 de maio/2020.

Nessa perspectiva, a unidade escolar pode intercalar as atividades previstas no Projeto

Sala de Educador de modo a contemplar as respectivas cargas horárias: 60h destinadas aos

estudos teórico metodológicos e 40h para a elaboração do Plano de Intervenção Pedagógica.

Ao elaborar o cronograma é preciso que se atente para a distribuição da carga horária

do Projeto e respectivas temáticas propostas semanalmente. A formação continuada dos

professores é desenvolvida durante o tempo destinado à hora-atividade. Para os demais

profissionais (gestores escolares, TAE e AAE) as horas semanais de estudo devem ser

organizadas no cômputo de sua jornada semanal de trabalho, sem prejuízo as suas atividades

de rotina. Cumpridas todas as etapas de execução do Projeto Sala de Educador e Planos de

Intervenção Pedagógica, os profissionais recebem certificados por participação, de acordo com

a frequência dos estudos teóricos metodológicos e execução do plano de intervenção

pedagógica. A orientação de frequência e presença segue o estabelecido no Parecer nº

1.461/ASEJ/SEDUC/MT/2011 e no Parecer N.782/2015/UAS/SEDUC/AD109.

Coordenadores pedagógicos que mediam a formação continuada do Projeto e Planos de

Intervenção Pedagógica não são certificados por trabalho de mediação da formação, uma vez

Page 13: ORIENTATIVO PROJETO SALA DE EDUCADOR: ESCOLA

13

que esta é uma das atribuições inerentes ao exercício de suas funções. Portanto, são certificados

apenas na modalidade “Participação” conforme sua frequência.

Professor com um único vínculo e com carga horária distribuída em mais de uma escola

deve participar do Projeto na unidade escolar em que tiver maior carga horária/aula, o que não

exclui a necessidade de inteirar-se das temáticas de estudo da outra escola, incorporando-as ao

seu planejamento de aulas e intervenções pedagógicas. As excepcionalidades devem ser

encaminhadas junto ao Cefapro e a homologação dos pedidos é exclusivamente da

Superintendência de Políticas de Desenvolvimento Profissional.

Professor com dois vínculos deve participar em dois Projetos. No caso dos dois vínculos

serem na mesma unidade escolar, deve participar em duas turmas do Projeto, cumprindo todo

o seu fluxo.

Não é autorizada a realização do Projeto Sala de Educador entre os horários das 11h às

13h. As excepcionalidades devem ser encaminhadas junto ao Cefapro e a homologação dos

pedidos é exclusivamente da Superintendência de Políticas de Desenvolvimento Profissional.

4.1. PLANO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

Os Planos de Intervenção Pedagógica devem constar no item 6: Organização da

Intervenção Pedagógica do Projeto Sala de Educador.

O processo de intervenção pode acontecer de forma disciplinar, multidisciplinar,

transdisciplinar, em conjunto com os TAEs e AAEs e/ou com os gestores escolares (a depender

das necessidades apontadas no diagnóstico da unidade escolar).

A concessão das 40h de intervenção pedagógica definidas no Projeto dar-se-á,

obrigatoriamente, da seguinte forma:

a) Elaboração do Plano de Intervenção;

b) Relatório de Resultados (avaliação somativa);

c) Relatório Final/global, Artigo Científico (Relato de experiência), Portfólio ou

Banner (avaliação global);

Page 14: ORIENTATIVO PROJETO SALA DE EDUCADOR: ESCOLA

14

O Plano de Intervenção (anexo II) deve ser autorizado pelo coordenador pedagógico

da escola sendo incorporado ao Projeto Sala de Educador. O atesto de finalização

acontece imediatamente após a conclusão da intervenção pedagógica;

O Relatório de Resultados deve ser homologado pela coordenação pedagógica da

unidade escolar. O anexo II deve ser arquivado na coordenação pedagógica;

O Relatório Final, Artigo Científico (relato de experiência), Portfólio ou Banner

devem ser homologados pelo coordenador pedagógico e pelo formador do Cefapro

responsável pela escola.

Os resultados relevantes da intervenção pedagógica devem ser apresentados no

Seminário de Culminância do Projeto Sala de Educador promovido pelos Cefapros.

4.1.1 REGISTRO DA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

Conforme o apontado anteriormente, o desenvolvimento do projeto é de

responsabilidade da unidade escolar e os registros são fundamentais para legitimar o referido

processo. Nesse sentido, a escola deve ser rigorosa quanto ao registro de seus planos de

intervenção pedagógica.

Partindo do diagnóstico das dimensões pedagógica e administrativa, a escola percebe a

necessidade de intervenções para a melhoria de seus processos e, com isso, pode ter vários

planos de intervenção pedagógica.

A construção (diagnóstico e planejamento) e a avaliação são computadas na carga

horária prevista para esse fim (40h). A execução acontece nos espaços onde há necessidades

interventivas. Assim sendo, a escola pode organizar o projeto da seguinte maneira:

Semana1: Estudo teórico metodológico (3h);

Semana 2: Estudo teórico metodológico (3h);

Semana 3: Planejamento da Intervenção Pedagógica (3h);

Semana 4: Estudo teórico metodológico (3h);

Semana 5: Estudo teórico metodológico (3h);

Semana 6: Planejamento da Intervenção Pedagógica (3h).

Page 15: ORIENTATIVO PROJETO SALA DE EDUCADOR: ESCOLA

15

O exemplo ilustra a possibilidade de intercalar os estudos teórico e metodológicos e o

planejamento e avaliação da intervenção pedagógica. Porém, essa organização é uma sugestão,

podendo a unidade escolar elaborar outro planejamento de acordo com seu diagnóstico,

demandas e avaliações, desde que cumprindo com a carga horária de 60h para os estudos

teóricos e metodológicos e 40h para o planejamento das intervenções pedagógicas.

5. GESTÃO DA FORMAÇÃO - GFO

Todo o processo de Gestão e Certificação

do Projeto de Formação Sala de Educador

acontece no SigEduca, módulo GFO - Gestão da

Formação. Portanto, todas as unidades escolares

receberão o manual (passo a passo) para realizar

a inserção dos projetos no GFO. Somente os

projetos homologados pelos Cefapros são

inseridos no GFO.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei n. 9394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação

nacional. Diário Oficial da União de 23 de dezembro de 1996.

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão na escola: teoria e prática. 5. ed. Campinas:

Alternativa, 2004.

LÜCK, Heloísa. Planejamento em Orientação Educacional. 21. Ed. Revista. Petrópolis, RJ:

Vozes, 2009.

MATO GROSSO. Documento de Referência Curricular para Mato Grosso. Concepções

para Educação Básica. 2018

______. Lei Complementar 206 de 29 de dezembro de 2004. Dispõe sobre alterações na Lei

Complementar n. 50 de 1o de outubro de 1998. Diário Oficial de 29 de dezembro de 2004.

______. Resolução Normativa n. 002/2015-CEE/MT, de 24/09/2015. Estabelece normas

Page 16: ORIENTATIVO PROJETO SALA DE EDUCADOR: ESCOLA

16

aplicáveis para a Educação Básica no Sistema Estadual de Ensino e dá outras providências.

Diário Oficial de 24 de setembro de 2015.

______. Portaria n. 758/2019/GS/SEDUC/MT. Dispõe sobre a certificação do Projeto de

Formação da/na Escola e Projetos de Intervenção Pedagógica. Diário Oficial de 19 de

novembro de 2019.

______. Portaria n. 759/2019/GS/SEDUC/MT. Dispõe sobre o Calendário Escolar das

unidades escolares pertencentes à Rede Estadual de Ensino, para o ano letivo de 2020, e dá

outros providêmcias. Diário Oficial de 27 de novembro de 2019.

PARO, Vitor Henrique. Diretor da escola: educador ou gerente? São Paulo: Cortez. 2015.

VASCONCELOS, Celso dos Santos. Coordenação do trabalho pedagógico: do projeto

político-pedagógico ao cotidiano da sala de aula. 9. Ed. São Paulo: Libertad Editora, 2008.

ZABALA VIDIELLA, Antoni. La práctica educativa. Como enseñar. Editorial Graó, de

Serveisx Pedagogics. Barcelona. España, 2000.

Page 17: ORIENTATIVO PROJETO SALA DE EDUCADOR: ESCOLA

17

Anexo I

Capa: Deve conter o cabeçalho (Seduc, SPDP, Cefapro, escola), o

título do Projeto Sala de Educador: EE..., local e data.

NOTA: O texto do Projeto deve ser digitalizado em fonte Times

New Roman, tamanho 12, espaço 1,5, em volume de no mínimo 10

(dez) e no máximo 20 (vinte) páginas em papel A4, margem

esquerda e superior de 3 cm e demais margens de 2 cm.

Sumário: lista com paginação de cada item que compõe o projeto.

Corpo do texto:

1. Identificação

Identificar a unidade escolar (nome da

unidade escolar, endereço, telefone, e-

mail); modalidades de atendimento e

equipe gestora (Diretor Escolar,

Coordenador Pedagógico e Secretário

Escolar).

2. Diagnóstico

Extrair o diagnóstico do PPP da escola,

devendo conter minimamente: dados do

Saeb-Ideb, ANA, Prova Brasil, Provinha

Brasil, Enem, Avalia MT e os resultados

internos emitidos por meio da Gestão

Educacional (GED), Atas de Resultados

Finais, Relatórios de Aprendizagens, os

Objetivos de Aprendizagem, as

necessidades formativas dos profissionais

(professores, gestores escolares, TAEs e

AAEs), necessidades formativas para

implementação das políticas públicas

educacionais, avaliação do Projeto de

Formação da/na Escola de 2019, dos Planos

de Intervenção Pedagógica e avaliação de

desempenho profissional.

3. Metas e

Estratégias

Estabelecer metas e estratégias dos temas

apontados no diagnóstico que se

apresentaram como frágeis.

Page 18: ORIENTATIVO PROJETO SALA DE EDUCADOR: ESCOLA

18

4. Necessidades

Formativas

Elencar os temas formativos e sua relação

com a meta e estratégia estabelecidos a

partir do diagnóstico.

5. Procedimentos

Metodológicos

Descrever a metodologia a ser utilizada no

processo de concepção e execução do

Projeto Sala de Educador.

6. Organização da

Intervenção

Pedagógica

Apontar as áreas que necessitam de

intervenção pedagógica, os ambientes onde

acontecerão as intervenções pedagógicas e

as evidências de acompanhamento e

resultados.

7. Avaliação

A avaliação será diagnóstica, formativa e

somativa ou global. Descrever os

procedimentos da avaliação somativa e a

global. A avaliação diagnóstica já acontece

na elaboração do diagnóstico.

8. Cronograma

Descrever as datas e horários das reuniões

formativas da Sala de Educador e os

horários de planjemento e avaliação dos

Planos de Intervenção Pedagógica.

9. Referências

Descrever as referências citadas no texto

organizadas em conformidade com as

normas da ABNT.

Cronograma de desenvolvimento do Projeto Sala de Educador - Sugestão

MÊS

ATIVIDADES 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01

Elaboração e Validação

do Projeto

Desenvolvimento do

projeto

Temática 1

Temática 2

Temática 3

Temática 4

Temática ...

Fechamento e avaliação

do Projeto

Seminário de

Culminância do Projeto

Certificação GFO

Page 19: ORIENTATIVO PROJETO SALA DE EDUCADOR: ESCOLA

19

Cronograma de Atividades do Projeto: Estudos Teórico-Metodológico e Planejamento

dos Planos de Inteverção pedagógica- Sugestão

MÊS ABRIL MAIO JUNHO

ATIVIDADES S1 S2 S3 S4 S5 S1 S2 S3 S4 S1 S2 S3

Semana 1: Estudo

Teórico-Metológico

Semana 2: Estudo

Teórico-Metológico

Semana 3: Planejamento

Plano de Intervenção

Pedagógica

Semana 1: Estudo

Teórico-Metológico

Semana 2: Estudo

Teórico-Metológico

Semana 3: Planejamento

Plano de Intervenção

Pedagógica

...

Page 20: ORIENTATIVO PROJETO SALA DE EDUCADOR: ESCOLA

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Anexo II

Proposta XX - Plano de Intervenção Pedagógica 1. Identificação do Plano

Escola:

Etapa(s) atendida(s):

( ) Educação infantil, ( ) anos iniciais do Ensino Fundamental, ( ) anos finais do Ensino Fundamental ou ( ) Ensino Médio regular,

Modalidades/Especificidades:

( ) indígena ( ) campo ( ) EJA ( ) quilombola ( ) pessoa com deficiência ( ) outros, especificar_________________.

Polo Cefapro:

Diretor (a)

Responsáveis pela Intervenção:

Professor Formador responsável pelo Projeto Sala de Educador da Escola:

2. Descrição do Plano de Intervenção

Problema detectado (evidências)

Tipo de intervenção (disciplinar,

multidisciplinar, interdisciplinar,

transdisciplinar)

Turmas envolvidas

Objetivos

Ações previstas

Cronograma

Avaliação

Resultados Esperados

Assinaturas:

Proponente(s):

Coordenador(a):

SOMENTE AO FINAL DO PROJETO

Atesto para os devidos fins que os profissionais supracitados executaram o Plano de Intervenção Pedagógica.

A Apresentação do resultado se deu por meio de:

( ) artigo ( ) portfólio ( ) banner ( )comunicação oral ( ) seminário ( ) outro (descrever)

__________________

Data, ___/___/2020

Assinatura da Coordenação Pedagógica

Page 21: ORIENTATIVO PROJETO SALA DE EDUCADOR: ESCOLA

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