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4V | Volume 2 | História Manual do Professor

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4V | Volume 2 | História

Manual do Professor

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Coleção 4V

C689 Coleção 4V: - Belo Horizonte: Bernoulli Sistema de Ensino, 2018. 120 p.: il.

Ensino para ingresso ao Nível Superior. Bernoulli Grupo Educacional.

1. História I - Título II - Bernoulli Sistema de Ensino III - V. 2

CDU - 37CDD - 370

Centro de Distribuição:

Rua José Maria de Lacerda, 1 900 Cidade Industrial Galpão 01 - Armazém 05 Contagem - MGCEP: 32.210-120

Endereço para correspondência:

Rua Diorita, 43, PradoBelo Horizonte - MGCEP: 30.411-084www.bernoulli.com.br/sistema 31.3029.4949

Fotografias, gráficos, mapas e outros tipos de ilustrações presentes em exercícios de vestibulares e Enem podem ter sido adaptados por questões estéticas ou para melhor visualização.

Coleção 4V – Volume 2 é uma publicação da Editora DRP Ltda. Todos os direitos reservados. Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

SAC: [email protected] 31.99301.1441 – Dúvidas e sugestões a respeito das soluções didáticas.

ConSElho DirEtorDiretor Administrativo-Financeiro: Rodrigo Fernandes DomingosDiretor de Ensino: Rommel Fernandes DomingosDiretor Pedagógico: Paulo RibeiroDiretor Pedagógico Executivo: Marcos Raggazzi

DirEçãoDiretor Executivo: Tiago Bossi

AutoriAhistória: Alexandre Fantagussi, Edriano Abreu

ProDuçãoGerente de Produção: Luciene FernandesAnalista de Processos Editoriais: Letícia OliveiraAssistente de Produção Editorial: Thais Melgaço

núcleo PedagógicoGestores Pedagógicos: Amanda Zanetti, Vicente Omar TorresCoordenadora Geral de Produção: Juliana RibasCoordenadoras de Produção Pedagógica: Isabela Lélis, Lílian Sabino, Marilene Fernanda Guerra, Thaísa Lagoeiro, Vanessa Santos, Wanelza TeixeiraAnalistas Pedagógicos: Amanda Birindiba, Átila Camargos, Bruno Amorim, Bruno Constâncio, Daniel Menezes, Daniel Pragana, Daniel Pretti, Deborah Carvalho, Joyce Martins, Juliana Fonseca, Júnia Teles, Luana Vieira, Lucas Maranhão, Mariana Campos, Mariana Cruz, Marina Rodrigues, Paulo Caminha, Paulo Vaz, Raquel Raad, Sabrina Carmo, Stênio Vinícios de Medeiros, Taciana Macêdo, Tatiana Bacelar, Thalassa Kalil, Thamires Rodrigues, Vladimir AvelarAssistente técnica em Estatística: Numiá GomesAssistentes de Produção Editorial: Carolina Silva, Suzelainne de Souza

Produção EditorialGestora de Produção Editorial: Thalita NigriCoordenadores de núcleo: Étore Moreira, Gabriela Garzon, Isabela DutraCoordenadora de iconografia: Viviane FonsecaPesquisadores iconográficos: Camila Gonçalves, Débora Nigri, Eloine Reis, Fabíola Paiva, Guilherme Rodrigues, Núbia Santiagorevisores: Ana Maria Oliveira, Gabrielle Ruas, Lucas Santiago, Luciana Lopes, Natália Lima, Tathiana OliveiraArte-Finalistas: Cleber Monteiro, Gabriel Alves, Kátia SilvaDiagramadores: Camila Meireles, Isabela Diniz, Kênia Sandy Ferreira, Lorrane Amorim, Naianne Rabelo, Webster Pereirailustradores: Reinaldo Rocha, Rodrigo Almeida, Rubens Lima

Produção GráficaGestor de Produção Gráfica: Wellington SeabraCoordenador de Produção Gráfica: Marcelo CorreaAnalista de Produção Gráfica: Patrícia ÁureaAnalistas de Editoração: Gleiton Bastos, Karla Cunha, Pablo Assunção, Taiana Amorimrevisora de Produção Gráfica: Lorena Coelho

Coordenador do PSM: Wilson BittencourtAnalistas de Processos Editoriais: Augusto Figueiredo, Izabela Lopes, Lucas Roquerevisoras: Bruna Emanuele Fernandes, Danielle Cardoso, Luísa GuerraArte-Finalista: Larissa AssisDiagramadores: Anna Carolina Moreira, Maycon Portugal, Rafael Guisoli, Raquel Lopes, Wallace Weberilustrador: Hector Ivo Oliveira

rElACionAMEnto E MErCADoGerente Geral de relacionamento e Mercado: Renata Gazzinelli

SuPortE PEDAGóGiCoGerente de Suporte Pedagógico: Heloísa BaldoAssessoras Pedagógicas Estratégicas: Madresilva Magalhães, Priscila BoyGestores de Conteúdo: Luciano Carielo, Marinette FreitasConsultores Pedagógicos: Adriene Domingues, Camila Ramos, Claudete Marcellino, Daniella Lopes, Denise Almeida, Eugênia Alves, Francisco Foureaux, Leonardo Ferreira, Lucilene Antunes, Paulo Rogedo, Soraya OliveiraAnalista de Conteúdo Pedagógico: Paula VilelaAnalista de Suporte Pedagógico: Caio PontesAnalista técnico-Pedagógica: Graziene de AraújoAssistente técnico-Pedagógica: Werlayne BastosAssistentes técnico-Administrativas: Aline Freitas, Lívia Espírito Santo

CoMErCiAlCoordenador Comercial: Rafael CurySupervisora Administrativo-Comercial: Mariana GonçalvesConsultores Comerciais: Adalberto de Oliveira, Carlos Eduardo Oliveira, Cláudia Amoedo, Eduardo Medeiros, Guilherme Ferreira, Ricardo Ricato, Robson Correia, Rossano Rodrigues, Simone CostaAnalistas Comerciais: Alan Charles Gonçalves, Cecília Paranhos, Rafaela RibeiroAssistentes Comerciais: Laura Caroline Tomé, Melissa Turci

ADMiniStrAtivoGerente Administrativo: Vítor LealCoordenadora técnico-Administrativa: Thamirys Alcântara Coordenadora de Projetos: Juliene SouzaAnalistas técnico-Administrativas: Ana Clara Pereira, Bárbara Câmara, Lorena KnuppAssistentes técnico-Administrativos: Danielle Nunes, David Duarte, Fernanda de Souza, Mariana Girardi, Priscila Cabral, Raphaella HamziAuxiliar de Escritório: Sandra Maria MoreiraEncarregado de Serviços Gerais e Manutenção: Rogério Brito

oPErAçõESGerente de operações: Bárbara AndradeCoordenadora de operações: Karine ArcanjoSupervisora de Atendimento: Adriana MartinsAnalista de Controle e Planejamento: Vinícius AmaralAnalistas de operações: Ludymilla Barroso, Luiza RibeiroAssistentes de relacionamento: Amanda Aurélio, Amanda Ragonezi, Ana da Silva, Ana Maciel, Ariane Simim, Débora Teresani, Elizabeth Lima, Eysla Marques, Flora Freitas, Iara Ferreira, Renata Gualberto, Renata Magalhães, Viviane RosaCoordenadora de Expedição: Janaína CostaSupervisor de Expedição: Bruno Oliveiralíder de Expedição: Ângelo Everton PereiraAnalista de Expedição: Luís XavierAnalista de Estoque: Felipe LagesAssistentes de Expedição: Eliseu Silveira, Helen Leon, João Ricardo dos Santos, Pedro Henrique Braga, Sandro Luiz QueirogaAuxiliares de Expedição: Admilson Ferreira, Marcos Dionísio, Ricardo Pereira, Samuel Pena

tECnoloGiA EDuCACionAlGerente de tecnologia Educacional: Alex RosaCoordenadora Pedagógica de tecnologia Educacional: Luiza WinterCoordenador de tecnologia Educacional: Eric LongoCoordenadora de Atendimento de tecnologia Educacional: Rebeca MayrinkAnalista de Suporte de tecnologia Educacional: Alexandre PaivaAnalista de tecnologia Educacional: Vanessa VianaAssistentes de tecnologia Educacional: Augusto Alvarenga, Naiara Monteiro, Sarah CostaDesigner de interação: Marcelo CostaDesigners instrucionais: Alisson Guedes, David Luiz Prado, Diego Dias, Fernando Paim, Mariana Oliveira, Marianna DrumondDesigner de vídeo: Thais MeloEditora Audiovisual: Marina Ansalonirevisor: Josélio VerteloDiagramadores: Izabela Brant, Raony Abade

MArkEtinGGerente de Marketing: Maria Cristina BelloCoordenadora de Marketing: Jaqueline Camargos

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PLANEJAMENTO DO vOLuMEDisciplina: hisTóriA

série: 3ª

segmento: EM/Pv

volume: 2

FRENTE módulo coNTEúdoSuGESTÕES dE ESTRaTéGiaS

A

06 • Reforma e Contrarreforma• Aula expositiva

• Resolução de exercícios

• Aula expositiva com

uso de multimídia

• Discussão em grupos

•  Júri simulado

• Filmes

• Avaliações

07 • Revolução Inglesa

08 •  Iluminismo

09 • Revolução Americana

10 • Revolução Francesa e consolidação da ordem liberal

B

05 • Brasil Colônia: crise do sistema colonial e Independência do Brasil

06 • Brasil Império: Primeiro Reinado

07 • Brasil Império: Período Regencial

08 • Bases políticas do Brasil Império

OriENTAçõEs E sugEsTõEsmódulo – a 06

Reforma e contrarreformaEm um primeiro momento, professor(a), é interessante problematizar, junto a seus alunos, a temática relativa

às religiões protestantes de forma mais geral, afinal, tais doutrinas, assim como os seus desdobramentos, continuam se expandindo na sociedade contemporânea. Para compreender as religiões reformadas, no entanto, é importante remontar o contexto do final da Idade Média, quando alguns fatores, como o Cisma do Oriente e do Ocidente e as heresias medievais, precediam a fragmentação que a Igreja sofreria no século XVI. Utilize a videoaula para abordar as principais razões que proporcionaram essa diferenciação religiosa.

Abordando de forma específica as religiões dissidentes, é válido ressaltar as diferenças existentes entre o luteranismo, o calvinismo e o anglicanismo. Uma sugestão para comparar as ideias de Martinho Lutero com as de João Calvino é diferenciá-las entre si e, posteriormente, apontar as suas discordâncias em relação à doutrina católica. Ressalte os abusos cometidos pela Igreja Romana na época, assim como as percepções de salvação do homem adotadas pelos luteranos e pelos calvinistas, que se apegavam à fé e à predestinação divina, respectivamente. No caso da fundação do anglicanismo, aponte, professor(a), os vários motivos que levaram Henrique VIII a romper com a Igreja Romana, como também a fusão entre ritos católicos e protestantes na religião reformada inglesa.

Por fim, é fundamental esclarecer a reação da Igreja Católica à expansão do protestantismo. Destaque que, por meio do Concílio de Trento, o clero católico insistiu em reafirmar os dogmas da Igreja e criou alguns instrumentos repressores, como o Index, a Companhia de Jesus e o Tribunal do Santo Ofício.

Manual do Professor

3Bernoulli Sistema de Ensino

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módulo – a 07

Revolução inglesaProfessor(a), para que seus alunos tenham uma melhor compreensão desse módulo, procure diferenciar,

inicialmente, o sistema monárquico absolutista do parlamentarista, afinal, a Revolução Inglesa foi um dos primeiros movimentos burgueses que obtiveram sucesso na luta contra o absolutismo. Partindo para a análise da Revolução, apresente para seus alunos a situação sociopolítica da Inglaterra nos anos que antecederam os conflitos. Nesse sentido, é importante ressaltar a desigualdade típica dos regimes absolutistas, evidenciada por uma aristocracia luxuosa que contrastava com uma massa de camponeses e comerciantes que, apesar de sustentarem o Estado por meio do pagamento de impostos, viviam em condições miseráveis. Destaque também os abusos cometidos pelo rei, ressaltando que tais abusos desencadearam a Revolução Puritana.

Aproveite esse momento, professor(a), para demonstrar a força do Parlamento e, consequentemente, de Oliver Cromwell, que, por meio de medidas como os Atos de Navegação, acabou contribuindo para o fortalecimento da economia inglesa. É importante que você justifique os motivos pelos quais o regime republicano fracassou na Inglaterra e, principalmente, os novos abusos cometidos por Jaime II alguns anos após a restauração da monarquia no país. Por fim, professor(a), mostre aos seus alunos a importância da Revolução Gloriosa, caracterizando a Declaração de Direitos, assim como os seus desdobramentos para o futuro da Inglaterra.

módulo – a 08

iluminismoEsse é um módulo muito importante para a formação histórica dos alunos, pois foi o Iluminismo que sintetizou

os anseios da burguesia, que, desde o início da Idade Moderna, vinha se fortalecendo economicamente. Dessa forma, procure fazer um resgate dos temas estudados anteriormente, de forma a remontar ao Antigo Regime, demonstrando, assim, os aspectos criticados pelos filósofos iluministas. Aproveite esse momento, professor(a), para apresentar as propostas libertárias desses pensadores no que se refere à política, à economia e mesmo à organização da sociedade.

Apresentada a base dos princípios do Iluminismo, destaque as obras dos principais iluministas, de forma que seus alunos percebam que os ideais ilustrados foram construídos por homens como Rousseau, Voltaire e Montesquieu, que ajudaram, inclusive, a formar os princípios da política ocidental contemporânea. Por fim, professor(a), destaque as repercussões imediatas do Iluminismo ainda no século XVIII, quando reis absolutistas – os déspotas esclarecidos – se apropriaram de algumas ideias ilustradas para viabilizar sua manutenção no poder.

módulo – a 09

Revolução americanaProfessor(a), para uma melhor compreensão do processo de Independência das Treze Colônias, procure

relembrar o processo de colonização dessa região, salientando as diferenças da postura da Inglaterra ao se relacionar com as Colônias do Norte e com as Colônias do Sul. Após enfatizar a negligência salutar concedida aos nortistas, procure destacar a participação da Inglaterra na Guerra dos Sete Anos, o que acabou justificando a mudança da postura da metrópole inglesa, que, enfraquecida pela guerra, rompeu com a negligência e retirou a liberdade dos nortistas. Aproveite esse momento para abordar as leis restritivas impostas pela Inglaterra às suas colônias, assim como a revolta dos colonos, expressa pelos dois Congressos da Filadélfia.

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Antes de discutir a consolidação da Independência, apresente aos seus alunos as forças reunidas pelos dois lados da guerra travada entre a metrópole e a colônia. Nesse sentido, é interessante destacar o apoio francês às tropas de George Washington, que, fortalecidas pelo apoio financeiro de outras nações, acabou vencendo essa guerra.

Por fim, professor(a), destaque o caráter inovador da Independência das Treze Colônias – o que, inclusive, a caracteriza como uma revolução – e a influência que esta exerceu para os processos emancipacionistas de quase toda a América no século XIX.

módulo – a 10Revolução Francesa e consolidação da ordem liberal

Antes de iniciar a análise da Revolução Francesa, professor(a), é importante demonstrar aos seus alunos a relevância desse processo para os rumos da história da humanidade. Lembre aos alunos de que essa Revolução acabou sendo consagrada como um marco histórico, pois, de acordo com alguns historiadores, esse foi o evento que encerrou a Idade Moderna e inaugurou a Idade Contemporânea. Para uma melhor compreensão do processo revolucionário, é fundamental que você, professor(a), apresente os aspectos institucionais e sociais da França, que, naquele momento, passava por uma grande crise econômica. Aproveite esse momento para contrastar a fome que se espalhava entre a maioria dos franceses com a insensibilidade da Corte, que, em meio aos privilégios aristocráticos, insistia em ignorar os problemas do país.

Após situar o marco inicial da Revolução Francesa – a Tomada da Bastilha –, procure diferenciar as fases do processo revolucionário. Para isso, é necessário destacar a divisão dos interesses burgueses, afinal, divididas em partidos políticos – como girondinos e jacobinos –, a alta e a baixa burguesia passaram a se alternar no poder. Professor(a), procure enfatizar a vitória da alta burguesia, que, ameaçada pelos países absolutistas contrarrevolucionários e por movimentos sociais franceses, legitimou a ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder. Nesse sentido, caracterize o governo napoleônico como uma continuidade da Revolução, atendendo, principalmente, aos anseios da alta burguesia.

Após destacar as grandes conquistas napoleônicas, justifique os motivos que levaram o imperador francês a ser destituído do trono, enfatizando, principalmente, a investida francesa malsucedida na Rússia. Por fim, professor(a), destaque a tentativa do Congresso de Viena em impor a volta da dinastia Bourbon na França e como essa imposição acabou gerando a eclosão das revoluções liberais, fundamentais para a configuração da ordem burguesa na Europa.

módulo – B 05Brasil colônia: crise do sistema colonial e independência do Brasil

Professor(a), esse módulo aborda os primeiros sinais de contestação do modelo colonial imposto por Portugal ao Brasil durante a Idade Moderna, além de apresentar as revoltas separatistas e o processo emancipatório brasileiro ocorridos após a vinda da família real para o Brasil. É fundamental, portanto, descrever as motivações dos movimentos contestatórios, além de distinguir as revoltas nativistas e separatistas. É importante, também, professor(a), que você correlacione os episódios ocorridos no Brasil com o contexto internacional, em especial com a ascensão do pensamento liberal iluminista e com as revoluções burguesas. Após a apresentação das revoltas, demonstre o quadro internacional responsável pelo deslocamento da Corte lusitana para o Brasil e suas consequências tanto para Portugal quanto para a região colonial. Aproveite para relacionar a presença da família real no Brasil ao processo emancipatório nacional, que deve ser caracterizado em seus pormenores, com especial preocupação no que diz respeito à descrição do quadro sociopolítico vigente no período e às particularidades da Independência brasileira frente às outras nações americanas.

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módulo – B 06

Brasil império: Primeiro ReinadoNesse módulo, são abordados os primeiros anos do Brasil independente, mais precisamente o

governo de Pedro I. No decorrer das aulas, é interessante apresentar uma linha do tempo, ressaltando o curto período de vigência do Primeiro Império. Nas descrições realizadas, destaque o quadro político nacional, a Constituição de 1824, a submissão aos anseios britânicos, a influência da antiga metrópole nas determinações políticas do Brasil e as relações internacionais, em especial a Guerra da Cisplatina. É fundamental que você, professor(a), apresente o Primeiro Reinado como um período de consolidação de algumas instituições nacionais, como a própria monarquia. No entanto, também realce o caráter instável e atribulado do período. Busque destacar a mais importante revolta vigente no período: a Confederação do Equador. No encerramento do módulo, apresente os fatores responsáveis pelo desgaste da imagem política do imperador frente à sociedade e a vinculação desses eventos ao processo de abdicação.

módulo – B 07

Brasil império: Período RegencialNesse módulo, professor(a), você encontrará a narrativa da conturbada fase das Regências, ocorrida após

a abdicação do monarca Pedro I. É fundamental, na análise do tema, discorrer sobre os grupos políticos nacionais e seus projetos para o país. Professor(a), utilize a videoaula para contextualizar a organização partidária do país no Período Regencial e estabeleça relações com a configuração atual da organização partidária brasileira. Aproveite o momento para fazer uma apresentação geral das quatro Regências existentes no período e uma distinção política de cada uma dessas fases. Além disso, você também poderá correlacionar a evolução do quadro político com o cenário de instabilidade interna. Nessa apresentação, é fundamental que você promova a narrativa das várias revoltas regenciais, compreendendo os elementos sociais, econômicos e políticos que favoreceram a eclosão de cada revolta. Apresente também os elementos responsáveis pelo projeto de centralização do poder na fase final das Regências, analisando as circunstâncias responsáveis pelo Golpe da Maioridade, assim como as razões para o refluxo da “maré liberal”. Durante toda a abordagem desse módulo, professor(a), busque esclarecer alguns conceitos, como Regências, Lei Interpretativa, Guarda Nacional e Código de Processo Criminal, fundamentais para a compreensão do Período Regencial.

módulo – B 08

Bases políticas do Brasil império Professor(a), esse módulo trata dos primeiros anos do longo período do Segundo Reinado, com ênfase na

análise do sistema político do início do regime, além da apresentação dos principais elementos econômicos do país no contexto. Durante a abordagem do tema, é fundamental apresentar os primeiros anos do Segundo Reinado como uma fase de transição política que se iniciou ao fim da Regência Una de Araújo Lima e foi encerrada com a Revolução Praieira. Após essa exposição, é fundamental debater o aspecto político parlamentar vigente no Segundo Reinado, com a preocupação de distingui-lo do vigente na Inglaterra, região irradiadora do modelo parlamentarista. É importante, após a apresentação política, analisar os principais elementos econômicos existentes no país durante o Segundo Reinado. A ênfase, nesse tema, fica em torno da atividade cafeeira e do desenvolvimento industrial do país. Após minuciosa análise dos dois temas, é importante abordar os outros ramos da economia brasileira, como a atividade açucareira e o algodão.

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COMENTáriO E rEsOLuçãO DE quEsTõEs

módulo – a 06Reforma e contrarreforma

Exercícios de aprendizagem

Questão 01 – Letra AComentário: A mercantilização de dogmas da fé por meio da venda de indulgências e relíquias, comércio que rendia grandes somas para a Igreja, passou a desmoralizar as autoridades católicas, aumentando a insatisfação de setores sociais contra a Igreja no século XVI. Lutero, um dos expoentes da Reforma Protestante, lamentou a credulidade das pessoas e, indignado com o fato, fixou na porta da igreja da cidade de Wittenberg um documento conhecido como as 95 Teses, posicionando-se, sobretudo, contra a venda de indulgências. Além disso, a autoridade do papa foi alvo de questionamentos e, assim, a premissa católica da “infalibilidade papal” foi negada pelos reformadores.

Questão 02 – Letra DComentário: O luteranismo criticou várias práticas e dogmas da Igreja Católica. Além da venda das indulgências, principal alvo de Lutero e cláusula notável nas suas 95 Teses, o reformador também questionou o poder temporal da Igreja, rejeitando a premissa católica da “infalibilidade papal”, conforme é indicado corretamente na alternativa D.

Questão 03 – Letra BComentário: A questão aborda uma concepção de trabalho bastante peculiar, oriunda do calvinismo, conforme relata a alternativa B, já que, de acordo com essa doutrina, o trabalho não era uma punição, como o era na percepção católica, mas o glorificava como uma autêntica obediência ao Senhor, contradizendo, assim, a alternativa C. Não é correto dizer, porém, que algo análogo ocorra no anglicanismo, pois tão somente o calvinismo chegou a elaborar uma doutrina particular e profundamente distinta do catolicismo, o que não ocorreu com as vertentes anteriores do protestantismo, conforme cita a alternativa D. O trabalho, assim, é um valor burguês, produto das transformações socioculturais da Europa Central, o que torna incorreta a alternativa D.

Questão 04 – Letra EComentário: Durante quase quarenta anos, católicos e protestantes se enfrentaram em uma guerra civil intermitente, que quase levou a França à desintegração. Durante uma de tantas pazes provisórias – a de Saint Germain, estabelecida em 1570 –, planejou-se o casamento de Margarida de Valois (católica) com Henrique de Bourbon, rei de Navarra (protestante). Um dia após o casamento, a população católica comemoraria o tradicional Dia de São Bartolomeu. Antes do amanhecer, sobreveio a explosão de violência, que terminaria por levar à morte cerca de 30 000 protestantes em todo o país. Por isso, o episódio ficou conhecido como a Noite de São Bartolomeu.

Exercícios Propostos

Questão 01 – Letra EComentário: O comentário do cardeal se insere no contexto de transformações ocorridas no início da Idade Moderna. Na Europa,  surgiram movimentos que desafiaram a ordem religiosa vigente, com propostas de questionar e derrubar os dogmas e a infalibilidade da Igreja Católica. Os principais agentes históricos desses movimentos foram os cientistas (com o heliocentrismo) e os protestantes (que quebraram a unidade do cristianismo no Ocidente). Por isso, o cardeal, membro da Igreja Católica, que iniciava uma Contrarreforma para frear essas forças de contestação, os considerava inimigos e desejava eliminá-los.

Questão 02 – Letra DComentário: Os autos de fé eram castigos públicos realizados pela Santa Inquisição em parceria com o Estado absolutista. Os condenados por heresia, expostos aos olhos da multidão, eram obrigados a pedir perdão pelos seus crimes, sem direito a defesa, antes de serem executados pela justiça civil. Os réus ouviam as sentenças e depois eram queimados vivos.

Questão 03 – Letra BComentário: As ideias de Lutero expressas no texto indicam uma forte crítica com relação à venda de indulgências, realizada pela Igreja católica. Para o reformador, elas representariam uma futilidade humana e um afastamento com relação à vontade de Deus. Nesse sentido, o luteranismo defende que a salvação se daria apenas pela fé, sendo inúteis as tentativas de venda ou compra do perdão divino. Lutero ainda estimulava o livre pensar e o livre agir da sociedade ao pregar a ideia de tradução e livre interpretação da Bíblia, o que diminuiria o poder da Igreja no que diz respeito à intermediação entre a vontade divina e a vida dos homens.

Questão 04 – Letra AComentário: A expansão da alfabetização, ocorrida com mais ênfase no século XVI, pode ser atribuída ao desenvolvimento da imprensa ou mesmo à tradução dos textos bíblicos, como afirma a alternativa A. Tal processo, no entanto, não foi amplo e democrático de forma a ser tratado como “processo de escolarização das sociedades”, conforme sugere a alternativa B. Esse dado confronta, ainda, a informação trazida na alternativa D, que generaliza o crescimento da intelectualidade, sem considerar que o mesmo não se deu de forma a atingir a maioria. A disseminação do uso de diários e correspondências, conforme a alternativa C, embora importante para perceber a postura cada vez mais antropocêntrica e individualista do homem, é insuficiente para explicar tamanhas transformações.

É inviável, assim, pensar que a cultura nesse período estivesse ainda tão somente concentrada nos monastérios, embora não se possa afirmar que estivesse ao alcance de todos, conforme argumenta a alternativa E.

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Questão 05 – Letra BComentário: A questão aborda uma concepção de trabalho bastante peculiar, oriunda do calvinismo, conforme relata a alternativa B, já que, de acordo com essa doutrina, o trabalho não era tido como uma punição, como era na percepção católica, mas glorificado como uma autêntica obediência ao Senhor, contradizendo, assim, a alternativa C. Não é correto dizer, porém, que algo análogo ocorra no anglicanismo, pois tão somente o calvinismo chegou a elaborar uma doutrina particular e profundamente distinta do catolicismo, o que não ocorreu com as vertentes anteriores do protestantismo, conforme cita a alternativa D. O trabalho, assim, é um valor burguês, produto das transformações socioculturais da Europa Central, o que torna incorreta a alternativa D.

Questão 06 – Letra AComentário: A questão estabelece uma relação entre o luteranismo e a educação. A valorização da leitura e da interpretação da Bíblia gerava a necessidade de alfabetização dos fiéis para que eles pudessem ter acesso aos Textos Sagrados. A alternativa correta menciona esse aspecto. Já as incorretas mencionam equívocos, como a defesa da leitura da tradução da Bíblia em Latim (Vulgata) por Lutero, a exclusividade do ensino da doutrina luterana pelos sacerdotes ou a associação do Concílio de Trento (evento da Contrarreforma) ao luteranismo.

Questão 07 – Letra AComentário: A questão aborda a relação entre o calvinismo e o acúmulo de riquezas. A doutrina calvinista estabelecia para seus adeptos uma vida regrada, disciplinada, dedicada ao trabalho, afastada do ócio, dos vícios e da ostentação. De acordo com essa doutrina, conformar-se a esse ideal de conduta não seria o caminho para a salvação, mas seus resultados visíveis – o sucesso material – dariam ao eleito a confirmação do estado de graça. Esse código de conduta levou alguns autores a considerar esses princípios do calvinismo como fatores que favoreceriam o processo de acumulação capitalista.

Questão 08 – Letra AComentário: O texto apresenta a interpretação de uma mulher na Inglaterra em relação ao que seria pecado. Não julgando pecado o pobre roubar do rico, sua postura se relaciona com a ideia da Reforma Protestante de livre interpretação da Bíblia. Na Inglaterra, embora tenha se consolidado o anglicanismo, a partir do Ato de Supremacia de Henrique VIII, em 1534, outras religiões protestantes se difundiram ou foram formadas no país. Esses grupos religiosos assumiam, muitas vezes, posturas radicais, de acordo com os interesses de vários grupos sociais - exemplo disso são os niveladores e escavadores, que tiveram influência no processo revolucionário inglês do século XVII. Assim, a alternativa A está correta ao afirmar que cada grupo utilizava os argumentos religiosos para justificar seus interesses na sociedade inglesa.

Questão 09 – Letra A Comentário: Durante a contrarreforma a Igreja se serviu de diversos instrumentos para conter o avanço do protestantismo e reafirmar seus dogmas e poder. O Tribunal do Santo Ofício tinha a função de julgar e condenar aqueles que se desviassem das normas estabelecidas por Roma.

Questão 10 – Letra AComentário: A questão aborda os interesses políticos no interior do Sacro Império Germânico, no contexto da Reforma Luterana. Foram esses interesses que permitiram a expansão do luteranismo e impediram que as ideias de Lutero fossem sufocadas. O apoio da nobreza alemã foi fundamental para que o luteranismo não tivesse o mesmo destino de seus predecessores mencionados no texto. A alternativa correta ainda menciona as condições dos camponeses no Sacro Império. É importante lembrar, no entanto, que, apesar da disseminação do luteranismo entre essa camada e das propostas de radicalização como a dos anabatistas, Lutero não apoiou as rebeliões camponesas ocorridas nesse mesmo contexto.

Seção Enem

Questão 01 – Letra CEixo cognitivo: I

Competência de área: 4

Habilidade: 16

Comentário: A criação da imprensa de tipos móveis por Gutenberg, no século XV, colaborou para a expansão das ideias reformistas, uma vez que a ampliação do público leitor permitiu o acesso de um número maior de pessoas aos textos bíblicos, cuja leitura era antes exclusiva ao clero católico, e aos textos dos reformadores. Desse modo, o desenvolvimento da imprensa difundiu as ideias protestantes, contribuindo com a ruptura do monopólio religioso da Igreja na Europa Ocidental, conforme sinaliza a letra C.

Questão 02 – Letra BEixo cognitivo: IV

Competência de área: 3

Habilidade: 14

Comentário: A partir de uma comparação entre as doutrinas católica, luterana e calvinista – expressas pelos trechos apresentados na questão –, é possível perceber uma grande exaltação ao poder divino, responsável pela condução das questões mundanas. É importante ressaltar, entretanto, que principalmente os luteranos e os católicos consideravam válidas as ações terrenas para que o fiel pudesse alcançar a salvação, enquanto Calvino, em uma postura mais radical, se apegava à predestinação divina, muito embora dispensasse um certo livre-arbítrio às ações humanas no plano terreno. Dessa forma, a alternativa correta é a B, que, apesar de reconhecer a grande importância do poder divino para as doutrinas apresentadas, leva em consideração a parcela de liberdade concedida por Deus aos homens.

Questão 03 – Letra CEixo cognitivo: IV

Competência de área: 1

Habilidade: 4

Comentário: As propostas de Lutero tiveram grande repercussão entre os camponeses do Sacro Império Germânico. A expansão dessas ideias levou ao surgimento de grupos mais radicais, como o dos anabatistas, que possuíam uma visão radical a respeito da Reforma.

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Liderados por homens como Thomas Müntzer, os camponeses se levantaram e promoveram invasões a propriedades da nobreza por todo o Império. A rebeldia camponesa, no entanto, sofreu a oposição de Lutero, que, assim como afirma a alternativa correta, letra C, não tinha como objetivo a realização de uma reforma social. Além disso, o apoio aos camponeses poderia significar a perda do suporte dado pela nobreza. Para os luteranos, o sujeito poderia transformar-se a si mesmo, mas não ao mundo – cujo destino depende da insondável vontade divina. Sem apoio, os movimentos camponeses foram duramente reprimidos pela nobreza alemã em um conflito que levou a, aproximadamente, 100 mil mortes entre os trabalhadores rurais.

módulo – a 07Revolução inglesa

Exercícios de aprendizagem

Questão 01 – Letra DComentário: A Revolução Inglesa, tendo sido um marco da ascensão política da burguesia, não concebia o sufrágio universal, a ampliação dos direitos das assembleias populares, tampouco questões referentes a intervenções relativas à Igreja Anglicana, à independência colonial e irlandesa ou mesmo à ênfase das relações internacionais em detrimento do crescimento econômico dos mercados nacionais, tal como é abordado nas alternativas A, B, C e E, respectivamente. A resposta correta, letra D, afirma que a ascensão da burguesia ao poder, por meio do Parlamento, gerou a abolição dos resquícios feudais.

Questão 02 – Letra EComentário:  A  questão  aborda  o  significado  das  revoluções inglesas.  A  afirmativa  correta  relaciona-se  à  ocorrência  dos eventos que levaram à abolição dos direitos feudais e submeteram o rei ao poder do Parlamento. Abria-se, a partir daquele momento, o caminho para a consolidação das relações capitalistas e da monarquia parlamentar como forma de organização política. Ao final do processo revolucionário, pode ser observada a ascensão de novos grupos ao poder político e o fim das tentativas de absolutização do poder real na Inglaterra. A burguesia e a pequena nobreza identificada com os valores burgueses (gentry) passaram, por meio da ação no Parlamento, a impor limites à atuação dos monarcas ingleses. As alternativas incorretas mencionam eventos relativos à Revolução Francesa, como a Declaração dos Direitos do Homem ou as Guerras Napoleônicas. Ainda de forma incorreta, são mencionadas questões religiosas como o fim do Anglicanismo ou a retomada do catolicismo na Inglaterra, que não ocorreram.

Questão 03 – Letra DComentário: A questão aborda diretamente as alterações políticas pelas quais a Inglaterra passou no século XVII. Durante esse período extremamente conturbado, a Inglaterra viu a ascensão dos reis Stuart após a morte da rainha Elizabeth Tudor em 1603. Em 1649, o rei Carlos I foi executado pelos revolucionários puritanos, o que levou ao fim da Monarquia e à consequente proclamação da República.

A  Inglaterra  ainda  presenciou  o  fim  da  República,  com  o retorno ao trono dos monarcas Stuart e um novo processo revolucionário, a Revolução Gloriosa, que culminou com a ascensão de Guilherme de Orange como rei.

Questão 04 – Letra BComentário: Após a Revolução Puritana, o rei Carlos I foi levado a um tribunal, quando o monarca foi, então, acusado de traição e condenado à morte. A partir disso, em 1649, foi proclamada a República, chamada de Commonwealth (comunidade), sob o comando de Oliver Cromwell. Contudo, foi uma república temporária, já que em 1653, diante das radicalizações ocorridas durante a Revolução, o Longo Parlamento foi dissolvido e Cromwell estabeleceu uma ditadura, sendo declarado Lorde Protetor da Inglaterra, Escócia e Irlanda. Seu governo foi denominado de Protetorado.

Exercícios Propostos

Questão 01 – Letra DComentário:  A  questão  aborda  o  significado  da  Revolução Inglesa. A alternativa correta, letra D, menciona a principal transformação política proporcionada pelo processo, a submissão da autoridade real ao Parlamento inglês. As alternativas incorretas mencionam equivocadamente o declínio da hegemonia marítima inglesa, a vitória dos projetos populares, a retomada de poder dos católicos, ou a ascensão do proletariado ao poder na Inglaterra.

Questão 02 – Letra CComentário: Os Atos de Navegação, temática explorada pela questão, fortaleceram a Marinha inglesa, que reagia ao poderio naval e comercial holandês no século XVII, o que deteriorou a relação entre Inglaterra e Holanda, contrariando os argumentos contidos nas alternativas A e B, mas confirmando a explicação presente na alternativa C. As alternativas D e E, por sua vez, possuem erros históricos e cronológicos, já que os Atos de Navegação foram promulgados em 1651, no governo de Cromwell, e não na Dinastia Tudor. Além disso, ainda faltavam quatro décadas para que o ouro fosse encontrado em Minas Gerais, por isso, não se pode relacionar os Atos de Navegação à exploração aurífera na América Portuguesa.

Questão 03 - Letra BComentário: Os interesses envolvidos nos Atos de Navegação não diziam respeito aos nobres, como mencionado na alternativa C, mas sim aos burgueses, que, todavia, não estavam interessados em questões relativas ao comércio colonial americano ou africano, como citam as alternativas D e E. Em oposição ao que é dito na alternativa A, o desejo da burguesia era garantir a proeminência sobre relevantes concorrentes, como a Holanda e, com isso, conquistar generosos lucros por meio do comércio marítimo e do controle  da  circulação  de  tais  vias,  conforme  especifica  a  alternativa B.

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Questão 04 – Letra EComentário: O processo das revoluções inglesas garantiu a conquista do poder por parte da burguesia, consolidando um novo regime de governo no qual o poder real era limitado pela ação do Parlamento. Nessa nova realidade política, os direitos da burguesia foram ampliados e seus interesses foram atendidos, o que propiciou o pioneirismo inglês no processo de Revolução Industrial. Além disso, é importante lembrar que um dos motivos que levaram à Revolução Inglesa foi a discordância religiosa entre a burguesia e a monarquia inglesas. Assim, com a Revolução Gloriosa, a tolerância religiosa foi garantida aos puritanos, dos quais a burguesia era uma parcela expressiva.

Questão 05 – Letra CComentário: Na fase da Revolução Gloriosa (1688), não ocorreu nenhum movimento violento, diferentemente da fase da Revolução Puritana (1640-1649), na qual uma guerra civil e a decapitação do rei deram origem a um regime republicano com concessão de poder político à burguesia. Na Revolução Gloriosa, a elite burguesa dominante, em associação com o clero anglicano, promoveu a retirada do rei Jaime II do trono e a ascensão do nobre Guilherme de Oranges, que foi submetido à Declaração de Direitos. Esse documento representa a hegemonia do Parlamento sobre a monarquia e marcou a consolidação da ordem liberal na Inglaterra.

Questão 06 – Letra EComentário: O enunciado, uma rápida contextualização da Inglaterra do século XVII, aponta inúmeros problemas do período, o que se contrapõe nitidamente à alternativa A. A Revolução Gloriosa, em oposição à alternativa C, consolidou a atuação da burguesia em detrimento das propostas radicais. Entretanto, não se deu mediante acordo com a nobreza nem a partir da supremacia papal sobre os assuntos religiosos monárquicos, questão essa superada desde o advento do anglicanismo  como  doutrina  religiosa  oficial  da monarquia inglesa,  inviabilizando  a  alternativa D.  Confirma-se,  assim, como gabarito, a alternativa E, que sintetiza o processo histórico que permitiu a supremacia parlamentar em detrimento do monarca.

Questão 07 – Letra BComentário: Os “segmentos mais radicais, que defendiam reformas profundas no Estado inglês” durante o processo revolucionário do século XVII, foram os levellers – ou niveladores – e os diggers – ou escavadores. Os primeiros eram um grupo heterogêneo formado por representantes da pequena burguesia e dos soldados rasos do Exército do Novo Tipo; exigiam reformas sociais profundas que contrariavam os interesses da alta burguesia, como a democratização e o sufrágio universal, de modo que favorecesse todos os grupos sociais ingleses, incluindo os mais pobres. Os diggers também defendiam os interesses das massas populares, sendo favoráveis ao comunismo agrário, conforme sinaliza a letra B.

Seção Enem

Questão 01 – Letra BEixo cognitivo: I

Competência de área: 1

Habilidade: 1

Comentário: O documento do século XVII refere-se à Declaração de Direitos (Bill of Rights) submetido pelo Parlamento inglês a Guilherme I, no contexto da Revolução Gloriosa. Esse documento estabeleceu a hegemonia do Parlamento, limitando, assim, o poder do soberano inglês. Esse fato demonstra a peculiaridade inglesa em relação ao estabelecimento de uma nova forma de organização do poder, a Monarquia Parlamentar, já que na mesma época predominava o Absolutismo como regime político das monarquias europeias.

Questão 02 – Letra AEixo cognitivo: IV

Competência de área: 3

Habilidade: 14

Comentário: Ao contrário do que é dito na alternativa E, a instituição militar inglesa refletiu toda sorte de transformações que se seguiram à progressiva desagregação feudal. Entretanto, não podemos considerar que ideais burgueses, como o valor pessoal  e  a  capacidade  profissional,  tenham  sido  absorvidos rapidamente, tal como é apresentado na alternativa D. Até que houvesse uma consistente ruptura, a exemplo do que é relatado pelo enunciado, a atuação do Exército era determinada pela ideia contida na assertiva A, isto é, segundo padrões aristocráticos.

Questão 03 – Letra CEixo cognitivo: IV

Competência de área: 2

Habilidade: 9

Comentário: A defesa da monarquia por parte de Hobbes não deve ser encarada como o grande ponto de sua análise sobre a vida política. Em seus escritos, a sua preferência pela monarquia em detrimento da aristocracia e da democracia é relativizada, deixando claro que, para Hobbes, é uma questão pessoal seu apreço pelo regime monárquico. Assim sendo, o mais importante na reflexão política de Hobbes é percebermos que pouco importa o regime político a ser adotado por uma determinada comunidade política; o que é de suma importância é a origem contratual da soberania, fruto de um pacto entre os indivíduos para a superação do estado de natureza. No estado de natureza, é impossível estabelecer noções fundamentais para a concepção de vida política em Hobbes, como a diferença entre o justo e o injusto e o legal e o ilegal. O Estado político pressupõe a instituição do direito civil garantidor da existência de leis objetivas que regulem a vida dos indivíduos. No entanto, devemos entender a regulação legal como um aspecto que garanta a liberdade e a igualdade, que, na concepção hobbesiana, são intrínsecas aos seres humanos e, por isso, fundamentam e dão origem ao poder político, garantindo um reencontro do ser humano com si mesmo ao superar o estado de natureza.

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Desse modo, Hobbes foi quem introduziu a igualdade e a liberdade como pressupostos políticos que, ao influenciarem a Revolução Francesa, garantiriam sua presença no pensamento político até os dias atuais. Portanto, ainda que Hobbes seja um defensor da monarquia e Cromwell tenha contribuído para depor esse regime de Governo na Inglaterra no século XV, é possível aproximá-los no sentido de que para Hobbes o regime de governo não era importante, mas sim, a origem contratual do Estado, bem como a defesa das liberdades e da igualdade entre os indivíduos.

módulo – a 08

iluminismo

Exercícios de aprendizagem

Questão 01 – Letra AComentário: O ideário iluminista contestava as ideias sustentadoras do Antigo Regime, vigentes na Europa desde o período medieval. Os iluministas consideravam que, até então, vivia-se num período de trevas e ignorância, dada a hegemonia do dogmatismo católico e da concessão de privilégios à nobreza. A defesa da razão como base do conhecimento e do progresso humano era o centro da crítica iluminista, o que faz da alternativa A correta.

Questão 02 – Letra DComentário: Para “organizar as coisas de maneira que o poder seja  contido  pelo  poder”,  o  filósofo  iluminista Montesquieu critica o poder uno dos reis absolutistas e propõe a divisão da soberania em três poderes: Legislativo (responsável por criar as leis), Executivo (responsável por executar as leis) e Judiciário (responsável por exercer a justiça por meio das leis). Para o pensador, tais poderes deveriam ser equivalentes e independentes entre si, de forma que se fiscalizem mutuamente para que um não usurpe o outro.

Questão 03 – Letra AComentário: Os déspotas esclarecidos, baseados em alguns princípios iluministas, não se mobilizavam pela destruição da religião e da autoridade da Igreja, como dito na alternativa E, mas a criticavam como instituição, especialmente no que se refere às intervenções dela no Estado. Não atuavam, ao contrário do que é afirmado pela alternativa D, em Estados de condições socioeconômicas e políticas avançadas, ou caracterizados por burguesias influentes, conforme apontado pela alternativa B. Como afirma a alternativa correta, letra A, tais governantes procuravam adaptar alguns princípios iluministas a monarquias interessadas em modernizar suas formas de ação política, evitando, assim, rupturas preocupantes, o que não significava, porém, que tivessem atuações pautadas por durabilidade e coerência, como enfocado pela alternativa C.

Questão 04 – Letra EComentário: Os iluministas, em grande parte, ao contrário do que supõem as alternativas A, C e D, não vislumbravam “a coisa pública” como algo plenamente democrático, como a cidadania política, o direito irrestrito ao voto ou mediante a república. Não se referiam, em oposição à alternativa D, à revolta armada como única forma de deposição do absolutismo, propondo, por exemplo, o despotismo esclarecido. A alternativa correta é a E, pois menciona o liberalismo político como principal argumento dos iluministas para suplantar o absolutismo.

Exercícios Propostos

Questão 01 – Letra BComentário: Conforme informações presentes no enunciado, Adam Smith, na obra A riqueza das nações, desenvolveu as bases do liberalismo econômico, crucial para o aprofundamento do capitalismo industrial e liberal. De posse desses aspectos, tornam-se inviáveis as alternativas A, D e E, que se posicionam de forma contrária às premissas do liberalismo econômico, como “a planificação e o dirigismo” em lugar da livre-iniciativa, a supressão da mais-valia em detrimento do lucro capitalista e do acúmulo de capital, bem como a socialização dos meios de produção em lugar da preponderância burguesa na administração desses meios. A produção da riqueza, segundo Adam Smith e em oposição ao que é dito na alternativa C, deve valer-se da distribuição de especializações capazes de aumentar a produtividade e diminuir os preços das mercadorias. A alternativa correta, letra B, por sua vez, confirma um dos princípios mais relevantes dos estudos de Adam Smith, visto que a lei da oferta e da procura estabelece a relação entre a demanda de um produto e a quantidade oferecida, possibilitando prever o comportamento do consumidor na aquisição de bens e serviços. Além disso, essa alternativa remete a outro princípio vital desse mesmo pensador: o trabalho é a única fonte de riqueza de uma nação, em oposição à premissa mercantilista, na qual a riqueza das nações viria do comércio externo.

Questão 02 – Letra DComentário: A questão aborda características mais gerais do Iluminismo. O texto reflete a postura otimista do homem do século XVIII em relação à condição humana. A noção de que o conhecimento acumulado e a razão levariam a um progresso contínuo e à felicidade foram típicas do século XVIII. No entanto, essa noção se aplicava ao homem europeu e não aos demais povos, como africanos e asiáticos, que eram vistos como inferiores.

Questão 03 – Letra E Comentário: A questão aborda a teoria do contrato social de John Locke. Para esse pensador, o contrato social deve ser realizado pelos homens com objetivo de garantir os direitos naturais e inalienáveis do homem: a propriedade, liberdade e a vida. Os governos estabelecidos devem, desse modo, impedir ameaças a tais direitos como descrito na alternativa correta, letra E.

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Questão 04 – Letra B Comentário: As ideias de John Locke colaboraram para justificar a fundação do Estado liberal. Para ele, o Estado deve existir para garantir os direitos inalienáveis do homem, entre eles,  a  defesa  da  propriedade  privada,  o  que  é  confirmado no seu texto apresentado: “ninguém pode ser expulso de sua propriedade e submetido ao poder de outrem sem dar consentimento”. Em sintonia com Locke, Adam Smith defendia o individualismo e considerava a propriedade privada um direito sagrado do homem. Ele também considerava a intervenção estatal na economia prejudicial, posicionando-se, por isso, a favor da livre-circulação das mercadorias e da livre iniciativa, conforme é destacado corretamente na letra B.

Questão 05 – Letra B Comentário: O Iluminismo se voltou contra o Antigo Regime, o que significa dizer que combateu o absolutismo monárquico, em que o rei era confundido com o Estado, monopolizava a administração, concedia privilégios e controlava os tribunais. Concentrava os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, podendo tomar decisões sem se preocupar com questões de constitucionalidade ou com restrições legislativas de qualquer natureza, uma vez que esse poder era justificado pela vontade divina. Dessa forma, conforme é afirmado na letra B,  o absolutismo representava uma maneira de fazer política incompatível com o pensamento dos racionalistas.

Seção Enem

Questão 01 – Letra DEixo cognitivo: III

Competência de área: 5

Habilidade: 23

Comentário: John Locke compreende que o Estado é responsável pela garantia da proteção, conforto, justiça e paz aos indivíduos, no momento em que estes concordam em viver em sociedade. No momento de organização dos Estados nacionais,  o monarca  promovia  a  unificação  do  Estado  por meio da padronização das normas e regras de funcionamento da sociedade, a fim de garantir a segurança dos indivíduos e a ordem. Logo, deveria haver um consenso entre os indivíduos (“concordar com outras pessoas em juntar-se e unir-se”) com relação ao respeito a tais regras e normas, com o objetivo de efetivação do funcionamento do Estado. As demais alternativas contradizem aspectos fundamentais do texto, uma vez que Locke explicita que os direitos individuais (como a propriedade) são mantidos e garantidos pelo Estado.

Questão 02 – Letra DEixo cognitivo: IV

Competência de área: 5

Habilidade: 24

Comentário: Em sua obra, Do espírito das leis, Montesquieu propõe  a  divisão  do  poder  com  a  finalidade  de  se  evitar a tirania e o despotismo. O texto apresenta a questão do estabelecimento de limites para que as instituições do governo e os atores públicos não extrapolem o poder concedido pela sociedade, conforme está escrito na alternativa D.

Questão 03 – Letra CEixo cognitivo: IV

Competência de área: 5

Habilidade: 24

Comentário: O texto remete ao pensamento de Descartes e Bacon, considerados os fundadores da Modernidade, juntamente com o pensamento do Iluminismo, como representação de uma nova postura do ser humano diante da realidade e da natureza. Por meio do conhecimento, o ser humano poderia dominar a natureza e transformá-la. Assim, o objetivo do conhecimento científico seria representar a mais pura expressão da racionalidade moderna, servindo como modelo de saber para outras áreas, uma vez que todas elas, com o nascimento das ciências naturais, buscam a dominação e a transformação da natureza.

Questão 04 – Letra EEixo cognitivo: II

Competência de área: 6

Habilidade: 27

Comentário: A partir do fim da Idade Média, a concepção de mundo que reafirmava a razão como a base do conhecimento ganhou força. Com o Iluminismo, essas noções se consolidaram, radicalizando, desse modo, as mudanças em relação ao pensamento medieval provocadas pelo Renascimento e pela Revolução Científica. O predomínio da razão conduziria, inevitavelmente, ao progresso e asseguraria ao homem a liberdade para a busca de sua felicidade. Dessa forma, acreditava-se que o homem fosse capaz de realizar intervenções e mudanças na natureza através da ciência do desenvolvimento tecnológico para que essa lhe proporcionasse conforto e prazer. Seguindo esse raciocínio, pode-se dizer que a Natureza passou a ser vista como infinita e inesgotável, constituindo-se um campo privilegiado da ação do homem, como indicado na alternativa E.

Questão 05 – Letra BEixo cognitivo: IV

Competência de área: 5

Habilidade: 24

Comentário: Segundo Montesquieu, o termo liberdade refere-se à possibilidade de agir em consonância com as leis. Desse modo, a pessoa não pode fazer aquilo que a lei proíbe. O cidadão tem, portanto, uma liberdade contingencial, marcada pelos limites que as leis lhe impõem. Desse modo, a alternativa B responde corretamente à questão. A alternativa A está incorreta porque no trecho, ainda que Montesquieu denomine cidadão aquele que faz parte de uma ordenação política, a característica ressaltada pelo filósofo é a dos limites que as leis impõem sobre a independência do indivíduo. Sem o Estado, a pessoa não tem limites para a sua ação. Contudo, ao fazer parte de uma ordenação política, a pessoa tem uma liberdade restrita pelas leis da sociedade à qual pertence. A letra C não pode estar correta pois não há, no trecho, quaisquer referências à ideia da participação do cidadão no poder. Além disso, a alternativa aponta que, ao participar do poder, o cidadão estaria livre da submissão às leis, o que contraria a tese defendida no trecho, segundo a qual a liberdade do indivíduo está limitada pelas leis da sociedade à qual ele pertence.

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A alternativa D também está incorreta, uma vez que o autor tece considerações sobre o fato de que, a partir do momento no qual o indivíduo participa de uma formação social, sua liberdade está restrita aos limites das leis da sociedade à qual pertence. Desse modo, ir contra as leis seria ir contra o que estrutura a sociedade. Seria uma atitude de livre-arbítrio se a pessoa se voltasse contra determinações divinas ou naturais, e o autor não faz referência a essas esferas no trecho da questão. Por fim,  a alternativa E está incorreta pois não há, no trecho, quaisquer referências aos valores pessoais dos cidadãos.

módulo – a 09Revolução americana

Exercícios de aprendizagem

Questão 01 – Letra BComentário: A célebre frase “nenhuma tributação sem representação” fez parte das reivindicações dos colonos ingleses, que questionavam as imposições do Parlamento inglês em relação à cobrança de impostos. Essa postura inglesa estava ligada  aos  altos  gastos,  reflexos  da Guerra  dos  Sete  Anos.  No Parlamento inglês, muitos políticos desejavam ver as colônias da América colaborando para o pagamento desses gastos. Para isso, a metrópole decidiu adotar medidas restritivas, como a implantação de monopólios e tributos, considerados arbitrários por parte dos colonos. A recusa dos colonos em aceitar uma mudança radical nas relações com a metrópole foi decisiva para o processo de independência das Treze Colônias.

Questão 02 – Letra AComentário: Considerando o histórico da Independência das Treze Colônias, no qual houve uma reação dos colonos contra a opressão da metrópole, podemos concluir que os colonos agiram conforme o direito de reação à tirania, o que torna correta a alternativa A. Tal processo, no entanto, não negava o contrato social ou defendia a ilustração monárquica, como afirmam as alternativas B e D. Dados os valores protestantes fortemente presentes nesse processo, também não podemos considerar que os colonos se basearam nos princípios utilitaristas ou de separação entre a Igreja e o Estado, conforme as alternativas C e E.

Questão 03 – Letra A Comentário: A questão aborda de forma direta a Constituição dos EUA. Além de garantir direitos individuais, inspirados no Iluminismo, a Carta apresenta um caráter federalista. Devido à tradição colonial, os estados estadunidenses possuem autonomia política, legislativa e judiciária, contanto que não firam as determinações constitucionais. As alternativas B, C, D  e E  apresentam equívocos,  como a  afirmativa de que os estados estariam absolutamente submissos ao poder central, o respeito aos direitos das minorias, a inexistência de leis gerais e a presença do corporativismo.

Questão 04 – Letra C Comentário: A Declaração de Independência dos Estados Unidos se baseou nas ideias iluministas, mais precisamente no pensamento de John Locke, considerado o pai do liberalismo político e cuja produção intelectual esteve intimamente ligada aos eventos da Revolução Gloriosa na Inglaterra no século XVII. Segundo Locke, todo indivíduo nasce com direitos naturais, como a vida, a liberdade, a propriedade e a felicidade. Caberia aos governantes não apenas respeitar, mas também garantir esses direitos; caso isso não fosse cumprido, a população poderia derrubar o governo vigente, considerado injusto e tirânico. Os colonos da América Inglesa, influenciados por essas ideias, perceberam que a Inglaterra não respeitava seus direitos naturais e, assim, decidiram romper com a metrópole por meio da Declaração de Independência de 1776. A Independência dos Estados Unidos acabou influenciando outros movimentos emancipatórios na América, bem como eventos revolucionários na Europa.

Exercícios Propostos

Questão 01 – Letra DComentário: O processo de independência dos Estados Unidos influenciou  outras  localidades,  especialmente  nos  demais territórios americanos. Uma independência concreta e possível passou a ser o grande modelo para as colônias ibéricas que desejavam separar-se das metrópoles. Os princípios iluministas defendidos pelos colonos ingleses, que também influenciaram a América ibérica, demonstraram ser aplicáveis em termos concretos.  Soberania  popular,  resistência  à  tirania  e  fim do pacto colonial: esses princípios defendidos na América Inglesa serviram de exemplo para as outras colônias americanas.

Questão 02 – Letra BComentário: A questão se refere às motivações mais relevantes que levaram à ruptura entre as Treze Colônias e a Inglaterra, materializadas mediante as Leis Intoleráveis – a Lei do Chá, a Lei do Açúcar, a Lei do Selo, os Atos de Quebec e os Atos de Townshend – implementadas entre 1764 e 1774.Não foram determinantes para a eclosão do movimento, porém, questões como o trabalho escravo ou a proibição de abertura de indústrias, como mencionado nas alternativas A e C. Nessas alternativas, porém, estão corretas as referências à ausência de liberdade de imprensa e à ocupação das tropas militares britânicas das terras da porção oeste, o que remete às Leis Intoleráveis e ao Ato de Quebec, respectivamente. Embora o livre-comércio tivesse sido afetado, não é correto dizer que tenham sido impostas taxas sobre a exportação de produtos, já que estas foram mais comuns sobre a importação de mercadorias, inviabilizando a alternativa D. A Lei do Selo, incorretamente explicada pela alternativa E, atinha-se ao uso de selo em qualquer documento, jornais ou contratos, no intuito de controlar o trâmite de negócios, bem como a escalada da oposição nas Treze Colônias. Compete, desse modo, a resposta à alternativa B, que sintetiza de forma correta a insatisfação dos colonos mediante a interferência inglesa na condução de seus negócios, especialmente no que se refere à cobrança de impostos abusivos, definidos de forma autoritária. 

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Questão 03 – Letra DComentário: Durante o processo de Independência das Treze Colônias, os colonos contaram com o apoio de países como a Espanha, a Holanda e a França na luta contra a Inglaterra, o que torna incorreta a alternativa A. Após o triunfo dos rebeldes, a Inglaterra foi levada a reconhecer a emancipação das suas ex-colônias, o que também torna incorreta a alternativa E. Cabe ressaltar também que, além dos ingleses, os indígenas do Norte da América foram afetados pelas lutas emancipacionistas; afinal, durante a conhecida Marcha para o Oeste, os nativos foram massacrados, sendo que os sobreviventes acabaram confinados em reservas demarcadas. Assim, a alternativa correta é a D, já que alega corretamente que a Constituição promulgada pelos Estados Unidos – que previa a instalação de uma República triparticionada – legitimava a manutenção dos direitos civis nas mãos da porção branca da sociedade; afinal, além do massacre aos indígenas, a escravidão negra foi mantida, o que colocava os cativos em uma situação de submissão aos seus senhores.

Questão 04 – Letra BComentário: A questão aborda a concepção de liberdade presente na colonização dos EUA. A alternativa correta estabelece a clássica relação entre o puritanismo e os valores de liberdade defendidos pelos habitantes do atual território dos EUA ao longo da História. Essa noção de liberdade teria sua origem na teologia puritana e teria chegado ao território com os peregrinos do navio Mayflower. Tal concepção teria dado origem à prática do autogoverno (self- -government) e também teria servido de base para as contestações que levaram à ruptura com a Inglaterra, em 1776.

Questão 05 – Letra AComentário: A Independência dos EUA não trouxe igualdade política a todos os cidadãos, pois a Constituição daquele país previa o voto censitário, além da manutenção da escravidão, o que invalida a alternativa B e torna correta a alternativa A. Outra alternativa incorreta, letra C, afirma, anacronicamente, que a Guerra dos Sete Anos (1756-1763) aconteceu antes da Independência dos EUA, o que não procede. É importante ressaltar ainda que o processo que levou à Independência nasceu do fim da negligência salutar em uma região na qual a Inglaterra praticava dois tipos de colonização distintos, ou seja, nas colônias do Sul predominava o trabalho escravo, enquanto o Norte apresentava um considerável desenvolvimento manufatureiro, o que invalida as alternativas D e E, respectivamente.

Seção Enem

Questão 01 – Letra EEixo cognitivo: V

Competência de área: 3

Habilidade: 15

Comentário: Os colonos britânicos fundaram a América Inglesa a partir de um espírito de liberdade. A necessidade de terras, a busca pelo direito de seguir a fé protestante e os anseios por liberdade política estão nas bases de fundação do modelo colonial. A ameaça desses fundamentos no século XVIII, a partir das leis inglesas de regulação das regiões coloniais, contribuiu para a explosão de um ímpeto separatista que pudesse garantir a autonomia conquistada nos séculos anteriores. Assim, tanto na fundação quanto no processo emancipatório, o esforço de combate à tirania se apresentou intenso e fundamental para a constituição do modelo hoje existente.

módulo – a 10Revolução Francesa e consolidação da ordem liberal

Exercícios de aprendizagem

Questão 01 – Letra DComentário: O fato que desencadeou o processo revolucionário francês está relacionado à reação dos deputados do terceiro estado diante da tentativa do governo monárquico de barrar as intenções reformistas desses deputados. O rei francês Luís XVI tentou dissolver os Estados Gerais, impedindo a entrada dos deputados na sala de sessões. Diante dessa postura, os representantes do terceiro estado passaram a se reunir em uma sala usada para o jogo da pela, declarando-se em Assembleia Nacional Constituinte e jurando não se separarem enquanto não fosse redigida uma constituição para a França. O Juramento do Jogo da Pela, de 20 de junho de 1789, como ficou conhecido esse episódio, marcou o início da primeira fase da Revolução Francesa.

Questão 02 – Letra CComentário: O texto remonta à crescente insatisfação do terceiro estado com os privilégios aristocráticos, apresentada na alternativa C. Essa insatisfação culminaria em pouco tempo na Revolução Francesa. Por incompatibilidade cronológica, não se pode considerar as alternativas D e E, que tratam de períodos posteriores à fase pré-revolucionária. Nessa época, a burguesia, embora cada vez mais poderosa economicamente, ainda se integrava ao terceiro estado, especialmente no que diz respeito a desfrutar do furor revolucionário que a levou ao poder político, o que contrapõe à ideia abordada na alternativa B. Não se pode, também, considerar a alternativa A correta, pois um dos impedimentos para a ascensão política não era a distinção econômica, mas sim a origem social.

Questão 03 – Letra CComentário: A Revolução de 1848 não se restringiu à França, mas  teve  reflexos  em  toda a Europa e  fora dela. Chamada também de Primavera dos Povos, a Revolução de 1848 contou com uma grande participação das camadas populares, majoritariamente urbanas (proletariado), reivindicando maior participação política. Conforme alega a alternativa correta, letra C, foi por meio das lutas comandadas pelos liberais, nacionalistas e até socialistas, que tal movimento acabou ratificando  a  queda  do  Antigo  Regime  em  diversos  países.  No caso francês, as lutas resultaram na deposição do rei Luís Filipe e na proclamação de uma república.

Questão 04 – Letra BComentário: A constituição do Congresso de Viena, em 1815, evidenciava a instabilidade da geopolítica da Europa, e tinha entre seus objetivos a recomposição do equilíbrio europeu sob o domínio das forças conservadoras, antirrevolucionárias e anti-iluministas, validando, portanto, a alternativa B. A alternativa A está incorreta, já que os movimentos de libertação colonial não foram incentivados, pelo contrário, foram violentamente reprimidos. A alternativa C também está incorreta, uma vez que não houve preservação das aspirações nacionais de vários povos europeus, mas a sua contenção. Por fim, não houve a aceitação das fronteiras nacionais existentes em 1815, mas a restauração das fronteiras existentes antes de 1789, o que invalida a alternativa D.

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Exercícios Propostos

Questão 01 – Letra BComentário: A partir da interpretação do esquema, pode-se concluir que um dos principais fatores que levaram à eclosão do  processo  revolucionário  francês  foi  a  crise  financeira  do Estado. Tal situação foi causada pelos gastos militares na Guerra dos Sete Anos e na Independência das Treze Colônias; pelos recursos destinados à manutenção da Corte francesa e pelo pagamento de dívidas. Desse modo, os cofres do Estado francês estavam vazios e a monarquia buscava soluções para tal situação. As alternativas incorretas apresentam fatores equivocados, como o equilíbrio da economia do país, o pagamento de taxas pela nobreza francesa, o controle das fronteiras como causa da evasão de rendas e a crise econômica tendo como origem as revoltas no campo.

Questão 02 – Letra BComentário: Apesar dos eventos revolucionários ingleses do século XVII, a crítica ao regime monárquico no Reino Unido e fora dele se mantém viva até os dias de hoje. No período da produção da charge, 1794, os britânicos insatisfeitos com a monarquia ampliaram a oposição ao regime em virtude do avanço da Revolução Francesa e seus aspectos radicais. Aguardava-se que o modelo de ruptura vigente na França poderia inspirar os britânicos a desafiarem o governo monárquico, tratado de forma pejorativo pela charge.

Questão 03 – Letra CComentário: A Revolução Francesa é considerada por muitos estudiosos como Revolução Burguesa, uma vez que os privilégios de origem feudal que barravam o exercício do poder político do terceiro estado, representado especialmente pela burguesia, foram suprimidos. Além disso, o poder absolutista foi substituído por constituições escritas de acordo com as pretensões políticas burguesas. Já na esfera econômica, a formulação de políticas públicas de caráter liberal fortalecia o poder econômico burguês. Desse modo, o poder econômico da burguesia tornou-se hegemônico após suas revoluções, especialmente a Francesa, criando condições para o desenvolvimento do sistema capitalista.

Questão 04 – Letra CComentário: Entre 1799 e 1815, fundamentado pelos princípios liberais-iluministas e visando à consolidação do estado burguês, em oposição ao Antigo Regime, Napoleão Bonaparte montou um grande império na Europa, no qual reis foram desalojados do poder e fronteiras redesenhadas para atender aos interesses franceses. Com sua derrota definitiva, em 1815, na batalha de Waterloo, as principais autoridades do velho continente se reuniram no chamado Congresso de Viena, cujos princípios norteadores foram os da restauração, da legitimidade e do equilíbrio europeu. O primeiro tinha como objetivo restaurar a monarquia absoluta, reconduzir a aristocracia ao poder e conter o avanço do liberalismo. O princípio da legitimidade visava recolocar no poder as dinastias consideradas legítimas, isto é, as que reinavam antes da Revolução.

Já o princípio do equilíbrio europeu fundamentava-se no restabelecimento das relações de força entre as potências europeias por meio da divisão territorial do continente e também das possessões coloniais. Para garantir esse processo, foi criado, por sugestão do czar russo Alexandre I, a Santa Aliança, um braço armado do Congresso de Viena, que sob o rótulo de proposta de paz, justiça e religião, objetivava, de fato, lutar contra as manifestações liberais e nacionalistas.

Questão 05 – Letra DComentário: A questão aborda a violência que marcou os primeiros anos da Revolução Francesa. As jornadas populares foram marcantes por suas exigências libertárias e atos violentos, como os eventos que levaram à Tomada da Bastilha. Com base na interpretação do texto de Graco Babeuf, pode-se chegar à conclusão de que o autor considera a violência como uma reação à exploração existente na sociedade do Antigo Regime francês, como fica claro no trecho: “Castigos de todos os tipos, arrastamentos e esquartejamentos, tortura, a roda, o cavalete, a fogueira, verdugos proliferando por toda parte trouxeram tanto prejuízo aos nossos costumes! Nossos senhores colherão o que semearam.”

Questão 06 – Letra EComentário: A gravura destaca uma conquista dos trabalhadores, a ampliação do voto, retratando um operário que depõe um fuzil – simbolizando as lutas nas barricadas de 1848 – e utiliza a urna de votação. A onda revolucionária de 1848 caracterizou-se pela forte participação popular, reunindo socialistas, democratas e proletariado, que exigiu mudanças significativas na estrutura da sociedade. Os setores burgueses, temendo os radicalismos da Revolução, aliaram-se aos setores conservadores e perceberam que seus anseios políticos poderiam ser alcançados por meio do sufrágio universal, atendendo às demandas populares, mas garantindo o controle das suas reinvindicações.

Questão 07 – Letra CComentário: A primeira Constituição francesa, aprovada em 1791, passou a controlar os poderes do monarca Luis XVI, que, embora num primeiro momento tenha acatado tal limitação, por temer a ira popular, passou a articular, com parte da nobreza emigrada, uma reação contra os revolucionários. Esse movimento foi apoiado também por parte das monarquias absolutas europeias, sobretudo pela Áustria e pela Prússia, que assistiam com temor aos eventos ocorridos em território francês e desejavam conter o movimento antes que este se expandisse pelo restante do continente. Composta nesse contexto, a Marselhesa associa os termos “tirania” e “ferozes soldados” ao absolutismo e às tropas austro-prussianas, respectivamente, validando, assim, a alternativa C.

Questão 08 – Letra CComentário: A tela A liberdade guiando o povo, de Delacroix, ressalta os feitos revolucionários do povo francês de 1830, responsável pela queda do monarca Calos X e pela ascensão de Luís Filipe de Orleans. A bandeira com as cores da Revolução de 1789 reacende o ímpeto do final do século XVIII, ao mesmo tempo que coloca o pintor como entusiasta dos eventos da França, já que ele retrata a si mesmo na tela (o homem usando uma cartola). Compreende-se, portanto, a alternativa C como correta.

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Questão 09 – Letra EComentário: O texto de Alexis de Tocqueville, ao analisar os efeitos da Revolução Francesa, sinaliza que ela “não teve um território específico”, “ela formou ainda de todas as nacionalidades distintas uma pátria intelectual comum da qual os homens de todas as nações puderam tornar-se cidadãos”. Com base nessa ideia, é possível constatar o caráter universal do movimento revolucionário, que, devido a sua grande influência e importância fora do território francês, foi considerado o marco divisório entre o mundo moderno e contemporâneo.

Questão 10 – Letra DComentário: A questão aborda o avanço do conceito dos direitos do homem no universo das revoluções burguesas a partir do século XVII. O princípio norteador da construção dos direitos do homem se fundamentava na rejeição de qualquer nível de privilégio de nascença e, portanto, a defesa da igualdade do homem perante a lei, conforme fica evidente na alternativa D.

Questão 11 – Letra BComentário: A questão aborda vários princípios liberais e iluministas a partir de uma referência clássica, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Para Hobsbawm: “Este documento é um manifesto contra a sociedade hierárquica de privilégios da nobreza, mas não um manifesto a favor de uma sociedade democrática e igualitária. ‘Os homens nascem e vivem livres e iguais perante as leis’, dizia seu primeiro artigo; mas ela também prevê a existência de distinções sociais, ainda que ‘somente no terreno da utilidade comum’. A propriedade privada era um direito natural, sagrado, inalienável e inviolável. Os homens eram iguais perante a lei e as profissões estavam igualmente abertas ao talento; mas, se a corrida começava sem empecilhos, pressuponha-se como fato consumado que os corredores não terminariam juntos. A declaração afirmava (posição contrária à hierarquia da nobreza ou absolutismo) que ‘todos os cidadãos têm o direito de colaborar na elaboração das leis’; mas ‘tanto pessoalmente como através de seus representantes’. E a assembleia representativa que ela vislumbrava como o órgão fundamental de governo não era necessariamente uma assembleia democraticamente eleita, tampouco, no regime que estava implícito, pretendia-se eliminar os reis.”

Seção Enem

Questão 01 – Letra EEixo cognitivo: I

Competência de área: 1

Habilidade: 1

Comentário: A questão aborda a Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, documento elaborado no início da Revolução Francesa com base nos ideais iluministas, cujo princípio mais importante era a igualdade perante a lei, o que torna válida a alternativa E. Esse documento, portanto, ia de encontro aos preceitos do Antigo Regime, especificados nas alternativas B e C, que, portanto, estão erradas.

A Declaração era um documento político e jurídico da Revolução; portanto,  não  tinha  intenção  de  divulgação  científica,  como afirma a alternativa D, nem regulamenta a educação escolar, abordada na alternativa A.

Questão 02 – Letra BEixo cognitivo: IV

Competência de área: 3

Habilidade: 14

Comentário: A questão mostra dois textos que possuem interpretações diferentes sobre a origem do poder. O primeiro texto expõe um pensamento tipicamente absolutista, segundo o qual o poder emanaria do rei, que seria representante divino. Já o segundo texto associa o poder advindo da nação e, consequentemente, do próprio povo, representante de uma cultura nacional compartilhada. Esta maneira de compreender o poder passaria a ser cada vez mais predominante a partir da Revolução Francesa. Tendo tudo isto em vista, a alternativa correta é a letra B.

Questão 03 – Letra EEixo cognitivo: III

Competência de área: 3

Habilidade: 13

Comentário: Assim como afirma a alternativa correta, letra E, o trecho de Robespierre reflete os anseios populares e de parte da burguesia durante o processo revolucionário francês. Na fala, transparece uma série de reivindicações do chamado terceiro estado. Para os burgueses, era fundamental o fim dos privilégios de nascimento, da sociedade hierárquica baseada nos princípios aristocráticos e do absolutismo. Já para as camadas populares, que desejavam reformas mais radicais, a concentração da riqueza, os pesados impostos, assim como os privilégios da nobreza no interior da sociedade francesa, eram motivo de descontentamento.

módulo – B 05Brasil colônia: crise do sistema colonial e independência do Brasil

Exercícios de aprendizagem

Questão 01 – Letra DComentário: O texto de introdução da questão aborda o  conflito  entre  portugueses  e  paulistas  pelos  territórios ricos em ouro, no início do século XVIII, na região de Minas Gerais, conhecido como a Guerra dos Emboabas. O objetivo do item é averiguar a capacidade do aluno de compreender a existência de vários agentes sociais conflitantes nas inúmeras áreas de domínio português. Assim, a opção D atende ao objetivo proposto.

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Questão 02 – Letra AComentário: A questão aborda os atritos entre a Coroa portuguesa e os colonos. A resposta correta, letra A, relembra que a revolta de Filipe dos Santos, no ano de 1720, ocorreu devido à resistência dos mineradores à implantação das casas de fundição. A repressão ao movimento, responsável pela morte de uma de suas principais lideranças, veio acompanhada de medidas de controle sobre a região mineradora, uma das áreas mais importantes para os interesses mercantilistas da Coroa portuguesa, criando um clima de forte opressão fiscal e maior presença do Estado português.

Questão 03 – Letra EComentário: A presença da Corte portuguesa no Brasil implicou na necessidade de montagem de uma estrutura administrativa capaz de garantir o funcionamento dos pilares governamentais. Nesse sentido, instituições foram fundadas, conforme indica a letra E, e permanecem presentes até os dias de hoje, como a Biblioteca Nacional e o Banco do Brasil.

Questão 04 – Letra AComentário: As revoltas separatistas ocorridas no século XVIII estão enquadradas no contexto da difusão das ideias iluministas e do avanço dos movimentos revolucionários burgueses do período. Assim, a percepção de funcionalidade do governo como responsável por garantir os direitos naturais do homem, presente nas ideias de John Locke e na Declaração de Independência dos EUA, também foram impactantes no Brasil, conforme propõe a letra A.

Exercícios Propostos

Questão 01 – Letra EComentário: A Independência do Brasil foi um fenômeno político elitista, conduzido pelos grandes proprietários e distante de qualquer anseio popular. A própria opção política pelo regime monárquico assinala a distância de nosso processo emancipatório a um modelo democrático. Assim, a afirmativa E se apresenta incorreta ao citar a participação popular como determinante para os rumos políticos da nova nação.

Questão 02 – Letra CComentário: Em 1806, Napoleão decretou o Bloqueio Continental, proibindo todas as nações europeias de comerciarem com a Inglaterra, sob risco de invasão. Portugal, no entanto, sob forte dependência econômica inglesa desde a assinatura do Tratado de Methuen (1703), não cumpriu o bloqueio, optando pela transferência da sede do governo português para a colônia americana. Uma consequência dessa medida, além da permanência da Casa de Bragança no trono, foi o decreto de abertura dos portos às nações amigas, que pôs fim a três séculos de pacto colonial, dando, assim, continuidade aos acordos comerciais luso-anglicanos, conforme afirma a alternativa C.

Questão 03 – Letra AComentário: A Revolução Pernambucana de 1817, considerada o principal movimento de contestação e enfrentamento do governo de D. João VI, teve como uma das principais bandeiras a revolta contra a excessiva tributação exercida pela Corte sediada no Rio de Janeiro.

A afirmativa A contraria essa  ideia,  sendo, portanto,  falsa,  já que ignora o peso desse tema para a eclosão do movimento. As  outras  afirmativas  atendem  a  interpretações  corretas acerca da revolta.

Questão 04 – Letra AComentário: O modelo de exploração colonial que orientava o domínio português na América se fundamentava no princípio do exclusivo comercial, ou seja, a colônia teria limitada sua prática comercial pela região metropolitana. A chegada da Corte portuguesa no Brasil contribuiu para a quebra desse modelo, já que abertura dos portos de 1808 permitiu a realização de práticas comerciais com outras nações além de Portugal. Em uma visão econômica, a opção portuguesa foi responsável pela emancipação brasileira, já que o Brasil não estaria mais sendo controlado pela metrópole, conforme propõe a alternativa A.

Questão 05 – Letra CComentário: Questão direta sobre as transformações provocadas pela vinda da família real para o Brasil. A alternativa correta, letra C, menciona as mudanças no cotidiano dos habitantes da capital e as rupturas política e econômica que a transferência da Corte representou. As alternativas incorretas mencionam eventos que se deram anteriormente (a transferência da capital do vice-reino para o Rio de Janeiro, a introdução do cultivo de café, o início da dependência com relação à Inglaterra, o apogeu do estilo Barroco nas artes, o alvará de proibição industrial e o fim do sistema de capitanias hereditárias) ou posteriormente (estabelecimento do Poder Moderador no governo) à presença da Corte no Rio de Janeiro.

Questão 06 – Letra CComentário: A questão aborda um dos mais instigantes temas envolvendo a vinda da família real portuguesa para o Brasil: a existência de um antigo projeto lusitano de transferência da Corte para a colônia brasileira, que antecedeu o cenário político de crise internacional vigente no Período Napoleônico. A construção desse projeto se fundamentou na percepção da importância do Brasil como área estratégica para as pretensões políticas e econômicas de Portugal. Transferir a sede do reino para a colônia teria como objetivo impedir uma possível emancipação do Brasil, consolidar a dominação colonial e implementar uma administração mais eficaz e rentável.

Questão 07 – Letra CComentário: A Revolução Liberal do Porto era inspirada nas demais revoltas liberais que vinham ocorrendo na Europa no início do século XIX e que pregavam a limitação do poder dos monarcas. No caso português, essa revolução era acrescida de um caráter antibrasileiro, pois o monarca D. João VI encontrava-se, desde 1808, em terras brasileiras. No Brasil, D. João havia conduzido inúmeras reformas que modernizaram a colônia, enquanto Portugal sofreu os impactos do Período Napoleônico. Nesse sentido, além de exigirem o retorno de D. João e sua submissão a uma Constituição liberal, as cortes portuguesas exigiam a revogação das medidas do Período Joanino e o consequente retorno do Brasil à condição de colônia.

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Questão 08 – Letra DComentário: Uma vez no Brasil, D. João teve de criar condições para o estabelecimento da sede do Império Português, como a abertura de estradas, a melhoria das comunicações entre as capitanias e o maior aparelhamento militar e policial, apontados na alternativa B. Ao contrário do que afirmam as alternativas A e B, para custear as reformas e sustentar o grande número de funcionários públicos de todos os escalões recrutados entre os colonos, D. João precisou criar novos impostos, além de aumentar os que já existiam. Não houve, como indicado na alternativa B, instalação de um modelo federalista, nem o estabelecimento de relações comerciais com a França, enunciado na alternativa E.

Seção Enem

Questão 01 – Letra BEixo cognitivo: V

Competência de área: 3

Habilidade: 15

Comentário: O texto apresentado no item se refere a um dos aspectos que diferenciam a Conjuração Baiana, de 1798, das demais rebeliões ocorridas no fim do Período Colonial, as chamadas rebeliões separatistas, especialmente daquela ocorrida em Minas Gerais, em 1789. A alternativa correta, a de letra B, aponta para a abolição da escravidão, elemento desejado pelos conjurados baianos, muitos destes vindos das classes populares, entre eles escravos e ex-escravos, e rechaçado pela maioria dos conjurados mineiros, em sua maioria vindos das classes mais abastadas da capitania de Minas Gerais.

Questão 02 – Letra BEixo cognitivo: II

Competência de área: 2

Habilidade: 7

Comentário: A transmigração da Corte Portuguesa para o Brasil resultou em uma série de medidas, dentre as quais se destacam a Abertura dos Portos, em 1808, e a elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal e Algarves. Ambas as iniciativas tomadas por D. João VI enfraqueceram a dominação metropolitana sobre o Brasil, pois a primeira extinguiu o pacto colonial, enquanto a segunda garantiu ao Brasil a superação da condição de colônia.

Questão 03 – Letra BEixo cognitivo: I

Competência de área: 2

Habilidade: 8

Comentário: A questão trata das transformações ocasionadas pela transferência da Corte portuguesa para a colônia. Como exemplo de mudança, esse processo levou inegavelmente à elevação do status e da fisionomia da capital, Rio de Janeiro, perante as demais regiões da colônia, devido à presença do monarca e da nobreza. Contudo, permanências também puderam ser verificadas, sobretudo em questões socioeconômicas. Mesmo com a liberação das manufaturas e a intensificação do comércio urbano, a colônia continuou sendo marcadamente exportadora de produtos agrícolas e minerais, e a escravidão seguiu sendo a base da estrutura produtiva. Assim, a “marca do absolutismo” seguia forte, com a permanência de elementos conservadores juntamente a uma modernização liberal.

Questão 04 – Letra DEixo cognitivo: V

Competência de área: 3

Habilidade: 15

Comentário: O item aborda o processo de independência do Brasil. O tema central era a preocupação da elite nacional em promover um processo emancipatório que afastasse o país da influência de ideias libertárias que atendessem às demandas da população negra marginalizada. Esse temor era fruto de um cenário de fortalecimento de movimentos negros dentro e fora do Brasil, como o caso da Revolução de São Domingos e a Conjuração Baiana. Assim, compreende-se a opção D como verdadeira.

Questão 05 – Letra BEixo cognitivo: I

Competência de área: 3

Habilidade: 11

Comentário: A chegada de D. João VI e da Corte portuguesa ao Brasil em 1808 foi marcada por uma série de transformações. Entre as medidas do príncipe regente, o fim do Alvará de 1785, que proibia manufaturas e atividades industriais no Brasil, merece destaque. A intenção do governante era garantir a produção de manufaturados nas áreas coloniais com o objetivo de abastecer a Corte portuguesa no Rio de Janeiro. Porém, a resposta do item enfatiza a inviabilidade desse projeto, já que os britânicos vendiam seus produtos por um valor consideravelmente baixo, impedindo o avanço das manufaturas no Brasil.

MÓDULO – B 06

Brasil Império: Primeiro Reinado

Exercícios de Aprendizagem

Questão 01 – Letra B Comentário: Logo após a Independência, algumas províncias brasileiras insurgiram contra o novo governo imposto no Rio de Janeiro por não aceitar o processo emancipatório. Essas revoltas ocorreram com destaque nas regiões do Pará, Cisplatina e Bahia, sendo organizadas, principalmente, por portugueses ligados aos interesses metropolitanos. Em meados de 1823, os movimentos haviam sido sufocados pelo governo imperial.

Questão 02 – Letra CComentário: A Assembleia Constituinte, fechada em 1823, fugia aos interesses do imperador, interessado na elaboração de uma Constituição que ampliasse seu próprio poder. Comprova essa ideia a imposição da Constituição de 1824 e o Poder Moderador. A reação da sociedade ao regime centralizado seria natural, conforme ocorreu no Nordeste, com o movimento da Confederação do Equador.

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Questão 03 – Letra DComentário: A questão enfatiza a permanência do Brasil como região dependente economicamente do trabalho escravo, mesmo após a Independência. Porém, o novo cenário, caracterizado pela modernização de determinados setores da nossa economia, em especial o incipiente processo de desenvolvimento industrial, acabou por permitir a realização de algumas mudanças nas estruturas internas, como a entrada dos imigrantes europeus e a formação de uma elite urbana com hábitos tipicamente europeus. A resposta, de encaixe perfeito nessa abordagem, é a letra D.

Questão 04 – Letra AComentário: O regime monárquico estabelecido no Brasil após a Independência (1822) apresentava um caráter liberal, na medida em que foi estabelecida uma Constituição que determinava a divisão dos poderes, o processo eleitoral, uma atuação política efetiva da Câmara dos Deputados, entre outras características liberais. Contudo, a permanência do regime escravista  e  da  religião  católica  como  oficial,  bem  como  a criação de um quarto poder (o Moderador), que limitava a ação dos demais poderes e fortalecia o imperador, demonstram as limitações desse liberalismo.

Exercícios Propostos

Questão 01 – Letra DComentário: A questão aborda os aspectos legais que vigoravam no Brasil durante o Primeiro Reinado. A alternativa correta, letra D, justifica corretamente as motivações da ação do imperador em fechar a Assembleia Constituinte de 1823, na qual os deputados se esforçavam em limitar o poder do monarca por vias legais, por meio da submissão do Executivo ao Legislativo.

Questão 02 – Letra BComentário: O quadro reproduzido na questão não representa o caráter antidemocrático do processo de independência política do Brasil. Ela foi conduzida exclusivamente pela elite, que vinha se fortalecendo politicamente desde a chegada da Corte portuguesa no país em 1822. Assim, a articulação da emancipação política foi realizada juntamente com D. Pedro I (e, portanto, com uma elite portuguesa), sem a inclusão de pautas populares.

Questão 03 – Letra DComentário: A questão ressalta a principal característica da Constituição de 1824: a concentração do poder político nas mãos do imperador. A opção correta, letra D, relembra que o Poder Moderador, colocado acima dos outros poderes e principal indicador da centralização, era atribuição exclusiva do imperador, garantindo ao governante um pleno controle de todas as instituições nacionais.

Questão 04 – Letra BComentário: A entrada de imigrantes no Brasil representou um dos mais importantes temas do período imperial. A ocupação de áreas de fronteira, o desenvolvimento econômico e a busca de mão de obra em setores estratégicos exigiram do Estado imperial brasileiro um posicionamento favorável à vinda de estrangeiros europeus para o Brasil. O cenário de conflitos no Velho Continente, conforme indica a alternativa C,  também contribuiu para a vinda de milhares de europeus para as terras brasileiras.

Questão 05Comentário:

A) Características da Constituição de 1824 que podem ser citadas são o seu caráter autoritário, centralizador, monárquico; a divisão em quatro poderes (Legislativo, Executivo, Judiciário e Moderador); a vinculação do Estado com a Igreja Católica por meio do regime de padroado; o voto censitário e indireto. Características da Constituição de 1988 que podem ser citadas são o seu caráter democrático, republicano, fundamentado nas ideias de liberdade; divisão em três poderes independentes (Legislativo, Executivo, Judiciário); o Estado laico; o voto universal direto.

B) Segundo a Constituição de 1824, o Poder Moderador era atribuído ao Imperador e dotava-o do poder de promover e garantir o equilíbrio entre os outros poderes de Estado (o que, na prática, significava o veto e o poder de limitar todos os demais poderes). Dessa forma, a ideia de harmonia entre os poderes não era verificada no Estado imperial brasileiro, que garantia na Constituição o autoritarismo do monarca.

Questão 06 – Letra CComentário: A alternativa I está incorreta pois os escravos negros não eram integrados à família branca; existia na sociedade escravista imperial uma nítida diferenciação entre a classe livre e a escrava, o que fez com que, após a abolição, a situação dos libertos fosse de exclusão social. A alternativa II está correta, uma vez que, mesmo com a Independência política e a formação do Estado brasileiro, a escravidão continuou sendo a base do sistema produtivo nacional. A alternativa III está errada uma vez que o latifúndio seguiu sendo a base da economia nacional. A alternativa IV está correta porque a Lei de Terras impedia o acesso à terra por parte de escravos libertos, e o estímulo à imigração fez com que os postos de trabalho fossem negados aos recém-libertos após a abolição.

Questão 07 – Letra EComentário: A guerra pela Independência do Brasil mobilizou milhares de soldados, sobretudo nas províncias da Bahia, Piauí, Maranhão e Pará, onde existiam tropas portuguesas dispostas a permanecer fiéis ao governo lusitano. Além da forte presença portuguesa, a distância dessas províncias da capital, Rio de Janeiro, dificultava a integração das diversas regiões do país no projeto emancipacionista liderado pelas elites e por D. Pedro I.

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Questão 08 – Letra CComentário: O exercício de voto no Brasil Imperial permaneceu restrito aos interesses da elite nacional, em virtude do modelo adotado pela Constituição de 1824. Segundo a lei, conforme indica o texto de introdução, o direito a voto estava associado à renda dos possíveis interessados em participar do jogo político, inviabilizando a atuação de grupos menos abastados da sociedade brasileira.

Seção Enem

Questão 01 – Letra EEixo cognitivo: III

Competência de área: 3

Habilidade: 13

Comentário: Os últimos anos do final do Primeiro Reinado foram marcados  por  conflitos  entre  os  apoiadores  e  os opositores de Pedro I. O texto de introdução faz alusão ao evento conhecido como a Noite das Garrafadas, episódio ocorrido às vésperas da abdicação do Imperador. O tema central dos conflitos, conforme indica a alternativa E, foi a oposição do “Partido Brasileiro” aos abusos cometidos por Pedro I no exercício do Poder Moderador.

Questão 02 – Letra EEixo cognitivo: I

Competência de área: 3

Habilidade: 11

Comentário: O texto descreve que, durante as eleições no Império, a sociedade valorizava a indumentária, sendo que o acontecimento era encarado como possuidor de grande relevância social. As roupas claramente marcavam o estrato social ao qual cada um era pertencente, num período em que os eleitores eram definidos conforme a renda anual que recebiam. Desse modo, o estabelecimento do voto censitário reforçava as hierarquias sociais no período imperial, na medida em que as boas vestimentas eram relacionadas ao poder do voto e, por consequência, à própria cidadania.

Questão 03 – Letra DEixo cognitivo: I

Competência de área: 3

Habilidade: 11

Comentário: O objetivo central do item é averiguar se o aluno compreende que o modelo eleitoral brasileiro proposto na Constituição de 1824 era responsável por atender aos interesses da elite nacional. Essa percepção fica evidente na leitura do texto de introdução, quando foi citado o Artigo 92, que apresenta as restrições ao processo eleitoral brasileiro, com destaque para a exclusão do direito de voto no caso de ausência de renda. Compreende-se, portanto, que o controle do processo político permaneceu nas mãos dos grandes proprietários e comerciantes.

Questão 04 – Letra BEixo cognitivo: I

Competência de área: 3

Habilidade: 11

Comentário: A questão visa analisar os grupos sociais que compunham o movimento da Confederação do Equador de 1824. A resposta correta, letra B, é encontrada com relativa facilidade pelo aluno, pois basta apenas uma leitura atenta do texto para a apreensão da variada composição social do movimento.

Questão 05 – Letra CEixo cognitivo: II

Competência de área: 2

Habilidade: 7

Comentário: A questão enfatiza a condição do Brasil como país agroexportador e profundamente dependente das manufaturas e dos produtos industriais vindos do exterior. A opção econômica brasileira de voltar-se para o mercado externo como fornecedor de produtos primários acabou por enfraquecer o país como uma possível nação industrializada. A presença de capital externo no Brasil se limitou aos investimentos em obras de infraestrutura, como as estradas de ferro, ou empréstimos concedidos ao Estado imperial.

Questão 06 – Letra CEixo cognitivo: IV

Competência de área: 3

Habilidade: 14

Comentário: A questão aborda os aspectos políticos do Primeiro Reinado. O eixo central é a crítica de Frei Caneca, importante líder da Confederação do Equador, à implantação do Poder Moderador. Os participantes do movimento, assim como os demais opositores ao reinado de Pedro I, consideravam o poder do imperador arbitrário, visto que estava acima dos outros poderes estabelecidos pela Constituição de 1824. Justifica-se, portanto, a alternativa C como resposta.

módulo – B 07

Brasil império: Período Regencial

Exercícios de aprendizagem

Questão 01 – Letra BComentário: A alternativa B está correta pois, durante a Regência Trina Permanente (1831-1835), foi criada a Guarda Nacional, instrumento repressor formado por pessoas detentoras de alta renda. Estas ganhavam a patente de “coronel” e formavam milícias locais que tinham a função de reprimir e coibir movimentos contrários à ordem. As demais alternativas incorrem em erro pois a Regência foi um período de grande instabilidade política e de descentralização, com a suspensão do Poder Moderador. Além disso, o Ato Adicional cria a Regência Una, e não a Trina; e a Revolução Pernambucana ocorreu ainda no período colonial, em 1817.

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Questão 02 – Letra DComentário: A questão aborda um dos principais momentos do Período Regencial: a decretação do Ato Adicional de 1834. O objetivo é verificar se o aluno detém conhecimento do episódio, considerado um marco no processo de descentralização do poder político do Brasil. A resposta da questão concentra-se na determinação do Ato Adicional, que cria o município neutro do Rio de Janeiro com o objetivo de reduzir a influência da província fluminense nas resoluções do governo regencial.

Questão 03 – Letra EComentário: As revoltas regenciais surgiram no Brasil no momento  político  de  ausência  de  uma  figura  central  forte. Esse cenário permitiu que anseios sociais e políticos, até então silenciados pela opressão, pudessem se manifestar no país. Cabe ressaltar a existência de consideráveis diferenças entre os movimentos, já que os setores sociais envolvidos não eram os mesmos em todas as regiões. Como exemplo, basta lembrar que a Farroupilha foi conduzida pelos fazendeiros do sul do país, e a Balaiada foi realizada pela população marginalizada do Pará.

Questão 04 – Letra AComentário: Durante o Período Regencial, o Brasil enfrentou diversas revoltas de caráter separatista, ameaçando a unidade territorial do país. Na busca por uma solução que garantisse o interesse dos setores elitistas e o fim dos conflitos existentes, foi criado o Clube da Maioridade pelos liberais, que desejavam antecipar a ascensão de D. Pedro II, na época com 14 anos de idade. Dessa forma, o grupo obteve o apoio dos políticos mais conservadores, também temerosos de uma possível fragmentação do Brasil, como ocorrera na América Hispânica. Assim, o chamado Golpe da Maioridade, concretizado em junho de 1840, contou com o “congraçamento de todas as forças políticas” desse contexto.

Exercícios Propostos

Questão 01 – Letra EComentário: O Ato Adicional de 1834, ao instituir a criação das Assembleias Legislativas Provinciais, propiciou a descentralização do poder. No contexto imperial, essa ação ia de encontro à ideia de centralidade e unidade defendida na Constituição de 1824, que estabelecia o Poder Moderador como principal artifício da centralização política. Como no período regencial não havia imperador para exercer esse poder, deu-se início a um momento em que os chefes do poder executivo eram eleitos. Assim, muitos afirmam que esse período foi uma “experiência republicana” dentro do sistema imperial.

Questão 02 – Letra AComentário: O Período Regencial foi marcado pela descentralização política que acarretou instabilidade e o surgimento de diversas agitações pelo país, o que torna as alternativas D e E incorretas. Conforme indica a alternativa A, a correta, os vários movimentos possuíam reivindicações próprias ligadas principalmente às posturas econômicas e legislações abusivas. No entanto, ao contrário do que é afirmado na alternativa C, dessas mobilizações não surgiram partidos políticos. E, ainda, ao contrário do que afirma a alternativa B, a atividade agrícola não estava em crise, permanecendo como o principal setor da economia do período regencial.

Questão 03 – Letra DComentário: Após a Independência do Brasil, a escravidão e o tráfico de escravizados africanos continuou sendo prática recorrente no país. No início do século XIX, houve intensificação desse processo com a chegada de cada vez mais africanos ao litoral brasileiro, sobretudo em Salvador. Alguns desses africanos eram oriundos do norte da África, região profundamente islamizada. Eles eram  identificados como “malês”, e, devido ao fato de serem alfabetizados, conseguiram mobilizar grande número de escravos e negros libertos para o movimento popular que ficou conhecido como Revolta dos Malês.

Questão 04 – Letra BComentário: A mais longa revolução ocorrida no Brasil teve sua conclusão definida no acordo do Poncho Verde, em que as tropas do sul aceitaram a reintegração ao Estado Imperial Nacional. A desistência do uso das armas pelos farrapos contou com a colaboração do Governo Nacional, que passou a tributar o charque estrangeiro que concorria com a carne bovina oriunda das fazendas do sul. O acordo também definiu a anistia aos participantes do movimento. Assim, a melhor opção é a letra B.

Questão 05 – Letra BComentário: A questão aborda as características da mais longa revolta ocorrida no Brasil: a Revolução Farroupilha. A alternativa correta, letra B, ressalta a preocupação do movimento republicano de manter o controle político nas mãos da elite através do voto censitário. Essa opção fortaleceria os setores elitistas que se vincularam ao projeto de fundação de uma República no Sul do país, de forma que todo o rompimento com a ordem imperial vigente e o consequente estabelecimento de um novo corpo político, na nascente República, não acarretassem quebra ou modificações no status social em vigor.

Questão 06 – Letra AComentário:  Feijó,  uma  das  figuras  centrais  do  Período Regencial, era membro da elite paulista do período imperial e, por esse motivo, posicionava-se contrariamente à abolição imediata. No entanto, nesse contexto, havia grande pressão inglesa para a supressão do regime escravista, de forma que o Governo Regencial promulgou em 1831 a Lei Feijó, que buscou  reprimir  o  tráfico  de  escravos  africanos,  contudo, não surtiu grandes efeitos e ficou conhecida como “Lei para inglês ver”. Essa posição é apresentada no texto base. Feijó inicialmente aponta mazelas da escravidão, como os males morais e civilizacionais e reconhecia a necessidade de abolição. No entanto, acreditava que essa instituição havia contribuído para a construção nacional: a formação de um “espírito dos brasileiros”.

Questão 07 – Letra EComentário: A questão aborda a criação da Guarda Nacional no Período Regencial. O objetivo de criação desse instrumento repressor era garantir a ordem política do país em meio à instabilidade social e política do período. Identificá-la com os setores da elite, conforme a resposta correta, justifica-se em virtude de sua composição: latifundiários que passaram a receber títulos de coronel para o comando da Guarda Nacional e instrumentalizaram seu potencial repressivo para a manutenção de uma ordem político--social aristocrática, escravista e excludente.

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Questão 08 – Letra EComentário: A questão aborda a instabilidade política, marca do Período Regencial. Nesse período, havia um vazio de poder, devido à ausência de um rei, o que gerou conflito entre os grupos políticos e a eclosão de revoltas provinciais no Sul e no Norte-Nordeste, como apontado na alternativa correta, letra E.

Questão 09 – Letra DComentário: A opção correta, letra D, apresenta a Revolta dos Malês como um movimento de desafio às estruturas sociais existentes no Brasil durante o século XIX. Essa afirmativa é coerente, já que o movimento buscava enfrentar uma sociedade escravocrata e hierarquizada que não aceitava sequer a livre prática religiosa dos participantes, que eram de origem islâmica.

Questão 10 – Letra DComentário: A questão busca aferir a capacidade do aluno de compreender as revoltas regenciais. As letras A e B tratam de eventos ocorridos antes do período regencial. A opção C é falsa, já que os farrapos não se interessavam em incorporar o Uruguai. Assim, a opção correta é a letra D, que trata da Cabanagem, único movimento popular que teve acesso ao poder no país. A repressão ao movimento foi realizada pelo Governo Regencial.

Questão 11 – Letra AComentário: A Guerra dos Farrapos representa uma das mais importantes revoltas regenciais. Como movimento separatista, a Farroupilha foi estimulada, conforme esclarece a letra A, pelas questões tributárias vinculadas à atividade da pecuária vigente no Brasil. Apesar dos conflitos e da repressão promovida pelo Estado Imperial, a revolta foi encerrada por um acordo que possibilitou um modelo tributário satisfatório aos revoltosos, já que a carne estrangeira passou a ser tributada, reduzindo a concorrência com os fazendeiros do Sul do país.

Questão 12 – Letra CComentário: O discurso demonstra a mudança de posicionamento político de um deputado que era liberal. O grupo liberal era caracterizado pela defesa da descentralização do poder. Contudo, no contexto regencial, a descentralização promovida pelo Ato Adicional de 1834 acabou fomentando a ocorrência de revoltas em todo o país. Essas mobilizações, em sua maioria, carregavam pautas radicais e populares, o que ameaçava a estabilidade das elites no poder imperial. Desse modo, entende-se a preocupação do deputado em seu discurso, no qual expõe a ideia das revoltas como um ameaça ao poder e à unidade do país.

Questão 13 – Letra BComentário: A Lei Interpretativa do Ato Adicional buscou recuperar para o poder central as prerrogativas concedidas pelo Ato às assembleias provinciais em 1834. Por meio dessa lei, as amplas atribuições provinciais foram reduzidas e o poder central voltou a ter o controle da polícia, da nomeação dos cargos públicos e dos magistrados. O objetivo dessa revisão foi, como indicado na alternativa B, conter as rebeliões provinciais.

Questão 14 – Letra AComentário: Assim como as demais rebeliões regenciais, a Farroupilha foi um movimento de caráter local e que exigia uma maior descentralização do poder, limitando a ação do poder central dentro das províncias. No caso da elite rio-grandense, essa exigência está ligada ao desejo de autonomia econômica para a província, já que a grande carga de impostos do governo central sobre a produção de charque sulista acabava afetando o comércio desse produto. Desse modo, a alternativa A está correta.

Questão 15 – Letra DComentário: A alternativa D corrobora com os pontos levantados pelo texto suporte. O período regencial foi um momento em que diferentes experiências políticas e sociais foram vivenciadas no Brasil, oriundas da descentralização política provocada pela ausência do imperador e pela pouca representatividade política dos governos regenciais. Nesse momento, os grupos políticos existentes ganharam contornos mais nítidos devido à disputa entre o projeto descentralizador e o centralizador, por exemplo. Além disso, foi um período de grande agitação popular e de ocorrência de muitas revoltas pelo país. A alternativa A está incorreta, pois o Partido Republicano só surge no Segundo Reinado; a afirmação da alternativa B não procede, uma vez que não havia profundas diferenças ideológicas entre as facções políticas das elites e não houve anulação da Constituição de 1824; a alternativa C incorre em erro ao mencionar a ascensão política das camadas populares; e a alternativa E está incorreta, pois o Golpe da Maioridade não visava ao atendimento de reivindicações populares, e sim à estabilidade política das elites.

Seção Enem

Questão 01 – Letra EEixo cognitivo: V

Competência de área: 3

Habilidade: 15

Comentário: A questão analisa o Período Regencial e suas repercussões. A partir da leitura do texto, pode-se identificar o perfil conturbado do período, além do comentário da expansão em um novo setor da economia brasileira: a cafeicultura. Assim, a resposta que registra o Período Regencial é a letra E.

Questão 02 – Letra EEixo cognitivo: III

Competência de área: 3

Habilidade: 18

Comentário: Essa questão analisa as consequências das revoltas regenciais no Brasil. Nesse sentido, um dos reflexos mais imediatos foi a centralização do poder político através do Golpe da Maioridade em 1840, responsável por colocar no poder o jovem Pedro II com o intuito de restabelecer a ordem política e social do país. Justifica-se, portanto, a letra E como resposta.

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módulo – B 08Bases políticas do Brasil império

Exercícios de aprendizagem

Questão 01 – Letra B Comentário: A questão analisa o impacto da lavoura cafeeira e do processo imigratório vigente no Brasil Império. A resposta correta, letra B, relembra que a presença de estrangeiros e o fortalecimento das exportações do café contribuíram para que outros setores da economia intensificassem suas atividades no Brasil Imperial, como é o caso da atividade industrial. Nesse caso particular, a mudança econômica provocou a intensificação da  vida  urbana, modificando,  substancialmente,  o  cenário sociogeográfico do país.

Questão 02 – Letra BComentário: No Segundo Reinado, o imperador D. Pedro II reorganizou a política brasileira sob a orientação parlamentarista, com a criação do cargo de presidente do Conselho de Ministros, que deveria cumprir a função de primeiro-ministro na estrutura administrativa do Brasil. Contudo, no caso brasileiro, o primeiro-ministro se encontrava subordinado à autoridade do Poder Moderador (D. Pedro II). Assim, a disputa entre o Partido Liberal e o Partido Conservador se restringia ao controle do cargo de presidente do Conselho de Ministros, atendendo aos interesses políticos de D. Pedro II. Desse modo, o parlamentarismo brasileiro ficou caracterizado pelos amplos poderes do imperador e pela alternância dos partidos Liberal e Conservador no governo, conforme aponta a alternativa correta, letra B.

Questão 03 – Letra CComentário: A relevância de Mauá para o surto modernizante vivenciado pelo Brasil no Segundo Reinado configura-se ponto de partida para a questão. Esta expõe alternativas que simbolizam o avanço econômico daquele momento histórico, sendo a assertiva C correta. Apresentam-se exemplos de transformações do período, como o surgimento e o avanço da malha ferroviária, a modernização da infraestrutura urbana e o incipiente desenvolvimento industrial. As demais alternativas pecam por imprecisões históricas, não apreendendo a natureza do período de Mauá, no qual se conjugava o arcaísmo escravocrata do Império com o surto industrializante emergente.

Questão 04 – Letra CComentário: A produção da cultura cafeeira no Brasil obedeceu a padrões encontrados na economia colonial, baseada no latifúndio, na monocultura e na mão de obra escravizada. A excessiva concentração de renda nas mãos dos barões de café dificultou o desenvolvimento de outros setores produtivos de bem de consumo e, por conseguinte, a constituição de uma sociedade de classes. Assim, as alternativas A, B e E são incorretas. Do mesmo modo, a alternativa de letra D é incorreta, pois ela inverte a causa expressa no próprio enunciado. A alternativa de letra C é a única correta, em acordo com o enunciado da questão e o processo histórico.

Exercícios Propostos

Questão 01 – Letra DComentário: As relações do governo imperial com as províncias foram fundamentais para a manutenção da unidade territorial do Brasil. O conturbado Período Regencial, marcado por tentativas emancipatórias regionais, foi substituído pelo Segundo Reinado, cujo esforço central do jovem imperador era garantir a unidade da nação, tanto pela negociação quanto pelo ânimo repressor. Assim, compreende-se a alternativa D como base para o entendimento do texto de introdução da questão.

Questão 02 – Letra AComentário: No sistema parlamentarista, os poderes do chefe do Poder Executivo são limitados pelos representantes do Poder Legislativo (no caso, o Parlamento). No caso do Império brasileiro, em teoria, a existência do Poder Moderador causava uma distorção nesse sistema, uma vez que o imperador possuía amplos poderes, inclusive para dissolver a Câmara e controlar o Poder Legislativo. Por isso, diferentemente da Inglaterra, monarquia parlamentarista clássica, no Brasil o parlamentarismo se deu “às avessas”.

Questão 03 – Letra DComentário: A questão analisa a composição social dos partidos existentes no Segundo Reinado. O que se percebe a partir da tabela é a permanência dos mesmos grupos sociais, em proporções semelhantes, nos dois principais partidos. Portanto, as disputas políticas não se fundamentam nas disputas sociais, visto serem da mesma origem: da aristocracia brasileira. Um dos  fatores que  justificam tal  situação é a existência de voto censitário, conforme determinava a Constituição de 1824. Portanto, representando os mesmos grupos sociais, os partidos Liberal e Conservador não possuíam capacidade ou interesse em formular projetos substancialmente distintos para o país. Assim, a melhor resposta para a questão é a letra D.

Questão 04 – Letra CComentário: A questão aborda o sistema de transporte no Brasil Império, no período do século XIX. A alternativa correta, letra C, lembra que a ampliação da rede ferroviária ocorreu na região Sudeste, visto ser esta o centro político e a área responsável pela produção cafeeira. A rede de transporte era utilizada para facilitar o escoamento de grãos para o mercado externo. Dessa forma, o capital internacional vislumbrava, no investimento em vias de transporte ferroviário, a possibilidade de lucro elevado com o escoamento da produção e mesmo a garantia da matéria-prima, no caso, o café, para seus mercados.

Questão 05 – Letra DComentário: A questão apresenta como tema central o impacto ambiental provocado pelo avanço da lavoura cafeeira no Sudeste brasileiro, nos séculos XIX e XX. A assertiva correta enfatiza os problemas ecológicos provocados pelo avanço desenfreado do plantio de café no país. Ao mesmo tempo, destaca a questão da destruição de florestas para o fornecimento de madeira às ferrovias, responsáveis pelo escoamento da produção de grãos para as regiões portuárias.

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Questão 06 – Letra BComentário: A questão enfatiza o movimento de centralização política ocorrido no Segundo Reinado, com o objetivo de coibir a eclosão de novas revoltas, dentro de um cenário nacional marcado por profunda instabilidade após as Regências, e a busca pela consolidação do Estado brasileiro. O texto histórico presente na questão busca exprimir a resistência ao projeto centralizador por alguns setores da sociedade, sob certa influência liberal, que desejavam a manutenção de um quadro político pautado na descentralização administrativa.

Questão 07 – Letra BComentário: A produção brasileira de café cresceu muito rapidamente durante todo o século XIX. A partir de 1850 ela tomou proporções muito importantes. Simultaneamente ao crescimento da produção e ao deslocamento geográfico do Rio de Janeiro para os planaltos de São Paulo, surge a demanda pela mão de obra imigrante. Após a abolição da escravatura (1888), o governo brasileiro incentivou a entrada de imigrantes europeus em nosso território, para substituir os escravos. Desta forma, milhares de europeus chegaram para trabalhar no interior de São Paulo, buscando melhores condições de vida e de trabalho.

Questão 08 – Letra CComentário: A questão busca trabalhar os traços econômicos do Brasil durante o longo período do Segundo Império. A alternativa correta aborda o desenvolvimento da indústria nacional, ocorrido, principalmente, com a utilização de maquinário externo. A resposta correta também nos lembra de que a produção têxtil, setor de menor sofisticação tecnológica e demandante de um grau menos elevado de capital, destacou-se como principal setor de avanço da atividade industrial do país.

Questão 09 – Letra BComentário: Desde a Constituição de 1824, a participação política no Brasil esteve limitada a uma pequena parcela da população, detentora de renda e, portanto, com direito ao voto, que era censitário. Por isso, o texto suporte afirma que eles constituíam “uma verdadeira oligarquia”. A renda desse grupo estava ligada à posse de terras, pois era nos latifúndios que eram produzidos gêneros agrícolas destinados à exportação, com utilização da mão de obra escrava. O interesse desses latifundiários era perpetuar sua presença na política imperial, mantendo os mecanismos de exclusão política e afastando as “tendências democratizantes” mediante a repressão a movimentos populares.

Questão 10 – Letra BComentário: A participação política no Período Imperial era profundamente limitada. A Constituição de 1824 determinava que apenas aqueles que possuíssem renda mínima poderiam atuar nos cargos eletivos, além do critério de serem livres e católicos. Assim, compreende-se, por meio do texto de introdução, que analisa os conservadores e os liberais, a ênfase na reduzida diferença entre os grupos políticos, já que tinham a mesma origem social: a elite nacional. Assim, a alternativa correta é a letra B.

Seção Enem

Questão 01 – Letra BEixo cognitivo: II

Competência de área: 1

Habilidade: 2

Comentário: As imagens de D. Pedro II buscam representar um imperador maduro que governaria de acordo com a Constituição e, ao contrário de seu pai, de forma responsável, o que torna válida a alternativa B e, ao mesmo tempo, invalida a alternativa A. Quando as imagens foram produzidas, o Brasil passava por um período de relativa paz, não sendo, por isso, urgente a representação do imperador como um líder militar, tampouco guerreiro, o que invalida a alternativa C. Não há nas imagens qualquer símbolo que relacione aspectos religiosos ao imperador, que também não era obrigado a acatar a autoridade papal, segundo a Constituição de 1824, o que invalida a alternativa D. Por fim, a alternativa E está incorreta, já que se esperava que D. Pedro II governasse de forma não autoritária, também ao contrário de seu pai, cujo governo foi designado absolutista.

Questão 02 – Letra DEixo cognitivo: I

Competência de área: 3

Habilidade: 11

Comentário: A questão aborda a composição das forças políticas que atuaram no Segundo Reinado. Os adeptos do Partido Liberal eram favoráveis ao sistema federalista, ou seja, desejavam a ampliação da descentralização do poder, dando maiores atribuições às províncias brasileiras. Essa reivindicação contrariava a defesa do unitarismo proposto pelos conservadores, adeptos da centralização do poder, conforme é destacado na alternativa correta, a D.

Questão 03 – Letra BEixo cognitivo: III

Competência de área: 3

Habilidade: 18

Comentário: A primeira imagem apresenta a figura de D. Pedro I como um líder popular, uma vez que mostra o imperador no meio do povo na Proclamação da Independência. A segunda imagem retrata D. Pedro II assentado e em posição sóbria, indicando a estabilidade política que caracterizou o Segundo Reinado.

Questão 04 – Letra AEixo cognitivo: I

Competência de área: 3

Habilidade: 11

Comentário: A questão analisa os aspectos econômicos vigentes no Brasil do século XIX. A ideia central é ressaltar que o desenvolvimento industrial brasileiro, iniciado na segunda metade do século XIX, conviveu com a economia tipicamente agrária, orientada pelo plantio do café. A coexistência desses elementos, o arcaico e o moderno, configurou o perfil econômico do período, conforme aborda a alternativa A.

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