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1 Manual de Responsabilidade Técnica

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Manual de

Responsabilidade

Técnica

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Sumário

Introdução .................................................................................................................................... 3

1. Responsabilidades atribuídas ao responsável técnico ............................................................ 4

1.1 Responsabilidade Técnica ou Ético-Profissional ................................................................. 4

1.2 Responsabilidade Civil ......................................................................................................... 5

1.3 Responsabilidade Penal ou Criminal ................................................................................... 5

1.4 Responsabilidade Trabalhista ............................................................................................. 5

1.5 Responsabilidade Administrativa ........................................................................................ 6

2. Falhas ........................................................................................................................................ 7

3. Anotação da responsabilidade técnica (ART) .......................................................................... 7

3.1 Características da ART ......................................................................................................... 8

3.2 Tipos de ART ........................................................................................................................ 8

3.2 Impactos da ART .................................................................................................................. 9

4. Processo de Emissão de ART segundo a resolução 1025 ........................................................ 9

5. Compromissos do Responsável Técnico ................................................................................ 10

5.1 Número de fiscais estaduais da defesa sanitária vegetal envolvidos na fiscalização ....... 10

5.2 Principais infrações do comércio ...................................................................................... 11

5.3 Principais infrações na prescrição ..................................................................................... 11

5.4 Técnico Agrícola pode prescrever receitas? ..................................................................... 12

5.5 Quais são os cadastros para comercializar insumos ......................................................... 12

5.6 Quais as licenças que uma distribuidora deve ter?........................................................... 12

5.7 O que acontece se a empresa não pagar multas e taxas? ................................................ 14

6. Quais os treinamentos são necessários? ............................................................................... 14

7. Registros ................................................................................................................................. 16

9. Seguro ..................................................................................................................................... 16

10. Mais informações ................................................................................................................. 16

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Introdução

Caro Responsável Técnico

A produção desse manual tem por objetivo orientar e instruir você no que diz respeito ao

cumprimento à legislação vigente. É mostrar o que é, como funciona e como é o

planejamento ideal de proteção do seu negócio, como por exemplo, no caso da

responsabilidade técnica.

Elencar esse conteúdo para você, foi um desafio que nos propomos a encarar. A

responsabilidade técnica e as atribuições do responsável são assuntos que aparentemente

são simples, mas precisam ser esmiuçados para evitar situações indesejadas em casos de

emergência. Não temos a pretensão de cobrir toda a legislação, mas orientar quais as

melhores práticas a serem adotados no que diz respeito a segurança do seu negócio.

O manual também apresentará conceitos de negligência, imprudência e imperícia e

detalhadamente quais as responsabilidades que envolvem os técnicos. É inevitável a

abordagem da legislação e normas básicas.

Dúvidas ou sugestões para melhorar está publicação podem ser enviadas para o

atendimento ao associado, no site www.andav.com.br. Aproveitem o material e

comuniquem-nos suas necessidades de informações, para eventuais considerações em

revisões futuras.

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1. Responsabilidades atribuídas ao responsável técnico

O responsável técnico é a pessoa física legalmente habilitada para a adequada cobertura

das diversas espécies de processos de produção e na prestação de serviços nas empresas.

No caso da distribuição de insumos, é o Engenheiro Agrônomo e ou Florestal

devidamente habilitado e ativo no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia

(CREA), conforme é dada na Resolução n. 344 de 27 de julho de 1990.

É considerado responsável técnico o profissional com Anotação de responsabilidade

Técnica- ART ativa com definição do escopo identificado na ART.

A responsabilidade técnica do profissional cessa no momento em que a baixa no conselho

de classe é executada. A baixa da ART deve ser executada pelo profissional.

O profissional está sujeito às responsabilidades ligadas ao exercício de sua profissão. São

elas:

1.1 Responsabilidade Técnica ou Ético-Profissional

Profissionais que fazem atividades específicas, como no caso das voltadas para

tecnologia, assumem a responsabilidade por tudo o que fizer. Exemplo: Um engenheiro

agrônomo que projeta determinado cultivo especial de feijão será o responsável técnico

desse cultivo.

A responsabilidade técnica é regida pelo respeito entre os profissionais e suas empresas,

das normas e da relação com os clientes. Faltas éticas que vão contra a essa Resolução de

número 1002/02 podem resultar em um processo ético-disciplinar. As penalidades serão

aplicadas sobre a pessoa física e podem variar em função da gravidade ou reincidência da

falta. São elas:

• Advertência reservada

• Censura pública

• Multa

• Suspensão temporária do exercício profissional

• Cancelamento definitivo do registro.

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1.2 Responsabilidade Civil

É a aplicação de medidas que obriguem a reparação de dano moral ou patrimonial causado

a terceiros. A responsabilidade civil do engenheiro está fundamentada no Novo Código

Civil Brasileiro e nas Leis No 5.194-66 e 6.496-77.

1.3 Responsabilidade Penal ou Criminal

Podem resultar em penas de reclusão dependendo da gravidade das ações cometidas

pelo responsável. Merecem destaque:

Intoxicação ou morte por agrotóxico - pelo uso indiscriminado de inseticidas na

lavoura sem a devida orientação e equipamento;

Contaminação - provocada por vazamentos.

Crimes contra a incolumidade pública (risco coletivo) dos crimes de perigo comum

Incêndio

Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem:

Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.

Desabamento ou desmoronamento

Causar desabamento ou desmoronamento, expondo a perigo a vida, a integridade física

ou o patrimônio de outrem: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Modalidade culposa

Parágrafo único - Se o crime é culposo: Pena - detenção, de seis meses a um ano.

1.4 Responsabilidade Trabalhista

É regulada pelas Leis Trabalhistas em vigor e se dá pelas relações com os empregados e

trabalhadores que abrangem: direito ao trabalho, remuneração, férias, descanso semanal

e indenizações, inclusive, aquelas resultantes de acidentes que prejudicam a integridade

física do trabalhador.

O profissional só assume esse tipo de responsabilidade quando contratar empregados,

pessoalmente ou através de seu representante ou representante de sua empresa. Nas obras

de serviços contratados por administração o profissional estará isento desta

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responsabilidade, desde que o proprietário assuma o encargo da contratação dos

operários. Entretanto cabe ao Responsável Técnico garantir a segurança dos profissionais

ali envolvidos.

1.5 Responsabilidade Administrativa

Resulta também das restrições impostas pelos órgãos públicos, através do Código de

Obras, Código de Água e Esgoto, Normas Técnicas, Regulamento Profissional, Plano

Diretor e outros. Essas normas legais impõem condições e criam responsabilidades ao

profissional, cabendo a ele, portanto, o cumprimento das leis específicas à sua atividade.

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2. Falhas

Não é raro escutarmos casos de distribuidoras que passaram por situações perigosas:

incêndios, acidentes, transporte de produtos perigosos de forma incorreta, vazamentos de

produtos e etc. Alguns desses ocorridos aconteceram – e acontecem – muitas vezes por

falhas técnicas. Nesse capítulo é importante citar as principais falhas que o profissional

de responsabilidade técnica pode estar propenso a cometer, e com isso, esperamos auxiliá-

los a evitar tais ocorrências. Pontuamos três falhas: negligência, imprudência e imperícia.

Nota: Verificamos que as falhas está mais ligada a inexistência de procedimentos do que

a falta de infraestrutura.

2.1 Negligência

É o termo que designa falta de cuidado ou de aplicação numa determinada situação, tarefa

ou ocorrência. É frequentemente utilizado como sinônimo dos termos "descuido",

"desleixo” ou “preguiça". Exemplos de negligência: não verificar extintores vencidos;

armazenamento incorreto; contar com a sorte; entre outros;

2.2 Imprudência

É o ato de agir sem a devida cautela e sensatez, colocando em risco outras pessoas e a si

próprio. Exemplo de imprudência: Quando o profissional sabe dos riscos que a ação (ou

falta dela) podem acarretar e mesmo assim a faz (ou não) de forma incorreta.

2.3 Imperícia

É o ato de agir sem aptidão teórica e prática necessária para realização de determinada

atividade profissional. Exemplo de imperícia: Quando o responsável técnico age fora de

seu escopo ou faz projetos sem aptidão para tal;

3. Anotação da responsabilidade técnica (ART)

A Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) é um documento onde o profissional

registra as atividades técnicas para as quais foi contratado. Esses contratos podem ser

escritos ou verbais. É formado por um formulário padrão, que deve ser preenchido através

do sistema Creanet Profissional. Esse preenchimento é de responsabilidade do

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profissional devidamente habilitado com registro/visto no CREA do estado onde for

trabalhar.

O documento também assegura à sociedade que determinado empreendimento se

encontra sob a supervisão de um profissional que detém conhecimentos especializados.

Por conta disso, este assume os riscos oriundos da má execução ou a responsabilidade

pelos danos que o empreendimento causar a terceiros, por conta do que dispõe o artigo

186 do Código Civil.

Nota: A resolução 1025 de 30 de outubro de 2009 dispõe sobre a Anotação de

Responsabilidade Técnica

3.1 Características da ART

É através desse documento que o responsável técnico pode registrar no CREA do estado

onde trabalha suas obras, serviços, cargos ou funções visando o cadastramento de seu

Acervo Técnico e a caracterização da responsabilidade técnica específica.

A ART só é considerada válida quando estiver cadastrada no CREA, quitada, possuir as

assinaturas originais do profissional e contratante, além de estar livre de qualquer

irregularidade referente às atribuições do profissional que a anotou.

3.2 Tipos de ART

As ART’s são tipificadas conforme dispõe a Resolução 1.025/2009 do Confea. Nesse

manual iremos tratar de duas: cargo e função e prescrição.

a) Cargo e função: De acordo com o CREA-SP, a ART de cargo ou função relativa ao

vínculo contratual do profissional com a pessoa jurídica para desempenho de cargo ou

função técnica deve ser registrada após a assinatura do contrato. Relativa ao vínculo

contratual do profissional com a pessoa jurídica para desempenho de cargo ou função

técnica, em qualquer nível hierárquico, de acordo com as atribuições definidas no

respectivo contrato de trabalho, contrato social, plano de carreira, ou plano de cargos e

salários.

b) Prescrição (emissão de R.A): A receita agronômica é a prescrição e orientação técnica

de uso do defensivo agrícola por um profissional capacitado e legalmente habilitado, que

se responsabiliza pela aplicação do produto na cultura/solo, através do uso correto

oferecendo a segurança da saúde pública. Como cada estado possui características

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especificas para o preenchimento dessa ART, não vamos aprofundar este tema. Mas vale

lembrar que a Comissão de Organização, Normas e Procedimentos – CONP encaminhou

aos CREA’s o dever de revogar os atos que limitam o exercício profissional por meio da

restrição do número de obras ou serviços na ART (Sessão Plenária do CONFEA 24 a 26

de novembro de 2010).

Nota: Para aprofundar o seu conhecimento sobre os tipos de ART sugerimos a leitura da

Resolução 1.025 de 30 de outubro de 2009.

3.2 Impactos da ART

Quando há a identificação da responsabilidade técnica pelas obras ou serviços prestados

os profissionais e empresas passam a responderem diretamente para os seguintes órgãos:

MAPA, ANVISA, Bombeiros, Ministério do Meio Ambiente, MPT, ANTT e o Exército.

4. Processo de Emissão de ART segundo a resolução 1025

a) O primeiro passo do processo de emissão da ART é a realização do contrato entre o

responsável técnico e o contratante. Esse contrato pode ser feito via escrita ou verbal.

b) Após a contratação, é realizado a inscrição desse profissional e das atividades no site

do CREA. Essa inscrição pode ser inserida no tipo “Cargo e Função” ou, quando

relacionado a emissão de receitas, no tipo “Obra e serviço”. Esse último, dependendo do

estado, pode ainda ser ramificado dentro da categoria “múltipla” (quando podem ser feitos

vários contatos em um único ART) ou na categoria de receituário agronômico.

Nota: É importante verificar ler a resolução 1025 que trata sobre esse assunto e verificar

junto ao seu estado como deve ser o funcionamento.

c) Após a inscrição, é gerado a guia de recolhimento da taxa para validação do ART.

d) Com a ART em mãos, é importante sempre deixá-la em fácil acesso ou visível a todos.

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5. Compromissos do Responsável Técnico

É sempre relevante lembrar ao profissional da Responsabilidade Técnica que para o bom

funcionamento de um armazém (ou qualquer outro lugar que esteja sob alguma

responsabilidade) é preciso que o responsável técnico siga algumas diretrizes. Abaixo,

foram elencadas algumas delas.

a) Manutenção da qualidade e segurança dos produtos, meio ambiente e dos profissionais;

b) Manter as licenças e documentos em dia e seguros;

c) Realizar transporte conforme as exigências legais;

É através dessas diretrizes que o as metas do setor serão atingidas: reduzir risco de multa;

blindar o profissional e reduzir custos.

5.1 Número de fiscais estaduais da defesa sanitária vegetal envolvidos na

fiscalização

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5.2 Principais infrações do comércio

1. A empresa comercializava ou armazenava agrotóxicos sem possuir registro no

OEDSV

2. O estabelecimento não dispunha de procedimentos organizado para controle das

operações de compra e venda

3. A empresa comercializava não registrados pelo MAPA

4. A empresa comercializa agrotóxicos não cadastrados na U

5. A emrpesa comercializava agrotóxicos fracionados

6. A empresa comercializava agrotóxicos falsificados

7. A empresa comercializava agrotóxicos sem apresentação da receita agronômica

8. A empresa comercializa domissanitários como agrotóxico e vice versa

9. A empresa comercializava produtos banidos

10. A empresa comercializava produtos vencidos

11. A empresa comercializava agrotóxicos em embalagens vencidas

12. A empresa comercializava agrotóxicos com rótulos e ou bulas ausentes

13. A empresa não oferecia condições adequadas apara armazenamento

14. A empresa armazenava embalagens sem autorização

15. A empresa não fazia parte de uma URE

5.3 Principais infrações na prescrição

1 - Exercício ilegal da profissão/ profissional sem registro no CREA;

2 - Exercício ilegal da profissão/ Acobertamento;

3 - Ausência de ART;

4 - Anuidade em atraso;

5 - Prescrição de produto não autorizado no Estado ou MAPA;

6 - Prescrição de Agrotóxico como Domissanitário e vice versa;

7 - Prescrição de receita agronômica de maneira errada, displicente ou indevida;

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5.4 Técnico Agrícola pode prescrever receitas?

A resposta para essa questão é sim, desde que o técnico obtenha decisão judicial favorável

que permita-o prescrever receitas.

Entretanto no estado de Mato Grosso já existe lei que permite a prescrição agronômica

por técnico agrícola.

Nota: A resolução 218 de 29 de junho de 1973 e Resolução 344 de 27 de julho de 1990

tratam sobre o assunto.

5.5 Quais são os cadastros para comercializar insumos

5.6 Quais as licenças que uma distribuidora deve ter?

a) Licenças Ambientais: Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins

e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. A Lei 9.938 de 31 de

agosto de 1981 diz no Art. 15 que o poluidor que expuser a perigo a incolumidade

humana, animal ou vegetal, ou estiver tornando mais grave situação de perigo existente,

fica sujeito à pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos e multa de 100 (cem) a 1.000

(mil) MVR.

§ 1º A pena é aumentada até o dobro se:

I - resultar:

a) dano irreversível à fauna, à flora e ao meio ambiente;

b) lesão corporal grave;

II - a poluição é decorrente de atividade industrial ou de transporte;

III - o crime é praticado durante a noite, em domingo ou em feriado.

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§ 2º. Incorre no mesmo crime a autoridade competente que deixar de promover as

medidas tendentes a impedir a prática das condutas acima descritas."

b) Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros ou Similar: A Lei 13.425 de 30 de março

de 2017 diz que os Municípios que não contarem com unidade do Corpo de Bombeiros

Militar instalada poderão criar e manter serviços de prevenção e combate a incêndio e

atendimento a emergências, mediante convênio com a respectiva corporação militar

estadual. E que os estabelecimentos de comércio e de serviços que contarem com sítio

eletrônico na rede mundial de computadores deverão disponibilizar na respectiva página,

de forma destacada, os alvarás e outros documentos referidos no caput deste artigo.

Nota: Apenas 14% dos 5570 municípios do país têm bombeiros.

c) Termo de Credenciamento em uma Unidade de Recebimento de Embalagens

Vazias (Urev): O Decreto Nº 4.074 de 4 de janeiro de 2002 afirma que os

estabelecimentos comerciais deverão dispor de instalações adequadas para recebimento e

armazenamento das embalagens vazias devolvidas pelos usuários, até que sejam

recolhidas pelas respectivas empresas titulares do registro, produtoras e

comercializadoras, responsáveis pela destinação final dessas embalagens.

Se não tiverem condições de receber ou armazenar embalagens vazias no mesmo local

onde são realizadas as vendas dos produtos, os estabelecimentos comerciais deverão

credenciar posto de recebimento ou centro de recolhimento, previamente licenciados,

cujas condições de funcionamento e acesso não venham a dificultar a devolução pelos

usuários. Deverá ainda constar na nota fiscal de venda dos produtos o endereço para

devolução da embalagem vazia, devendo os usuários ser formalmente comunicados de

eventual alteração no endereço.

d) Órgão de Defesa Sanitária Vegetal (OESDV): De acordo com o Decreto 4074 de 4

de janeiro de 2002, nenhum estabelecimento que exerça atividades definidas

no caput deste artigo poderá funcionar sem a assistência e responsabilidade de técnico

legalmente habilitado.

e) Programas Ocupacionais: Implantação do Programa de prevenção de riscos

ambientais (PPRA) conforme cronograma; seguir o monitoramento biológico e solicitar

suporte do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do

Trabalho (Sesmet).

Nota: Os programas Ocupacionais estão presente no E-social.

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f) Licenças de Ocupação do Solo: A Lei n.º6766, de 19 de dezembro de 1979, Dispõe

sobre o parcelamento do solo urbano e dá outras providências. O não cumprimento dessa

lei pode acarretar pena: Detenção, de 1(um) a 2(dois) anos, e multa de 5(cinco) a 50

(cinquenta) vezes o maior salário mínimo vigente no pais, sem prejuízo das sanções

administrativas cabíveis.

g) Cadastro Técnico Federal Ambiental (CTFA): A legislação atual prevê a inscrição

de devedores no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal

(Cadin) e a inscrição de débitos na Dívida Ativa da União, em procedimento de execução

fiscal exercido pela Advocacia-Geral da União.

Nota: A legislação que trata sobre o assunto é a Resolução 10.165 de 27 de dezembro de

2000.

5.7 O que acontece se a empresa não pagar multas e taxas?

A legislação atual prevê a inscrição de devedores no Cadastro Informativo de Créditos

não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) e a inscrição de débitos na Dívida Ativa

da União, em procedimento de execução fiscal exercido pela Advocacia-Geral da União.

6. Quais os treinamentos são necessários?

a) NR 23: todos os empregadores devem adotar medidas de prevenção de incêndios, em

conformidade com a legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis. O empregador

deve providenciar para todos os trabalhadores informações sobre:

a) utilização dos equipamentos de combate ao incêndio;

b) procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança;

c) dispositivos de alarme existentes.

b) NR 26: Os trabalhadores devem receber treinamento:

a) Para compreender a rotulagem preventiva e a ficha com dados de segurança do produto

químico;

b) Sobre os perigos, riscos, medidas preventivas para o uso seguro e procedimentos para

atuação em situações de emergência com o produto químico.

c) NR 6: orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação dos

EPI’s;

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d) NR 35: O empregador deve promover programa para capacitação dos trabalhadores à

realização de trabalho em altura;

Atenção: Treinamentos exigidos por lei possuem carga horária, conteúdo programático,

avaliação de desempenho e competências do instrutor.

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7. Registros

I - Art. 42 do Decreto 4074 de 4 de janeiro de 2002:

a) relação detalhada do estoque existente;

b) nome comercial dos produtos e quantidades comercializadas, acompanhados dos

respectivos receituários.

II - O RAPP é a entrega das informações sobre o volume de produtos químicos perigosos

comercializados no ano anterior ao de referência, devendo ser entregue até 31 de março.

III - Registro de entrega de EPI;

IV - Registro de Treinamentos;

V - Guarda das Receitas por 5 anos;

9. Seguro

Manter a empresa protegida é essencial, entretanto, usar a proteção oferecidas pelos

seguros disponíveis é preciso. Pois, mesmo com todas as regularizações em dia, eventos

inesperados podem acontecer.

A A2G seguros, parceira da ANDAV, oferece o Seguro Empresarial ou Patrimonial, que

assegura a proteção da estrutura física da empresa (Prédio), do conteúdo móveis e

equipamentos e também o estoque (Mercadorias e Matérias-primas), contra eventos

súbitos e imprevistos.

Para mais informações, entrar em contato pelos telefones (19) 3203-9884 ou pelo e-mail

[email protected].

10. Mais informações

Dúvidas e sugestões podem ser enviadas para [email protected] ou pelo

telefone (19) 3203-9884.