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MANUAL DE RETENÇÕES E RECOLHIMENTOS PREVIDENCIÁRIOS - COGER 1 Manual de Retenção e Recolhimento de Contribuições Previdenciárias em Serviços Prestados por Empresas e por Contribuinte Individual ou Autônomo CONTROLADORIA GERAL OUTUBRO/2012

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MANUAL DE RETENÇÕES E RECOLHIMENTOS PREVIDENCIÁRIOS - COGER

1

Manual de Retenção e

Recolhimento de

Contribuições Previdenciárias em

Serviços Prestados por Empresas e por

Contribuinte Individual ou Autônomo

CONTROLADORIA GERAL

OUTUBRO/2012

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APRESENTAÇÃO

A Controladoria Geral age no intuito de auxiliar os órgãos da Administração Pública Municipal na

execução de operações de retenções tributárias, bem como disponibiliza elementos para que o

processo se desenvolva em conformidade com a legislação vigente.

O objetivo maior é o de orientação aos servidores responsáveis pelas fases de retenção, recolhimento e

informação das contribuições relativas ao pagamento dos serviços prestados ao Município.

Preocupada em criar condições para que os órgãos e entidades da Administração Municipal se

posicionem em situação de regularidade perante a Receita Federal do Brasil, desenvolveu o Manual de

Retenção e Recolhimentos de Contribuições Previdenciárias em Serviços Prestados por Empresas e

Prestadores de Serviços Individuais ou Autônomos, tendo como base os excelentes trabalhos realizados

pelos nobres colegas de Controle Interno da Prefeitura de Juiz de Fora e da Controladoria Geral do

Estado do Piauí, que lançaram seus manuais em cumprimento a missão institucional de orientação de

caráter preventivo, respectivamente nos anos de 2011 e 2009. Esses trabalhos são fontes de estudos

enriquecedores que certamente contribuirão com a missão pretendida de passar de forma prática,

procedimentos rotineiros.

São apresentadas situações em que o Município está obrigado, ou não, a proceder às retenções e aos

recolhimentos junto àquela instituição federal.

Fizemos atualização referente à legislação vigente IN RFB 971/2009, tendo em vista que o esplêndido

trabalho de nossos colegas do Estado do Piauí referia-se a IN SRP 03/2005 – revogada.

Este manual não tem a pretensão de esgotar o assunto, portanto recomenda-se o estudo da legislação

e de normas vigentes relativas à Contribuição Previdenciária que se encontra em processo permanente

de atualização.

Mirian Cajazeira Vasques Martins Diniz Secretária Municipal de Finanças

Gilvânia Karla Nunes Beltrão Alvares Controladoria Geral

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Equipe Técnica da Controladoria Geral:

Gilvânia Karla Nunes Beltrão Alvares Controladora Geral

Rutinaldo Mesquita Oficial Administrativo (Economista e Administrador)

José Claudinei Carlos de Oliveira Auxiliar de Contabilidade Eudoxio Aquino Cordeiro Contador Altair Alessandro Gatti Contador

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SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 - CONCEITOS......................................................................................................

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CAPÍTULO 2 – RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA...................................................................... 8

2.1 - Empreitada Total na Construção Civil............................................................................ 8

CAPÍTULO 3 – RETENÇÃO....................................................................................................... 9

3.1 - Obrigação Principal da Retenção................................................................................... 9

3.2 – Contribuição Adicional.................................................................................................. 9

3.3 – Emissão de Duas NFs, Faturas ou RPS........................................................................... 10

3.4 - Empreitada Parcial e Serviços na Construção Civil......................................................... 10

3.4.1 – Matrícula da Empresa junto ao INSS.......................................................................... 11

3.5 - Dispensa da Retenção.................................................................................................... 11

3.6 - Deduções da Base de Cálculo........................................................................................ 12 3.6.1 - Quando houver Previsão no Contrato de Fornecimento de Material ou

Equipamento Mecânico pela Empresa Contratada................................................................ 13 3.6.2 - Quando não houver Previsão no Contrato de Fornecimento de Material ou

Equipamento Mecânico pela Empresa Contratada................................................................ 14

3.6.3 - Retenção da Contribuição das Subempreiteiras......................................................... 15

3.7 - Alíquota Adicional.......................................................................................................... 15

3.8 - Destaque da Retenção................................................................................................... 16

3.9 - Recolhimento do Valor Retido....................................................................................... 16

3.10 – Procedimentos Práticos de Apuração e Recolhimento............................................... 18

3.10.1 – Procedimento prático para a apuração e recolhimento de serviços contratados (empreitada/cessão de mão de obra) quando há discriminação de materiais e serviços no contrato e na nota fiscal. (Artigo 122, I, II e III – IN RFB 971/2009)........................................ 18 3.10.2. Procedimento prático para apuração e recolhimento de serviços contratados (empreitada/cessão de mão de obra) quando há previsão de fornecimento de materiais e equipamentos no contrato, sem especificação de valores, e os mesmos constam na nota fiscal. (art.122, IN RFB 971/09)............................................................................................... 19 3.10.3. Procedimento prático para apuração e recolhimento de serviços contratados (empreitada/cessão de mão de obra) quando os materiais e equipamentos forem inerentes a execução do serviço. (parágrafo 1º art. 122 IN RFB 971/09)................................ 23 3.10.4. Procedimento prático para apuração e recolhimento de serviços contratados (empreitada/cessão de mão de obra) na área da construção civil quando o fornecimento de materiais e equipamentos não está previsto em contrato, mas a utilização de equipamentos é inerente ao serviço, com valores destacados na nota fiscal........................ 24 3.10.5. Procedimento prático para apuração e recolhimento de serviços contratados (empreitada/cessão de mão de obra) sem previsão contratual de fornecimento de material ou equipamentos, onde a utilização de equipamentos não é inerente ao serviço, mesmo havendo discriminação de valores na nota fiscal (art. 123 da IN RFB nº 971/09)...... 28 CAPÍTULO 4 – OBRIGAÇÕES E RESPONSABILIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DA

EMPRESA CONTRATADA......................................................................................................... 30 4.1 - Obrigações e Responsabilidades da Administração Pública........................................... 30

4.1.1 - Riscos Ambientais de Trabalho................................................................................... 31

4.2 - Obrigações e Responsabilidades da Empresa Contratada............................................. 31

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CAPÍTULO 5 – CRITÉRIOS OPERACIONAIS.............................................................................. 33

5.1 - Empenhamento da Despesa.......................................................................................... 33

5.2 - Apuração da Base de Cálculo nas Contribuições........................................................... 34

5.3 - Guia da Previdência Social – GPS................................................................................... 35

5.4 - Liquidação da Despesa................................................................................................... 36

5.5 - Pagamento da Despesa.................................................................................................. 36

5.6 - Controle da Retenção e do Recolhimento das Obrigações Previdenciárias................... 37 CAPÍTULO 6 – DAS RETENÇÕES E CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS DO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL............................................................................................................................ 38 6.1 – Contribuinte Individual ou Autônomo.......................................................................... 38

6.2 – Alíquotas e Base de Cálculo da Retenção...................................................................... 38

6.3 – Contribuinte que Presta Serviços a Mais de Uma Fonte............................................... 39

6.4 – Da Obrigação dos Órgãos e Entidades Municipais........................................................ 39

6.5 – Procedimentos Práticos de Apuração e Recolhimento................................................. 40

CAPÍTULO 7 – ANEXOS........................................................................................................... 44 Anexo I - Relação dos Serviços Contratados Mediante Cessão ou Empreitada de Mão de Obra..............................................................................................................................

45

Anexo II - Relação dos Serviços Contratados Mediante Cessão de Mão de Obra.................. 46 Anexo III - Relação dos Serviços Contratados na Área de Construção Civil, para os quais não se Aplica a Retenção.......................................................................................................

48

Anexo IV - Relação das Profissões Regulamentadas por Legislação Federal.......................... 49

Anexo V - Discriminação de Serviços de Construção Civil...................................................... 50

Anexo VI - Discriminação de Obras de Construção Civil........................................................ 52

Anexo VII – Demonstrativo das Remunerações Devidas e das Obrigações Previdenciárias das Empresas Contratadas

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CAPÍTULO 1

CONCEITOS

I – Administração Pública: a administração direta ou entidade da administração indireta a abranger,

inclusive, as empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta

ou indiretamente pelo Município.

II – Serviço de Construção Civil: serviço prestado no ramo da construção civil, conforme discriminado

no Anexo V - “Discriminação de Serviços de Construção Civil”.

III – Obra de Construção Civil: construção, demolição, reforma ou ampliação de edificação ou qualquer

outra benfeitoria agregada ao solo ou subsolo, conforme discriminado no Anexo VI – “Discriminação de

Obras de Construção Civil”, excetuada a reforma de pequeno valor.

IV – Empresa Construtora: pessoa jurídica legalmente constituída, cujo objeto social seja a indústria da

construção civil, com registro no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), na

forma do art. 59 da Lei n° 5.194, de 24 de dezembro de 1966, que executa obra ou serviços de

construção civil sob sua responsabilidade, podendo também assumir a condição de proprietário, dono

da obra, incorporador, condômino, empreiteira ou de subempreiteira.

V – Matrícula de Obra de Construção Civil: identificação da obra perante o INSS, denominada matrícula

CEI (Cadastro Específico do INSS), ficando considerada como estabelecimento da empresa a obra de

construção civil matriculada no referido cadastro.

VI – Responsabilidade Solidária: obrigação legalmente imposta ao contratante da obra de responder

pelo recolhimento das contribuições previdenciárias, isoladamente ou em conjunto com o contratado.

VII – Empreiteira: empresa que executa obra ou serviço de construção civil, no todo ou em parte,

mediante contrato de empreitada, podendo ser:

a) total: quando celebrado exclusivamente com empresa construtora que assume a responsabilidade

direta pela execução de todos os serviços necessários à realização da obra, compreendidos em todos os

projetos a ela inerentes, com ou sem fornecimento de material;

b) parcial: quando celebrado com empresa construtora ou prestadora de serviços na área de

construção civil, para execução de parte da obra, com ou sem fornecimento de material;

VIII – Subempreiteira: empresa que executa obra ou serviço de construção civil, no todo ou em parte,

com ou sem fornecimento de material, mediante contrato celebrado com empreiteira (inciso VII

anterior) ou com qualquer empresa.

IX - Empreitada: execução, contratualmente estabelecida, de tarefa, obra ou serviço, por preço

ajustado, com ou sem fornecimento de material ou equipamentos, que podem ou não ser utilizados,

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realizado nas dependências da empresa contratante, nas de terceiros ou nas da empresa contratada,

tendo como objeto um fim específico ou resultado pretendido.

X – Cessão de Mão de Obra: colocação à disposição da empresa contratante, em suas dependências ou

nas de terceiros, de trabalhadores que realizem serviços contínuos, relacionados ou não com sua

atividade fim, independente da natureza e da forma de contratação, inclusive por meio de trabalho

temporário;

a) colocação à disposição da contratante: quando os trabalhadores são colocados à disposição, em

caráter não eventual, por empresa prestadora de serviços, para a execução de serviços contratados;

b) dependências de terceiros: dependências indicadas pela empresa contratante, desde que não sejam

as suas próprias e que não pertençam à empresa prestadora dos serviços;

c) serviços contínuos: aqueles que constituem necessidade permanente da contratante, que se

repetem periódica ou sistematicamente, ligados ou não a sua atividade fim, ainda que sua execução

seja realizada de forma intermitente ou por diferentes trabalhadores.

XI – Trabalho Temporário: aquele prestado por pessoa física a uma empresa para atender à necessidade

transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou à acréscimo extraordinário de serviço,

mediante contrato firmado com empresa de trabalho temporário, pelo prazo de 3 (três) meses,

podendo ser prorrogado por autorização conferida por órgão próprio do Ministério do Trabalho e

Emprego (MTE), desde que o período total em relação a um mesmo trabalhador não exceda a 6 (seis)

meses.

XII – Reforma de Pequeno Valor: reforma efetuada por pessoa jurídica, com escrituração contábil

regular, sem alteração de área construída, cujo custo total, incluindo material e mão de obra, não

ultrapasse o valor de 20 (vinte) vezes o limite máximo do salário-de-contribuição, vigente na data de

início da obra, que é definido periodicamente pelo Ministério da Previdência Social.

XIII – Aferição Indireta: procedimento de que dispõe a Receita Federal do Brasil, para apuração das

bases de cálculo das contribuições previdenciárias, quando:

a) o livro diário, devidamente formalizado, não for apresentado, mesmo que o sujeito passivo esteja

legalmente dispensado da escrituração contábil;

b) ocorrer recusa de apresentação de qualquer documento ou informação, quando forem sonegados;

c) documentos ou informações forem sonegados ou apresentados deficientemente;

d) se tratar de apuração de salário-de-contribuição em obra de construção civil de responsabilidade de

pessoa física;

XIV – Canteiro de Obras: área destinada à execução e ao desenvolvimento da obra, aos serviços de

apoio e à implantação das instalações temporárias indispensáveis à realização da construção, tais como

alojamento, escritório de campo, estande de vendas, almoxarifado, depósito, entre outros.

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CAPÍTULO 2

RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA

2.1 - Empreitada Total na Construção Civil:

No caso de empreitada na construção civil, os órgãos da administração pública não respondem

solidariamente pelo recolhimento das contribuições previdenciárias, ficando dispensada de efetuar a

retenção na fonte da parcela de 11% (onze por cento) calculada sobre o valor das obras realizadas, nos

seguintes casos:

I - na contratação de empreitada total;

II - quando houver o repasse integral do contrato de empreitada total, nas mesmas condições

pactuadas, entendendo-se como tal a transferência do contrato nas mesmas características do original,

inclusive preço e objeto; ou

III – quando o contrato for vinculado a procedimento licitatório efetuado pelo regime de empreitada

por preço unitário ou por tarefa, admitindo-se o fracionamento do projeto nos termos da Lei nº 8.666,

de 22 de junho de 1993. Ocorrendo o repasse integral do contrato, será mantida matrícula CEI básica,

cabendo:

I - acrescentar ao cadastro no campo “nome”, a razão social da empresa construtora para a qual foi

repassado o contrato;

II - constar demais dados cadastrais dessa empresa no campo próprio;

III - assumir, a mesma, condição de responsável pela matrícula e pelo recolhimento das contribuições

previdenciárias e das destinadas a demais entidades e fundos (terceiros).

Entende-se por regime de empreitada:

I – por preço unitário: aquela em que o preço é ajustado por unidade, seja de parte distinta da obra ou

por medida (metro, quilômetro, entre outros);

II – por tarefa: aquela em que a contratação ocorre para execução de pequenas obras ou de parte de

uma obra maior, com ou sem fornecimento de material ou equipamento, podendo o preço ser ajustado

de forma global ou unitariamente.

Ocorrendo o fracionamento do projeto com celebração do contrato com mais de uma empresa

construtora, será cada um dos contratos considerado como empreitada total, ficando cada contratada

responsável pela execução integral e pela regularização de sua respectiva matrícula por contrato

efetuado.

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CAPÍTULO 3

RETENÇÃO

3.1 - Obrigação Principal da Retenção:

Os órgãos da Administração Pública deverão efetuar a retenção de 11% (onze por cento) do valor bruto

da Nota Fiscal - NF, Fatura ou Recibo de Prestação de Serviço -RPS, e recolher a importância retida em

nome da contratada:

I – na área da construção civil, quando empreitada parcial ou subempreitada, e nos serviços de

construção civil (Anexo V), com ou sem fornecimento de material, mesmo que a NF, Fatura ou RPS seja

emitida à título de adiantamento;

II – na reforma de pequeno valor;

III – na contratação de serviços prestados mediante cessão ou empreitada de mão de obra,

especificados no Anexo I - “Relação dos Serviços Contratados Mediante Cessão ou Empreitada de Mão

de Obra” e Anexo II –“Relação dos Serviços Contratados Mediante Cessão de Mão de Obra”.

3.2 – Contribuição Adicional:

Quando os serviços prestados mediante cessão ou empreitada de mão de obra sujeitar o segurado

empregado a condições especiais que permitam a concessão de aposentadoria especial, caberá o

recolhimento, além do percentual de 11% (onze por cento), a contribuição adicional equivalente a 2%

(dois por cento).

Importante:

A contribuição adicional se aplica, exclusivamente, sobre os serviços prestados pelos

segurados empregados, os quais prejudicam sua saúde ou sua integridade física em função de

exposição a agentes nocivos, químicos, físicos ou biológicos ou à associação destes agentes em

concentração ou intensidade e tempo de exposição que ultrapasse os limites de tolerância ou

que, dependendo do agente, torne simples exposição em condição especial prejudicial à

saúde.

Esta contribuição adicional irá permitir ao segurado empregado a concessão de aposentadoria

especial após 25 (vinte e cinco) anos de contribuição.

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3.3 – Emissão de Duas NFs, Faturas ou RPSS e a empresa contratada emitir

duas NFs, Faturas ou RPS relativas ao mesmo serviço, a retenção incidirá

sobre cada um desses documentos, que deverão conter a referência do

contrato.’

Aplica-se o mesmo procedimento quando for emitido, em separado, o valor da taxa de administração

ou agenciamento e o da remuneração dos trabalhadores utilizados na prestação de serviços por

empresa de trabalho temporário com cessão de mão de obra.

3.4 - Empreitada Parcial e Serviços na Construção Civil:

Excluem-se da responsabilidade solidária, estando sujeitos à retenção:

I – prestação de serviços de construção civil para execução de parte da obra com ou sem fornecimento

de material ou equipamentos (empreitada parcial);

II – prestação de serviços de construção civil discriminados no Anexo V;

III – subempreiteiras, quando constatada a inobservância do repasse integral do contrato, ficando esta

empresa como segunda contratada.

Importante

Se, numa mesma obra, ocorrer a prestação dos serviços na área de construção civil não

sujeitos à retenção e, simultaneamente, houver fornecimento de mão de obra para execução

de outros serviços sujeitos à retenção, esta será aplicada apenas sobre estes serviços, desde

que seus valores estejam discriminados no instrumento contratual.

Não havendo discriminação no contrato dos valores dos diferentes tipos de serviços

prestados, aplica-se a retenção à totalidade do valor contratado.

Serviços constantes nas letras “j” e “n” do Anexo III (instalação de antenas coletivas, de

aparelhos de ar condicionado, de refrigeração, de ventilação, de aquecimento, de calefação ou

de exaustão, venda com instalação de estrutura metálica, de equipamento ou de material).

Somente haverá retenção se a empresa emitir, além da NF de venda mercantil, também NF,

Fatura ou RPS relativa à mão de obra de instalação ou montagem do equipamento ou material

por ela vendido.

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3.4.1 – Matrícula da Empresa junto ao INSS

Nas contratações de empreitada parcial e nos serviços de construção civil em que a empresa contratada

não seja construtora, ainda que forneça todo o material e mão de obra, a matrícula será de

responsabilidade da Administração Pública, devendo constar no campo “Nome” a sua “Razão Social”.

Quando se tratar do item II anterior, a Administração Pública e a empresa contratada ficam dispensadas

de efetuar a matrícula.

Entretanto, cabe, neste caso, efetuar a retenção das contribuições previdenciárias e das destinadas a

outras entidades e fundos (terceiros), a qual será efetuada no CNPJ da empresa contratada.

3.5 - Dispensa da Retenção

A Administração Pública fica dispensada de efetuar a retenção e a empresa contratada de registrar o

destaque da retenção na NF, Fatura ou RPS, em respeito ao princípio da economicidade, quando:

I – o valor for inferior ao limite mínimo estabelecido pelo INSS para recolhimento em documento de

arrecadação, equivalente a R$ 10,00 (dez reais);

II – ocorrer, cumulativamente, com a apresentação de declaração assinada por seu representante legal:

a) faturamento do mês anterior ao da prestação dos serviços for inferior a duas vezes o limite máximo

do salário-de-contribuição;

b) o serviço for prestado pessoalmente pelo titular ou sócio;

c) a contratada não possuir empregados.

III – contratar os seguintes serviços, desde que prestados pessoalmente pelos sócios, sem o concurso

de empregados ou outros contribuintes individuais:

a) profissionais relativos ao exercício de profissão regulamentada por legislação federal, nos termos do

Anexo IV - “Retenção das Profissões Regulamentadas por Legislação Federal”;

b) de treinamento e ensino, assim definidos na letra J do Anexo II.

Para efeito de aplicação do inciso III acima, a contratada apresentará, à Administração Pública:

I - declaração assinada por seu representante legal, sob as penas da lei; ou

II – informações constantes na NF, Fatura ou no RPS.

A retenção também não se aplica a:

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I – contratação de serviços na área de construção civil constantes do Anexo III - “Relação dos Serviços

Contratados na Área de Construção Civil”;

II – contribuinte individual equiparado à empresa;

III – contratação de serviços prestados por trabalhadores avulsos por intermédio de sindicato da

categoria ou de órgão gestor de mão de obra;

IV – serviços de coleta de lixo e resíduos, quando realizados com utilização de equipamentos tipo

containers ou caçambas estacionárias;

V – valor dos serviços relativos a transporte de cargas;

VI – contratação de entidade beneficente de assistência social, quando isenta das contribuições

previdenciárias.

3.6 - Deduções da Base de Cálculo (Artigo 124 – IN RFB 971/2009)

Os valores de materiais ou de equipamentos mecânicos fornecidos pela empresa contratada e

indispensáveis à execução do serviço não estarão sujeitos à retenção podendo, portanto, serem

deduzidos, desde que:

I - as respectivas parcelas estejam discriminadas na NF, Fatura ou RPS;

II – os valores estejam estabelecidos contratualmente;

III – os valores dos materiais fornecidos pela empresa contratada não sejam superiores aos valores de

suas aquisições, cuja comprovação deve ser efetuada por documentos fiscais, os quais deverão ser

apresentados à fiscalização da RFB, sempre que for o caso;

IV – o valor da locação de equipamentos mecânicos de terceiros utilizados pela empresa contratada

não pode ser superior ao valor de sua locação, devendo o mesmo constar nos documentos fiscais com

base no valor estimado e contratualmente estabelecido.

Importante

Os valores de equipamentos manuais, tais como furadeira, serrote, martelo, alicate, chave de fenda e

enxada, utilizadas pela empresa contratada sempre integram a base de cálculo para fins da retenção

previdenciária.

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3.6.1 - Quando houver Previsão no Contrato de Fornecimento de Material ou

Equipamento (exceto equipamentos manuais) pela Empresa Contratada

– (Artigo 122, I, II e III – IN RFB 971/2009)

A base de cálculo da retenção, quando houver previsão no contrato de fornecimento de material ou

equipamento mecânico pela empresa contratada, sem especificação dos valores, desde que as

respectivas parcelas estejam discriminadas na NF, Fatura ou RPS, será equivalente aos percentuais

abaixo especificados, aplicados sobre o valor bruto do documento fiscal.

Tipo de

Fornecimento

Especificação dos

serviços

Percentual

Materiais ou Equipamentos Limpeza hospitalar com

utilização de equipamentos próprios

ou de terceiros, sem exclusão das importâncias referentes

a material

65%

Materiais ou Equipamentos Demais limpezas com

utilização de equipamentos próprios

ou de terceiros, sem exclusão das importâncias referentes

a material

80%

Materiais ou Equipamentos

Transporte de

passageiros cujas despesas de

combustível e de manutenção dos

veículos corram por conta da empresa contratada

30%

Materiais ou Equipamentos

Demais serviços

50%

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3.6.2 - Não havendo discriminação de valores em contrato, independentemente

da previsão contratual do fornecimento do equipamento, desde que haja

a discriminação de valores na nota fiscal, na fatura ou no recibo de

prestação de serviços. ( Artigo 122, § 1º, II – IN RFB 971/2009)

A base de cálculo da retenção, quando não houver previsão no contrato de fornecimento de

material ou equipamento mecânico pela empresa contratada, havendo discriminação das

parcelas na NF Fatura ou RPS será equivalente aos percentuais abaixo especificados, aplicados

sobre o valor bruto do documento fiscal.

Drenagem 50%

Obras de arte (pontes e viadutos) 45%

Pavimentação asfáltica 10%

Terraplanagem, aterro sanitário ou dragagem 15%

Demais com a utilização de equipamentos na área da construção civil (exceto

os manuais)

35%

Prestação de serviços em geral 50%

Caso ocorra a execução de mais de um tipo de serviço com utilização de equipamento mecânico

na construção civil e os mesmos não estiverem discriminados individualmente na NF, Fatura ou

RPS, o valor dos serviços, base de cálculo da contribuição, será calculado:

I – mediante aplicação do maior percentual, se o contrato não permitir identificar o valor de

cada serviço; ou

II – mediante aplicação do percentual correspondente a cada tipo de serviço, conforme o

disposto em contrato.

Poderão ser deduzidos, também, da base de cálculo da retenção, desde que discriminados na

NF, Fatura ou RPS, os valores correspondentes (Artigo 124 – IN RFB 971/2009):

I – ao custo da alimentação fornecida pela empresa contratada, de acordo com os programas de

alimentação aprovados pelo Ministério do Trabalho e Emprego – MTE e de conformidade com

legislação própria;

II – ao fornecimento de vale-transporte, de conformidade com legislação própria.

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3.6.3 - Retenção da Contribuição das Subcontratadas (Artigo 127 – IN RFB

971/2009)

A empreiteira é responsável pela retenção das contribuições da subempreiteira, desde que os

serviços estejam vinculados ao mesmo contrato.

Os valores retidos pela empreiteira deverão ser comprovadamente recolhidos por ela, em nome

da subempreiteira, e deduzidos do valor da retenção incidente sobre a NF, Fatura ou RPS no ato

da quitação do serviço com a Administração Pública, desde que todos os documentos

envolvidos se refiram à mesma competência e ao mesmo serviço.

Como Proceder?

Calcular e destacar na NF, Fatura ou RPS:

a) retenção para previdência social: 11% incidente sobre o valor total do serviço;

b) dedução dos valores retidos das subempreiteiras e recolhidos pela empreiteira;

c) valor a ser retido para a previdência social: diferença entre o valor total da retenção de

11%, deduzido o valor retido da subempreiteira e devidamente recolhido.

A dedução dos valores retidos das subempreiteiras está condicionada à empreiteira encaminhar à Administração Pública, cópia: I – da NF, Fatura ou RPS das subempreiteiras utilizadas para a dedução;

II – do comprovante de recolhimento das retenções das subempreiteiras devidamente quitados (anexar cópia autenticada);

III – da GFIP específica para obra (código 150), elaborada pela subempreiteira, onde conste nos campos próprios a matrícula CEI da obra e a sua razão social. A Administração Pública manterá em seu poder, para apresentar à fiscalização

da RFB, quando solicitados, cópias dos documentos relativos às deduções das subempreiteiras.

3.7 – Alíquota Adicional (Artigos 145, 146 e 147 - IN RFB 971/2009)

Caberá à empresa contratada, nos casos em que não estiver estabelecido em contrato o

valor de cada um dos serviços contratados, mas for possível identificar, entre o total dos

trabalhadores, os envolvidos e os não envolvidos com as atividades exercidas em condições

especiais, efetuar o seguinte rateio para apuração da base de cálculo para incidência da

alíquota adicional:

I – valor total do serviço estabelecido contratualmente ÷ nº total de trabalhadores

contratados = valor unitário por trabalhador;

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II – valor unitário por trabalhador x nº de trabalhadores envolvidos com as atividades em

condições especiais.

Na impossibilidade de obtenção da base de cálculo para incidência da alíquota adicional, o

acréscimo da retenção incidirá sobre o valor total da NF, Fatura ou RPS, no percentual de

2% (dois por centro), nos seguintes casos:

I – se houver previsão em contrato da utilização de trabalhadores na execução de atividades

em condições especiais prejudiciais à saúde ou à integridade física, sem a discriminação do

número de trabalhadores utilizados nestas atividades;

II – a Administração Pública desenvolva atividades especiais, sem a previsão contratual da

utilização ou não de trabalhadores no exercício destas atividades.

Deverão ser observadas, pela Administração Pública e empresas contratadas, as disposições

contidas no Capítulo IX, do Título III da Instrução Normativa RFB nº 971/2009, no que se

refere às obrigações a que as mesmas estão sujeitas, com relação aos riscos ocupacionais a

que os trabalhadores estiverem expostos.

3.8 – Destaque da Retenção (Artigo 126, IN RFB 971/2009)

O valor da retenção deverá ser destacado quando da emissão da NF, Fatura ou RPS, pela

contratada, com o título de “Retenção para a Previdência Social”.

O valor deverá ser demonstrado após a descrição dos serviços prestados, como parcela

dedutível, apenas como simples destaque e para produzir efeito no ato da quitação da NF,

Fatura ou RPS, não cabendo qualquer tipo de dedução que altere a base de cálculo de

qualquer tributo que incida sobre seu valor. (Art. 126 – IN 971/2009)

3.9 – Recolhimento do Valor Retido (Artigo 129, IN RFB 971/2009)

O valor correspondente à “Retenção para a Previdência Social” deverá ser recolhido pela

Administração Pública, em nome da empresa contratada, observados os seguintes

procedimentos:

I - em documento de arrecadação estabelecido pela RFB;

II - até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da emissão da NF, Fatura ou RPS (caso não

haja expediente bancário neste dia, antecipar o pagamento para o dia útil imediatamente

anterior);

III – preenchimento do documento de arrecadação constando no campo “identificador” o

CNPJ da empresa contratada, bem como sua razão social e da Administração Pública;

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IV - o recolhimento deverá ser efetuado por estabelecimento da empresa contratada,

consolidando num único documento de arrecadação, caso ocorra a emissão de mais de um

documento fiscal referente à mesma competência.

Caso estejam envolvidos mais de um estabelecimento da empresa contratada na prestação

dos serviços, referentes à mesma competência deverão ser emitidos tantos documentos de

arrecadação das importâncias retidas quantos forem os respectivos estabelecimentos.

Importante Entende-se por competência, para fins de recolhimento da importância retida, aquela que corresponder à data de emissão da NF, Fatura ou

RPS.

A falta de recolhimento das importâncias retidas no prazo legal

configura, em tese, crime contra a previdência social previsto no art. 168-

A do Código Penal, acrescido pela Lei nº 9.983, de 14 de julho de 2000,

ensejando representação fiscal para fins penais, conforme previsto na

Instrução Normativa RFB n° 971/2009, não podendo os valores retidos

serem objeto de parcelamento.

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3.10 – Procedimentos Práticos de Apuração e Recolhimento

3.10.1 – Procedimento prático para a apuração e recolhimento de serviços

contratados (empreitada/cessão de mão de obra) quando há

discriminação de materiais e serviços no contrato e na nota fiscal.

(Artigo 122, I, II e III – IN RFB 971/2009)

Exemplo: O órgão X contratou a empresa Faz Tudo Ltda. especializada em

divisórias, limpeza, e outros serviços para realização de serviços de adequação

de layout das salas de determinado prédio. O preço do serviço foi ajustado em

R$10.000,00 (dez mil reais). Existe no contrato discriminação sobre o

fornecimento de materiais ou equipamentos pela contratada, totalizando estes

a importância de R$ 6.000,00 (seis mil reais). Na nota fiscal foi destacado o

valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais) a título de materiais e equipamentos

fornecidos pela contratada. Ao final a empresa Faz Tudo Ltda. emitiu o documento fiscal

correspondente.

Item Discriminação Referência Valor R$

01 Valor bruto dos serviços 100% 10.000,00

02 (-) Redução legal ou contratual 6.000,00

03 Valor da base de cálculo (1-2) 4.000,00

04 Valor da retenção INSS (11%) 11% 440,00

05 Valor líquido a pagar ao

contratado

(1-4) 9.560,00

Observação: Neste caso a base de cálculo será o valor da mão-de-obra relativa ao serviço prestado, conforme destacado na nota. Isto porque o valor dos materiais/equipamentos está discriminado em planilha contratual e na nota fiscal emitida pela contratada.

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3.10.2. Procedimento prático para apuração e recolhimento de serviços

contratados (empreitada/cessão de mão de obra) quando há previsão

de fornecimento de materiais e equipamentos no contrato, sem

especificação de valores, e os mesmos constam na nota fiscal. (art.122,

IN RFB 971/09).

Exemplo 1 - Contratação de serviços de instalação de divisórias por órgão da

administração pública com previsão contratual de materiais ou equipamentos.

O órgão X contratou a empresa Divisória Ltda. para realização de serviços

de adequação de layout das salas de determinado prédio. O preço do serviço

foi ajustado em R$10.000,00 (dez mil reais). Consta no contrato a previsão do

fornecimento de materiais e equipamentos, sem discriminação de valores. Os

mesmos estão destacados na NF, na importância de R$ 6.000,00 (seis mil

reais).

Item Discriminação Referência Valor R$

01 Valor bruto dos serviços 100% 10.000,00

02 (-) Redução legal ou contratual 50% 5.000,00

03 Valor da base de cálculo (1 – 2) 5.000,00

04 Valor da retenção INSS (11% x 5.000,00) 11% 550,00

05 Valor líquido a pagar ao contratado (1 – 4) 9.450,00

Observação: Neste caso, embora conste na nota fiscal o destaque de R$ 6.000,00 (seis mil reais), referente aos materiais e equipamentos, a base de cálculo será R$ 5.000,00 (cinco mil reais), valor este correspondente a 50% do valor total da nota fiscal conforme determina o artigo 122 da IN RFB 971/09, como valor mínimo para esta espécie de serviço. A contratante não deve considerar a base de cálculo destacada na nota pela empresa contratada, no valor de R$ 4.000,00 (mão-de-obra).

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Exemplo 2 - Contratação de serviços de limpeza por órgão da Administração Pública com previsão de materiais e equipamentos.

O órgão X contratou a empresa Limpa Tudo Ltda. para realização de serviços de limpeza predial. O preço do serviço foi ajustado em R$10.000,00 (dez mil reais). Consta no contrato a previsão do fornecimento de materiais e equipamentos sem discriminação de valores. Os mesmos foram destacados na NF na importância de R$ 4.000,00

(quatro mil reais).

Item Discriminação Referência Valor R$

01 Valor bruto dos serviços 100% 10.000,00

02 (-) Redução legal ou contratual 2.000,00

03 Valor da base de cálculo (1 – 2) 8.000,00

04 Valor da retenção INSS (11% x 8.000,00) 11% 880,00

05 Valor líquido a pagar ao contratado (1 – 4) 9.120,00

Observação: Neste caso, embora conste na nota fiscal o destaque de R$ 4.000,00 (cinco mil reais) a título de materiais e equipamentos, a base de cálculo será R$ 8.000,00 (oito mil reais), valor este correspondente a 80% do valor total da nota fiscal conforme determina o Artigo 122, III – IN RFB 971/2009, como valor mínimo para esta espécie de serviço. A contratante não deve considerar a base de cálculo destacada na nota pela empresa contratada, no valor de R$ 6.000,00 (mão-de-obra).

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Exemplo 3 - Contratação de serviços de limpeza hospitalar para hospital integrante da Administração Pública com previsão do fornecimento de materiais e equipamentos. O hospital X contratou a empresa Limpa Tudo Ltda. para realização de serviços de limpeza hospitalar. O preço do serviço foi ajustado em R$10.000,00 (dez mil reais). Consta no contrato a previsão do fornecimento de materiais e equipamentos sem discriminação de valores, sendo estes destacados na nota fiscal na importância de R$ 4.000,00 (quatro mil reais). Item Discriminação Referência Valor R$

01 Valor bruto dos serviços 100% 10.000,00

02 (-) Redução legal ou contratual 3.500,00

03 Valor da base de cálculo (1 – 2) 6.500,00

04 Valor da retenção INSS (11% x

8.000,00)

11% 715,00

05 Valor líquido a pagar ao contratado (1 – 4) 9.285,00

Observação: neste caso, embora conste na nota fiscal o destaque de R$ 4.000,00(quatro mil reais) a título materiais e equipamentos, a base de cálculo será R$ 6.500,00 (seis mil e quinhentos reais), valor este correspondente a 65% do valor total da nota fiscal conforme determina o artigo 122, III da IN RFB 971/09 como valor mínimo para esta espécie de serviço. A contratante não deve considerar a base de cálculo destacada na nota pela empresa contratada, no valor de R$ 6.000,00 (mão-de-obra).

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Exemplo 4 - Contratação de serviços de transporte por órgão integrante da Administração Pública com discriminação de materiais e equipamentos.

O órgão X contratou a empresa Transportão Ltda. para realização de serviços contínuos de transporte de passageiros (cessão de mão de obra). O preço do serviço foi ajustado em R$10.000,00 (dez mil reais) mensais. Consta no contrato a previsão de que as despesas de combustível e manutenção dos veículos correrão por conta da empresa contratada, sem discriminação contratual dos mesmos. Na nota fiscal está destacado o valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais), referentes ao combustível para o veículo.

Item Discriminação Referência Valor R$

01 Valor bruto dos serviços 100% 10.000,00

02 (-) Redução legal ou contratual 7.000,00

03 Valor da base de cálculo (1 – 2) 3.000,00

04 Valor da retenção INSS (11% x 6.500,00)

11% 330,00

05 Valor líquido a pagar ao contratado (1–4) 9.670,00

Observação: neste caso, embora conste na nota fiscal o destaque de R$ 8.000,00 (oito mil reais) relativos a combustível e manutenção, a base de cálculo será R$ 3.000,00 (três mil reais), valor este correspondente a 30% do valor total da nota fiscal conforme determina o artigo 122, II da IN RFB 971/09 como valor mínimo para esta espécie de serviço. A contratante não deve considerar a base de cálculo destacada na nota pela empresa contratada, no valor de R$ 2.000,00 (mão-de-obra).

NOTA:

Não basta a previsão contratual de fornecimento de materiais e equipamentos, deve-se atentar se os valores relativos a material/equipamentos estão discriminados no contrato. Se estiverem, podem-se aceitar os valores destacados nas notas da contratada a título de mão de obra, que será então a base-de-cálculo da retenção. Se os valores não estiverem discriminados em contrato, deve-se observar se o valor destacado a título de serviços na nota respeita os limites mínimos estabelecidos no art. 122 da IN RFB 971/2009: 50% - serviços em geral; 30% - transporte de passageiros; 65% - limpeza hospitalar; 80% - limpeza em geral.

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3.10.3. Procedimento prático para apuração e recolhimento de serviços

contratados (empreitada/cessão de mão de obra) quando os materiais

e equipamentos forem inerentes a execução do serviço. (parágrafo 1º

art. 122 IN RFB 971/09)

Exemplo 1 - Contratação de serviços em geral por órgão da Administração Pública, com utilização de equipamento inerente à execução do serviço, independentemente de previsão contratual de fornecimento, mas com valores destacados na Nota Fiscal. O órgão X contratou com a empresa Reforma Tudo Ltda. para realizar reforma em prédio da Administração. O preço do serviço foi ajustado em R$ 20.000,00. A empresa utilizou materiais e equipamentos no valor de R$ 12.000,00, valor este discriminado no contrato e na nota fiscal.

Item Discriminação Referência Valor R$

01 Valor bruto dos serviços 100% 20.000,00

02 (-) Redução legal ou contratual 12.000,00

03 Valor da base de cálculo (1 – 2) 8.000,00

04 Valor da retenção INSS (11% x 8.000,00)

11% 880,00

05 Valor líquido a pagar ao contratado (1 –

4) 19.120,00

Observação: neste caso o valor da redução da base de CÁLCULO será de R$ 12.000,00 (doze mil reais) tendo em vista que esse valor foi discriminado no contrato e na nota fiscal.

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Exemplo 2. Contratação de serviços em geral por órgão da administração pública cujos valores não estão discriminados no contrato, apenas na Nota Fiscal. O órgão X contratou com a empresa Reforma Tudo Ltda. para realizar reforma em prédio da Administração. O preço do serviço foi ajustado em R$ 20.000,00. A empresa utilizou materiais e equipamentos no valor de R$ 12.000,00, este valor não foi discriminado no contrato, apenas na nota fiscal.

Item Discriminação Referência Valor R$ 01 Valor bruto dos serviços 100% 20.000,00

02 (-) Redução legal ou contratual 10.000,00

03 Valor da base de cálculo (1 – 2) 10.000,00

04 Valor da retenção INSS (11% x 10.000,00)

11% 1.100,00

05 Valor líquido a pagar ao contratado (1 – 4) 18.900,00

Observação: neste caso, embora conste na nota fiscal a utilização de R$ 12.000,00 (doze mil reais) em materiais e equipamentos a base de cálculo será R$ 10.000,00 (dez mil reais), valor este correspondente a 50% do valor total da nota fiscal conforme determina a IN RFB 971/2009 como valor mínimo para esta espécie de serviço.

3.10.4. Procedimento prático para apuração e recolhimento de serviços

contratados (empreitada/cessão de mão de obra) na área da

construção civil quando o fornecimento de materiais e equipamentos

não está previsto em contrato, mas a utilização de equipamentos é

inerente ao serviço, com valores destacados na nota fiscal.

Exemplo 1 - Contratação de obra de pavimentação asfáltica por órgão da Administração Pública, sem previsão contratual de fornecimento de material/equipamentos.

O órgão X contratou com a empresa Asfalta Tudo Ltda., para obra de pavimentação asfáltica de uma rodovia. O preço do serviço foi ajustado em R$ 200.000,00 (obra de construção civil, empreitada total – retenção facultativa). Segundo a empresa, foram utilizados materiais e equipamentos no valor de R$ 190.000,00, com valor destacado na nota fiscal.

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Item Discriminação Referência Valor R$ 01 Valor bruto dos serviços 100% 200.000,00

02 (-) Redução legal ou contratual 180.000,00

03 Valor da base de cálculo (1 – 2) 20.000,00

04 Valor da retenção INSS (11% x 20.000,00)

11% 2.200,00

05 Valor líquido a pagar ao contratado (1 – 4) 197.800,00

Observação: neste caso, deve-se atentar que a retenção é facultativa, mas se exercida, deve observar os limites mínimos legais, ou seja, embora conste na nota fiscal o destaque de R$ 190.000,00 a título de materiais e equipamentos, a contratante deverá considerar a base de cálculo de R$ 20.000,00, valor este correspondente a 10% do valor bruto da nota fiscal, conforme o art. 122, §1o, II, “a” da IN RFB 971/09. A contratante não deve considerar a base de cálculo destacada na nota pela empresa.

Exemplo 2 - Contratação de serviços de terraplenagem por órgão da administração pública, sem previsão contratual de fornecimento de materiais/equipamentos, mas com valores destacados em nota. O órgão X contratou com a empresa TERRAPLENAGEM Ltda. serviço de terraplenagem (serviço de construção civil – retenção obrigatória). O preço do serviço foi ajustado em R$ 200.000,00. A empresa destacou em nota material/equipamentos no valor de R$ 190.000,00.

Item Discriminação Referência Valor R$ 01 Valor bruto dos serviços 100% 200.000,00

02 (-) Redução legal ou contratual 170.000,00

03 Valor da base de cálculo (1 – 2) 30.000,00

04 Valor da retenção INSS (11% x 30.000,00)

11% 3.300,00

05 Valor líquido a pagar ao contratado (1 – 4) 197.800,00

Observação: neste caso, deve-se atentar que a retenção é obrigatória, pois se trata de um serviço de construção civil. Embora conste na nota fiscal o destaque de R$ 190.000,00 a título de materiais e equipamentos, a empresa contratante deverá considerar a base de cálculo de R$ 30.000,00, valor este correspondente a 15% do valor bruto da nota fiscal, conforme o art. 142 e 145, § único da IN RFB 971/09. A contratante não deve considerar a base de cálculo destacada na nota pela empresa contratada, no valor de R$ 10.000,00 (mão-de-obra).

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Exemplo 3 - Contratação de obras de arte (pontes ou viadutos) por órgão da Administração Pública sem previsão contratual de fornecimento de materiais/equipamentos, mas com valores destacados em nota. O órgão X contratou com a empresa PONTES BONITAS Ltda. obra de construção de uma ponte arquitetônica, inspirada na revolução francesa. O preço da obra foi ajustado em R$ 1.000.000,00. A empresa utilizou materiais e equipamentos no valor de R$ 700.000,00, com valor destacado em nota fiscal.

Item Discriminação Referência Valor R$ 01 Valor bruto dos serviços 100% 1.000.000,00

02 (-) Redução legal ou contratual 550.000,00

03 Valor da base de cálculo (1 – 2) 450.000,00

04 Valor da retenção INSS (11% x 110.000,00)

11% 49.500,00

05 Valor líquido a pagar ao contratado (1 – 4) 950.500,00

Observação: neste caso, deve-se atentar que a retenção é facultativa, mas se exercida, deve observar os limites mínimos legais, ou seja, embora conste na nota fiscal o destaque de R$ 700.000,00 a título de materiais e equipamentos, a empresa contratante deverá considerar a base de cálculo de R$ 450.000,00, valor este correspondente a 45% do valor bruto da nota fiscal, conforme o art. 122, §1o, II, “c” da IN RFB 971/09. A contratante não deve considerar a base de cálculo destacada na nota pela empresa contratada, no valor de R$ 300.000,00 (mão-de-obra).

Exemplo 4 - Contratação de drenagem por órgão da Administração Pública sem previsão contratual de fornecimento de materiais/equipamentos, mas com valores destacados em nota. O órgão X contratou com a empresa DRENAMOS TUDO Ltda. serviço de drenagem em um terreno da Administração (serviço de construção civil – retenção obrigatória). O preço do serviço foi ajustado em R$ 100.000,00. A empresa utilizou materiais e equipamentos no valor de R$ 50.000,00, destacado na nota fiscal.

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Item Discriminação Referência Valor R$ 01 Valor bruto dos serviços 100% 100.000,00

02 (-) Redução legal ou contratual 50.000,00

03 Valor da base de cálculo (1 – 2) 50.000,00

04 Valor da retenção INSS (11% x 100.000,00)

11% 5.500,00

05 Valor líquido a pagar ao contratado (1 – 4) 94.500,00

Observação: neste caso, o valor destacado de R$ 50.000,00, a título de materiais e equipamentos, está de acordo com a legislação, pois a base de cálculo de R$ 50.000,00 corresponde ao limite mínimo estabelecido (50% do valor bruto da nota fiscal), conforme o art. 122, §1o, II, “d” da IN RFB 971/2009. A retenção é obrigatória, pois se trata de um serviço de construção civil.

Exemplo 5 - Contratação de pintura para sinalização horizontal de

avenidas por órgão da Administração Pública sem previsão contratual de fornecimento de materiais/equipamentos, mas com valores destacados em nota. O órgão X contratou com a empresa PINTANDO FELIZ Ltda. serviço de pintura de rodovia (serviço de construção civil – retenção obrigatória). O preço do serviço foi ajustado em R$ 100.000,00. A empresa utilizou materiais e equipamentos no valor de R$ 50.000,00, destacado na nota fiscal.

Item Discriminação Referência Valor R$

01 Valor bruto dos serviços 100% 100.000,00

02 (-) Redução legal ou contratual 50.000,00

03 Valor da base de cálculo (1 – 2) 50.000,00

04 Valor da retenção INSS (11% x 100.000,00) 11% 5.500,00

05 Valor líquido a pagar ao contratado (1 – 4) 94.500,00

Observação: neste caso, o valor destacado de R$ 50.000,00, a título de materiais e equipamentos, e R$ 50.000,00 a título de mão de obra está de acordo com a legislação, pois a base de cálculo de R$ 50.000,00 ultrapassa o limite mínimo estabelecido (35% do valor bruto da nota fiscal), conforme o art. 122, §1o, II, “e” da IN RFB 971/09. A retenção é obrigatória, pois se trata de um serviço de construção civil, e deve-se recolher o valor destacado, pois os limites estabelecidos não fixam a base de cálculo da retenção, mas o limite mínimo que deve ser observado.

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NOTA:

Alguns serviços têm a utilização de equipamentos, exceto os manuais, inerentes à sua execução. Nestes casos, independentemente de previsão contratual de fornecimento, pode se considerar os valores destacados em nota fiscal pela empresa contratada, desde que os mesmos respeitem os limites mínimos estabelecidos no art. 122, §1o, II da IN RFB 971/2009: 50% - serviços em geral; 10% - pavimentação asfáltica; 15% - terraplenagem; 50% - drenagem; 35% - construção civil.

3.10.5. Procedimento prático para apuração e recolhimento de serviços

contratados (empreitada/cessão de mão de obra) sem previsão

contratual de fornecimento de material ou equipamentos, onde a

utilização de equipamentos não é inerente ao serviço, mesmo

havendo discriminação de valores na nota fiscal (art. 123 da IN RFB

971/09).

Exemplo - Contratação de serviços de instalação de divisórias por órgão da Administração Pública sem previsão no contrato do fornecimento de materiais ou equipamentos. O órgão X contratou a empresa Faz Tudo Ltda. especializada em divisórias, limpeza e outros serviços para realização de serviços de adequação de layout das salas de determinado prédio (reforma de pequeno valor). O preço do serviço foi ajustado em R$10.000,00. Não existe no contrato nenhuma menção sobre o fornecimento de materiais ou equipamentos pela contratada, nem seus respectivos valores. Na nota fiscal foi destacado o valor de R$ 5.000,00, a título de material. Ao final, a empresa Faz Tudo Ltda. emitiu o documento fiscal correspondente.

Item Discriminação Referência Valor R$

01 Valor bruto dos serviços 100% 10.000,00

02 (-) Redução legal ou contratual --------------

03 Valor da base de cálculo (1 – 2) 10.000,00

04 Valor da retenção INSS (11% x 10.000,00)

11% 1.100,00

05 Valor líquido a pagar ao contratado (1 – 4) 8.900,00

Observação: neste caso, embora conste na nota fiscal o destaque de R$ 5.000,00, a título de materiais e equipamentos, a empresa contratante deverá considerar a base de cálculo de R$ 10.000,00 (valor bruto), pois, não há previsão contratual de

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fornecimento de materiais/equipamentos e a utilização de materiais e equipamentos, exceto os manuais, não é inerente ao serviço conforme o art. 123, da IN RFB 971/09. A contratante não deve considerar a base de cálculo destacada na nota fiscal pela empresa contratada, no valor de R$ 5.000,00 (mão de obra).

NOTAS:

Tomando por base as informações acima, os servidores responsáveis pela retenção da contribuição previdenciária, deverão, nos casos de cessão de mão de obra e empreitada, observar: • se a empresa contratada para a execução dos serviços é pessoa jurídica; • se o serviço será realizado mediante empreitada ou cessão de mão de obra; • se o contrato for de empreitada, apenas estará sujeito a retenção os serviços constantes no art. 117 e que se o contrato for de cessão de mão de obra, estarão sujeitos à retenção tanto os serviços constantes no art. 117 como os constantes no art. 118; • que o valor da retenção para a Seguridade Social deve estar sempre destacado na Nota Fiscal emitida pela empresa contratada, e corresponder a 11% do valor da mão de obra relativa ao serviço constante na Nota. As empresas optantes do SIMPLES estão sujeitas à retenção. As dispensas legais estão enumeradas nos arts. 120, 143 e 149 da IN RFB 971/09; • se o valor da mão de obra está de acordo com o limite mínimo definido na legislação para cada tipo de serviço; • que o órgão contratante deverá reter o valor destinado à Seguridade Social e recolher o valor retido até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da emissão da nota, em nome da empresa contratada (CNPJ da contratada), em GPS com código de pagamento específico; • que o sujeito passivo (órgão contratante) será sempre responsável pelo recolhimento da retenção, nos termos do art. 33, § 5º da Lei 8.212/91: “o desconto de contribuição e de consignação legalmente autorizadas sempre se presume feito oportuna e regularmente pela empresa a isso obrigada, não lhe sendo lícito alegar omissão para se eximir do recolhimento, ficando diretamente responsável pela importância que deixou de receber ou arrecadou em desacordo com o disposto nesta Lei”; • que reter valores destinados à Seguridade Social e não os recolher no prazo legal é crime de apropriação indébita previdenciária, previsto no art. 168-A do Código Penal. As consequências tributárias serão suportadas pelo órgão, mas as consequências penais recairão sobre os gestores responsáveis pelas práticas tipificadas em Lei como crime; que os valores retidos pela contratante são informados em GFIP pela contratada, ou seja, o órgão não precisa declarar esta informação em sua GFIP.

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CAPÍTULO 4

OBRIGAÇÕES E RESPONSABILIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E

DA EMPRESA CONTRATADA

4.1 - Obrigações e Responsabilidades da Administração Pública

A Administração Pública fica obrigada a manter em arquivo, por empresa

contratada, em ordem cronológica, à disposição da RFB, pelo prazo decadencial previsto na Legislação Tributária, as NF’s, Faturas ou RPS’s e a correspondente GFIP.

As NF’s, Faturas ou RPS’s emitidas pela empresa contratada, quando se tratar de obra ou serviço de construção civil, deverão consignar no campo

de identificação do destinatário ou juntamente com a descrição dos serviços, a matrícula CEI e o endereço da obra onde os mesmos foram prestados.

Os originais das guias de recolhimento das contribuições previdenciárias

relativas à retenção deverão ser mantidos em poder da Administração Pública, sendo as respectivas cópias entregues à empresa contratada, mediante

comprovante de entrega.

A Administração Pública deverá escriturar em títulos próprios da contabilidade:

I – o valor bruto dos serviços; II – o valor bruto da retenção; III – o valor líquido a pagar.

Caso a contabilidade não discrimine em seus registros os valores de cada NF,

Fatura ou RPS e de cada retenção, a Administração Pública deverá, em

registros auxiliares, manter a discriminação desses valores.

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4.1.1 - Riscos Ambientais de Trabalho

A Administração Pública deverá informar à empresa contratada, quando os

serviços forem exercidos no seu próprio estabelecimento, seja por cessão de

mão de obra, empreitada ou trabalho temporário, os riscos ambientais relacionados às atividades que desempenha e auxiliá-la na elaboração dos

seguintes documentos: I – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA); II – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR);

III – Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da construção (PCMAT);

IV – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO); V – Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT).

Os documentos constantes dos incisos acima terão que guardar

consistência entre si, ficando a Administração Pública responsável, em última instância, pelo fiel cumprimento desses programas, recebendo e validando medidas de controle ambiental indicadas para os trabalhadores contratados.

As disposições contidas neste capítulo, além das demais estabelecidas no

Capítulo IX, 13 do Título III da Instrução Normativa RFB n° 971/2009, no que

se refere às obrigações a que as empresas contratantes estão sujeitas com relação a agentes nocivos a que os trabalhadores estiverem expostos, deverão ser observadas pelo Departamento de Ambiência Organizacional da

Subsecretaria de Pessoas da Secretaria de Administração e Recursos Humanos e acompanhadas pelo responsável pelo contrato da respectiva Unidade

Gestora.

4.2 - Obrigações e Responsabilidades da Empresa Contratada

A empresa contratada, com base nas informações fornecidas pela empresa

contratante, deverá elaborar o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) dos segurados empregados, que exerçam atividades em condições especiais

prejudiciais à saúde ou à integridade física, cujo documento se destina a informar o INSS sobre a efetiva exposição do trabalhador a agentes nocivos e registrar, dentre outras informações, as demonstrações ambientais da

contratante ou do local de efetiva prestação dos serviços. O PPP será efetuado com base em LTCAT expedido por médico de trabalho ou

engenheiro de segurança do trabalho, nos termos da legislação trabalhista, mediante formulário próprio e na forma estabelecida pelo INSS.

Caberá à empresa contratada emitir NF, Fatura ou RPS específica para os

serviços prestados pelos segurados empregados envolvidos na prestação de serviços em condições especiais prejudiciais à saúde ou à integridade física

com base na relação fornecida, mensalmente, pela contratante. A emissão de NF, Fatura ou RPS deverá ser efetuada, em separado, para os serviços prestados pelos cooperados envolvidos ou não com atividades em

condições especiais, com base em planilha de custos, cujo documento deverá

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especificar: I - valor total dos serviços estabelecido contratualmente, incluídos os valores

referentes a materiais e equipamentos, sempre que houver; II - valor (es) referente(es) à materiais e equipamentos.

As planilhas de custos deverão conter todos os componentes de custos

relacionados aos serviços prestados pelos cooperados, inclusive os decorrentes de fornecimento de material e de equipamento, quando for o caso, e deverão

ser elaboradas para cada tipo de serviço prestado, a saber: I – serviços prestados pelos trabalhadores não envolvidos com atividades em

condições especiais; II – serviços prestados pelos trabalhadores envolvidos com atividades em condições especiais que permitam a concessão de aposentadoria especial

concedida após os 25 anos de contribuição.

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CAPÍTULO 5

CRITÉRIOS OPERACIONAIS

5.1 - Empenhamento da Despesa

O empenho deve anteceder sempre a realização de qualquer despesa e ser

efetuado de acordo com a natureza de despesa específica para o serviço contratado.

A correta classificação da despesa deverá sempre observar o “Classificador de Despesas do Município”, aprovado através do Decreto nº 8.090, de 19 de dezembro de 2003. Considerando que os serviços contratados, de que trata

este manual, referem-se àqueles prestados, exclusivamente, por pessoas jurídicas, a natureza de despesa deverá estar enquadrada em um dos

seguintes elementos de despesa: 3.3.90.33.00 – Pagamento de Despesas com Locomoção;

3.3.90.35.00 – Serviços de Consultoria;

3.3.90.37.00 – Locação de Mão de Obra;

3.3.90.39.00 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica;

4.4.90.51.00 – Obras e Instalações.

Cabe destacar, ainda, que o recolhimento das obrigações previdenciárias das empresas contratadas são despesas extra-orçamentárias. Corresponde, então, a entrega, ao INSS, dos valores retidos. Desta forma, não cabe

empenho exclusivo para o recolhimento das obrigações previdenciárias das empresas, mas sim empenhar o valor total do serviço realizado.

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Exemplo:

Valor Total do Serviço Realizado: R$ 100,00 Retenção de ISS na fonte: R$ 5,00

Retenção de IRRF na fonte: R$ 1,50 Retenção de INSS na fonte: R$ 11,00 Valor Líquido do Serviço: R$ 82,50

Valor da despesa a ser empenhado: R$ 100,00 As retenções tributárias realizadas na fonte são despesas extra

orçamentárias.

5.2 - Apuração da Base de Cálculo nas Contribuições

A base de cálculo para fins de apuração das contribuições previdenciárias, mediante aplicação da alíquota

de 11% (onze por cento) e da alíquota adicional de 2% (dois por cento), quando for o caso, será obtida da

seguinte forma:

(A) - (B) = (C)

(A) Valor Total da Nota Fiscal, Fatura ou RPS: corresponde ao

valor total dos serviços prestados, incluídos todos os custos correspondentes, inclusive a utilização de equipamentos ou

fornecimento de material, quando for o caso, de conformidade com o estabelecido contratualmente.

(B) Valores Referentes a Materiais e Equipamentos: corresponde aos valores sujeitos à dedução para fins de apuração da base de cálculo, devendo estar devidamente especificado na NF, Fatura ou RPS (vide “Dedução da Base de Cálculo” constante neste manual).

(C) Base de Cálculo das Contribuições: valor dos serviços sobre o

qual é aplicada a alíquota de 11% (onze por cento) ou 13% (treze por cento), quando couber a aplicação da alíquota. adicional.

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5.3 - Guia da Previdência Social - GPS

O recolhimento da contribuição previdenciária deve ser realizado através da GPS, conforme

demonstrado na figura 1, abaixo.

Figura 1 – Guia da Previdência Social

A Administração Pública deverá preencher a GPS depois de efetuar a retenção previdenciária por ocasião do pagamento pelos serviços prestados, de acordo com

as seguintes instruções: Campo 1: inserir o nome e endereço da empresa contratada, bem como o

nome “Prefeitura Municipal de Santos” e o CNPJ “58.200.015/0001-83”. Inserir, ainda, a data de emissão da NF, Fatura ou RPS da empresa contratada;

Campo 3: inserir o código 2640, referente a contribuição retida sobre

NF/Fatura da empresa prestadora de serviço – CNPJ. Uso Exclusivo do Órgão do Poder Público - Administração Direta, Autarquia e Fundação contratante do

serviço;

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Campo 4: inserir o mês e ano da emissão, pela empresa contratada, da NF, Fatura ou RPS;

Campo 5: inserir o número do CNPJ da empresa contratada;

Campo 6: inserir o valor da retenção previdenciária a ser recolhida. Quando o valor para recolhimento for inferior ao limite mínimo estabelecido pelo INSS, a

Administração Pública deverá acumular este valor com os próximos futuros recolhimentos da mesma empresa até que a soma atinja este valor mínimo, para então proceder ao recolhimento, utilizando a última competência como base de

informação no Campo 4;

Campo 10: inserir o valor da atualização monetária e acréscimos legais, quando for o caso, sobre recolhimentos em atraso;

Campo 11: repetir o valor inserido no Campo 6.

5.4 - Liquidação da Despesa

A liquidação de despesa relativa à remuneração devida à empresa contratada será

efetuada através de processo próprio, específico para cada empresa, cujos procedimentos serão iniciados a partir da emissão da NF, Fatura ou RPS.

A liquidação da despesa será realizada pelo valor total, na respectiva competência, através do sistema CONAM, destacando-se as retenções tributárias devidas, inclusive a previdenciária.

5.5 - Pagamento da Despesa

O recolhimento da importância retida, a título de contribuição previdenciária, deve ser realizado até o dia 20 (vinte) do mês subsequente à emissão da NF, Fatura ou

RPS, ou no dia útil imediatamente anterior, caso não haja expediente bancário no dia 20 (vinte).

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Considerando que as retenções tributárias não se referem somente às contribuições previdenciárias, mas, também, ao Imposto de Renda Retido na Fonte – IRRF e Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN, cujos

pagamentos são efetuados em datas anteriores ao pagamento relativo ao INSS, fica estabelecido que:

os documentos relativos às contribuições previdenciárias e aos demais tributos, tais como ISSQN e IRRF, sejam enviados ao DECONFI/SELIQ, ou

setor financeiro correspondente, até o dia 25 (vinte e cinco) de cada mês, para pagamento do INSS até o dia 20 (vinte) do mês subsequente e, os demais, nas

datas estabelecidas na legislação vigente.

Para viabilizar o pagamento nas datas estabelecidas de cada retenção tributária, caberá a UNIDADE GERENCIADORA, ou setor correspondente, solicitar às empresas que emitam os documentos fiscais sempre no início da competência

seguinte à prestação dos serviços.

Importante Se as Notas Fiscais forem habitualmente entregues entre o dia 20 (vinte) até

o último dia do mês, solicitar à empresa a entrega da mesma nos primeiros dias do mês subsequente.

5.6 - Controle da Retenção e do Recolhimento das Obrigações Previdenciárias

Deverá ser enviada, mensalmente, a Controladoria Geral, até o dia 10 (dez) ou

primeiro dia útil anterior, pelos Órgãos Gestores, ou setor correspondente:

Anexo VII – “Demonstrativo das Remunerações Devidas e das Obrigações Previdenciárias das Empresas Contratadas”.

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CAPÍTULO 6

DAS RETENÇÕES E CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS DO CONTRIBUINTE

INDIVIDUAL

6. PRESTADOR DE SERVIÇO INDIVIDUAL OU AUTÔNOMO

6.1. CONTRIBUINTE INDIVIDUAL OU AUTÔNOMO – para fins de contribuição ao

Regime Geral de Previdência Social, dentre outros, é a pessoa física que presta

serviços de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas,

sem relação de emprego. Portanto, toda vez que um órgão público contratar os serviços

de uma pessoa física, em caráter eventual, haverá repercussão tributária, com

incidência de contribuições previdenciárias.

6.2. ALÍQUOTAS E BASE DE CÁLCULO DA RETENÇÃO.

Os órgãos e entidades municipais deverão descontar o percentual de 11% sobre o

valor pago aos prestadores de serviço individual ou autônomo, limitado ao valor máximo do salário de contribuição definido na tabela de contribuição mensal, que atualmente, é de R$ R$ 3.916,20 (janeiro/2012). Deverá ser recolhida, também, a contribuição

patronal no percentual de 20% sobre o valor total da remuneração. (PORTARIA

INTERMINISTERIAL MPS/MF Nº 02, DE 06 DE JANEIRO DE 2012 - DOU DE

09/01/2012) - Teto de Contribuição de INSS: R$ 430,78

Nota: Esses valores são revistos anualmente.

Importante ressaltar que as contribuições dos segurados contribuintes individuais para

o RGPS incidem sobre uma base de cálculo que tem um limite máximo, ou seja, se,

por exemplo: José, presta serviço eventual a um órgão público, de limpeza de ar-

condicionado e aufere como remuneração a importância de R$ 4.000,00, a

contribuição a cargo de José é de 11% x R$ 3.916,20. Por outro lado, se o valor do

serviço for de apenas R$ 200,00, sua contribuição será de 11% x R$ 200,00 (não há

escalonamento de alíquotas como no caso dos segurados empregados).

Já as contribuições do órgão público para o RGPS incidem sobre uma base de cálculo

que corresponde à remuneração. Ao contrário do salário de contribuição, não está

sujeita a um limite máximo, ou seja, a contribuição a cargo do órgão, prevista no art.

22, III da Lei 8.212/91, é de 20% x R$ 4.000,00, no primeiro caso e de 20 % x R$

200,00, no segundo.

Não há contribuição para o seguro de acidente de trabalho no caso de remuneração

de contribuintes individuais (prestadores de serviços eventuais).

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6.3. CONTRIBUINTE QUE PRESTA SERVIÇOS A MAIS DE UMA FONTE

PAGADORA.

O contribuinte individual que prestar serviços a mais de uma fonte pagadora e o valor

total das remunerações auferidas no mês atingirem o limite máximo do salário de

contribuição (R$ 3.916,20), deverá informar o fato ao órgão no qual sua remuneração

atingir o limite e aos que se sucederem, para evitar o recolhimento de valores

indevidos, mediante a apresentação de:

- Comprovantes de pagamento, ou; Declaração, por ele emitida, sob as penas da lei,

consignando o valor sobre o qual já sofreu desconto naquele mês ou identificando o

órgão que efetuará, naquela competência, desconto sobre o valor máximo do salário-

contribuição.

- O órgão que remunerar contribuinte individual que tenha múltiplos vínculos deverá

informar na GFIP, a ocorrência de tal fato, de forma que o Programa não efetue o

cálculo da contribuição previdenciária a cargo do trabalhador. Deve-se observar o

vínculo da fonte pagadora com o INSS:

Exemplo 1: um professor de uma Universidade Federal, que contribui para o RPPS

(regime próprio da União), prestar um serviço eventual a órgão municipal, deverá

recolher para o RGPS, pois os regimes previdenciários são independentes.

Exemplo 2: se um professor da rede particular, que já contribui para o INSS (é segurado

empregado), prestar um serviço eventual a órgão municipal, poderá apresentar os

comprovantes de que já recolhe sobre o teto máximo nesta fonte pagadora e assim

evitar o desconto da contribuição previdenciária na prestação do serviço eventual.

A Administração Municipal deve estar atenta para a obrigatoriedade da Contribuição

Patronal (20% sobre a remuneração), que será devida, em qualquer hipótese, mesmo

que não haja contribuição do trabalhador.

6.4. DA OBRIGAÇÃO DOS ÓRGÃOS E ENTIDADES MUNICIPAIS

Os órgãos e entidades públicas estão obrigados em relação ao contribuinte individual

a:

• fornecer comprovante do pagamento de remuneração (art. 47, V da IN RFB 971/09),

consignando:

- o valor da remuneração;

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- o valor do desconto feito a título de contribuição previdenciária;

- a identificação completa da empresa contratante, inclusive com o número do CNPJ;

- o número de Inscrição do Contribuinte Individual no INSS (PIS/PASEP/NIT);

- o compromisso de que a remuneração paga será informada na GFIP e a contribuição

correspondente será recolhida.

• inscrevê-lo no RGPS caso o mesmo não possua inscrição na seguridade social (a

inscrição pode ser feita pelo site do DATAPREV).

Observação: Para abertura do NIT é necessário: carteira de identidade ou certidão de

nascimento/casamento, carteira de trabalho e previdência social e CPF.

Por força do § 4º do art. 19 da IN RFB nº 971/2009, os órgãos e entidades do

setor público, quando contratarem pessoas físicas para a prestação de serviços

de natureza eventual, sem vínculo empregatício, inclusive como integrante de

grupo-tarefa, deverão obter a respectiva inscrição do contratado no INSS - o

Número de Identificação do Trabalhador (NIT) ou, caso o trabalhador não seja

inscrito, providenciá-la, registrando-o como contribuinte individual.

6.5. PROCEDIMENTOS PRÁTICOS DE APURAÇÃO E RECOLHIMENTO

Exemplo 1: Pagamento de serviços prestados por contribuinte em valor inferior ao teto

previdenciário.

Pedro foi contratado para executar serviços de conserto de uma pia e desentupimento

de banheiros em um órgão municipal. O valor dos serviços totaliza a importância de

R$ 500,00. Pedro não possui nenhum vínculo jurídico com o órgão público, mas, para

fins previdenciários, é filiado obrigatório ao Regime Geral de Previdência Social –

RGPS.

Ao efetuar o pagamento de Pedro, deverá ser retida a importância de R$ 55,00 reais

referente à sua contribuição de segurado (segundo as normas previdenciárias, para

contribuinte individual que preste serviço a empresas a alíquota é fixa de 11%). O

órgão deverá, ainda, contribuir com 20% sobre a remuneração auferida por Pedro (não há que se falar em RAT, visto que este incide apenas sobre os segurados

obrigatórios modalidade empregada e trabalhador avulso).

Observação: Ao elaborar a GFIP do mês, o órgão deve incluir o nome de Pedro, dentre

seus segurados, na categoria 13.

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Item Discriminação Valor R$

01 Valor bruto dos serviços (salário contribuição) 500,00

02 Contribuição INSS do segurado (11% x 500,00) 55,00

03 Contribuição Patronal (20% x 500,00) 100,00

04 Valor líquido a pagar ao trabalhador (1 – 2) 445,00

05 Total a repassar ao INSS (2 + 3) 155,00

Exemplo 2: Pagamento de serviços prestados por contribuinte em valor superior ao

teto previdenciário. João foi contratado para executar serviços de manutenção em

equipamentos de informática em um órgão estadual. O valor dos serviços totaliza a

importância de R$ 4.500,00. João não possui nenhum vínculo jurídico com o órgão,

mas, para fins previdenciários, é filiado obrigatório ao Regime Geral de Previdência

Social – RGPS na modalidade contribuinte individual.

Ao efetuar o pagamento de João, o órgão deverá reter a sua contribuição de segurado, que incidirá sobre o limite máximo de contribuição (R$ 3.916,20) e recolher a título de Contribuição Patronal, com 20% do valor dos serviços prestados.

Item Discriminação Valor R$

01 Valor bruto dos serviços 4.500,00

02 Teto Máximo do Salário de Contribuição 3.916,20

03 Contribuição INSS do segurado (11% x 3.916,20) 430,78

04 Contribuição Patronal 900,00

05 Valor líquido a pagar (1-3) 4.069,22

06 Total a repassar ao INSS (3+4) 1.330,78

Observação: Ao elaborar a GFIP do mês, o órgão deve incluir o nome de João, dentre

seus segurados, na categoria 13 e a sua remuneração de R$ 4.500,00. O sistema irá

calcular a contribuição do trabalhador, respeitando o limite máximo do salário-de-

contribuição.

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Exemplo 3: Contratação e pagamento de serviços prestados por contribuinte individual

com múltiplas fontes pagadoras.

Anastácio é médico e presta serviços eventuais a um órgão estadual, e também é

empregado de um hospital particular, auferindo remuneração mensal de R$ 3.500,00.

No corrente mês, Anastácio recebeu, pelos serviços prestados ao Estado R$ 2.400,00.

Para fins previdenciários, Anastácio é filiado obrigatório ao Regime Geral de

Previdência Social – RGPS na qualidade de empregado (pelos serviços prestados ao

hospital – vínculo empregatício) e na qualidade de contribuinte individual (pelos

serviços prestados em caráter eventual ao órgão público).

Ao efetuar o pagamento, o órgão deverá levar em consideração que Anastácio possui

outra fonte pagadora, e que a sua contribuição deverá respeitar o limite máximo do

salário-de-contribuição. Considerando que a soma das remunerações (R$ 5.900,00)

ultrapassa o limite máximo para contribuição (R$ 3.916,20), o órgão deverá efetuar a

retenção apenas sobre a diferença entre o valor do limite máximo do salário de

contribuição e o valor da remuneração do hospital particular (= salário de

contribuição). Para tanto, basta que o médico apresente ao órgão público o

contracheque do mês anterior ao da prestação do serviço (art. 67, da IN RFB 971/09).

O Estado deverá, ainda, contribuir com 20% sobre a remuneração auferida por

Anastácio, pelos serviços eventuais prestados ao órgão público.

Item Discriminação Valor R$

01 Valor bruto dos serviços prestados ao órgão 2.400,00

02 Valor remuneração do hospital particular 3.500,00

03 Teto Máximo de Contribuição 3.916,20

04 Valor salário contribuição (3 -2) 416,20

05 Contribuição INSS do segurado (11% x 416,20) 45,78

06 Contribuição Patronal (20% x 2.400,00) 480,00

07 Valor líquido a pagar ao médico (1 – 5) 2.354,22

08 Total a repassar ao INSS (5+6) 525,78

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Observação: Ao Elaborar a GFIP do mês, deve o órgão informar, dentre seus

segurados, Anastácio, na categoria 13 e sua remuneração de R$ 2.400,00. Para evitar

que o sistema calcule a contribuição do trabalhador, deverá informar a ocorrência 05.

A contribuição do trabalhador será zerada e deve ser informada pelo órgão, no valor

de R$ 45,78.

Exemplo 4: Servidor público possuidor de regime próprio de previdência que exerce,

concomitantemente, atividade contemplada pelo RGPS.

Augusto é servidor estadual, possuindo regime próprio de previdência-IAPEP.

Fora de seu horário de trabalho, é palestrante de autoajuda. O órgão Y, interessado

em melhorar o desempenho de seus servidores, contrata Augusto para proferir

palestra sobre “motivação no serviço público”. A palestra foi pactuada em R$ 2.800,00.

Apesar de já contribuir para regime próprio de previdência em virtude do exercício do

cargo que ocupa, ao ministrar a palestra, Augusto é contribuinte do RGPS na

modalidade contribuinte individual (§ 1o, art. 13 da Lei 8.212/91).

Ao efetuar o pagamento de Augusto, o órgão contratante deverá reter a sua

contribuição de segurado, que incidirá sobre o valor pago e deverá, também, contribuir

com 20% sobre a remuneração auferida por Augusto, a título de Contribuição

Patronal.

Item Discriminação Valor R$

01 Valor bruto dos serviços 2.800,00

02 Valor salário contribuição 2.800,00

03 Contribuição INSS do segurado (11% x 2.800,00) 308,00

04 Contribuição Patronal (20% x 2.800,00) 560,00

05 Valor líquido a pagar ao palestrante (1 – 3) 2.492,00

06 Total a repassar ao INSS (3 + 4) 868,00

Observação: Ao Elaborar a GFIP do mês, deve o órgão informar, dentre seus segurados Augusto, na categoria 13 e sua remuneração de R$ 2.800,00. O sistema irá calcular a contribuição do trabalhador.

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CAPÍTULO 7

ANEXOS

Nº ASSUNTO

I Serviços Contratados Mediante Cessão ou Empreitada de Mão de Obra

II Serviços Contratados Mediante Cessão de Mão de Obra

III Serviços Contratados na Área de Construção Civil, para os quais não se aplica a retenção

IV Profissões Regulamentadas por Legislação Federal

V Discriminação de Serviços de Construção Civil

VI Discriminação de Obras de Construção Civil

VII Demonstrativo das Remunerações Devidas e das Obrigações Previdenciárias das Empresas Contratadas

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ANEXO I

Relação dos Serviços Contratados Mediante Cessão ou Empreitada de Mão de

Obra

a) limpeza, conservação ou zeladoria – que se constituam em varrição, lavagem, enceramento ou em outros serviços destinados a manter a higiene, o asseio ou a conservação de praias, jardins, rodovias, monumentos, edificações, instalações, dependências, logradouros, vias públicas, pátios ou de áreas de uso comum; b) vigilância ou segurança – que tenham por finalidade a garantia da integridade física de pessoas ou a preservação de bens patrimoniais; c) construção civil – que envolvam a construção, a demolição, a reforma ou o acréscimo de edificações ou de qualquer benfeitoria agregada ao solo ou ao subsolo ou obras complementares que se integrem a esse conjunto, tais como a reparação de jardins ou passeios, a colocação de grades ou de instrumentos de recreação, de urbanização ou de sinalização de rodovias ou de vias públicas; d) natureza rural – que se constituam em desmatamento, lenhamento, aração ou gradeamento, capina, colocação ou reparação de cercas, irrigação, adubação, controle de pragas ou de ervas daninhas, plantio, colheita, lavagem, limpeza, manejo de animais, tosquia, inseminação, castração, marcação, ordenhamento e embalagem ou extração de produtos de origem animal ou vegetal; e) digitação – que compreendam a inserção de dados em meio informatizado por operação de teclados ou de similares; f) preparação de dados para processamento – executados com vistas a viabilizar ou a facilitar o processamento de informações, tais como o escaneamento manual ou a leitura ótica.

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ANEXO II

Relação dos Serviços Contratados Mediante Cessão de Mão de Obra a) acabamento – que envolvam a conclusão, o preparo final ou a incorporação das últimas partes ou dos componentes de produtos, com vistas a colocá-los em condição de uso; b) embalagem – relacionados com o preparo de produtos ou de mercadorias visando a preservação ou conservação de suas características para transporte ou guarda; c) acondicionamento – compreende os serviços envolvidos no processo de colocação ordenada dos produtos quando do seu armazenamento ou transporte, a exemplo de sua colocação em palets, empilhamento, amarração, entre outros; d) cobrança – que objetivem o recebimento de quaisquer valores devidos à empresa contratante, ainda que executados periodicamente; e) coleta ou reciclagem de lixo ou de resíduos – que envolvam a busca, o transporte, a separação, o tratamento ou a transformação de materiais inservíveis ou resultantes de processos produtivos, exceto quando realizados com a utilização de equipamentos tipo containers ou caçambas estacionárias; f) copa – que envolvam a preparação, o manuseio e a distribuição de todo ou de qualquer produto alimentício; g) hotelaria – que concorram para o atendimento ao hóspede em hotéis, pousadas, paciente em hospital, clínicas ou em outros estabelecimentos do gênero; h) corte ou ligação de serviços públicos – que tenham como objetivo a conexão ou a interrupção do fornecimento de água, de esgoto, de energia elétrica, de gás ou de telecomunicações; i) distribuição – que se constituam em entrega, em locais predeterminados, ainda que em via pública, de bebidas, de alimentos, de discos, de panfletos, de periódicos, de jornais, de revistas ou de amostras, entre outros produtos, mesmo que distribuídos no mesmo período a vários contratantes; j) treinamento ou ensino – que envolvam a transmissão de conhecimentos para a instrução ou a capacitação de pessoas; k) entrega de contas e de documentos - que tenham como finalidade fazer chegar ao destinatário documentos diversos tais como contas de água, de energia elétrica ou de telefone ou boletos de cobrança ou cartões de crédito, malas direta ou similares; l) ligação de medidores – que tenham por objeto a instalação de equipamentos destinados a aferir o consumo ou a utilização de determinado produto ou serviço;

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m) leitura de medidores – aqueles executados, periodicamente, para a coleta das informações aferidas por esses equipamentos, tais como a velocidade (radar), consumo de água, de gás ou de energia elétrica; n) manutenção de instalações, de máquinas ou de equipamentos – quando indispensáveis ao seu funcionamento regular e permanente, desde que o contrato obrigue a empresa contratada a manter equipe à disposição da empresa contratante; o) montagem – que envolvam a reunião sistemática, conforme disposição predeterminada em processo industrial ou artesanal, das peças de um dispositivo, de um mecanismo ou de qualquer objeto, de modo que possa funcionar ou atingir o fim a que se destina; p) operação de máquinas, de equipamentos e de veículos - relacionados com a sua movimentação ou funcionamento envolvendo serviços tipo manobra de veículos, operação de guindastes, painéis eletro-eletrônicos, tratores, colheitadeiras, moendas, empilhadeiras ou caminhões fora-de-estrada; q) operação de pedágio ou de terminais de transporte - que envolvam a manutenção, a conservação, a limpeza ou o aparelhamento de terminais de passageiros terrestres, aéreos ou aquáticos, de rodovias, de vias públicas, e que envolvam serviços prestados diretamente aos usuários; r) operação de transporte de passageiros – envolvendo o deslocamento de pessoas por meio terrestre, aquático ou aéreo, inclusive nos casos de concessão ou de subconcessão; s) portaria, recepção ou ascensorista – realizados com vistas ao ordenamento ou ao controle do trânsito de pessoas em locais de acesso público ou à distribuição de encomendas ou de documentos; t) recepção, triagem ou de movimentação – relacionados ao recebimento, à contagem, à conferência, à seleção ou ao remanejamento de materiais; u) promoção de vendas ou de eventos – que tenham por finalidade colocar em evidência as qualidades de produtos ou a realização de shows, de feiras, de convenções, de rodeios, de festas ou de jogos; v) secretaria e expediente – quando relacionados com o desempenho de rotinas administrativas; w) saúde – quando prestados por empresas da área da saúde e direcionados ao atendimento de pacientes, tendo em vista avaliar, recuperar, manter ou melhorar o estado físico, mental ou emocional desses pacientes; x) telefonia ou de telemarketing – que envolvam a operação de centrais ou de aparelhos telefônicos ou de tele atendimento.

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Anexo III

Relação dos Serviços Contratados na Área de Construção Civil, para os quais

não se Aplica a Retenção.

a) administração, fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras; b) assessorias ou consultorias técnicas; c) controle de qualidade de materiais; d) fornecimento de concreto usinado, de massa asfáltica ou de argamassa usinada ou preparada; e) jateamento ou hidro jateamento; f) perfuração de poço artesiano; g) elaboração de projeto da construção civil vinculada a uma Anotação de Responsabilidade Técnica (ART); h) ensaios geotécnicos de campo ou de laboratório (sondagens de solo, provas de carga, ensaios de resistência, amostragens, testes em laboratório de solos, entre outros afins); i) serviços de topografia; j) instalação de antenas coletivas, de aparelhos de ar condicionado, de refrigeração, de ventilação, de aquecimento, de calefação ou de exaustão; k) instalação de sistemas de ar condicionado, de refrigeração, de ventilação, de aquecimento, de calefação ou de exaustão, quando a venda for realizada com emissão apenas da NF de venda mercantil; l) locação de caçambas; m) locação de máquinas, de ferramentas, de equipamentos ou de outros utensílios sem fornecimento de mão-de-obra; n) venda com instalação de estrutura metálica, de equipamento ou de material, com emissão apenas de nota fiscal de venda mercantil; o) fundações especiais.

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Anexo IV

Relação das Profissões Regulamentadas por Legislação Federal

1 - Administradores 2 - Advogados 3 - Aeronautas 4 - Aeroviários 5 - Agenciadores de Propaganda 6 - Agrônomos 7 - Arquitetos 8 - Arquivistas 9 - Assistentes Sociais 10 - Atuários

11 - Auxiliar de Laboratório 12 - Bibliotecários 13 - Biólogos 14 - Biomédicos 15 - Cirurgiões Dentistas 16 - Contabilistas 17 - Economistas 18 - Economistas Domésticos 19 - Enfermeiros 20 - Engenheiros 21 - Estatísticos 22 - Farmacêuticos 23 - Fisioterapeutas – Terap. Ocupacionais 24 - Fonoaudiólogos 25 - Geógrafos 26 - Geólogos 27 - Guias de Turismo 28 - Jornalistas Profissionais 29 - Leiloeiros Rurais 30 - Leiloeiros 31 - Massagistas 32 - Médicos 33 - Metereologistas 34 - Nutricionistas 35 - Psicólogos 36 - Publicitários 37 - Químicos 38 - Radialistas 39 - Secretárias 40 - Taquígrafos 41 - Técnicos de Arquivo 42 - Técnicos em Biblioteconomia 43 - Técnicos em Radiologia 44 - Tecnólogos

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ANEXO V

Discriminação de Serviços de Construção Civil

1 – Preparação de terrenos: a) Preparação de terrenos – preparação de canteiros, execução de escavações diversas para construções e nivelamentos diversos; b) Perfurações – perfurações com finalidade de construção e para exploração mineral; c) Sondagens – destinadas à construção civil; d) Grandes movimentações de terra – terraplenagem, drenagem, rebaixamento de lençóis d’ água, derrocamentos, preparação de locais para exploração de mineral e remoção de rocha através de explosivos. 2 – Construção de edifícios e obras de engenharia civil: a) Obras viárias – compreende a pintura para sinalização em pistas rodoviárias e aeroportos; b) Obras de urbanização e paisagismo – compreende a sinalização com pintura em ruas e estacionamentos; c) Montagens de estruturas metálicas – compreende a montagem de estruturas metálicas por conta de terceiros, a montagem e desmontagem de estruturas metálicas móveis e os serviços de soldagem; d) Montagens de andaimes – compreende a montagem e desmontagem de andaimes, plataformas, formas para concreto e escoramento; e) Obras marítimas e fluviais – compreende a dragagem, o aterro hidráulico, a instalação de cabos submarinos; f) Obras de irrigação; g) Outras obras de engenharia civil – compreende a colocação de telhados, coberturas. 3 – Obras de infraestrutura para engenharia elétrica e de telecomunicações: a) Manutenção de redes de distribuição de energia elétrica – quando executada por empresa não produtora ou distribuidora de energia elétrica; b) Manutenção de estações e redes de telefonia e comunicação. 4 – Obras de instalações: a) Instalações elétricas – instalação e manutenção elétrica em edificações, inclusive elevadores, escadas, esteiras rolantes e antenas, compreendendo a instalação de sistemas de eletricidade (cabos de qualquer tensão, fiação, materiais elétricos), a colocação de cabos para instalações telefônicas, informática, comunicações, equipamentos telefônicos, a instalação de sistemas de alarme contra roubo, a instalação de sistemas de controle eletrônico, a instalação de antenas coletivas parabólicas, a instalação de para-raios, a montagem, instalação, reparação e manutenção por terceiros de elevadores, escadas e esteiras rolantes;

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b) Instalações de sistemas de ar condicionado, de ventilação e refrigeração - instalações e manutenção de sistemas centrais de ar condicionado, de ventilação e refrigeração compreendendo a montagem de sistemas de refrigeração central em imóveis residenciais e comerciais, a instalação de sistemas de ventilação mecânica contratada, inclusive exaustores, a instalação de sistemas de aquecimento em imóveis residenciais e comerciais; c) Instalações hidráulicas, sanitárias e de gás – compreende a instalação de placas coletoras para aquecimento solar, quando não realizada pelo fabricante, redes para distribuição de fluidos diversos, tais como oxigênio nos hospitais; d) Instalações de sistema de prevenção contra incêndio; e) Montagem e instalação de sistemas e equipamentos de iluminação e sinalização em vias públicas, portos e aeroportos; f) Instalação de equipamentos para orientação a navegação marítima, fluvial e lacustre; g) Tratamentos acústicos e térmicos; h) Instalação de anúncios, luminosos ou não; i) Outras obras de instalações – compreende o revestimento de tubulações, rebaixamento de teto, stands para feiras e outras. 5 – Obras de Acabamento: a) Serviços de emboço e reboco; b) Serviços de acabamento em gesso e estuque; c) Impermeabilização em obras de engenharia civil – compreende a impermeabilização de paredes, caixas d’águas, piscinas; d) Serviços de pinturas em edificações em geral – compreende os serviços de pintura, interior e exterior, em edificações de qualquer tipo; e) Instalação de portas, janelas, tetos, divisórias e armários embutidos de qualquer material, inclusive de esquadrias; f) Serviços de revestimentos e aplicações de resina em interiores e exteriores – compreende a colocação de revestimentos de cerâmica, azulejo, mármore, granito, pedras e outros materiais em paredes e pisos, tanto no interior quanto no exterior de edificações, colocação de tacos, tábua corrida, carpetes e outros materiais de revestimento e pisos, calafetagem, raspagem, polimento e aplicação de resinas em pisos, colocação de papéis de parede; g) Outras obras de acabamento da construção – compreende a colocação de vidros, cristais e espelhos, a instalação de piscinas pré-fabricadas, quando não realizada pelo fabricante, instalação de toldos e persianas, serviços de limpeza de fachadas, com jateamento de areia e semelhantes, retirada de entulhos após o término das obras etc. 6 – Aluguel de equipamentos de construção e demolição com operários: a) Aluguel de máquinas e equipamentos de construção e demolição com operários.

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ANEXO VI

Discriminação de Obras de Construção Civil

1 – Preparação de terrenos a) Demolição – demolição de edifícios e outras estruturas; b) Execução de fundações – destinadas a edificações e outras obras de engenharia civil; 2 – Construção de edifícios e obras de engenharia civil a) Edificações – compreende a construção de edificações residenciais, industriais, comerciais e de serviços, no todo ou em partes, incluindo a montagem de edificações pré-moldadas, quando não realizada pelo próprio fabricante; b) Obras viárias – compreende a construção de rodovias, inclusive pavimentação, construção de vias férreas, inclusive para metropolitanos (preparação do leito, colocação dos trilhos) e a construção de pistas de aeroportos; c) Grandes estruturas e obras de arte – compreende a construção de túneis (urbanos, em rodovias, ferrovias e metropolitanos), construção de pontes, viadutos, elevados, passarelas etc.; d) Obras de urbanização e paisagismo – compreende a construção de vias urbanas, praças, calçadas, parques, chafarizes, estacionamentos, a construção de instalações desportivas, tais como pistas de competição, quadras esportivas, piscinas; e) Obras marítimas e fluviais – compreende a construção de portos, terminais marítimos e fluviais, a construção de marinas, a construção de eclusas e canais de navegação, barragens, represas e diques (exclusive para energia elétrica), a construção de emissários submarinos; f) Construção de redes de água e esgotos – compreende a construção de redes de distribuição de água, de redes de esgoto, inclusive de interceptores, de construção de galerias pluviais; g) Construção de redes de transporte por dutos – compreende oleodutos, gasodutos, minerodutos; h) Perfuração e construção de poços de água; i) Outras obras de engenharia civil – compreende obras de concretagem de estruturas, construção de chaminés, lareiras, churrasqueiras, obras de atirantamentos e cortinas de proteção de encostas. 3 – Obras de infraestrutura para engenharia elétrica e de telecomunicações a) Construção de barragens e represas para geração de energia elétrica; b) Construção de estações e redes de distribuição de energia elétrica – compreende a construção de plantas hidrelétricas, nucleares, termoelétricas, inclusive estações e subestações, construção de linhas de transmissão e distribuição de energia elétrica, inclusive o serviço de eletrificação rural, construção de linhas de eletrificação para ferrovias e metropolitanos;

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c) Construção de estações e redes de telefonia e comunicação – compreende a construção de linhas e redes de telecomunicações e construção de estações telefônicas; d) Construção de obras de prevenção e recuperação do meio ambiente. 4 – Obras de acabamentos a) Obras de alvenaria.

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54

ANEXO VII

TOTA

L

DESP

ESAS

LOCO

MOÇ

ÃO

(3.3

.90.

33)

OUT.

DES

P.

DE P

ESSO

AL

(3.3

.90.

34)

SERV

IÇOS

DE

CO

NSU

LTO

RIA

(3.3

.90.

35)

LOCA

ÇÃO

DE

MÃO

DE

OBRA

(3.3

.90.

37)

OUT S

ERV D

E

TERC

EIRO

S-

PJ

(3.3

.90.

39)

OBRA

S E

INST

ALAÇ

ÕE

S (3

.3.9

0.51

)

DESP

ESAS

LOCO

MOÇ

ÃO

(3.3

.90.

33)

OUT.

DES

P.

DE P

ESSO

AL

(3.3

.90.

34)

SERV

IÇOS

DE

CO

NSU

LTO

RIA

(3.3

.90.

35)

LOCA

ÇÃO

DE

MÃO

DE

OBRA

(3.3

.90.

37)

OUT S

ERV D

E

TERC

EIRO

S-

PJ

(3.3

.90.

39)

OBRA

S E

INST

ALAÇ

ÕE

S (3

.3.9

0.51

)

MAT

ERIA

LEQ

UIPA

-

MEN

TO

SUBC

ON-

TRAT

ADA

MAT

ERIA

LEQ

UIPA

-

MEN

TO

SUBC

ON-

TRAT

ADA

Empr

esa

Test

e10

.000

,00

9.00

0,00

8.00

0,00

7.00

0,00

6.00

0,00

5.00

0,00

10.0

00,0

09.

000,

008.

000,

007.

000,

006.

000,

005.

000,

001.0

00,0

090

0,00

800,

0070

0,00

600,

0050

0,00

85.5

00,0

09.

405,

001.7

10,0

011

.115,

00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

SU

BTO

TAL

10.0

00,0

09.

000,

008.

000,

007.

000,

006.

000,

005.

000,

0010

.000

,00

9.00

0,00

8.00

0,00

7.00

0,00

6.00

0,00

5.00

0,00

1.000

,00

900,

0080

0,00

700,

0060

0,00

500,

009.

405,

001.7

10,0

00,

00

TOTA

L G

ERA

L85

.500

,00

11.11

5,00

(3)+

(4)+

(5)

IDEN

TIFI

CA

ÇÃO

DA

EMP

RES

A

VALO

R D

A R

EMU

NER

ÃO D

EVID

A (

1 )

SEM

CO

ND

IÇÕ

ES E

SP

ECIA

ISC

OM

CO

ND

IÇÕ

ES E

SP

ECIA

IS

DED

ÕES

( 2

)

SEM

CO

ND

IÇÕ

ES E

SP

ECIA

ISC

OM

CO

ND

IÇÕ

ES E

SP

ECIA

IS

BA

SE

DE

LC

UL

O D

A

CO

NT

RIB

UIÇ

ÃO

( 1

) -

( 2

)

OB

RIG

ÕES

PR

EVID

ENC

IÁR

IAS

11%

(3)

ALÍQ

UOTA

ADIC

IONA

L

2% (4

)

ACRÉ

SCIM

OS

LEGA

IS (5

)

AN

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VII

DEM

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AS

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AS

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CO

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ES P

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IDEN

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RIA

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S E

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AS

CO

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