manual do mecânico de serviço autorizado bosch · f chave para desmontagem do vibrador de...
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Manual do Mecânico de Serviço Autorizado Bosch
Sumário
Equipamentos de oficina ................................................................................. 4
Procedimentos de reparação ..........................................................................14
Garantia e cortesia ......................................................................................... 29
Etiqueta do produto ....................................................................................... 36
Nomenclatura: significado das siglas ............................................................. 40
Ferramentas Bosch e o mercado latino americano .........................................41
Qualidade é essencial, mas segurança é ainda mais ...................................... 43
Contribuições definitivas para o planeta ........................................................ 44
O desafio da mudança ................................................................................... 46
Anexo 1 – Siglas das ferramentas ................................................................... 48
Anexo 2 – Símbolos de proteção, pictogramas e seus significados ................ 50
Anexo 3 – Códigos de falha (FC) .................................................................... 56
2 | Manual do Mecânico de Assistência Técnica – Ferramentas elétricas
Almir Martelli, treinador de mecânicos do Brasil. Funcionário Bosch há 28 anos.
Daniel Oettrich, coordenador dos treinamen-tos na América Latina.
A principal característica da marca Bosch é a qualidade. Se uma ferramenta quebrada não é reparada adequadamente, a imagem da empresa como um todo é prejudicada. Portanto, é importantíssimo destacar o papel de nossos mecânicos. Eles são os maiores responsáveis por transmitir aos consumidores Bosch a qualidade que permeia nossa companhia.
Sabemos que o dia-a-dia de trabalho não é fácil, já que o reparo de uma ferramenta envolve muito conhecimento técnico, dedicação e cuidado. Portanto, é essencial que contemos com pro-fissionais altamente especializados e capacitados. Para isso, contamos com uma grande equipe espalhada por toda a América Latina, a fim de garantir que os mecânicos Bosch tenham acesso aos melhores treinamentos. Trabalhamos intensamente para que possamos estar cada vez mais próximos, oferecendo um apoio cada vez maior.
Agradecemos o empenho de cada um dos envolvidos nesse processo.
Manual do Mecânico de Assistência Técnica – Ferramentas elétricas | 3
Equipamentos de oficina
Esta seção descreve os equipamentos necessários para o reparo de ferramentas elétricas Bosch. Cada estação de trabalho deve incluir:
f Bancada com altura de aproximadamente 90 cm, largura de aproximadamente 200 cm e profundi-dade mínima de 80 cm, recoberta por borracha nitrílica anti-deslizante resistente a óleo e graxa, com gavetas (para ferramentas e peças);
f Cadeira de trabalho;
f Iluminação não ofuscante;
f Conexão à rede elétrica com disjuntores de segurança (com lâmpada de controle para indicar a presença de alimentação);
f Quadro de inspeção elétrica incluindo transforma-dor variável, voltímetro e amperímetro (que tam-bém podem estar em estação de trabalho auxiliar);
f Morsa;
f Prensa tamanho 3 (que também pode estar em estação de trabalho auxiliar);
f Parafusadeira sem fio com bateria substituível e carregador (Bosch GSR 10,8 – 2 LI) (alternativamente, parafusadeira a ar comprimido), com:
f Extensor encaixe para pontas
f Jogo de pontas Torx® (compridas e médias)
f Jogo de pontas fenda (compridas e médias)
f Jogo de pontas Philips (compridas e médias)
f Jogo de pontas Pozidrive (compridas e médias)
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Ferramentas para cada posto de trabalho
Cada estação de trabalho deve incluir as seguintes ferramentas como equipamento padrão:
f Chaves de fenda tamanhos 6,5 x 125, 10 x 125, 3 x 125, 1,2 x 60, 1,5 x 60, 1,8 x 60, 2 x 60, 2,5 x 75 e 3 x 100;
f Chaves Philips tamanhos 3 x 80, 4,5 x 125, 6 x 125, 8 x 150; PH0, PH00, PH000 e PH1;
f Chaves Allen tamanhos 1,5 a 10;
f Chaves Torx® T3, T4, T5, T6, T7, T8, T9, T20 e T25;
f Chaves de boca duplas, 6 x 7 a 30 x 32, ou ainda chaves sextavadas fechadas ou planas;
f Alicate de corte;
f Alicates de bico fino ondulado, reto e redondo;
f Alicate universal;
f Alicate de anel trava interno (pequeno e grande, curvo e reto) nos tamanhos 3-10, 10-25 e 19-60 mm;
f Alicate de anel trava externo (pequeno e grande) nos tamanhos 3-10, 10-25 e 19-60 mm;
f Alicate de anel trava ponta curva interno/externo (pequeno e grande) nos tamanhos 3-10, 10-25 e 19-60 mm;
f Estilete;
f Conjunto de punções, tamanhos 2 a 10;
f Punção de centro;
f Martelos de poliamida (pequeno e médio);
f Conjunto de punções com letras e números;
f Imãs;
f Pinças.
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Ferramentas especiais
Para algumas máquinas são necessárias ferramentas e equipamentos especiais:
f Dremel 3000 + kit de furação e corte (máquina e acessório);
f Multímetro;
f Tacômetro digital óptico;
f Paquímetro e paquímetro de profundidade 150 mm (precisão 0,05 mm);
f Torquímetros (um de 2 a 25 Nm e outro de 10 a 100 Nm);
f Testador de baterias;
f Testador de induzidos;
f Termômetro;
f Estação de solda, estanho e chumbo;
f Sacadores de rolamentos de esferas;
f Pá dosadora de graxa com espátula (#9617081833);
f Bastão abrasivo para coletor 7 x 8 x 140 mm;
f Dispositivos extratores para o rolamento de agulhas;
f Chave para desmontagem do vibrador de concreto;
f Outras ferramentais especiais específicas;
Para aquisição, entrar em contato com o departamento de Serviço Pós Venda Bosch. Contatos: [email protected] e [email protected]
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Estação de trabalho auxiliar
Localizada em local central da oficina, para dispositivos de uso comum, incluindo:
f Prensa manual de 3 ton;
f Prensa hidráulica de 15 ton;
f Ferramentas especiais (incluindo peças/luvas endurecidas para pressão);
f Máquina de lavar peças, com extrator de poeira;
f Estação de ar comprimido com extrator de poeira;
f Torno pequeno;
f Extratores;
f Transferidor universal de ângulos (goniômetro).
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Dispositivos para prensagem fabricados na própria oficina
Dispositivo para prensagem de buchas e rolamentos
Diâmetros (mm)B C17 2015 1710 129 118,5 11,58 106,5 8,5
Material utilizado: aço 5120 DIN 17210Beneficiamento: 40-5HRC
Dispositivo para prensar o anel (pos.72) na luva de arraste do 11228 e marteletes de 2 Kg
Material: SAE 1045Acabamento:
Dispositivos para utilização no marteletes de 2 Kg
Material: SAE 1045Acabamento:
Dispositivo para utilização no 11222.7
Material: SAE 1045Acabamento:
Dispositivo para utilização no 11245(Perfurador/Rompedor de 11 Kg)
Material: SAE 1045Acabamento:
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Estação de testes
Nesta estação os dispositivos são testados antes e depois do reparo. Como os dispositivos de teste geralmente são sensíveis, esta estação não deve ser usada como um local de armazena-mento ou estação comum de trabalho. Esta estação deve incluir os seguintes equipamentos:
f Dispositivo de teste de alta voltagem, de acordo com o padrão EM 50144/VDE 0701 (09.2000, Anexo E), incluindo teste de resistência do isolamento e teste de aterramento;
f Transformador de isolamento para dispositivo de teste com disjuntor de ausência de tensão;
f Dispositivo de teste com disjuntor operado por corrente residual e diferidor, de acordo com o padrão VED/DIN 0664;
f Quadro de inspeção, incluindo transformador, voltíme-tro e amperímetro (caso não presentes na estação de trabalho);
f Dispositivo de teste interturn;
f Teste de função para parafusadeiras (placa de aço com parafusos), furadeiras (bloco de cimento em local à prova de som);
f Dispositivo para medir velocidade (tacômetro).
Fig.1 – Exemplo: estação de testes de alta voltagem
Fig.2 – Medição de velocidade de um motor elétrico com um dispositivo portátil de medição de rotação
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Estação de teste para parafusadeiras elétricas
É muito fácil testar os valores de torque de parafusadeiras elétricas usando uma placa de para-fusos. Devem ser usados furos com rosca e parafusos endurecidos com arruelas. A placa pode ser presa a uma bancada ou a uma morsa.
1. Método de teste
a. Vários parafusos são apertados com a parafusadeira que está sendo testada.
b. Um torquímetro é usado para determinar os valores nos quais os parafusos começam a se soltar.
2. Alternativamente...
a. Vários parafusos são apertados com um torquímetro na placa de teste até o valor da potência especificada da parafusadeira.
b. A parafusadeira que está sendo testada deve conseguir soltar os parafusos da placa de testes.
Estes métodos de teste simples permitem apenas um teste aproximado da potência do acopla-mento da parafusadeira elétrica. Apertar um parafuso diretamente na placa simula apenas situa-ções de parafusamento duro. O parafusamento macio pode ser simulado colocando-se arruelas de pressão sob os parafusos.
Teste e ajuste precisos de parafusadeiras só podem ser realizados em uma bancada de testes especial, onde podem ser simulados os casos de parafusamento especificados pelo cliente.
Estação de testes para dispositivos a bateria (sem fio)
Se a capacidade mínima não for conseguida durante o primeiro teste, deve-se observar os seguintes pontos:
f Deixe a bateria esfriar;
f Repita o processo de carga e o teste;
f Se a capacidade dedicada aumentar consideravelmente mas ainda permanecer abaixo da capacidade mínima, o procedimento deve ser repetido;
f Se a capacidade mínima não for conseguida, a bateria está defeituosa;
f Se a capacidade dedicada mostrada pelo testador exceder a capacidade nominal da bateria por 50%, o procedimento de teste deve ser interrompido removendo-se a bateria do adaptador e se desligando o testador de bateria. O fusível de corrente de carga do dispositivo deve ser substituído como descrito nas instruções de uso.
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Testando o resistor NTC
Este resistor monitora a temperatura interna da bateria e reduz a corrente de carga do carrega-dor caso a bateria aqueça. Se a bateria estiver muito quente, o processo de carga começa após um período de resfriamento. A confiabilidade dos resistores NTC da bateria é automaticamente determinada pelo adaptador ao longo de um período de 30 segundos.
O acendimento do LED verde confirma a confiabilidade do resistor NTC. Se o resistor estiver com defeito, acende-se o LED vermelho.
Carregadores que não têm o contato NTC podem ser testados com um multímetro. A voltagem de descarga é medida nos terminais de conexão.
Testando baterias de Íon-Lítio
Baterias de íon-lítio não podem ser testadas com o testador de baterias 1 609 244 C30. Neste caso, deve-se usar o testador de baterias BCT com o adaptador correspondente. O equipa-mento necessário para testar as baterias pode ser solicitado em Willershausen.
Testador universal de baterias BCT 1 609 244 B58
Adaptador para bateria Íon-Lítio de 36 V 1 609 244 B59
Adaptador para bateria Íon-Lítio de 10,8 V 1 609 244 B62, sempre em combinação com 1 609 244 B60
Adaptador para magazines L e O 1 609 244 B60
Compensador para adaptadores antigos 1 609 244 B61
Tecnologia Íon-Lítio
Veja mais informações em www.powertool-portal.com
Testando interruptores eletrônicos
Para testar interruptores eletrônicos com um motor elétrico de 14,4 V, deve-se ligar um cabo de teste ao motor. Este cabo é ligado aos interruptores eletrônicos e à bateria. O interruptor pode agora ser testado quanto a mudanças de velocidade e direção de rotação.
Testando motores elétricos
Motores podem ser testados com uma fonte de alimentação, cuja voltagem deve ser gradual-mente aumentada até atingir a voltagem especificada de operação. Na medida em que a veloci-dade aumenta, monitore o consumo de corrente e a suavidade do funcionamento.
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Uma estação de testes para dispositivos sem fio (a bateria) pode ser equipada com os seguintes dispositivos de teste:
f Carregador rápido AL 15 FC;
f Multímetro para medições de resistência, corrente e voltagem;
f Testador de bateria Bosch;
f Dispositivo para testar chaves eletrônicas;
f Fonte de alimentação variável de 0 a 30 V, 30 A, para testar motores.
O motivo da queixa do cliente é importante. Isto significa que, por exemplo, quando o cliente reclama sobre mandril da furadeira, não é preciso testar a capacidade da bateria. Um curto tempo de carga na AL 15 FC é suficiente. O carregador de bateria é equipado com eletrônica inteligente. Ele pode rapidamente reconhecer as seguintes falhas:
f Interrupção ou curto circuito nas células da bateria;
f Defeito no resistor NTC (controle de temperatura).
Quando se examina a queixa do cliente, a bateria deve estar carregada. A bateria é descarregada no testador de bateria Bosch. Os valores mínimos podem ser encontrados na seguinte tabela.
Capacidade nominal Capacidade mínima
1,2 Ah 1,00 Ah
1,4 Ah 1,17 Ah
1,7 Ah 1,42 Ah
1,8 Ah 1,50 Ah
2,0 Ah 1,67 Ah
2,5 Ah 2,08 Ah
3,0 Ah 2,50 Ah
Outros dispositivos para testar as chaves eletrônicas, feitos na própria oficina, também são úteis. Por exemplo, ligue um cabo de teste ao motor de 18 V de uma parafusadeira elétrica. Conecte a bateria à chave e conecte o motor de teste com garras jacaré. Então, ligue a chave e monitore o comportamento de controle da chave.
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Um motor também pode ser testado com equipamento auxiliar similar. Cabos de teste com garras jacaré são ligados à uma fonte de alimentação de tensão variável. As garras jacaré são presas às conexões do motor. Gradualmente aumente a voltagem da fonte de alimentação e observe a corrente e a operação do motor comparando-os aos dados específicos do produto.
Outros itens para a oficina
f Panos e flanelas;
f Óleo e graxa de máquina indicadas pela Bosch;
f Óculos de segurança.
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Procedimentos de reparação
É muito importante que os produtos sejam reparados corretamente. Este capítulo descreve métodos de teste para diversos produtos, um processo que pode ser simplificado por pequenos dispositivos e equipamentos. Depois do reparo apropriado, devem ser realizadas inspeções de segurança.
Estação de testes de funcionamento: generalidades e construção
Para testar ferramentas elétricas é preciso uma mesa de teste equi-pada com um transformador variá-vel. Amperímetro e voltímetro, por sua vez, ajudam a identificar falhas durante o teste. O transforma-dor variável pode ser usado para elevar ou diminuir a voltagem de operação. Desta forma, podem ser evitados solavancos da ferramenta sendo testada. A caixa de engre-nagens pode ser testada a baixas velocidades do motor e acionada em todos os modos de operação. Um bloqueio causado, por exem-plo, por montagem incorreta, não resulta na destruição de nenhum componente. Um dispositivo de teste de curto circuito é necessário para testar curtos em induzidos. Além disso, dispositivos de teste de funcionamento real estão dispo-níveis comercialmente.
Máquinas de teste para finalidades especiais em uma estação de testes de alta voltagem com transformador de isolamento, dispositivos com interruptor de segurança, chave de proteção contra falha de corrente ou chave de proteção contra corrente residual somente podem ser testados durante a operação quando estão conectados a uma fonte de energia uma vez que, quando estão sem corrente, a conexão elétrica entre o motor e o interruptor de segurança é interrompida.
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A concentricidade do eixo/mandril pode ser facilmente testada com uma alça, uma morsa e um relógio de medição. A furadeira é presa à alça que, por sua vez, é presa à morsa. Um fuso de teste com um diâmetro externo de 6 mm é fixado ao mandril. A concentricidade é medida a uma distância de 40 mm. Use uma velocidade baixa (30 a 40 rpm) usando o regulador de voltagem (aproximadamente 40 V). A variação não deve exceder 0,4 mm.
Fig.3 – Máquina presa com segurança: gire lentamente o eixo (30 a 40 rpm) usando baixa voltagem (aproximadamente 40 V)
Procedimento de reparo
Recebendo a ferramenta
Quando uma ferramenta elétrica chega para ser reparada, e para evitar consultas posteriores, que demandam tempo, assegure-se de registrar tanta informação quanto for possível, incluindo:
f Empresa/nome, endereço, números de telefone e fax, e-mail;
f Pessoa de contato;
f Número do pedido / número da nota de entrega;
f Acessórios inclusos ou recebidos com o dispositivo;
f Solicitações do cliente;
f Em reclamações de garantia, a nota fiscal de compra, com a respectiva data.
Todos os dados devem ser registrados por completo:
f Número do pedido com 10 dígitos;
f Data de fabricação;
f Número de identificação da ferramenta especificado pelo cliente;
f Código de fábrica;
f Data do último reparo.
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Inspeção visual
Primeiro, inspecione a condição externa do dispositivo:
f Cabos:
f Corretamente preso ao interruptor ou aliviador de tensão?
f Protetor contra enrolamento / bainha do cabo danificados?
f Para cabos externos:
f Fiação e luva presentes?
f Comprimento máximo de 4 m (de acordo com EGD e BGI 608)?
f Bitola do cabo adequado/permissível?
f Plugue não danificado e corretamente afixado?
f Motor/compartimento da caixa de engrenagens/rolamento do eixo:
f Há trincas, rachaduras ou outros danos visíveis?
f Verifique vazamentos!
f A caixa de engrenagens funciona suavemente?
f Outros:
f Verifique o mandril e o encaixe de ferramentas quanto desgaste e danos;
f Verifique o funcionamento do eixo e do mandril quanto à concentricidade;
f Verifique capas de proteção quanto a danos (rachaduras, partes quebradas);
f Condição das pontas de acessórios, cinzel, lâmina da serra, lâmina de corte;
f Verifique a aberturas destinadas à ventilação;
f Todas as etiquetas de segurança estão na máquina?
f Há sinais de reparo inadequado?
f Há sinais de sobrecarga ou uso inadequado?
f Remova a tampa das escovas e verifique se há danos no coletor;
f É possível girar a caixa de reduções ou o motor usando o eixo?
f Dispositivos sem fio:
f A bateria está firmemente fixada no compartimento?
f O torque está ok?
f Tente acionar a caixa de redução;
f Teste o carregador.
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f Verifique os contatos do carregador, dispositivo sem fio e bateria quanto a desgaste:
f Verifique a carcaça quanto a danos;
f Abra o compartimento da bateria e verifique os contatos quanto a danos causados pelo vazamento de baterias;
f Teste as baterias com um voltímetro (ou testador de baterias);
f Verifique os interruptores quanto ao funcionamento apropriado;
f Observe as informações de serviço para instrumentos de medição (por exemplo, substi-tuição de dispositivos no caso de defeito).
f Em caso de dúvidas, contatar o departamento de serviço pós venda Bosch.
Inspeção de segurança elétrica
Testes elétricos devem ser realizados somente por pessoal treinado ou por um eletricista. Funcionários com menos de 18 anos de idade não devem trabalhar com equipamentos de teste de alta voltagem. Recomenda-se, para segurança do mecânico, que as inspeções de segurança elétrica sejam feitas antes do teste funcional (teste de aterramento ou teste de isolação).
Teste funcional
O teste funcional, que deve ser sempre realizado, é feito com uma mesa de teste que consiste de um transformador regulável (0 a 250 V, variando de acordo com a voltagem do país), um voltímetro, um amperímetro e um interruptor de segurança. O dispositivo a ser testado é ligado e a voltagem gradualmente aumentada através do transformador regulável a partir da posição “0”. Na medida em que a voltagem aumenta, monitore o consumo de corrente. Se ruídos ou o consumo de corrente indicarem uma bobina em curto na armadura ou problema similar, o teste deve ser interrompido e o dispositivo desmontado.
Exemplos:
f Aplique carga à furadeira (corrente nominal);
f Teste o interruptor de segurança cortando alimentação de energia (PRCD);
f Use o transformador regulável para, gradualmente, acionar dispositivos sem interruptores de segurança;
f Teste a chave de mudança em dispositivos que permitam inversão da direção de rotação;
f Acione gradualmente dispositivos com interruptores eletrônicos;
f Teste os ajustes da chave em dispositivos de impacto – ele fura/bate (teste em concreto ou madeira);
f Suporte de ferramenta desgastado, mandril gira suavemente?
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f Busque por interrupções no cabo de conexão movi-mentando o cabo, o dispositivo anti -enrolamento e o plugue enquanto o dispositivo está ligado;
f Teste a ferramenta quanto à função apropriada (furar, parafusar, lixar etc);
f Se não for encontrada qualquer falha, contate o cliente e obtenha mais informações.
Ferramentas sem fio
f Verifique os interruptores eletrônicos e acione a chave que altera o sentido de rotação, verificando seu funcionamento apropriado;
f A caixa de engrenagens funciona de forma apropriada?
f Gire manualmente o eixo de saída – os rolamentos / caixa de engrenagens funcionam bem?
f A bateria se encaixa corretamente no compartimento?
f O consumo de corrente do motor está adequado?
f Os contatos entre a bateria e o dispositivo estão desgastados/queimados?
f O carregador foi testado quanto à sua função?
f A capacidade da bateria está ok?
f O porta-ferramentas/mandril estão ok?
f Teste a ferramenta quanto às funções apropriadas (furar, parafusar, lixar etc);
f Se não for encontrada qualquer falha, contate o cliente e obtenha mais informações.
Fig.4 – Testador para verificar a capacidade da bateria
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Desmontagem – limpeza – testes
Desmontagem
Cabe ao mecânico decidir em que extensão ele desmonta a ferramenta. Há diversos fatores que influenciam esta decisão, incluindo:
f O tipo do defeito;
f A idade do dispositivo;
f A condição do dispositivo;
f Reclamação de garantia ou cortesia;
f Solicitações dos clientes e outros fatores essenciais.
Para martelos rotativos, pode ser usada a peça respectiva do manual de reparo existente. Para todos os outros dispositivos, podem ser consultadas vistas explodidas para orientação, se necessário. Proceda de uma forma sistemática, que seja apropriada para aquele determinado tipo de ferramenta. Acima de tudo, se não for detectada qualquer falha, a desmontagem deve começar pelos cabos e interruptores. Durante este processo, estes componentes podem ser, simultaneamente, testados quanto à continuidade e ao funcionamento apropriado.
Ferramentas especiais Bosch e outros sacadores comercialmente disponíveis devem ser usados quando necessário.
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Limpeza
Dependendo da extensão do reparo, a ferramenta deve ser limpa de forma apropriada: a graxa velha deve ser removida. Devem ser usados dispositivos e agentes de limpeza que atendam às regulações nacionais concernentes a segurança e descarte.
Fig.5 – Estações de limpeza baseada em solvente para peças pequenas
Fig.6 – Estação de limpeza alcalina para peças pequenas
Importante: rolamentos de agulha ou de esferas inclusas devem ser cobertos. Eles não devem entrar em contato com agentes de limpeza porque isso destruiria a graxa ou o filme lubrificante, danificando a peça.
Testes
Dependendo da extensão do dano, a peças devem ser inspecionadas em relação ao desgaste e outros defeitos. Quando necessário, cabos, interruptores, induzidos e estatores devem ser testadas com um bom multímetro. O estator deve ser testado com um dispositivo de teste de curto-circuito fornecido pela Bosch. Informações de serviço e manuais de reparo estão dis-poníveis para alguns produtos. Este conteúdo pode ser encontrado no SIS (disponível para download gratuito).
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Depois de diagnosticar a falha, as peças de reposição são adquiridas e a ferramenta reparada. Segue-se um teste de função e operação. Um teste de alta voltagem é realizado e o dispositivo é enviado à expedição, depois de limpo e, de preferência, em uma embalagem plástica.
Reparos retornados
Reparos retornados são ferramentas que foram devolvidos com um defeito depois de um reparo bem sucedido. A queixa do cliente deve ser examinada. A ordem de reparo anterior deve ser revista e, então, deve ser feito um diagnóstico do dano na máquina. Quando as peças substitu-ídas no reparo anterior estiverem danificadas, é uma reclamação de garantia. Se outras peças apresentaram defeito, trata-se de um reparo sujeito a custo a menos que a ferramenta esteja na garantia e não é desgaste natural. Ocasionalmente, há reclamações do cliente que não estão listadas na ordem de reparo/carta de reclamação. Neste caso, o cliente deve ser contatado e a reclamação discutida. É possível que a ferramenta não seja adequado às necessidades do cliente e, como resultado, tenha sido submetido a sobrecarga. Uma ferramenta adequada deve ser recomendada ao cliente durante esse contato.
Falha crítica da máquina/responsabilidade pelo fato do produto
Os “princípios da responsabilidade pelo fato do produto” estão especificados no plano de garantia da qualidade. As estritas provisões de responsabilidade pelo fato do produto exigem que todo o pessoal corporativo tenha consciência das amplas consequências de um produto defeituoso deixar a companhia. O termo “responsabilidade pelo fato do produto” significa que o fabricante é responsável por danos ocorridos por terceiros como resultado de defeitos nos
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produtos daquele fabricante. Uma entidade cuja marca esteja no produto também é responsável da mesma forma que o fabricante. Um produto é considerado defeituoso se ele não oferecer a segurança com a qual o usuário do produto e o público justificavelmente esperam contar.
A responsabilidade existe como princípio para todos os danos diretos causados a propriedades e pessoas (ferimentos, morte) e por todas as consequências resultantes para a parte prejudi-cada. A responsabilidade não pode ser excluída e tão pouco restrita.
A responsabilidade pelo produto é “responsabilidade estrita independente da falha”. Isto signi-fica que o fabricante é responsável independentemente dele ser ou não responsável pelo defeito em seu produto. O único e decisivo critério é a existência do defeito.
Neste caso, a assim chamada reversão do ônus da prova se aplica: não é a parte prejudicada que deve fornecer a prova da falha ao fabricante. Ao contrário, o fabricante deve provar que ele não foi responsável pelo defeito no produto, ou seja, que o defeito não foi causado dentro de sua área de responsabilidade (por exemplo, que foi causado devido a uma infração das instru-ções de uso). Na prática, um fabricante normalmente consegue provar isso.
A responsabilidade pelo produto aplica-se de forma equivalente em todo o mundo. A única forma de se proteger contra ela é fabricar produtos sem defeitos. É por isso que se aplica o seguinte: é essencial evitar deficiências de segurança em nossos produtos. Cada colaborador é responsável por isso dentro da estrutura de suas próprias responsabilidades inclusive as assis-tências técnicas.
A divisão/área de produção responsável por vendas também é responsável pela observação do produto (responsabilidade pelo produto).
Reclamações dos clientes relacionadas a (possíveis) danos pessoais e/ou à propriedade devem ser notificados para a divisão responsável pelo produto independentemente do período de expi-ração da responsabilidade devida a defeitos.
Reclamações relacionadas a incidentes que levam ou que podem levar a ferimentos pessoais ou dano à propriedade devem gerar ações focadas em eliminar quaisquer riscos de segurança (ou a continuação de um risco de segurança) na implementação dos produtos.
Procedimento para relatar casos de responsabilidade do produto
1. m mecânico imediatamente reporta um possível caso de responsabilidade pelo produto ao representante do serviço ao cliente.
2. O representante do serviço ao cliente preenche o formulário (Procedimentos PT/QMM – padrões e diretrizes e o envia, via e-mail, para PT/QMM ([email protected])
3. O cliente recebe o novo produto.
4. O dispositivo defeituoso é enviado junto com o relatório para BU/QMM (departamento de qualidade da unidade de negócio ou planta responsável). Eles são informados pelo hotline acima e normalmente enviam uma solicitação pedindo a amostra defeituosa.
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Evitando falhas críticas da máquina depois do reparo
É muito importante que os dispositivos sejam reparados somente com peças originais. Peças de outros fabricantes não são adequadas. Escovas de outros fabricantes podem fazer o dispositivo funcionar inicialmente, mas ao preço de um desgaste consideravelmente maior no coletor que aquele que seria de se esperar com as escovas originais, fabricadas especialmente para aquele motor e coletor.
Certifique-se de revisar as instruções de segurança para os dispositivos:
f Função do acoplamento de torque (martelos rotativos e furadeiras de impacto);
f Todas as etiquetas (avisos de segurança) estão presentes?
f Foi realizada a inspeção de segurança elétrica especificada?
f Verifique que pontas de ferramentas (brocas, discos de lixamento, lâminas de cortar) estão presas no lugar;
f Os acessórios (proteção contra poeira, lâmina da serra, discos de lixar, brocas etc) são apropriados para o dispositivo?
Modificações feitas pelo cliente não devem ser reparadas. Os dispositivos devem sempre ser trazi-dos em sua condição original, exceto quanto a modificações especiais para dispositivos que foram desenvolvidos especialmente para a indústria e que têm número de peça próprio para o modelo.
Garantia
Veja também o capítulo Garantia e Cortesia.
Se os resultados da inspeção determinarem que a reclamação de garantia é justificada, o reparo ou montagem pode começar imediatamente. Se a garantia for negada, o cliente deve ser informado da razão pela qual isso aconteceu e também deve receber um orçamento.
Se um reparo não for economicamente viável, o cliente receberá um dispositivo novo. É importante que, na conclusão do trabalho, seja feita uma verificação para assegurar que todos os dados necessários sejam registrados e o código da falha (causa da falha) tenha sido determinado com precisão.
Dependendo dos requisitos, as respectivas peças devem ser preservadas para fins de controle da qualidade.
Cortesia
Se a reclamação de garantia for negada, ela não deve ser automaticamente convertida em um caso de cortesia. Para mais informações, consulte a seção: “Definições: cortesia, cortesia técnica, cortesia comercial”.
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Montagem
Somente peças de reposição originais Bosch que estejam incluídas na lista de peças de reposição de uma determinada ferramenta podem ser usadas. Elas estão sujeitas à supervisão de qualidade da Bosch. Por razões de segurança e qualidade, o uso de peças de terceiros não é permitido.
Em geral, a montagem ocorre na ordem reversa da desmontagem. Para martelos rotativos há manuais de reparação apropriados.
As vistas explodidas ou cortes seccionais podem ser usados para fins de orientação para todas as ferramentas. Eles contêm informações essenciais como:
f Posição de instalação;
f Dimensões;
f Ferramentas auxiliares simples;
f Valores de torque para parafusos;
f Detalhes sobre auxílios e acessórios (por exemplo, Loctite).
Informações disponíveis na ferramenta SIS (disponível para download gratuito):
f Valores de teste;
f Tipo e quantidade de graxas.
Observações sobre reparos (dicas obtidas na prática)
f Faça sempre uma inspeção de recebimento e uma inspeção de segurança;
f Quando necessário, use ferramentas especiais;
f Para carcaças tipo concha, certifique-se que suas metades encaixam-se uma na outra. Se isto não acontecer, alguma coisa está incorretamente posicionada ou as abas de vedação foram danificadas por uma tentativa forçada de abertura, possivelmente usando-se uma chave de fenda;
f Devido a diferentes composições, misturar graxas de terceiros com graxas Bosch pode resultar em uma perda de propriedades lubrificantes e danos à máquina;
f Primeiro monte subconjuntos de peças separadas; depois, monte esses subconjuntos ou o dispositivo como um todo;
f Quando for possível, faça os subconjuntos do motor funcionarem a baixa voltagem (por exemplo, 50 V);
24 | Manual do Mecânico de Assistência Técnica – Ferramentas elétricas
f Os mancais do induzido não devem estar deformados;
f Se houverem marcas de estresse visíveis na montagem do induzido e do estator, verifique se o estator está firmemente encaixado na carcaça: para melhor assentamento do esta-tor em dispositivos tipo “concha”, experimente inserir pedaços de cartolina em ambos os lados, quando necessário;
f As escovas devem mover-se livremente em suas respectivas guias;
f Escovas novas assentam-se sozinhas mais rapidamente quando as bordas e lados são ligei-ramente retirados com uma lima. Também é aconselhável usar um bastão abrasivo ou ligar a máquina em baixa voltagem e ir subindo até a nominal;
f O coletor pode ser removido para limpeza ou limpo enquanto o motor está funcionando (com o bastão abrasivo Bosch);
f Assegure-se de que as conexões com o plugue estarão adequadamente feitas e seguras;
f Sempre ajuste a folga do flanco dos dentes sem graxa. Engrenagens como pinhões e coroas devem, pelo menos, estar livres de graxa;
f Cada oficina deve estar equipada com as ferramentas especiais Bosch para pressionar mancais ou para tarefas similares;
f Ao pressionar rolamentos de esferas contra o eixo, apoie apenas o anel interno;
f Ao pressionar rolamentos de esferas contra a carcaça, apoie apenas o anel externo;
f Quando possível use uma prensa manual para pressionar para dentro ou para fora. Isto proporciona uma sensibilidade melhor, por exemplo quando um rolamento é chanfrado. Quando são usadas prensas hidráulicas, não há sensibilidade de toque;
f Cubra rolamentos de esferas ou agulhas quando estiver limpando peças da carcaça. O fluído de limpeza que penetrar nesses componentes destrói a graxa lubrificante e danifica a peça;
f Rolamentos de esferas abertos devem ser soprados depois de limpos e, então, reengraxa-dos. Preencha no máximo 1/3 do espaço com graxa.
f Evite usar força excessiva. Pergunte-se sempre: porque? Então, tome a providência apropriada;
f Visão ampla, ordem e limpeza são absolutamente mandatórias na estação de trabalho. Ferramentas que não são necessárias devem ir para a gaveta ou para a prateleira;
f Quando estiver realizando reparos, pense! Os clientes agradecem por dicas de operação e/ou de uso.
f Finalmente, sempre realize testes elétricos e funcionais.
Manual do Mecânico de Assistência Técnica – Ferramentas elétricas | 25
Inspeção final
Inspeção de segurança elétrica
O resultado ou confirmação que o dispositivo atende às regulações de segurança deve ser regis-trado no cartão do pedido e assinado pelo testador. Se necessário, um registro de certificação do reparo pode ser emitido e entregue ao cliente junto com o dispositivo.
Operação de teste e teste funcional
Proceda essencialmente da mesma forma que descrito na seção Teste Funcional. O dispositivo deve ser testado da forma que se pretende usá-lo. Exemplos:
f Serra tico-tico: serre madeira e/ou metal;
f Furadeira: faça furos em madeira dura, metal ou concreto;
f Martelo rotativo/rompedor: teste em concreto ou em uma placa de testes; se for usada graxa nova e ela estiver fria, pode levar vários segundos antes que a força total de impacto seja obtida.
f Serra circular: serre sarrafos ou placas que representem a profundidade máxima de corte;
f Para furadeiras e lixadeiras angulares, meça a velocidade de rotação com tacômetro, se necessário.
26 | Manual do Mecânico de Assistência Técnica – Ferramentas elétricas
Conclusão do reparo
Depois que as inspeções de segurança, a operação de teste e os testes funcionais foram realiza-dos, o reparo pode ser concluído.
Isto significa:
f Estampe ou cole a data do reparo ou outros códigos na carcaça;
f Assine e date o certificado de teste, prendendo-o à ferramenta;
f Limpe a ferramenta;
f Não enrole o cabo muito apertado e o segure com prendedores apropriados;
f Embale ou prenda quaisquer acessórios que vieram junto com a ferramenta;
f Limpe o estojo do dispositivo;
f Se não houver estojo, embale a máquina em um saco plástico, o que também serve como meio de propaganda da oficina (impresso com “Bosch Customer Service”), por exemplo;
f Se desejado (em outros países que não a Alemanha), embale as peças ou acessórios defeituosos, devidamente limpos, em um saco e o prenda ao dispositivo para a entrega;
f A etiqueta do reparo está aplicada de forma apropriada à ferramenta?
f Preencha o cartão do pedido (manualmente ou usando um sistema de informática);
f Todos os dados foram registrados?
f Todas as peças de reposição foram registradas?
f Os valores de mão de obra foram informados?
Escreva um relatório ou bilhete curto ao cliente, se necessário (por exemplo, no caso de sobre-carga ou de lâmina de corte cega). Assine o cartão do pedido, confirmando, assim, a inspeção elétrica final. Inclua o relatório de aceitação do reparo, se existir. Traga o dispositivo com todos os documentos para a prateleira de expedição.
Manual do Mecânico de Assistência Técnica – Ferramentas elétricas | 27
Identificação de problemas
Fig.7 – Selo de qualidade Bosch
f Use o eixo para girar o induzido; desta forma, pode-se identificar danos ao coletor. Um soquete de teste com uma lâmpada de controle proporciona uma indicação confiável de que a voltagem de alimentação está presente. Curto circuitos podem ser rapidamente descobertos na ferramenta sendo testada;
f Com a ferramenta ligada, bata com a máquina sobre a mesa; desta forma, escovas presas ou contatos ruins podem ser refeitos;
f Ligue a máquina e mova o cabo de conexão; desta forma pode-se encontrar interrupções no cabo;
f Teste motores inteiros, com um transformador regulável, aumentando gradualmente a voltagem e monitorando a corrente consumida;
f Mandris pode ser facilmente substituídos com a ajuda de uma morsa:
1. Prenda o mandril à morsa usando dispositivos de proteção.
2. Solte o eixo girando-o no sentido anti-horário com uma chave adequada e, então, reaperte. Isto expande o parafuso no mandril.
3. Libere o mandril e solte a porca retentora (que usa rosca esquerda) girando no sentido horário.
4. Reaperte o mandril nos dispositivos de proteção e desmonte com uma chave de porca.
Martelos podem enfrentar problemas no impacto a baixa temperaturas. A graxa no mecanismo do martelo pode se tornar muito viscosa. O dispositivo deve, idealmente, ser armazenado em locais relativamente aquecidos. Fazer o dispositivo funcionar lentamente para que ele se aqueça também devolve ao mesmo a plena capacidade de impacto.
Em carcaças de metal, alguns parafusos são presos com verniz de travamento de parafusos de forma que eles não se soltem sob carga mecânica. Os parafusos e peças da carcaça podem ser aquecidos com uma pistola de ar quente. Isto solta o verniz e permite que os parafusos sejam facilmente removidos. Também é possível utilizar uma parafusadeira com impacto Bosch.
28 | Manual do Mecânico de Assistência Técnica – Ferramentas elétricas
Garantia e cortesia
O conhecimento do comportamento de falha dos nossos produtos é importante porque (1) é a base de melhorias da qualidade, (2) serve para acompanhar o desempenho dos nossos produ-tos para fins de responsabilidade do produto, (3) nos permite realizar medidas para aumentar a satisfação do cliente, (4) nos permite controlar e monitorar o sistema de gestão da qualidade e (5) para fins de informação gerencial.
Definições
Garantia legal – É a obrigação legal de que o fornecedor tem de garantir aos seus consumidores diretos de que o produto não tem defeitos. O tipo e escopo das reclamações dos consumidores e também o período durante o qual a garantia pode ser reclamada (período de garantia) são regulados por legislação nacional. No Brasil, a garantia legal é de três meses.
Garantia – É a política da empresa que define os critérios para aceitar ou não reclamações de garantia. Para uso comercial, no caso das ferramentas Bosch, o período de garantia é de 12 meses decorridos da emissão da nota fiscal. Para Skil e Dremel são 24 meses.
Cortesia – Compreende as regulações individuais de falhas que ocorrem nos produtos Bosch depois que o período de garantia ou garantia legal termina, quando não é mais legalmente necessário que a Robert Bosch tome medidas ou assuma custos. Os casos de cortesia devem ser resolvidos com responsabilidade e de forma apropriada. Não se deve converter cada caso de garantia recusada em um caso de cortesia. É possível e mesmo aconselhável oferecer créditos parciais (cortesia parcial) para, por exemplo, peças ou custos de mão de obra.
Cortesia técnica – Se falhas de material ou fabricação ocorrem depois que terminar o período de garantia, pode-se optar por cortesia técnica desde que a falha não tenha sido resultado de uma ação realizada pelo consumidor. Cada caso deve ser aprovado pelo rBU/QMM (setor de assistência técnica). Os custos relacionados à cortesia técnica não são custos de garantia. Não existe uma liberação geral.
Cortesia comercial – Um serviço não obrigatório não é considerado cortesia técnica. A decisão deve ser tomada pelo gerente de vendas responsável e serve para assegurar relacionamentos de negócios.
Manual do Mecânico de Assistência Técnica – Ferramentas elétricas | 29
O que se segue aplica-se às definições acima.
f As falhas que são resultado de desgaste, uso inadequado ou danos causados por tentativas próprias de reparo não estão cobertas.
f O cliente deve oferecer evidência objetiva que suporte o seu direito de reclamar apresentando a nota fiscal de compra ou nota de entrega.
f No Brasil, os reparos podem ser feitos somente em oficinas da rede autorizada Bosch.
f Para equipamentos cobertos pela garantia, o reparo. Se tal reparo for inviável do ponto de vista econômico, o dispositivo é substituído.
Processo de tomada de decisão para reclamações de garantia
Há nota fiscal de compra?
A queixa foi feita dentro do período de garantia?
Há sinal de mal uso, operação incorreta ou
falha por parte do cliente?
O dispositivo está ainda montado?
Processar como queixa de garantia!
Reclamação sujeita a custos
Reclamação sujeita a custos
Recusar a garantia
Recusar a garantia
Não
Não
Sim
Não
Sim
Sim
Não
Sim
30 | Manual do Mecânico de Assistência Técnica – Ferramentas elétricas
Processo de tomada de decisão para cortesia técnica
Para que seja possível processar casos de cortesia de diferentes tipos, geralmente é necessário especificar no sistema de reparos uma razão para isso. No caso de uma nova falha na produção em série, deve-se infomar o departamento de serviço pós venda Bosch. A cortesia técnica envolve o representante do serviço ao cliente e se relacionada a deficiência de qualidade resultante de falhas no material ou na fabricação depois que o período de garantia termina.
Processo de tomada de decisão para cortesia comercial
A cortesia comercial envolve o representante do serviço ao cliente (KDB), que pode oferecê-la por razões associadas às vendas, ou seja, para favorecer relacionamentos de negócios. Um cliente “difícil” pode ficar satisfeito com uma pequena redução nos custos.
Cortesia comercial (representante do serviço
ao cliente)
Falha identificável?
Aprovação por escrito do representante de vendas?
Cortesia: sim
Cortesia: não
Cortesia: não
Não
Não
Sim
Sim
Manual do Mecânico de Assistência Técnica – Ferramentas elétricas | 31
Avaliação com base em documentos fornecidos
Diagnóstico Comentários Garantia
Ausência de nota fiscal de venda ou data de compra fora do período da garantia Não
Nota fiscal de venda não corresponde ao dispositivo enviado Não
Pode-se verificar que a nota fiscal de venda foi criada retroativamente Não
Avaliação com base na aparência externa da ferramenta
Diagnóstico de falha Causas possíveis Garantia
Eixo torto Impacto no eixo Não
Gatilho preso/pressionado Uso de força excessiva Não
Excesso de sujeira (também na parte de dentro)
Cuidados/manutenção insuficientes Não
Dano devido ao fogo (externo) Contato com chamas abertas Não
Carcaça quebrada (externo) Queda, esmagamento Não
Ponta de ferramenta cega Manutenção deficiente Não
Ponta de ferramenta inadequada Capacidade excedida, sobrecarga Não
Ponta de ferramenta danificada Lubrificação inadequada Não
Serra tico-tico: rolete guia defeituoso Manutenção deficiente Não
Serra tico-tico: base defeituosa, torta Queda, manuseio inadequado Não
Lâminas de corrente/tesoura danificadas Corpos estranhos no material cortado Não
Material incorreto f Tintas/vernizes abrasivos f Presilhas/garras inadequadas
Dano f Com pistolas de spray f Com grampeadores
Não
Cabo ou conector defeituosos Dano Não
Dispositivo foi aberto e danificado nesse processo Não
Dispositivo chegou desmontado Não
32 | Manual do Mecânico de Assistência Técnica – Ferramentas elétricas
Avaliação com base no interior da ferramenta (aspectos elétricos e gerais)
Diagnóstico de falha Causas possíveis Garantia
Estator induzido defeituoso, descoloração uniforme
Instruções de uso não observadas
Sobrecarga Não
Ventilação demasiadamente suja Não
Estator e induzido unidas, derretida
Coletor/estator não mostram falhas originais Sobrecarga Não
Coletor não tem falhas originais Curto no induzido Sim
Lamelas do coletor levantaram Sim
As duas bobinas do estator têm cores diferentes ou uma está queimada ou descolorida, e a outra está ok
Curto na bobina Sim
Induzido queimado, bobina do estator ok e apenas ligeiramente descolorida
Curto da bobina ou do terra no induzido Sim
Conexões do induzido e coletor quebrados devido a vibração Sim
Escovas presas, sujas, porta-escovas ok Manutenção incorreta Não
Dano não atribuível ao reparo anterior; peças trocadas não estão defeituosas
Não é reparo em garantia, caso período tenha acabado Não
Peças a serem substituídas estão apenas desgastadas Não
Equipamento doméstico usado para fins profissionais Não
Interruptores e controladores
Geralmente, interruptores e controladores são cobertos durante o período de garantia (veja as exceções em Avaliação com base na aparência externa da ferramenta), seja porque as razões da recusa são de difícil entendimento para o consumidor entender ou ainda porque é difícil estabe-lecer a causa da falha na oficina.
Manual do Mecânico de Assistência Técnica – Ferramentas elétricas | 33
Mecanismo de transmissão/martelo
Como regra, danos no mecanismo de transmissão/martelo estão cobertos pela garantia (veja as exceções em Avaliação com base na aparência externa da ferramenta). Há poucas razões plausíveis para recusar o ponto de vista do cliente.
Diagnóstico de falha Causas possíveis Garantia
Dano à transmissão devido a:
Vazamentos/uso especial Decomposição de óleo; graxa seca, trabalhar na vertical Sim
Sem lubrificante suficiente Defeito de fabricação Sim
Manutenção negligenciada Falta de lubrificação Não
Uso estacionário Por exemplo, como motor de acionamento Não
Reclamações possíveis de garantia em equipamentos sem fio e/ou carregadores
Diagnóstico de falha Causas possíveis Garantia
Sem energia (ou energia insuficiente) na bateria
Testador e teste de carga relevam perda de capacidade Não
Carregador defeituosoComprovado por inspeção; se necessário, trocar a bateria várias vezes
Sim
34 | Manual do Mecânico de Assistência Técnica – Ferramentas elétricas
Garantia: em resumo
Quando não há garantia? As ferramentas elétricas Bosch são desenvolvidas com rigorosos processos de qualidade. Por isso, antes de reivindicar a garantia, verifique se o defeito não foi causado por uso indevido ou por problemas não relacionados à fabricação, incluindo, mas não se limitando a:
Defeito Causa possível
Estator com duas bobinas queimadas Sobrecarga de tensão ou trabalho
Induzido com todas as bobinas queimadas Sobrecarga de tensão ou trabalho
Carcaça derretida Sobrecarga de tensão ou trabalho
Coletor gasto Desgaste natural por uso
Escova gasta Desgaste natural por uso
Cabo com plugue danificado Desgaste natural por uso
Alavanca de comutação de velocidade quebrada
Erro na troca de velocidade indicada no manual
Carcaça de engrenagens quebrada Desgaste natural por uso
Máquina queimada Uso de acessórios inadequados com ou sem corte
Portanto, não estão incluídos na garantia defeitos originais por uso inadequado da ferramenta; instalações elétricas deficientes; conexão da ferramenta na voltagem incorreta; desgaste natural de uso; armazenagem incorreta; influência do clima; uso de acessório inadequado à ferramenta ou ainda devido a ferramenta aberta por terceiros.
Manual do Mecânico de Assistência Técnica – Ferramentas elétricas | 35
Etiqueta do produto
Cada ferramenta elétrica fabricada pela Bosch tem uma etiqueta de identificação que reúne informações importantes sobre o produto.
1. Nome ou logotipo da companhia.
2. Número de peça (part number) de 10 dígitos.
3. Voltagem (em volts, V).
4. Símbolo para o tipo de corrente de alimentação (alternada o contínua).
5. Frequência da rede (em Hertz, Hz).
6. Corrente consumida (em Amperes, A).
7. Potência consumida (em Watts, W).
8. Data de fabricação e número de série:
f 1º ao 3º dígito – data de fabricação;
f 4º e 5º dígito – código para o dia e semana da fabricação;
f 6º ao 9º dígito – número de série.
9. Código do grau de proteção.
10. Código da fábrica (veja também a seção “Localidades de fabricação”).
11. Velocidade de rotação sem carga (em rotações por minuto, rpm).
12. Neste exemplo: diâmetro máximo de furação em aço.
13. CE – Certificat Europa (marca de conformidade da Comunidade Europeia).
14. NOM-ANCE/IRAM – Argentina órgão certificador.
1 914
341112
2 7 105 6
36 | Manual do Mecânico de Assistência Técnica – Ferramentas elétricas
Part number: o RG do produto
O part number é formado de acordo com determinados critérios, dependendo se é o caso de um kit ou de um bare tool.
Kit
f O part number começa com “0 6”;
f 8º dígito: a lógica é definida pelo respectivo Marketing de produto;
f 9º dígito: código do país;
f 10º dígito: número de série;
f O part number localiza-se na etiqueta da embalagem.
Bare tool
f O part number começa com “3 6”;
f 8º dígito: a lógica é definida pelo respectivo Marketing de produto;
f 9º dígito: código do país;
f 10º dígito: número de série para futuros desenvolvimentos não substituíveis;
f Uma vez estabelecido, o part number de um produto não se altera.
127 V~ 60 Hz 6,7 A 800 Wno = 1100 / 3000 /minØ 13 mm
Ind. BrasileiraHecho en BrasilSN XXXXYYZZZZ
GSB 20-2 3 601 AA2 0G1
1 Ø
2 Ø
684
20 mm 13 mm 40 mm
16 mm 6 mm 25 mm
70764
Glossário
Kit: Um kit é um produto que pode ser vendido; ele pode ser identificado com um part number Bosch, além de um número EAN (código de barras) ou UPC, visíveis na embalagem.
Bare tool: Configura-se pela ferramenta elétrica em si, sem acessórios, baterias e embalagem. É operacional e contém uma etiqueta com part number impresso.
Manual do Mecânico de Assistência Técnica – Ferramentas elétricas | 37
Localidades de fabricação
As ferramentas elétricas Bosch podem ser fabricadas em diversos locais do mundo, que podem ser identificados por um código, normalmente inserido em um quadrado arredondado, exibido na etiqueta do produto.
Código Cidade Planta País
054 Murrhardt (MtP) Alemanha
082 Leinfelden (LeP) Alemanha
511 Walnut RidgeHeber SpringMexicali
(PTNA)(PTNA)(PTNA)
EUAEUAMéxico
516 Penang (PgP – MY) Malásia
560 Hangzhou (HzP1 – CN) China
579 Stowmarket (Stw – GB) Inglaterra
600 Breda (Bda – NL) Holanda
797 Breda (McP – Hu) Hungria
820 Sebnitz (SeP – D) Alemanha
903 Bangalore (MICO – IN) Índia
908 Campinas (RBBR – BR) Brasil
935 Solothurn (SnP – CH) Suíça
Steg (SnP – CH) Suíça
St. Niklaus (SnP – CH) Suíça
Werk Engels (EnP – RU) Rússia
38 | Manual do Mecânico de Assistência Técnica – Ferramentas elétricas
Importante: podem existir diversas unidades tec-nicamente diferentes com a mesma identificação comercial. Por exemplo:
f GBH 5 DCE 0 611 216 703 f GBH 5 DCE 0 611 230 703
Identificação comercial
As ferramentas elétricas fabricadas pela Bosch também têm uma identificação comercial, que é estruturada com letras e números e é independente do número do produto (part number) de 10 dígitos. Por exemplo:
0 46 E0 0 Serra Mármore1 5 4 8
O número da ferramenta (part number) de 10 dígi-tos deve ser sempre usado para os pedidos de peças de reposição.
9º e 10º dígitos – Tensão 220V para o Brasil
6º e 7º dígitos – Definem características técnicas do produto
5º dígito – Define o tipo do produto (5 = Serra Circular/ Mármore)
3º e 4º dígitos – Definem a classificação do produto (01 = Linha Profissional)
2º dígito – Define a divisão a que o produto pertence (6 = Div. PT Ferram. Elétricas)
1º dígito – Define que o item é um produto acabado/completo – pronto para venda
8º dígito – Versão Standard, cx. papelão sem disco
F012.0xxx.xx – Ferramenta de medição
F012.1xxx.xx – Martelos, tupias e plainas
F012.2xxx.xx – Ferramentas a bateria
F012.3xxx.xx – Ferramentas de bancada
F012.4xxx.xx – Tico ticos e serras sabre
F012.5xxx.xx – Serras circulares
F012.6xxx.xx – Furadeiras
F012.7xxx.xx – Lixadeiras
F012.8xxx.xx – Sopradores
F012.9xxx.xx – Esmerilhadeiras grandes e pequenas e politrizes
F012.xxxx.AA – 127V EXP (Ferramentas direcionadas a todos os países 127V exportação)F012.xxxx.AB – 127V BRF012.xxxx.JA – 220V BR/ EXP (Ferramentas direcionas ao Brasil, Peru, Bolívia, Paraguai,
Uruguai e Chile)
F012.xxxx.JB – 220V ArgentinaF012.xxxx.JC – 220V Chile (Versão necessária apenas para ferramentas que possuam
variador de velocidade diferente de 50/60hz)
Manual do Mecânico de Assistência Técnica – Ferramentas elétricas | 39
Nomenclatura: significado das siglas
A identificação comercial – GBH 5 DCE, por exemplo – é criada a partir de um conjunto definido de regras.
No caso das máquinas Bosch Profissional, todas as siglas começam com a letra G, uma refe-rência a Gewerbliches Elektrowerkzeug, que significa ferramenta elétrica profissional. As duas letras seguintes definem o tipo de ferramenta, conforme a tabela das páginas 48 e 49.
O restante do código corresponde a características específicas de cada equipamento. No caso de furadeiras, por exemplo:
f E – Regulação eletrônica (velocidade variável);
f R – Reversível;
f H – Alto torque;
f S – Função de parafusadeira;
f W – Perfuração a úmido;
f D – Perfuração a seco.
Com base nestas regras, temos o seguinte exemplo:
G 1 4–4 0D C
Gewerblich Linha Profissional Blue
Diamond Diamantada
Cutter Cortadora
14 1.400 Watts
40 40 mm de corte
40 | Manual do Mecânico de Assistência Técnica – Ferramentas elétricas
Ferramentas Bosch e o mercado latino americano
Cobrindo quatro grandes grupos de produtos – ferramentas elétricas portáteis, ferramentas elétricas de tomada, instrumentos de medição e acessórios –, as ferramentas Bosch estão divi-didas em diversos portfólios:
Bosch Profissional (indústria)
Bosch medição Skil (profissional autônomo)
Dremel (profissional autônomo e hobistas)
Manual do Mecânico de Assistência Técnica – Ferramentas elétricas | 41
Princípios da Qualidade Bosch
1. O nosso objetivo é a satisfação total das expectativas dos nossos clientes através da qualidade dos nossos pro-dutos e serviços.
2. A Qualidade e a sua melhoria contí-nua é objetivo e responsabilidade de todos, desde a Administração até os aprendizes.
3. As nossas diretrizes, processos, sis-temas e objetivos são baseados em requisitos de normas internacionais, expectativas do cliente, na nossa experiência e conhecimento. O seu entendimento e conformidade com essas diretrizes e processos são os fundamentos da nossa qualidade.
4. Qualidade significa fazer bem desde o início e logo na primeira vez, pre-venindo desta forma a ocorrência de defeitos no final. A melhoria contínua da qualidade dos processos reduz os custos e aumenta a produtividade.
5. Evitar falhas é mais importante que eliminar defeitos. Aplicamos sistemati-camente métodos e ferramentas para a garantia da qualidade preventiva. Aprendemos com os erros e eliminamos antecipadamente as suas causas.
6. Os nossos fornecedores contribuem substancialmente para a qualidade dos nossos produtos e serviços. Assim, exigimos que os nossos fornecedores apliquem os mesmos padrões de quali-dade por nós adotados.
Qualidade é essencial...
Tudo pode ser melhorado. A Bosch entende que altos níveis de qualidade são essenciais para o seu sucesso e estende essa visão aos seus parceiros de negócio. Os Princípios da Qualidade Bosch são uma referência básica e se estendem à rede de assistência técnica.
42 | Manual do Mecânico de Assistência Técnica – Ferramentas elétricas
Assistência Técnica: uma questão de atitude
Nos orientamos segundo nossa visão e mis-são com o objetivo de atingir nossas metas estratégicas quanto aos serviços.
Onde queremos chegar? Somos os mais rápidos e confiáveis em termos de Assistência Técnica e somos claramente orientados ao mercado.
Como queremos ser vistos? A Bosch tem, simplesmente, o melhor ser-viço de assistência técnica que o mercado pode oferecer.
Quais são nossas metas?
f Finalizamos todos os processos em, no máximo, 24 horas.
f Todos os dias atingimos nossas metas.
f Lidamos com todos os processos de uma maneira orientada ao cliente.
f Tratamos nossas marcas diferente-mente com respeito a serviço e custo.
Como chegar lá? Nos avaliamos diariamente quanto ao cumprimento das nossas metas.
...mas segurança é ainda mais
As ferramentas elétricas Bosch são produzidas dentro de rígidos padrões internacionais de gestão da qualidade, do meio ambiente e da segurança. Esses padrões são aplicados através de sistemas de gestão certificados, incluindo:
ISO 9001 – Sistema de gestão da qualidade baseado em princípios como foco no cliente, liderança e melhoria contínua.
ISO 14001 – Sistema de gestão ambiental, focado na proteção do meio ambiente.
OHSAS 18001 – Sistema de gestão de segurança do trabalho, que inclui investimentos contí-nuos em saúde e segurança dos trabalhadores.
Sistema de Gestão Integrada – Segue os princípios mundiais Bosch de qualidade, respeito ao meio ambiente, saúde e segurança do trabalho.
Manual do Mecânico de Assistência Técnica – Ferramentas elétricas | 43
Contribuições definitivas para o planeta
Em 11 de novembro de 1886, era criada em Stuttgart um pequeno estabelecimento com um nome longo: a “Oficina para Mecânica de Precisão e Engenharia Elétrica”. A iniciativa de Robert Bosch, então com apenas 25 anos, viria a se tornar uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, cobrindo não apenas a indústria automotiva, que foi seu foco inicial, mas se tornando um grupo diversificado com atuação global.
A fabricação de ferramentas elétricas, atividade hoje reunida sob a PT (Power Tools), tornou-se a primeira divisão independente da Bosch, em 1959. Foi a evolução natural de um emblemático produto, o martelo perfurador Bosch, lançado na feira de comércio de Leipzig em 1932. A Bosch teve sucesso com a produção em série da ferramenta que podia dar golpes e rodar ao mesmo tempo. Ela acelerava e facilitava o trabalho nas obras e ajudava os profissionais.
Desde o início a Bosch realizou inúmeros lançamentos, que representaram contribuições defini-tivas não só para a indústria automotiva, mas para os setores de bens de consumo, ferramentas elétricas, sistemas de aquecimento, tecnologia industrial e sistemas de segurança. Conheça alguns destes marcos a seguir.
44 | Manual do Mecânico de Assistência Técnica – Ferramentas elétricas
Sistema de iluminação para automóveis1913
Sistema ABS entra em produção em série1978
Refrigerador1933
Ferramenta elétrica Bosch-Combi, destinada a hobbistas 1952
Lixadeira angular 1957
Serra tico-tico de mão 1946
Lançamento da tecnologia de combustível FlexFuel1994
Parafusadeira Ixo, com bateria recarregável de íon-lítio2003
Primeiro magneto de ignição para motores estacionários 1887
Sistemas de injeção diesel para caminhões 1927
Lavadora de louça 1964
Martelo perfurador 1932
Refrigerador sem CFC 1990
Martelo perfurador a bateria 1984
Sistema de injeção diesel de alta pressão 1989
Cortadores de sebes 1961
Processador de alimentos1952
Scanner de parede 2002
Ferramentas de jardinagem com bateria recarregável de íon-lítio 2007
Manual do Mecânico de Assistência Técnica – Ferramentas elétricas | 45
O desafio da mudança
Em que acreditamos? O que nos impulsiona todos os dias? E o que temos em comum? A resposta para isso é o “We Are Bosch”, a nova declaração de missão do Grupo Bosch, que substituiu a House of Orientation, usada já há dez anos.
A Bosch reviu sua declaração de missão por-que o mundo está mudando muito... e rápido. Ele tem se tornado mais complexo e dinâmico e, por isso, cada vez mais imprevisível. Assim, é essencial nos adaptarmos ao cenário – e ao desafio – da mudança.
O “We Are Bosch” tem um papel importante neste contexto. Direto e conciso, ele expressa como vemos a nós mesmos. Ele serve como referência nestes tempos de mudança, define uma base para a estratégia de nossas unida-des operacionais e proporciona um estímulo forte para o desenvolvimento continuado da companhia. Em um nível mais geral, ele cria um entendimento comum mais claro da
estratégia da Bosch. Em outras palavras, o “We Are Bosch” dá uma expressão clara da mudança pela qual a companhia – e o mundo – estão passando.
Nossa declaração de missão inclui cinco níveis, sendo um construído a partir do outro. Por cima de tudo está nosso objetivo de assegurar o futuro da Bosch e gerar o desenvolvimento sólido e significativo que o fundador de nossa Companhia, Robert Bosch, legou em seu testamento. O nível seguinte especifica o que nos motiva: tec-nologia para vida, através de produtos que despertam entusiasmo nas pessoas. O terceiro nível define nossos focos estraté-gicos, que são focar no consumidor, definir a mudança e conquistar a excelência. Eles descrevem os desafios que enfrentamos e que precisamos dominar.
Ao encarar estes desafios, podemos confiar na cultura Bosch, na nossa capacidade de ino-
Orientação para o Futuro e os Resultados
Garantimos nosso sucesso empresarial a longo prazo e o contínuo desenvolvi-mento de nossa Organização através do ativo envolvimento nas mudanças técni-cas e mercadológicas. Temos o objetivo de oferecer soluções inovadoras aos nossos clientes e atraentes oportunida-des de trabalho a nossos colaboradores. Agimos e tomamos decisões orientadas para o resultado, de forma a garantir nosso crescimento e independência financeira, bem como apoiar/financiar diversos projetos sociais.
Responsabilidade
Estamos conscientes de que nossas ati-vidades empresariais devem estar em harmonia com os interesses da sociedade. Nossos produtos e serviços estão orienta-dos à segurança das pessoas, à utilização adequada dos recursos e à preservação do meio ambiente.
Iniciativa e Determinação
Atuamos por iniciativa própria, com respon-sabilidade empresarial e somos determina-dos na implementação de nossos objetivos.
Os valores Bosch
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Abertura e Confiança
Informamos no momento correto, de forma transparente, nossos colaboradores e parceiros de negócio sobre importantes desenvolvimentos na Organização, esta-belecendo, assim, uma base de confiança no trabalho conjunto
Seriedade e Honestidade
Consideramos a seriedade e honestidade no trato com nossos colaboradores e parceiros de negócio uma condição fundamental para o nosso sucesso.
Confiabilidade, Credibilidade e Legalidade
Cumprimos o que prometemos. Vemos nossa palavra como uma obrigação e respeitamos o direito e a lei.
Diversidade Cultural
Respeitamos nossas origens regionais e culturais, considerando a diversidade como uma vantagem competitiva e con-dição necessária para o nosso sucesso mundial.
Os valores Bosch
vação, em nossa qualidade e em nosso foco internacional. Finalmente, há os nossos valo-res, que são o fundamento da nossa declara-ção da missão.
O “We Are Bosch” foi criado através do com-prometimento de muitos colaboradores, que contribuíram com a sua visão para a evolução da nossa cultura corporativa. Ele deve ser praticado no dia a dia, buscando benefícios práticos reais em cada localidade Bosch,
em cada tarefa, e também deve nortear seus representantes de assistência técnica quando falam em nome da Bosch.
Ao impactar o dia a dia do mundo Bosch, o We Are Bosch trará a todos inspiração para agarrar as oportunidades oferecidas por nosso dinâmico mercado. Somos um time forte e devemos trabalhar juntos para assegurar o desenvolvimento sólido de nossas marcas.
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Anexo 1 – Siglas das ferramentasSigla Nome em alemão Nome em português
AG Akku-Druckluftpumpe Bomba de ar à bateria
AH AbsaugHammer Martelete com extração de pó
AS AbSauggerät Aspirador de pó
BH BohrHammer Martelo rotativo
BM BohrMaschine Furadeira
BS BetonSchleifer Cortadora de concreto
BS BandSchleifer Lixadeira de cinta
CL CrossLaser (Kreuzlinien-Laser) Laser de linhas cruzadas
CM Compound-Mitre saw Serra de Esquadria
CO Cut-Off-Machine Cortadora (disco abrasivo)
DA DeltAschleifer Lixadeira formato Delta
DB DiamantBohrsysteme Sistema de perfuração com diamante
DO Digitales Ortungsgerät Detector digital
DR DrehschlagschraubeR Parafusadeira de impacto
DS DrehschlagSchrauber Parafusadeira de impacto
EX EXzenterschleifer Lixadeira orbital
FF FlachdübelFräse Entalhadora
FS FeinschnittSäge Serra para corte fino
FZ FuchsschwanZsäge Serra
GS GeradSchleifer Retifica reta
GW GeWindeschneider Afilador
HG HeißluftGebläse Soprador de ar quente
HO HObel Plaina
KE KEttensäge Serra elétrica com corrente
KF KantenFräse Tupia laminadora
KP KlebePistole Pistola de cola
KS KreisSäge Serra circular
LI LIcht Lanterna
MB MagnetBohrständer Estande de perfuração com base magnética
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Sigla Nome em alemão Nome em português
MF MultifunktionsFräse Tupia multi função
ML MusikLadegerät Carregador com rádio
NA NAger Tesoura punção
NF NutFräse Cortadora de parede
NS NassSchleifer Cortadora a húmido
OF OberFräse Tupia
PO POlierer Politriz
RW RührWerk Misturador/agitador
SA SäbelSäge Serra sabre
SB SchlagBohrschrauber Furadeira de impacto
SB SchleifBürste Lixadeira tipo escova
SC SChere Tesoura
SF SchlitzFräse Fresa
SG SchaumstoffsäGe Cortadora de espuma e borracha
SH SchlagHammer Martelo demolidor
SM SchleifMaschine Esmerilhadeira de bancada
SM MultiSchleifer Lixadeira multi
SP SpritzPistole Spray
SR SchRauber Parafusadeira
SS SchwingSchleifer Lixadeira orbital
ST STichsäge Serra tico tico
TA SägeTisch-Anschlag Serra de mesa com limite
TK TacKer Grampeador
TL TapetenLöser Removedor de papel de parede
TS Tisch-KreisSäge Serra de bancada
US UniversalSchere Cortadora universal
VP VacuumPumpe Bomba de vácuo
VS VarioSchleifer Lixadeira de cinta compacta
WB WinkelBohrmaschine Furadeira angular
WI WInkelschrauber Parafusadeira angular
WS WinkelSchleifer Esmerilhadeira
Manual do Mecânico de Assistência Técnica – Ferramentas elétricas | 49
Anexo 2 – Símbolos de proteção, pictogramas e seus significados
Em seus manuais, embalagens e/ou no próprio corpo (placa de identificação), as ferramentas elétricas Bosch usam símbolos (pictogramas) associados a aspectos de segurança e funcionali-dade, além de referirem características técnicas e acessórios.
Classes de proteção
Classe de proteção I Condutor de proteção (requerem aterramento)
Classe de proteção II Proteção de isolação (dupla isolação, dispensam aterramento)
Classe de proteção III Extra baixa tensão
Graus de proteção IP (International Protection)
IP 5 e IP 5X Proteção contra pó e pó fino (X)
IP 6 Proteção contra poeira
IP 31 Proteção contra gotejamento
IP 33 Proteção contra água de chuva
IP 54 Proteção contra respingos de água e pó
IP 55 Proteção contra água direta (mangueira)
IP 67 Proteção contra água pressurizada
IP 67 Proteção contra água pressurizada até … bar
As classes de proteção IP são normalmente atribuídas a ferramentas de medição.
Pictogramas ferramentas Bosch Profissional
Cabo pode ser removido Corrente inicial limitada em 16 A Bloqueio anti-rotação
Troca rápida do disco (esmerilhadeira) Encaixe SDS Sistema de freio do motor
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Pictogramas ferramentas Bosch Profissional (Cont.)
Velocidade constante Ar direto no motor Sistema de troca de lixas com velcro
Controle eletrônico de velocidade Ajuste fino Guia para corte reto
Empunhadeira auxiliar Maleta de transporte Anti-bloqueio do disco (esmerilhadeira)
Laser classe 2 (não olhar diretamente para o feixe)
Laser classe 3 (não olhar diretamente para o feixe)
Bateria de íons de lítio
Sistema de limpeza rápida do filtro
Rotação para esquerda ou direita Ação pendular
Encaixe tipo SDS-MAX
Encaixe tipo SDS-Plus
Botão de trava do eixo (para troca de acessório)
Extração de pó Controle de torqueSoprador para limpeza e fácil visualização do local de trabalho
Embreagem de segurança
Capa de proteção (esmerilhadeira) Controle de vibração
Especificação de potência
Proteção contra religamento
Sistema de lâmina única (plainas)
Pictogramas Bosch – acessórios de perfuração
Bits para corte (metal duro/tungstênio) Troca rápida Sistema de encaixe
SDS Plus
Sistema de encaixa MDS Max
Manual do Mecânico de Assistência Técnica – Ferramentas elétricas | 51
Pictogramas – acessórios para lixar/esmerilhar
Sistema de acessórios com velcro Desincrustante Lixar levemente
superfícies pintadas
Lixar pintura em pequenas superfícies
Lixar grandes superfícies pintadas
Lixar grandes superfícies de madeira
Lixar grandes superfícies de madeira
Lixar grandes superfícies de madeira Lixar verniz/tinta
Lixar verniz/tinta em grandes superfícies
Trabalho em metal (lixar ou polir)
Para pisos de madeira ou parquete
Trabalhos em bordas Lixar pequenas superfícies de madeira
Lixar pequenas superfícies de madeira
Lixar pequenas superfícies de madeira Lixar plásticos Lixar metal
Lixar cordões de solda em canos
Lixamento para preenchimento Lixar mármore
Lixar mármore Lixar mármore
Pictogramas Bosch – acessórios para parafusar
Hexagonal Quadrado Phillips®
Pozidriv® Fenda Torx® de segurança
Braçadeira Torx® Tri-Wing®
52 | Manual do Mecânico de Assistência Técnica – Ferramentas elétricas
Pictogramas Bosch – acessórios para serrar
Espaçamento dos dentes de corte
Espaçamento para corte progressivo
Número de dentes por polegada (TPI) e espaçamento (mm)
Dentes em posição reversa 30 grãos de tungstênio Corte reto e limpo
Corte limpo e curvo Corte reto e sem acabamento
Corte curvo e sem acabamento
Especial para cortes curvos
Especial para cortes de entrada
Corte preciso em ângulo (aplicação pesada)
Para cortes em 90º Corte com guia paralelo Material fino e grosso
Cortes pequenos em madeira macia
Cortes pequenos em madeira dura
Cortes longitudinais em madeira macia
Cortes longitudinais em madeira dura
Lâmina flexível (bimetal) para corte de canos Corte de canos
Dente muito afiado Lâmina tipo faca Use óleo refrigerante para corte
Carboneto de tungstênio Coberto com camada de carboneto de tungstênio
Longa vida (bimetal com tungstênio)
Corte rápido Corte sem esforço Corte preciso
Lâminas econômicas Corte limpo Corte rápido
Aplicação pesada Para demolição e salvamento
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Pictogramas Bosch – acessórios de segurança
Use óculos de proteção Use máscara de proteção Use proteção auricular
Use luvas de proteção Use sapatos de proteção Proteja-se
Retire o cabo da rede elétrica
Ferramenta sem fio (a bateria) Informação importante
Leia o manual de instruções Informação na outra página (vire) Ponto verde (recicle)
Recicle PET 01 Reutilizável – recicle
Pictogramas Bosch – acessórios para madeira
Madeira de construção Material com fibras (MDF) Madeira dura e macia
Madeira dura Madeira macia Madeira com pregos
Vigas de madeira Tacos e laminados Laminados
Material tipo sanduíche Placas de madeira Compensado particulado
Compensado com laminado em um lado
Compensado com laminado nos dois lados Compensado folheado
Contraplacado Madeira composta
54 | Manual do Mecânico de Assistência Técnica – Ferramentas elétricas
Pictogramas Bosch – acessórios para metal
Alumínio Chapa de metal Metais pesados e não ferrosos
Metal/metal mole Folhas de metal Metais não ferrosos
Inox
Pictogramas Bosch – acessórios para pedra
Tijolo convencional Tijolo de calcário sílico Concreto grosso
Concreto fino Granito Concreto com metal
Muro de tijolos Pedras naturais Concreto aerado (serra circular)
Concreto aerado (serra sabre)
Pictogramas Bosch – acessórios para outros materiais
Epoxi e GFRP (polímero reforçado de fibra de vidro)
Vidro Madeira e plástico combinados
Azulejos e ladrilhos Plásticos em geral
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Anexo 3 – Códigos de falha (FC)
A divisão de ferramentas elétricas usa códigos de falhas para manter estatísticas. A letra do código de falha (FC) indica a montagem envolvida. O segundo dígito descreve o componente defeituoso.
Em cada tarefa de reparo (garantia, cortesia, estimativa de custos, reparo) a falha é registrada usando-se este código. Como regra, deve-se registrar a falha primária, ou seja, a falha que causou o dano.
Por exemplo, um curto na bobina do induzido é o código de falha E1.
FC Geral FC Carcaça FC Fonte de alimentação
A0 Produto em geral B0 Carcaça C0 Plugue de energia, soquete
A1 Embalagem B1 Tampa, tampa da entrada C1 Cabo de alimentação
A2 Manual usuário B2 Carcaça do motor – superior C2 Protetor anti-dobra, ilhós
A3 Etiqueta do produto B3 Carcaça intermediária, flange C3 Aliviador de tensão
A4 Maleta de transporte B4 Carcaça da caixa de redução – inferior C4 Chave liga/desliga
A5 Peças pequenas para montagem B5 Tampa do acoplamento C5 Chave de mudança,
elétrica
A6 Crédito por produto trocado B6 Alça C6 Cabo intermediário/
fiação interna
A7 – B7 Carcaça do mecanismo de impacto C7 Bateria recarregável
A8 Defeito não encontrado B8 Alavanca/botão de ligar C8 Carregador
A9 Solicitado pela Bosch B9 Filtro de ar
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FC Elétrica FC Motor, elétrico
D0 Componente eletrônico, regulador de velocidade E0 Motor
D1 Supressor de interferência, condensador E1 Induzido (enrolamento)
D2 Conexão do plugue E2 Coletor
D3 Suporte da escova E3 Rolamento do induzido, lado do coletor
D4 Escova (carvão) E4 Rolamento do induzido, lado da engrenagem
D5 Mola da escova E5 Bobina do estator
D6 Limitador da corrente de partida E6 Ventoinha
D7 Chave de segurança E7 Anel do guia de ar
D8 Tacogerador – bobina de indução E8 Freio eletro-mecânico
D9 Difusor de luz
FC EngrenagemFC Embreagem/acoplamento/freio
H0 Caixa de engrenagem J0 Caixa de engrenagem angulada K0 Acionamento, pino de trava
H1 1º estágio – pinhão do rotor, roda dentada, engrenagem planetária
J1 Rolamento angulado K1 Acoplamento do disco de retenção, embreagem
H2 1º estágio – pinhão, coroa, engrenagem de anel, polia J2 Diferencial K2 Pino sulcado
H3 2º estágio – eixo principal, contra-eixo, eixo intermediário, eixo flexível
J3 Carcaça do rolamento K3 Eixo, fuso, eixo excêntrico
H4 2º estágio – pinhão, roda dentada, engrenagem planetária
J4 Eixo de acionamento K4 Chave, roletes, garras
H5 2º estágio – pinhão, coroa, engrenagem de anel, polia K5 Mola
H6 Mecanismo de troca K6 Disco de ajuste, porca redonda
H7 Vedações dos eixos K7 Embreagem/acoplamento
H8 rolamento da caixa de engrenagem, lado da entrada
K8 Alavanca
H9 Rolamento da caixa de engrenagem, lado da saída K9 Cabo
Manual do Mecânico de Assistência Técnica – Ferramentas elétricas | 57
FC Mecanismo de impacto
L0 Mecanismo de impacto M0 Mecanismo de troca – furação/impacto
L1 Biela, eixo de comando M1 Rolamento de acionamento
L2 Alavanca de acionamento, bucha do acionamento M2 Vedação O-ring
L3 Pistão M3 Amortecimento O-ring
L4 Percursor M4 Graxa
L5 Disco entalhado do pino de impacto M5 Anel de controle, luva de controle, disco de controle
L6 Anel guia M6 Elementos de segurança
L7 Bucha de amortecimento
L8 Bucha guia
L9 Raspador
FC Montagem de ferramentas FC Elemento de guia da presilha
Q0 Luva tubo martelo R0 Porta-ferramenta S0 Placa de base, pé, vibração
Q1 Trava da ferramenta, segurança run-off
R1 Eixo de impacto (chave de impacto) S1 Segurança axial
Q2 Alavanca de prender R2 Rolete, lâmina e guia da lâmina S2 Proteção anti-giro
Q3 Encaixe rápido R3 Capa protetora contra poeira S3 Ajustador rápido
Q4 Montagem de porta ferramenta R4 Elemento retentor S4 Barra de captura
Q5 Luva protetora R5 Anel de segurança S5 Guia
Q6 Vedações do eixo R6 Placa índice S6 Botão de ajuste
Q7 Flange anterior, lixa, placa S7 Elemento de fixação
Q8 Trava do eixo S8 Placa deslizante, defletor de corte
Q9 Rolamento (encaixe da ferramenta)
58 | Manual do Mecânico de Assistência Técnica – Ferramentas elétricas
FC Mecanismo de corte FC Segurança do operador FC Acessórios da máquina
T0 Cordão de corte U0 Faca divisora W0 Adaptador, superfície de lixamento
T1 Dispositivo de lubrificação U1 Tampa protetora, guarda de segurança W1 Mandril de fixação rápida
T2 Cabeça, corrente, cilindro de corte U2 Desligamento automático W2 Chave de mandril
T3 Lâmina U3 Alça auxiliar W3 Disco, cinta, folha de lixa
T4 Ventoinha U4 Saco de poeira, saco/caixa de coleta W4 Broca, cinzel, tupia
T5 Adaptador de lâmina U5 Extração externa W5 Cortador, lâminas de serra
T6 Sistema de trava da lâmina U6 Tampa extratora W6 Espátula, cinzel
T7 Lâmina inferior W7 Guias paralelas, limitador de profundidade
T8 Lâmina/ponta escarificadora
W8 Gancho de suporte/manuseio
W9 Dispositivo de fixação da máquina
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Robert Bosch Ltda.Via Anhanguera, km 98Campinas-SPBrasil13065-900
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