manual de substÂncias quÍmicas

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5/11/2018 MANUALDESUBSTÂNCIASQUMICAS-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-substancias-quimicas 1/236 ******************************************************************** SETOR DE HIGIENE E MEDICINA DO TRABALHO  MANUAL DE PROCEDIMENTOS TÉCNICOS ==================================================================== CONTEÚDO Índice das substâncias químicas ........................... Índice dos antídotos ...................................... PREFÁCIO ....................................................... INTRODUÇÃO ..................................................... 1 Quadro Sinóptico - Primeiros Socorros ....................... 2 Descrição das substâncias químicas ......................... 3 Medidas gerais de primeiros socorros e tratamento imediato . 4 Medidas gerais de prevenção de acidentes de trabalho ....... 5 Auto-cuidado no atendimento ................................ 6 Relação dos antídotos ...................................... 7 Relação das substâncias tóxicas com antídotos específicos .. 8 Orientação de diagnóstico diferenciado ..................... 9 Primeiros socorros e tratamento imediato nas queimaduras químicas ................................... 10 Situações clínicas de emergência ........................... 11 Serviço de informação BAYER ................................ CONCLUSÃO ...................................................... ********************************************************************

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5/11/2018 MANUAL DE SUBSTÂNCIAS QU MICAS - slidepdf.com

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********************************************************************

SETOR DE HIGIENE E MEDICINA DO TRABALHO

 MANUAL DE PROCEDIMENTOS TÉCNICOS

====================================================================CONTEÚDO

Índice das substâncias químicas ...........................

Índice dos antídotos ......................................

PREFÁCIO .......................................................

INTRODUÇÃO .....................................................

1 Quadro Sinóptico - Primeiros Socorros .......................

2 Descrição das substâncias químicas .........................

3 Medidas gerais de primeiros socorros e tratamento imediato .

4 Medidas gerais de prevenção de acidentes de trabalho .......

5 Auto-cuidado no atendimento ................................

6 Relação dos antídotos ......................................

7 Relação das substâncias tóxicas com antídotos específicos ..

8 Orientação de diagnóstico diferenciado .....................

9 Primeiros socorros e tratamento imediatonas queimaduras químicas ...................................

10 Situações clínicas de emergência ...........................

11 Serviço de informação BAYER ................................

CONCLUSÃO ......................................................

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ÍNDICE DAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS

  DESCRIÇÃO  PRIMEIROS SOCORROS 1,3-BUTADIENO .................................................ACETATO DE BUTILA .............................................ACETATO DE ETILA ..............................................ACETOACETATO DE METILA ........................................ACETONA .......................................................ÁCIDO ACÉTICO (GLACIAL) .......................................ÁCIDO Cianídrico ..............................................ÁCIDO Clorídrico ..............................................ÁCIDO CRÔMICO .................................................ÁCIDO FLUORÍDRICO .............................................ÁCIDO Fosfórico ...............................................

ÁCIDO NÍTRICO .................................................ÁCIDO OXÁLICO .................................................ÁCIDO PERCLÓRICO ..............................................ÁCIDO PROPIÔNICO ..............................................ÁCIDO SULFÚRICO ...............................................ACRILAMIDA ....................................................ACRILONITRILA .................................................AMÔNIA (ANIDRA) ...............................................ANILINA (C6H5NH2) .............................................ARSÊNIO .......................................................BENZENO .......................................................BI-HEDONAL ....................................................BUTANOL .......................................................

BUTILGLICOL ...................................................CARBAMATOS ....................................................CARBONATO DE SÓDIO ............................................CICLOHEXANONA .................................................CICLOHEXILAMINA ...............................................CLORAL ........................................................CLORATO DE COBRE ..............................................CLORETO DE BENZOÍLA ...........................................CLORETO DE CIANURILO ..........................................CLORETO DE ETILENO 1,2 ........................................CLORETO DE METILA .............................................CLORO .........................................................CLOROFORMIATO DE ETILA ........................................CLORONITROBENZENO .............................................CRESOL ........................................................DI-ISOBUTILCETONA .............................................DIACETONA ÁLCOOL ..............................................DICLOROBENZIDINA ..............................................DICLORVOS .....................................................DICROMATO DE POTÁSSIO .........................................DICROMATO DE SÓDIO ............................................DIETILENO GLICOL ..............................................DIFENIL METANO-4,4 DIISOCIANATO ...............................

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DIISOPROPILAMINA ..............................................DIMETILSULFATO (DMS) ..........................................DIÓXIDO DE ENXOFRE ............................................DIÓXIDO DE NITROGÊNIO .........................................DOWANOL PM ....................................................E-118 .........................................................

ENXOFRE .......................................................ETANOL ........................................................ETIL GLICOL ACETATO ...........................................ETILENO CLORIDRINA ............................................ETILENO GLICOL ................................................FENOL .........................................................FOLIDOL .......................................................FOLIMAT .......................................................FOLITHION DDT ULTRA ...........................................FORMALDEÍDO ...................................................FÓSFORO .......................................................FOSGÊNIO ......................................................HEXACLORO BENZENO .............................................

HEXAMETILENO DIISOCIANATO (HDI) ...............................HIDRAZINA .....................................................HIDRÓXIDO DE AMÔNIA (20 A 35% NH3) ............................HIDRÓXIDO DE AMÔNIA (35% ATÉ O MÁXIMO DE 50% NH3) .............HIDRÓXIDO DE POTÁSSIO .........................................HINOSAN 500 ...................................................HIPOCLORITO DE SÓDIO ..........................................ISOPROPANOL ...................................................LEBAYCID TIGUVON ..............................................MCPA ..........................................................MERCÚRIO ......................................................METANOL .......................................................METILETILCETONA ...............................................METILISOBUTILCETONA ...........................................MONOCLOROBENZENO ..............................................MONÓXIDO DE CARBONO ...........................................MORFOLINA .....................................................NEGUVON (DIPTEREX 50) .........................................NITRITO DE SÓDIO ..............................................NITROBENZENO ..................................................NITROTOLUENO ..................................................OLEUM .........................................................ORTO-NITRO-ANILINA ............................................ORTO-XILENO ...................................................OXICLORETO DE FÓSFORO .........................................

ÓXIDO DE ETILENO ..............................................ÓXIDO DE PROPILENO ............................................OXIGÊNIO ......................................................OZONA .........................................................PARA-NITROFENOL ...............................................PARATHION METÍLICO ............................................PERSULFATO DE POTÁSSIO ........................................PIPERIDINA ....................................................POLIÉSTERES ...................................................SEBACIL .......................................................SODA CÁUSTICA .................................................

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SULFATO DE CARBONO ............................................SULFATO DE DIMETILA ...........................................TAMARON .......................................................TÉRCIO-BUTILAMINA .............................................TOLUENO .......................................................

TOLUENO 2,4 DIISOCIANATO ......................................TRICLORETO DE FÓSFORO .........................................TRIETILAMINA ..................................................TRIÓXIDO DE ENXOFRE ...........................................XILENO ........................................................XILIDINA ......................................................

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ÍNDICE DOS ANTÍDOTOS

ÁCIDO ACÉTICO .................................................ÁCIDO TIÓCTICO ................................................ALBUMINA DE OVO ...............................................ÁLCOOL ETÍLICO ................................................APOMORFINA (CLORIDRATO) .......................................AZUL DE METILENO ..............................................BAL-DIMERCAPROL ...............................................CARVÃO ATIVADO ................................................EDETATO BICOBÁLTICO (EDTA CO2) ................................HIDROXICOBALAMINA .............................................IPECACUANA ....................................................LEITE .........................................................

MAGNÉSIO ......................................................NITRITO DE AMILA ..............................................NITRITO DE SÓDIO ..............................................PENICILINA (CLORIDRATO ) ......................................SIMETICONE ....................................................THIOLA ........................................................TIOSSULFATO DE SÓDIO ..........................................

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SETOR DE HIGIENE E MEDICINA DO TRABALHO

 MANUAL DE PROCEDIMENTOS TÉCNICOS********************************************************************

P R E F _ C I O

A evolução tecnológica, sem dúvida, foi um marco importante nodesenvolvimento da qualidade de vida. Este processo foi tambémmarcante no progresso da indústria química. Os benefícios foramrecebidos com muito entusiasmo pela humanidade, porém os malefícios

com tristezas e mágoas, muitas vezes irreparáveis.

Os danos à saúde, advindos de exposição aos produtos industriais,em especial os químicos, foram objeto de pesquisa na tentativa cadavez maior de minimizar os fatores agravantes.

Manter o trabalhador em boas condições de saúde passou a ser umapreocupação cada vez maior, pois a qualidade da produção estádiretamente relacionada ao bem estar dos mesmos. A saúde dotrabalhador passou a ser considerada uma prioridade no que tange àperspectiva de melhorar a produção, no entanto, sem prejudicar asaúde do contingente laborativo.

O manuseio diário de produtos químicos de característicastoxicológicas, objeto de domínio de algumas profissõesespecializadas, merece uma atenção muito especial, pelo fato desuas exposições, quase sempre, levarem a algum tipo de prejuízo àsaúde do trabalhador.

O trabalhador desempenha papel fundamental dentro da complexaengrenagem que movimenta os processos industriais, portanto, torna-se imperativo a manutenção de padrões ótimos de saúde, uma vez queo trabalho por si expõe o indivíduo à ação de agentes nocivos.

Partindo deste princípio, sentimos a necessidade de elaborar ummanual de procedimentos técnicos das principais substânciasquímicas, que predispõem efeitos tóxicos, processadas pela Bayer doBrasil S.A. - Belford Roxo, de uso diário no mundo contemporâneo.

O aprimoramento técnico-científico a nível de segurança, higiene emedicina do trabalho, envolvendo a indústria química, justifica-sepela intenção de apresentar procedimentos efetivos na assistênciasistematizada ao colaborador, vítima de lesão e de intoxicação desubstâncias produzidas pela própria empresa.

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A expectativa em foco é sobretudo a manutenção e promoção da saúdedo colaborador, enfatizando os aspectos educativo e preventivo, bemcomo, estendendo estes preceitos aos profissionais de outrasempresas afins e à comunidade em geral.

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I N T R O D U Ç Å O

A criação deste Manual de Procedimentos Técnicos, com base na açãodas substâncias químicas e seus efeitos toxicológicos na saúde dosindivíduos, pretende, em linhas gerais, dar suporte técnico aosprofissionais de saúde que trabalham em serviços ligados à saúdeocupacional de indústrias de processamento, produção e manuseio desubstâncias químicas, que pela diversidade de sua natureza,produzem efeitos tóxicos ao indivíduo, quando não observados osaspectos de proteção à saúde e segurança no trabalho, durante aexposição no desenvolvimento das atividades laborativas.

Constitui também uma fonte de consulta para que sejam tomadasmedidas de primeiros socorros e tratamento imediato, quando da

exposição e contato dos colaboradores com substâncias químicas.

Pretende-se ainda apresentar as substâncias químicas de grandeutilização no mundo moderno, presentes nos processos industriais daBayer, enfatizando suas características toxicológicas gerais, suarelação absorção/efeito no organismo, os sinais e sintomasdecorrentes da intoxicação, bem como, medidas de primeiros socorrose tratamento específico.

A toxicologia constitui-se matéria ainda crescente no campo daciência, por ser um tema relativamente novo, compreendendo umaamplitude de conhecimentos técnicos e relativa experiência nocontrole toxicológico nas indústrias, aliado à dificuldade em se

obter dados bibliográficos em língua nacional, evidencia-se ' apriori ' certas limitações para sua confecção.

Diante destas limitações, a elaboração deste Manual deProcedimentos Técnicos Bayer não pretende esgotar este assunto,considerando-o como um instrumento de alto valor a ser enriquecidocada vez mais com a experiência adquirida e crítica reflexiva deoutros profissionais, estudiosos do mesmo, visando consequentementecontribuir com a qualidade da assistência a ser prestada aocolaborador.

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1 Q U A D R O S I N _ T I C O

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 ADM. FÁBRICA BR  109

Q U A D R O S I N O T I C O

============================================================================================================================

* SUBSTANCIA QUÍMICA * PRIMEIROS SOCORROS E TRATAMENTO IMEDIATO * AÇÃO NO ORGANISMO *

*====================*===========================================================================*=========================*

* ACETATO DE BUTILA * . Uso de corticóide (oftálmico) para conjuntivites e queralites. * - IRRITANTE *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* ACETATO DE ETILA * . Inalação - Oxigênio sob máscara * - IRRITANTE *

* * - analépticos respiratórios ou respiração artificial * - DEPRESSORA DO SNC *

* * * *

* * . Ingestão - lavagem gástrica e administrar antídoto universal(leite de * *

* * magnésia, sulfato de sódio e carvão ativado). * *

* * - não dar: leite, óleo de rícino ou álcool. * *

* * * *

* * . Controlar aparelho cardiovascular, com reposição hidroeletrolítico. * *

* * * *

* * . Cuidado no uso de adrenalina, efedrina e derivados, evitando, se * *

* * possível. * *

* * * *

* * . Sistema nervoso - controlar as cãibras com uso de barbitúricos de * *

* * ação rápida. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* ACETONA * . Ingestão - lavagem gástrica, seguido de purgante salino. * - IRRITANTE *

* * * - DEPRESSORA DO SNC *

* * . Controlar acidose/usar lactato de sódio ou bicarbonato de sódio - IV. * *

* * * *

* * . Controlar reserva alcalina. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* ACIDO ACÉTICO * . Ingestão - possib. de hemólise, consequentemente tratar acidose. * - IRRITANTE *

* * * - CORROSIVA *

* * . Observar sangramento nasal e/ou digestivo. * *

* * * *

* * . Controlar os glóbulos vermelhos por hemograma e diurese horária. * *

* * * *

* * . Não administrar elementos potássicos como medida diurética. * *

* * * *

* * . Transfusão, se necessário. * *

* * * *

* * . Inalação de vapores de bicarbonato de sódio. * **--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* ACIDO cianídrico * . Intoxicação leve (vitima consciente): fazer inalar, durante 15 segun- * - DEPRESSÃO DO APARELHO *

* * dos, com intervalo de 15 segundos, num período total de 15 minutos, * RESPIRATÓRIO *

* * de 3 a 4 ampolas ou pérolas de nitrito de amila (não usar ao mesmo * - ALTERAÇÕES CARDÍACAS *

* * tempo o nitrito de amila e o oxigênio). * - DISTÚRBIOS SNC *

* * * *

* * . Intoxicação grave (vitima inconsciente) - usar a terapia metemoglobi- * *

* * lizante por via endovenosa, administrando 300mg de nitrito de sódio e * *

* * 12,5g de tiossulfato de sódio, provocando a formação de metemoglobina. * *

* * * *

* * - EDTA - CO2 (etilenodiamino * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

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 ADM.FÁBRICA BR  110

Q U A D R O S I N O T I C O

============================================================================================================================

* SUBSTANCIA QUÍMICA * PRIMEIROS SOCORROS E TRATAMENTO IMEDIATO * AÇÃO NO ORGANISMO *

*====================*===========================================================================*=========================*

* ACIDO CIANÍDRICO * tetracetato dicobáltico - Kelocyanor) - 1 ou 2 ampolas de 300 mg, se- * *

* * guido de solução glicosada hipertônica, via E.V. * *

* * * *

* * - Hidroxicobolamina - dose de * *

* * 1 a 4 g completada com tiossulfato de sódio. * *

* * * *

* * . Ingestão - lavagem gástrica e administrar laxantes, após tratamento * *

* * com nitrito de sódio e tiossulfato de sódio. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* ACIDO Clorídrico * . Ingestão - não provocar emese ou fazer lavagem gástrica. * - IRRITANTE *

* * - administrar leite ou água, seguido de leite de magnésia * - CORROSIVA *

* * - (200 ml). * - ASFIXIANTE *

* * - leite com ovos batidos (num intervalo de 1 a 2 horas). * *

* * - tratar edema de glote (risco de asfixia). * *

* * - em caso de suspeita de perfuração, manter em dieta zero. * *

* * - administrar corticóides - prednisolona - 60 mg / dia ou * *

* * equivalente. * *

* * * *

* * . Inalação - tratar insuficiência respiratória. * *

* * - tratar choque. * *

* * - tratar edema pulmonar. * *

* * - tratar pneumonia. * *

* * * *

* * . Pele - não usar antídotos químicos, a reação libera calor, aumentando * *

* * a queimadura. * *

* * - tratar queimadura. * *

* * * *

* * . Olhos - não usar antídotos químicos. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* ACIDO CRÔMICO * INTOXICAÇÃO AGUDA * - IRRITANTE *

* * * - NEFROTOXICA *

* * . Ingestão - lavagem gástrica ou emese. * - CORROSIVA *

* * - administrar 5 a 10 g de Vitamina C comprimidos (V.O.). * *

* * - dimetal (dimercaprol) - iniciar ate 4 horas após intoxi- * ** * cação. * *

* * 3 a 4 mg/Kg - 4 em 4 horas nos primeiros 2 dias. * *

* * 3 mg/Kg - 12 em 12 horas durante 8 dias. * *

* * - controle hidroeletrolítico severo, com observação de pro- * *

* * teinúria e hematúria freqüentes; risco de insuficiência * *

* * renal. * *

* * * *

* * . Pele - lavagem meticulosa com água, verificando pH ate a neutra- * *

* * lização. * *

* * - administrar acido ascórbico - 2 g - V.O. e repetir após 30 * *

* * minutos. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

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 ADM.FÁBRICA BR  111

Q U A D R O S I N O T I C O

============================================================================================================================

* SUBSTANCIA QUÍMICA * PRIMEIROS SOCORROS E TRATAMENTO IMEDIATO * ACAO NO ORGANISMO *

*====================*===========================================================================*=========================*

* ACIDO CRÔMICO * - aplicar solução de acido ascórbico (Vitamina C)a 10%, colocan- * *

* * do compressas sobre as áreas afetadas. * *

* * * *

* * . Olhos - lavar continuamente com água e instilar 01 ampola de Vitamina * *

* * C na bolsa conjuntival. * *

* * * *

* * * *

* * INTOXICAÇÃO CRÔNICA * *

* * * *

* * . Pele - tratar com acetato de alumínio a 1%. * *

* * * *

* * . Fígado - tratar lesão hepática com dieta hiperproteica, hipercalórica * *

* * e hipervitamínica * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* ACIDO FLUORÍDRICO * . Respiratória - tratar eventual edema pulmonar * - IRRITANTE *

* * * - CORROSIVA *

* * . Pele - lavagem imediata c/ água corrente ou com solução de amoníaco a * - ASFIXIANTE *

* * 10% durante 10 minutos. * - INOTRÓPICA *

* * - aplicar gel gluconato de cálcio a 10% sob a lesão ate a * *

* * supressão da dor. * *

* * - infiltrar gluconato de cálcio a 10% mais lidocaína 2% em redor * *

* * da lesão. * *

* * * *

* * . Olhos - lavagem imediata com água corrente ou solução fisiológica. * *

* * - instilar gluconato de cálcio a 10% ou bicarbonato de sódio. * *

* * * *

* * . Controlar a dor. * *

* * * *

* * . Ingestão - administrar oralmente solução quente de cloreto de cálcio * *

* * ou de sódio (1 colher de sopa/copo de água) e estimular o * *

* * vomito, repetindo a operação por várias vezes (3 a 4). * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* ACIDO NÍTRICO * . Respiratória - auxiloson spray a cada 5 minutos. * - IRRITANTE *

* * - broncoespasmo - aminofilina e corticóide. * - CORROSIVA ** * * - ASFIXIANTE *

* * . Ingestão - leite em grande quantidade. * - DEPRESSORA DO APARELHO*

* * - aldrox. * CARDIOVASCULAR *

* * - cuidados cardio-circulatórios. * *

* * - prevenir choque. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* ACIDO PERCLÓRICO * . Ingestão - lavagem gástrica com solução de bicarbonato de sódio a 5%, * - CORROSIVA *

* * seguido de instilação de gel de hidróxido de alumínio. * - IRRITANTE *

* * * - SENSIBILIZANTE *

* * . A sonda nasogástrica deve ser passada com cuidado. * *

* * * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

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 ADM.FÁBRICA BR  112

Q U A D R O S I N O T I C O

============================================================================================================================

* SUBSTANCIA QUÍMICA * PRIMEIROS SOCORROS E TRATAMENTO IMEDIATO * ACAO NO ORGANISMO *

*====================*===========================================================================*=========================*

* ACIDO PERCLÓRICO * . Ter cuidado na administração de alcalis, devido a possibilidade de * *

* * formação de gases. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* ACIDO PROPIÔNICO * . Inalação - fazer nebulização com solução de bicarbonato a 2% - bicar- * - IRRITANTE *

* * bonato de sódio - 2,4 ml + água destilada - 7,6 ml * - CAUSTICA *

* * - codeína, setux cápsulas ou solução aquosa - 15 ml ou * - ASFIXIANTE *

* * 1 cápsula de 8 em 8 horas. * *

* * - administrar muito liquido, caso haja risco de hemólise. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* ACIDO SULFÚRICO * . Olhos - não usar solução neutralizante. * - CORROSIVA *

* * - lavar com água em abundância, mantendo a lavagem de olhos a * - IRRITANTE *

* * cada 15 minutos. * *

* * - após a primeira lavagem, aplicar 3 gotas de solução de tetra- * *

* * caína 0,5% ou procaína 0,5%. * *

* * * *

* * . Pele - lavar com água abundante. * *

* * * *

* * - aplicar compressas de algodão ou de gaze embebidas por Trieta- * *

* * nolamina. * *

* * * *

* * . Ingestão - ingerir bastante água. * *

* * - leite com ovos crus batidos. * *

* * - não usar neutralizante. * *

* * - não fazer lavagem gástrica. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* ACRILONITRILA * . Inalação - fazer aspirar amilonitrila (nitrito de amila), de ampolas * - IRRITANTE *

* * quebráveis, ou algodão embebido, segurando-se de 10 ate no * - ALTERAÇÕES NO SNC *

* * max. 30 segundos em frente ao nariz e boca do acidentado, * - ASFIXIANTE *

* * repetindo após um minuto do mesmo modo; se eventualmente * *

* * aparecer uma coloração azulada nos olhos, lábios e ouvidos * *

* * não devera ser motivo de parar com o tratamento. * *

* * * *

* * . Ingestão - tomar imediatamente uma solução de sal refinado ( 1 colher * *

* * de sopa num copo de água)e provocar vômitos, ate o liquido * ** * sair claro. Para o desenvenenamento devido a resíduos que * *

* * ainda estiverem no estômago do acidentado, deve-se beber * *

* * cerca de 500 ml de solução de tiossulfato de sódio a 1 %, * *

* * podendo repetir após 15 minutos. * *

* * - lavagem gástrica com uma solução de permanganato de * *

* * potássio 0,1% ou 3% de H2O2. * *

* * - aplicar por via E.V. 2 ampolas (total=40ml) de Kelocyanor, * *

* * em seguida, injetar 50 ml de solução de glicose de 25% * *

* * a 50 %, juntamente com tiossulfato de sódio ( 12,5 g = * *

* * = 10 amp). Se a pressão arterial não subir, aplicar nova- * *

* * mente meia dose de cada(de Kelocyanor e de solução de gli- * *

* * cose), se necessário, administrar 1 ml de noradrenalina. * *

* * * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

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 ADM.FÁBRICA BR  113

Q U A D R O S I N O T I C O

============================================================================================================================

* SUBSTANCIA QUÍMICA * PRIMEIROS SOCORROS E TRATAMENTO IMEDIATO * ACAO NO ORGANISMO *

*====================*===========================================================================*=========================*

* ACRILONITRILA * . No caso de parada respiratória, deve-se imediatamente aplicar a res- * *

* * piração artificial, sendo o método boca a boca usado em ultimo recur- * *

* * so, caso não haja outra forma na fase de expiração do intoxicado, não * *

* * deve-se inspirar os gases. Na respiração artificial deve-se juntar * *

* * nitrito de amila. * *

* * * *

* * . Não deve-se usar morfina e escopolamina. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* AMÔNIA * . Ingestão - ingerir água ou leite imediatamente e provocar vômitos. * - IRRITANTE *

* * - dar vinagre diluído em igual quantidade de água e suco de * - CORROSIVA *

* * frutas cítricas (suco de limão fresco ou enlatado) para * - ASFIXIANTE *

* * neutralizar o alcalis. * *

* * - evitar lavagem gástrica ou o uso de eméticos que aumentem * *

* * a possibilidade de perfuração gástrica ou esofageana. * *

* * * *

* * . Inalação - tratar possível edema pulmonar. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* AMÔNIA * . Olhos - lavar os olhos durante 15 minutos, repetindo a cada 10 minu- * *

* * tos durante 1 hora, podendo usar uma solução de ácido bórico * *

* * a 5% ao invés de água; prosseguindo com irrigações repetidas * *

* * de soro fisiológico, encaminhando ao especialista. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* ANILINAS * . Antídoto - sucos de frutas cítricas, vinagre, podendo ser usado in- * *

* * clusive externamente. * *

* * * *

* * . Antídoto - azul de metileno - administrar quando não ha diferença de * - METAHEMOGLOBINIZANTE *

* * GGPDH. * - HEPATOTÓXICA *

* * * - NEUROTRÓPICA *

* * Quando a metahemoglobina estiver acima de 40 % ou quando houver sinto- * *

* * mas, administrar 0,1 ml/Kg de azul de metileno a 1 % via IV, num período * *

* * mínimo de 10 minutos. * *

* * * *

* * Azul de metileno: * *

* * . em dose terapêutica, causa hipertensão, náuseas, mal * ** * estar. * *

* * . em dose elevada (acima de 500 mg), causa: vômitos, * *

* * diarréia, dor torácica, confusão mental, cianose e * *

* * sudorese. Pode levar a anemia hemolítica, dias após * *

* * a administração. * *

* * * *

* * - acido ascórbico - administrar 1 g via E.V. (ação mais len- * *

* * ta na reversão da metahemoglobina). * *

* * - analépticos. * *

* * - controle seriado de TGO e TGP. * *

* * - alcalinizar a urina. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

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 ADM.FÁBRICA BR  114

Q U A D R O S I N O T I C O

============================================================================================================================

* SUBSTANCIA QUÍMICA * PRIMEIROS SOCORROS E TRATAMENTO IMEDIATO * ACAO NO ORGANISMO *

*====================*===========================================================================*=========================*

* ANILINA * . Ingestão - provocar vômitos ou realizar lavagem gástrica, em seguida * - METAHEMOGLOBINIZANTE *

* * administrar carvão ativado. * - HEPATOTÓXICA *

* * * - NEUROTRÓPICA *

* * . Antídoto - nas metahemoglobinemias severas: * *

* * . azul de metileno - 0,1 mg / Kg em solução glicosada na * *

* * proporção de 1%, via E.V., lentamente (10 minutos). * *

* * . acido ascórbico (Vitamina C) - 1 g via E.V., lentamente. * *

* * * *

* * . Outras medidas: hemodiálise e exosangüíneo transfusão. * *

* * * *

* * . Tratamento dos danos hepáticos. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* ARSÊNIO * . Lavar a pele com água abundante e sabão e acrescentar uma solução de * - CAUSTICA *

* * hidróxido férrico ou permanganato de potássio. * - NEUROTÓXICA *

* * * - HEPATOTÓXICA *

* * . Administrar dimercaptol (BAL) - na dose de 3 a 4 mg / Kg de peso por * *

* * via IM, não exceder de 300 mg numa única dose, esquema de 4 / 4 horas * *

* * no 1o. dia; 6/6 horas no 2o. dia e a partir do 3o. dia em 8/8 horas. * *

* * * *

* * . Lavagem gástrica com água, seguido de purgante salino. * *

* * * *

* * . Manter hidratação venosa com rigoroso balanço hídrico. * *

* * * *

* * . Dosar o arsênio na urina (acima de 0,2 mg/l sugere intoxicação). * *

* * * *

* * . Controlar sinais vitais. * *

* * * *

* * . Avaliação neurológica. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* BENZENO * . Lavagem gástrica, administrando laxante salino, tomando cuidado para * - IRRITANTE *

* * evitar aspiração. * - DEPRESSORA DO SISTEMA *

* * * HEMATOPOIÉTICO *

* * . Controlar a excitação ou as convulsões com diazepam, via EV- 0,1 mg / * *

* * /Kg. * ** * * *

* * . Manter repouso absoluto. * *

* * * *

* * . Monitorar ECG para detectar arritmias ventriculares, risco de * *

* * parada cardíaca. * *

* * * *

* * . Contra-indicação - epinefrina e efedrina - risco de fibrilação * *

* * ventricular. * *

* * * *

* * . Anemia - reposição por transfusão. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

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 ADM.FÁBRICA BR  115

Q U A D R O S I N O T I C O

============================================================================================================================

* SUBSTANCIA QUÍMICA * PRIMEIROS SOCORROS E TRATAMENTO IMEDIATO * ACAO NO ORGANISMO *

*====================*===========================================================================*=========================*

* BI-HEDONAL * . Carvão ativado após emese ou lavagem gástrica. * - IRRITANTE *

* * * - NEUROTÓXICA *

* * . Catárticos salinos. * - NEFROTOXICA *

* * * - CARDIOTRÓPICA *

* * . Lidocaína - controle das arritmias cardíacas - 50 a 100 mg - E.V. - * *

* * 1 a 4 mg/minuto - infusão em SG 5% (xylocaína 2% - 60 ml) * *

* * * *

* * . Fenobarbital (gardenal) - controle das convulsões. * *

* * * *

* * . Envoltórios gelados - controle da febre. * *

* * * *

* * . Bicarbonato de sódio - 10 a 15 g/dia, enquanto houver hemoglobinúria. * *

*--------------------*-----------------------------------------------------------------------------------------------------*

* CARBAMATOS * . Administrar sulfato de atropina por via I.M. ou E.V. de 1 a 6 mg, re- * - IRRITANTE *

* * petindo a dose a cada 5, 10 ou 30 minutos, ate desaparecerem os sin- * - NEUROTRÓPICA *

* (CARBARIL, BAYGON, * tomas e surgir uma leve atropinização (dilatação da pupila, taquicar- * - HEPATOTRÓPICA *

* CARBAMULT) * dia, mucosas secas, desaparecimento da sialorréia e da sudorese). * *

* * * *

* * . Contra-indicações - contration, morfina, aminofilina e tranquili- * *

* * zantes. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* CLORETO DE * . Ingestão - não induzir ao vomito. * - IRRITANTE *

* CIANURILO * - se intoxicado estiver consciente, dar bastante água. * - CORROSIVA *

* * - lavagem gástrica, antes da 1a. hora da ingestão, passando * - ASFIXIANTE *

* * a sonda devagar para evitar perfuração e devera ser feita * *

* * com água - 250 ml por vez. * *

* * * *

* * . Morfina - 5 a 10 mg, via E.V. * *

* * * *

* * . Traqueotomia, se necessário. * *

* * * *

* * . Controlar PVC, PA, diurese e eletrólitos. * *

* * * *

* * . Estar alerta para: hemorragia gastrointestinal, peritonite e perfura- * ** * ção gastrointestinal. * *

* * * *

* * . Gastrostomia, se necessário. * *

* * * *

* * . Corticosteróide. * *

* * * *

* * . Tratar edema agudo do pulmão. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* CLORO * . Pele - não usar antídotos químicos - o calor liberado na reação pode * - IRRITANTE *

* * aumentar a lesão. * - CAUSTICA *

* * * - CORROSIVA *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

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 ADM.FÁBRICA BR  116

Q U A D R O S I N O T I C O

============================================================================================================================

* SUBSTANCIA QUÍMICA * PRIMEIROS SOCORROS E TRATAMENTO IMEDIATO * ACAO NO ORGANISMO *

*====================*===========================================================================*=========================*

* CLORO * . Olhos - não usar antídotos químicos. * - ASFIXIANTE *

* * - aplicar curativos estéreis sem qualquer medicação e aliviar a * *

* * dor pela administração sistêmica de analgésicos. * *

* * * *

* * . Tratar o estado de choque e o edema pulmonar. * *

* * * *

* * . Usar antibióticos em infecções broncopulmonares. * *

* * * *

* * . Reposição hídrica em caso de vômitos. * *

* * * *

* * . Estar atento para parada cardio-respiratoria. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* CLOROFORMIATO * . Prednisolona - administrar durante período latente, profilaticamente * - CAUSTICA *

* DE ETILA * - 150 a 300 mg - via E.V. * - IRRITANTE *

* * * - CORROSIVA *

* * . Hortocortin 25 mg - 6 a 12 ampolas. * *

* * * *

* * . Solução injetável prednisolona apsen - 500 mg - diluída em 10 ml - * *

* * aplicar 3 a 6 ml. * *

* * * *

* * . Profilaxia anti-infecciosa - antibióticos largo espectro. * *

* * * *

* * . Morfina - utilizar em doses mínimas. * *

* * * *

* * . Não fazer hidratação venosa - utilizar via oral ou retal por clister * *

* * gota/gota 25 mg prednisolona = 100 mg hidrocortisona = 3,75 mg dexa- * *

* * metasona. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* CLORONITROBENZENO * . Lavagem gástrica, seguido de purgante salino. * - METAHEMOGLUBINIZACAO *

* * * - IRRITANTE *

* * . Determinar grau de metahemoglobinemia a cada hora, ate a estabiliza- * - DEPRESSORA DO SNC *

* * cao. * - SENSIBILIZANTE *

* * * *

* * . Azul de metileno não e recomendado, a menos que o nível de metahemo- * - HEPATOTÓXICA ** * globina esteja acima de 40%, usar a solução de azul de metileno a 1%, * *

* * numa dose de 1 mg/Kg, por via E.V., repetir em 1 hora, mas não deve * *

* * exceder a dose total de 7 mg/Kg. * *

* * * *

* * . Oxigênio hiperbárico. * *

* * * *

* * . Transfusão sanguínea. * *

* * * *

* * . Exsangüíneo. * *

* * * *

* * . Hemodialise * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

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 ADM.FÁBRICA BR  117

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============================================================================================================================

* SUBSTANCIA QUÍMICA * PRIMEIROS SOCORROS E TRATAMENTO IMEDIATO * ACAO NO ORGANISMO *

*====================*===========================================================================*=========================*

* CRESOL * . Irrigar os olhos e lavar as áreas do corpo contaminadas com uma mis- * - CORROSIVA *

* * tura de polietilenoglicol 300 (PEG 300 - IMS - 2:1 de volume) ou pre- * - SENSIBILIZANTE *

* * paração similar que tenha absorção de componente fenolico. * - HEPATOTÓXICA *

* * . Tratar acidose, choque e convulsões. * - NEUROTÓXICA *

* * . Controlar equilíbrio eletrolítico. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* DICLORVOS (DDVP) * . Atropina - 1 a 6 mg EV de 5 a 30 minutos, em 30 minutos ate indicarem * - HEPATOTÓXICA *

* * sinais de atropinização. * - DEPRESSORA DO SNC *

* * . Oxima - iniciar 5 minutos após a atropina e 36 a 48 horas após ocor- * *

* * rido o acidente. * *

* * Contrathion - aplicar 400 mg EV (2 amp) dissolvidos em 20 ml de água * *

* * ----------- destilada ou solução fisiológica 0,9%, lentamente * *

* * (+- 1 ml/minuto). * *

* * - repetir 200 mg EV (1 amp) após 10 minutos. * *

* * - se necessário repetir 200 mg EV, de 6 em 6 horas, ate * *

* * completar a dose de 1 g (5 ampolas). * *

* * * *

* * Toxogonin - aplicar 250 mg EV, se obtiver resposta satisfatória. * *

* --------- - aplicar 250 mg EV, após 10 minutos e mais 1 ou 2 vezes * *

* * com intervalos de 2 horas. * *

* * - dose máxima - 3 a 5 mg/Kg. * *

* * * *

* * . Lavagem gástrica - 200 mg de sol. fisiológica 0,9%, ate sair limpa. * *

* * - não dar óleo, leite ou alimentos gordurosos. * *

* * * *

* * . Contra-indicações - morfina. * *

* * - teofilina (aminofilina). * *

* * - tranqüilizantes. * *

* * - fenotiazinas (migristen, neuleptil, toplexil). * *

* * - reserpina. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* M D I (difenilmeta-* . Ingestão - provocar vomitos, se estiver consciente. * - IRRITANTE *

*(no 4,4 diisocianato* . Inalação - administrar oxigênio. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------** DIÓXIDO DE * . Administrar oxigênio. * - IRRITANTE *

* NITROGÊNIO * * - METAHEMOGLOBINIZANTE *

* * . Verificar sinais vitais rigorosamente em intervalos de 1 hora. * - ASFIXIANTE *

* * * - CAUSTICA *

* * . Emprego de broncodilatadores e descongestionantes. * *

* * * *

* * . Uso de solução de bicarbonato de sódio a 5%, em forma de aerosol. * *

* * * *

* * . Codeína para a tosse. * *

* * * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

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 ADM.FÁBRICA BR  118

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============================================================================================================================

* SUBSTANCIA QUÍMICA * PRIMEIROS SOCORROS E TRATAMENTO IMEDIATO * ACAO NO ORGANISMO *

*====================*===========================================================================*=========================*

* DIÓXIDO DE * . Prednisona ou prednisolona - para reação inflamatória - 5 mg VO - 6/6 * *

* NITROGÊNIO * horas - 30 dias, reduzir a dose ate zero durante 1 e 2 meses. * *

* * * *

* * . Tratar edema pulmonar e broncopneumonia. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* E 118 * . Medidas gerais de primeiros socorros e de tratamento imediato. * - IRRITANTE *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* FENOL * . Olhos - lavar com água corrente por 15 minutos. * - CORROSIVA *

* * - em caso de dor, instilar 2 a 3 gotas de solução pantocaína * - IRRITANTE *

* * 0,5% ou solução anestésica de efeito tópico correspondente. * - NEFRO E HEPATOTÓXICA *

* * - não usar pomadas, cremes ou ungüentos nos olhos, a não ser * *

* * com orientação médica. * *

* * * *

* * . Ingestão - ingerir água em abundância para reduzir a concentração da * *

* * substancia. * *

* * - induzir o vomito com solução salina (2 colheres de sopa p/ * *

* * 01 copo de água), ou de forma mecânica (dedo na garganta), * *

* * se estiver consciente. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* FOLIDOL * . Atropina - 1 a 6 mg EV de 5 a 30 minutos, em 30 minutos ate indicarem * - HEPATOTÓXICA *

* * sinais de atropinização. * - DEPRESSORA DO SNC *

* * * *

* * . Oxima - iniciar 5 minutos após a atropina e 36 a 48 horas após ocor- * *

* * rido o acidente. * *

* * * *

* * Contrathion - aplicar 400 mg EV (2 amp) dissolvida em 20 ml de água * *

* * ----------- destilada ou solução fisiológica 0,9%, lentamente * *

* * (+- 1 ml/minuto). * *

* * - repetir 200 mg EV (1 amp) após 10 minutos. * *

* * - se necessário repetir 200 mg EV, de 6 em 6 horas, ate * *

* * completar a dose de 1 g (5 ampolas). * *

* * * *

* * Toxogonin - aplicar 250 mg EV, se obtiver resposta satisfatória. * *

* * --------- - aplicar 250 mg EV, após 10 minutos e mais 1 ou 2 vezes * ** * com intervalos de 2 horas. * *

* * - dose máxima - 3 a 5 mg/Kg. * *

* * * *

* * . Lavagem gástrica - 200 mg de sol. fisiológica 0,9%, ate sair limpa. * *

* * - não dar óleo, leite ou alimentos gordurosos. * *

* * * *

* * . Contra-indicações - morfina. * *

* * - teofilina (aminofilina). * *

* * - tranqüilizantes. * *

* * - fenotiazinas (migristen, neuleptil, toplexil). * *

* * - reserpina. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

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 ADM.FÁBRICA BR  119

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============================================================================================================================

* SUBSTANCIA QUÍMICA * PRIMEIROS SOCORROS E TRATAMENTO IMEDIATO * ACAO NO ORGANISMO *

*====================*===========================================================================*=========================*

* FOLIMAT * . Atropina - 1 a 6 mg EV de 5 a 30 minutos, em 30 minutos ate indicarem * - HEPATOTÓXICA *

* * sinais de atropinização. * - DEPRESSORA DO SNC *

* * * *

* * . Oxima - iniciar 5 minutos após a atropina e 36 a 48 horas após ocor- * *

* * rido o acidente. * *

* * * *

* * Contrathion - aplicar 400 mg EV (2 amp) dissolvida em 20 ml de água * *

* * ----------- destilada ou solução fisiológica 0,9%, lentamente * *

* * (+- 1 ml/minuto). * *

* * - repetir 200 mg EV (1 amp) após 10 minutos. * *

* * - se necessário repetir 200 mg EV, de 6 em 6 horas, ate * *

* * completar a dose de 1 g (5 ampolas). * *

* * * *

* * Toxogonin - aplicar 250 mg EV, se obtiver resposta satisfatória. * *

* * --------- - aplicar 250 mg EV, após 10 minutos e mais 1 ou 2 vezes * *

* * com intervalos de 2 horas. * *

* * - dose máxima - 3 a 5 mg/Kg. * *

* * * *

* * . Lavagem gástrica - 200 mg de sol. fisiológica 0,9%, ate sair limpa. * *

* * - não dar óleo, leite ou alimentos gordurosos. * *

* * * *

* * . Contra-indicações - morfina. * *

* * - teofilina (aminofilina). * *

* * - tranqüilizantes. * *

* * - fenotiazinas (migristen, neuleptil, toplexil). * *

* * - reserpina. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* FOLITHION + * . Atropina - 1 a 6 mg EV de 5 a 30 minutos, em 30 minutos ate indicarem * - HEPATOTÓXICA *

* DDT ULTRA * sinais de atropinização. * - DEPRESSORA DO SNC *

* * * *

* * . Oxima - iniciar 5 minutos após a atropina e 36 a 48 horas após ocor- * *

* * rido o acidente. * *

* * * *

* * Contrathion - aplicar 400 mg EV (2 amp) dissolvida em 20 ml de água * ** * ----------- destilada ou solução fisiológica 0,9%, lentamente * *

* * (+- 1 ml/minuto). * *

* * - repetir 200 mg EV (1 amp) após 10 minutos. * *

* * - se necessário repetir 200 mg EV, de 6 em 6 horas, ate * *

* * completar a dose de 1 g (5 ampolas). * *

* * * *

* * Toxogonin - aplicar 250 mg EV, se obtiver resposta satisfatória. * *

* * --------- - aplicar 250 mg EV, após 10 minutos e mais 1 ou 2 vezes * *

* * com intervalos de 2 horas. * *

* * - dose máxima - 3 a 5 mg/Kg. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

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 ADM.FÁBRICA BR  120

Q U A D R O S I N O T I C O

============================================================================================================================

* SUBSTANCIA QUÍMICA * PRIMEIROS SOCORROS E TRATAMENTO IMEDIATO * ACAO NO ORGANISMO *

*====================*===========================================================================*=========================*

* FOLITHION + * . Lavagem gástrica - 200 mg de sol. fisiológica 0,9%, ate sair limpa. * *

* DDT ULTRA * - não dar óleo, leite ou alimentos gordurosos. * *

* * . Emese - IPECA. * *

* * - catárticos salinos. * *

* * . Manitol 20% - 200 ml - lavagem intestinal. * *

* * * *

* * . Anticonvulsionantes - diazepam 10 mg EV + bloqueio neuromuscular * *

* * (respiração artificial). * *

* * - Fenobarbital 100 mg (SC) 1/1 h ate controlar * *

* * convulsões ou 0,5 g. * *

* * * *

* * . Não dar estimulantes - epinefrina (adrenalina). * *

* * * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* FORMALDEÍDO * . Lavagem gástrica, se ingerido, usando carbonato amonico a 1%, seguido * - IRRITANTE *

* * de purgante salino. * - NARCÓTICA *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* FÓSFORO * . Pele - lavar imediatamente a parte contaminada do corpo com água, * - CORROSIVA *

* * após, lavar as áreas queimadas com solução de sulfato de cobre * - IRRITANTE *

* * a 5%. * - HEPATOTÓXICA *

* * * - SOBRE O SISTEMA *

* * . Ingestão - dar 0,2 g de sulfato de sódio por via oral a cada 10 minu- * MÚSCULO E ESQUE- *

* * tos, ate provocar o vomito. * LETICO *

* * - lavagem gástrica com solução de permanganato de potássio * *

* * 0,1% ou peróxido de hidrogênio 2%. * *

* * - seguir com a administração de 120 ml de óleo mineral e 4 g * *

* * de sulfato de sódio, seguido por 30 a 60 ml (Fleet enema * *

* * Ayerst), diluído 1 : 4, repetir após 2 horas. * *

* * * *

* * . Tratar edema pulmonar e choque. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* FOSGÊNIO * . Pele - lavar com solução de carbonato de sódio. * - CORROSIVA *

* * * - IRRITANTE *

* * . Respiratória - proceder teste de exposição ao fosgênio - expor a pla- * - ASFIXIANTE *

* * queta piloto do acidentado aos vapores de hidróxido de * *

* * amônia ate a mudança de coloração e comparar o resul- * *

* * tado, seguindo após o tratamento especificado (em * *

* * anexo). * *

* * - broncodilatador - auxiloson spray - vide anexo. * *

* * - corticosteróide - 25 ppm - hostacortin - 25 mg IM. * *

* * - 50 ppm - flebocortid - 500 mg EV. * *

* * - 100 ppm - flebocortid - 500 mg EV. * *

* * - oxigênio - respiração artificial, se necessário * *

* * máscara com 4 l/minuto. * *

* * - antibióticos. * *

* * - hidratação - soro glicosado 5% - 500 ml (manutenção de * *

* * veia). * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

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 ADM.FÁBRICA BR  121

Q U A D R O S I N O T I C O

============================================================================================================================

* SUBSTANCIA QUÍMICA * PRIMEIROS SOCORROS E TRATAMENTO IMEDIATO * ACAO NO ORGANISMO *

*====================*===========================================================================*=========================*

* FOSGÊNIO * - repouso. * *

* * * *

* * . Controle de sinais vitais. * *

* * * *

* * . Radiografia do tórax após 8 horas. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* HEXACLOROBENZENO * . Lavagem gástrica, se ingerido, seguido de purgante salino. * - ESTIMULANTE DO SNC *

* * * - HEPATOTÓXICA *

* * . Gluconato de cálcio 10%, por via endovenosa, para espasmo muscular. * - SENSIBILIZANTE *

* * * *

* * . Dieta rica em cálcio, hidratos de carbono e vitaminas. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* HINOSAN * . Atropina - 1 a 6 mg EV de 5 a 30 minutos, em 30 minutos ate indicarem * - HEPATOTÓXICA *

* * sinais de atropinização. * - DEPRESSORA DO SNC *

* * * *

* * * *

* * . Oxima - iniciar 5 minutos após a atropina e 36 a 48 horas após ocor- * *

* * rido o acidente. * *

* * * *

* * Contrathion - aplicar 400 mg EV (2 amp) dissolvida em 20 ml de água * *

* * ----------- destilada ou solução fisiológica 0,9%, lentamente * *

* * (+- 1 ml/minuto). * *

* * - repetir 200 mg EV (1 amp) após 10 minutos. * *

* * - se necessário repetir 200 mg EV, de 6 em 6 horas, ate * *

* * completar a dose de 1 g (5 ampolas). * *

* * * *

* * Toxogonin - aplicar 250 mg EV, se obtiver resposta satisfatória. * *

* * --------- - aplicar 250 mg EV, após 10 minutos e mais 1 ou 2 vezes * *

* * com intervalos de 2 horas. * *

* * - dose máxima - 3 a 5 mg/Kg. * *

* * * *

* * . Lavagem gástrica - 200 mg de sol. fisiológica 0,9%, ate sair limpa. * *

* * - não dar óleo, leite ou alimentos gordurosos. * *

* * * *

* * . Contra-indicações - morfina. * *

* * - teofilina (aminofilina). * *

* * - tranqüilizantes. * *

* * - fenotiazinas (migristen, neuleptil, toplexil). * *

* * - reserpina. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* T D I * . Ingestão - não induzir vomito. * - IRRITANTE *

* * - dar leite ou água - 250 ml, se consciente. * - ASFIXIANTE *

* * * - SENSIBILIZANTE *

* * . Broncoespasmo - podem demorar 12 horas para iniciar; administrar * *

* * broncodilatadores (aminofilina, adrenalina quando in- * *

* * dicado) e esteróide sistêmico (flebocortid). * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

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 ADM.FÁBRICA BR  122

Q U A D R O S I N O T I C O

============================================================================================================================

* SUBSTANCIA QUÍMICA * PRIMEIROS SOCORROS E TRATAMENTO IMEDIATO * ACAO NO ORGANISMO *

*====================*===========================================================================*=========================*

* LEBAYCID * . Atropina - 1 a 6 mg EV de 5 a 30 minutos, em 30 minutos ate indicarem * - HEPATOTÓXICA *

* * sinais de atropinização. * - DEPRESSORA DO SNC *

* * * *

* * . Oxima - iniciar 5 minutos após a atropina e 36 a 48 horas após ocor- * *

* * rido o acidente. * *

* * * *

* * Contrathion - aplicar 400 mg EV (2 amp) dissolvida em 20 ml de água * *

* * ----------- destilada ou solução fisiológica 0,9%, lentamente * *

* * (+- 1 ml/minuto). * *

* * - repetir 200 mg EV (1 amp) após 10 minutos. * *

* * - se necessário repetir 200 mg EV, de 6 em 6 horas, ate * *

* * completar a dose de 1 g (5 ampolas). * *

* * * *

* * Toxogonin - aplicar 250 mg EV, se obtiver resposta satisfatória. * *

* * --------- - aplicar 250 mg EV, após 10 minutos e mais 1 ou 2 vezes * *

* * com intervalos de 2 horas. * *

* * - dose máxima - 3 a 5 mg/Kg. * *

* * * *

* * . Lavagem gástrica - 200 mg de sol. fisiológica 0,9%, ate sair limpa. * *

* * - não dar óleo, leite ou alimentos gordurosos. * *

* * * *

* * . Contra-indicações - morfina. * *

* * - teofilina (aminofilina). * *

* * - tranqüilizantes. * *

* * - fenotiazinas (migristen, neuleptil, toplexil). * *

* * - reserpina. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* M C P A * . Carvão ativado após emese ou lavagem gástrica, seguido de catárticos * - IRRITANTE *

* * salinos. * - CAUSTICA *

* * * - ESTIMULANTE DO SNC *

* * . Lidocaína - controle das arritmias cardíacas 50 a 100 mg EV. * *

* * - 1 a 4 mg/min - infusão em SG 5% -(Xylocaína 2% - 60 ml). * *

* * * *

* * . Fenobarbital (gardenal) - controle das convulsões. * *

* * * *

* * . Envoltórios gelados - controle da febre. * *

* * * *

* * . Bicarbonato de sódio - 10 a 15 g/dia, enquanto houver hemoglobinúria. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* MERCÚRIO * . Lavagem gástrica com água albuminosa bicarbonatada. * - IRRITANTE *

* * * - CAUSTICA *

* * . Administrar BAL de 3 a 4 mg/Kg IM, cada 4 horas durante os primeiros * - ESTIMULANTE DO SNC *

* * dois dias e então cada 12 horas durante 10 dias. * *

* * * *

* * . Tratar anúria. * *

* * * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

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 ADM.FÁBRICA BR  123

Q U A D R O S I N O T I C O

============================================================================================================================

* SUBSTANCIA QUÍMICA * PRIMEIROS SOCORROS E TRATAMENTO IMEDIATO * ACAO NO ORGANISMO *

*====================*===========================================================================*=========================*

* MERCÚRIO * . Administrar antibióticos (pneumonia química). * *

* * * *

* * . Na intoxicação crônica, o BAL ativo não tem efeito, sendo eficazes: * *

* * CaNa2 EDTA - cálcio dissodio - etilenodiaminotetraacetato - (20 mg/Kg * *

* * por dia, EV, durante 5 dias, repetir após 2 semanas, ate que a * *

* * excreção urinaria do mercúrio seja normal), e, penicilamina -(250 mg- * *

* * VO - 4 vezes ao dia, durante 10 dias, repetir após um intervalo de 2 * *

* * a 3 semanas, observando o estado do paciente, ate que a excreção * *

* * urinaria do mercúrio seja normal. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* METANOL * . Ingestão - lavagem gástrica com uma solução de carvão ativo * - IRRITANTE *

* * (40 - 60 g/l). * - NEUROTÓXICA *

* * - administrar álcool etílico para inibir a oxidação do * *

* * álcool metílico, ingerindo 3 litros de uma solução de * *

* * álcool etílico a 5%, durante 12 horas. * *

* * - combater a acidose administrando EV ou via oral, uma solu- * *

* * ção de bicarbonato ou lactato de sódio, controlando a * *

* * reserva alcalina. * *

* * * *

* * . Manter funções vitais. * *

* * * *

* * . Combater a hipotensão. * *

* * * *

* * . Manter o estado nutritivo adequado, administrando pequenas quanti- * *

* * dades de alimentos em intervalos regulares de 3 a 4 horas. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* MONÓXIDO * . Medidas gerais de primeiros socorros e de tratamento imediato. * - ASFIXIANTE *

* DE CARBONO * * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* NEGUVON * . Atropina - 1 a 6 mg EV de 5 a 30 minutos, em 30 minutos ate indicarem * - HEPATOTÓXICA *

* (Dipterex 50) * sinais de atropinização. * - DEPRESSORA DO SNC *

* * * *

* * . Oxima - iniciar 5 minutos após a atropina e 36 a 48 horas após ocor- * *

* * rido o acidente. * *

* * * *

* * Contrathion - aplicar 400 mg EV (2 amp) dissolvida em 20 ml de água * *

* * ----------- destilada ou solução fisiológica 0,9%, lentamente * *

* * (+- 1 ml/minuto). * *

* * - repetir 200 mg EV (1 amp) após 10 minutos. * *

* * - se necessário repetir 200 mg EV, de 6 em 6 horas, ate * *

* * completar a dose de 1 g (5 ampolas). * *

* * * *

* * Toxogonin - aplicar 250 mg EV, se obtiver resposta satisfatória. * *

* * --------- - aplicar 250 mg EV, após 10 minutos e mais 1 ou 2 vezes * *

* * com intervalos de 2 horas. * *

* * - dose máxima - 3 a 5 mg/Kg. * *

* * * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

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 ADM.FÁBRICA BR  124

Q U A D R O S I N O T I C O

============================================================================================================================

* SUBSTANCIA QUÍMICA * PRIMEIROS SOCORROS E TRATAMENTO IMEDIATO * ACAO NO ORGANISMO *

*====================*===========================================================================*=========================*

* NEGUVON * . Lavagem gástrica - 200 mg de sol. fisiológica 0,9%, ate sair limpa. * *

* (Dipterex 50) * - não dar óleo, leite ou alimentos gordurosos. * *

* * * *

* * . Contra-indicações - morfina. * *

* * - teofilina (aminofilina). * *

* * - tranqüilizantes. * *

* * - fenotiazinas (migristen, neuleptil, toplexil). * *

* * - reserpina. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* NITROBENZENO * . Ingestão - lavagem gástrica ou emese administrando laxantes. * - HEPATOTÓXICA *

* * * - IRRITANTE *

* * . Usar redutores da hemoglobina: - vitamina C (acido ascórbico), de 1 a * - METAHEMOGLOBINIZANTE *

* * 4 g por via EV, ação lenta. * *

* * * *

* * . Solução de azul de metileno a 1% - 1 a 3 mg/Kg - via EV, dose única * *

* * ou doses fracionadas para evitar fenômenos de depressão ventricular - * *

* * ação rápida - em torno de 1/2 hora. * *

* * * *

* * . Hidratação venosa - solução glicosada 5%. * *

* * * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* OZONA * . Medidas gerais de primeiros socorros e de tratamento imediato. * - IRRITANTE *

* * * - ASFIXIANTE *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* PENTACLOROETANO * . Medidas gerais de primeiros socorros e de tratamento imediato. * - IRRITANTE *

* * * - DEPRESSORA DO SNC *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* SEBACYL * . Atropina - 1 a 6 mg EV de 5 a 30 minutos, em 30 minutos ate indicarem * - HEPATOTÓXICA *

* * sinais de atropinização. * - DEPRESSORA DO SNC *

* * * *

* * * *

* * . Oxima - iniciar 5 minutos após a atropina e 36 a 48 horas após ocor- * *

* * rido o acidente. * *

* * * *

* * Contrathion - aplicar 400 mg EV (2 amp) dissolvida em 20 ml de água * *

* * ----------- destilada ou solução fisiológica 0,9%, lentamente * *

* * (+- 1 ml/minuto). * *

* * - repetir 200 mg EV (1 amp) após 10 minutos. * *

* * - se necessário repetir 200 mg EV, de 6 em 6 horas, ate * *

* * completar a dose de 1 g (5 ampolas). * *

* * * *

* * Toxogonin - aplicar 250 mg EV, se obtiver resposta satisfatória. * *

* * --------- - aplicar 250 mg EV, após 10 minutos e mais 1 ou 2 vezes * *

* * com intervalos de 2 horas. * *

* * - dose máxima - 3 a 5 mg/Kg. * *

* * * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

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 ADM.FÁBRICA BR  125

Q U A D R O S I N O T I C O

============================================================================================================================

* SUBSTANCIA QUÍMICA * PRIMEIROS SOCORROS E TRATAMENTO IMEDIATO * ACAO NO ORGANISMO *

*====================*===========================================================================*=========================*

* SEBACYL * . Lavagem gástrica - 200 mg de sol. fisiológica 0,9%, ate sair limpa. * *

* * - não dar óleo, leite ou alimentos gordurosos. * *

* * * *

* * . Contra-indicações - morfina. * *

* * - teofilina (aminofilina). * *

* * - tranqüilizantes. * *

* * - fenotiazinas (migristen, neuleptil, toplexil). * *

* * - reserpina. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* SODA CAUSTICA * . Ingestão - administrar imediatamente água ou leite para diluir o pro- * - IRRITANTE *

* * duto. * - CAUSTICA *

* * - suco de frutas, vinagre diluído em igual quantidade de * - CORROSIVA *

* * água (suco de limão fresco) podem ser administrados com a * *

* * finalidade de neutralizar o alcalis. * *

* * * *

* * . Não provocar o vomito e não administrar quaisquer substancias que * *

* * induz, pois aumenta a possibilidade de perfuração. * *

* * * *

* * . Observar sangramentos. * *

* * * *

* * . Critérios na utilização de sondagem nasogastrica para não aumentar as * *

* * lesões. * *

* * * *

* * . Pele - após lavar com bastante água, aplicar compressas de gazes em- * *

* * bebidas em acido acético. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* SULFATO * . Pele - após lavar com bastante água, aplicar compressas de gazes em- * - IRRITANTE *

* DE DIMETILA * bebidas em acido acético. * - NEUROTÓXICA *

* * * - HEPATO E NEFROTOXICA *

* * . Inalação de aerosol carbonato de sódio 1,3%. * *

* * * *

* * . Administrar corticosteróides. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

* TAMARON * . Atropina - 1 a 6 mg EV de 5 a 30 minutos, em 30 minutos ate indicarem * - HEPATOTÓXICA *

* * sinais de atropinização. * - DEPRESSORA DO SNC *

* * * *

* * . Oxima - iniciar 5 minutos após a atropina e 36 a 48 horas após ocor- * *

* * rido o acidente. * *

* * * *

* * Contrathion - aplicar 400 mg EV (2 amp) dissolvida em 20 ml de água * *

* * ----------- destilada ou solução fisiológica 0,9%, lentamente * *

* * (+- 1 ml/minuto). * *

* * - repetir 200 mg EV (1 amp) após 10 minutos. * *

* * - se necessário repetir 200 mg EV, de 6 em 6 horas, ate * *

* * completar a dose de 1 g (5 ampolas). * *

* * * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

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 ADM.FÁBRICA BR  126

Q U A D R O S I N O T I C O

============================================================================================================================

* SUBSTANCIA QUÍMICA * PRIMEIROS SOCORROS E TRATAMENTO IMEDIATO * ACAO NO ORGANISMO *

*====================*===========================================================================*=========================*

* TAMARON * Toxogonin - aplicar 250 mg EV, se obtiver resposta satisfatória. * *

* * --------- - aplicar 250 mg EV, após 10 minutos e mais 1 ou 2 vezes * *

* * com intervalos de 2 horas. * *

* * - dose máxima - 3 a 5 mg/Kg. * *

* * * *

* * . Lavagem gástrica - 200 mg de sol. fisiológica 0,9%, ate sair limpa. * *

* * - não dar óleo, leite ou alimentos gordurosos. * *

* * * *

* * . Contra-indicações - morfina. * *

* * - teofilina (aminofilina). * *

* * - tranqüilizantes. * *

* * - fenotiazinas (migristen, neuleptil, toplexil). * *

* * - reserpina. * *

*--------------------*---------------------------------------------------------------------------*-------------------------*

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2 DESCRIÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS

As substâncias químicas serão apresentadas em ordem alfabéticapara facilitar a consulta.

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1,3 - BUTADIENO

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------O butadieno tem, somente em altas concentrações, efeitonarcótico e irritante dos olhos e das mucosas respiratórias.Observaram-se também cefaléias e vertigens. Com o deslocamentode oxigênio pode ocorrer asfixia. O contato do gás liquefeitocom a pele pode provocar congelamento. Nos experimentos comanimais observou-se um efeito cancerígeno.

2. Primeiros socorros------------------No caso de aspiração, ar fresco. em caso de paralisaçãorespiratória, respiração artificial, massagem cardíaca. Em caso

de contato com o gás liquefeito ou frio, aplicar água friacontinuamente às áreas congeladas. Deitar o acidentado, aquecê-lo, evitando que perca calor. Transportar o acidentado o maisrápido possível para o médico. Em caso de risco de perda dossentidos, manter e transportar o acidentado deitado de lado, deforma estável. Pesquisa preventiva de conformidade com a BG-Grundsatz G 40.

3. Orientação médica-----------------Tratar as áreas da pele atingidas como congelamentos. Quanto aomais, tratamento sintomático.

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  ACETATO DE BUTILA - N-BUTYLACETATO

Sinonímia

Três isômeros: normal, secundário e terciário.

Características Gerais

Líquidos incolores e odores agradáveis.

Tolerância (valor limite)

- normal - 150 ppm - 710 mg/m31- secundário e terciário - 200 ppm - 950 mg/m3

 Absorção

- Via respiratória- Via mucosa.

Efeitos (sinais e sintomas)

Arder dos olhos, tosse, tonturas, desmaio, conjuntivites,dermatites, irritação benigna do trato respiratório, cefaléia,anorexia, náuseas, lesões vasculares finas da córnea.

Tratamento específico

Uso de corticóide (oftálmico) para conjuntivites e queralites.

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 ACETATO DE ETILA 

Sinonímia

- Éster do ácido etanóico- Éster acético- Éter acético- Éter de ácido acético- Nafta acética- Etil acético- Óxido de etila acético

Características Gerais

Líquido incolor, volátil, mais leve que a água, odor agradável,

vapores mais pesados que o ar, inflamável e de difícil solubilidadeem água.

Tolerância (valor limite)

Até 48 horas por semana - 310 ppm ou 1090 mg/m3.

 Absorção

- Via cutânea- Via mucosa- Via respiratória

Efeitos (sinais e sintomas)

Sinais:------

- Pele - solvente, tem efeito desengordurante, sobre a pele, podelevar à dermatite.

- Mucosas - efeito irritante, infecção nas gengivas à altas

concentrações.- Respiratória - em baixas concentrações possui odor agradável

semelhante ao odor de frutas.

- Sistema nervoso - efeito narcótico em altas concentrações.

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Sintomas:--------

- Após inalação - falta de apetite, irritação da garganta, dores noestômago, dores de cabeça.

- concentrações mais elevadas levam à narcose ou subnarcose.

- Aparecem sintomas de hipersensibilidade após exposição crônica.

Tratamento específico

- Inalação - oxigênio sob máscara.- analépticos respiratórios ou respiração artificial.

- Ingestão - lavagem gástrica e administrar antídoto universal(leite de magnésia, sulfato de sódio e carvão ativado).

- não dar: leite, óleo de rícino ou álcool.

- Controlar aparelho cárdio-vascular, com reposiçãohidroeletrolítica.

- Cuidado no uso de adrenalina, efedrina e derivados, evitando, sepossível.

- Sistema nervoso - controlar as cãibras com uso de barbitúricos deação rápida.

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 ACETOACETATO DE METILA 

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------Dentre os hexilésteres do ácido acético o acetoacetato de metilaé o que apresenta efeito mais forte como irritante das mucosas,especialmente dos olhos, embora também atue assim sobre as viasrespiratórias. Este é o fator determinante para o valor MAK. Ocontato freqüente com a pele provoca, além da corrosão, forteefeito de retirada das gorduras que leva a inflamações da pele.A exposição crônica leva a distúrbios do trato gastrointestinale cansaço, eventualmente com cefaléias. A exposição aguda aovapor quente leva a efeitos narcóticos, eventualmente fracos.

2. Primeiros socorros

------------------Lavar imediata e completamente a área da pele atingida com água.Em caso de contato com os olhos enxaguar durante alguns minutoscom água corrente mantendo bem abertas as pálpebras doacidentado. Aplicar antes se possível 1 a 2 gotas de Chibro-Kerkain e após colírio Isogutt fechando com gaze solta. No casoda inalação de grandes quantidades ar fresco, fazer inalar omais depressa possível spray de Demathoson (p.ex. Auxiloson).Eventualmente auxílio à respiração, manter livre as viasrespiratórias.Repouso, aquecimento. Cuidado com os vômitos - manter a cabeçaem posição lateral, risco de aspiração. No caso de perda dossentidos manter e transportar o acidentado deitado de lado emposição estável, em caso de dispnéia manter a cabeça alta.

3. Orientação médica-----------------Em caso de inalação continuar o tratamento com Dexamethason.Eventualmente sedativos da tosse. Conforme o caso oxigênio. Emcaso de ingestão cuidado com os vômitos e com a lavagemestomacal (risco de aspiração). Providenciar passagem rápidapelo intestino. Fazer beber em seguida bastante água com carvãoativado e sulfato de sódio, repetidamente. No mais tratamentosintomático.

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 A C E T O N A 

Sinonímia

- Dimetilcetona- Beta-cetopropano- Propanona 2- Éter

Características Gerais

Líquido volátil, claro e incolor; inflamável, odor picante.

Tolerância (valor limite)

- 750 ppm - 1780 mg/m3

 Absorção

- Via respiratória- Via digestiva

Efeitos (sinais e sintomas)

Eczema, conjuntivite e erosão corneal, faringite e bronquite,cefaléia, gastrite com náuseas e vômitos, obnubilação, desmaio,narcose, confusão mental, debilidade, vertigem, irritação no narize garganta.

Teste de diagnóstico: acetona no sangue acima de 2 mg%, acetona naurina ou ar alveolar.

Tratamento específico

- Ingestão - lavagem gástrica, seguido de purgante salino.

- Controlar acidose / usar lactato de sódio ou bicarbonato de sódioIV.

- Controlar reserva alcalina.

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 ÁCIDO ACÉTICO (GLACIAL)

Características Gerais

Líquido cáustico e irritante, claro incolor e cheiro penetrante devinagre.Quando exposto ao calor e à chama, apresenta médio risco deincêndio e, quando aquecido, ao atingir a sua temperatura dedecomposição, emite fumos tóxicos.Reage violentamente com oxidantes.

Tolerância (valor limite)

Até 48 horas por semana - 8 ppm ou 20 mg/m3

 Absorção

- Via respiratória- Via cutânea- Via digestiva

Efeitos (sinais e sintomas)

Lacrimejamento dos olhos, ardência e queimadura da pele, mucosas donariz e garganta. Em alguns casos, conjuntivite, dermatite eúlcera.Quando inalada produz irritação da mucosa das vias respiratórias.

Tratamento específico

- Ingestão - possibilidade de hemólise, consequentemente trataracidose.

- Observar sangramento nasal e / ou digestivo.

- Controlar os glóbulos vermelhos por hemograma e diurese horária.

- Não administrar elementos potássicos como medida diurética.- Transfusão, se necessário.

- Inalação de vapores de bicarbonato de sódio.

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 ÁCIDO Cianídrico

Sinonímia

- Gás cianídrico hidrociônico- ácido prússico

Características Gerais

 _ uma atmosfera é líquido, incolor, odor característico de amêndoasamargas, solúvel em álcool e éter, miscível em água.Pode ser neutralizado pela cal ou água de cal, devido a sua fracaacidez, porém não havendo inativação das propriedades tônicas comeste procedimento.

Tolerância (valor limite)

- 8 ppm ou 9 mg/m3

 Absorção

- Via respiratória- Via cutânea e mucosa- Via digestiva

Efeitos (sinais e sintomas)

- Via respiratória:----------------. concentração de 0,2 - 13 mg/3 - efeitos ausentes ou levescefaléias, astenia, alteração de olfato e paladar, dispnéia.

. concentração até 45 mg/m3 acima de 30 minutos - cefaléia,náusea, vômito e arritmia cardíaca.

. concentração até 55 mg/m3 após 60 minutos - sensação de ondasde calor, distúrbios da consciência, convulsão e distúrbios noritmo respiratório.

. concentração de 100 e 240 mg/m3 por 30 minutos - intoxicação

grave ou letal com colapso, perda da consciência, paradarespiratória e/ou cardíaca.

- Via cutânea, mucosa ou digestiva:--------------------------------. colapso imediato e cessação da respiração, tonturas, respiraçãorápida, cefaléia, sonolência, hipotensão, pulso rápido einconsciência. A morte pode ocorrer em convulsões dentro de 4horas.

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Tratamento específico

- Intoxicação leve (vítima consciente) - fazer inalar, durante 15segundos, com intervalo de 15 segundos, num período total de 15minutos, de 3 a 4 ampolas ou pérolas de nitrito de amila (não

usar ao mesmo tempo o nitrito de amila e o oxigênio).

- Intoxicação grave (vítima inconsciente) - usar a terapiametemoglobilizante por via endovenosa, administrando 300 mg denitrito de sódio e 12,5 g de tiossulfato de sódio, provocando aformação de metemoglobina.

- EDTA - CO2 (etilenodiamino tetracetato dicobáltico - Kelocyanor)- 1 ou 2 ampolas de 300 mg, seguido de solução glicosadahipertônica, via E.V.

- Hidroxicobolamina - dose de 1 a 4 g completada com tiossulfato desódio.

- Ingestão - lavagem gástrica e administrar laxantes, apóstratamento com nitrito de sódio e tiossulfato desódio.

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 ÁCIDO Clorídrico

Sinonímia

- ácido muriático - HCl - H2O.- Gás clorídrico.- Cloreto de hidrogênio.

Características Gerais

Líquido incolor a levemente amarelado, odor fortemente irritante epungente, não inflamável e solúvel em água.

Tolerância (valor limite)

- 4 ppm ou 5,5 mg/m3- dose letal 1 g/Kg

 Absorção

- Via respiratória- Via digestiva- Via mucosa e cutânea

Efeitos (sinais e sintomas)

Sinais:------- Via respiratória - altas concentrações de vapores são irritantes,

provocando laringite, edema de glote,bronquite, edema pulmonar e eventualmentemorte.

- Via cutânea e mucosa - provoca queimaduras e ulcerações.

- Via digestiva - perfuração esofageana ou gástrica.

- Exposição crônica - irritação crônica da via respiratória efaringes, erosão dentária, dermatose.

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Sintomas:--------- Intoxicação aguda:

- Ingestão:--------

- dor intensa devido à queimadura da boca, faringe e abdômen(mucosa de cor marrom ou amarelada).- diarréia e vômitos c/sangue escuro.- edema de glote c/risco de asfixia.- febre devido à mediastinite ou peritonite.

- Inalação:--------- tosse, sufocamento, cefaléia, tontura e fraqueza.- no caso de exposição maciça pode ocorrer traqueobronquite,bronquite e edema pulmonar c/dispnéia, tontura, expectoraçãoespumosa e cianose, apresentando ESTERTORES ÚMIDOS,HIPOTENSÃO e PULSO CHEIO.

- Pele:----- queimadura de coloração marrom ou amarelada, penetra todas ascamadas da pele, bordas nitidamente definidas.

- Olhos:------ edema da conjuntiva, destruição da córnea c/lacrimejamento efotofobia.

- Intoxicação crônica:

- exposição aos vapores pode levar à CORROSÃO DOS DENTES eNECROSE GENGIVAL.

- bronquites crônicas e broncopneumonias de repetição.- dermatose.

Tratamento específico

- Ingestão - não provocar emese ou fazer lavagem gástrica.- administrar leite ou água, seguido de leite demagnésia (200 ml).

- leite com ovos batidos (num intervalo de 1 a 2 horas).

- tratar edema de glote (risco de asfixia).- em caso de suspeita de perfuração, manter em dietazero.

- administrar corticóides - prednisolona - 60 mg/dia ouequivalente.

- Inalação - tratar insuficiência respiratória.- tratar choque.- tratar edema pulmonar.- tratar pneumonia.

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- Pele - não usar antídotos químicos, a reação libera calor,aumentando a queimadura.

- tratar queimadura.

- Olhos - não usar antídotos químicos.

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 ÁCIDO Crômico

Sinonímia

- KDC, NDC, trióxido de cromo - CrO3- Cromato de zinco - ZnCrO4- Dicromato de sódio - Na2Cr2O7- Dicromato de potássio - K2Cr2O7

Características Gerais

Metal duro, algo prateado e seus compostos apresentam-se sobdiversas cores. É irritante e destrói as células do corpo.

Tolerância (valor limite)

- solução de dicromato - 0,05 mg/m3- cromo metal ou sal insolúvel - 1 mg/m3

 Absorção

- Via respiratória- Via cutânea

Efeitos (sinais e sintomas)

Sinais:------A principal manifestação de intoxicação pelo cromo é irritação ecorrosão.

Sintomas:--------- Intoxicação aguda:

- Ingestão:--------

Leva à chamada cromoenteropatia. Mal estar, sede intensa. Dorabdominal, vômito, diarréia com sangue - com risco de choque.Oligúria, anúria, morte por uremia.

- Intoxicação crônica:

- Inalação:-------De fumos por longos períodos causa ulceração dolorosa,hemorragia e perfuração do septo nasal.

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- Pele----Contatos repetidos levam à dermatite eczematosa incapacitantecom edema e ulceração.

- Olhos:-----Conjuntivite e lacrimejamento.

- Fígado:------Hepatite com icterícia pode ocorrer com perda de apetite,náuseas hepatomegalia mole nos quadros agudos.

Tratamento específico

- Intoxicação aguda

- Ingestão:--------- lavagem gástrica ou emese.- administrar 5 a 10 g de vitamina C comprimidos (V.O.).- dimetal (dimercaprol) - iniciar até 4 horas após intoxicação.3 a 4 mg/Kg - 4 em 4 horas nos primeiros 2 dias.3 mg/Kg - 12 em 12 horas durante 8 dias.

- controle hidroeletrolítico severo, com observação deproteinúria e hematúria freqüentes; risco de insuficiênciarenal.

- Pele:----- lavagem meticulosa com água, verificando pH até aneutralização.

- administrar ácido ascórbico - 2 g - V.O. erepetir após 30 minutos.

- aplicar solução de ácido ascórbico (vitamina C) a 10%,colocando compressas sobre as áreas afetadas.

- Olhos:------ lavar continuamente com água e instilar 01 ampola de vitamina

C na bolsa conjuntival.

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- Intoxicação crônica

- Pele:----- tratar com acetato de alumínio a 1%.

- Fígado:------- Tratar lesão hepática com dieta hiperprotéica, hipercalóricae hipervitamínica.

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 ACIDO Fosfórico

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------Em caso de ingestão dores fortes na região das mucosasatingidas, vômitos sucessivos de massa com aparência de borra decafé, diarréia. No caso de borrifamento do ácido sobre os olhosconjuntivite dolorosa e corrosão da córnea.

2. Primeiros socorros------------------Limpar imediata e completamente a área de pele atingida com águacorrente, eventualmente lavar de novo com leite ou água e sabão.Limpar os respingos dos olhos com água corrente durante algunsminutos mantendo as pálpebras do acidentado bem abertas. Não

fazer qualquer "tentativa de neutralização" e sim encaminharimediatamente ao oftalmologista.

3. Orientação médica-----------------No caso de ingestão administrar imediatamente bastante água efazer beber leite (na medida do possível com alguns ovos crusmisturados ou com hidrato de magnésia). Evitar carbonatos,"neutralização", vômitos e lavagem estomacal tardia. Pesquisaradiológica imediata e profilática do estômago e esôfago. Nomais tratamento sintomático. Em caso de corrosão da peleproteção contra infecções (inclusive profilaxia do tétano).

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 ÁCIDO FLUORíDRICO

Sinonímia

- Fluoreto de hidrogênio.- Gás fluorídrico.

Características Gerais

- Solução - líquido incolor, fumegante com cheiro perceptível.- Anidro - gás liquefeito, incolor c/cheiro perceptível.- Reage com a água formando fumos no ar úmido que se desloca aonível do solo.

- Corrosivo ao vidro, alumínio e titânio - subcombustível.

Tolerância (valor limite)

- 5 mg e fluoretos na urina (valor ajustado para densidade padrãoda urina = 1024).

 Absorção

- Via respiratória.- Via cutânea.- Via digestiva.

Efeitos (sinais e sintomas)

Sinais:------

Age como um veneno celular por interferência com o metabolismo docálcio e mecanismos enzimáticos. Forma precipitado insolúvel com ocálcio, diminuindo o nível do cálcio plasmático.Localmente provoca acumulo de potássio com estimulação dasterminações nervosas. A citotoxicidade manifesta-se a nível renal emiocárdio.

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Sintomas:--------

- Intoxicação aguda:

- Via respiratória:

----------------- sensação pruriginosa no nariz e olhos- tosse c/espasmo.- laringoespasmo.- sensação de sufocamento.- dispnéia.- edema pulmonar.

- Exposição maciça:----------------

- síndrome traqueobronquite.- síndrome alveolite hemorrágica c/absorção de flúor.

- síndrome sistêmica:- hipocalcemia- tetania- hematúria / anúria- distúrbios rítmo-cardíacos- síndrome hemorrágica- distúrbios consciência

- Via cutânea e mucosa:--------------------- queimaduras profundas e dolorosas em contato com pele, olhos emucosas.

- podem destruir o segmento anterior do olho.

- Via digestiva:-------------- náuseas, vômitos, espasmos abdominais e diarréia.

- Intoxicação crônica:

- Nariz:-----

- irritação do seio paranasal (dor).- epistaxes.

- Ossos:------ retenção dos fluoretos podendo levar a ostecesclerose(ossificação dos ligamentos).

- fluorose óssea grave (perda de peso, fragilidade do sistemaósseo, anemia, fraqueza, sensação de mal estar e rigidez dasarticulações).

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Tratamento específico

- Respiratória - tratar eventual edema pulmonar.

- Pele - lavagem imediata c/água corrente ou com solução deamoníaco a 10% durante 10 minutos.

- aplicar gel gluconato de cálcio a 10% sob a lesão até asupressão da dor.- infiltrar gluconato de cálcio a 10% mais lidocaína 2% emredor da lesão.

- Olhos - lavagem imediata com água corrente ou solução fisiológica.- instilar gluconato de cálcio a 10% ou bicarbonato desódio.

- Controlar a dor.

- Ingestão - administrar oralmente solução quente de cloreto decálcio ou de sódio (1 colher de sopa/copo de água) e

estimular o vômito, repetindo a operação por váriasvezes (3 a 4).

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 ÁCIDO NíTRICO HNO3

Sinonímia

- ácido azótico.

Características Gerais- Água forte.

Líquido de cheiro penetrante, sufocante, de incolor a amarelo.

Tolerância (valor limite)

- 2 ppm

- dose letal: 1 ml 200 a 700 ppm.

 Absorção

- Via respiratória.- Via digestiva.- Via cutânea.

Efeitos (sinais e sintomas)

Sinais:------

- Olhos - desnudação do epitélio corneano e, nos casos severos,edema e necrose de tecidos profundos.

- Pele e mucosas - destruição dos tecidos por ação química direta,a proteína tissular é convertida a proteinato,que se dissolve com o ácido concentrado.

- Circulatório - a intensa estimulação pelo ácido causa perdareflexa de tonus vascular com colapsocirculatório.

- Respiratório - espirros, tosse, dor torácica, bronquite ebroncopneumonia.

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Sintomas:--------- Pele e mucosas - o efeito oxidante leva à corrosão grave da pele

e mucosas. Após a ação local é característica acoloração amarela intensa da crosta.

- Olhos - corrosão da córnea de cor amarela com ou sem perfuração,lesões muito dolorosas.

- Respiratória - a inspiração dos vapores poderá levar à irritaçãogasosa com formação de edema pulmonar.

Tratamento específico

- Respiratória - auxiloson spray a cada 5 minutos.- broncoespasmo - aminofilina e corticóide.

- Ingestão - leite em grande quantidade.

- aldrox- cuidados cárdio-circulatórios- prevenir choque

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 ACIDO OXÁLICO

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------O ácido oxálico é reabsorvido de forma relativamente boa pelapele externa, e de maneira muito boa pelas mucosas, de forma talque as grandes quantidades levam depressa a um envenenamento porreabsorção. A absorção por via oral provoca efeitos deirritação com dores na boca, esôfago e estômago. Conhecem-se osefeitos de vertigem, vômitos com sangue, colapso, tremores,hipersensibilidade e espasmos (devido à queda de Ca). Sãopossíveis também as ocorrências prematuras de colapso cardíaco-circulatório ou de distúrbios funcionais renais que terminem emanúria ou uremia, com possível transição para a poliúria. Amorte se dá em estado de coma ou por insuficiência renal. Ostrabalhadores que tem contato com o ácido oxálico em solução sem

luvas de proteção apresentam poucos dias após dores nas mãos. Aocorrência de hiperemias, danos aos vasos sanguíneos efinalmente de uma gangrena extremamente dolorosa exigem aamputação dos dedos. No caso de soluções mais fortes, o efeitosuperficial corrosivo se evidencia. A inalação dos vapores oude pó provoca efeitos irritantes sobre as mucosas, provocandoulceraçÕes, cefaléias, hipersensibilidade, albuminúria. Tossecrônica, vômitos e fraqueza geral são sintomas de efeitocrônico, bem como as ulceraçÕes da pele e unhas dos dedos da mãoamareladas e quebradiças.

2. Primeiros socorros------------------Lavar imediatamente a pele e olhos atingidos com água abundante.Em caso de ingestão fazer beber imediatamente leite na medida dopossível com alguns ovos crus batidos e misturados (em caso denecessidade, água) fazendo vomitar repetidamente. Transporte doacidentado deitado de lado em posição estável. Banhar as áreasde pele atingidas com solução concentrada de sulfato de magnésio.

3. Orientação médica-----------------Em caso de ingestão administrar imediatamente quantidade

suficiente de leite (com ovos) ou, em caso de necessidade,simplesmente água, fazendo vomitar repetidamente e/ou lavagemestomacal com bicarbonato de sódio. Deve-se evitar aadministração de qualquer preparado que contenha cálcio (comop.ex. gluconatos ou lactatos) devido à formação de oxalato decálcio de difícil dissolução.

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 ACRILAMIDA 

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------A acrilamida é um tóxico nervoso forte. Ao contrário do queocorre com os demais derivados do ácido acrílico, o efeito deirritação da pele e das mucosas não é muito acentuado. Aabsorção se dá em geral pela pele, e a inalação do pó constituiexceção. O primeiro sinal de envenenamento é a insensibilizaçãodos dedos, seguida por insensibilização das pernas e dos braços,dificuldade motora, suores, e nos casos mais graves, distúrbiosepileptiformes. Descolamento da pele nos locais atingidos, comreconstituiçåo extremamente demorada. Há melhor tolerabilidadede doses pequenas (1-2 mg/Kg/dia) durante longo tempo do que dedoses maiores em espaço de tempo curto. A causa conhecida é umadegeneração dos nervos periféricos motores e sensores e dano ao

mesencéfalo. Nos experimentos realizados com ratos o potencialcancerígeno das dosagens subtóxicas demonstrou-sesignificativamente elevado. Durante a gestação deve ser evitadoqualquer tipo de contato com a substância. Cancerígeno - comoficou demonstrado nos experimentos realizados com animaisreproduzindo as condições do ambiente industrial.

2. Primeiros socorros------------------Lavar a pele/mucosas atingidas com água e sabão imediata econtinuamente. Retirar imediatamente todas as peças de roupaafetadas. Em caso de contato com os olhos, lavar com águacorrente por alguns minutos com as pálpebras bem abertas.Aplicar sempre que possível 1 a 2 gotas de Chibro-Kerakain antesda lavagem e, após a lavagem, um colírio Isogutt. Em caso deingestão, fazer beber imediata e repetidamente água abundante,se possível com 3 a 4 colheres de carvão ativado. Evitarvômitos na medida do possível. Utilizar como laxante sulfato desódio (1 colher de sopa em um copo de água). Repouso,aquecimento. Encaminhar para o médico mesmo em casos decontatos reduzidos. Informar ao médico e/ou clínica adesignação do material perigoso e, eventualmente, enviar amostrado material com outras informações.

3. Orientação médica-----------------Manter o pessoal lotado na área sob observação neurológicaconstante e deslocá-lo para outro local de trabalho ao menorsinal de distúrbio do sistema nervoso.

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 ÁCIDO PERCLÓRICO

Sinonímia

- Dihidrato de ácido perclórico- Perclorato de dioxônio- Perclorato de hidróxio- Reativo de fraude

Características Gerais

Líquido higroscópico claro, altamente corrosivo de ação irritante esensibilizadora.

Tolerância (valor limite)

- não determinado.

 Absorção

- Via respiratória- Via digestiva

Efeitos (sinais e sintomas)

Sintomas:--------- Olhos - Irritação, queimaduras corneais.

- Pulmão - tosse, dispnéia.

- Trato gastrointestinal - náuseas, vômitos e queimaduras no tratogastrointestinal, superior quandoingerido.

- Pele - queimaduras graves, erupção crônica da pele de indivíduossensibilizados.

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Tratamento específico

- Ingestão - lavagem gástrica com solução de bicarbonato de sódio a5%, seguido de instilaçåo de gel de hidróxido dealumínio.

- A sonda nasogástrica deve ser passada com cuidado.

- Ter cuidado na administração de alcalis, devido à possibilidadede formação de gases.

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 ÁCIDO PROPIÔNICO

Sinonímia

- ácido metil acético- ácido propanóico- Luprosil

Características Gerais

Líquido transparente com odor penetrante e desagradável;inflamável quando aquecido, forma misturas explosivas e corrosivas;solúvel em água, formando mistura ainda corrosiva.

Tolerância (valor limite)

0,5 ppm - 1,5 mg/m3.

 Absorção

- Via cutânea- Via respiratória- Via digestiva

Efeitos (sinais e sintomas)

- Respiração - vapores irritam fortemente os órgãos respiratórios;inalação sob forma de neblina tem ação cáustica naárvore respiratória com possibilidade de edema delaringe e edema pulmonar.

- Cutânea - ação cáustica local em contato com o líquido.

- Olhos - irritação forte pelos vapores, quando em contato comlíquido, ocorre queimadura.

- Sangue - hemólise pode ocorrer nas grandes intoxicações.

- Pelegação cáustica local - ardência nos olhos, mucosas nasais egarganta com tosse; vômitos e coma.

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Tratamento específico

- Inalação - fazer nebulização com solução de bicarbonato a 2% -bicarbonato de sódio - 2,4 ml + água destilada - 7,6ml.

- codeína, setux cápsulas ou solução aquosa - 15 ml ou 1

cápsula de 8 em 8 horas.- administrar muito líquido, caso haja risco de hemólise.

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 ÁCIDO SULFÚRICO

Sinonímia

- Dihidrosulfato- Monotioácido- óleo de vitriolo

Características Gerais

Líquido incolor, inodoro, oleoso.

Tolerância (valor limite)

- conc. máxima: 1 mg/m3

- dose letal: 1 ml

 Absorção

- Via cutânea- Via digestiva- Via respiratória

Efeitos (sinais e sintomas)

Sinais:------- Não provoca fenômenos de intoxicação; o efeito principal é acorrosão dos tecidos.

- Pele - corrosão e degeneração dos tecidos, aprofundando-se sem aformação de crosta protetora.

- Respiratória - neblinas de ácido sulfúrico produzem efeitos deirritação e corrosão, manifestando-se por tosse einflamação das vias aéreas superiores, compossível dano pulmonar posterior (bronquitecrônica).

Sintomas:--------- Efeito na exposição a longo prazo:

- bronquite, rinorréia, epistaxes e lacrimejamento.- afeções associadas à exposição a longo prazo: conjuntivite,infecçÕes respiratórias freqüentes, enfisema e distúrbiosdigestivos, broncopneumopatia crônica, eczemas cutâneos,

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escurecimento das unhas, alterações dentárias e alteraçÕes nopaladar e no olfato.

Tratamento específico

- Olhos - não usar solução neutralizante.- lavar com água em abundância, mantendo a alvagem de olhosa cada 15 minutos.

- após a primeira lavagem, aplicar 3 gotas de solução detetracaína 0,5% ou procaína 0,5%.

- Pele - lavar com água abundante.- aplicar compressas de algodão ou de gaze embebidas portrietanolamina.

- Ingestão - ingerir bastante água.- leite com ovos crus batidos- não usar neutralizante

- não fazer lavagem gástrica

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 ACRILONITRILA 

Sinonímia

- Cianoetileno- Cianeto de vinila- Ventox- Fumigrain

Características Gerais

Vapores irritantes, classificados como altamente tóxicos.

Tolerância (valor limite)

16 ppm ou 35 mg/m3

 Absorção

- Via respiratória- Via digestiva- Via cutânea ou mucosa

Efeitos (sinais e sintomas)

Sinais:------- Via respiratória - os vapores de acrilonitrila são classificados

como altamente tóxicos, sendo consideradostambém potentes irritantes da mucosarespiratória.

- Via cutânea e mucosa - é um irritante da pele, podendo provocareritemas, queimaduras, formação de bolhase irritação da mucosa ocular.

- Via digestiva - a ingestão de acrilonitrila pode ser acidental ouintencional, mas esta não é a via comum de

introdução na exposição profissional. O produtoé classificado como altamente tóxico por esta via.

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Sintomas:--------- Curto prazo - irritação da mucosa, opressão torácica, sialorréia,

cefaléia e diarréia e intensa vasodilatação dametade superior do tórax.

- Longo prazo - alteraçÕes do SNC, rins e fígado, além dasensibilização do trato respiratório e a açãoirritante sobre a pele, quando em contato contínuo.

Tratamento específico

- Inalação - fazer aspirar aminonitrila (nitrito de amila), deampolas quebráveis, ou algodão embebido, segurando-sede 10 até no máx. 30 segundos em frente ao nariz eboca do acidentado, repetindo após um minuto do mesmomodo; se eventualmente aparecer uma coloração azuladanos olhos, lábios e ouvidos não deverá ser motivo de

parar com o tratamento.

- Ingestão - tomar imediatamente uma solução de sal refinado (1colher de sopa num copo de água) e provocar vômitos,até o líquido sair claro. Para o desenvenenamentodevido a resíduos que ainda estiverem no estômago doacidentado, deve-se beber cerca de 500 ml de soluçãode tiossulfato de sódio a 1%, podendo repetir após 15minutos.

- lavagem gástrica com uma solução de permanganato depotássio 0,1% ou 3% de H2O2.

- aplicar por via E.V. 2 ampolas (total = 40 ml) deKelocyanor, em seguida, injetar 50 ml de solução deglicose de 25% a 50%, juntamente com tiossulfato desódio (12,5 g + 10 amp). Se a pressão arterial nãosubir, aplicar novamente meia dose de cada (deKelocyanor e de solução de glicose), se necessário,administrar 1 ml de noradrenalina.

- No caso de parada respiratória, deve-se imediatamente aplicar arespiração artificial, sendo o método boca a boca usado um últimorecurso, caso não haja outra forma na fase de expiração dointoxicado, não deve-se inspirar os gases. Na respiraçãoartificial deve-se juntar nitrito de amila.

- Não deve-se usar morfina ou scopolamina.

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 AMÔNIA (ANIDRA)

Sinonímia

Amônia líquida.

Características Gerais

Gás liquefeito comprimido, gás incolor, odor amoniacal, bastantepungente, muito solúvel em água com produção razoável de calor,etanol, éter etílico e outros solventes orgânicos.

Tolerância (valor limite)

20 ppm ou 14 mg/m3

 Absorção

- Via respiratória- Via digestiva- Via cutânea e mucosa

Efeitos (sinais e sintomas)

A principal manifestação da intoxicação aguda dos compostos deamônia é a irritação extrema.

- Ingestão - a ingestão de amônia causa dor severa na boca, tórax eabdômen, com tosse, vômitos e choque. Perfuração doesôfago e gástrica pode ocorrer com o aumento da dorabdominal, febre e rigidez abdominal. Irritaçãopulmonar e edema pulmonar podem aparecer após 12 / 24horas, como uma reação tardia.

- Inalação - gás de amônia (1000 ppm) causa irritação dos olhos evias aéreas superiores, com tosse, vômito, conjuntivascongestas e hiperemia das membranas, mucosas e dapele, e da nasofaringe. Altas concentraçÕes provocam

edema na pele e conjuntiva, cegueira temporária,inquietação, dor no peito, súbita espuma (saliva)indicativa de edema pulmonar, cianose e pulso rápido efraco.

- Pele - O contato com a pele, sendo muito ou pouco prolongado,causará uma irritação severa e dolorosa e corrosãoviolenta.

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- Olhos - com baixas concentraçÕes, pode levar à irritação ocular.Com o aumento da concentração de amônia no ar pode haverdano severo aos olhos, com sintomas que vão desde olacrimejamento e edema palpebral, até o aumento dapressão intraocular, ulceração corneal e possivelmentecegueira, principalmente se o contato for com amônia

líquida.

A tabela seguinte relaciona algumas concentraçÕes de exposição eseus efeitos decorrentes:

Efeitos devido à exposição aos vapores de amônia------------------------------------------------

Concentração Efeito geral Período de exposiçãodo vapor (ppm) ------------ ---------------------------------

50 - 53 odor detectável pela exposição prolongadamaioria das pessoas não produz dano

100 ausência de efeitos p/a exposição máxima acei-maioria dos trabalhadores tável em 08h trabalho

300 concentração máxima que 1 horanão provoca sérios dis-túrbios

400 - 700 irritação do nariz, gar- curtas exposiçõesganta e olhos com lacri- geralmente não produzemmejamento efeitos graves

2.000 - 3.000 tosse convulsiva e irri- exposição não permis-tação severa dos olhos sível

5.000 - 10.000 espasmos respiratórios rapidamente e fatal

Tratamento específico

- Ingestão - ingerir água ou leite imediatamente e provocarvômitos.

- dar vinagre diluído em igual quantidade de água e sucode frutas cítricas (suco de limão fresco ou enlatado)para neutralizar o alcalis.

- evitar lavagem gástrica ou o uso de emeticos queaumentem a possibilidade de perfuração gástrica ouesofageana.

- Inalação - tratar possível edema pulmonar.

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- Olhos - lavar os olhos durante 15 minutos, repetindo a cada 10minutos durante 1 hora, podendo usar uma solução de ácidobórico a 5% ao invés de água; prosseguindo comirrigações repetidas de soro fisiológico, encaminhando aoespecialista.

- Antídoto - sucos de frutas cítricas, vinagre, podendo ser usadoinclusive externamente.

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 A N I L I N A (C6 H5 NH2)

Sinonímia

- Aminobenzeno- Fenil amina

Características Gerais

Líquido incolor a marrom vermelho, levemente oleoso, odorcaracterístico de amina aromática.Vapor muito mais pesado que o ar.

Tolerância (valor limite)

4 ppm ou 15 mg/m3

 Absorção

- Via respiratória- Via cutânea- Via digestiva

Efeitos (sinais e sintomas)

Sinais:------- Relacionado ao grau de metahemoglobina.- acima 15% - cianose (unhas, orelhas, lábios).- 40 a 50% - cianose mais intensa (manchas roxas na pele,

cefaléia, debilidade, vertigem, dispnéia de esforço.- 60% - confusão mental, hipotensão, letargia e torpor,

taquicardia, crise de angina.- 70% - convulsÕes, coma, choque e possível morte.

Sintomas:--------Os sintomas mais objetivos e relevantes, que podem levar à uma

suspeita de uma ação metahemoglobinizante, podem ser:- pulso lento e fraco- hipotensão- falta de ar- náuseas e vômitos- distúrbios cerebrais decorrentes da hipoxemia

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- Observação - a DL 50 por via oral, para um homem de 70 Kg, estáem torno de 15-30 ml. A sintomatologia dependerá dograu de metahemoglobinemia.

- Sintomas cardíacos - crise de angina, arritmia.- Sintomas hepáticos - relacionados à hepatoxocididade, devem ser

investigados pelas provas de função hepática.- Sintomas hematológicos - pode haver hemólise intravascular,avaliar hemograma e EAS.

Tratamento específico

- Antídoto - azul de metileno - administrar quando não há diferençade GGPDH.

Quando a metahemoglobina estiver acima de 40%, ou quando houversintomas, administrar 0,1 ml/Kg de azul de metileno a 1% via E.V.,num período mínimo de 10 minutos.

Azul de metileno----------------- em dose terapêutica, causa hipertensão, náuseas, mal estar.- em dose elevada (acima de 500 mg), causa: vômitos, diarréia,dor torácica, confusão mental, cianose e sudorese. Podelevar à anemia hemolítica, dias após a administração.

ácido ascórbico---------------- administrar 1 g via E.V. (ação mais lenta na reversão demetahemoglobina).

- analépticos- controle seriado de TGO e TGP- alcalinizar a urina

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 A N I L I N A S (C6 H5 NH2 NO2)

Sinonímia

Nitroanilina.

Características Gerais

Líquido incolor ou marrom pálido, odor perceptível (característicode amina aromático).

Tolerância (valor limite)

4 ppm.

 Absorção

- Via respiratória- Via cutânea e mucosa

Efeitos (sinais e sintomas)

Formação de metahemoglobina por produto intermediário dometabolismo - fenilhidroxilamina.

Sintomas:--------Principais manifestações na intoxicação são:- cianose- icterícia

- Intoxicação aguda (inalação, absorção pela pele, ingestão):----------------------------------------------------------1. Sintomas dependentes do grau de formação de metahemoglobina:

Até 15% Até 40% Até 60% 70% ou mais------- ------- ------- -----------

- cianose - cefaléia - confusão - convulsão- leito ungueal - resp.débil - hipotensão - coma- orelhas - vertigem - letargia - choque- lábios - morte iminente

2. Outros sintomas: 

- icterícia- dor à micção- anemia

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- Intoxicação crônica:-------------------- perda de peso- anemia- fraqueza

- irritibilidade- dermatites vesiculares- ação tóxica sobre o fígado

Tratamento específico

- Ingestão - provocar vômitos ou realizar lavagem gástrica, emseguida administrar carvão ativado.

- Antídoto - nas metahemoglobinemias severas:- azul de metileno - 0,1 mg/Kg em solução glicosada na

proporção de 1% via E.V., lentamente (10 minutos).

- ácido ascórbico (vitamina C) - 1 g via E.V.,lentamente.

- Outras medidas: hemodiálise e exosanguíneo transfusåo.

- Tratamento dos danos hepáticos.

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 A R S _ N I O

Características Gerais

Ação cáustica, apresenta-se sob a forma líquida amarelada e comosólido cristalino e amorfo.

Tolerância (valor limite)

0,5 mg/m3.

 Absorção

- Via respiratória- Via cutânea

- Via digestiva

Efeitos (sinais e sintomas)

Sintomas agudos:---------------Salivação abundante, náuseas, vômitos, sabor metálico, mal-estar,debilidade, febre, prurido, artralgia, dores abdominais, tenesmocom diarréia profusa, polipsia, cãimbras. Pode ocorrercomprometimento cardíaco, renal e hepático.

Sintomas crônicos:-----------------Aumenta a permeabilidade capilar, fragmentação da bainha demielina, infiltração gordurosa do fígado, melodermia (manchascastanhas na pele), hiperqueratose palmo-plantar e epitelioma.Distúrbios neurológicos com impotência, parestesia, neurite,paralisia arsenical e graves atrofias musculares. Hematúria edepressão da medula óssea.

Tratamento específico

- Lavar a pele com água abundante e sabão e acrescentar uma soluçãode hidróxido férrico ou permanganato de potássio.

- Administrar dimercaptol (BAL) - na dose de 3 a 4 mg/Kg de pesopor via I.M., não exceder de 300 mg numa única dose, esquema de 4/ 4 horas no 10 dia; 6 / 6 horas no 20 dia e a partir do 30dia em 8 / 8 horas.

- Lavagem gástrica com água, seguido de purgante salino.

- Manter hidratação venosa com rigoroso balanço hídrico.

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- Dosar o arsênio na urina (acima de 0,2 mg/l sugere intoxicação).

- Controlar sinais vitais.

- Avaliação neurológica.

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B E N Z E N O

Sinonímia

- Hidrofenileto- Benzol

Características Gerais

Líquido incolor, odor aromático característico, vapores maispesados que o ar.

Tolerância (valor limite)

8 ppm ou 24 mg/m3.

 Absorção

- Via respiratória- Via cutânea e mucosa- Via digestiva

Efeitos (sinais e sintomas)

Sinais:------- Via respiratória:----------------- Vapores - irritação respiratória, quando na presença de alta

concentração seguida de tonteira, dor de cabeça,dispnéia, perda da consciência. A morte por colapsocirculatório e parada respiratória pode ocorrer.

- Líquido - edema pulmonar e hemorragia local.

- Via cutânea:------------ Líquido - dermatite de contato. Irritação - mucosa e olhos.

Pode ser absorvido por estas vias.- Via digestiva:-------------- Líquido - irritação local das mucosas, boca, garganta e

esôfago, com colapso bronquite e pneumonia.

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- Sistema hematopoiético:----------------------- Anemia - redução dos glóbulos vermelhos até 20% do normal.

- Leucócitos - leucopenia com grande redução dos polimorfosnucleares.

- Plaquetas - plaquetopenia.

- Medula - normal, hipoplásica ou hiperplásica, leucemia aguda,hemocitoblástica com rápida evolução e morte.

- Olhos:------ Líquido: irritação local, quando em contato com os olhos.

Sintomas:--------

- Intoxicação aguda (inalação ou ingestão):

- Exposição moderada - tonteiras, fraqueza, euforia, cefaléia,náuseas, vômitos, desconforto torácico.

- Exposição severa - visão borrada, tremores, respiraçãosuperficial e rápida, arritmiasventriculares e fibrilação, paralisias,perda da consciência e convulsÕes. Estadode inconsciência pode ser precedido porintensa excitação e delírio. RISCO DE LESÃOHEPÁTICA E RENAL.

- Intoxicação crônica:

- Inalação - os sintomas incluem cefaléia, perda de apetite,nervosismo e palidez. Anemia, petequias esangramento anormal ocorrem após exposição aobenzeno. A anemia pode progredir à completa aplasiada medula. Inalação continuada até o ponto deeuforia tem causado encefalopatia irreversível comataxia, tremores, labilidade emocional e atrofiacerebral difusa.

Tratamento específico

- Lavagem gástrica, administrando laxante salino, tomando cuidadopara evitar aspiração.

- Controlar a excitação ou as convulsÕes com diazepan, via E.V. -0,1 mg/Kg

- Manter repouso absoluto.

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- Monitorizar ECG para detectar arritmias ventriculares, risco deparada cardíaca.

- Contra-indicação - epinefrina e efedrina - risco de fibrilaçãoventricular.

- Anemia - reposição por transfusão.

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BI - HEDONAL

Sinonímia

- 2,4 D (ácido 2,4 - diclorofenoxicoacético)- MCPA (ácido 2, metil-4-clorofenoxiacético)

Características Gerais

Líquido incolor à marrom, com cheiro perceptível.

Tolerância (valor limite)

Correspondente ao grupo organofosforado.

 Absorção

- Via respiratória- Via cutânea- Via digestiva

Efeitos (sinais e sintomas)

Sintomas:--------

Principais sintomas são fraqueza e hipertensão arterial.

- Ingestão - De quantidade próxima à dose letal causa queimação nalíngua, faringe e abdômen; rubor na pele, vômitos, dore fraqueza muscular.Febre ou temperatura baixa, letargia, fraqueza eparalisia de músculos intercostais.

- Pele - Absorção causa fraqueza muscular.

- Urina - Escura após 1 semana (hemoglobinúria).

- S N C - convulsões.- Coração - Choque em intoxicações com doses muito elevadas.

- Distúrbios do ritmo cardíaco.

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Tratamento específico

- Carvão ativado após emese ou lavagem gástrica.

- Catárticos salinos.

- Lidocaína - controle das arritmias cardíacas - 50 a 100 mg - E.V.- 1 a 4 mg/minuto - infusão em S.G. 5% (xilocaína 2%- 60 ml).

- Fenobarbital (gardenal) - controle das convulsÕes.

- Envoltórios gelados - controle da febre.

- Bicarbonato de sódio - 10 a 15 g/dia, enquantohouver hemoglobinúria.

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BUTANOL

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------O butanol na forma de vapor ou líquido é irritante das mucosasdos olhos e dos tratos respiratórios e digestivo e apresenta, nocaso de reabsorção de quantidades maiores, efeito narcótico,atuando sobre o sistema nervoso central. O efeito específico dedistúrbio nos olhos provocado pelo vapor se dá pela formação devacúolos de cerca de 0,05 mm nas camadas média e profunda doepitélio da córnea, que provocam sensação de queimação nosolhos, de presença de corpos estranhos, fotofobia elacrimejamento, sintomas esses que, entretanto, regridem após otérmino do efeito da substância, sem deixar consequências. Airritação das mucosas e dos olhos começa a ocorrer abaixo dovalor MAK, a partir do limite de percepção de cheiro (25 ppm).

O efeito interno se traduz em cefaléia, vertigem, sonolência comsensação acentuada de fraqueza, e sob certas circunstâncias deefeito forçado, respiração lenta e profunda, oligúria,proteinúria, taquicardia e aumento do fígado. A atuação dolíquido sobre a pele provoca queimaduras, especialmente nasunhas dos dedos da mão e entre os dedos.

2. Primeiros socorros------------------Em caso de inalação, ar fresco com liberação das viasrespiratórias. Fazer inalar o mais rápido possível um spray deAuxiloson. Nos casos graves, respiração artificial. Em caso decontato extenso com a pele, despir imediatamente e lavar comágua. Em caso de contato com os olhos, lavar durante algunsminutos com água corrente, mantendo as pálpebras do acidentadobem abertas. Aplicar antes, na medida do possível 1 a 2 gotasde Chibro-Kerakain e, após, colírio Isogutt, cobrindo com gazesolta. Encaminhar imediatamente ao oftalmologista. Em caso deingestão, não provocar vômito e dar bastante água, se possívelcom carvão ativado. Utilizar com laxante sulfato de sódio (1colher de sopa em 1 copo de água) com carvão ativado. Manter etransportar o acidentado deitado de lado em posição estável.

3. Orientação médica-----------------Em caso de ingestão de quantidades maiores, lavagem estomacalcom água, observando as medidas de cautela. Inalação deoxigênio, controle da respiração e da circulação, infusão comlevulose, carbonato hidrogenado de sódio. Nos casos gravesparece interessante tentar a diurese forçada ou a diálise.

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BUTILGLICOL

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------O butilglicol na forma de vapor ou líquido atua como irritantedas mucosas dos olhos e do trato respiratório. É raroacontecerem danos mais profundos pela inalação a temperaturaambiente devido à reduzida volatibilidade. Assim, a pele podeabsorver quantidades de efeito tóxico sem provocar irritaçãopronunciada. Em caso de ingestão, o efeito é claramente tóxico.O butilglicol e seus produtos de decomposição, ácidosbutoxiacéticos atacam, além do fígado e de início os rins. Asconsequências gerais são hemoglobinemia e albuminúria. Ossintomas do efeito dos vapores são irritações dos olhos e dasvias respiratórias, além de cefaléia; nas concentrações maisaltas é possível a ocorrência de efeito narcótico. Em caso de

ingestão: vômitos, cólicas, e posteriormente as manifestações dereabsorção citadas acima. Mantendo-se o valor MAK não hánecessidade de se temer dano à descendência.

2. Primeiros socorros------------------Em caso de ingestão fazer beber bastante água com carvãoativado. Utilizar como laxante sulfato de sódio (1 colher desopa em 1 copo de água). Em caso de contato com os olhos,enxaguar durante alguns minutos com água corrente, mantendo aspálpebras do acidentado bem abertas. Aplicar, se possível, 1 a2 gotas de Chibro-Kerakain antes e colírio Isogutt depois,fechando com gaze solta. Encaminhar ao oftalmologista. Em casode inalação ar fresco, liberar as vias respiratórias. Fazerinalar o mais rapidamente possível spray de Dexamethason (p.ex.Auxiloson). Repouso, aquecimento, eventualmente auxílio àrespiração. Em caso de risco de perda dos sentidos manter etransportar o acidentado deitado de lado em posição estável, emcaso de dispnéia com a cabeça alta.

3. Orientação médica-----------------Tendo ocorrido inalação a níveis de risco aplicar spray de

Dexamethason o mais rapidamente possível (p.ex. Auxiloson),eventualmente oxigênio. Observação e tratamento sintomático(edema pulmonar, broncopneumonia). Em caso de ingestão fazerbeber bastante água com carvão ativado. Eventualmente lavagemestomacal (com carvão ativado), desde que ainda não tenhamaparecido sinais de reabsorção. Utilizar como laxante sulfatode sódio, 2 colheres de sopa em meio litro de água morna. Nãoutilizar sulfato de magnésio. Não fazer infusão de soluções comcálcio e potássio sem controle. Observação das funçõesorgânicas sob risco. Evitar barbitúricos !

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C A R B A M A T O S

Sinonímia

- Carbaril, baygon, carbamult, aprocarb, blattanex, propoxur,methomyl.

Características Gerais

Líquido castanho claro, odor característico, solubilidade variável,inflamável.

Tolerância (valor limite)

Não determinado.

 Absorção

- Via respiratória.- Via digestiva.- Via cutânea.

Efeitos (sinais e sintomas)

- Síndrome neurológico:--------------------

Ansiedade, ataxia, confusão mental, convulsÕes, colapso,depressão dos centros cárdio-respiratórios e coma.

- Síndrome muscular:-----------------Cãimbras, dores musculares, hipertensão arterial passageira.

- Síndrome colinérgico, muscarínico ou parassimpático:---------------------------------------------------Visão borrada, miose, sialorréia, sudorese, broncoespasmo com

aumento de secreções, tosse, vômitos, diarréia, tenesmo, disúria,dispnéia e colapso respiratório.

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Tratamento específico

- Administrar sulfato de atropina por via I.M. ou E.V. de 1 a 6 mg,repetindo a dose a cada 5, 10 ou 30 minutos, até desaparecerem ossintomas e surgir uma leve atropinização (dilatação da pupila,taquicardia, mucosas secas, desaparecimento da sialorréia e da

sudorese).

- Contra-indicações - contration, morfina, aminofilina etranqüilizantes.

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CARBONATO DE SÓDIO

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------Nas condições normais dos ambientes de trabalho não é de seesperar envenenamento. Os níveis presentes no sangue só começama apresentar risco de vida quando absorvidos por via oral emgrandes quantidades, acima de cerca de 15 g. Na absorçãosistêmica ocorrem eventualmente os sintomas tóxicos dahipercalemia. Grande predisposição a infecções.

2. Primeiros socorros------------------Lavar bem a área de pele atingida com água. Colocar curativoque não provoque irritação. Retirar os respingos dos olhos com

água corrente com solução fisiológica de NaCl durante algunsminutos mantendo as pálpebras do acidentado bem abertas. Sepossível, retirar com cuidado, antecipadamente, as partículasmenores dos olhos com o auxílio de um pincel fino. Enviar aooftalmologista.

3. Orientação médica-----------------No caso de ingestão não provocar vômito de imediato, e sim fazerbeber bastante água e tão logo quanto possível administrar sucode limão ou vinagre diluídos (2 colheres de sopa em um copo deágua), vinho (tinto) azedo ou leite com ovos, optando pelo quese possa conseguir mais rapidamente. Lavagem estomacalcuidadosa (com os mesmos produtos) mantendo as cautelas usuais,nos primeiros 15 minutos após a ingestão. Depois desse períodoa lavagem passa a ser fortemente contraindicada (risco deperfuração). Descanso, aquecimento, manter livres as viasrespiratórias. No caso da inalação de grandes quantidades denévoa da substância ar fresco e fazer inalar imediatamente vaporde água ou de água com vinagre. Eventualmente oxigênio(administrar por meio de solução de ácido acético a 7%) fazendoinalar durante cerca de meia hora. Observação das funçÕescirculatória e pulmonar e do equilíbrio ácido-base.

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CICLOHEXANONA 

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------A ciclohexanona apresenta efeito irritante localizado sobre apele e olhos. No caso de inalação de grandes quantidades devapor atua como narcótico, descrevendo-se nos casos gravesvertigens, vômitos, sensação de vertigens e de angústia,cefaléias, estado de embriaguez, danos ao fígado e aos rins. Ocontato regular com a pele leva ao desengorduramento e secagemda pele, com risco de inflamação. Havendo contato prolongadocom os olhos há risco de catarata.

2. Primeiros socorros------------------

Lavar bem a pele/mucosa atingida com água e eventualmente comsabão. Dependendo do caso colocar gaze solta. Em caso decontato com os olhos enxaguar durante alguns minutos com águacorrente mantendo as pálpebras do acidentado bem abertas.Aplicar antes na medida do possível 1 a 2 gotas de Chibro-Kerakain e após colírio Isogutt, fechando com gaze solta.Encaminhar ao oftalmologista. Em caso de inalação, ar fresco,liberar as vias respiratórias. Fazer inalar o mais rapidamentepossível spray de Dexamethason (p.ex. Auxiloson). Repouso,aquecimento, eventualmente auxílio à respiração. Transportarpara o médico, em caso de dispnéia sentado com a cabeça alta.

3. Orientação médica-----------------Em caso de ingestão cuidado com os vômitos e lavagens estomacais(risco de aspiração). Fazer beber repetidas vezes bastante águacom carvão ativado e sulfato de sódio. Em caso de inalação arfresco, utilizar o spray de Auxiloson o mais depressa possível.No mais, tratamento sintomático. Controlar especialmente oequilíbrio ácido-base. Controle da reserva de alcalis.

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CICLOHEXILAMINA 

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------A ciclohexilamina funciona em princípio como um líquidofortemente corrosivo da pele e mucosas. Os olhos passam porgrande risco. O cheiro forte e a reação rápida com o dióxido decarbono do ar formando carbonato insolúvel diminui bastante aschances da absorção de doses perigosas pela respiração. Sehouver inalação compulsória de altas doses, estas atuarão comoforte irritante das vias respiratórias, bem como provocandoconvulsÕes nos centros motores da medula espinal e da medulaoblongata. Náusea durante horas. A reabsorção pela pele não éperigosa do ponto de vista sistêmico. A ingestão é bastanteinibida pelo gosto fortemente amargo mesmo em soluções diluídas.

2. Primeiros socorros------------------Lavar imediata e continuamente a área de pele atingida com águae cobrir com gaze esterilizada. Em caso de contato os olhosenxaguar com água corrente durante alguns minutos, mantendo aspálpebras do acidentado bem abertas. Aplicar antes se possível1 a 2 gotas de Chibro-Kerakain e após colírio Isogutt, fechandocom uma gaze solta. Encaminhar imediatamente ao oftalmologista.Em caso de inalação, inclusive de gases de queima, ar fresco eeventualmente aplicar o mais depressa possível um spray deDexamethason (p.ex. Auxiloson). Repouso absoluto. Oxigênio.Em caso de vômitos colocar a cabeça do acidentado em posiçãolateral. Em caso de risco de perda dos sentidos manter etransportar o acidentado deitado de lado em posição estável, emcaso de dispnéia com a cabeça alta.

3. Orientação médica-----------------Em caso de inalação combate à tosse. Como profilático contra oedema pulmonar utilizar o mais depressa possível spray deDexamethason. Durante o tempo de latência altas doses dePrednisolon por via endovenosa. infusões de um total de cercade 0.5 THAM/Kg. Repouso absoluto, aquecimento. Profilaxia das

infecçÕes. Liberar as vias respiratórias por aspiração.Oxigênio. Tratar os ferimentos da pele como queimadurasalcalinas. Em caso de ingestão há risco de perfuração. Fazerbeber bastante água, de preferência água mineral ácida.Administrar sulfato de sódio como laxante. A ocorrência deconvulsÕes é indício de absorção de doses muito altas -transportar imediatamente para um centro de desenvenenamento.

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C L O R A L

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------A intoxicação pelo cloral é praticamente impossível, porquequando em contato com os líquidos do corpo forma-seimediatamente o cloralhidrato, conhecido como tóxico nervoso(hipnótico). O efeito é de forte irritante das mucosas. Ossintomas são: coceira na garganta, retardamento da respiração,vômitos, baixa da pressão arterial, pulsação fraca, dilataçãodas pupilas, tontura, perda dos sentidos, paralisação darespiração. A dosagem interna de 0,9 - 12 g é letal.Possibilidade de criação de hábito.

2. Primeiros socorros

------------------Liberação das vias respiratórias; se a respiração espontâneafor insuficiente, utilizar respiração artificial, de preferênciacom intubação e balão de oxigênio. A parte da pele atingidadeve ser lavada imediatamente com sabão e água abundante. Paraos respingos nos olhos, lavar os olhos durante alguns minutoscom água corrente, mantendo as pálpebras do acidentado bemabertas.

3. Orientação médica-----------------Após aplicação de oxigênio ao sistema respiratório, diureseosmótica, terapia da circulação, controle da temperatura,hemodiálise conforme o caso. Em caso de ingestão provocarvômito imediato e/ou administrar emético, bem como administraçãode sulfato de sódio e carvão ativado. Não fazer lavagemestomacal ou profilaxia de infecção. Em caso de enfraquecimentocardíaco, administrar Strophantin. No mais tratamentosintomático.

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CLORATO DE COBRE

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------Forte irritante das mucosas em caso de aspiração da névoa dasolução ou de ingestão. No caso da absorção por via oralassociam-se os efeitos do íon clorato. Ocorre metahemoglobina ehemólise. Dentro de uma hora após a ingestão ocorrem osseguintes sintomas: vômitos, náuseas, dores de estômago,diarréia, cianose que vai progredindo pouco a pouco, falta dear; taquicardia, colapso, simultaneamente com convulsÕes, perdados sentidos, anúria, uremia; icterícia hemolítica com aumentodo fígado e do baço.

2. Primeiros socorros

------------------Lavar a área de pele atingida com água abundante e sabão. Tirarimediatamente toda a roupa atingida. Atenção: existe risco deincêndio ! Lavar os olhos durante alguns minutos retirando osrespingos com água corrente mantendo as pálpebras do acidentadobem abertas. O acidentado deve ser mantido e transportadodeitado de lado em posição estável.

3. Orientação médica-----------------Administrar imediatamente água ou leite por via oral e provocarvômitos sucessivos; em todos os casos deverá ser feita lavagemestomacal observando as medidas usuais de cautela com umasolução de bicarbonato de sódio a 5%. Utilizar como laxantesulfato de sódio (2 colheres de sopa/ 1/2 litro de água morna).Quanto ao mais aplicar tratamento sintomático. Para asmetahemoglobinas graves balão de oxigênio, transfusão para trocade sangue (sem sangria), diurese, administração abundante delíquidos levemente alcalinos. Evitar a administração semcontrole das soluçÕes potássicas; com o azul de metileno 1-2mg/Kg por via endovenosa consegue-se apenas uma melhoratemporária. Cuidado com álcool e opiatos. Repouso absoluto.

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CLORETO DE BENZOÍLA 

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------A aspiração provoca forte irritação das vias respiratórias, quechega a atingir níveis mais profundos devido à hidrólise lenta,podendo levar a edema pulmonar nos casos de duração maisprolongada. Demonstrou-se que 2,4 ml de vapor por metro cúbicode ar já é uma quantidade insuportável para o ser humano apartir de 1 minuto de exposição. Inicialmente aparece uma tosseconvulsiva, que se segue de dispnéia após uma latência dealgumas horas. As porções de pele ou mucosa úmidas atingidaspelo líquido, como p.ex. os olhos, apresentam dores muito fortese apresentam crostas de ferida típicas de corrosão. O ataque àpele seca é mais lento. A ingestão é muito difícil de ocorrerdevido ao cheiro forte, mas levaria a gravíssimas corrosões das

mucosas.

2. Primeiros socorros------------------Lavar a pele atingida com água e sabão. Em caso de contato comos olhos lavar com água corrente durante alguns minutos com aspálpebras bem abertas, aplicando se possível antes 1 a 2 gotasde Chibro-Kerakain e após colírio Isogutt, cobrindo os olhos comuma gaze solta. Em caso de inalação ar fresco, liberação dasvias respiratórias. Fazer inalar o mais depressa possível umspray de Dexamethason (p.ex. Auxiloson). Repouso, aquecimento,se necessário respiração artificial. Em caso de perigo de perdados sentidos conservar e transportar o acidentado deitado delado em posição estável.

3. Orientação médica-----------------No caso de aspiração continuar o tratamento com o Dexamethason.Durante o tempo de latência administrar doses altas dePrednisolon a título profilático por via endovenosa,acrescentando InfusÕes de um total de cerca de 0,5 g THAM/Kg.No mais tratamento sintomático. Proteger contra infecçÕes. Nocaso de tosses fortes determinadas pela irritação administrar

codeína. Manter as vias respiratórias livres por aspiração.Morfina somente em doses pequenas! Debelar o espessamento dosangue pela administração oral de líquidos ou por clister seco,sem entretanto utilizar outras InfusÕes endovenosas.Administrar oxigênio.

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CLORETO DE CIANURILO

Características Gerais

É incolor e cristalino, com cheiro muito ativo e penetrante. Empresença de umidade o cloreto de cianurilo se hidrolisa formandoácido clorídrico.

 Absorção

- Via respiratória- Via digestiva- Via cutânea

Efeitos (sinais e sintomas)

Provoca lacrimejamento e intensa irritação do trato respiratório.Tem ação corrosiva sobre os tecidos e no trato gastrointestinal.A excessiva inalação pode provocar EDEMA DE PULMÃO.

Quadro clínico:--------------Lacrimejamento, congestão ocular, dificuldade respiratória e tosse.Produz irritação da pele com formação de bolhas.

Tratamento específico

- Ingestão - Não induzir ao vômito.- se intoxicado estiver consciente, dar bastante água.

- lavagem gástrica, antes da 1a hora da ingestão,passando a sonda devagar para evitar perfuração edeverá ser feita com água - 250 ml por vez.

- Morfina - 5 a 10 mg, via E.V.

- Traqueotomia, se necessário.

- Controlar PVC, PA, diurese e eletrólitos.- Estar alerta para: hemorragia gastrointestinal, peritonite e

perfuração gastrointestinal.

- Gastrostomia, se necessário.

- Corticosteróide.

- Tratar edema agudo do pulmão.

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CLORETO DE ETILENO 1,2

1. Características dos efeitos e toxicidade----------------------------------------O 1,2-cloreto de etileno demonstrou-se cancerígeno emexperimentos realizados com animais em condiçÕes comparáveis àsdo ambiente industrial. A aspiração provoca uma sucessão típicade efeitos em fases com irritação das mucosas e, com quantidadesmaiores, agitação psicomotora seguida de coma com paralisaçãorespiratória. Após algumas horas de latência aparecem vômitostípicos, difíceis de acalmar, freqüentemente acompanhados decólicas abdominais. Após cerca de 24 horas de latência aparecemsinais de danos renais e hepáticos com proteinúria, hematúria,oligúria, anúria e icterícia. Em caso de ingestão ocorremtambém diarréias e hipovolemia com taquicardia e cianose das

mucosas.

2. Primeiros socorros------------------Em caso de ingestão, administrar imediata e repetidamente aoacidentado água abundante, eventualmente com carvão ativado.Dar como laxante sulfato de sódio (1 colher de sopa em 1 copo deágua). Em caso de contato com os olhos lavá-los durante algunsminutos com água corrente mantendo as pálpebras do acidentadobem abertas. Na medida do possível aplicar antes da lavagem 1 a2 gotas de Chibro-Kerakain e após a lavagem colírio Isogutt,cobrindo os olhos com gaze solta. Encaminhar ao oftalmologistapara tratamento. Em caso de inalação ar fresco, liberar as viasrespiratórias, introduzindo na aspiração um spray deDexamethason (p.ex. Auxiloson). Repouso, aquecimento,eventualmente respiração artificial. No caso de risco de perdados sentidos manter e transportar o paciente deitado de lado emposição estável, e em caso de falta de ar sentado com a cabeçaalta.

3. Orientação médica-----------------A observação clínica e tratamento intensivos são necessários em

todos os casos. Quando o atendimento for precoce, eliminação doveneno. No caso de envenenamento por via oral administrarimediatamente óleo de parafina (3-5 ml/Kg) e, em seguida,lavagem do estômago com água. Não administrar leite, óleo derícino, álcool ou catecolamina (risco de fibrilaçãoventricular!).

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CLORETO DE METILA 

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------O cloreto de metila atua, nas concentraçÕes baixas, através domonóxido de carbono que se forma no corpo. No decorrer de umaexposição contínua de 8 horas na faixa MAK observa-se um aumentoaproximadamente linear do nível de COHb, que só sofre alteraçõesem relação às condiçÕes de exposição com grande retardo. 200ml/m3 (antigo valor MAK) produzem mais de 5% de COHb com umainalação de 8 horas. As concentraçÕes agudas, de acima de 500ml/m3 tem efeito sedante pré-narcótico, enquanto que asconcentraçÕes muito altas tem efeito narcótico, provocando edemapulmonar dependendo das circunstâncias. observaram-se tambémedemas cerebrais. Existe suspeita fundada de potencialcancerígeno, observando-se em ensaios realizados com animais que

o aparecimento de inflamações parece ser a causa que deflagra ostumores. Tendência identificável de dano à descendência, semque tenha sido possível estabelecer uma classificação clara atéo momento.

2. Primeiros socorros------------------Em caso de efeito por via externa retirar toda a roupa atingidae lavar imediatamente a área de pele atingida com sabão e águaabundante, aplicando creme gorduroso para a proteção da pele.Em caso de contato com os olhos, em primeiro lugar soprar com aspálpebras bem abertas para a evaporação do líquido. Isto feito,lavar os olhos durante alguns minutos com água corrente mantendoas pálpebras bem abertas e colocar atadura solta. Encaminhar aooftalmologista. Em caso de inalação ar fresco e liberação dasvias respiratórias. Fazer aspirar o mais depressa possível umspray de Dexamethason (p.ex. Auxiloson). Repouso, aquecimento,respiração artificial conforme o caso. Transportar o acidentadopara receber cuidado médico, sentado com a cabeça alta em casode problema de respiração. Informar ao médico e à clínica adesignação do material perigoso e encaminhar eventualmente umaamostra do material com maiores informações.

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3. Orientação médica-----------------Em caso de ingestão tomar cuidado com os vômitos e a lavagemestomacal (risco de aspiração). Fazer ingerir doses repetidasde água abundante com sulfato de sódio e bastante carvão ativado(2 colheres de sopa para 1/4 de litro de água). É possível

administrar alternativamente óleo de parafina (3 ml/Kg de pesocorporal) com carvão ativado. Não administrar óleo de rícino,leite e álcool. Eventualmente balão de oxigênio, terapia deproteção do fígado, apoio da respiração e da circulação (cuidadocom adrenalina e derivados).

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C L O R O

Sinonímia

Não existe.

Características Gerais

Substância muito irritante, amarelo-esverdeado, característico easfixiante. Quando comprimido, se liquefaz e forma soluçãocorrosiva em contato com a água.

Tolerância (valor limite)

5 ppm.

 Absorção

- Via respiratória.- Via cutânea e mucosa.

Efeitos (sinais e sintomas)

- Via respiratória:----------------Deve-se mencionar ainda que a exposição à baixas concentraçÕesprovocam sensação de queimadura nos olhos, nariz e garganta e,algumas vezes, dores de cabeça. Pode também ocorrer ruborizaçãoda face, lacrimejamento, tosse e perda da voz e ainda osangramento do nariz, junto com aparecimento do catarrosanguinolento.A inalação de altas concentraçÕes de cloro afeta o tratorespiratório inferior e superior, produzindo eventualmente edemapulmonar. Ocorre sensação de sufocamento, constrição do peito efechamento da garganta, sendo que a morte pode ocorrer porsufocamento.

- Via cutânea e mucosa:--------------------Os vapores são irritantes para os olhos, podendo levar àqueimadura. Possui também ação cáustica e necrosante.O cloro líquido provoca grave irritação e formação de bolhas napele.

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Na exposição profissional aguda:-------------------------------- Via respiratória - tosse, sufocamento, cefaléia, tontura e

fraqueza. Após 6 horas de latência, apareceedema pulmonar com compressão do tórax, faltade ar, tontura, catarro espumoso e cianose.

Os sinais físicos associados são estertoresúmidos, pressão sanguínea baixa e pulso cheio.Podem aparecer alteraçÕes pulmonares crônicos(fibrose) e seqüelas funcionais.

- Pele - O acidentado queixa-se de dor intensa e apresentacoloração marrom ou amarelada da epiderme. A queimadurapenetra usualmente em todas as camadas da pele, com bordasnitidamente definidas, curando lentamente com a formaçãode cicatriz.

- Olhos - O acidentado pode apresentar edema conjuntival edestruição da córnea com dor, lacrimejamento e fotofobia.

Na exposição profissional crônica:---------------------------------Bronquite crônica, lesões cutâneas (cloroacne); pode queixar-se dedistúrbios oculares, devido à conjuntivite, queralite e blefarite;apresentam alteraçÕes dentárias com abrasão do esmalte e dentina.Queixa de distúrbios digestivos como anorexia, azia e vômitos;distúrbios gerais, como cefaléia e vertigens. Eventualmentepalidez e anemia.

Tratamento específico

- Pele - não usar antídotos - o calor liberado na reação podeaumentar a lesão.

- Olhos - não usar antídotos químicos.- aplicar curativos estéreis sem qualquer medicação ealiviar a dor pela administração sistêmica de analgésicos.

- Tratar o estado de choque e o edema pulmonar.

- Usar antibióticos em infecçÕes broncopulmonares.

- Reposição hídrica em caso de vômitos.

- Estar atento para parada cárdio-respiratória.

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CLOROFORMIATO DE ETILA 

Sinonímia

- Clorocarbonato de etila- Etil cloroformiato- Etil clorocarbonato- Etil clorometanoato

Características Gerais

Altamente tóxico, líquido claro, incolor, de cheiro penetrante.Inflamável - ponto de fulgor: 16oC.Vapor facilmente inflamável, mais pesado que o ar, produz nacombustão vapores venenosos (ester etílico de cloro, ácido fórmico,fosgênio e ácido clorídrico).

Reage lentamente com água, umidade e vapor d'água formando ácidoclorídrico, CO2 e etanol. O ácido clorídrico pode corroer orecipiente e dispersar o éster.Solúvel em álcool absoluto, éter, clorofórmio e benzol.

 Absorção

- Via respiratória- Via cutânea e mucosa- Via digestiva

Efeitos (sinais e sintomas)

Sinais:------- Pele - o líquido provoca forte causticação.

- Mucosas - o líquido provoca forte causticação.- o vapor causa irritação e corrosão.

- Respiratório - os vapores podem levar à edema pulmonar,causticação e irritação severa.

- Olhos - o contato com vapores provoca irritação e corrosão, emcontato com o líquido, a lesão é mais severa.

Sintomas:--------- Pele, mucosas e olhos - lacrimejamento, ardência nas mucosas e

pele, vômitos.

- Respiratório - falta de ar - ardência nas mucosas nasais e dagarganta. Pode levar ao coma.

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Tratamento específico

- Prednisolona - administrar durante período latente,profilaticamente - 150 a 300 mg - via E.V.

- Hortocortin 25 mg - 6 a 12 ampolas.

- Solução injetável prednisolona apsen - 500 mg - diluída em 10 ml- aplicar 3 a 6 ml.

- Profilaxia anti-infecciosa - antibióticos largo espectro.

- Morfina - utilizar em doses mínimas.

- Não fazer hidratação venosa - utilizar via oral ou retal porclister gota/gota 25 mg prednisolona = 100 mg hidrocortisona =3,75 mg dexametasona.

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CLORONITROBENZENO

Sinonímia

Três isômeros: orto, meta, para-nitroclorobenzeno.

Características Gerais

Orto é um líquido amarelo e outros são cristais amarelados; odoraromático.

Tolerância (valor limite)0,5 ppm - 3 mg/m3.

 Absorção

- Via respiratória- Via digestiva- Via cutânea

Efeitos (sinais e sintomas)

Irritação dos olhos, nariz e garganta; dor de cabeça; vertigem;síncope; dispnéia, cianose, anemia e formação de corpúsculos deHeinz; hematúria, hemoglobinúria, cilindrúria; náuseas, vômitos,contrações abdominais; sonolência; excitação e alucinação;debilidade muscular e incoordenação; dermatites alérgicas; dortorácica; formação de metahemoglobina; anemia hemolítica;depressão do SN e alérgeno.

Tratamento específico

- lavagem gástrica, seguido de purgante salino.

- determinar grau de metahemoglobinemia a cada hora, até aestabilização.

- Azul de metileno não é recomendado, a menos que o nível de

metahemoglobina esteja acima de 40%, usar a solução de azul demetileno a 1%, numa dose de 1 mg/Kg, por via E.V., repetir em 1hora, mas não deve exceder a dose total de 7 mg/Kg.

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- Oxigênio hiperbárico.

- Transfusão sanguínea.

- Exsanguineo.

- Hemodiálise.

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C R E S O L

Sinonímia

Três isômeros, orto, meta, para-ácido cresílico, cresilol,metilfenol.

Características Gerais

Líquido amarelo, odor fenólico, corrosivo.

Tolerância (valor limite)

5 ppm - 22 mg/m3.

 Absorção

- Via respiratória- Via digestiva- Via cutânea

Efeitos (sinais e sintomas)

Agudo:-----Necrose conjuntival e de córnea; queimadura severa na pele, comempalidecimento precoce das áreas de contato; se ingerido, provocacorrosão da boca, garganta e trato gastrointestinal, com perfuraçãodo intestino, choque e colapso.Dispnéia, cianose, tosse, edema pulmonar, cefaléia, vertigem,debilidade, sudorese, tremores, convulsÕes, coma.Oligúria e anúria, hematúria, hemoglobinúria, choque, acidose,acidose metabólica, sensibilidade, estimulação seguida de depressãodo SNC, danos no fígado e rim, ingestão pode resultar em hemóliseintravascular e metahemoglobinemia.

Crônico:

-------Exposição crônica pode produzir sintomas quase semelhantes dofenol, e contato prolongado da pele pode resultar em ocronose.

Tratamento específico

- Irrigar os olhos e lavar as áreas do corpo contaminadas com umamistura de polietilenoglicol 300 (PEG 300 - ims - 2:1 de volume)ou preparação similar, que tenha absorção de componente fenólico.

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- Tratar acidose, choque e convulsÕes.

- Controlar equilíbrio eletrolítico.

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DIACETONA ÁLCOOL

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------A diacetona álcool funciona primariamente como irritante dasmucosas, principalmente dos olhos. A irritação começa a cercade 100 ppm. Devido a esse efeito de advertência somente em casode acidente ocorrem danos graves por efeito narcótico. Forteirritação das vias respiratórias e eventualmente paradarespiratória. Até agora não se observaram danos crônicos àsaúde. Danos sistêmicos ao fígado e rins, bem como anemia, atéagora só se evidenciarem em experimentos realizados com animais.

2. Primeiros socorros------------------

Em caso de inalação ar fresco, liberar as vias respiratórias.Fazer inalar o mais rapidamente possível spray de Dexamethason(p.ex. Auxiloson). Repouso, aquecimento, eventualmente auxílioà respiração. Havendo risco de perda dos sentidos manter etransportar o paciente deitado de lado em posição estável, emcaso de dispnéia com a cabeça alta. em caso de contato com osolhos enxaguar durante alguns minutos com água corrente mantendoas pálpebras do acidentado bem abertas. Aplicar antes na medidado possível 1 a 2 gotas de Chibro-Kerakain e após colírioIsogutt, fechando com gaze solta. Encaminhar ao oftalmologista.Em caso de ingestão dar imediata e repetidamente bastante água,se possível com carvão ativado. Utilizar como laxante sulfatode sódio (1 colher de sopa em um copo de água) com bastantecarvão ativado. Não dar óleos graxos ou leite em hipótesealguma.

3. Orientação médica-----------------Em caso de ingestão cuidado com vômitos e lavagem estomacal(perigo de aspiração!). Administrar bastante água com carvãoativado repetidas vezes e por fim sulfato de sódio (2 colheresde sopa em 1/4 de litro de água). óleo de rícino e leite sãocontraindicados. No caso da inalação de grandes quantidades arfresco, spray de Auxiloson e eventualmente respiração artificial

com oxigênio. No mais tratamento sintomático, dar atençãoparticular ao controle do nível ácido-base. Profilaxia dasinfecçÕes.

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DICLOROBENZIDINA 

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------É altamente provável que a substituição com o cloro de àdiclorobenzidina uma liposolubilidade maior do que a dabenzidina; os experimentos realizados com animais temdemonstrado um efeito cancerígeno semelhante ao da benzidina,embora a tendência à formação de metahemoglobina sejasignificativamente mais reduzida. Podem ocorrer efeitosalérgicos. A reabsorção pela pele é o fato mais importante notrato com o material. O aumento da temperatura ambiente e daumidade do ar aumentam a velocidade de reabsorção. O pó podeser absorvido, também, pelas vias respiratórias ou pelaalimentação contaminada, podendo trazer dano às vias urinárias.

2. Primeiros socorros------------------Lavar bem a pele atingida com água e sabão e em caso denecessidade enxaguar com vinagre ou solução de ácido acético a5% aproximadamente. Não utilizar álcool!

3. Orientação médica-----------------Em caso de inalação ar fresco, auxílio à respiração, oxigênio.Em caso de ingestão fazer beber repetidamente grandesquantidades de água e vomitar; lavagem estomacal com cuidadotomando as cautelas necessárias. utilizar como laxanteParaffinum subliquidum (aprox. 3 ml/Kg) e sulfato de sódio (1colher de sopa em 1/4 de litro de água morna); carvão ativado.Evitar álcool e leite. No mais tratamento sintomático (o maisimportante é a profilaxia). Pesquisa regular da urinaverificando a presença de glóbulos vermelhos, exame anual dabexiga. Alerta em caso de reação cromática da urina comcloroamina. Limite de alerta 0,1 ppm.

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DICLORVOS

Sinonímia

- DDVP- Dimetil-2,2-diclorovinil fosfato

Características Gerais

Líquido incolor a marrom, cheiro imperceptível.

 Absorção

- Via respiratória- Via cutânea

- Via mucosa

Efeitos (sinais e sintomas)

Inibição da colinesterase.

Sintomas:--------Pequenas exposições múltiplas podem apresentar efeito cumulativo.

BENIGNOS MODERADOS GRAVES-------- --------- ------cefaléia vômitos cianoseanorexia e náuseas cólicas/diarréia edema pulmonardebilidade sialorréia arreflexiavertigem lacrimejamento perda do controle devisão turva sudorese esfínctermiose dispnéia convulsÕes

bradisfigmia comatremores parada cardíacacontr.musculares choqueataxia insuf.respiratória

Tratamento específico- Atropina - 1 a 6 mg E.V. de 5 a 30 minutos, em 30 minutos, até

indicarem sinais de atropinização.

- Oxima - iniciar 5 minutos após a atropina e 36 a 48 horas apósocorrido o acidente.

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- Contrathion - aplicar 400 mg E.V. (2 amp) dissolvidos em 20 ml deágua destilada ou solução fisiológica 0,9%,lentamente (+/- 1 ml/minuto).

- repetir 200 mg E.V. (1 amp) após 10 minutos.- se necessário, repetir 200 mg E.V., de 6 em 6

horas, até completar a dose de 1 g (5 amp).

- Toxogin - aplicar 250 mg E.V., se obtiver resposta satisfatória.- aplicar 250 mg E.V., após 10 minutos e mais 1 ou 2vezes com intervalos de 2 horas.

- dose máxima - 3 a 5 mg/Kg.

- Lavagem gástrica - 200 mg de solução fisiológica 0,9%, até sairlimpa.

- não dar óleo, leite ou alimentos gordurosos.

- Contra-indicação - morfina.- teofilina (aminofilina)- tranqüilizantes

- fenotiazinas (migristen, neuleptil, toplexil)- reserpina

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DICROMATO DE POTÁSSIO

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------O pó de cromato não ataca a pele onde não houver solução decontinuidade, mas nos locais onde houver os menores ferimentosaparecem ulcerações em forma de furo que se ampliam e que são dedifícil cura. A aspiração do pó provoca catarro e necrose damucosa nasal com a formação de furos característicos no septonasal em caso de ação prolongada durante alguns meses. Nosolhos ocorrem conjuntivites. Nas pessoas sensíveis o cromatoleva com relativa facilidade à sensibilização e a reaçõesalérgicas (eczema de contato, urticária). É possível osurgimento de tumor maligno no pulmão (câncer pulmonar docromato) como consequência do efeito crônico do pó de cromatosobre a mucosa brônquica, efeito esse que parece ficar

acentuadamente reforçado pela ação dos cigarros fumados no mesmoperíodo. A absorção de doses de dicromato de potássio da ordemde gramas, seja da substância pura seja em solução provocamrapidamente dores abdominais, tonturas e vômitos de coramarelada a esverdeada, podendo também ocorrer sangue. O choquepode levar rapidamente à morte (dose letal por aprox. 6-8 g).As quantidades menores provocam dores gastrointestinaisfreqüentes e diarréias que podem apresentar sangue e catarro nasfezes. Aparece sangue na urina. A anemia e a uremia podemacabar por levar à morte.

2. Primeiros socorros------------------Em caso de contato com a pele lavar bem imediatamente com água esabão e enxaguar com leite. Limpar cuidadosamente todas asferidas, mesmo as menores, e cobrir com unguento. Retirarimediatamente o pó dos olhos com água corrente mantendo aspálpebras do acidentado bem abertas. No caso de ingestão, mesmoque das menores quantidades, dar bastante água e tão logo quantopossível leite, fazendo vomitar. Manter livres as viasrespiratórias. Manter e transportar o acidentado deitado delado em posição estável.

3. Orientação médica-----------------Em caso de ingestão fazer beber bastante leite e provocarvômitos, fazendo em todos os casos lavagem estomacal com ascautelas usuais (acrescentar leite, hidrato de magnésia a 10%);

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administrar então leite com ovos (4-5 ovos crus em 1/4 a 1/2litro de leite), hidrato de magnésio e/ou carvão ativado (1 - 2colheres de sopa de cada). Nos casos de risco iniciar o maisdepressa possível diurese forçada e/ou hemodiálise. Proteçãocontra infecçÕes. No mais tratamento sintomático. Tratamentodo sistema circulatório ou de choque e terapia da dor, controle

e correção da quantidade de água e de eletrólitos. Em caso denecessidade trocar o sangue por transfusão.

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DICROMATO DE SÓDIO

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------O pó de cromato não ataca a pele onde não ataca a pele onde nãohouver solução de continuidade, mas nos locais onde houver osmenores ferimentos aparecem ulceraçÕes em forma de furo que seampliam e que são de difícil cura. A aspiração do pó provocacatarro e necrose da mucosa nasal com a formação de furoscaracterísticos no septo nasal em caso de ação prolongadadurante alguns meses. Nos olhos ocorrem conjuntivites. Naspessoas sensíveis o cromato leva com relativa facilidade àsensibilização e a reaçÕes alérgicas (eczema de contato,urticária). É possível o surgimento de tumor maligno no pulmão(câncer pulmonar do cromato) como consequência do efeito crônicodo pó de cromato sobre a mucosa brônquica, efeito esse que

parece ficar acentuadamente reforçado pela ação dos cigarrosfumados no mesmo período. A absorção de doses de dicromato desódio da ordem de gramas, seja da substância pura seja emsolução provocam rapidamente dores abdominais, tonturas evômitos de cor amarelada a esverdeada, podendo também ocorrersangue. O choque pode levar rapidamente à morte (dose letal poraprox. 6-8 g). As quantidades menores provocam doresgastrointestinais freqüentes e diarréias que podem apresentarsangue e catarro nas fezes. Aparece sangue na urina. A anemiae a uremia podem acabar por levar à morte.

2. Primeiros socorros------------------Em caso de contato com a pele lavar bem imediatamente com água esabão e enxaguar com leite. Limpar cuidadosamente todas asferidas, mesmo as menores, e cobrir com unguento. Retirarimediatamente o pó dos olhos com água corrente mantendo aspálpebras do acidentado bem abertas. No caso de ingestão, mesmoque das menores quantidades, dar bastante água e tão logo quantopossível leite, fazendo vomitar. Manter livres as viasrespiratórias. Manter e transportar o acidentado deitado delado em posição estável.

3. Orientação médica-----------------Em caso de ingestão fazer beber bastante leite e provocarvômitos, fazendo em todos os casos lavagem estomacal com ascautelas usuais acrescentar leite, hidrato de magnésia a 10%);

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administrar então leite com ovos (4-5 ovos crus em 1/4 a 1/2litro de leite), hidrato de magnésia e/ou carvão ativado (1 - 2colheres de sopa de cada). Nos casos de risco iniciar o maisdepressa possível diurese forçada e/ou hemodiálise. Proteçãocontra infecçÕes. No mais tratamento sintomático. Tratamentodo sistema circulatório ou de choque e terapia da dor, controle

e correção da quantidade de água e de eletrólitos. Em caso denecessidade trocar o sangue por transfusão.

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DIETILENO GLICOL

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------O dietileno glicol atua, como muitos álcoois, como depressivo dosistema nervoso central e atacando claramente os rins e o fígadopelo ácido oxálico que se forma no corpo como resultado da suadecomposição. As indicações sobre a sua toxicidade que seencontram na literatura específica não são coincidentes. Dada abaixa pressão do seu vapor e da ausência de reabsorção pela peleos efeitos de dano à saúde só podem ocorrer, em ambienteindustrial, mediante a não observância de todas as normas desegurança e somente pela inalação prolongada de névoa, após umalatência de meia a algumas horas, ou pela ingestão dasubstância. Os sintomas agudos incluem cefaléias, embriaguez,sensação de sono até a perda dos sentidos e distúrbios

gastrointestinais. Os vapores do líquido a temperaturas muitoelevadas, bem como a névoa pulverizada irritam, raramente, asmucosas do sistema respiratório, enquanto que a sua inalaçãorepetida e prolongada pode levar a nefropatias crônicas.

2. Primeiros socorros------------------Em caso de ingestão dar imediata e repetidamente bastante água,eventualmente com carvão ativado. Dar como laxante sulfato desódio (1 colher de sopa em 1 copo de água). Em caso de contatocom os olhos lavar com água corrente durante alguns minutos comas pálpebras bem abertas, aplicando se possível antes 1 a 2gotas de Chibro-Kerakain e após colírio Isogutt, cobrindo osolhos com uma gaze solta. Encaminhar ao oftalmologista. Emcaso de inalação ar fresco, liberação das vias respiratórias.Fazer inalar o mais depressa possível um spray de Dexamethason(p.ex. Auxiloson). Repouso, aquecimento, se necessáriorespiração artificial. Em caso de perigo de perda dos sentidosconservar e transportar o acidentado deitado de lado em posiçãoestável, em caso de dispnéia mantendo-o com a cabeça alta.

3. Orientação médica-----------------

Em caso de ingestão administrar imediata e repetidamentebastante água com bastante carvão ativado, em caso denecessidade lavagem estomacal (acrescentando permanganato depotássio e carvão ativado). Utilizar como laxante sulfato desódio (2 colheres de sopa em 1/2 litro de água). Aplicarsolução de levulose ou dextrose a 5 % por via endovenosa(quantidade de acordo com o

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grau de gravidade e a retenção de líquidos). Não infundirsoluçÕes que contenham potássio sem controle. No maistratamento sintomático. Além do controle da circulação e daadministração de oxigênio, controlar especialmente os níveis deeletrólitos e de água (acidose), bem como o equilíbrio ácido-base. Administração de quantidade suficiente de líquidos de

gluconato de cálcio (até 20 ml em solução a 20%) por viaendovenosa. observação das funçÕes orgânicas sob risco,principalmente a renal. Risco de anúria.

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DIFENIL METANO - 4,4 DIISOCIANATO

Sinonímia

- MDI- Diisocianato difenil metano

Características Gerais

Monômero - sólido, branco a levemente amarelado.

Tolerância (valor limite)

0,02 ppm

 Absorção

- Via respiratória - vapor, aerosol ou "dust" - mais importante- Via cutânea e mucosa

Efeitos (sinais e sintomas)

- irritação das mucosas das vias aéreas e olhos pelo vapor, aerosole "dust", acima do limite de exposição.

- Irritação e desconforto nos olhos em contato com líquido ou"dust". O vapor causa irritação em concentraçÕes muito altas.

- Pele - pouca ação, pode desenvolver alergia.

Sintomas:--------Vapor, aerosol, "dust" - lacrimejamento

- "dryness" da garganta- compressão torácica, as vezes comdificuldade respiratória

- cefaléia

Líquido, "dusts" - olhos - lacrimejamento.- desconforto

- pele - pequena ação- alergia

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Tratamento específico

- Ingestão - provocar vômitos, se estiver consciente.

- Inalação - administrar oxigênio.

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DI-ISOBUTILCETONA 

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------O líquido possui efeito irritante local acentuado, provocando asecreção de lágrimas. De acordo com a experiência da ICI adosagem de 1000 ppm é fortemente tóxica em inalação prolongada.Já a 100 ppm observaram-se cefaléias e vertigens. A irritaçãosó deixa de se manifestar a concentraçÕes abaixo de 20 ppm. Épossível ocorrer hábito passageiro. Efeito depressivo sobre osistema nervoso central. Ocorrem também danos ao fígado e aosrins. A substância tem efeito desengordurante sobre a pele. Ocontato crônico pode provocar dermatites. A aspiração, mesmo dequantidades pequenas, leva a infiltrações pneumônicas e,eventualmente, a edema pulmonar. Sintomas que ocorrem após ainalação: náuseas, vômitos, vertigens e sensação de angústia,

queda de pressão, cefaléias, condição de embriaguez.

2. Primeiros socorros------------------Enxaguar imediatamente a pele ou olhos atingidos com águaabundante durante alguns minutos. Em caso de aspiração arfresco, eventualmente auxílio à respiração. Aquecimento, mantere transportar o acidentado deitado de lado em posição estável.

3. Orientação médica-----------------Em caso de inalação: ar fresco, em caso de necessidaderespiração artificial (oxigênio). No caso de ingestão cuidadocom vômitos e lavagens estomacais (risco de aspiração).Administrar Paraffinum subliquidum (aproximadamente 3 ml/Kg)e/ou sulfato de sódio (1 colher de sopa em 1/4 de litro deágua). óleo de rícino e leite contraindicados. No maistratamento sintomático, dar atenção especial ao controle doequilíbrio ácido-base. Profilaxia das infecçÕes; eventualmenteterapia da circulação.

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DIISOPROPILAMINA 

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------A diisopropilamina atua em princípio, dado o seu caráter desolução alcalina sobre a pele e as mucosas. Os vapores irritamfortemente os olhos, podendo ocorrer além de distúrbios de visãopela irritação grave do tecido conjuntivo também turvação oucorrosão da córnea. As consequências da inalação variam com aquantidade e a duração da exposição: tosse, náusea, perda dossentidos, bronquite e em casos mais graves edema pulmonar. Nocaso de contato extenso com a pele ocorre corrosão alcalina ecomo consequência da reabsorção pela pele efeitos internos taiscomo aumento da pressão arterial e excitação da musculatura lisa.

2. Primeiros socorros------------------Se os olhos tiverem sido atingidos por líquido ou vapor lavá-losbem durante alguns minutos com água corrente mantendo aspálpebras do acidentado bem abertas, e enviar imediatamente aooftalmologista (possibilidade de danos à córnea!). Lavarimediatamente a pele atingida com água. Em caso de inalação arfresco, aquecimento, repouso, manter livres as viasrespiratórias. Fazer beber bastante água. Chamar o médicoimediatamente ! Em caso de perda dos sentidos manter etransportar o acidentado deitado de lado em posição estável.

3. Orientação médica-----------------Tratamento dos efeitos de irritação localizados. Em caso deinalação fazer inalar imediatamente vapor de água ou de chá decamomila ou água com vinagre, nos casos de risco oxigênio(passando por solução de ácido acético a 7%) durante cerca demeia hora. Antibióticos. Observação das funçÕes circulatória epulmonar, bem como do equilíbrio ácido-base. Em caso deingestão não provocar vômito de imediato e administrar bastanteágua e tão logo quanto possível ácido acético, ácido tartárico,ácido lático ou ácido cítrico diluídos a 1 a 2%, ou suco delimão ou vinagre diluídos (2 colheres de sopa em 1 copo de água)

ou vinho tinto azedo ou leite com ovos crus. Lavagem estomacalutilizando os mesmos produtos com as cautelas usuais somente nosprimeiros quinze minutos após o envenenamento - depoisfortemente contraindicada (risco de perfuração!). Observar econtrolar a pressão arterial.

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DIMETILSULFATO (DMS)

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------O dimetilsulfato atua principalmente atacando os órgãosparenquimatosos e o sistema nervoso central pela metilização dasenzimas, à qual se pode atribuir também, conforme se verificouem experimentos com animais, efeitos cancerígenos. No serhumano ainda não se observaram efeito cancerígeno nem danos pelaação crônica de concentraçÕes baixas. O grande perigo está natoxicidade aguda que se manifesta com latência prolongada.Mesmo quando se absorvem dosagens grandes e fatais dedimetilsulfato por inalação ou por reabsorção pela pele (o quepode acontecer pela contaminação das roupas!) ocorre umalatência assintomática de algumas horas até que apareça aprimeira manifestação de irritação nos olhos e mucosas do

aparelho respiratório. Contribui para isso, também, a formaçãopor hidrólise de ácido sulfúrico e metanol. No decorrer doprocesso ocorrem principalmente inflamaçÕes necrosantes da pelee das mucosas formando feridas de corrosão de difícil cura, epossibilitando inflamação dos olhos, dificuldade respiratória,escarros com mucosa, edema pulmonar, febre, danos ao fígado eaos rins.

2. Primeiros socorros------------------Em caso de contato com a pele lavar prolongadamente as partesatingidas com solução de amoníaco a 5%. Repouso absoluto. Emcaso de contato com os olhos enxaguar com água corrente durantealguns minutos, mantendo as pálpebras do acidentado bem abertas.Aplicar antes se possível 1 a 2 gotas de Chibro-Kerakain e apóscolírio Isogutt, fechando com uma gaze solta. Encaminhar aooftalmologista. Em caso de inalação aplicar o mais depressapossível um spray de Dexamethason (p.ex. Auxiloson). Repouso,aquecimento. A ausência de sofrimento não deve tranqüilizar emhipótese alguma. Somente o tratamento médico imediato podeevitar danos graves à saúde. Nos casos graves transporte rápidoa uma clínica especializada com equipamento paradesenvenenamento.

3. Orientação médica-----------------Em caso de inalação continuar a profilaxia do edema pulmonar comspray de Dexamethason (auxiloson). Em caso de contato com apele Prednisolon por via venosa com infusão lenta. Comoantídoto reconhece-se também o azul de toluidina (Daunderer).Antitússicos, se for o caso encaminhar ao oftalmologista.Controle das funçÕes hepática e renal.

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DIÓXIDO DE ENXOFRE

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------O efeito primário do dióxido de enxofre está nos danos àsmucosas (úmidas) pela formação de ácido sulfuroso. A adesão doSO2 ao pó ou partículas de aerosol que passam pelos pulmõesaumenta consideravelmente a exposição. Daí resultam fortesirritaçÕes localizadas e bronquite. A partir de cerca de 100ml/m3 o efeito é relativamente rápido, e a partir deaproximadamente 400-500 ml/m3 já existe risco de vida em algunsminutos. Conjuntivite dolorosa; o gás liquefeito provocaequimoses e catarata, bem como danos por congelamento da pele emucosas. No caso de exposiçÕes mais prolongadas pode ocorrerbroncopneumonia, nos casos mais graves edema pulmonar tóxico comdispnéia, cianose e colapso cardíaco e respiratório. A

exposição instantânea a concentraçÕes muito altas há risco deespasmos da laringe ou de respiração refletida ou paradarespiratória. Os sintomas crônicos são perda do apetite,constipação, perda do paladar, língua vermelha, secreção dasmucosas nasais e dos brônquios, freqüentemente apresentandosangue. Sensação de estreitamento, enfisema, inflamaçÕes dosolhos muitas vezes como o único sintoma de uma policitemia.

2. Primeiros socorros------------------Retirar os atingidos da área de perigo, deita-los e mantê-los emrepouso absoluto, evitando qualquer perda de calor. Em caso deinalação fazer inalar o mais depressa possível um spray deAuxiloson durante período prolongado, aplicando respiraçãoartificial em caso de parada respiratória. A pele ou olhosatingidos pelo SO2 líquido ou gasoso concentrado devem serlavados imediatamente com água corrente durante alguns minutos.Aplicar antes se possível 1 a 2 gotas de Chibro-Kerakain e apóscolírio Isogutt, cobrindo com gaze seca. Encaminhar aatendimento médico.

3. Orientação médica-----------------

Em caso de inalação contínua o tratamento com Auxiloson.Oxigênio. Observar o tempo de latência do edema pulmonar.

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DIÓXIDO DE NITROGÊNIO

Sinonímia

- Peróxido de nitrogênio- NO2

Características Gerais

Gás marrom, resultado da combustão de substâncias contendonitrogênio (anilinas, combustível, explosivos, cigarros),decomposição de material orgânico (plantas).Solúvel em água - hidrolisa em ácido nítrico, ácido nitroso e óxidonítrico.

Tolerância (valor limite)

5 ppm

 Absorção

- Via respiratória- Via cutânea

Efeitos (sinais e sintomas)

Sinais:------- Irritante.- Óxido nítrico (resultado da hidrólise) - forma metahemoglobinemia.- Edema pulmonar e bronquiolite obliterante.- Bronquiolite fibrosa cáustica (hemorragia, substituição fibrosado estroma do brônquio terminal, ducto e saco alveolar, formaçãode membrana hialina, hialinização da membrana basal).

Sintomas:--------- Intoxicação aguda:

- olhos - conjuntivite, edema palpebral, ulceração córnea.

- Pele - irritação.

- Respiratória - Dor no peito, dispnéia, tosse com expectoraçãoamarelada ou hemoptóicos, cianose, febre,respiração asmática - broncopneumonia, edemapulmonar.

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- Sistema nervoso - dor de cabeça, vertigem, debilidade, ataxia,delírio, inconsciência, convulsÕes.

- Gastrointestinal - sabor ácido, náuseas, vômitos e dorabdominal.

- Circulatório - traquisfigmia, hipotensão, arritmias e choque.

- Intoxicação crônica:

Cefaléia, insônia, úlceras no nariz e boca, anorexia e dispepsia,erosão dental, debilidade, bronquite crônica, enfisema.

- Função respiratória - redução da capacidade inspiratória.- redução da capacidade vital.- bloqueio à difusão alveolocapilar.

- Sangue - aumento no número de plaquetas - 10 a 100% valor

normal.

Tratamento específico

- Administrar oxigênio.

- Verificar sinais vitais rigorosamente em intervalos de 1 hora.

- Emprego de broncodilatadores e descongestionantes.

- Uso de solução de bicarbonato de sódio a 5%, em forma de aerosol.

- Codeína para a tosse.

- Prednisona ou prednisolona - para reação inflamatória - 5 mg V.O.- 6 / 6 horas - 30 dias, reduzir a dose até zero durante 1 e 2meses.

- Tratar edema pulmonar e broncopneumonia.

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DOWANOL PM 

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------De um modo geral o Dowanol PM é de toxicidade reduzida. No casode ingestão e no de inalação de vapores concentrados produzmanifestaçÕes localizadas de irritação nas mucosas. No caso daingestão de quantidades maiores efeitos sobre o sistema nervosocentral, como cefaléia, vertigens, embriaguez, queda de pressãocom espasmos, colapso circulatório. É possível a ocorrência deinflamaçÕes da pele em caso de contato repetido e freqüente.ocorre reabsorção pela pele.

2. Primeiros socorros------------------

Lavar bem a pele/mucosa atingida com água, eventualmente comsabão, cobrindo com gaze solta se for o caso. No caso decontato com os olhos enxaguar os olhos com água correntemantendo as pálpebras do acidentado bem abertas. Aplicar antesna medida do possível 1 a 2 gotas de Chibro-Kerakain e apóscolírio Isogutt, fechando com gaze solta. Encaminhar aooftalmologista. Em caso de ingestão dar imediata erepetidamente bastante água, se possível com carvão ativado.Utilizar como laxante sulfato de sódio (1 colher de sopa em umcopo de água) com bastante carvão ativado. Informar aomédico/clínica a denominação do material perigoso enviandoconforme o caso uma amostra com maiores informaçÕes.

3. Orientação médica-----------------Em caso de ingestão fazer beber imediata e repetidamentebastante água com carvão ativado, em caso de necessidade fazerem seguida lavagem estomacal (com carvão ativado). Utilizarcomo laxante sulfato de sódio (2 colheres de sopa em 1/2 litrode água) e aplicar por via endovenosa uma solução de levulose oudextrose a 5% (dosagem conforme a gravidade e o nível deretenção de líquidos. Não fazer infusão de substâncias quecontenham potássio sem controle). No mais tratamentosintomático. Auxílio à circulação do balanço de eletrólitos e

de água, além do equilíbrio ácido-base.

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E - 1 1 8

Sinonímia

- Metasystox- Cloreto de dimetiltiofosforila

Características Gerais

É um gás e passa a líquido sob compressão, aspecto amarelo-esverdeado, de cheiro penetrante, que ataca fortemente os olhos, asmucosas e a pele.

 Absorção

- Via respiratória- Via cutânea e mucosa

Efeitos (sinais e sintomas)

- Irrita os olhos, as mucosas e a pele. Possibilidade de absorçãoatravés da pele.

- Os vapores de E-118 tem ação altamente irritante sobre a pele emucosa, atacando especialmente os olhos, e tendo, freqüentemente,efeito retardado. Por isso, ao suspeitar de acidente, começarimediatamente o tratamento.

Sintomas:--------- Irritação dos olhos, pele e mucosas.- Tonteira, mal-estar geral e náusea.- Vômitos.- infecçÕes oculares tardias.

Tratamento específico

- Irrigar os olhos com água destilada, soro fisiológico ou águaboricada, abundantemente.

- Avaliar o grau de dano dos olhos.

- Tratar infecção tardia com colírios, antibióticos e/ouanti-sépticos.- Proteger os olhos, tanto quanto possível, da luz, por causa daconjuntivite.

- Os outros agravantes deverão ser tratados sintomaticamente.

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E N X O F R E

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------O enxofre elementar é de um modo geral inofensivo,particularmente na ingestão por via oral, causando eventualmentediarréia. Deve-se observar o efeito irritante das mucosas do pófino, que quando prolongado pode provocar dermatoses einflamação das pálpebras. Em contrapartida não há evidência dedanos aos pulmÕes provocados pela inalação do pó de enxofre nafabricação e no processamento do enxofre. O enxofre na formalíquida produz queimaduras graves da pele e a queima do enxofrelibera grandes quantidades de dióxido de enxofre, que éfortemente irritante e venenoso.

2. Primeiros socorros------------------Retirar da área de perigo as pessoas expostas a nuvens de pó deenxofre. Ar fresco. Cuidado médico imediato. Transportar oacidentado em posição estável, deitado de lado. No caso decontato com os olhos esticar as pálpebras e retirar aspartículas sólidas com cotonetes ou gaze de forma cuidadosa mascompleta. Lavar por 15 minutos aproximadamente com águaabundante. Aplicar uma pomada oftalmológica anestésica eencaminhar imediatamente ao oftalmologista. Cobrir asqueimaduras com gaze esterilizada, não retirar as crostas deenxofre e encaminhar imediatamente ao médico. Se houverocorrido a aspiração de gases de combustão ar fresco,eventualmente respiração artificial.

3. Orientação médica-----------------Não se conhece, até o momento, um antídoto específico.Administrar por via oral salmoura quente (1 colher de sopa desal em um copo de água) e provocar vômito e/ou sulfato de sódio(1 colher de sopa em 1/4 de litro de água morna) como laxante.No mais tratamento sintomático. Controlar as funçÕescirculatória e pulmonar. Profilaxia da pneumonia. Tratamentosintomático das queimaduras após a retirada das eventuais

crostas. No caso de inalação de gases de combustão oxigêniopara respiração. Observar se há edema pulmonar. No maistratamento sintomático.

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E T A N O L

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------O álcool provoca, em concentraçÕes superiores a 50-60%, danoslocalizados às mucosas por desidratação e precipitação dealbumina. A reabsorção pelo trato (gastro) intestinal é rápida,a reabsorção pela pele é reduzida. A eliminação se dáprincipalmente por decomposição oxidativa, as pequenasquantidades residuais são eliminadas pela respiração e pelosrins. Devido à grande solubilidade dos lipóides há efeito fortesobre o sistema nervoso central. É perigoso o efeitocoincidente de substâncias como tri-, tetra- e nitrobenzol,anilina (formador de metahemoglobina), carbonato de enxofre,cianamida de cálcio, arsênico, chumbo, mercúrio (aumento dareabsorção!). De acordo com as quantidades ocorre o estado de

euforia, depois embriaguez com distúrbios de equilíbrio e decoordenação mental, distúrbios de identidade e de consciência,paralisias. Segue-se o estado de asfixia com narcose total oucoma profundo com perda dos reflexos, cianose da pele e mucosas.Risco de parada respiratória fatal!

2. Primeiros socorros------------------Enxaguar bem os respingos sobre os olhos com água corrente. Emcaso de ingestão, desde que mantida a plena consciência,provocar vômitos. Não utilizar eméticos, dar café forteconforme o caso. Não dar carvão animal nem leite. Após aaspiração ar fresco, repouso, manter e transportar o acidentadodeitado de lado em posição estável.

3. Orientação médica-----------------Verificar o funcionamento das funções respiratória ecirculatória. Observar diagnóstico diferencial. Lavagemestomacal somente com intubação. Administração de levulose;p.ex. 40 ml a 40% por via endovenosa lenta ou por infusãoendovenosa em gotas (aproximadamente 15 ml de solução a 10% porKg por hora). A vitamina B6 (100-250 mg) por via endovenosa é

interessante em todos os casos. No mais tratamento sintomático.Analépticos centrais. Eventual administração de oxigênio:controle e correção do sistema circulatório e do equilíbrioentre ácidos, bases e eletrólitos, bem como do nível de açúcarno sangue.

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ETIL GLICOL ACETATO

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------O etil glicol acetato atua, seja na forma de vapor a altasconcentrações seja na forma de líquido como irritante dasmucosas dos olhos e do trato respiratório, com o que se tem umgrande efeito de advertência. Com altas concentraçÕes épossível um efeito narcótico. A pele pode absorver dosagenstóxicas sem que se produzam efeitos acentuados de irritação. Noorganismo o etil glicol acetato divide-se em ácido acético eetilglicol. Este e o ácido oxálico, que é produto da suadecomposição, principalmente associado ao cálcio, produz danosno organismo, atacando além do fígado principalmente os nervos.Após a ingestão ocorrem vômitos, cólicas e posteriormente osefeitos de reabsorção citados acima.

2. Primeiros socorros------------------Em caso de inalação ar fresco, liberar as vias respiratórias.Repouso, aquecimento, eventualmente auxílio à respiração. Nocaso de risco de perda dos sentidos manter e transportar opaciente deitado de lado em posição estável, em caso de dispnéiacom a cabeça alta. No caso de contato com os olhos enxaguar osolhos com água corrente mantendo as pálpebras do acidentado bemabertas. Aplicar antes na medida do possível 1 a 2 gotas deChibro-Kerakain e após colírio Isogutt, fechando com gaze solta.Encaminhar ao oftalmologista. Em caso de ingestão dar imediatae repetidamente bastante água com lama de carvão ativado.Utilizar como laxante sulfato de sódio (1 colher de sopa em umcopo de água). Não administração gorduras, óleos ou leite emhipótese alguma.

3. Orientação médica-----------------Em caso de inalação que apresente risco fazer inalar o maisdepressa possível spray de Dexamethason oxigênio. Observação etratamento sintomático (edema pulmonar, broncopneumonia). Emcaso de ingestão administrar imediata e repetidamente bastante

água e fazer vomitar repetidamente. Cuidado com a aspiração!Eventualmente lavagem estomacal (com carvão ativado) em seguida,mas nunca após o aparecimento de sinais de reabsorção. Utilizarcomo laxante sulfato de sódio, 2 colheres de sopa em 1/2 litrode água morna. Não utilizar sulfato de magnésio. Não fazerinfusão com soluções contendo cálcio e potássio sem controle.Observação das funçÕes orgânicas sob risco. Cuidado com osbarbitúricos!

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ETILENO CLORIDRINA 

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------A etileno cloridrina tem um efeito fortemente irritante dospulmões, além de um efeito sistêmico muito forte sobre o sistemanervoso central, a circulação, o fígado e os rins. A reabsorçãoforte pela pele é muito perigosa, mesmo se da solução aquosa, jáse tendo registrado muitos casos fatais de envenenamento. Oefeito de advertência dado pela irritação das mucosas externas éreduzido. A zona de transição entre as concentraçÕes inofensivae letal parece ser muito estreita. No caso de aspiração ocorreedema pulmonar com latência de algumas horas. Além dissoocorre, como aliás também com a absorção pela pele, uma série deefeitos sistêmicos como tonturas, vômitos (de bile), movimentosdescoordenados, vertigem, pulso irregular, queda da pressão

arterial e hematúria, além de edema cerebral. No caso deingestão ocorrem principalmente depressões do sistema nervosocentral. O efeito sucessivo da exposição a quantidades ouconcentraçÕes reduzidas pode se acentuar de forma cumulativa.

2. Primeiros socorros------------------Cuidado nas operações de salvamento e de limpeza. As luvas deborracha não oferecem proteção suficiente. Utilizar luvas deneoprene. Lavar bem a área de pele/mucosa atingida com água esabão. Em caso de contato com os olhos enxaguar durante algunsminutos com água corrente mantendo bem abertas as pálpebras doacidentado. Aplicar antes se possível 1 a 2 gotas de Chibro-Kerakain e após colírio Isogutt fechando com gaze solta.Encaminhar ao oftalmologista. No caso de inalação, ar fresco,manter livres as vias respiratórias. Fazer inalar o maisdepressa possível um spray de Dexamethason (p.ex. Auxiloson).Repouso, aquecimento, auxílio à respiração se necessário.Encaminhar ao médico, em caso de dispnéia sentado com a cabeçaalta.

3. Orientação médica-----------------

Início ou prosseguimento o mais rapidamente possível daprofilaxia do edema pulmonar. Fazer inalar spray deDexamethason (p.ex. Auxiloson), em caso de necessidade oxigênio.Tratamento intensivo para combate dos efeitos sobre o sistemanervoso central e fígado, tratamento da insuficiênciacirculatória. Cuidado com os vômitos, risco de aspiração.Manter livres as vias respiratórias. Profilaxia das infecções.

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ETILENO GLICOL

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------Em caso de ingestão o etanodiol é absorvido rápida ecompletamente pela mucosa do trato digestivo. A reabsorção pelapele é reduzida, e a inalação de vapores só é possível napresença de líquidos fortemente aquecidos. No metabolismointermediário ocorre a metabolização oxidativa em glicolaldeídoe glicoxal, que são responsáveis pelos compomentes neurotóxicos.O ácido glicoxílico e o ácido oxálico que aparecem no decorrerdo processo tem efeito de dano aos rins devido à suacaracterística de precipitar o cálcio. São raros osenvenenamentos em ambiente industrial. No caso de ingestão oquadro é semelhante ao do envenenamento pelo álcool, começandopela excitação e podendo passar a um estado semelhante ao de uma

narcose. As doses mais altas provocam hiperemia e sangramentodos rins. Uma dose de aproximadamente 100 ml torna-se letalpela paralisação da respiração e colapso circulatório.

2. Primeiros socorros------------------Em caso de ingestão dar imediata e repetidamente bastante água,eventualmente com carvão ativado. Dar como laxante sulfato desódio (1 colher de sopa em 1 copo de água). Em caso de contatocom os olhos lavar com água corrente durante alguns minutos comas pálpebras bem abertas, aplicando se possível antes 1 a 2gotas de Chibro-Kerakain e após colírio Isogutt, cobrindo osolhos com uma gaze solta. Encaminhar ao oftalmologista. Emcaso de inalação de vapores, névoa ou fumo ar fresco, liberaçãodas vias respiratórias. Fazer inalar o mais depressa possívelum spray de Dexamethason (p.ex. Auxiloson). Repouso,aquecimento, se necessário respiração artificial. em caso deperigo de perda dos sentidos conservar e transportar oacidentado deitado de lado em posição estável, em caso dedispnéia mantendo-o com a cabeça alta.

3. Orientação médica-----------------

No caso da ingestão de pequenas quantidades forçar a passagemrápida pelo intestino administrando carvão ativado suficiente.No caso de ingestão de maiores quantidades provocar vômitoimediato, eventualmente com lavagem estomacal (acrescentandopermanganato de potássio e carvão ativado) e utilizando comolaxante sulfato de sódio (2 colheres de sopa em 1/2 litro deágua). Aplicar solução de levulose ou dextrose a 5% por viaendovenosa (quantidade de acordo com o grau de gravidade e aretenção de líquidos). Não infundir soluçÕes que contenhampotássio sem controle. No mais tratamento sintomático. Além do

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controle da circulação e da administração de oxigênio, controlarespecialmente os níveis de eletrólitos e de água (acidose), bemcomo o equilíbrio ácido-base. Administração de quantidadesuficiente de líquidos, de gluconato de cálcio (até 20 ml emsolução a 20%) por via endovenosa. Observação das funçÕesorgânicas sob risco, principalmente a renal. Risco de anúria.

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F E N O L

Sinonímia

- ácido fênico, hidróxibenzeno, ácido carbólico, hidróxido defenila.

Características Gerais

- Estado físico: sólido ou líquido (fórmula C6H2OH)- Cor: incolor a rosa claro.- Odor: pungente, característico, aromático.Muito solúvel em etanol e éter, e solúvel em água, clorofórmio,glicerol e tetracloreto de carbono.

Tolerância (valor limite)

4 ppm ou 15 mg/m3.

 Absorção

- Via respiratória- Via cutânea e mucosa- Via digestiva

Efeitos (sinais e sintomas)

Efeito agudo:------------- Via respiratória - o fenol é irritante das vias respiratórias e

corrosivo para os tecidos.- dispnéia, tosse, cianose e edema pulmonar(altamente tóxico por esta via).

- Via cutânea e mucosa - irritação ocular, queimadurasconjuntivais, necrosisciorneal, gravesqueimaduras na pele, além de irritaçãocutânea.

- Via digestiva - queimaduras da boca, faringe, tratogastrointestinal, com possibilidade deperfuração, náuseas, vômitos, dor intestinal eicterícia.

- Sistema nervoso central - cefaléia, vertigens, perturbaçõesvisuais, debilidade, sudorese.

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Efeito crônico:--------------

- Irritação da mucosa nasal e da faringe, além de irritação ocular,que pode levar à conjuntivite.

- Distúrbios digestivos, como náuseas e vômitos matutinos,

alteração funcional hepática e renal, hiperexcitabilidade eastenia são também relatados como efeitos decorrentes daexposição crônica ao fenol.

- Eliminaçåo: o fenol absorvido é excretado totalmente durante ajornada de trabalho, na urina (forma livre e conjugada). Aeliminação ao final de um turno, com exposição de 5 mg/m3, deveráestar em torno de 15,3 mg/hora.

Tratamento específico

- Olhos - lavar com água corrente pior 15 minutos.- em caso de dor, instilar 2 a 3 gotas de solução

pantocaína 0,5% ou solução anestésica de efeito tópicocorrespondente.

- não usar pomadas, cremes ou unguentos nos olhos, a nãoser com orientação médica.

- Ingestão - ingerir água em abundância para reduzir a concentraçãode substância.

- induzir o vômito com solução salina (2 colheres desopa p/01 copo de água), se estiver consciente.

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F O L I D O L

Sinonímia

- Folidol etílico- Parathion metílico- Tiofosfato de dimetil para nitrofenila- Dietil para nitrofenil tiofosfato- DNTP

Características Gerais

Líquido amarelo escuro a marrom, organofosforado, inflamável, bemsolúvel em água.

Tolerância (valor limite)

Correspondente aos organofosforados.

 Absorção

- Via respiratória- Via cutânea e mucosa

Efeitos (sinais e sintomas)

Inibição da colinesterase.

Sintomas:--------Pequenas exposições múltiplas podem apresentar efeito cumulativo.

BENIGNOS MODERADOS GRAVES-------- --------- ------cefaléia vômitos cianoseanorexia e náuseas cólicas/diarréia edema pulmonardebilidade sialorréia arreflexiavertigem lacrimejamento perda do controle de

visão turva sudorese esfínctermiose dispnéia convulsõesbradisfigmia comatremores parada cardíacacontr.musculares choqueataxia insuf.respiratória

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Tratamento específico

- Atropina - 1 a 6 mg E.V. de 5 a 30 minutos, em 30 minutos, atéindicarem sinais de atropinização.

- Oxima - iniciar 5 minutos após a atropina e 36 a 48 horas após

ocorrido o acidente.

- Contrathion - aplicar 400 mg E.V. (2 amp) dissolvidas em 20 ml deágua destilada ou solução fisiológica 0,9%,lentamente (+/- 1 ml/minuto).

- repetir 200 mg E.V. (1 amp) após 10 minutos.- se necessário, repetir 200 mg E.V., de 6 em 6

horas, até completar a dose de 1 g (5 amp).

- Toxogin - aplicar 250 mg E.V., se obtiver resposta satisfatória.- aplicar 250 mg E.V., após 10 minutos e mais 1 ou 2vezes com intervalos de 2 horas

- dose máxima - 3 a 5 mg/Kg.

- Lavagem gástrica - 200 mg de solução fisiológica 0,9%, até sairlimpa.

- não dar óleo, leite ou alimentos gordurosos.

- Contra-indicação - morfina.- teofilina (aminofilina)- tranqüilizantes- fenotiazinas (migristen, neuleptil, toplexil)- reserpina

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F O L I M A T

Sinonímia

- Omethoate- 0,0 dimetil-s(2.0x0 - 3-aza-butil)monotiofosfato

Características Gerais

Líquido. de amarelo escuro a marrom, inseticida organofosforado,inflamável, bem solúvel em água.

 Absorção

- Via respiratória

- Via cutânea e mucosas

Efeitos (sinais e sintomas)

Inibição da colinesterase.

Sintomas:--------Pequenas exposiçÕes múltiplas podem apresentar efeito cumulativo.

BENIGNOS MODERADOS GRAVES-------- --------- ------cefaléia vômitos cianoseanorexia e náuseas cólicas/diarréia edema pulmonardebilidade sialorréia arreflexiavertigem lacrimejamento perda do controle devisão turva sudorese esfínctermiose dispnéia convulsÕes

bradisfigmia comatremores parada cardíacacontr.musculares choqueataxia insuf.respiratória

Tratamento específico- Atropina - 1 a 6 mg E.V. de 5 a 30 minutos, em 30 minutos, até

indicarem sinais de atropinização.

- Oxima - iniciar 5 minutos após a atropina e 36 a 48 horas apósocorrido o acidente.

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- Contrathion - aplicar 400 mg E.V. (2 amp) dissolvidos em 20 ml deágua destilada ou solução fisiológica 0,9%,lentamente (+/- 1 ml/minuto).

- repetir 200 mg E.V. (1 amp) após 10 minutos.- se necessário, repetir 200 mg E.V. de 6 em 6 horas,

até completar a dose de 1 g (5 amp).

- Toxogin - aplicar 250 mg E.V., se obtiver resposta satisfatória.- aplicar 250 mg E.V., após 10 minutos e mais 1 ou 2vezes com intervalos de 2 horas.

- dose máxima - 3 a 5 mg/Kg.

- Lavagem gástrica - 200 mg de solução fisiológica 0,9%, até sairlimpa.

- não dar óleo, leite ou alimentos gordurosos.

- Contra-indicação - morfina.- teofilina (aminofilina)- tranqÜilizantes

- fenotiazinas (migistren, neuleptil, toplexil)- reserpina

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FOLITHION - DDT ULTRA 

Sinonímia

- Fenitrothion- Folithion- DDT- 0,0 dimetil-0(3-metil-4-nitrofenil)tiofosfato- 2,2-bis-(p-clorofenil)1-1-1-tricloroetano- Diclodifenil - tricloroetano

Características Gerais

- DDT - cristais incolores, pó branco.- Fenitrothion - líquido amarelo e marrom.- Inseticidas - organo clorado (DDT)

- organo fosforado (fenitrothion)- Inflamável 1 B.

 Absorção

- Via respiratória.- Via cutânea íntegra (ambos) e mucosa.

Efeitos (sinais e sintomas)

Inibição da colinesterase.

Sintomas:--------Pequenas exposiçÕes múltiplas podem apresentar efeito cumulativo.

BENIGNOS MODERADOS GRAVES-------- --------- ------cefaléia vômitos cianoseanorexia e náuseas cólicas/diarréia edema pulmonardebilidade sialorréia arreflexiavertigem lacrimejamento perda do controle devisão turva sudorese esfíncter

miose dispnéia convulsÕesbradisfigmia comatremores parada cardíacacontr.musculares choqueataxia insuf.respiratória

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Tratamento específico

- Atropina - 1 a 6 mg E.V. de 5 a 30 minutos, em 30 minutos, atéindicarem sinais de atropinização.

- Oxima - iniciar 5 minutos após a atropina e 36 a 48 horas após

ocorrido o acidente.

- Contrathion - aplicar 400 mg E.V. (2 amp) dissolvidos em 20 ml deágua destilada ou solução fisiológica 0,9%,lentamente (+/- 1 ml/minuto).

- repetir 200 mg E.V. (1 amp) após 10 minutos.- se necessário, repetir 200 mg E.V., de 6 em 6

horas, até completar a dose de 1 g (5 amp).

- Toxogin - aplicar 250 mg E.V., se obtiver resposta satisfatória.- aplicar 250 mg E.V., após 10 minutos e mais 1 ou 2vezes com intervalos de 2 horas.

- dose máxima - 3 a 5 mg/Kg.

- Lavagem gástrica - 200 mg de solução fisiológica 0,9%, até sairlimpa.

- não dar óleo, leite ou alimentos gordurosos.

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FORMALDEÍDO

Sinonímia- Aldeído fórmico

- Metanol- Aldeído metílico- Farmalina- Oximetileno- Paraformaldeído

Características Gerais

Gás incolor, odor penetrante e reconhecível em baixasconcentraçÕes. Irritante e altamente solúvel em água. Pode sernarcótico (sonolento) em baixas concentraçÕes e inflamável.

Tolerância (valor limite)

1 ppm/1,5 mg/m3

 Absorção

- Via respiratória- Via digestiva- Via cutânea

Efeitos (sinais e sintomas)

- Local- Irritante e necrose- Irritação dos olhos, conjuntivite- Queimaduras de córnea- Coloração parda da pele- Dermatites: urticária- Erupção pulsovisicular

Inalação

- Rinites e anosmia- Faringites- Espasmos da laringe- Traqueítes e bronquites- Edema pulmonar- Tosse- Dispnéia- Cefaléia- Debilidade

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- Palpitação- Gastroenterites

Ingestão

- Queimaduras da boca do esôfago- Náuseas e vômitos- Dor abdominal- Diarréia- Vertigem- Inconsciência- Icterícia- Albuminúria- Hematúria e anúria- Acidose- convulsÕes

Testes de diagnóstico

- Formaldeído no ar expirado e na urina.- ácido fórmico na urina.

Tratamento específico

- Atropina - 1 a 6 mg E.V. de 5 a 30 minutos, em 30 minutos, atéindicarem sinais de atropinização.

- Oxima - iniciar 5 minutos após a atropina e 36 a 48 horas apósocorrido o acidente.

- Contrathion - aplicar 400 mg E.V. (2 amp) dissolvidos em 20 ml deágua destilada ou solução fisiológica 0,9%,lentamente (+/- 1 ml/minuto).

- repetir 200 mg E.V. (1 amp) após 10 minutos.- se necessário, repetir 200 mg E.V., de 6 em 6

horas, até completar a dose de 1 g (5 amp).

- Toxogin - aplicar 250 mg E.V., se obtiver resposta satisfatória.- aplicar 250 mg E.V., após 10 minutos e mais 1 ou 2vezes com intervalos de 2 horas.

- dose máxima - 3 a 5 mg/Kg.

- Lavagem gástrica - 200 mg de solução fisiológica 0,9%, até sairlimpa.

- não dar óleo, leite ou alimentos gordurosos.

- Contra-indicação - morfina.- teofilina (aminofilina)- tranqüilizantes- fenotiazinas (migristen, neuleptil, toplexil)- reserpina

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Sequelas

- Não se tem encontrado lesões permanentes.

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FÓSFORO

Sinonímia

- Fósforo amarelo- Fósforo branco- Tetrafósforo

Características Gerais

Elemento químico não metálico, sólido branco/amarelo. Queimaespontaneamente quando em contato com o ar. Insolúvel em água esolúvel em gordura (liposolúvel). Também em forma radioativa.

Tolerância (valor limite)

- 0,1 mg/m3 ar / altamente tóxica.

 Absorção

- Via respiratória- Via digestiva- Via cutânea

Patologia

- Icterícia- Lesão direta das paredes dos vasos sanguíneos- Irritante- Hemorragias- Degeneração gordurosa- Necrose do fígado e dos rins- Congestão e erosão do trato gastro intestinal- Osteoporose, especialmente da mandíbula

Efeitos (sinais e sintomas)

- Agudos:

------Os sintomas iniciais podem persistir durante vários dias e sedesenvolver logo numa forma mais intensa: sede exagerada,inquietação, cianose, hepatomegalia, icterícia, choque,desequilíbrio e convulsÕes, coma, hemorragia por petéquiasmúltiplas, queimaduras profundas da pele, náuseas, vômitos,hematemese, dor abdominal intensa, (dor epigástrica), diarréiacom depósitos de sangue, oligúria e anúria, presença de albumina,sangue e sedimentos na urina, destruição dos tecidos comdistúrbios no metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas

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no fígado; deposição de glicogênio no fígado é inibida edeposição de gordura é aumentada.

- Crônicos:--------Estomatites ulcerativas, perda dos dentes, anorexia e perda de

peso, absorção crônica aumenta a formação óssea sob cartilagemepifiseal e obstrui a circulação no osso devido a formação ósseanos canais de HAVER, levando a necrose e seqüestração do osso,ocorrendo mais freqüentemente na mandíbula, debilidade,bronquites, anemia, hepatomegalia e icterícia.As principais manifestações da intoxicação são icterícia ecolapso.

Sequelas

As lesÕes dos rins, fígado e cérebro podem ser permanentes.

Testes de diagnóstico

- Fósforo em vômitos e fezes- Vômitos fosforescentes- Aumento da excreção de aminoácidos em urina.

Tratamentos

- Pele - Lavar imediatamente a parte contaminada do corpo com água,após, lavar as áreas queimadas com solução de sulfato decobre a 5%.

- Ingestão - Dar 0,2 g de sulfato de cobre por via oral a cada 10minutos até provocar vômito;

- Lavagem gástrica com solução de permanganato depotássio a 0,1% ou peróxido de hidrogênio a 0,2%;

- Seguir com a administração de 120 ml de óleo mineral e4g de sulfato de sódio, seguido por 30 a 60 ml(Fleetenema Ayerst) diluído 1:4, repetir após 2 horas.

Tratar edema pulmonar e choque.

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FOSGÊNIO - COCl2

Sinonímia

- Carbonicloreto- Cloreto de cloroformila- Cloreto de óxido de carbono- Cloreto de carbonila

Características Gerais

Altamente tóxico, gás, incolor, mais pesado que o ar, em baixasconcentraçÕes, odor adocicado de frutas; em altas concentraçÕes, aode frutas podres; gás liquefeito tem coloração verde amarelado,extremamente frio, vaporizando com grande rapidez. Não inflamável,em temperatura de 300 graus centígrados ocorre decomposição em CO e

Cloro. Pode ser narcótico (sonolento) em baixas concentraçÕes einflamável. Solubiliza em água decompondo-se em HCL (ácidoClorídrico) e CO2.

Tolerância (valor limite)

- 0,08 ppm.

 Absorção

- Via cutânea- Via respiratória- Via mucosa

Efeitos (sinais e sintomas)

- Cutâneas e mucosas: provoca queimaduras graves quando em estadolíquido.

- Respiratória: ocorrem dois efeitos quando inalados:

10. Em conseqüência da hidrólise e formação de ácido fluorídricoocorre deterioração do epitélio pulmonar sendo este efeito

secundário na patologia.20. Reações químicas muito rápidas no grupo carbonila com

aminoácidos e enzimas, bloqueando funçÕes metabólicas vitais.Este efeito pode ser detectado muito antes do surgimento doedema pulmonar. Surge após inalar pequenas concentraçÕesdurante um curto espaço de tempo - 5 ppm - 1 min, sem efeitosirritantes localizados e após latência de 24 horas.

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- concentraçÕes mais elevadas tem efeito irritante sobre as mucosase musculatura brônquica e concentraçÕes muito elevadas ocorre osufocamento antes de desenvolver edema pulmonar.

Sintomas

- Principais manifestações são cárdio respiratórias.- Pequenas quantidades podem desencadear efeito tóxico sem efeitosirritantes locais e após período de latência de 24 horas.

- concentraçÕes mais elevadas tem efeito irritante sobre mucosas emusculaturas bronquiais.

- concentraçÕes extremamente elevadas levam a sufocamento antes dedesenvolver efeito pulmonar.

Tratamento imediato

- Pele - Lavar c/solução de carbonato de sódio.

- Respiratória - Proceder teste de exposição ao fosgênio - expor aplaqueta piloto do acidentado aos vapores dehidróxido de amônia até a mudança de coloração ecomparar o resultado, seguindo a avaliaçãoconforme tratamento específico (em anexo).

- Broncodilatador - auxiloson spray (vide anexo).

- Corticosteróide - 25 ppm - Hostacortin 25mg IM- 50 ppm - Flebocortid 500mg EV-100 ppm - Flebocortid 500mg EV

- Oxigênio - Respiração artificial se necessário.Máscara c/4 1/min.

- Antibióticos.- Hidratação - Soro glicosado 5% 500 ml (manutenção de veia)- Repouso

Controle sinais vitaisRadiografia tórax após 8 hs.

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HEXACLOROBENZENO

Sinonímia

- Perclorobenzeno

Características Gerais

- Agulhas cristalinas, brancas

Tolerância (valor limite)- 50 ppm no ar.

 Absorção

- Via respiratória- Via digestiva- Via cutânea e mucosa

Efeitos (sinais e sintomas)

É estimulante do SNC provocando:

cefaléia; vertigem; náuseas e vômitos; adormecimento de mãos ebraços; apreensão e excitação; tremores das extremidades; paralisiaparcial das extremidades e ataxia; perda do sentido vibratório eproprioceptivo; coma; convulsÕes; pode apresentar porfiria cutâneacom fotossensibilidade; hepatomegalia e parafirinúria.

Tratamento específico

. Lavagem gástrica, se ingerido, seguido de purgante salino.

. Gluconato de cálcio 10%, por via endovenosa, para espasmomuscular.

. Dieta rica em hidratos de carbono e vitaminas.

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HEXAMETILENO DIISOCIANATO (HDI)

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------O HDI é forte irritante da pele e das mucosas dos olhos e dasvias respiratórias. Dada a temperatura muito baixa do seu vaporsó os aerosóis tem significado tecnológico a temperaturaambiente. A forte reação com água faz com que o efeito sobre osolhos e as vias respiratórias superiores fique limitado, mesmocom altas concentraçÕes. O quadro de envenenamento que sedesenvolve é típico dos isocianatos, com tosse, espasmosbrônquicos, traqueíte e bronquite. O efeito de sensibilizaçãoparece ser mais fraco do que o do tolueno diisocianato. Comonão se forma ácido cianídrico não ocorre dano ao sangue. Ocontato com a pele determina uma irritação forte das áreasatingidas, enquanto que quantidades reduzidas já produzem danos

graves aos olhos. Em caso de incêndio formam-se gases nitrososque podem provocar edema pulmonar após sua tempo de latência.

2. Primeiros socorros------------------Lavar bem a área de pele/mucosa atingida com água, eventualmentecom sabão. Em caso de contato com os olhos enxaguar durantealguns minutos com água corrente mantendo bem abertas aspálpebras do acidentado. Aplicar antes se possível 1 a 2 gotasde Chibro-Kerakain e após colírio Isogutt fechando com gazesolta. Encaminhar ao oftalmologista. No caso de inalação,principalmente se de gases de queima, ar fresco, manter livresas vias respiratórias. Fazer inalar o mais depressa possível umspray de Dexamethason (p.ex. Auxiloson). Repouso, aquecimento.Encaminhar ao médico, em caso de dispnéia sentado com a cabeçaalta.

3. Orientação médica-----------------Tratamento sintomático com oxigênio, substânciasbroncodilatadoras. Profilaxia de infecção secundária das viasrespiratórias. Observar efeitos posteriores, tais comoconjuntivite, bronquite, ataques asmáticos. No caso da inalação

de gases de queima fazer inalar Dexamethason (p.ex. Auxiloson)como profilaxia contra a ameaça de um edema pulmonar. Pesquisade controle conforme BG-Grundsatz G 27.

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HIDRAZINA 

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------De acordo com a concentração, a hidrazina atua como irritante oucorrosiva da pele e das mucosas, atingindo a córnea no caso decontato com os olhos. Perigo de opacidade permanente da córnea.Há possibilidade de inflamação da pele pelo contato repetido ede efeito fortemente sensibilizador. Em caso de aspiraçãoocorre, dependendo das circunstâncias após uma latência devárias horas tontura, vômitos, tremores musculares e espasmos,bem como irritações localizadas das mucosas atingidas dos olhose das vias respiratórias, associadas a dispnéia. O cheiropenetrante, que lembra o amoníaco, serve como alerta, fazendocom que a ingestão seja quase impossível. Como efeitos crônicosobservaram-se anorexia, perda de peso, danos renais e adipose

nos lóbulos centrais do fígado. O produto demonstrou-secancerígeno em experimentos realizados com animais.

2. Primeiros socorros------------------Lavar a área de pele atingida com água. Em caso de contato comos olhos lavar por alguns minutos com água corrente com aspálpebras bem abertas. Aplicar sempre que possível 1 a 2 gotasde Chibro-Kerakain antes da lavagem e após a lavagem um colírioIsogutt e cobrir com gaze solta. Segue-se tratamento pelooftalmologista. No caso de aspiração de pó ou névoa ar fresco.No caso de ingestão administrar imediata e repetidamente águaabundante com carvão ativado. Liberar as vias respiratórias,repouso, aquecimento, manutenção e transporte do acidentadodeitado de lado em posição estável.

3. Orientação médica-----------------Lavar o local com água abundante, utilizar eventualmente ataduracom unguento. Em caso de ingestão da solução diluída por viaoral fazer beber imediata e repetidamente água abundante combastante carvão ativado, e em seguida leite ou sopa de aveia.No caso de espasmos administrar oxigênio e eventualmente

barbitúricos de ação rápida como Hexobarbital. Evipan-natriumpor via endovenosa. Nos casos mais graves remoção para clínicasespecializadas com observação das funçÕes hepática e renal, bemcomo controle do hemograma. Tempo de observação prolongado(edema pulmonar). Repouso absoluto. Eventualmente profilaxiado Prednisolon, principalmente se houver ocorrido, também,efeito de gases de combustão.

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HIDRÓXIDO DE AMÔNIA (20 A 35% NH3)

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------O amoníaco provoca efeitos significativos de irritação sobre apele e mucosas, como o avermelhamento por inflamação e aformação de bolhas. O efeito é somente local na maior parte doscasos. Traqueíte, bronquite, laringite. A ingestão provocadores fortes de queimadura na boca, esôfago e estômago; tosse,vômito com sangue, diarréia com sangue. Trata-se sempre de umquadro grave com sintomas localizados e gerais. No caso deparada respiratória e espasmos a solução na maior parte doscasos é o tratamento de choque. Pode ocorrer, entretanto, amorte do indivíduo exposto por perfuração do estômago oumediastinite, 3 a 5 ml de amônia são letais para o ser humano.O efeito localizado do vapor sobre os olhos pode provocar

catarata, danos à íris e ao corpo vítreo, levando à cegueira.

2. Primeiros socorros------------------Lavar imediatamente a pele atingida com água corrente, ou depreferência com água com vinagre, passada com abundância.Retirar os respingos dos olhos lavando-os com água corrente oucom solução fisiológica de cloreto de sódio durante algunsminutos, mantendo bem abertas as pálpebras do acidentado.Encaminhar imediatamente ao oftalmologista. No caso de inalaçãode vapores ar fresco, de acordo com a disponibilidade fazerinalar prolongadamente vapor de água ou vapor de água comvinagre, eventualmente auxílio à respiração, repouso,aquecimento. no caso de perda dos sentidos colocar o acidentadoe transportá-lo deitado de lado em posição estável.

3. Orientação médica-----------------No caso de inalação de vapores de amoníaco fazer inalar o maisrapidamente possível spray de Auxiloson, que pode sersubstituído por oxigênio com ácido acético a 7%. Prescreverrepouso absoluto. Combater a tosse com Hidrocodon, Dilaudid(0,001) ou Dicodid. Profilaxia da pneumonia com antibióticos.

Observação das funçÕes circulatória e pulmonar e do equilíbrioácido-base. havendo sinais de edema pulmonar durante o tempo delatência aplicar profilaticamente altas doses de Prednisolon porvia endovenosa. Eventualmente infusões de um total de 0,5g deTHAM/Kg Repouso absoluto, aquecimento, profilaxia da infecção.Manter as vias respiratórias livres por aspiração. Morfinasomente em doses pequenas! Em caso de ingestão não provocarvômitos de imediato e sim administrar bastante água e tão logoquanto possível vinagre ou suco de limão diluídos (só se fazlavagem estomacal quando de imediato e com sonda fina).

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Sedação, combate à dor, controle da circulação, terapia dechoque. Infusão de sangue com 100 - 200 mg de hidrocortisona edependendo das condições noradrenalina. Auxílio à respiração,oxigênio (traqueotomia), sedativos no caso de convulsÕes,profilaxia das infecçÕes, posteriormente profilaxia da estenose.Não administrar ACTH, não entubar (Bougie).

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HIDRÓXIDO DE AMÔNIA 

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------O amoníaco é um gás irritante com efeito localizado pronunciadoe sem ação reabsorvente. A toxicidade reside no efeitofortemente alcalino do hidróxido de amônia que se forma sobre asmucosas, devido à hidrosolubilidade extremamente alta dasubstância. Os efeitos mais fortes ocorrem sobre os olhos e asvias respiratórias superiores (faringite, laringite,traqueobronquite). Além disso sintomas de caráter geral comonáuseas, vertigens, cefaléia, salivação, tosse, eventualmentebradicardia. No caso da inalação de doses mais altas risco devida pela formação de edema da glote e outros danos graves àsmucosas do aparelho respiratório, chegando ao edema pulmonar. Asolução concentrada, bem como o gás concentrado exercem efeito

fortemente corrosivo sobre a pele. O olho fica particularmenteameaçado pela difusão da substância no seu interior. Asconsequências podem ser perda do epitélio da córnea e glaucoma.É freqüente que não se perceba de imediato a extensão dos danos.As consequências, mesmo as oftalmológicas, demoram alguns diaspara se manifestar.

2. Primeiros socorros------------------Lavar imediatamente a pele atingida com água corrente, ou depreferência com água com vinagre. Retirar os respingos dosolhos lavando-os com água corrente ou com solução fisiológica decloreto de sódio durante alguns minutos, mantendo bem abertas aspálpebras do acidentado. Encaminhar imediatamente aooftalmologista. No caso de inalação de vapores ar fresco, deacordo com a disponibilidade fazer inalar prolongadamente vaporde água ou vapor de água com vinagre, eventualmente auxílio àrespiração, repouso, aquecimento. No caso de perda dos sentidoscolocar o acidentado e transportá-lo deitado de lado em posiçãoestável.

3. Orientação médica-----------------

No caso de inalação fazer inalar o mais rapidamente possívelspray de Auxiloson, que pode ser substituído por oxigênio comácido acético a 7%. Prescrever repouso absoluto. Combater atosse com Hydrocodon ou Dilaudid. Profilaxia da pneumonia comantibióticos. Observação das funções circulatória e pulmonar edo equilíbrio ácido-base. Havendo sinais de edema pulmonardurante o tempo de latência aplicar profilaticamente altas dosesde Prednisolon por via endovenosa. Eventualmente infusÕes de umtotal de 0,5g de THAM/Kg. Repouso absoluto, aquecimento,profilaxia da infecção. Manter as vias respiratórias livres por

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aspiração. Morfina somente em doses pequenas! Em caso deingestão não provocar vómitos de imediato e sim administrarbastante água e tão logo quanto possível vinagre ou suco delimão diluídos (só se faz lavagem estomacal quando de imediato ecom sonda fina). Sedação, combate à dor, controle dacirculação, terapia de choque. Infusão de sangue com 100 - 200

mg de hidrocortisona e dependendo das condiçÕes noradrenalina.Auxílio à respiração, oxigênio (traqueotomia), sedativos no casode convulsÕes, profilaxia das infecçÕes, posteriormenteprofilaxia da estenose.

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HIDRÓXIDO DE POTÁSSIO

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------O hidróxido de potássio sólido, devido às suas propriedadesfortemente higroscópicas, atua praticamente sempre na forma desolução concentrada na pele e mucosas de forma particularmenteintensa quando em granulação fina ou quando a exposição édemorada. A sua propriedade, comum a todos os alcalis, dedissolver a albumina leva rapidamente a destruições profundasdos tecidos (necrose coliquativa) com dores fortes. Nas mucosase nos olhos aparecem bolhas, ulcerações e turvação da córnea,que pode levar à cegueira. A aspiração de névoa fina, que podese liberar p.ex. nos processos de dissolução, leva a danos degrandes áreas das vias respiratórias superiores.

2. Primeiros socorros------------------Lavar a pele atingida com água. Onde houver se iniciado oprocesso corrosivo cobrir com gaze esterilizada. Em caso decontato com os olhos lavar com água corrente durante algunsminutos com as pálpebras bem abertas, aplicando se possívelantes 1 a 2 gotas de Chibro-Kerakain e após colírio Isogutt,cobrindo os olhos com uma gaze solta. Encaminhar aooftalmologista. Em caso de inalação de pó/névoa ar fresco,fazer aspirar o mais rapidamente possível spray de Dexamethason(p.ex. Auxiloson). Em caso de ingestão fazer beber águasuficiente e repetidamente para provocar vómitos sucessivos. Seesta lavagem imediata não for possível, evitar os vômitos,porque pode haver risco de perfuração do estômago. Descanso,aquecimento, manter e transportar o acidentado deitado de ladoem posição estável.

3. Orientação médica-----------------Diluição o mais rápida possível do álcali pelo enxaguamentoprolongado das áreas de pele atingidas com água. no caso decorrosão extensa da boca e faringe pode ser necessária atraqueotomia. No caso de edema de glote devido à aspiração de

névoa do produto intubação. Combate à dor com Dolantin,aplicação local de Thesit-Gel ou Targophagin para ser absorvidolentamente por via oral. Profilaxia do choque com expansor deplasma. Em caso de efeito corrosivo sobre os olhos internaçãoimediata.

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HINOSAN 500

Sinonímia

- Edifenphos- O, etil-ss-difenil-ditiofosfato

Características Gerais

Líquido, incolor a marrom, fungicida organofosforado, inflamável,solúvel.

Tolerância (valor limite)

- Correspondente aos organofosforados.

 Absorção

- Via cutânea e mucosa- Via digestiva

Efeitos (sinais e sintomas)

- Inibição da acetilcolinesterase, com efeito cumulativo naspequenas exposiçÕes múltiplas.

BENIGNOS MODERADOS GRAVES-------- --------- ------cefaléia vômitos cianoseanorexia e náuseas cólicas/diarréia edema pulmonardebilidade sialorréia arreflexiavertigem lacrimejamento perda do controle devisão turva sudorese esfínctermiose dispnéia convulsÕes

bradisfigmia comatremores parada cardíacacontr.musculares choque

ataxia insuf.respiratóriaTratamento imediato

- Atropina - 1 a 6 mg EV de 5 a 30 minutos, em 30 minutos atéindicarem sinais de atropinização.

- Oxima - iniciar 5 minutos após atropina e 36 a 48 horas apósocorrido o acidente.

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Contrathion------------ aplicar 400 mg EV (2 amp) dissolvida em 20 ml de água destiladaou solução fisiológica 0,9%, lentamente (+/- 1 ml/min).

- Repetir 200 mg EV (1 amp) após 10 min.- Se necessário repetir 200 mg EV, de 6 em 6 horas, até completar a

dose de 1 g (5 amp).

Toxogonin:----------- aplicar 250 mg EV, se obtiver resposta satisfatória.- Aplicar 250 mg EV, após 10 min e mais 1 ou 2 vezes com intervalosde 2 horas.

- Dose máxima 3 a 5 mg/Kg.

- Lavagem gástrica - 200 mg de solução fisiológica 0,9%, até sairlimpa. Não dar óleo, leite ou alimentogorduroso.

- Contra-indicações - morfina- teofilina (aminofilina)- tranqüilizantes- fenotiazinas (migristen, neuleptil, toplexil)- reserpina

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HIPOCLORITO DE SÓDIO

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------O efeito do hipoclorito de sódio se dá por um lado devido à suaforte reação alcalina e por outro devido ao caráter fortementeoxidante dos ácidos subclóricos subjacentes e dos produtos desua reação em contato com material orgânico. o efeito combinadoequivale ao de um envenenamento alcalino com forte ataque aostecidos. Possibilidade de formação de bolhas na pele.

2. Primeiros socorros------------------Lavar bem com água a pele/mucosa atingida, eventualmente comsabão. Em caso de contato com os olhos enxaguar com água

corrente durante alguns minutos, mantendo as pálpebras doacidentado bem abertas. aplicar antes se possível 1 a 2 gotasde Chibro-Kerakain e após colírio Isogutt, fechando com uma gazesolta. Encaminhar ao oftalmologista. Em caso de inalação arfresco, manter livres as vias respiratórias. Aplicar o maisdepressa possível um spray de Dexamethason (p.ex. Auxiloson).Repouso, aquecimento, eventualmente auxílio à respiração. Emcaso de dispnéia transportar o acidentado para o médico com acabeça alta. Em caso de ingestão fazer beber imediata erepetidamente água, se possível com carvão ativado (3 a 4colheres de sopa). Evitar vômitos na medida do possível.Utilizar como laxante sulfato de sódio (1 colher de sopa em 1copo de água). Repouso, aquecimento.

3. Orientação médica-----------------Em caso de ingestão administrar o mais rapidamente possívelbastante água com carvão ativado. A lavagem estomacal só podeser feita nos primeiros quinze minutos após o envenenamento,após o que é seriamente contraindicada, com solução fraca deácido acético ou cítrico. Analgésicos, sedativos, controle doequilíbrio de água e dos eletrólitos, e de acordo com ascircunstâncias medicação para a circulação e antibióticos.

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ISOPROPANOL

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------O isopropanol atua, como vapor e como líquido, como irritantelocal, principalmente das mucosas. Ele apresenta um efeitoprotoplasmático geral e pode ser considerado como um venenocelular fraco. A uma determinada concentração ideal atua comoativador da colinesterase, enquanto que a concentraçÕes maisaltas funciona como inibidor da colinesterase. Os vapores têmefeito anestésico. Os danos ocorridos em ambiente industrialpodem resultar tanto da inalação dos vapores (eventualmentequentes como da ingestão inadvertida. Os sintomas, de acordocom a quantidade absorvida, são cefaléia, tonturas, sonolência,embriaguez ou perda dos sentidos. Os distúrbios hepáticos erenais são raros. O efeito geral é comparável ao do etanol.

2. Primeiros socorros------------------Lavar a pele atingida com água abundante. Em caso de contatocom os olhos lavar com água corrente durante alguns minutos comas pálpebras do acidentado bem abertas. Em caso de inalação arfresco, auxílio à respiração, aquecimento. Em caso de perigo deperda dos sentidos colocar e transportar o acidentado deitado delado em posição estável, em caso de dispnéia com a cabeça alta.

3. Orientação médica-----------------Em caso de ingestão cuidado com os vómitos e lavagens estomacais(risco de aspiração). Fazer beber água abundante. utilizarcomo laxante sulfato de sódio (1 colher de sopa em 1 copo deágua) com bastante carvão ativado. Não administrar em hipótesealguma óleos graxos ou leite. Os vômitos associados à perda dossentidos são perigosos. No mais tratamento sintomático. Emcaso de necessidade oxigênio. Controle e correção dacirculação, do equilíbrio de ácidos e bases e dos eletrólitos,bem como do nível de açúcar no sangue. Na convalescença dietarica em hidratos de carbono, albumina e vitaminas e pobre emgordura.

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LEBAYCID TIGUVON 15 SPOT-ON

Sinonímia

- Tiguvon 15 SPOT-ON- Fenthion (0,0-dimetil-0 (4-metil mercapto-3 - metilfenil)

Características Gerais

Líquido, amarelo escuro, organofosforado, inflamável, solúvel emágua.

Tolerância (valor limite)- correspondente aos organofosforados.

 Absorção

- Pele íntegra- Mucosas- Respiratória

Efeitos (sinais e sintomas)

- Inibição da acetilcolinesterase, com efeito cumulativo naspequenas exposiçÕes múltiplas.

BENIGNOS MODERADOS GRAVES-------- --------- ------cefaléia vômitos cianoseanorexia e náuseas cólicas/diarréia edema pulmonardebilidade sialorréia arreflexiavertigem lacrimejamento perda do controle devisão turva sudorese esfínctermiose dispnéia convulsÕes

bradisfigmia comatremores parada cardíacacontr.musculares choque

ataxia insuf.respiratóriaTratamento imediato

- Atropina - 1 a 6 mg EV de 5 a 30 minutos, em 30 minutos atéindicarem sinais de atropinização.

- Oxima - iniciar 5 minutos após atropina e 36 a 48 horas apósocorrido o acidente.

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Contrathion------------ aplicar 400 mg EV (2 amp) dissolvida em 20 ml de água destiladaou solução fisiológica 0,9%, lentamente (+/- 1 ml/min).

- Repetir 200 mg EV (1 amp) após 10 min.- Se necessário repetir 200 mg EV, de 6 em 6 horas, até completar a

dose de 1 g (5 amp).

Toxogonin:----------- aplicar 250 mg EV, se obtiver resposta satisfatória.- Aplicar 250 mg EV, após 10 min e mais 1 ou 2 vezes com intervalosde 2 horas.

- Dose máxima 3 a 5 mg/Kg.

- Lavagem gástrica - 200 mg de solução fisiológica 0,9%, até sairlimpa. Não dar óleo, leite ou alimentogorduroso.

- Contra-indicaçÕes - morfina- teofilina (aminofilina)- tranqüilizantes- fenotiazinas (migristen, neuleptil, toplexil)- reserpina

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 M C P A 

Sinonímia- ácido 2 metil 4 clorofenoxi acético.

Características Gerais

Pó, cristais incolores até branco com cheiro imperceptível,derivados clorofenoxis herbicida; ação hormonal, inflamável comprodução de HCl (ácido clorídrico), solução em água.

Tolerância (valor limite)

- Não determinado.

 Absorção

- Via cutânea- Via digestiva- Via respiratória

Efeitos (sinais e sintomas)

- Principais são fraqueza e hipertensão arterial.

- Ingestão - de quantidade próxima à dose letal causa queimação nalíngua, faringe e abdome; rubor na pele, vômitos, dore fraqueza muscular.

- Pele - absorção causa fraqueza muscular.

- Urina - escura após 1 semana.

- SNC - convulsÕes.

- Coração - choque em intoxicações com doses muito elevadas.- distúrbios de ritmo cardíaco.

Tratamento específico- Carvão ativado após emese ou lavagem gástrica, seguido decatárticos salinos.

- Lidocaína - controle das arritmias cardíacas 50 a 100 mg EV.- 1 a 4 mg/min - infusão em SG 5% (xilocaína 2% - 60ml).

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- Fenobarbital (gardenal) - controle das convulsões.

- Envoltório gelados - controle da febre.

- Bicarbonato de sódio - 10 a 15 g/dia, enquanto houverhemoglobinúria.

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 MERCÚRIO

Sinonímia

- Mercúrio metálico, elementar.

Características Gerais

Elemento químico de estado físico líquido; cor prateada/metálica einodoro; insolúvel em água quente ou fria, em ácidos mineraisdiluídos e solúvel em amônia. Não possui propriedade inflamável.

Tolerância (valor limite)

- no ambiente de trabalho: 0,04 mg/m3

0,1 mg/m3 de ar

 Absorção

- Via respiratória- Via cutânea e mucosa- Via digestiva

Efeitos (sinais e sintomas)

- Via respiratória: a inalação de vapores do mercúrio provocairritação no trato respiratório, bronquite,edema agudo do pulmão, estomatite, salivação,gosto metálico, lesão renal. A nível de SNCsão observados: cefaléia, vertigem,perturbações vasomotoras, inquietação eirritabilidade, insônia, ataxia, tremores,aumento dos reflexos tendinosos profundos.

- Via cutânea e mucosa: os sais de mercúrio provocam irritaçãocutânea, edema e pústula ulcerosa nasextremidades dos dedos. Os cloretos enitritos mercuriais são extremamente

corrosivos ao contato com a pele. Omercúrio elementar pode ser absorvido pelapele tanto na forma líquida como de vaporproduzindo efeitos sistêmicos.

- Via digestiva: gosto metálico na boca, sede, dor abdominalacentuada, tosse, choque, arritmias cardíacas,náuseas, vômitos, diarréia sanguinolenta,queimaduras na boca e garganta, oligúria,hematúria, albuminúria. Alguns dias após a

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ingestão o fluxo urinário diminui e a morte podeocorrer devido à uremia.

- Exposição a longo prazo: salivação abundante, dores nas gengivase mucosa bucal, constituem os primeirossinais observados na intoxicação a longo

prazo.

- Outros sintomas: inflamação e sangramento das gengivas. Gostometálico na boca, tremores nos braços, mãos enas pernas.

Tratamento específico

- Lavagem gástrica com água albuminosa bicarbonatada.

- Administrar BAL de 3 a 4 mg/Kg IM, cada 4 horas durante osprimeiros dois dias, então cada 12 horas durante 10 dias.

- Tratar anúria.

- Administrar antibióticos (pneumonia química).

- Na intoxicação crônica, o BAL ativo não tem efeito, sendoeficazes: CaNa2 EDTA - cálcio dissódio -etilenodiaminotetraacetato (20 mg/Kg por dia, EV, durante 5 dias,repetir após 2 semanas, até que a excreção urinária do mercúrioseja normal), e penicilina (250 mg - VO - 4 vezes ao dia),durante 10 dias, repetir após o intervalo de 2 a 3 semanas,observando o estado do paciente até que a excreção urinária sejanormal.

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 METANOL

Sinonímia

- álcool metílico- Espírito colonial- álcool de madeira- Espírito de madeira metil carbinol

Características Gerais

Líquido ligeiramente incolor e inflamável.

 Absorção

- Via respiratória- Via cutânea e mucosa- Via digestiva

Efeitos (sinais e sintomas)

- Via respiratória:----------------O metanol é irritante para o trato respiratório em concentraçãoacima de 2000 ppm.

- Distúrbios locais, como irritação da mucosa respiratória, pele eolhos.

- Distúrbios neurológicos, como cefaléia, fadiga, insônia,vertigens, ataxia, neuro depressão e possível neurite acústica,distúrbios digestivos como náuseas e vômitos.

- Distúrbios visuais com possível cegueira.

- Via cutânea e mucosa:--------------------

- O metanol é absorvido por essa via podendo causardesengorduramento da pele e dermatite.

- Via digestiva:-------------

- A ingestão de 30 a 100 ml de metanol é mortal para o adulto e osdistúrbios aparecem após um tempo de latência de algumas horas oudias e podem ser:- náuseas- dor epigástrica- vômitos

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- distúrbios neuro psíquicos como cefaléia, vertigens,embriaguez, astenia, sonolência e delírio, que pode levar aocoma.

- distúrbios oculares como midríase, ausência de reflexo a luz ecegueira.

- distúrbios hemodinâmicos com hipotensão.

- distúrbios metabólicos como acidose e acetonúria.

Tratamento específico

- Ingestão - lavagem gástrica com uma solução de carvão ativo (40 -60 g/l).

- Administrar álcool etílico para inibir a oxidação do álcoolmetílico, ingerindo 3 litros de uma solução de álcool etílico a5%, durante 12 horas.

- Combater a acidose administrando EV ou via oral, uma solução de

bicarbonato ou lactato de sódio controlando a reserva alcalina.

- Manter funções vitais.

- Combater a hipotensão.

- Manter o estado nutritivo adequado administrando pequenasquantidades de alimento em intervalos regulares de 3 a 4 horas.

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 METILETILCETONA 

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------A metiletilcetona é de início narcótica. O seu efeito irritanterelativamente forte sobre os olhos e as vias respiratórias ésurpreendente (efeito de advertência). No caso de exposiçãoprolongada dos olhos ao líquido podem ocorrer danos graves àcórnea. Os envenenamentos agudos com a metiletilcetona de quese tem notícia até o momento são raros, sendo que em dois deleshouve o efeito sinergético da acetona. Nos casos graves náusea,vômitos, sensações de vertigens e de angústia, cefaléia,narcose. Na forma crônica ocorre o aparecimento de polineuritesensível-motora. A ação da metil-n-butil-cetona ou do n-hexanoparecem ser potencializadas pela presença da metiletilcetona (oque não ocorre com a metilisobutilcetona). O contato com a

pele, mesmo com os vapores concentrados pode provocar danos àpele. Já se reconheceu uma tendência a prejudicar adescendência, mas ainda não foi possível estabelecer umaclassificação unívoca (Grupo D).

2. Primeiros socorros------------------Em caso de inalação ar fresco, liberar as vias respiratórias.Inalar o mais depressa possível um spray de Dexamethason (p.ex.Auxiloson). Repouso, aquecimento, eventualmente auxílio àrespiração. Em caso de risco de perda dos sentidos manter etransportar o acidentado deitado de lado em posição estável, emcaso de dispnéia com a cabeça alta. Em caso de contato com osolhos enxaguar com água corrente durante alguns minutos,mantendo as pálpebras do acidentado bem abertas. Aplicar antesse possível 1 a 2 gotas de Chibro-Kerakain e após colírioIsogutt, fechando com uma gaze solta. Encaminhar aooftalmologista. Em caso de ingestão dar imediata erepetidamente bastante água, se possível com carvão ativado.Utilizar como laxante sulfato de sódio (1 colher de sopa em 1copo de água) com bastante carvão ativado. Não dar óleos graxosou leite ao acidentado em hipótese alguma. Indicar ao médico eà clínica a denominação do material perigoso e eventualmenteencaminhar amostra com maiores informações.

3. Orientação médica-----------------Iniciar ou continuar os primeiros socorros, no mais tratamentosintomático. Controle do equilíbrio ácido-base e da reserva deálcalis. Normalmente só é necessária a internação no caso deingestão de grandes quantidades.

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 METILISOBUTILCETONA 

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------A metilisobutilcetona atua principalmente como irritante localda pele e olhos. As concentrações de vapor mais altas têm açãolevemente anestésica. A concentração de 1000 ml/m3 leva(conforme relatório da ICI) com inalações prolongadas a fortesecreção de saliva e lágrimas. Na faixa do valor MAK (100ml/m3) encontram-se relatos sobre cefaléias e tonturas. Airritação só desaparece abaixo de 20 ml/m3. Pode ocorrertolerância passageira a valores mais altos, que só se mantémdurante alguns dias.

2. Primeiros socorros

------------------Em caso de inalação ar fresco, liberar as vias respiratórias.Fazer inalar o mais depressa possível o spray de Dexamethason(p.ex. Auxiloson). Repouso, aquecimento, eventual auxílio àrespiração. No caso de risco de perda dos sentidos manter etransportar o acidentado deitado de lado em posição estável, emcaso de dispnéia com a cabeça alta. Em caso de contato com osolhos lavar durante alguns minutos com água corrente mantendobem abertas as pálpebras do acidentado. Aplicar antes na medidado possível 1 a 2 gotas de Chibro-Kerakain e após colírioIsogutt, fechando com uma gaze solta. Encaminhar aooftalmologista. Em caso de ingestão dar imediata erepetidamente bastante água, se possível com carvão ativado.Utilizar como laxante sulfato de sódio (1 colher de sopa em umcopo de água) com bastante carvão ativado. Não dar aoacidentado óleos graxos ou leite em hipótese alguma. Encaminharao médico/clínica a designação do material e eventualmente umaamostra.

3. Orientação médica-----------------Início ou prosseguimento dos primeiros socorros, em caso deingestão desenvenenamento por passagem forçada pelo intestinocom adição de carvão ativado. No mais tratamento sintomático.

Controle do equilíbrio ácido-base e da reserva de álcalis. Emgeral a internação só é necessária no caso de ingestão degrandes quantidades.

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 MONOCLOROBENZENO

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------Conhece-se muito pouco sobre a toxicidade do monoclorobenzenoapesar da difusão do seu uso no ambiente industrial. Sabe-se,de qualquer forma, que ele age como depressivo do sistemanervoso central e em dosagens mais altas como narcótico. Nocaso de exposição mais prolongadas, principalmente sobre a pele,ocorrem danos ao fígado e aos rins. As formações demetahemoglobina que se observaram parecem estar ligadas aimpurezas das qualidades industriais (p.ex. ocorrência denitrobenzol). Descreve-se também uma coloração avermelhada daurina. Em caso de contato com os olhos sucede uma inflamaçãodois dias após, sem consequências. O contato prolongado erepetido com a pele leva a perda de gordura e inflamação. Não

se conhece efeito hematológico nocivo semelhante ao que ocorrecom o benzol. Dentro dos limites dos valores MAK não hánecessidade de preocupação com danos à descendência.

2. Primeiros socorros------------------Lavar bem a pele/mucosa atingida com água, eventualmente comsabão. Em caso de contato com os olhos enxaguar durante algunsminutos com água corrente mantendo bem abertas as pálpebras doacidentado. Aplicar antes se possível 1 a 2 gotas de Chibro-Kerakain e após colírio Isogutt fechando com gaze solta.Encaminhar ao oftalmologista. No caso de inalação ar fresco,manter livres as vias respiratórias. Em caso de paradarespiratória auxílio à respiração, eventualmente oxigênio.Repouso, aquecimento. Em caso de ingestão evitar vômitos.Encaminhar ao médico. Manter o acidentado deitado de lado emposição estável.

3. Orientação médica-----------------Em caso de ingestão administrar imediatamente óleo de parafina(aprox. 3 ml/Kg) e sulfato de sódio (1 colher de sopa em 1/4 delitro de água). Evitar óleo de rícino, leite e álcool! Não

fazer lavagem estomacal sem incubação (risco de aspiração). Nãoadministrar nenhum medicamento do grupo adrenalina-efedrina; emcaso de necessidade aplicar 20 ml de solução de glicose a 20-40%por via endovenosa. Em caso de convulsões aplicar com cuidadoHexobarbital-sódio por via endovenosa. Controle do equilíbrioácido-base e da diurese. No caso da insuficiência circulatóriatratamento de choque. Não havendo melhora aplicar 1 ampola demetanfetamina subcutânea.

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 MONÓXIDO DE CARBONO

Sinonímia

- Monóxido

Características Gerais

É um gás incolor, inodoro, insípido e pouco solúvel em água eálcool. Afinidade do monóxido pela hemoglobina é de 200 a 300vezes maior que a do oxigênio.

Tolerância (valor limite)

39 ppm ou 43 mg/m3.

 Absorção

- Via respiratória- Via cutânea e mucosa- Via digestiva

Efeitos (sinais e sintomas)

O monóxido de carbono é classificado como asfixiante químico,combina com a hemoglobina do sangue para formar acarboxihemoglobina. Esta impede assim, a hemoglobina de secombinar com o oxigênio para formar a oxihemoglobina econseqüentemente, o organismo fica privado de oxigênio podendoproduzir leves palpitações no coração, vertigem e confusão mental,dores de cabeça, náuseas, inconsciência, pressão na fonte,fraqueza, tontura, diminuição da visão, pulso e respiraçãoaumentados, coma com convulsÕes intermitentes; depressão cárdio-respiratória.

Tratamento específico

- Medidas gerais de primeiros socorros e de tratamento específico.

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 MORFOLINA 

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------Do ponto de vista toxicológico, a morfolina assemelha-se aoamoníaco. O líquido de forte reação alcalina provoca corrosãograve da pele, com necrose. Há risco particularmente para osolhos. Os vapores irritam as mucosas dos olhos e das viasrespiratórias. Ocorre lacrimejamento, forte irritação do narize tosse. Nos casos graves há possibilidade de edema pulmonar.O cheiro apresenta forte efeito de advertência. Não seobservaram efeitos crônicos. As reações com agentes nitrosantespode ter como resultado a formação da N-morfolina nitrosa, que écancerígena. Há tendência a danos à descendência, mas ainda nãose pode estabelecer uma classificação unívoca (Grupo D).

2. Primeiros socorros------------------Lavar bem com água a pele/mucosa atingida, e em seguida comsolução de ácido acético diluído a 5%. É preferível a limpezacom polietileno-glicol 400 (Ludigol, Ruticlean). Não utilizarálcool. Em caso de inalação ar fresco, liberar as viasrespiratórias. Fazer inalar o mais depressa possível um sprayde Dexamethason (p.ex. Auxiloson). Repouso, aquecimento,eventualmente auxílio à respiração. Em caso de perigo de perdados sentidos colocar e transportar o acidentado deitado de ladoem posição estável, em caso de dispnéia com a cabeça alta. Emcaso de contato com os olhos enxaguar com água corrente durantealguns minutos, mantendo as pálpebras do acidentado bem abertas.Aplicar antes se possível 1 a 2 gotas de Chibro-Kerakain e apóscolírio Isogutt, fechando com uma gaze solta. Encaminhar aooftalmologista. Em caso de ingestão (o que não é prováveldevido ao forte cheiro de advertência) fazer beber imediata erepetidamente bastante água, se possível com carvão ativado.Evitar vômitos na medida do possível. Não dar ao acidentadoóleos graxos ou leite em hipótese alguma. Informar ao médico eà clínica a denominação do produto e se possível encaminharamostra com maiores informaçÕes.

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3. Orientação médica-----------------No caso de aspiração de grandes quantidades tratamentoprofilático do edema pulmonar. Aplicar o mais depressa possívelo spray de Auxiloson e altas doses de Prednisolon por viaendovenosa. Acrescentar infusão de um total de aproximadamente

0,5g de THAM/Kg Repouso, aquecimento. Profilaxia dasinfecções. Morfina somente em doses pequenas. Em caso deingestão administrar imediata e repetidamente bastante água comcarvão ativado. Utilizar como laxante sulfato de sódio comcarvão ativado. Não utilizar óleo de rícino, leite ou álcool.

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 NEGUVON (DIPTEREX 50)

Sinonímia

- Triclorfon- Fosfonato de 0,0 dimetil-OXI-2,2,2, tricloretil- Dipterex 5

Características Gerais

Pó branco, líquido incolor, inflamável, solúvel em água.

 Absorção

- Via cutânea

- Via mucosa- Via respiratória

Efeitos (sinais e sintomas)

Pequenas exposições múltiplas podem causar efeito cumulativo.

BENIGNOS MODERADOS GRAVES-------- --------- ------cefaléia vômitos cianoseanorexia e náuseas cólicas/diarréia edema pulmonardebilidade sialorréia arreflexiavertigem lacrimejamento perda do controle devisão turva sudorese esfínctermiose dispnéia convulsÕes

bradisfigmia comatremores parada cardíacacontr.musculares choqueataxia insuf.respiratória

Tratamento específico

- Atropina - 1 a 6 mg E.V. de 5 a 30 minutos, em 30 minutos, atéindicarem sinais de atropinização.

- Oxima - iniciar 5 minutos após a atropina e 36 a 48 horas apósocorrido o acidente.

- Contrathion - aplicar 400 mg E.V. (2 amp) dissolvidos em 20 ml deágua destilada ou solução fisiológica 0,9%,lentamente (+/- 1 ml/minuto).

- repetir 200 mg E.V. (1 amp) após 10 minutos.- se necessário repetir 200 mg E.V., de 6 em 6 horas,

até completar a dose de 1 g (5 amp).

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- Toxogin - aplicar 250 mg E.V., se obtiver resposta satisfatória.- aplicar 250 mg E.V., após 10 minutos e mais 1 ou 2vezes com intervalos de 2 horas.

- dose máxima - 3 a 5 mg/Kg.

- Lavagem gástrica - 200 mg de solução fisiológica 0,9%, até sairlimpa.- não dar óleo, leite ou alimentos gordurosos.

- Contra-indicação - morfina.- teofilina (aminofilina)- tranqüilizantes- fenotiazinas (migistren, neuleptil, toplexil)- reserpina

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 NITRITO DE SÓDIO

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------A absorção do nitrito de sódio leva inicialmente à formaçãoreversível de metahemoglobina sem a formação dos corpúsculosinternos de Heinz. A substância só é letal em dosagens a partirde alguns gramas. De acordo com Oettel não ocorre efeitopotencializador do álcool. a decomposição no corpo leva até 12horas dependendo da quantidade. Os sintomas que ocorrem, sobcertas circunstâncias retardador, são: pressão na cabeça,vertigem, queda da pressão arterial, cianose cinza-pardo emucosas azuladas. No caso de dosagens altas colapsocirculatório.

2. Primeiros socorros------------------Em caso de ingestão fazer beber água abundante repetidas vezesprovocando vômitos repetidamente, e administrar por fim carvãoativado e sulfato de sódio (1 colher de sopa em 1 copo de água).Transportar para o médico. Em caso de contato com a pele lavarcom água abundante! No caso de contato com os olhos aplicar omais depressa possível 1 a 2 gotas de Novesine 0,4% em cadaolho, e enxaguar bem em seguida com água corrente durante algunsminutos, aplicar colírio Isogutt e fechar com gaze solta.

3. Orientação médica-----------------Eliminação do veneno, eventualmente lavagem estomacal com ascautelas usuais. Contra a formação de metahemoglobina azul deo-toluidina (o-Toluidinblau), terapia da circulação. O oxigêniosó é necessário em caso de cianose grave. No caso de exposiçãoa gases de queima profilaxia contra o edema pulmonar, fazerinalar o mais depressa possível spray de Auxiloson.

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 NITROBENZENO (C6 H5 NO2)

Sinonímia

- Essência de mirbana- Nitrobenzol- óleo de mirbana

Características Gerais

Líquido oleoso, amarelo-esverdeado à marrom, com odor semelhante àgraxa de sapatos; adocicado (amêndoas). Solúvel em álcool, éter,acetona, benzeno e muito pouco solúvel em água. Vapores maispesados que o ar.

Tolerância (valor limite)

1 ppm ou 5 mg/m3 DL = 1 ml

- Absorção

- Via respiratória- Via cutânea e mucosa- Via digestiva

Efeitos (sinais e sintomas)

- Via respiratória----------------

- Agudo

- exposição a nível de 5,25 mg/m3: vertigens, cefaléia, formação demetahemoglobina

- acima de 200 mg/m3: metahemoglobina intensa, hipoxemia, lesõeshepáticas, renais e cerebrais e alterações gráficas no ECG.

- Via cutânea e mucosa:

---------------------Pode provocar queimaduras no contato com os olhos.

- Crônico

- Vertigens e cefaléia.

- Perda de peso, anemia, fraqueza, irritabilidade, vertigens,cefaléia e insuficiência hepática.

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- Metahemoglobina

15% cianose perceptível (unhas, lábios e orelhas)40% cianose mais intensa: a pele torna-se cinzenta, podendo

manifestar alguma dor.

Tratamento específico- Ingestão - lavagem gástrica ou emese administrando laxantes.

- Usar redutores da hemoglobina: vitamina C (ácido ascórbico), se 1a 4 g por via E.V., ação lenta.

- Solução de azul de metileno a 1% - 1 a 3 mg/Kg - via E.V. doseúnica ou doses fracionadas para evitar fenômenos de depressãoventricular, ação rápida - em torno de 1/2 hora.

- Hidratação venosa - solução glicosada a 5%.

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 NITROTOLUENO

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------Os nitrotoluenos provocam envenenamentos agudos. Estes podemaparecer como metahemoglobinemia ou distúrbiosgastrointestinais, muitas vezes com complicações hepáticasgraves. Se ocorrerem distúrbios nervosos, que muitas vezeslevam a um coma tóxico, permanecem consequências, em algunscasos distúrbios polineuríticos. A aspiração dos vaporesprovoca tonturas, vômitos, dores de cabeça, perda deconsciência, paralisia, colapso circulatório, dispnéia. O riscode envenenamento de maior interesse para a medicina industrial éa reabsorção pela pele.

2. Primeiros socorros------------------Limpar completa e imediatamente a pele com água corrente,lavando depois com vinagre ou solução de ácido acético a 5% oude preferência polietilenoglicol 400 (Lutrol); cuidado com autilização de álcool. Lavar os olhos durante alguns minutosretirando os respingos com água corrente mantendo as pálpebrasdo acidentado bem abertas. Em caso de inalação: ar fresco,respiração artificial, repouso, aquecimento. Manter etransportar o paciente deitado de lado em posição estável.

3. Orientação médica-----------------No caso de ingestão da substância fazer beber água abundantevárias vezes provocando vômitos repetidos, lavagem estomacal comcuidado. Utilizar como laxante carvão animal e sulfato de sódio(1 colher de sopa em 1/4 de litro de água morna). Não utilizaro último se já houver sinal de metahemoglobinemia. infusões deglicose e NaCl. Thionin 10 ml a 20% por via endovenosa,eventualmente vitamina C 1,0 g por via endovenosa. Nos casosgraves transfusão de sangue. Manter boa diurese devido ao riscode anúria por hemólise. Cuidado com a hipotermia.Eventualmente oxigênio, respiração artificial, analépticos, nãopermitir álcool, óleo de rícino e leite. Controle e correção da

circulação e das funçÕes ácido e base, bem como água eeletrólitos e rins e fígado.

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O L E U M 

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------O ácido sulfúrico concentrado, dado o seu efeito de forteabsorção de água é extremamente corrosivo e destrói os tecidos.Como não se forma crosta de ferida da corrosão o ácido penetrarapidamente. Ocorrem feridas fortes. No caso de contato com osolhos há risco agudo de sua destruição imediata. O trióxico deenxofre liberado tem ação irritante/corrosiva sobre as mucosasdos olhos e sobre as vias respiratórias, produzindo tosse einflamação das vias respiratórias superiores. Se a contaminaçãofor habitual podem ocorrer danos aos pulmões (bronquite crônica)e danos aos dentes incisivos. Uma dosagem abaixo de 4 mg/l jáimpossibilita a respiração. A ingestão é praticamenteimpossível dado o efeito altamente irritante do SO3.

2. Primeiros socorros------------------Lavar a área de pele/mucosa afetada com água abundante o maisdepressa possível e cobrir com atadura solta. Antes de retiraras roupas atingidas colocar bastante água nelas de forma aevitar a propagação do ácido. Em caso de contato com os olhoslavar os olhos durante alguns minutos retirando os respingos comágua corrente mantendo as pálpebras do acidentado bem abertas.Aplicar previamente, na medida do possível, 1 a 2 gotas ceChibro-Kerakain e após a lavagem um colírio Isogutt, cobrindocom uma gaze solta. O tratamento a seguir deverá ser realizadopor oftalmologista. No caso de inalação de vapores ar fresco,liberação das vias respiratórias, injetar nas vias respiratóriasum spray de Dexamethason (p.ex. Auxiloson) o mais depressapossível. Repouso, calor, eventualmente equipamento deoxigênio. Transporte para local onde o acidentado recebacuidado médico, com a cabeça alta em caso de problemarespiratório.

3. Orientação médica-----------------Qualquer contato com vapores de ácido sulfúrico traz consigo o

risco de danos profundos aos tecidos da derme e das mucosas. Otratamento deve ser tópico. Lavagem intensa com água,utilização de ataduras esterilizadas. No caso de áreas extensasafetadas terapia da perda de líquidos, terapia de choque,expansor de plasma, analgésicos. No caso de queimaduras gravesenviar a clínicas especializadas. Exame preventivo conforme BG-Grundsatz G 22.

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ORTO NITRO ANILINA 

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------A nitroanilina é um tóxico hematológico muito forte, que provocaa formação de metahemoglobina mesmo em pequenas quantidades. Oálcool aumenta muito esse efeito. O efeito local é de forteirritação da pele e das mucosas. O contato repetido com a peleprovoca dermatite. A ingestão ou a aspiração de pó oureabsorção pela pele provocam dores de cabeça, rubor facial,problemas respiratórios, vertigem, vômitos, fraquezageneralizada, cansaço, cianose e coma.

2. Primeiros socorros------------------

Lavar bem a área de pele atingida com água corrente, depois comsolução de vinagre ou de ácido acético a 5%; o ideal épolietilenoglicol 400 (Lutrol); não utilizar álcool; limpar osrespingos nos olhos durante alguns minutos com água corrente comas pálpebras bem abertas. Em caso de aspiração: ar fresco,respiração artificial eventualmente, repouso, aquecimento,manter e transportar o acidentado deitado de lado em posiçãoestável.

3. Orientação médica-----------------Em caso de inalação administrar oxigênio imediatamente,aplicando tratamento sintomático em caso de necessidade. Emcaso de ingestão da substância fazer beber imediata erepetidamente água abundante e provocar vômitos, utilizareméticos com as precauções usuais. Utilizar como laxanteParaffinum subliquidum (aproximadamente 3 ml/Kg) e sulfato desódio (1 colher de sopa em 1/4 de litro de água morna), carvãoativado. Abster-se de óleo de rícino, leite e álcool! Paraacelerar a evolução regressiva da metahemoglobina aplicartionina (a 0,2%) ou azul de metileno (a 1%) ou toluidina (a 4%),optando pelo de obtenção mais rápida e repetindo a administraçãose necessário. Controle e correção da circulação sanguínea e doequilíbrio de ácidos e bases, bem como água e eletrólitos e das

funçÕes renal e hepática. Manter boa diurese. Cuidado com ahipotermia! Não administrar adrenalina, e sim hipertensina.

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ORTO-XILENO

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------Ao contrário do benzol, os xilenos não atacam o sangue, uma vezque eles não formam produtos intermediários com esse efeito noorganismo. aparecem muitos ácidos do toluol que são eliminadospela urina associados à glicina. Uma parte do xilol é eliminadapela respiração. Ação irritante das mucosas; os vapores atacamparticularmente o sistema nervoso central e atuam de maneirafortemente narcótica em altas concentraçÕes. É possívelocorrerem condições de embriaguez e de excitação, desmaioprofundo, parada cardíaca e paralisia respiratória. Risco dechoque, intolerabilidade do álcool. A inalação prolongada depequenas concentraçÕes faz surgir cefaléia e vertigens, além dedistúrbios gastrointestinais com náuseas. Não se conhecem danos

crônicos. Há tendência a dano à descendência mas ainda não foipossível estabelecer uma classificação unívoca (Grupo D).

2. Primeiros socorros------------------Lavar a pele/mucosa atingida com água, eventualmente com sabão.Em caso de contato com os olhos enxaguar com água correntedurante alguns minutos, mantendo as pálpebras do acidentado bemabertas. Aplicar antes se possível 1 a 2 gotas de Chibro-Kerakain e após colírio Isogutt, fechando com uma gaze solta.Encaminhar ao oftalmologista. Em caso de inalação ar fresco,liberar as vias respiratórias. No caso de parada respiratóriaauxílio à respiração, eventualmente oxigênio. Repouso,aquecimento. Em caso de ingestão fazer beber repetidamentebastante água com carvão ativado. Evitar vômitos. Transportepara atendimento médico. O acidentado deve ser mantido deitadode lado em posição estável.

3. Orientação médica-----------------Em caso de ingestão administrar imediatamente lama de carvãoativado e sulfato de sódio (1 colher de sopa em 1/4 de litro deágua). Evitar óleo de rícino, leite e álcool! Não fazer

lavagem estomacal sem incubação (risco de aspiração). Nãoadministrar nenhum fármaco do grupo da adrenalina-efedrina; emcaso de necessidade 20 ml de solução de glicose a 20-40% por viaendovenosa. No caso de convulsÕes aplicar com cuidadoHexobarbital-sódio por via endovenosa. Controle do equilíbrioácido-base e da diurese. No caso de insuficiência circulatóriatratamento de choque. Não se apresentando melhora aplicar umaampola de metanfetamina por via subcutânea. Pesquisa decontrole conforme BG-Grundsatz G 29.

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OXICLORETO DE FÓSFORO

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------O oxicloreto de fósforo reage com a umidade do ar formandoanidrido clorídrico e ácido fosfórico, o que provoca o efeitoirritante acentuado sobre as mucosas dos olhos e do tratorespiratório. A reação, que se torna lenta devido à reduzidasolubilidade em água, possibilita uma penetração profunda pelasvias respiratórias, com pequeno efeito de advertência imediato.A falta inicial do incômodo subjetivo aumenta o perigo daformação de danos muito graves e irreversíveis às viasrespiratórias inferiores com edema pulmonar e secreção espumosa,muitas vezes com sangue. A fase aguda ocorre freqüentemente aolongo de um processo crônico prolongado. Como efeitoscolaterais ocorrem cefaléias, pequenas vertigens, astenia, perda

de apetite, tonturas, vômitos e dificuldade de engolir. Ocontato imediato com a pele leva, dependendo da duração docontato e da umidade presente, a queimaduras por ácido deintensidade variada. A ingestão provoca destruição profunda dostecidos das mucosas atingidas.

2. Primeiros socorros------------------Lavar bem a pele/mucosa atingida com água, eventualmente comsabão. Em caso de contato com os olhos enxaguar durante algunsminutos com água corrente mantendo bem abertas as pálpebras doacidentado. aplicar antes se possível 1 a 2 gotas de Chibro-Kerakain e após colírio isogutt fechando com gaze solta.Encaminhar ao oftalmologista. no caso de inalação, ar fresco,manter livres as vias respiratórias. Fazer inalar o maisdepressa possível um spray de Dexamethason (p.ex. Auxiloson).Repouso, aquecimento, eventualmente auxílio à respiração.Encaminhar ao médico, em caso de dispnéia sentado com a cabeçaalta.

3. Orientação médica-----------------Tratar as partes da pele atingidas pela substância como

queimaduras por ácido. No caso de inalação continuar otratamento com spray de Dexamethason (p.ex. Auxiloson) contraedema das vias respiratórias ou iniciá-lo o mais rapidamentepossível. Repouso absoluto e aquecimento prolongados.Encaminhar a clínica especializada em envenenamentos.

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ÓXIDO DE ETILENO

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------O óxido de etileno atua como amortecedor central e venenoprotoplasmático fortemente irritante. Como o limite de odorfica em 700 ml/m3 não há limite de advertência adequado. Ocontato, mesmo com as soluções diluídas pode provocar, às vezescom retardamento de algumas horas, irritações e necroses dosolhos com danos à córnea, e na pele irritaçÕes, edemas,degenerações de pele com formação de bolhas e necrose das áreasatingidas. Reside aqui o perigo principal que ocorre noambiente industrial. A forte atuação dos vapores leva, mesmocom latência de algumas horas, a irritaçÕes dos olhos e das viasrespiratórias, bem como a depressões do sistema nervoso central.Vertigens, vômito prolongado a intervalos, cefaléia, diarréia,

seguida de acessos de confusão mental, fraqueza profunda dasextremidades. As altas concentraçÕes tem efeito narcótico, masnão provocam edema pulmonar. Não se conhecem envenenamentoscrônicos. observou-se efeito cancerígeno em experimentosrealizados com animais. a classificação da Comunidade Europeiaé de mutagênico.

2. Primeiros socorros------------------No caso de contato com os olhos enxaguar durante alguns minutoscom água abundante. Retirar imediatamente as roupascontaminadas e elimina-las colocando-as em recipiente fechado.Lavar bem a pele com água e sabão (se possível banho). No casode contato com o líquido tratamento local conforme o caso.Profilaxia da infecção. Em caso de inalação ar fresco, manterlivres as vias respiratórias, repouso, aquecimento, spray deDexamethason (p.ex. Auxiloson). Encaminhar obrigatoriamente aomédico.

3. Orientação médica-----------------Em caso de inalação aplicar eventualmente oxigênio. Observarparticularmente a circulação e o equilíbrio de eletrólitos,

água, ácido-base; controlar depois as funçÕes renal e hepática;no caso de danos graves à pele utilizar desde logoglucocorticóides e antibióticos. Para avaliar a excitação e anáusea persistente administrar Promazin com cuidado, em caso denecessidade oxigênio. Controle da urina, em caso de acidoseadministrar carbonato e lactato de sódio. Observar infecçÕessecundárias dos pulmÕes. Pesquisa preventiva de medicina dotrabalho conforme BG-Grundsatz G 40.

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ÓXIDO DE PROPILENO

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------De acordo com a concentração o óxido de propileno atuaprincipalmente como irritante, chegando a corrosivo da pele emucosas. O líquido puro não irrita a pele exposta, porque seevapora com grande rapidez. As soluçÕes de propileno podem,entretanto, apresentar efeito fortemente irritante ou até mesmocorrosivo. O maior perigo está nos olhos. Além disso observou-se um efeito depressivo sobre o sistema nervoso central. Ainalação provoca náusea, vômitos, diarréia, perturbação, ataxiae depressão geral. A substância revelou-se também mutagênica.Os ensaios de cancerigeneidade realizados com animais aos quaisse aplicaram injeções subcutâneas, incubações intragástricas einalação revelaram-se positivos

2. Primeiros socorros------------------Lavar bem a área de pele/mucosa atingida com água, eventualmentecobrir com gaze solta. Em caso de contato com os olhos enxaguardurante alguns minutos com água corrente mantendo bem abertas aspálpebras do acidentado. Aplicar antes se possível 1 a 2 gotasde Chibro-Kerakain e após colírio Isogutt fechando com gazesolta. Encaminhar ao oftalmologista. No caso de inalação, arfresco, manter livres as vias respiratórias. Fazer inalar omais depressa possível um spray de Dexamethason (p.ex.Auxiloson). Repouso, aquecimento. Encaminhar ao médico, emcaso de dispnéia sentado com a cabeça alta.

3. Orientação médica-----------------Em caso de inalação inalar o mais depressa possível spray deDexamethason (p.ex. Auxiloson). Eventualmente administrarsedativo da tosse. Tratamento sintomático das irritaçÕes dapele e pontos de ataque corrosivo. Em caso de irritaçÕes fortesdas mucosas utilizar rapidamente glucocorticóides eantibióticos. Para reduzir a excitação e a náusea utilizar comcuidado Promazin, eventualmente oxigênio. Pesquisa de controle

conforme BG-Grundsatz G 40.

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OXIGÊNIO

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------O oxigênio líquido provoca danos por congelamento e ataques àpele semelhantes às queimaduras, com avermelhamento e aumento ea formação eventual de bolhas. Dependendo das circunstânciaspoderá haver destruição de maior ou menor profundidade dostecidos. Dores fortes. Quando o gás perde pressão forma-serapidamente uma névoa fria que se propaga com facilidade.

2. Primeiros socorros------------------Retirar os acidentados da área de perigo e fornecer-lhes arfresco. As consequências da inalação aguda de oxigênio cessam

espontaneamente com repouso. Colocar as partes do corpoatingidas pelo líquido frio mergulhadas em água e retirar aroupa com cuidado. Não friccionar a área de pele atingida ecobri-la com gaze esterilizada. No caso de risco de perda dossentidos colocar o paciente deitado de lado em posição estável etransportá-lo dessa maneira.

3. Orientação médica-----------------Tratar as áreas do corpo congeladas. No caso de dores fortesaplicação subcutânea de uma ampola de hidrocloreto deHydromorphon. Controlar a respiração e a circulação. Aplicar 2ampolas de Methylprednisolon intramuscular. Administrar 1cápsula de antibiótico de amplo espectro 4 vezes ao dia.Persistindo as dores fortes aplicar uma ampola de Diazepanintramuscular. Controlar a respiração e a circulação.Tratamento de choque.

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O Z O N A 

Sinonímia- O3 (ozônio)

Características Gerais

Gás azulado, odor penetrante, sendo outra forma de oxigênio.

Tolerância (valor limite)

- 0,1 ppm no ar / 0,2 mg/m3

 Absorção

-Via respiratória-Via cutânea

Efeitos (sinais e sintomas)

Irritação dos olhos, rinites, dispnéia, tosse, bronquites epneumonias, edema pulmonar, cefaléia, vertigem, sonolência,anorexia, náuseas e vômitos, fadiga, gosto azedo, diminuição daacuidade visual, queimadura na pele podendo ocorrer por contato comlíquido ozona; os sintomas podem persistir de 6 - 9 meses, porémnão se observa incapacidade permanente.

Tratamento específico

. Medidas gerais de primeiros socorros e tratamento específico.

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PARATHION METÍLICO

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------O parathion apresenta uma volatibilidade reduzida e toxicidadepercutânea relativamente baixa, sendo entretanto muito mais altanos solventes orgânicos, já que não há irritação de pele deadvertência. Sintomas típicos: aumento das secreçõessalivares, lacrimais, de sudação, nasais e brônquicas; miose,distúrbios da visão, cefaléia, sensação de medo, náusea,vômitos, cólicas intestinais, diarréia, bradicardia, queda dapressão arterial, dispnéia e cianose; eventualmente convulsÕestônico-clônicas, paralisia, coma. A atividade de colinesterasese reduz prematuramente, e o distúrbio se prolonga por semanas.observaram-se como efeitos crônicos da exposição a pequenasdoses de parathion em animais anemia, leucocitose, queda da

albumina do sangue com aumento relativo da globulina e danos aofígado. A dose letal é de 5-30 mg/Kg, percutânea de 500mg(Oettel) da substância pura. Na forma de emulsão, solução ou póa toxicidade é menor. Se o tratamento for iniciado rapidamenteas chances de salvação são grandes, mesmo com doses letais.

2. Primeiros socorros------------------Lavar imediatamente a pele atingida com solvente orgânico edepois com água e sabão (não usar álcool). Limpar os respingosnos olhos com água corrente (ou de preferência com uma soluçãode bicarbonato de sódio a 3%) mantendo as pálpebras doacidentado bem abertas; enxaguar; aplicar em seguida 1 a 2gotas de solução de homatropina a 1% em cada olho.

3. Orientação médica-----------------Liberar as vias respiratórias, eventualmente com auxílio àrespiração. No caso de envenenamento por via oral fazer beberimediata e repetidamente bastante água e provocar vômitorepetido ou fazer lavagem estomacal (acrescentar bastante carvãoativado); em seguida instilar 20 - 30 g de sulfato de sódio.Evitar óleo de rícino, sulfato de magnésio, leite e álcool. Dar

atropina o mais depressa possível como antídoto. Nos casosmenos graves bastam 0,5 - 1 mg, do contrário 2 mg (em 10 ml desolução fisiológica de sal) muito lentamente por via endovenosaa intervalos de 10 minutos. Nos casos mais graves oxigênio.Além

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disso aplicar por via endovenosa reativadores da colinesterase,aprox. 3-4 mg/Kg No mais tratamento sintomático e profilático;liberar as vias respiratórias, no caso de ameaça de asfixiaincubação imediata, oxigênio e Cardiazol (p.ex. 0,05 aplicadosdevagar por via endovenosa, cuidado com a tendência aconvulsÕes). No caso de convulsÕes aplicar barbitúricos de

efeito rápido além dos antídotos específicos. Evitar opiatos,Phenothiazinas, barbitúricos de efeito prolongado e álcool.

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PARA-NITROFENOL

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------no caso da absorção oral ocorrem na maior parte dos casosvômitos fortes devido aos efeitos de irritação local e ao gostoamargo, o que impede o efeito de reabsorção. O risco aumentacom a exposição simultânea ao calor e ao álcool. Somente emensaios com animais envidenciaram-se os sintomas de cefaléiaaguda, mal estar geral, sensação de vertigem, cansaço e cianoseintensa azul-cinzenta (que passa lentamente das mucosas visíveise das extremidades para o corpo inteiro), hipertermia,metahemoglobinemia e depressão do sistema nervoso central.

2. Primeiros socorros

------------------Retirar a roupa contaminada da área de pele atingida e lavar comágua corrente, após o que lavar com vinagre, de preferênciapolietilenoglicol 400 (Lutrol). Evitar o uso de álcool e oaquecimento. Manter e transportar o acidentado deitado de ladoem posição estável.

3. Orientação médica-----------------Em caso de ingestão da substância fazer beber repetidamentebastante água e vomitar, aplicar emético com cuidado, aplicando-se as cautelas usuais (evitar aspiração). Utilizar como laxanteParaffinum subliquidum (aprox. 3 ml/Kg) e sulfato de sódio (1colher de sopa em 1/4 de litro de água morna). Carvão ativado.Evitar óleo de rícino, leite, álcool. Normais tratamentosintomático de acordo com o grau de gravidade do envenenamento.Em caso de metahemoglobinemia aplicar Thionin ou azul demetileno por via endovenosa.

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PERSULFATO DE POTÁSSIO

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------O efeito fortemente oxidante da substância provoca a irritaçãoda pele e das mucosas, tanto pela aspiração do pó como pelocontato com o material sólido. Os sintomas esperados sãoqueimadura das mucosas do nariz e garganta, dos olhos e acessosde tosse. A solução aquosa tem como efeito principal a formaçãode peróxido de hidrogênio pela formação de ácido sob a pele comforte prurido.

2. Primeiros socorros------------------Lavar a área da pele atingida com água abundante. Retirar as

partículas cristalinas dos olhos com água corrente com soluçãofisiológica de NaCL com as pálpebras do acidentado bem abertas.encaminhar ao oftalmologista! No caso de aspiração de pó, arfresco. Em caso de paralisação da respiração aplicar respiraçãoartificial, eventualmente com oxigênio. No caso de perigo deperda dos sentidos colocar o paciente deitado de lado de maneiraestável e transportá-lo nessa posição.

3. Orientação médica-----------------No caso de ingestão dar salmoura quente (1 colher de sopa deNaCL em um copo de água) e provocar vômito e/ou sulfato de sódio(1 colher de sopa em 1/2 litro de água morna) como laxante.Repouso, aquecimento, liberação das vias respiratórias. No maistratamento sintomático. Na decomposição da substância poraquecimento administrar codeína ou eventualmente também morfinacontra a tosse. Cuidado com o risco de edema pulmonar!

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PIPERIDINA 

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------O perigo principal está na atração. A substância é reabsorvidarapidamente pelo trato gastrointestinal, embora também o sejapela pele, e é em grande parte rapidamente eliminada.Imediatamente após a ingestão salivação, náusea, eventualmentevômitos, distúrbios da visão, sensação de secura na boca, sede,rouquidão, dificuldade em engolir, taquicardia, contrações dosmúsculos da face. Nos casos graves ocorrem comumente paralisiasque começam pelas pernas e vão subindo pelo corpo, terminandocom parada respiratória com privação total dos sentidos.

2. Primeiros socorros

------------------Lavar a pele atingida com água abundante e sabão. Lavar osrespingos nos olhos com água corrente durante alguns minutosmantendo as pálpebras do acidentado bem abertas. Em caso deinalação ar fresco, respiração artificial, liberação das viasrespiratórias, repouso, aquecimento. Manutenção e transporte doacidentado deitado de lado em posição estável.

3. Orientação médica-----------------Provocar vômito imediatamente após a absorção por via oral(provocar irritação da faringe ou fazer beber solução levementeviolácea de permanganato de potássio e provocar vômitonovamente) ou fazer lavagem estomacal tomando as cautelas usuaiscom solução de permanganato de potássio a 0,5%. Administrar emseguida sulfato de sódio (2 colheres de sopa em 1/2 litro deágua morna) como laxante. No mais tratamento sintomático. Emcaso de progresso da paralisia respiração artificial (incubaçãoou traqueotomia, oxigênio) até a retração dos sintomas agudos(não interromper enquanto o coração se mantiver funcionando!).Controle da água e dos eletrólitos e das funçÕes cardíaca ecirculatória.

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POLIÉTERES

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------As irritaçÕes de pele e manifestações alérgicas são agudas,condicionadas quase que exclusivamente pelo meio de reticulação.O mesmo se aplica à inalação dos vapores. Conhecem-semanifestaçÕes asmáticas. Ordem de grandeza do efeito dosperóxidos: fraca = dibutilperóxido terciário, dibenzoilperóxido(50%0, dilauroilperóxido (50%); média = média =butilhidroperóxido terciário, butilperacetato terciário (50%);muito forte = cumolhidroperóxido (70%), metiletilcetonaperóxido(40%), mistura de ciclohexanoperóxido (50%),diciclohexilperóxido (50%), diacetilperóxido (30%), ácidoperacético (40%).

2. Primeiros socorros------------------Lavar imediatamente a área de pele atingida com água utilizandouma pasta para lavagem das mãos. Não utilizar solventes emhipótese alguma! Lavar depois com água de sabão quente, secar eaplicar um creme gorduroso. Os respingos nos olhos devem serretirados por enxaguamento com solução aquosa de bicarbonato desódio a 2% durante alguns minutos, lavando depois os olhos comágua corrente mantendo bem abertas as pálpebras do acidentado.Enxaguar com água abundante sem utilizar a solução debicarbonato de sódio só poderá ser eficiente, em geral, nosprimeiros trinta segundos após o acidente. encaminharimediatamente ao oftalmologista, fornecendo-lhe informação sobreo tipo e ação dos catalisadores e aceleradores bem como sobre asinstruções constantes da "Informationsmerkblatt" correspondente.As áreas da pele atingidas pelo peróxido devem ser limpasimediatamente com água comum, o que em muitos casos, entretanto,não é suficiente. Tem-se demonstrado eficazes as lavagensintensivas com solução aquosa de soda a 5%.

3. Orientação médica-----------------O efeito tóxico de cada um dos componentes apresenta variação

excepcional de acordo com o produto. Eliminar a exposição,lavar com bastante água, no mais tratamento sintomático. Se operóxido atingir o estômago provocar vômitos imediatamente efazer beber uma quantidade suficiente de solução de ascorbato desódio. Esta solução se prepara imediatamente antes dautilização a partir de ácido ascórbico e solução de carbonato desódio.

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SEBACIL

Sinonímia

- O. (dietoxitiofosforil) oximino fenilcetonitril.- Phoxim

 Absorção

- Via cutânea- Via mucosa- Via respiratória

Efeitos (sinais e sintomas)

Inibição da acetilcolinesterase

- Sintomas

Pequenas exposiçÕes múltiplas podem apresentar efeito cumulativo.

BENIGNOS MODERADOS GRAVES-------- --------- ------cefaléia vômitos cianoseanorexia e náuseas cólicas/diarréia edema pulmonardebilidade sialorréia arreflexiavertigem lacrimejamento perda do controle devisão turva sudorese esfínctermiose dispnéia convulsÕes

bradisfigmia comatremores parada cardíacacontr.musculares choqueataxia insuf.respiratória

Tratamento específico

Atropina - 1 a 6 mg I.V. de 5 a 30 minutos, em 30 minutos atéindicarem sinais de atropinização.

Oxima - iniciar 5 minutos após a atropina e 36 a 48 horas apósocorrido o incidente.

Contrathion - aplicar 400 mg I.V. (2 amp.) dissolvida em 20 ml deágua destilada ou solução fisiológica a 7 %,lentamente (+/- 1 ml/min).

- repetir 200 mg I.V. (1 amp.) após 10 minutos.- Se necessário repetir 200 mg I.V. de 6 em 6 horas, até completara dose de 1 g (5 amp).

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Toxogonin - Aplicar 250 mg I.V. se obtiver resposta satisfatória.

- Aplicar 250 mg I.V. após 10 min e mais 1 ou 2 vezes comintervalos de 2 horas

- Dose máxima 3 a 5 mg

. Lavagem gástrica - 200 mg de solução fisiológica 0,9%, até sairlimpa. Não dar óleo, leite ou alimentos gordurosos.

. Contra indicações - morfina.- teofilina(aminofilina).- tranqüilizantes- fenotiazinas (migristen, neuleptil, toplexil).- reserpina.

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SODA CÁUSTICA 

Sinonímia

- Hidróxido de sódio- Soda cáustica- Soda

Características Gerais

Soda cáustica é uma substância sólida de aspecto branco e inodora.Solúvel em soluçÕes aquosas e em água, libera calor. Em contato comalguns metais pode gerar hidrogênio explosivo e inflamável. É umproduto lesivo aos tecidos vivos quando em contato permanente.

Limite de tolerância: Não fixado pelo M. T.

 Absorção

-Via cutânea-mucosa-Via respiratória-Via digestiva

Os fumos em quantidade suficientemente alta, podem causar irritaçãosevera para os olhos, pele e membranas mucosas do tratorespiratório superior. A exposição repetida a soluçÕes diluídaspoderá provocar dermatites.

Efeitos (sinais e sintomas)

A principal manifestação no contato com a soda cáustica é acorrosão. Na intoxicação aguda por ingestão o acidentado apresentador intensa, vômitos, diarréia e colapsos. Os vômitos contém sanguee revestimento mucoso descamado.

Tratamento específico

. Ingestão - administrar imediatamente água ou leite para diluir oproduto.

- suco de frutas, vinagre diluído em igual quantidade com água(suco de limão fresco) podem ser administrados com a finalidadede neutralizar o álcalis.

. Não provocar o vômito e não administrar quaisquer substâncias queinduz, pois aumenta a possibilidade de perfuração.

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. Observar sangramentos.

. Critérios na utilização de sondagens nasogástricas para nãoaumentar as lesÕes.

. Contato cutâneo - lavagem copiosa com água e aplicação tópica de

ácido acético a 2 %, embebidas em compressas de gases.

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SULFATO DE METILA 

Sinonímia- Metil sulfato- Sulfato de Metila- Dimetil sulfato- Sulfato de dimetila- Éster dimetílico do ác. sulfúrico

Características Gerais

Altamente venenoso, líquido incolor, inodoro, oleoso, vapores muitomais pesados que o ar, inflamável com produção de vapores altamente

tóxicos, insolúvel em água, reação violenta c/ amônia concentrada;explosivo em contato com algumas bases terciárias; reage com águaquente, álcalis, ácidos.

 Absorção

- Via cutânea- Via mucosa- Via respiratória

Efeitos (sinais e sintomas)

- Se hidrolisa em ácido sulfúrico e álcool metílico no organismo.

- Ataca órgãos (rins e fígado) e SNC com lesão no nervo ótico -mesmo em contaminação por absorção ou inalação de quantidadesletais, transcorre em intervalos de tempo de várias horas antesque surjam os primeiros sintomas de intoxicação.

Sintomas

- Olhos

. Conjuntivite e edema palpebral

. Fotofobia e lacrimejamento

. Ulceração da córnea.

. Acuidade visual e visão de cores perturbadas.

- Pele

. Prurido

. Queimaduras de difícil cicatrização

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- Inalação

. Perfuração do septo nasal

. erupções necrotizantes de difícil cicatrização (característica deataque corrosivo).

. Dispnéia, dor no peito, tosse com expectoração de pedaços demucosa.

. Edema pulmonar, febre, pneumonia.

- Ingestão

. Queimaduras das mucosas da boca, faringe, estômago,náuseas/vômitos.

- Fígado

. Icterícia

- Rim

. Oligúria.

. Hematúria.

. Albuminúria.

- SNC

. Agitação motora.

. convulsÕes.

. Arreflexia.

- Cardiocirculatório

. Choque, cianose

Tratamento específico

. Pele - lavar com água e sabão as partes atingidas, após usarsolução de amoníaco a 5%

. Inalação de aerosol carbonato de sódio 1,3%

. Administrar corticosteróide

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SULFETO DE CARBONO

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------O sulfeto de carbono atua em primeiro lugar sobre o sistemanervoso. O efeito do líquido sobre a pele e mucosas é o deirritaçÕes fortes, queima, vermelhidão e, sob certascircunstâncias, o desaparecimento de áreas de pele. A exposiçãoà substância por 5 a 10 minutos leva a uma situação semelhante auma queimadura do segundo grau. A propriedade de boasolubilidade em lipides determina uma forte reabsorção pelapele, da qual se podem esperar efeitos sistêmicos em caso degrandes contatos. A inalação de vapores (100 - 1000 ppm) leva airritação das mucosas, agitação, distúrbios da visão, vertigens,vômitos, cefaléia, perda de consciência, parada respiratória. ainalação ou reabsorção pela pele durante períodos prolongados

leva a fadiga, dores nas articulações e insensibilização, bemcomo atonia muscular. Posteriormente ocorrem: irritabilidade,distúrbios do trato digestivo (eventualmente úlcera), psicoses econdiçÕes de embriaguez. No caso de ingestão os sintomasprincipais são vômitos (com cheiro de rábanos podres), cefaléia,cianose, paralisia respiratória, hipotonia, tremor, perda dossentidos e convulsÕes. A dose letal (verificada) a partir de 10g p.o., ou seja 2000 ppm em poucos minutos.

2. Primeiros socorros------------------Em caso de inalação: ar fresco, respiração artificial, repouso,aquecimento, lavar as áreas atingidas do corpo com água. nocaso de contato com os olhos lavar imediatamente com águacorrente com as pálpebras do acidentado bem abertas. No caso devômitos manter a cabeça em posição lateral. Em caso de perigode perda dos sentidos manter e transportar o paciente deitado delado em posição estável.

3. Orientação médica-----------------No caso de ingestão tomar o maior cuidado possível com vômitos elavagem estomacal (risco de aspiração). Administrar laxantes

como Paraffinum subliquidum (até aproximadamente 3 ml/Kg) esulfato de sódio (1 colher de sopa em 1/4 de litro de água).Não administrar óleo de rícino. Evitar também álcool, leite efármacos que paralisem os centros. Em caso de necessidademedidas sintomáticas. A recuperação pode demorar semanas. Osdanos residuais não são raros. Pesquisas de controle conforme"Berufgenossenschaftlichen Grundsaetzen fuer arbeitsmedizinischeVorsorgeuntersuchungen" (princípios estabelecidos pelasassociações profissionais para as pesquisas de controle demedicina do trabalho), Registro G 6.

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TAMARON

Sinonímia

- Methamodophos- 0,5 - Dimetil fosforamidotidato

Características Gerais

Incolor/Amarelo claro, organofosforado, inflamável, solúvel em água

 Absorção

- Via cutânea- Via mucosa- Via respiratória

Efeitos (sinais e sintomas)

Inibição da acetilcolinesterase

Sintomas

- Pequenas exposiçÕes múltiplas podem apresentar efeito cumulativo

BENIGNOS MODERADOS GRAVES-------- --------- ------cefaléia vômitos cianoseanorexia e náuseas cólicas/diarréia edema pulmonardebilidade sialorréia arreflexiavertigem lacrimejamento perda do controle devisão turva sudorese esfínctermiose dispnéia convulsÕes

bradisfigmia comatremores parada cardíaca

contr.musculares choqueataxia insuf.respiratória

Tratamento específico

. Atropina - 1 a 6 mg I.V. de 5 a 30 minutos, em 30 minutos atéindicarem sinais de atropinização.

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. Oxima - iniciar 5 minutos após a atropina e 36 a 48 horas apósocorrido o acidente.

. Contrathion - aplicar 400 mg IV (2 amp.) dissolvida em 20 ml deágua destilada ou solução fisiológica a 0,9%,lentamente (+/- 1 ml/min).

. Toxogonin - aplicar 250 mg IV, se obtiver resposta satisfatória.

- aplicar 250 mg IV, após 10 minutos e mais 1 ou 2 vezes comintervalos de 2 horas.

- dose máxima - 3 a 5 mg/Kg. Lavagem gástrica - 200 mg de sol. fisiológica 0,9% até sair limpa.

- não dar óleo, leite ou alimentos gordurosos

. Contra-indicações - morfina- Teofilina (aminofilina)

- tranqüilizantes- fenotiazinas (migristen, neuleptil, toplexil)- reserpina

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TÉRCIO-BUTILAMINA 

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------A tércio-butilamina, como derivado do amoníaco funciona comoforte agente de corrosão alcalina da pele e mucosas. Apropriedade de solvente do resíduo de butil é responsável pelaliposolubilidade e portanto pela forte reabsorção pela pele.Como muitas aminas, apresenta características fortementealergênicas. O contato com o líquido provoca corrosão da peleque começa sem maior incômodo, mas que acaba se transformando emferidas profundas de difícil cura. O contato com os olhos podelevar a cegueira. Os vapores provocam irritação dos olhos e dasvias respiratórias superiores. A dosagem de 10 a 15 ml/m3 já éfortemente irritante em exposiçÕes rápidas, enquanto que 25ml/m3 são insuportáveis ao cabo de alguns minutos. No caso de

inalação compulsória ocorrem convulsÕes, dispnéia, coma, edemapulmonar.

2. Primeiros socorros------------------Lavar imediatamente a pele atingida com água abundante. em casode contato com os olhos enxaguar com água corrente durantealguns minutos, mantendo as pálpebras do acidentado bem abertas.Aplicar antes se possível 1 a 2 gotas de Chibro-Kerakain e apóscolírio Isogutt, fechando com uma gaze solta. Encaminhar aooftalmologista. Em caso de inalação ar fresco, auxílio àrespiração, repouso, aquecimento, aplicar o mais depressapossível em spray de Dexamethason (p.ex. Auxiloson). Retirarimediatamente as roupas contaminadas. manter e transportar oacidentado deitado de lado com posição estável.

3. Orientação médica-----------------Em caso de inalação aplicar spray de Dexamethason (p.ex.Auxiloson), fazendo 5 nebulizações a cada 10 minutos, bem comooutras medidas de profilaxia do edema pulmonar. No caso deingestão eventual de soluçÕes diluídas (o que é pouco prováveldevido ao cheiro) não provocar vômitos de imediato e fazer beber

bastante água e tão logo quanto possível vinagre ou suco delimão diluídos, eventualmente leite com 2 a 3 ovos crus.Lavagem estomacal cuidadosa observando as cautelas usuais nomáximo 15 minutos após o envenenamento; a partir daí fortementecontra indicada (risco de perfuração!). Liberar as viasrespiratórias. No mais tratamento sintomático. Tratamento dechoque. Auxílio à circulação. Profilaxia da infecção.

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TOLUENO

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------O tolueno não apresenta a toxicidade do benzol, uma vez que nãose oxida no corpo formando quinona. Ele se transforma em ácidobenzóico, que é eliminado pela urina. Cerca de 20% do toluenosai pela respiração. Em caso de inalação ocorrem, dependendo daquantidade inalada e da duração da inalação, cefaléia, tonturas,vertigens, sensação de embriaguez, convulsÕes, perda dossentidos com rigidez da pupila. No caso de inalação compulsóriade grandes quantidades há possibilidade inclusive de óbito porparada respiratória ou colapso cardíaco-circulatório. O quadrode envenenamento pode se complicar pela falta de O2. Ossintomas crônicos são: cefaléia, fadiga, vertigens, perda deapetite, sangramento da pele e mucosas. Descreveram-se efeitos

a longo prazo dos produtos da decomposição com danos à medulaespinal e à composição do sangue, bem como encefalopatias.Reconheceu-se uma tendência de dano à descendência, mas não sefez até o momento uma classificação unívoca (Grupo D).

2. Primeiros socorros------------------Em caso de inalação ar fresco, liberar as vias respiratórias.Fazer inalar o mais depressa possível spray de Dexamethason(p.ex. Auxiloson). Repouso, aquecimento, eventualmente auxílioà respiração. Havendo risco de perda dos sentidos manter etransportar o acidentado deitado de lado em posição estável, emcaso de dispnéia com a cabeça alta. Em caso de contato com osolhos enxaguar com água corrente durante alguns minutos,mantendo as pálpebras do acidentado bem abertas. Aplicar antesse possível 1 a 2 gotas de Chibro-Kerakain e após colírioIsogutt, fechando com uma gaze solta. Encaminhar aooftalmologista. Informar ao médico/à clínica a denominação doproduto e eventualmente fornecer amostra com maiores informaçÕes.

3. Orientação médica-----------------Em caso de ingestão tentar passagem o mais rápida possível pelo

intestino, administrando sulfato de sódio (1 colher de sopa em1/4 de litro de água). Evitar óleo de rícino, leite, álcool.

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Não fazer lavagem estomacal sem incubação (grande risco deaspiração!). Aquecimento. Não utilizar fármacos do grupo deadrenalina-efedrina; em caso de necessidade aplicar por viaendovenosa 20 ml de solução de glicose a 20 a 40%. Em caso deconvulsÕes aplicar com cuidado Hexabarbital-sódio por viaendovenosa. Controle do equilíbrio ácido-base e da diurese.

Eventualmente internação em centro de desenvenenamento.necessidade de acompanhamento clínico de pesquisa posterior.Pesquisa de controle conforme BG-Grundsatz G 29.

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TOLUENO 2, 4 DI ISOCIANATO

Sinonímia- TDI- Nacconato 100- Mondor TDS- Hylene T

Características Gerais

Líquido incolor ou levemente amarelado, odor pungente de frutas,adocicado, inflamável produção de vapores tóxicos (NO2), insolúvelem água.

Tolerância (vapor limite)

- 0,016 ppm ou 0,11 mg/m3

 Absorção

- Via cutânea- Via mucosa- Via respiratória

Efeitos (sinais e sintomas)

- Reage com as proteínas do organismo. O efeito dependeprincipalmente do tempo, natureza e extensão da exposição. Doponto de vista prático o principal risco provém da inalação devapores.

- Via respiratória: Irritação da mucosa das narinas, garganta epulmÕes. Produzindo vários sintomas como lacrimejamento,irritação da garganta, compressão torácica (as vezes comdificuldade na respiração) e cefaléia, o completo desenvolvimento

dos sintomas pode demorar por várias horas após exposição. Reaçãoalérgica asmática pode ocorrer em pessoas suscetíveis, levando aoedema pulmonar.

- Olhos

. Forma líquida - irritação severa com lacrimejamento, desconforto,lesão transitória da córnea.

. Valores - causa irritação em concentraçÕes significantementealtas conjuntivites.

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- Via cutânea. Não é absorvido pela pele em quantidades tóxicas. Provocaqueimadura severa no local com a formação de bolhas. Contatosrepetidos causa sensibilização em certos indivíduos, dermatite de

contato.

- Via digestiva

. Causa queimadura com estenose posterior, baixa toxicidade. Podelevar a danos de estômago e fígado.

Tratamento específico

- Olhos: lavagem dos olhos com água por vários minutos

- Pele: . remoção das roupas

. lavar com água e sabão verde abundantes e álcoolisopropílico a 99%

- Inalação: remover do localmanter em repouso

- Ingestão: não induzir vômitosdar leite ou água - 250 ml se consciente

- Broncoespasmo: tratamento sintomáticosintomas podem demorar 12 horas para iniciar.

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TRICLORETO DE FÓSFORO

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------O tricloreto de fósforo atua como vapor que em contato com aumidade do ar forma anidrido clorídrico com efeito fortementeirritante dos olhos e das vias respiratórias com risco deformação de edema pulmonar ou de inflamação química dos pulmÕes.O líquido atua como ácido clorídrico resultando em corrosãolocal da pele e das mucosas, especialmente nos olhos, comconjuntivite dolorosa e corrosão da córnea. A ingestão dasubstância, de cheiro fortemente agressivo, é praticamenteimpensável e levaria a corrosões gravíssimas. O envenenamentopor reabsorção de fósforo é praticamente impossível devido à suatransformação em ácido fosfórico em contato com os líquidos docorpo.

2. Primeiros socorros------------------Lavar a área de pele/mucosas atingida com água, eventualmentefechando com gaze solta. Em caso de contato com os olhos lavarcom água corrente durante alguns minutos mantendo as pálpebrasdo acidentado bem abertas. Na medida do possível aplicar antes1 a 2 gotas de Chibro-Kerakain e após colírio Isogutt cobrindocom gaze solta. encaminhar ao oftalmologista. Em caso deinalação ar fresco, liberar as vias respiratórias. inalar omais depressa possível um spray de Dexamethason (p.ex.Auxiloson). repouso, aquecimento, auxílio à respiração se for ocaso. Em caso de dispnéia o transporte para o médico deverá serfeito com o acidentado sentado mantendo a cabeça alta.

3. Orientação médica-----------------Em caso de inalação dos vapores continuar ou, se for o caso,iniciar imediatamente o tratamento com o spray de Dexamethason.Sedativos da tosse, tratamento de choque. Em caso de dosagensaltas profilaxia e observação durante o tempo de latência de umpossível edema pulmonar. Em caso de contato com a pele trataros locais que sofreram corrosão ou necrose como queimaduras.

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TRIETILAMINA 

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------A trietilamina tem efeito pronunciadamente acentuado deirritante local da pele, principalmente em solução concentrada.a toxicidade é reduzida. os vapores provocam irritação dosolhos e do aparelho respiratório. As consequências são,conforme a concentração e a quantidade, tosses de irritação,irritação e aumento das mucosas do nariz, faringe e traqueia,falta de ar e sensação de estreitamento ou asfixia. Pode haverescarro com sangue. Posteriormente ocorre nova sensação defalta de ar devido a edema pulmonar ou laríngeo. O contato como líquido provoca irritação da pele. Em caso de contato com osolhos ocorrem danos graves ao tecido conjuntivo e à córnea,mesmo que as quantidades sejam pequenas. A ingestão provoca

corrosão dolorosa das mucosas atingidas com tonturas, vômitos econvulsÕes. É possível também a ocorrência de sensibilização ede manifestaçÕes alérgicas.

2. Primeiros socorros------------------Em caso de ingestão não provocar vômito na medida do possível,fazendo beber água abundante com leve acidez, dissolvendo p.ex.vinagre diluído ou suco de limão com carvão ativado na água.Utilizar como laxante o sulfato de sódio (1 colher de sopa em umcopo de água). Em caso de contato com os olhos lavar com águacorrente durante alguns minutos com as pálpebras bem abertas,aplicando se possível antes 1 a 2 gotas de Chibro-Kerakain eapós colírio isogutt, cobrindo os olhos com uma gaze solta.Encaminhar ao oftalmologista. Em caso de inalação ar fresco,liberação das vias respiratórias. Fazer inalar o mais depressapossível um spray de Dexamethason (p.ex. Auxiloson). Repouso,aquecimento, se necessário respiração artificial. em caso deperigo de perda dos sentidos conservar e transportar oacidentado deitado de lado em posição estável, em caso de faltade ar com a cabeça alta.

3. Orientação médica

-----------------Em caso de aspiração iniciar ou continuar o mais depressapossível o tratamento com o spray de Dexamethason (p.ex.Auxiloson). Em caso de necessidade aplicar Prednisolon por viaendovenosa. Observação prolongada da possibilidade deocorrência de edema no aparelho respiratório. Lavardemoradamente a pele atingida com água morna. Em caso deingestão não provocar vômito na medida do possível. Fazer beberágua abundante com líquidos levemente ácidos e carvão ativado.

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Administrar sulfato de sódio como laxante; eventualmentetratamento de choque.

TRIÓXIDO DE ENXOFRE

1. Características dos efeitos e toxicidade----------------------------------------A inalação dos vapores provoca efeito irritante/corrosivo sobreas mucosas, sobre a pele úmida, sobre os olhos e as viasrespiratórias (relativamente rápido a partir de 100 ppm).Possibilidade de edema da glote, eventualmente bronquite crônicae danos aos dentes. Não se observaram, entretanto,envenenamentos por reabsorção. Se pelo efeito do calorocorrerem vapores venenosos de SO2, há possibilidade de danosgraves aos pulmões.

2. Primeiros socorros------------------Ar fresco, auxílio à respiração, aquecimento, sedação da tosse.A porção de pele atingida deve ser lavada imediatamente com águaabundante, aplicando-se eventualmente depois carbonato dehidrogênio ou água de cal diluída. Lavar os olhos durantealguns minutos com água corrente mantendo as pálpebras doacidentado bem abertas, utilizando de preferência soluçãofisiológica de cloreto de sódio. Não tentar procedimentos deneutralização e encaminhar imediatamente ao oftalmologista.havendo perigo de perda dos sentidos manter e transportar oacidentado deitado de lado de forma estável.

3. Orientação médica-----------------Se houverem sido aspiradas grandes quantidades, sedativoscentrais da tosse e prevenção de infecção com antibióticos.possibilidade de edema da glote. Cuidado com o edema pulmonarnos casos extremos. Durante o período de latência aplicaçãoprofiláctica de altas doses de Prednisolon endovenosa, cominfusão de um total de cerca de 0,5 g THAM por Kg de pesocorporal. Repouso, aquecimento, manter as vias respiratóriaslivres por aspiração. A morfina só deve ser utilizada em doses

pequenas! Espessamento do sangue pela administração de líquidospor via oral ou clister; não tentar contê-lo por outrasinjeções endovenosas. Administração de oxigênio. A ingestão deSO3 é pouco provável devido ao forte efeito irritante dosvapores e da reação violenta com a umidade das mucosas.

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XILENO

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------Ao contrário do benzol, os xilóis não trazem dano ao sangue, umavez que não formam produtos intermediários com esse efeito noorganismo. Ocorrem em maior número os ácidos do toluol, que sãoeliminados pela urina associados à glicina. Uma parte do xilolé eliminada pela respiração. O xilol é irritante das mucosas eos seus vapores atacam principalmente o sistema nervoso centralatuando como narcótico. é possível que ocorram condições deembriaguez e de excitação, profunda perda dos sentidos, paradacardíaca, paralisação da respiração e espasmos. Risco dechoque, intolerabilidade do álcool. A inalação prolongada deconcentrações baixas provoca cefaléia e vertigens bem comodistúrbios gastrointestinais com náuseas. Não se conhecem danos

crônicos. No que diz respeito ao risco da descendênciareconhece-se uma tendência mas ainda não foi possívelestabelecer uma classificação segura (Grupo D).

2. Primeiros socorros------------------Lavar a pele/mucosas atingidas com água, eventualmente comsabão. Em caso de contato com os olhos lavar por alguns minutoscom água corrente mantendo as pálpebras do acidentado bemabertas. aplicar antes na medida do possível 1 a 2 gotas deChibro-Kerakain e após colírio Isogutt, fechando com uma gazesolta. Encaminhar ao oftalmologista. No caso de inalação arfresco, liberar as vias respiratórias. No caso de paradarespiratória aplicar auxílio à respiração, como por exemplooxigênio. Repouso, aquecimento. Em caso de ingestão fazerbeber bastante água com carvão ativado, evitar vômitos.Transportar para local onde haja possibilidade de cuidadomédico. manter o acidentado deitado de lado em posição estável.

3. Orientação médica-----------------Em caso de ingestão administrar imediatamente lodo de carvãoativado e sulfato de sódio (1 colher de sopa em 1/4 de litro de

água. Evitar óleo de rícino, leite, álcool! Não fazer lavagemestomacal sem incubação (perigo de aspiração). Não utilizarqualquer composto de adrenalina/efedrina; em caso denecessidade 20 ml de solução de glicose a 20-40% por viaendovenosa. Em cano de convulsões aplicar com cuidadoHexabarbital-sódio por via endovenosa. Controle do equilíbrioácido-base e da diurese. No caso de enfraquecimento do sistemacirculatório tratamento de choque. Não havendo melhora aplicaruma ampola de metanfetamina subcutânea. Pesquisa de controleconforme BG-GRundsatz G 29.

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XILIDINA 

1. Características dos efeitos e toxicidade

----------------------------------------A xilidina (como a toluidina) é um forte formador demetahemoglobina muito mais ativo do que a anilina. A absorçãopela pele e mucosas é fácil. A presença concomitante do álcoolpotencializa perigosamente os efeitos. Podem ocorrer danosagudos ou crônicos irreversíveis das hemácias, levando à anemia.As concentraçÕes muito altas podem atacar o sistema nervosocentral. Tem-se descrito distúrbios da função hepática. Nosexperimentos realizados com animais observaram-se danoshepáticos diferenciadamente acentuados, bem como danos aospulmÕes e aos rins. Os envenenamentos em ambiente industrialocorrem em geral por reabsorção pela pele. Os sintomas sãonáuseas, cefaléia, eventualmente com euforia ("Anilinpips"),

dispnéia, cianose, bradicardia, hipotonia, hematúria.

2. Primeiros socorros------------------Em caso de contato com a pele retirar imediatamente as roupas eenxaguar a pele atingida com polietilenoglicol (Lutrol,Roticlean), em caso de necessidade com vinagre ou solução deácido acético a 5% aproximadamente e com água e sabão. No casode contaminação de áreas extensas fazer eventualmente banhocompleto em água corrente temperada. Não utilizar álcool emhipótese alguma. Em caso de contato com os olhos lavar durantealguns minutos com água corrente mantendo as pálpebras doacidentado bem abertas. Aplicar antes se possível 1 a 2 gotasde Chibro-Kerakain e após colírio Isogutt, fechando com gazesolta. Encaminhar os oftalmologista. Em caso de ingestãoadministrar imediata e repetidamente bastante água, se possívelcom carvão ativado (3 a 4 colheres de sopa). Evitar vômitos namedida do possível. Utilizar como laxante sulfato de sódio (1colher de sopa em um copo de água). Repouso, aquecimento.Informar ao médico/à clínica a designação da substância eeventualmente uma amostra com outras informações.

3. Orientação médica

-----------------Em caso de contato com a pele prestar ou continuar os primeirossocorros. Em caso de ingestão aplicar o mais depressa possívele repetidamente bastante água com sulfato de sódio e boaquantidade de carvão ativado. Contra a formação demetahemoglobina azul de toluidina, 2 a 4 mg/Kg por viaendovenosa, azul de metileno a 1%, 1 a 2 mg/Kg por viaendovenosa ou Thionin a 0,2% (Helthion) 10 ml por via endovenosae 10 ml intramuscular (a urina se torna escura) ou Vitamina C,

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500 a 1000 mg por via endovenosa. Internação em clínicaespecializada!

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3 MEDIDAS GERAIS DE PRIMEIROS SOCORROS E DE  TRATAMENTO IMEDIATO

3.1. Objetivo--------

Estabelecer medidas padronizadas de assistência imediata aocolaborador acidentado.

As medidas gerais são:

- Inteirar-se sobre qual substância causou o acidente, suamaneira de contato, via de introdução e áreas do corpo

atingidas, possibilitando uma ação mais efetiva.

- Ao prestar uma assistência ao colaborador acidentado, queenvolva substâncias químicas de efeito tóxico ou qualquercausa que acarrete risco para o profissional de saúde, odeve ser observado, isto é, o uso de equipamento de proteçãoindividual (luvas, máscaras, óculos, aventais impermeáveis,botas, etc.) se faz necessário.

- No caso de inalação de substâncias tóxicas, o colaboradoracidentado deve ser afastado imediatamente do ambiente deexposição para um local de ventilação natural, colocando-o emposição cômoda, afrouxando-lhe as roupas e, se houvernecessidade, administrar-lhe oxigênio sob máscara.

- Nos casos de contaminação cutânea, lavar imediatamente a pelecom água corrente abundante (chuveiro ou bico d'água) e sabão,com a finalidade de remover o excesso da substância,realizando o procedimento quantas vezes necessário.

- Nos acidentes que envolvem os olhos, lavar abundantemente comágua corrente ou solução fisiológica, tendo o cuidado demanter as pálpebras afastadas, solicitando que mexa os olhospara todos os lados.

- Não administrar medicamentos nos olhos, exceto quando setratar de neutralizantes específicos para determinados casos;podendo proceder a irrigação ocular com solução fisiológica ouágua corrente e o curativo estéril, encaminhando-o aooftalmologista.

- Nos casos de ingestão, provocar vômitos quando o colaboradoracidentado estiver lúcido ou consciente, e quando a substânciaquímica ingerida não for corrosiva.

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- Não provocar vômitos em colaboradores acidentados que tenhamingerido substância corrosiva ou que estejam em estado deinconsciência.

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- Retirar roupas, sapatos e meias molhadas ou contaminadas porprodutos químicos tóxicos.

- Manter o acidentado em decúbito lateral, se houver iminênciade desmaio e vômitos, tendo o cuidado de desobstruir as viasaéreas superiores, retirando próteses dentárias e secreçõesque porventura estejam dificultando a respiração.

- Puncionar veia periférica para reposição hidro-eletrolítica eestabelecer uma via de administração de medicamentos.

- Manter o repouso e evitar hipotermia,agasalhando convenientemente o acidentado.

- Proteger a cabeça contra acidentes secundários, se houver

sinais de lipotímia.

- Em caso de parada cardio-respiratória, proceder a massagemcardíaca externa sincronizada com a ventilação artificial.

- Observar mudanças na coloração da pele (cianose e palidez)

- Prevenir e tratar o choque.

- Tratar queimaduras.

- Tratar o edema de glote.

- Atentar e tratar o edema pulmonar agudo.

- Verificar e controlar os sinais vitais (PA+TPR).

- Administrar analgésicos, se necessário.

- Dar suporte psicológico ao acidentado, tendo como metaprincipal mantê-lo calmo.

- Combater a hipertermia.

- Realizar a imunoprofilaxia tetânica, quando necessário.

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4 MEDIDAS GERAIS DE PREVENÇÃO  DE ACIDENTES DE TRABALHO

4.1. Objetivo:---------

Propor medidas preventivas que visam evitar acidentes dotrabalho, promovendo a saúde e conscientizando os colaboradoresda influência dos aspectos de saúde na sua prática laborativa.

4.2. Destacaremos a seguir as principais medidas preventivasadotadas nos locais de manuseio e processamento desubstâncias químicas de alto teor de toxicidade e agressãoao organismo:

- Seguir as normas de segurança preconizadas pela legislaçãoem vigor e por sua empresa, dentro das características quelhe forem peculiares.

- Observar e alertar colegas de serviço que encontrem-secometendo ato inseguro ou estejam atuando sob condiçõesinseguras durante às operações ou processos de trabalho.

- Usar e conservar os equipamentos de proteção individualadequados ao risco da exposição, tais como: luvasprotetoras, máscaras com filtros específicos, roupasimpermeáveis e vedantes, botas apropriadas, óculosprotetores, etc.

- Concientizar dos riscos a que estão expostos e atentar parao controle do limite de exposição.

- Submeter periodicamente os colaboradores a treinamento,reciclagem e atualização de conhecimentos que envolvam osriscos de suas atividades, aspectos de segurança e unidadesde saúde.

- Conhecer os locais de evasão propostos pelo esquema geralde segurança da empresa em casos de acidentes, assim comoos locais onde estão instalados os chuveiros de emergência.

- Procurar o SHMT sempre que for percebida alguma sensaçãodesagradável relacionada ao desempenho da atividadelaborativa e também para orientações adicionais sobre asaúde.

- Realizar avaliação periódica de saúde, atentando para oestado geral e controle dos limites de tolerância biológica(LTB) das substâncias a que estão expostos os colaboradores.

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- Orientar os colaboradores quanto aos aspectos de higienepessoal, destacando a importância de:

- não comer, beber ou conservar alimentos nas áreas deprodução e/ou processamento de substâncias químicas.- trocar diariamente o uniforme de trabalho.- evitar o contato de substâncias químicas com a pele, osolhos e as roupas, trocando-as se estiverem molhadas.

- tomar banho após o término do trabalho com bastante águae sabão, lavando principalmente as mãos e o rosto,utilizando após creme emoliente.

- reforçar a limpeza das unhas, cabelos, conduto auditivo edobras cutâneas.

- alimentação, sono e repouso adequados.

- Manter limpo o local de trabalho; havendo derramamento de

ácido no chão, lavá-lo com água em abundância e neutralizarcom cal extinta ou hidróxido de magnésio.

- Orientar o colaborador para que tenha uma atitude tranqüilae segura na ocorrência e/ou atendimento de um acidente.

- Nunca fumar nas dependências da empresa.

- Recomenda-se, como medida de segurança, nunca permitir queo colaborador trabalhe sozinho em áreas de altapericulosidade.

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5 AUTO CUIDADO NO ATENDIMENTO

5.1. Prestar assistência ao indivíduo acidentado é sem dúvida,uma atitude nobre, que engrandece e dignifica o ser humano.Mas, no ímpeto de ajudar o acidentado, podemos enveredarpor caminhos desagradáveis, quando não estamosconvenientemente preparados para este fim. Portanto, torna-se fundamental lembrar alguns preceitos básicos noatendimento ao acidentado.

- Manter o estado emocional equilibrado antes de prestarqualquer cuidado, pois este constitui um fatorpreponderante na qualidade da prestação da assistência.

- Sempre que prestar assistência ao acidentado, procurar o

auxilio de outros colegas ou pessoas que porventura estejamcirculando próximo ao acidente. Por menor que seja a ajuda,como por exemplo, um telefonema, é importante nessasocasiões.

- Usar equipamento de proteção individual sempre que prestarassistência ao acidentado (luvas impermeáveis longas,sapatos ou botas, capacete, máscara contra gás, aventalimpermeável, etc.).

- Ao transportar o acidentado, faça-o com segurança. Para oserviço de saúde, aproveitar a oportunidade e relatar suaprópria exposição no evento, para que seja submetido aexames de avaliação e orientaçÕes; ex.: indivíduodesacordado numa área com escapamento de vapores tóxicos.

- Proceder a auto-higienizaçåo após prestar assistência aoacidentado ou exposição a produtos químicos circunstanciaisem geral, principalmente, efetuar a lavagem das mãos antese após cada atendimento.

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6 RELAÇÃO DOS ANTÍDOTOS

6.1 ÁCIDO ACÉTICO

-------------O vinagre de mesa ou ácido acético a 5%, diluídos (5 colheres emum copo de água), são utilizados para neutralizar os álcaliscáusticos. Em caso de ingestão destes últimos, sem que hajaperfuração gástrica, primeiramente diluir o álcali, fazendo opaciente ingerir grande quantidade de água, administrando então2 copos da água acidificada (ver acima) ou ainda com o suco de1-2 limões.

6.2 ÁCIDO TIÓCTICO (TIOCTIDASE)--------------------------

É um hepatoprotetor, doador grupos SH, e indicado no tratamentode todas as síndromes hepáticas por tóxicos exógenos. A

administração é I.V. em doses de 300 a 500 mg/24horas,preferivelmente em infusão contínua ou ao longo das 24hs. Mesmoem dose duas ou três vezes maior que aquela indicada, não produzefeitos tóxicos ou colaterais indesejáveis, nemincompatibilidade com outras substâncias usadas para a mesmaterapia.

6.3 ALBUMINA DE OVO (CLARA DE OVO)-----------------------------

Bloqueia a ação de substâncias corrosivas e a absorção de saisde metais pesados. Administra-se por via oral 3 a 4 claras deovo emulsionadas em 300 ml de água ou. preferivelmente, em leite.

6.4 ÁLCOOL ETÍLICO--------------

Nas intoxicações por álcool metílico, o etanol a 50%, diluído emágua até 5%, pode ser administrado por via oral, em doses de 1 a1,5 ml/kg. Repetir doses de 0,5 a 1 ml/kg cada 2 horas, durante4 dias, havendo a alternativa de uso de whisky, nas mesmasdoses, sempre diluído em água.Se a via gástrica não for utilizável, o álcool a 50% pode sermisturado com soro fisiológico ou glicosado isotônico (não usarconcentrações de álcool superiores a 5%, pelo perigo deflebotrombose). Controlar o fluxo da infusão de modo aadministrar 0,25 a 0,5 ml/kg de álcool a 50% por hora.

6.5 APOMORFINA----------

É um emético (preparado galênico) fornecido em ampolas de10mg/ml para administração I.M. ou subcutânea; de 3mg/10ml, parainjeção I.V. A dose emética para o adulto é de 5mg I.M. ou maisprecisamente 0,06 mg/kg. Se, após 15 minutos não aparecer o seuefeito, se pode repetir a administração somente uma vez.

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Em caso de urgência é possível utilizar a via I.V., e a injeçãodeve ser feita lentamente até o aparecimento de náuseas. Se oefeito emético for muito prolongado, é possível bloqueá-lo com

nalorfina (1-2 mg I.V.).

6.6 BAL - DIMERCAPROL (Britsh Anti-Lewisite)----------------------------------------É apresentado em ampolas de 100 mg/ml em solvente oleoso.É indicado nas intoxicaçÕes por arsênio, antimônio,  bismuto, mercúrio, níquel e chumbo, sendo perigoso ou inativo nasintoxicaçÕes por outros metais.A administração deve ser sempre I.M., preferivelmente entre 3 -4 hs após a intoxicação por metais, para os quais é indicado. Adose calculada em mg de BAL, e não em ml de solução, conformesegue abaixo:

INTOXICAÇÃO GRAVE; dose 3 mg/kg de peso corpóreo

1o. dia 6 doses/dia cada 4 horas

2o. dia 6 doses/dia cada 4 horas

3o. dia 4 doses/dia cada 6 horas

nos 10 diassucessivos ou até 2 doses/dia cada 12 horasa recuperação

INTOXICAÇÃO DE GRAVIDADE MÉDIA : dose 2,5 mg/kg

1o. dia 6 doses/dia cada 4 horas

2o. dia 4 doses/dia cada 6 horas

3o. dia 2 doses/dia cada 12 horas

nos 10 diassucessivos ou até 1 dose /dia cada 24 horasa recuperação

Em casos particularmente graves é possível utilizar uma doseinicial mais elevada (5mg/kg).

Efeitos secundários:--------------------Mesmo em doses terapêuticas se pode observar efeitos secundáriostransitórios. Doses de 5 mg/kg a cada 3 horas, durante 24horas, não parecem causar efeitos tóxicos decorrentes do acumulo.

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O efeito mais constante do BAL em doses terapêuticas é umaumento da pressão arterial sistólica e diastólica comtaquicardia. Tal incremento é proporcional à dose administrada e

atinge o seu máximo até 2 horas após o uso.Todos os efeitos tóxicos do BAL são reversíveis espontaneamenteapós um breve período de tempo e, por ordem de frequênciaobservada, são: náuseas, vômitos, cefaléias, parestesias(sensação de queimadura, contrição e formigamento) nos lábios,boca, garganta, tórax, mãos e pênis, conjuntivite,lacrimejamento e salivação, sudorese, dores abdominais oulombares, tremores, aparecimento dos sinais de Chvostek(contração dos músculos faciais após bater no tronco do nervofacial logo à frente do meato auditivo externo) e de Trousseau(espasmo do carpo ou "mão de obstetra") - flexão do pulso e dosdedos em correspondência com as articulaçõesmetacarpofalangeanas com extensão das articulaçÕes

interfalangeanas e adução do polegar).

  6.7 AZUL DE METILENO----------------

Apresentado em solução a 1% em ampolas de 10ml é indicado nasmetahemoglobinemias.Atua reduzindo o íon férrico da metahemoglobina a íon ferroso e,então, retornando à hemoglobina normal. A reação acontece porconversão da substância corada em leucobase, por meio dacoenzima DPN (difosfato-piridin-nucleotídeo).Esta leucobase rapidamente reduz o íon férrico (Fe +++) aferroso (Fe ++) enquanto se recupera o azul de metileno.Em presença de DPN reduzido, a reação é contínua e não énecessário, portanto, repetir a injeção do azul de metileno.Se não existe metahemoglobinemia, o azul de metileno converteuma pequena fração de Hb normal em meta Hb.Também o ácido ascórbico (vitamina C), em doses de 1g é capaz dereduzir o íon férrico da metahemoglobina em íon ferroso, mas areação é mais lenta do que aquela com o azul de metileno.O azul de metileno é indicado apenas quando a concentração demetahemoglobina é superior a 40% ou quando houver sinais dehipóxia devido a um déficit no transporte de oxigênio (dispnéia,cianose intensa, cefaléia).Este é, no entanto, inativo na meteahemoglobinemia causada porcompostos clorados e nos indivíduos com carência da glicose - 6

- fosfato desidrogenase (G-6-PDH).As doses indicadas variam entre 10 e 50 ml de solução a 1%segundo a gravidade da situação, ou 1 - 2 mh/kg, por injeçãoI.V., lentamente.

Efeitos colaterais------------------Para doses terapêuticas poderá ocorrer hipertensão, náuseas evertigens. Já em doses mais elevadas (acima de 500 mg) érelatado o aparecimento de vômitos, diarréias, dores torácicas,

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confusão mental, cianose, sudorese e anemia hemolítica. Estesefeitos são fugazes, benignos e reversíveis espontaneamente.

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6.8 CARVÃO ATIVO (carbo medicinalis F.U.)------------------------------------É o adsorvente específico mais usado sob a forma de suspensão a10% em solução fisiológica. Um grama de carvão ativado adsorvede 0,1 a 1 g de substâncias tóxicas.A suspensão é dada na razão de 5 ml/kg e, para a lavagemgástrica, pode se repetir a administração várias vezes após cadaremoção.

Preparação - Agitar vigorosamente 50 g de carvão finamentepulverizado em 400 ml de solução fisiológica num recipiente depelo menos meio litro de capacidade. Garantir que o pó estejabem molhado, além de ser boa norma ter sempre à disposição

algumas ampolas da suspensão pronta para uso.

6.9 EDETATO BICOBÁLTICO (EDTA CO2- KELOCYANOR - NAVARRON LAROCHE)------------------------------------------------------------

É encontrado em ampolas de 300mg/20ml e pode substituir ocomplexo nitrito de amila, nitrito de sódio e tiossulfato usadosno tratamento das intoxicaçÕes por ácido cianídrico e cianetos,talvez com maior eficácia e certamente com simplificação dotratamento.Usado em doses de 300 a 600 mg E.V., seguido rapidamente de 50ml I.V. de solução glicosada hipertônica.

Efeitos colaterais - Hipertensão arterial.

6.10 HIDROXICOBALAMINA-----------------

Apresentada em ampolas de 1000 ug liofilizadas, pararessuspensão no momento do uso. Liga-se ao íon cianeto e éindicada em substituição aos antídotos clássicos (nitrito deamila, nitrito de sódio, tiossulfato) na intoxicação por ácidocianídrico e por cianetos, em doses de 2 a 4 g I.V.. Pode serútil associar igualmente à injeção de tiossulfato de sódio.

  6.11 IPECACUANA (Xarope - IPECA xarope)

----------------------------------É o emético de eleição, preparado galênico que contém: extratofluido de ipecacuana - 7 ml; glicerol 10 ml; xarope simplesq.s.p. 100 ml.É utilizado em doses de 15 ml diluídos em /ou em seguida a maisou menos 100ml de suco de frutas, chá, xarope aromatizado ouágua. A administração abundante de líquidos facilita o vômito,mas se não houver efeito dentro de 15 minutos, pode-se repetir aadministração uma única vez.

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ATENÇÃO: não confundir com o extrato fluido que é tóxico peloseu alto teor de alcalóides.

 ADM.FÁBRICA BR 

136

6.12 LEITE-----Bloqueia a absorção dos sais de metais pesados, dilui eneutraliza a ação dos ácidos e dos álcalis corrosivos. O uso doleite em pó e diluído no momento com duas partes de água étambém muito prático.O leite, no entanto, é contra-indicado em intoxicaçÕes porcloretos de alquila (CHCl3, CCl4, trielina, etc.) ésteresorganofosfóricos, fósforo branco e, em geral, para todos ostóxicos lipossolúveis, pois o leite facilita sua absorção.

6.13 MAGNÉSIO--------

Em pó ou similar - é um neutralizante dos ácidos sob a forma desuspensão extemporânea de uma colherinha em 300 ml de água,leite ou ainda em água, onde se adicionou 2 a 3 claras de ovo.Deve ser conservado em recipiente bem fechado para evitar suadegradação na forma de carbonato, que, em presença de ácidos,origina o anidrido carbônico, o qual determina distensão dasparedes gástricas com perigo de lesão e perfuração das mesmas.

6.14 NITRITO DE AMILA E NITRITO DE SÓDIO-----------------------------------

São antídotos do ácido cianídrico e cianetos utilizados emassociação com tiossulfato de sódio. São formadores dametahemoglobina, a qual separa o íon cianeto da citocromoxidase,fixando-o sob a forma de cianometahemoglobina. Esta é lentamenteretransformada em Hb, ao passo que o íon cianeto é por sua veztransformado por via enzimática em íon tiocianato não tóxico.Esta última reação é acelerada pelo tiossulfato.

O uso destes antídotos é feito nas seguintes etapas:- inalação de nitrito de amila (15 a 30 inalações a cada minutoe durante 4 a 5 minutos).

- injeção intravenosa lenta (possível queda de pressão) de 10 mlde nitrito de sódio a 3% seguidos.

- sem retirar a agulha - de injeção intravenosa lenta (não menosde 10 minutos) 50 ml de tiossulfato de sódio a 25%, ou mais

diluído, até cerca de 12g no adulto.Este tratamento é eficaz, mas apresenta alguns perigos, taiscomo: formação de quantidades excessivas de metahemoglobina comagravamento da anoxia, e queda de pressão pela ação hipotensivados nitritos.Como alternativa ver EDTA CO2 e HIDROXICOBALAMINA.

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6.15 PENICILINAS (CLOROIDRATO)-------------------------

É um produto de hidrólise da penicilina, é um antídoto quelante

usado nas intoxicações por sais de cobre e intoxicaçÕes porchumbo e mercúrio. Preparado em cápsulas, compressas e ampolas érapidamente absorvido pelo tubo digestivo e é administrado emdoses de 25 mg/Kg/dia "per os", dividido em 3 - 4 administrações1/2 hora antes das refeições.

Efeitos colaterais:------------------Manifestações alérgicas, cutâneas (sobretudo nos indivíduossensíveis à penicilina), leucopenia, agranulocitose etrombocitopenia.Após uso prolongado: síndromes nefróticas, pielonefrites enevrite ótica.

Todos os efeitos são reversíveis com a suspensão do tratamento.

  6.16 SIMETICONE - DIMETILPOLISILOXANA, anti-espumante------------------------------------------------

A ingestão de detergentes aniônicos não iônicos e derivados deamônia quaternária (catiônicos) pode provocar formação deespuma com risco de absorção pelas vias respiratórias. Nestescasos, administrar 3 ml de Maalox diluído em pouca água;absorver o conteúdo gástrico, assegurar-se da ausência de espumae conduzir a lavagem gástrica juntando à solução de lavagem2ml/l de Maalox.

6.17 TIOSSULFATO DE SÓDIO (hipossulfito de sódio)--------------------------------------------

É um antídoto para intoxicaçÕes por hipoclorito, iodo e ácidocianídrico. É usado por via oral, em solução de 10% parainativar os hipocloritos em dose de 200ml ou mais; a 5% paraprecipitar o iodo na forma de iodetos insolúveis (100 ml).Nos envenenamentos do cianeto em tiocianato não tóxico. Deve sersempre usado depois de outros antídotos que separam o íoncianeto da citocromoxidase indiretamente, por meio da formaçãode metahemoglobina. Utilizado na forma de injeção I.V. lenta(não menos de 10 minutos) em dose de 50 ml a 25%, ou maisdiluído, até cerca de 12g para os adultos.

6.18 THIOLA (alfa-mercaptopropionilglicerina)----------------------------------------É um doador de grupos - SH, indicado para a proteção específicacontra venenos hepatotóxicos (toxina Amanita phaloides),paracetaminofenol, tricloroetileno, tetracloreto de carbono eoutros halogenados, fósforo, arsênio e outros metais pesados,iproniazida e similares, atophan, etc.). Pode ser usado seja"per os", seja por via I.M. ou I.V., em doses de 8 - 10 mg/Kgpor dia, ou nos casos graves; 3 a 6 g por infusão contínua nas24 primeiras horas.

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 ADM.FÁBRICA BR 

138

7 RELAÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS TÓXICAS COM ANTÍDOTOSESPECÍFICOS

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 ADM.FÁBRICA BR  139

=======================================================================================

* RELAÇÃO DAS SUBSTANCIAS TÓXICAS COM ANTÍDOTOS ESPECÍFICOS *

*-------------------------------------------------------------------------------------*

* SUBSTANCIAS TÓXICAS | ANTÍDOTOS | OUTRA TERAPIA *

=======================================================================================

* | | *

* 1) ÁCIDOS CÁUSTICOS | - Albumina de ovo | *

* | - Magnésia | *

* | - Leite | *

* | - Água ou leite albuminados | *

* ------------------------------------------------------------------------------------*

* 2) ACIDO CIANÍDRICO E | - Edetato Bicobáltico | *

* CIANETOS | (EDTA Co2 - Keylocianor) | *

* | - Hidroxicobalamina | *

* | - Nitrito de Amila | *

* | - Nitrito de Sodio | *

* | - Sodio Tiossulfato | *

* ------------------------------------------------------------------------------------*

* 3) ALCALES CAUSTICOS | - Vinagre, limao | *

* | - Ac. Acetico (diluidos) | *

* | - Leite | *

* | - Leite ou agua albuminados | *

* ------------------------------------------------------------------------------------*

* 4) ALCOOL METILICO | - Alcool etilico | - Dialise peritoneal *

* | | ou Hemodialise *

* ------------------------------------------------------------------------------------*

* 5) AMONIA QUATERNARIO | | *

* (Derivados) | - Simeticone | *

* ------------------------------------------------------------------------------------*

* 6) ANALGESICOS - NARCOTICOS | - Nalorfina Bromidrato | *

* NATURAIS E SINTETICOS | | *

* (Morfina, heroina, ecc. | | *

* nao em associacao, nao | | ** nos toxicomanes). | | *

* ------------------------------------------------------------------------------------*

* 7) ANILINA E OUTROS | - Azul de Metileno | - Hexanguinotransfusao *

* METAHEMOGLOBINIZANTES | - Vit. C (Acido Ascorbico) | em subordem: Dialise *

* | | Peritoneal ou Hemo- *

* | | dialise. *

* ------------------------------------------------------------------------------------*

* 8) ARSENIO | - Dimercaprol (BAL) | - Dialise Piroteneal ou*

* | | Hemodialise (depois *

* | | da administracao do *

* | | antidoto). *

* ------------------------------------------------------------------------------------*

* 9) CORROSIVOS | - Albumina de ovo | *

* ------------------------------------------------------------------------------------*

* 10) DETERGENTES ANIONICOS | - Simeticone | *

* E NAO-IONICOS | | *

* ------------------------------------------------------------------------------------*

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 ADM.F_BRICA BR  140

=======================================================================================

* RELACAO DAS SUBSTANCIAS TOXICAS COM ANTIDOTOS ESPECIFICOS *

*-------------------------------------------------------------------------------------*

* SUBSTANCIAS TOXICAS | ANTIDOTOS | OUTRA TERAPIA *

=======================================================================================

* 11) FLUORETOS | - Calcio | *

* ------------------------------------------------------------------------------------*

* 12) MERCURIO (e compostos) | - Dimercaprol (Bal) | - Dialise peritoneal ou*

* | | Hemodialise (depois *

* | | da administracao do *

* | | antidoto). *

* ------------------------------------------------------------------------------------*

* 13) METAIS (FERRO, ZINCO, | - Calcio Edetato Bisodico | *

* MANGANES, BERILIO, | CaNa2 EDTA | *

* CHUMBO) | | *

* ------------------------------------------------------------------------------------*

* 14) CHUMBO (SAIS SOULVEIS) | - Sodio Sulfato | *

* ------------------------------------------------------------------------------------*

* 15) COBRE | - Penicilamina, e tambem | *

* | - Calcio Edetato Bisodico | *

* | CaNa2 EDTA | *

* ------------------------------------------------------------------------------------*

* 16) SAIS DE METAIS PESADOS | - Albumina de ovo | *

* | - Leite | *

* ------------------------------------------------------------------------------------*

* 17) SAIS DE COBRE | - Penicilamina | *

* ------------------------------------------------------------------------------------*

* 18) TENSOATIVOS (conteudos | - Simeticone | *

* em todos os detergentes) | | *

* ------------------------------------------------------------------------------------*

* 19) TOXICOS IGNORADOS | - Carvao ativado | *

* ------------------------------------------------------------------------------------*

* 20) TOXICOS COM ACAO SOBRE | - Acido Tioctico | ** O FIGADO | - Thiola (alfa-Mercaptopro- | *

* | pionilglicina). | *

* ------------------------------------------------------------------------------------*

* ESTUPEFACIENTES: deprimem a respiracao e provocam o habito *

*-------------------------------------------------------------------------------------*

* NOME | DOSE | OUTROS EFEITOS *

*-------------------------------------------------------------------------------------*

* MORFINA (Prenarcol) | 10-20 miligramas i.m. ou | *

* | e.v. lentamente | *

* | | *

* CODEINA (Becosan, Ambenyl) | 20-40 miligramas i.m. | Anti-tosse *

* | | *

* IDROMORFONE | 2-4 mg | *

* | | *

* MEPERIDINA, (DEMEROL | 100 mg i.m. ou e.v. | *

* DOLANTINA) | lentamente | Espasmolitico *

* | | *

* ------------------------------------------------------------------------------------*

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 ADM.F_BRICA BR  141

=======================================================================================

* RELACAO DAS SUBSTANCIAS TOXICAS COM ANTIDOTOS ESPECIFICOS *

*-------------------------------------------------------------------------------------*

* SUBSTANCIAS TOXICAS | ANTIDOTOS | OUTRA TERAPIA *

=======================================================================================

* LEVORFANOL | 2-4 mg i.m. | Espasmolitico *

* | | *

* DESTRAMORAMIDA | 5-10 mg i.m. | Espasmolitico *

* | | *

* PENTASOCINE (Sossegon) | 30-60 mg i.m., e.v. | *

* | lentamente | *

*-------------------------------------------------------------------------------------*

* ANALGESICOS: acao antipiretica e tambem anti-inflamatoria | *

*-------------------------------------------------------------------------------------*

* Ac. ACETIL SALICILICO | 0,5-1,0 g v.o. | anti-piretico e *

* (Aspirina, Cerimit) | | anti-inflamatorio *

* | | *

* PARACETAMOL | 0,4-0,8 g v.o. | anti-piretico *

* (Parazolidin, Teraflu) | | *

* | | *

* FENACETINA | 0,5-1,0 g v.o. | anti-piretico *

* (antigripe, saridon) | | *

* | | *

* FENAZONA | 0,5 somente v.o. | anti-piretico *

* (auditol, Pyrethane) | | *

* | | *

* AMINOFENAZONA | 0,3-0,5 g v.o. i.m., e.v. | anti-piretico *

* (cibalena, algafan, Doranol) | | *

* | | *

* METAMIZOL (Novalgina) + | 0,5-1,0 g v.o. | anti-piretico *

* antiespasmodico (BARALGINA) | i.m., e.v. | brando *

* | | *

* FENILBUTAZONA (Celestazone, | 0,2-0,6 g v.o. | anti-inflamatorio ** Doriplex, Parazodilin) | | *

* | | *

* INDOMETACIN (Indocid) | 20-50 mg v.o. | anti-inflamatorio *

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 ADM.F_BRICA BR 

142

8 ORIENTAÇÅO DE DIAGN_STICO DIFERENCIADO

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DM.F_BRICA BR  143

*=====================================================================================================================================*

* ORIENTACAO DE DIAGNOSTICO DIFERENCIAL CARDIO-VASCULARES *

*-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------*

* SINAIS CLINICOS | INTOXICACOES | OUTRA PATOLOGIA *

* DOMINANTES |-------------------------------------------------------------------------------------------------------*

* | TIPO |DADOS PARA CONFIRMACAO| TIPO | DADOS PARA CONFIRMACAO *

*=====================================================================================================================================*

* | | | | *

* 1.Parada circulatoria subita| acido cianidrico, ciane-| cheiro de amendoas | infarto miocardio, sin- | ECG, sinais humorais *

* | tos | amargas do halito e | drome de Adams-Stokes , | *

* | | /ou conteudo gas- | crise asfictica por cor | *

* | | trico | po estranho | *

*-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------*

* 2.Colapso, choque | pode ser complicacao de | anamnese | hemorragia interna por | hematesis, melena, he- *

* | qualquer intoxicacao | | rompimento de varizes | matocrito *

* | com ataque cardiaco,vas-| | ou por ulcera-gastro-du | *

* | cular, nervoso, digesti-| | odenal. | *

* | vo. Frequente nas le- | | | *

* | soes do tubo digestivo | | oclusao | sinais abdominais, RX do *

* | por causticantes e como | | | abdomem com niveis gaso- *

* | consequencia do vomito | | gastroenterite aguda, to| sos *

* | e de diarreia com gran- | | xinfeccoes alimentares | *

* | de perda de agua e ele- | | | *

* | trolitos, especialmente | | peritonite | V.E.S. elevada, leucoci- *

* | por arsenico, acido bo- | | | tose, sinais abdominais *

* | rico, fluoretos e vene- | | | *

* | nos vegetais. | | | *

* | | | | *

* | CO | | infarto miocardio | ECG; alteracoes enzimati-*

* | | | | cas *

* | | | | *

* | | | septicemia | febre, hemocultura, focus*

* | | | | septicus inicial (amida- *

* | | | | las, faringe, utero, etc)*

*-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------*

* 3.Edema pulmonar agudo | gases, vapores, pos, fu-| anamnese | cardiopatias vasculares,| sinais cardiovasculares *

* | mos toxicos | | hipertensao | *

* | | | | *

* | esteres fosforados | bradicardia, miose, | infarto miocardio | ECG, sinais humorais *

* | | salivacao, vomito, | | *

* | | caimbras abdominais | nefropatia cronica | hipertensao arterial hi- *

* | | | | poprotidemia, anemia e *

* | | | | hipoosmolaridade do plas-*

* | | | | ma, mais sinais especifi-*

* | | | | cos de insuficiencia re- *

* | | | | nal. *

*-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------*

* 4.Arritmias cardiacas | hidrocarbonetos | coma com convulsao | cardiopatia valvular | sinais cardiacos *

* | | | | *

* | hidrocarbonetos aromati-| vomitos | miocardite, infarto de | ECG, sinais humorais *

* | cos | | miocardio | *

*=====================================================================================================================================*

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DM.F_BRICA BR  144

*=====================================================================================================================================*

* ORIENTACAO DE DIAGNOSTICO DIFERENCIAL RESPIRATORIOS *

*-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------*

* SINAIS CLINICOS | INTOXICACOES | OUTRA PATOLOGIA *

* DOMINANTES |------------------------------------------------|------------------------------------------------------*

* | TIPO |DADOS PARA CONFIRMACAO| TIPO | DADOS PARA CONFIRMACAO *

*=====================================================================================================================================*

* | | | | *

* 1.Insuficiencia respiratoria| ingestao ou inalacao de | edema da laringe, | inalacao de corpo estra-| endoscopia, RX do torax *

* c/ sinais de obstrucao das| agentes irritantes,caus-| faringe, sinais de | nho | *

* primeiras vias respirato- | ticos ou corrosivos | queimadura da oro- | | *

* rias ou traqueobronquial | | faringe, dores epi- | paralisia dos nervos | exame otorrinolaringolo- *

* | | gastricas, sinais de| craneanos | gico e neurologico *

* | | perfuracao do tubo | | *

* | | digestivo (por in- | | *

* | | gestao) | | *

*-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------*

* 2.Insuficiencia respiratoria| inalacao de gases toxi- | anamnese de exposi- | crises asmaticas | anamnese de episodios *

* com sinais de obstrucao | cos ou irritantes, pos | cao recente por al- | | anteriores *

* bronquiolo-alveolar | | guns minutos ate | | *

* | | 6-12 horas antes | | *

* | | | | *

* | esteres organo e tiofos-| miose, bradicardia, | crise asmatica, edema | anamnese de episodios *

* | forados e carbonetos | aumento de peris- | pulmonar agudo cardio- | anteriores. Insuficien- *

* | | taltismo, tremores | genico | cia circulatoria e si- *

* | | ate paralisia mus- | | nais clinicos da cardio- *

* | | cular, convulsoes, | | patia e dados laborato- *

* | | coma; para os fos- | | riais *

* | | forados contato por | | *

* | | qualquer via de 30' | | *

* | | ate 2-3 horas antes | | *

* | | | | *

* | | | descompensacao na insu- | anamnese, dedos hipocra- *

* | | | ficiencia respiratoria | ticos. RX do torax. *

* | | | cronica por bronquite, | *

* | | | enfisema, edema pulmonar| *

*-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------*

* 3.Insuficiencia respiratoria| anilina e outros toxicos| cianose difundida | tromboembolia macica da | aparecimento subito de *

* em ausencia de sinais de | meta ou sulfahemoglobi- | intensa, cefaleia, | arteria pulmonar, pneu- | cianose predominante no *

* obstrucao | nizantes | confusao ate a coma | motorax espontaneo | rosto, dispneia, agi- *

* | | total ausencia de | | tacao, colapso, edema *

* | | sinais objetivos | | pulmonar, ECG, sinais *

* | | pulmonares | | objetivos toraxicos, *

* | | | | RX do torax *

* | | | | *

* | | | | *

* | | | | *

* | | | | *

* | | | | *

* | | | | *

* | | | | *

*=====================================================================================================================================*

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DM.F_BRICA BR  145

*=====================================================================================================================================*

* ORIENTACAO DE DIAGNOSTICO DIFERENCIAL GASTROENTERICOS *

*-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------*

* SINAIS CLINICOS | INTOXICACOES | OUTRA PATOLOGIA *

* DOMINANTES |------------------------------------------------|------------------------------------------------------*

* | TIPO |DADOS PARA CONFIRMACAO| TIPO | DADOS PARA CONFIRMACAO *

*=====================================================================================================================================*

* | | | | *

* 1.Sindrome gastroenterica | a maioria dos toxicos | anamnese; exames | gastroenterite aguda, | febre com estado septico.*

* aguda, dores abdominais, | quimicos especialmente | clinicos e toxico- | tifo, paratifo, | coprocultura, exames bac-*

* nausea, vomito, diarreia | metais, acidos, alcalis | logicos. | colera e outras formas | teriologicos e sorologi- *

* (sozinhos sao sinais espe-| corrosivos, fenois, in- | | infecciosas | cos *

* cificos seja para intoxi- | seticidas, tensoativos, | | | *

* cacao seja para muitas ou-| laxantes e purgativos. | | toxinfeccoes alimentares| anamnese, coprocultura *

* tras patologias) | | | | *

* | | | botulismo | sinais neurologicos, di- *

* | | | | plopia, paralisia dos *

* | | | | nervos cranianos, quadri-*

* | | | | plegia, paralisia dos *

* | | | | musculos respiratorios. *

* | | | | (atencao! Os sintomas *

* | | | | gastroentericos podem *

* | | | | ser moderados ou ausen- *

* | | | | tes. *

* | | | | *

* | | | | *

* | | | | *

* | | | | *

* | | | | *

* | | | | *

* | | | | *

* | | | | *

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* | | | | *

* | | | | *

* | | | | *

* | | | | *

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* | | | | *

* | | | | *

* | | | | *

* | | | | *

* | | | | *

* | | | | *

* | | | | *

* | | | | *

* | | | | *

* | | | | *

* | | | | *

* | | | | *

* | | | | *

*=====================================================================================================================================*

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DM.F_BRICA BR  146

*=====================================================================================================================================*

* ORIENTACAO DE DIAGNOSTICO DIFERENCIAL NEUROLOGICOS *

*-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------*

* SINAIS CLINICOS | INTOXICACOES | OUTRA PATOLOGIA *

* DOMINANTES |------------------------------------------------|------------------------------------------------------*

* | TIPO |DADOS PARA CONFIRMACAO| TIPO | DADOS PARA CONFIRMACAO *

*=====================================================================================================================================*

* | | | | *

* 1.Coma profunda ou arreflexo| acido cianidrico ou cia-| Coma precedido por | Crises asficticas por | RX do torax, endoscopia. *

* com aparecimento subito | netos | breve periodos de | obstrucao aguda total | *

* | | dispneia e/ou con- | das vias respiratorias | *

* | acido sulfidrico | vulsoes; parada res- | (aspiracao de corpo es- | *

* | | piratoria; eventual- | tranho). | *

* | CO, CO2 e outros gases | mente tambem circula-| | *

* | toxicos ou inertes com | toria, halito e con- | Infarto miocardioo com | Apos o restabelecimento *

* | alto poder de concentra | teudo gastrico com | parada cardiaca em as- | circulatorio, sinais do *

* | cao. | cheiro de amendoas | sistolia ou fibrilacao | ECG e, eventualmente hu- *

* | | amargas (HCN) ou de | ventricular. | morais de isquemia - ne- *

* | | ovos podres (H2S) | (e possivel fibrilacao | crose miocardica. *

* | | | ventricular por intoxi- | *

* | | | cacao por hidrocarbone- | *

* | | | tos). | *

* | | | | *

* | | | Hemorragia subaracnoidea| Liquor hematico *

* | | | | *

* | | | Hemorragia cerebral | sinais locais neurologi- *

* | | | macica espontanea | cos: anisocoria, desvios *

* | | | | aculares, assimetria la- *

* | | | | teral do tono muscular ou*

* | | | | de motilidade espontanea *

* | | | | e reflexa, sinais de hi- *

* | | | | pertensao endocraniana. *

*-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------*

* 2.Coma de qualquer | CO | | hemorragia subaracnoidea| rigor nucal *

* profundidade | | | | *

* | hidrocarbonetos | conteudo gastrico | hemorragia cerebral | sinais focais neurologi- *

* | aromaticos | com cheiro caracte- | macica espontanea, | cos: anisocoria, desvios *

* | | ristico | trombose cerebral | oculares, assimetria la- *

* | | | | teral do tono muscular ou*

* | alcalis e glicois | | | da motilidade espontantea*

* | | | | e reflexa, sinais de hi- *

* | querosene e derivados | | | pertensao endocreana *

* | do petroleo | | | *

* | | | | *

* | hidrocarbonetos | | | *

* | | | | *

* | acetaldeido e similares | | | *

* | tensoativos cationicos | conteudo gastrico | lesao cerebral | como acima, mais as cir- *

* | | espumoso | traumatica | cunstancias e sinais do *

* | | | | trauma (fraturas, contu- *

* | | | | soes, lesoes craneanas e *

* | | | | ou extracraneanas). *

*=====================================================================================================================================*

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DM.F_BRICA BR  147

*=====================================================================================================================================*

* ORIENTACAO DE DIAGNOSTICO DIFERENCIAL NEUROLOGICOS *

*-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------*

* SINAIS CLINICOS | INTOXICACOES | OUTRA PATOLOGIA *

* DOMINANTES |------------------------------------------------|------------------------------------------------------*

* | TIPO |DADOS PARA CONFIRMACAO| TIPO | DADOS PARA CONFIRMACAO *

*=====================================================================================================================================*

* | | | meningoencefalite viral | nos dias antecedentes do-*

* | | | ou de origem autoimuno- | enca exantematica, herpes*

* | | | logica. | episodio febril ou inter-*

* | | | | vencao cirurgica, vacina-*

* | | | | cao (especialmente anti- *

* | | | | variola). *

* | | | | *

* | | | lesao cerebral anoxica: | *

* | | | pode coexistir e se so- | *

* | | | brepor a intoxicacao | *

* | | | exogena que causa insu- | *

* | | | ficiencia respiratoria | *

* | | | ou circulatoria grave | *

* | | | | *

* | | | coma post-crisis | anamnese de epilepsia ja *

* | | | | diagnosticada. No caso de*

* | | | | nao seguir outras crises *

* | | | | convulsivas a resolucao e*

* | | | | espontanea e rapida; EEG *

* | | | | com sinais focais fixos *

* | | | | e caracteristicos. *

*-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------*

* 3.Estado de extupor, emude- | todos os toxicos que | ambiguos e de uti- | patologia cerebral trau-| vide (2) *

* cimento, confusao, atitude| provocam coma (ver 1 | lidade duvidosa os | matica, vascular, infla-| *

* comportamental de vigilan-| e 2) em dosagens baixas,| dados objetivos e | matoria: hipertensao en-| *

* cia sem contato psicologi-| ou em fase inicial | neurologicos: re- | docreana por qualquer | *

* co com o ambiente e rea- | ou de cura. | flexos oculares e | causa. | *

* coes adequadas aos estimu-| | pupilares, reflexos | | *

* los. | | osteotendineos e | Insolacao | *

* | | tono muscular, cor | | *

* | | e aspecto da pele e | choque por calor | condicoes ambientais ou *

* | | cheiro do halito, | | climaticas, hipertermia *

* | | podem ser semelhan- | | *

* | | tes nos estados to- | coma diabetico, acidoti-| anamnese, dados de labo- *

* | | xicos exogenos e | co ou hiperosmolar, coma| ratorio *

* | | endogenos. | hipoglicemico. | *

* | | | histeria, psicoses e | anamnese, observacao *

* | | | neuroses | *

*-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------*

* 4.Convulsoes tonico-cronicas| inseticidas clorados | | Epilepsia | anamnese de episodios an-*

* | | | | teriores, crises latera- *

* | substancias que levam ao| | | lizadas ou jacksonianas. *

* | coma anoxico e ao dese- | | | *

* | quilibrio metabolico | | complicacoes de enfermi-| idade inferior a 5-6 anos*

* | grave. | | dades febris | processo inflamatorio em *

* | acido cianidrico | | | curso. *

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  ADM.F_BRICA BR  148

*=====================================================================================================================================*

* ORIENTACAO DE DIAGNOSTICO DIFERENCIAL NEUROLOGICOS *

*-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------*

* SINAIS CLINICOS | INTOXICACOES | OUTRA PATOLOGIA *

* DOMINANTES |------------------------------------------------|------------------------------------------------------*

* | TIPO |DADOS PARA CONFIRMACAO| TIPO | DADOS PARA CONFIRMACAO *

*=====================================================================================================================================*

* | | | | *

* 5.Movimentos como na corea, | amitriptilina, imipra- | midriase, arritmias | corea, doenca de Parkin-| anamnese *

* distonmia do tipo extra- | mina, anfetaminas, feno-| cardiacas, coma, | son, histeria, nevroses,| *

* piramidal, tremores | tiazinas. | delirio, alucina- | psicoses | *

* | | coes. | | *

*-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------*

* 6.Agitacao psico-motora, | alcool (intoxicacao mo- | cheiro caracteris- | delirium tremens, histe-| anamnese *

* alucinacoes, manifesta- | derada ou fase inicial) | tico do halito, e | ria, neuroses, psicoses | *

* coes psicoticas. | | conteudo gastrico, | | *

* | | vomito, poliuria. | | *

* | | | | *

* | farmacos depressores do | midriase | | *

* | SNC associados aos ana- | | | *

* | lepticos. | | | *

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  9 PRIMEIROS SOCORROS E TRAMENTO IMEDIATO NASQUEIMADURAS QU_MICAS

9.1 A queimadura por substâncias químicas constitui o maiorrisco de acidente no âmbito da industria química.-------------------------------------------------------------

Fisiopatologia--------------A exposiçåo e o contato de substâncias químicas traz comoresultado sérios danos teciduais, que iråo depender:

a. da força ou concentraçåo da substânciab. da quantidadec. do modo e duraçåo do contato cutâneod. da extensåo da penetraçåo no tecido

e. do mecanismo de açåo

As substâncias químicas podem ser classificadas pela forma comoagem nos tecidos (coagulaçåo de proteínas):

a. Oxidantes - ácido crômico, hipoclorito de sódio epermanganato de potássio.

b. Corrosivos - fenol, fósforo branco, sais dicromatos e basesc. Formadores de sais - ácido acético, fluorídrico e clorídricoe. Desidratantes celulares (dissecantes) - sulfúrico e muriáticof. Vesicantes (bolhas) - substâncias químicas que produzem

bolhas e liberam aminas teciduais - catárticos, DMSO efosgênio.

9.2 Tratamento das queimaduras químicas-----------------------------------

O princípio básico do atendimento de uma queimadura por agentequímico consiste em:

1. diluiçåo inicial2. neutralizaçåo3. remoçåo de tecidos necrosados4. tratamento sistêmico(detoxificaçåo)

5. eliminaçåo e excreçåo do agente tópico9.2.1 Procedimentos técnicos

----------------------1. Remover rapidamente as vestes do acidentado a lavar a parte

afetada com grande quantidade de água corrente ou sorofisiológico, se disponível. A diluiçåo hídrica diminui a taxade reaçåo entre a substância química e o tecido.

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2. Após lavagem copiosa com água da parte afetada, medida estaimperativa, aplicar o agente neutralizador específico paracada substância.

3. Implementar tratamento clínico de suporte, com avaliaçåo dossinais vitais, estado mental, níveis gasométricos do sanguearterial, dos eletrólitos plasmáticos e débito urinário paraestabelecer reposiçåo hídrica adequada.

4. Encaminhar o acidentado para centros especializados, se aextensåo da lesåo ultrapassar os limites de controle clínicolocal e sistêmico.

9.2.2  Cuidados no transporte do queimado aos hospitaisespecializados:

----------------------------------------------------------1. Indivíduos com queimaduras mais sérias ou com lesÆes

adicionais deve ser removidos em ambulâncias equipadas e compessoal treinado.

2. Roupas que estejam quentes ou vestimentas ainda embebidas comagentes químicos devem ser removidas; a área deve sernovamente irrigada e o paciente deve ser envolvido em umlençol limpo e estéril.

3. No local do acidente: aferir e avaliar os sinais vitais,estimar a extensåo e a profundidade das lesÆes, assegurar umaventilaçåo adequada e puncionar uma veia periférica parainfusåo de soro fisiológico.

4. Administrar oxigênio, se indicado, através de tubos oumáscaras.

5. Estabelecer contato com o local a ser transportado oqueimado, dando informaçÆes adicionais relacionadas àextensåo e profundidade, o tipo de queimadura, o agentequímico e à presença de complicaçÆes.

6. Uma sonda nasogástrica deve ser ingerida no paciente antes doseu transporte, a fim de reduzir o risco de vômitos e

pneumonia por aspiraçåo.

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9.2.3  Estimativa da profundidade da queimadura-----------------------------------------------------------------A profundidade da lesåo pode ser estimada pela aparência inicial

da ferida e pelo conhecimento do fato causal.

- eritematosasQueimaduras 1o. grau - nåo tem bolhas

- indolores por várias horas

- rosas ou avermelhadasQueimaduras 2o. grau - causadas por escaldamento ou

explosÆes- formaçåo de bolhas úmidas- sensibilidade dolorosa

- isquêmicas ou carbonizadas- causadas por: escaldamento de

Queimaduras 3o. grau imersåo, chamas, eletricidade eagentes químicos

- geralmente é seca

9.2.4 Estimativa da extensåo das queimaduras--------------------------------------

A extensåo de um traumatismo por queimaduras geralmente éavaliada pela quantidade de área lesada em relaçåo à superfíciecorporal total.Um método rápido e eficiente que pode ser usado no local doacidente é a Regra dos Nove idealizada por E.J.Pulaski e C. W.Tennison. Consiste em dividir a superfície corporal em áreasrepresentando 9% do total ou múltiplos de 9% (conforme figuraanexa).

- Pequenas áreas de lesÆes podem ser calculadas usando-se oprincípio de que a superfície palmar representaaproximadamente 1% da superfície corporal.

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9.3 Queimadura da pele por ácido fluorídrico----------------------------------------9.3.1. Característica da lesåo

-----------------------Formaçåo de uma zona eritematosa, que rapidamente setransforma em esbraquiçada ou nacarada, devido à coagulaçåotissular.

9.3.2 Tratamento imediato-------------------

- Lavar a parte afetada com bastante água.- Desprezar roupas contaminadas- Aplicar gel de gluconato de cálcio a 2,5% com massagemfirme para permitir a penetraçåo nos tecidos lesados.

- Iniciar este tratamento imediatamente e mantê-lo por 20minutos, repetindo-o por 2 - 3 vezes por dia num período

de 2 - 3 dias em queimaduras de 20. e 30. graus.- No atendimento ao queimado por ácido fluorídrico, osprofissionais de saúde que iråo tratar do paciente,deveråo atentar para o auto-cuidado, protegendo as måoscom a aplicaçåo de gel de gluconato ou usando luvascirúrgicas embebidas em gluconato de cálcio,preferentemente.

- Avaliaçåo da extensåo e profundidade da lesåo- Os pacientes com 6 a 7% de superfície corporal lesada såoconsiderados graves, necessitando de uma unidade deterapia intensiva.

- avaliar o dano causado no aparelho respiratório devido aofator de inalaçåo, que pode perdurar até 72 horas, a suaaçåo.

- Conforme a extensåo das lesÆes, infiltrar gluconato decálcio diluído em xylocaína a 2%, para aliviar aintensidade da dor, que por vezes pode levar o paciente aochoque.

- Evite infiltrar dedos, nariz e pavilhåo auditivo; sóinfiltrar se for muito necessário e deve ser feito comprecauçåo para se evitar a isquemia.

- Implementar tratamento geral específico (vide página 129).

9.4 Queimadura por ácido sulfúrico------------------------------

9.4.1. Características da lesåo------------------------

Formaçåo de uma zona esbranquiçada com bordas elevadas.Posteriormente desprendimento do tecido necrosado pelo simplescontato.

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9.4.2 Tratamento imediato-------------------

- Lavar a parte afetada com bastante água

- Desprezar roupas contaminadas- Aplicar soluçåo de TRIETANOLAMINA na área afetada com auxíliode pistola de ar comprimido ou compressas de gase embebidasnesta soluçåo.

- Iniciar este tratamento e mentê-lo até que o paciente obtenhaalívio da dor provocado pela lesåo.

- Implementar tratamento geral específico (vide página 129).

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10 SITUAÇæES CL_NICAS DE EMERG_NCIA 

10.1 EDEMA PULMONAR AGUDO

--------------------É o acúmulo anormal de líquido nos pulmÆes, seja nos espaçosintersticiais ou nos alvéolos, representando o último estágio dacongeståo pulmonar, na qual o líquido extravasou pelas paredescapilares, permeando as vias aéreas, determinando uma dispnéiade intensidade dramática. A congeståo pulmonar ocorre quando oleito vascular pulmonar recebeu mais sangue do ventrículodireitodo que o esquerdo pode acomodar e remover.O edema pulmonar nåo-cardiaco tem uma grande variedade decausas: inalantes tóxicos, superdose de drogas e o edemapulmonar neurogênico. O tratamento clínico visa reduzir o fluxosanguíneo no pulmåo e a pressåo arterial pulmonar.O líquido, a princípio seroso e mais tarde sanguinolento, escapa

para os alvéolos adjacentes através de bronquíolos e brônquiosque se comunicam, misturando-se com o ar e agitado pelarespiraçåo e expelido pela boca e narina produzindo o "estertorda morte". Devido à composiçåo do líquido, os pulmÆes ficamrígidos, nåo conseguindo expandir-se e o ar nåo consegue entrar,resultando numa hipoxia grave.

  10.1.1 ManifestaçÆes clínicas----------------------

Há um inicio súbito de falta de ar e uma sensaçåoassustadorade sufocaçåo. As måos do paciente ficam frias eúmidas; os leitos ungueais ficam cianosados e a pele ficacinzenta; o pulso está fino e rápido e as veias jugularesdistendidas. Há uma tosse incessante, a qual determinaquantidade cada vez maior de escarro mucóide. _ medida queo edema pulmonar evolui, a ansiedade aumenta até próximo aopânico, ficando confuso e depois torporoso. A respiraçåotorna-se ruidosa e estertorosa, devido ao líquido espumososanguinolento que está agora penetrando os brônquios e natraquéia, afogando-se literalmente em suas própriassecreçÆes, exigindo uma açåo imediata.

10.1.2 Tratamento----------

Objetivos: melhorar a ventilaçåo e a oxigenaçåo

reduzir a cogeståo pulmonaraumentar a contratilidade do miocárdio

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1. Posiçåo-------Ajuda a reduzir o retorno venoso ao coraçåo, reduzindo o débito

do ventrículo direito e descongestionando os pulmÆes.

- Colocar o paciente ereto, com suas pernas e pés pendentes- A seguir, colocar o paciente numa posiçåo ereta no leito parapermitir que o sangue se acumule nas partes pendentes docorpo; assim que o sangue acumula na periferia, há um retornosanguíneo menor ao coraçåo. A posiçåo ereta também melhora ovolume pulmonar e a capacidade vital.

2. Oxigenaçåo----------Administrar oxigênio em uma concentraçåo elevada por máscarafacial para aliviar a hipóxia e a dispnéia. Caso os sinais de

hipoxemia persistam, fornece-se oxigênio por pressåo positivaintermitente ou contínua. Se ocorrer a insuficiênciarespiratória torna-se necessária a intubaçåo endotraqueal e aventilaçåo mecânica. A oxigenaçåo é monitorizada por gasometriasarteriais.

3. Morfina-------Administra-se por via I.V. em doses pequenas para reduzir aansiedade e a dispnéia e para diminuir a resistência periféricapossibilitando a redistribuiçåo da circulaçåo pulmonar para aperiferia, levando à diminuiçåo da pressåo nos capilarespulmonares e à transudaçåo do líquido.

Observaçåo: presença de depressåo respiratória excessiva.

4. Diuréticos----------Administra-se furosemida ou ácido etacrínico por via I.V. paradeterminar o efeito diurético rápido, aliviando a dispnéia e acongeståo pulmonar diminui.

Observaçåo: introduzir sonda vesical de demora, devido ao grandevolume de urina que se acumulará.

5. Aminofilina-----------Administra-se por via I.V., lentamente, com a finalidade derelaxar o broncoespasmo.

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6. Torniquetes giratórios----------------------Diminui o retorno venoso e o débito ventricular direito,

ajudando descongestionar os pulmÆes.- colocar torniquetes posicionados sobre uma compressa o maiselevado possível em três extremidades;

- afrouxe um torniquete a cada 15 minutos, depois aplique umtorniquete na extremidade anteriormente livre.

- o fluxo venoso em qualquer extremidade deve ficar ocluído por45 minutos e livre por 15 minutos.

- girar os torniquetes no sentido dos ponteiros do relógio.- verificar a pressåo arterial a intervalos curtos.- depois que os sintomas forem aliviados, retirar os torniquetesum de cada vez com intervalos de 15 minutos. A retiradasimultânea pode precipitar uma recorrência do edema pulmonar.

7. Flebotomia----------Reduçåo do retorno venoso ao coraçåo, retirando 250 a 500 ml desangue de uma via periférica.

8. Digital-------Administrar um preparado digitálico de açåo rápida para melhorara força contrátil do coraçåo e para aumentar o débito doventrículo esquerdo.

9. Terapêutica vasodilatadora--------------------------Para reduzir a resistência à ejeçåo de sangue pelo ventrículo

esquerdo.- administrar nitroprussiato de sódio via I.V. por meio de

infusÆes cuidadosamente monitorizadas.

10. Suporte psicológico-------------------

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11 SERVIÇO DE INFORMAÇÆES BAYER (SERBAY)

Diante da dificuldade de acesso à informaçÆes relacionadas à

açåo e efeitos das diversas substâncias químicas existentes eintegradas ao cotidiano doméstico e industrial, e até mesmo,pelo fato dessas informaçÆes estarem restritas aos profissionaisde saúde que exercem suas atividades dentro dessa área, a Bayerdo Brasil S.A. - Belford Roxo, através do seu Setor de Higiene eMedicina do Trabalho, presta esclarecimentos referentes àsmedidas de primeiros socorros e ded tratamento imediato sobre osefeitos tóxicos de todas as substâncias químicas cadastradas naempresa.Estes esclarecimentos såo prestados através de um serviçopróprio da Bayer do Brasil S.A., denominado SERBAY, que atendepelo telefone (0210 761-4023 - Setor de Higiene e Medicina doTrabalho, recebendo ligaçÆes a cobrar de todas as localidades do

país, cujo telefone encontra-se nos rótulos e embalagens dosprodutos comercializados.Ressaltando-se ainda, que este serviço visa atender ocorrênciasdiversas que envolvem o uso, o manuseio e o transporte dassubstâncias químicas compreendidas desde a intoxicaçåo até oscuidados com o meio ambiente.

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C O N C L U S Å O

Neste Manual procurou-se reunir alguns assuntos referentes aosaspectos toxicológicos considerados importantes no que diz respeitoao envolvimento do colaborador com as substências químicas.

Para a elaboraçåo de manual, houve necessidade de utilizarmosbibliografia estrangeira, devido à escassez de material divulgadosobre o assunto em língua nacional, tornando difícil a reuniåo dedados relativos aos produtos químicos e seus efeitos. Buscou-seainda grupar as informaçÆes existentes na empresa, próprias de cadafábrica, que encontravam-se dispersas no Setor de Higiene eMedicina do Trabalho e, em alguns casos, incompletas.

Sentiu-se a necessidade de agrupar-se estas fontes dispersas paraque as informaçÆes, agora centralizadas num único documento emforma de manual, facilite a obtençåo de informaçÆes imediatasrelacionadas quanto à açåo e o efeito das substâncias de uso maiscomum sobre o organismo, dinamizando e padronizando as açÆes dosprofissionais de saúde no atendimento e orientaçåo ao cloaboradorem exposiçåo.

Os profissionais de saúde que elaboraram este manual nåopretenderam esgotar o assunto em queståo, mas contribuir com oacervo de informaçÆes para que outros trabalhos desta naturezapossam ser elaborados favorecendo assim a qualidade da assistênciano que tange aos aspectos toxicológicos.

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