manual de redação senado

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MANUAL DE REDAÇÃO Agência Senado e Jornal do Senado

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  • MANUAL DE REDAOAgncia Senado e Jornal do Senado

  • PresidenteJos Sarney

    1 vice-presidentePaulo Paim

    2 vice-presidenteEduardo Siqueira Campos

    1 secretrioRomeu Tuma

    2 secretrioAlberto Silva

    3 secretrioHerclito Fortes

    4 secretrioSrgio Zambiasi

    Suplentes de secretrioJoo Alberto SouzaSerys SlhessarenkoGeraldo Mesquita JniorMarcelo Crivella

    Diretor-geral do SenadoAgaciel da Silva Maia

    Secretrio-geral da MesaRaimundo Carreiro Silva

    Secretaria de Comunicao SocialArmando S. Rollemberg

    Subsecretaria Agncia SenadoAntonio Caraballo

    Subsecretaria Jornal do SenadoMaria da Conceio Lima Alves

  • SENADO FEDERALSECRETARIA DE COMUNICAO SOCIAL

    MANUAL DE REDAO

    AGNCIA SENADO

    JORNAL DO SENADO

    Braslia 2003

  • 2003 by Senado Federal

    Tiragem: 1.000 exemplares

    Senado FederalSecretaria de Comunicao SocialAgncia Senado e Jornal do Senado

    Endereo:Praa dos Trs PoderesEd. Anexo I do Senado Federal 20Braslia/DF CEP: 70165-920

    Comisso de elaborao (Portaria do Diretor-Geral n 14, de 10/4/2000):Jos do Carmo Andrade, Edson Luiz de Almeida, Eliane Manhes Mendes, Flvio Antnioda Silva Mattos, Helena Daltro Pontual, Joo Carlos Ferreira da Silva, Lindolfo do AmaralAlmeida, Mrcia de Magalhes lvaro Barr, Marcos Dantas de Moura Magalhes eMariuza Maria Pereira Vaz.

    Comisso de sistematizao e reviso (Portaria do Diretor-Geral n 21, de 2001):Jos do Carmo Andrade, Mrcia de Magalhes lvaro Barr, Mariuza Maria Pereira Vaz,Helena Daltro Pontual, Lindolfo do Amaral Almeida e Eliane Manhes Mendes.

    Colaboradores: Cludia Lyra Nascimento e Izaas Faria de Abreu.

    Brasil. Congresso. Senado Federal. Secretaria deComunicao Social.

    Manual de redao : Agncia Senado, Jornaldo Senado. Braslia : Senado Federal, 2001.

    154 p.

    1. Jornalismo. 2. Redao tcnica. I. Ttulo.

    CDD 070.412CDU 070.41

    Ficha catalogrfica elaborada pela Biblioteca Acadmico Luiz Viana Filho

  • SUMRIO

    PRINCPIOS E TICA .............................................................................. 7Filosofia .............................................................................................8tica ................................................................................................ 10

    REDAO JORNALSTICA .................................................................. 11Normas gerais ................................................................................. 11Normas especficas .......................................................................... 13

    CONVENES .................................................................................... 21Abreviaturas .................................................................................... 21Cargos e funes ............................................................................. 21Formas de tratamento ....................................................................... 22Grias .............................................................................................. 23Itlico e negrito ................................................................................ 23Maisculas ...................................................................................... 23Minsculas ...................................................................................... 26Numerais ......................................................................................... 26Pesos e medidas .............................................................................. 28Siglas ............................................................................................... 28

    EDIO............................................................................................... 29Agncia ........................................................................................... 30Jornal ............................................................................................... 33Normas gerais ................................................................................. 33Normas especficas .......................................................................... 34Normas operacionais ....................................................................... 36

  • PROCESSO LEGISLATIVO .................................................................... 38

    CONHECIMENTOS GERAIS ................................................................ 68Portugus ......................................................................................... 68Emprego do hfen ............................................................................. 84Economia......................................................................................... 87Conhecimentos jurdicos ............................................................... 109

    ANEXOS ............................................................................................ 119Siglas ............................................................................................. 119Senado Federal .............................................................................. 129Congresso Nacional ....................................................................... 130Cmara dos Deputados .................................................................. 130Partidos polticos ........................................................................... 131Expresses em latim ....................................................................... 132Outras lnguas ............................................................................... 132Outras informaes........................................................................ 134Endereos interessantes na Internet ................................................ 134

    BIBLIOGRAFIA .................................................................................. 141

    NDICE .............................................................................................. 145

  • PRINCPIOS E TICA

    Acriao do Jornal do Senado e da Agncia Senado de Notciasteve o mesmo objetivo que motivou o desenvolvimento de toda apoltica de comunicao social do Senado Federal. poca, consta-tou-se que os veculos privados de comunicao dedicavam muito poucoespao em seus noticirios para os trabalhos desenvolvidos no Parlamento.A cobertura dos jornais era direcionada, principalmente, para os eventospolticos. Uma vasta gama de atividades era ignorada, inclusive o debate evotao de temas que representavam importantes mudanas na vida doscidados.

    Verificou-se a necessidade de fazer com que as informaes relativasao trabalho do Senado chegassem diretamente populao. Desse modo,as pessoas passariam a ter elementos suficientes para avaliar, por si mes-mas, o que vinha sendo feito na Casa. Havia a inteno de garantir transpa-rncia atuao do Senado e de promover a democratizao da informaoproduzida na Casa.

    Os debates, as votaes, as reunies de comisses passaram a seracompanhados, ao vivo, pela TV Senado e pela Rdio Senado. E o noticiriorelativo a esses eventos passou a ser disponibilizado pela Agncia Senadoem tempo real na Internet, ao mesmo tempo em que eram distribudas cpiasdas notcias para os comits de imprensa do Senado e da Cmara dos De-putados e para os principais jornais do pas. A Agncia passou tambm aenviar diretamente s redaes de veculos de comunicao e agncias denotcias nacionais e internacionais, via e-mail, a agenda das atividades doSenado e as manchetes do dia.

    Da mesma maneira, no primeiro momento, o Jornal do Senado visouatingir de imediato a mdia nacional, levando aos jornais e aos jornalistas asinformaes geradas no Legislativo. Foi montado um esquema de distribui-

  • 8Manual de Redao Agncia Senado e Jornal do Senado

    o que permitiu a entrega da publicao em todas as redaes de jornal,rdio e televiso em Braslia. O objetivo desse esquema era garantir que oJornal do Senado estivesse disposio dos responsveis pela confecodas pautas logo nas horas iniciais da manh, de modo a auxili-los na orien-tao da reportagem.

    Assim, o pblico-alvo inicial desses veculos foram os jornais e osjornalistas. A inteno nesse momento era garantir a multiplicao das in-formaes relativas s atividades do Senado Federal. Quanto mais informa-dos estivessem os jornalistas, mais completa seria a cobertura e mais infor-mados estariam seus leitores.

    Para cumprir sua misso, tanto o Jornal do Senado como a AgnciaSenado necessitavam ter credibilidade junto a seu pblico-alvo. Era precisoque os jornalistas tivessem a garantia de que as notcias que lhe chegavams mos no representavam propaganda dos senadores. Isso foi conseguidocom a postura objetiva e jornalstica apresentada nas matrias. Essa umaposio fundamental no trabalho da Secretaria de Comunicao Social doSenado Federal.

    O Jornal do Senado enviado s redaes dos rgos de imprensa ea todas as assemblias legislativas estaduais, governos dos estados, prefei-turas municipais e cmaras de vereadores de todos os municpios brasilei-ros. A publicao enviada tambm para organismos de representao dasociedade civil, como os sindicatos de trabalhadores e de empregadores, epara o pblico em geral que a solicita pelo telefone 0800 61 22 11, o pro-grama denominado Voz do Cidado.

    FILOSOFIA

    A Agncia Senado e o Jornal do Senado so rgos de divulgao dasatividades do Senado Federal. Tm prioridade na cobertura jornalstica, sal-vo deliberao em contrrio do Conselho Editorial da Secretaria de Comu-nicao Social, as sesses plenrias, as reunies das comisses, as reuniesdo Conselho de tica e as atividades da Presidncia do Senado Federal. Onoticirio elaborado pela Agncia Senado no omitir informaes a respei-to de fatos ocorridos durante sesses plenrias e reunies de comisses oudo Conselho de tica, salvo se forem secretas.

    Os dois veculos reportam as discusses realizadas e as decisesadotadas pelo Plenrio e pelas comisses permanentes e temporrias. Cons-tituem, assim, uma verso jornalstica do Dirio do Senado Federal, possi-

  • 9Manual de Redao Agncia Senado e Jornal do Senado

    bilitando que as informaes nele contidas cheguem a um pblico maisamplo, em linguagem acessvel.

    Isso implica uma responsabilidade extra para os profissionais envol-vidos em sua confeco porque as informaes divulgadas por esses rgospassam a ser informao oficial. Uma impreciso, que em algum outro r-go de imprensa no teria maiores conseqncias, em nossos veculos ga-nha maior dimenso.

    Por essa razo, as matrias escritas pelos reprteres da Agncia preci-sam ser cuidadosamente elaboradas, para que se apresentem claras, objeti-vas e fiis aos fatos. No devem deixar dvidas em relao aos pensamen-tos expressos, no caso de discursos, ou deciso adotada, no caso de vota-es. Do mesmo modo, devem ser destitudas de qualquer adjetivao oujuzo de valor em relao aos fatos reportados. No cabe Agncia ou aoJornal emitir opinio sobre discurso ou projeto de senador ou, ainda, sobredeciso de Plenrio ou de comisses. O propsito dos noticirios do Sena-do levar ao pblico a informao objetiva, sem interpretaes, de modoque ao leitor sejam dados os elementos necessrios para que faa sua an-lise e forme sua opinio.

    As atividades da Agncia e do Jornal tm carter apartidrio e impar-cial. Todos os senadores recebero tratamento equnime por parte dos ve-culos da Casa. Os eventos poltico-partidrios ocorridos no Congresso Na-cional ou fora dele no tero cobertura jornalstica por parte da AgnciaSenado.

    Para chegar ao grande pblico, que no tem obrigao de conhecer oprocesso legislativo, o noticirio do Jornal e da Agncia deve ser escrito emuma linguagem que torne as questes abordadas compreensveis aos leito-res. Os termos da tcnica legislativa devem ser traduzidos e explicados, semprejuzo da correo do processo. Os veculos de comunicao do Senadotm, assim, carter didtico e, por essa razo, a eles cabe facilitar a compre-enso do pblico no que se refere ao modo de funcionamento do PoderLegislativo.

    Os veculos da Secretaria de Comunicao Social no privilegiampartidos polticos, estados da Unio ou determinados senadores em seunoticirio. A divulgao das notcias e os destaques na edio seguem pa-dres puramente jornalsticos. Tm maior destaque as notcias que se refe-rem a decises que afetem em maior grau a vida das pessoas e a um nmeromaior de pessoas. As decises de Plenrio e das comisses tm precednciasobre discursos e projetos apresentados pelos senadores.

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    Manual de Redao Agncia Senado e Jornal do Senado

    A Agncia Senado d publicidade s atividades dos Plenrios do Sena-do Federal e do Congresso Nacional; das comisses e da Presidncia e aoseventos oficiais promovidos pelo Senado. O Jornal do Senado com data ime-diatamente posterior data da sesso publicar, obrigatoriamente, todas asdecises adotadas e os discursos efetivamente pronunciados em Plenrio. Asmatrias sobre os discursos enviados Mesa para publicao no Dirio doSenado Federal na forma do disposto no artigo 203 do Regimento Interno(dispensada a leitura) e os projetos dos senadores sero disponibilizados ime-diatamente na home page da Agncia e distribudos aos jornais do interioratravs de fax. No Jornal, sero publicados de acordo com a disponibilidadede espao, seguindo a ordem de precedncia na entrega Mesa.

    O material elaborado pela Agncia Senado ser editado pelo Jornal doSenado, que definir o tamanho das matrias, os ttulos, as legendas das fotos,as manchetes, as chamadas de capa, a diagramao e as ilustraes. Na edi-o, ser utilizado o critrio jornalstico, resguardado o interesse pblico.

    TICA

    Como qualquer cidado, o jornalista tem direito a suas opinies econvices polticas, com ampla liberdade de express-las; mas, como todofuncionrio, no local de trabalho e no exerccio de sua atividade profissio-nal deve manifest-las por meio dos canais facultados para isso. Suas posi-es no podem influenciar a apurao ou redao do noticirio da Agn-cia ou do Jornal do Senado. As matrias e a edio no podem refletir pre-disposio favorvel ou contrria a qualquer tendncia poltica. A realiza-o de campanhas poltico-partidrias no ambiente de trabalho, da mesmamaneira, est condicionada ao que determinam o Regime Jurdico nico(RJU) e o Regulamento Administrativo do Senado Federal (Rasf).

    O relacionamento do jornalista com os senadores deve ser pautadopelo respeito devido e pela cerimnia que o cargo recomenda. No admissvelutilizar uma possvel proximidade com o detentor de mandato parlamentarpara fins particulares, em atitude incompatvel com o decoro funcional.

    O RJU, o Rasf e outras normas pertinentes exigem de cada jornalistada Casa, tambm, como de qualquer funcionrio, o respeito a regras relati-vas ao traje adequado para o local de trabalho e ao uso de documentos ecrachs de identificao. A identificao como jornalista do Senado Fede-ral, que garante livre acesso ao Plenrio e a outras dependncias da Casa,deve ser utilizada para facilitar o trabalho; proibido o seu uso para finsparticulares dentro ou fora das dependncias da instituio.

  • REDAO JORNALSTICA

    AAgncia Senado e o Jornal do Senado devem buscar sempre aqualidade, a correo, a objetividade e a clareza no material infor-mativo produzido, permitindo aos leitores uma rpida e precisa in-terpretao das decises tomadas pelos legisladores e de seus efeitos navida do pas. Este captulo do Manual de Redao trata das normas a seremseguidas pelos reprteres, redatores e editores na elaborao das matrias,tendo em vista esse objetivo.

    NORMAS GERAIS

    Um reprter enfrenta desafios todos os dias essa a natureza daprofisso e seu fascnio. Alguns desses desafios esto na elaborao do tex-to. Redigir uma tarefa que implica o domnio de capacidades lingsticas; um processo intelectual em que se organizam idias sobre um determina-do tema e se expressam essas idias por escrito. Assim, para redigir um bomtexto preciso, alm de escrever corretamente, ter claras as idias que sepretende colocar no papel, estar seguro de que se entende do assunto a sertratado; do contrrio, o texto no ir fluir. Nunca demais lembrar a impor-tncia da leitura para o trabalho jornalstico e que o conhecimento prviode todo o material referente ao texto a ser produzido procedimento bsicopara a compreenso do assunto.

    O reprter deve redigir seu texto como se fosse o texto final a serdivulgado pela Agncia e publicado pelo Jornal. Embora os textos possamser alterados pelos editores, cada reprter deve escrever suas matrias demodo que possam ser imediatamente divulgadas. No se deve ser tolerantecom eventuais dvidas e erros sob o argumento de que o texto passa neces-sariamente pelos redatores antes da publicao.

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    Manual de Redao Agncia Senado e Jornal do Senado

    O lead deve ser o mais informativo possvel, dispensando detalhes.No deve ser redigido com perodos longos e frases intercaladas, que obri-gam o leitor a uma ginstica mental para compreender o texto, tampoucoiniciar-se com comentrio ou interpretao longa em que o autor s iden-tificado muito adiante, o que pode dar a impresso de que aquele o pensa-mento da Agncia ou do Jornal. Deve-se evitar iniciar o lead com declara-o entre aspas. Esse, no entanto, um recurso que poder ser usado excep-cionalmente apenas se houver o entendimento de que a frase pode causarimpacto no leitor.

    As matrias devem ser claras e concisas. O reprter deve optar sem-pre pela simplicidade, escrever de forma direta, em linguagem acessvel, eevitar alongar-se sem necessidade. A economia de palavras pode tornar maisfcil a compreenso do texto.

    Antes de escrever, o reprter deve manter entendimentos com a che-fia de reportagem visando estabelecer o nmero de matrias a serem redigidase o nmero de linhas de cada texto. As matrias sero ento pautadas ecaber ao reprter, salvo em situaes especiais, obedecer ao nmero delinhas combinado. (Mais informaes sobre a extenso das matrias nosverbetes deste captulo.)

    Deve-se privilegiar sempre o contedo das decises adotadas pela Casa. necessrio explicar ao leitor como as propostas aprovadas podero afetar asua vida e o cotidiano do pas. As matrias devem informar sobre os prximospassos da tramitao legislativa de cada proposta apreciada, mas a prioridadedeve ser sempre a informao objetiva a respeito das decises. Sempre quenecessrio, sero elaborados textos auxiliares para tornar ainda mais claro ocontedo de projetos importantes aprovados pelo Plenrio ou pelas comisses.

    Um pressuposto bsico para a cobertura de votaes nas comisses eno Plenrio o conhecimento prvio das matrias que sero apreciadas.Dessa forma, pode-se evitar, por exemplo, que um reprter considere quefoi aprovado um projeto original, quando, de fato, ter sido aprovado umsubstitutivo elaborado pelo relator.

    Quando for feita referncia a procedimento, legislao ou valor, indispensvel esclarec-lo ao leitor. O reprter deve consultar a fonte e poderecorrer equipe de produo da Agncia para auxili-lo. Se, por exemplo,o salrio mnimo citado, deve-se informar o valor vigente. Se, em outrahiptese, o senador defende o pagamento de vale-transporte ao trabalhadordesempregado, nos moldes do seguro-desemprego, preciso explicar osistema de pagamento deste ltimo benefcio.

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    Manual de Redao Agncia Senado e Jornal do Senado

    Quando ocupar todo um pargrafo, a reproduo de frases do perso-nagem da notcia deve ser feita entre travesses. Nos pargrafos em que oreprter usar o discurso indireto, as citaes devem estar entre aspas. Apsas aspas ou travesses, d preferncia aos verbos dicendi (que acompa-nham uma declarao) afirmou, disse, declarou. No devem ser usados ver-bos como ironizou, atacou que impliquem uma apreciao do reprtersobre a frase citada; so preferveis verbos considerados neutros. (Mais so-bre o assunto nos verbetes deste captulo.)

    preciso tomar cuidado com a mudana de sujeito no meio de umperodo. Em vez de escrever o senador disse que ns vamos aprovar o quefor melhor para o pas, deve-se optar por uma soluo como: O senadordisse que o Senado vai aprovar o que for melhor para o pas. A troca desujeito pode motivar interpretaes equivocadas. Um bom exemplo disso,ainda que aparentemente absurdo, seria: O senador disse que eu vouprocess-lo. (Ver Sujeito, no captulo Conhecimentos Gerais/Portugus.)

    Ao concluir o texto de cada matria, o reprter deve passar o corretorortogrfico. Esta providncia poder evitar a ocorrncia de pequenos erros.Deve eliminar tambm os espaos extras entre as palavras. (Ver Corretorortogrfico no captulo Edio.)

    NORMAS ESPECFICAS

    Adjetivos O texto jornalstico elegante econmico em adjetivos.Usa-se o adjetivo apenas quando for relevante no contexto. Em lu-gar do adjetivo extenso para qualificar um relatrio, por exemplo, prefervel informar o nmero de pginas do documento. Deve-seevitar tambm a impreciso de alguns, diversos, muitos, poucos.

    Apartes Todos os aparteantes devem ser citados. Quando vriossenadores concordam ou discordam do orador e manifestam suaopinio de forma muito semelhante, seus nomes podem ser agru-pados para que o texto no fique demasiado extenso. Ex.: senado-res Fulano, Beltrano e Sicrano concordaram com o orador. Se oaparte torna-se, entretanto, um novo discurso e a relevncia dotema justifica , pode ser tratado como tal e merecer at uma ma-tria parte.

    Aspas As aspas sero usadas quando, em discurso indireto, o reprterreproduzir parte da fala ou quando citar trechos de documentos. Ouso de frase entre aspas na abertura de uma matria s ser aceito

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    Manual de Redao Agncia Senado e Jornal do Senado

    quando a frase for curta e de impacto, conforme dito anteriormente.Colocar uma nica palavra entre aspas no bom recursoestilstico, pois torna o texto ambguo. O termo pode assumir sen-tido pejorativo ou levar o leitor a crer que seu uso entre aspassignifique manifestao de ironia e que deveria ser entendido nosentido oposto ao conhecido. Se a inteno do reprter indicarque aquela foi exatamente a expresso usada por algum, devereproduzir uma frase completa ou um trecho mais extenso da de-clarao. Aspas e travesses devem ser usados com cautela, paravalorizar a informao.

    Boxe Em casos especiais, e mediante entendimentos com a chefiaimediata, o reprter poder elaborar um texto acessrio ou boxe,que conter informaes suplementares ao texto principal. O jar-go jornalstico boxe no dever, entretanto, ser usado no textopara remeter o leitor a um quadro na mesma pgina.

    Citaes As declaraes do personagem da notcia devero apare-cer entre travesses quando abrirem pargrafo. As aspas sero usa-das quando, em discurso indireto, o reprter reproduzir parte dafala ou quando citar trechos de documentos. Neste ltimo caso,em que se incluem as justificaes de projetos, no deve ser usadoo travesso. (Ver Verbo no presente.) No abrir dois pargrafosseguidos por travesses e evitar iniciar um pargrafo com traves-so quando o anterior tiver sido encerrado por aspas. Citaesdevem ser usadas com parcimnia. Mesmo em uma matria sobreum pronunciamento, no se deve abusar do discurso direto. Al-guns recursos para variar o texto so: sintetizar o pensamento dopersonagem da matria; usar discurso indireto, abrindo aspas parauma frase evitar colocar entre aspas palavras ou expresses iso-ladas , e reproduzir as idias usando as palavras do autor, sem asaspas. (Ver Aspas.)

    Citaes/correo A autoridade no est livre de cometer equvo-cos. O reprter da Agncia deve tomar cuidado ao reproduzir afala de algum que possa ter cometido erros de portugus ou feri-do a lgica ou os fatos. Se houver dvida quanto a dados mencio-nados por um senador, por exemplo, o melhor procurar esclare-cimento com ele ou com sua assessoria.

    Decises A cobertura das decises do Plenrio e das comissesdever garantir ao leitor informaes bsicas a respeito das medi-

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    Manual de Redao Agncia Senado e Jornal do Senado

    das aprovadas, da manifestao do relator da matria e do debateque antecedeu a deciso. Os votos ou a ocorrncia de votao sim-blica devem ser registrados apenas quando houver relevncia. Senecessrio, e previamente acertado com a chefia de reportagem, acobertura ser dividida em duas ou mais matrias, que tratem, isola-damente, de temas como o parecer do relator ou as mudanas queuma proposta aprovada trar ao cotidiano da populao.

    Declaraes Ver Citaes.

    Discurso direto Reproduo das palavras de algum nos termosexatos em que foram ditas. (Ver Aspas, Citaes e Travesso.)

    Discurso indireto Reproduo das palavras de algum na terceirapessoa, quer atribuindo-as claramente a outra pessoa em oraessubordinadas a um verbo dicendi, quer usando-as em oraes in-dependentes. (Ver Aspas, Citaes e Travesso.)

    Ementa Ao escrever matria sobre projeto em tramitao, o reprterno deve levar em conta apenas as informaes contidas na emen-ta. Raramente elas oferecem os subsdios necessrios compreen-so, pelo leitor, do que prope o projeto. Antes de iniciar a reda-o da matria, indispensvel a leitura completa da proposta coma justificao do autor. Deve consultar tambm a legislao citada que acompanha o avulso do projeto para no correr o risco detratar como inovao medida que j esteja contida em lei.

    Exatido A credibilidade do material produzido pela Agncia Sena-do e publicado pelo Jornal do Senado est na exatido das infor-maes e na transcrio fiel das declaraes. Ao reprter da Agn-cia no cabe interpretar o pensamento expresso por um senadorem, por exemplo, um determinado discurso, mas sim relatar asidias expostas pelo parlamentar, com o maior rigor possvel. (VerCitaes/correo.)

    Ex-senador Aplica-se ao senador que j no est no exerccio docargo. Se vier a falecer no cumprimento do mandato, ser sempretratado como senador. Se a matria refere-se a projeto de ex-sena-dor, deve-se procurar escrever projeto de autoria do ento sena-dor Fulano de Tal. Ex-senador no apresenta projeto.

    Hierarquizar os fatos Antes de conversar com a chefia sobre a ma-tria apurada, o reprter precisa selecionar o que mais importan-te e ter claro o que mais relevante entre todos os dados de que

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    Manual de Redao Agncia Senado e Jornal do Senado

    dispe. (Se j no traz na cabea aquilo que mais se destaca,muito provavelmente vai enterr-lo no meio do texto, Luiz Garcia,Manual de Redao e Estilo de O Globo.) O reprter deve organi-zar mentalmente o que apurou a memria ajuda, por ser umfiltro natural, retendo o que efetivamente importa.

    Infogrficos Sempre que relevante, mediante acerto com a chefia, oreprter poder redigir um quadro com os principais pontos deum projeto aprovado ou um depoimento importante. Se o reprtertiver dados que, embora no caibam no corpo da matria, possamser aproveitados em um infogrfico pelo jornal, deve passar essematerial chefia de reportagem, com essa sugesto.

    Informao A falta de fatos deixa buracos que nenhum artifcio deestilo consegue tapar (Luiz Garcia, Manual de Redao e Estilode O Globo). Esta afirmao aplica-se especialmente no caso dematria sobre projeto ou relato de votao, como nas coberturasda ordem do dia. O reprter precisa, previamente, inteirar-se bemdo assunto, recorrendo leitura de legislao correlata; das etapasde tramitao da matria e do relatrio do relator ou parecer apro-vado nas comisses por que tenha passado a proposta. A chefia dereportagem geralmente dispe antecipadamente das pautas de vo-tao no Plenrio e nas comisses para consulta dos reprteres.

    Lead O lead deve ser redigido em linguagem direta, clara e aces-svel. Deve sintetizar as informaes de modo a transmitir aoleitor a idia essencial da matria. Quando se tratar de delibe-raes do Plenrio ou das comisses, o lead deve anunciar adeciso e deixar claro o significado prtico da proposta aprova-da. Deve informar o prximo passo da tramitao da matriadeliberada e, somente quando relevante, o resultado numricoda votao. A informao principal no deve se perder entredetalhes do processo legislativo, nome do presidente da comis-so etc. esses dados nem sempre precisam estar no incio damatria ou ser ditos todos de uma vez. O lead deve ser conciso.Recomenda-se que tenha duas ou trs frases e no mximo seislinhas. Deve ser redigido preferencialmente na ordem direta (su-jeito, verbo e predicado). Iniciar o lead com advrbio, gerndioou preposio deve ser evitado.

    Lido Apenas internamente, na redao, denomina-se lido o tex-to que serve, especialmente no Jornal do Senado, para apresentar

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    Manual de Redao Agncia Senado e Jornal do Senado

    as matrias da cobertura de um evento especial. Esse texto deve terde dez a 15 linhas.

    Matrias institucionais A Agncia pode elaborar, quando entendernecessrio, matrias institucionais para esclarecer o leitor sobre oprocesso legislativo. Por exemplo, quando aprovada uma emenda Constituio, a matria institucional informaria sobre quem podeter a iniciativa dessas propostas, a forma de votao nas duas Ca-sas e a promulgao, entre outros pontos. Sempre que o reprterresponsvel pela cobertura do evento considerar oportuno um tex-to dessa natureza, poder sugeri-lo chefia.

    Medida provisria A partir da publicao, a medida provisria jest em vigor. errado escrever, por exemplo, que determinadamedida provisria procura ou visa estabelecer, j que, na verdade,estabelece, assegura, determina. (Mais informaes sobre o assun-to no captulo Processo Legislativo.)

    Nomes e nmeros Os nmeros e nomes prprios mencionados emcada texto da Agncia merecem checagem cuidadosa e atenoredobrada para no acontecer, por exemplo, troca de milhes porbilhes e vice-versa. Abreviaes como 1 bi ou 20 mi cabemapenas em ttulos como recurso para o espao limitado. A grafiacorreta dos nomes dos parlamentares, de sua filiao partidria edo estado que representam deve ser verificada sempre que houverdvida. A relao de senadores deve ser consultada tambm paraconfirmar o nome pelo qual o senador mais conhecido, paraevitar repetir seu nome completo em toda a matria.

    Palavras estrangeiras A Agncia e o Jornal do Senado preferem adotara traduo em portugus das palavras estrangeiras sempre que forpossvel.

    Pargrafo O pargrafo construdo em torno de uma idia central econstitui uma das partes em que o autor considerou conveniente divi-dir seu assunto dentro do texto. Geralmente o pargrafo contm umaintroduo, que a exposio sucinta da idia ncleo, e o desenvolvi-mento do tpico, quando se especifica, justifica, fundamenta o tema.As frases do pargrafo precisam, portanto, estar integradas. O desen-volvimento do pargrafo deve conter idias em cadeia, assim comoos pargrafos de um texto devem estar conectados entre si. So quali-dades principais do pargrafo a coeso e a coerncia. O bom domnioda tcnica da diviso em pargrafos depende da clareza que o autor

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    Manual de Redao Agncia Senado e Jornal do Senado

    tem da organizao do tema e da hierarquia das idias que sero de-senvolvidas. Fazem-se pargrafos para dar nfase a determinados as-pectos do assunto, para dar destaque a certas idias.

    Pargrafos/diviso A Agncia Senado recomenda que as matriassejam divididas em pargrafos de, em mdia, seis linhas. Mais queisso tornaria o texto visualmente pesado, tanto na home page quantona pgina do Jornal. Os pargrafos podero ser menores quandoreproduzirem declaraes e forem iniciados por travesso. Deve-se procurar equilibrar o pargrafo com frases curtas e outras detamanho mdio, de forma a tornar a leitura agradvel.

    Parecer/relatrio O senador encarregado de relatar um projeto apre-senta um relatrio, com voto pela aprovao ou rejeio da mat-ria, que, uma vez acolhido, passa a ser o parecer da comisso. Noentanto, para evitar repetio de palavras no texto, como por exem-plo em o relator apresentou seu relatrio, pode-se eventualmenteescrever o relator apresentou seu parecer.

    Pautar Aps o relato, ao chefe imediato, das informaes de quedispe, o reprter deve incluir sua matria na pauta do dia. Devefazer um relato conciso da matria quase o lead , anotar o n-mero de linhas (previamente acertado com a chefia) e cumprir como maior rigor possvel a previso. Essa pauta indispensvel parao planejamento geral da edio, seja no Jornal do Senado, seja naAgncia.

    Porcentagens/quantias Ao grafar quantias e percentuais, no se devetemer a repetio de smbolos ou palavras que tornem as cifrasmais precisas. Deve-se evitar, por exemplo, dizer que a arrecada-o de um imposto ficar entre R$ 20 e R$ 30 milhes, quando sequer dizer que a arrecadao mnima ser de R$ 20 milhes. Damesma forma, deve-se evitar escrever 1 a 2%; prefira 1% a 2%.(Ver o captulo Convenes.)

    Preparao O reprter deve comear suas atividades dirias com aleitura do Jornal do Senado e consulta pauta da Agncia, dispo-nvel em rede, para inteirar-se de suas tarefas e tomar conhecimen-to das atividades da Casa. Alm de informar-se, ele deve analisar oprprio trabalho realizado no dia anterior e observar possveis al-teraes de contedo e forma feitas no texto.

    Prioridade O reprter, tendo mais de uma matria para escreversobre um mesmo assunto, deve comear sua produo pela prin-

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    cipal delas. Quadros e boxes devem ser deixados para o final. As-sim, o material poder ser colocado na Internet imediatamente e aprincipal tarefa da agncia de notcias estar sendo cumprida.

    Redundncia Sempre que o reprter for realizar uma cobertura jun-tamente com outros colegas, deve conversar com a chefia sobrequal deles estar encarregado da matria principal e como os ou-tros textos devem ser consolidados, para evitar repeties desne-cessrias.

    Siglas Os nomes de entidades ou agncias governamentais citadasem matrias devem aparecer inicialmente por extenso, seguidospela sigla entre parnteses. Exemplo: Fundo Monetrio Internacio-nal (FMI). (Ver o captulo Convenes e o anexo Siglas.)

    Tamanho das matrias Os textos da Agncia devem ser concisos,sem ser telegrficos. Pequenos registros tero at 15 linhas. Asnotcias que no sejam sobre os temas considerados principais dodia devero conter, em mdia, de 20 a 30 linhas. As matrias rela-tivas a decises das comisses e do Plenrio, assim como matriasespeciais previamente pautadas, tero at 40 linhas. Qualquer tex-to com tamanho superior ao estabelecido dever ser aprovado pelachefia de reportagem.

    Tempo verbal No caso de aprovao de projeto, mesmo em votaofinal, preciso lembrar que, para entrar em vigor, a proposta preci-sa ser sancionada (projeto de lei) ou promulgada (PEC, resoluo).Portanto, incorreto dizer, por exemplo, que a legislao revogadapermitia, porque ainda permite, ou que o texto alterado determi-nava, porque ainda determina.

    Tijolinhos Os tijolinhos so pequenas matrias entre dez e 20linhas adotadas na cobertura de eventos em que um mesmo temafor tratado por vrios senadores. A adoo desse tipo de coberturadepender de deciso das chefias. Como as matrias serodivulgadas separadamente pela Agncia, elas devero conter asinformaes mnimas necessrias para sua compreenso isolada-mente. Nas edies da home page da Agncia e do Jornal, serosuprimidas eventuais redundncias. A abertura dessa srie de ma-trias ser feita por meio de um texto chamado lido.

    Travesso Sempre que uma declarao estiver completa, deve seriniciada por travesso, na abertura do pargrafo, e encerrada poroutro travesso, seguido de um verbo dicendi. As aspas devem ser

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    usadas quando o texto reproduzir apenas parte da fala do persona-gem da notcia.

    Verbos declaratrios Em citaes textuais, quando em discurso di-reto, devem ser usados os verbos dicendi (do verbo dizer) dizer,afirmar, declarar. prefervel abusar deles a empregar outro verboinadequadamente. Podem ser usados tambm verbos (e suas for-mas verbais) considerados neutros observou, argumentou, acen-tuou, acrescentou. O reprter deve ficar atento para o empregoadequado a cada caso. (Ver Citaes e Discursos, neste captulo, eas referncias a verbos no captulo Conhecimentos Gerais/Portu-gus.)

    Verbos a serem evitados Devem ser evitados verbos que possamdenotar ou implicar uma apreciao do reprter a respeito da de-clarao citada. Ex.: disparou, ironizou. (Mais informaes sobre aaplicao correta dos verbos no captulo Conhecimentos Gerais/Portugus.)

    Verbos no presente A utilizao de verbos no presente (O senadorSicrano de Tal defende a aprovao do projeto de incentivos fis-cais...) recomendada em revistas. Na Agncia e no Jornal doSenado, o uso do presente deve estar limitado a ttulos e repro-duo de opinio do relator em um parecer, pois neste caso trata-se de declaraes constantes em um documento, que perene.Pode-se dizer: Em seu relatrio, o senador argumenta que.... Nocaso de entrevista concedida pelo relator ou de sua participaoem uma reunio de comisso quando apresenta seu relatrio,por exemplo , as frases citadas pelo relator devem ser transcritassempre com os verbos no pretrito.

  • CONVENES

    ABREVIATURAS

    Moedas Usa-se o smbolo da moeda para o real (R$) e para o dlaramericano (US$), exceto quando o valor estiver incluso em uma de-clarao: A dvida do estado de 20 bilhes de reais. Para as moe-das dos demais pases e para as brasileiras j extintas, a grafia deve sersempre por extenso: 20 marcos alemes, 2 mil ienes, 5 dlares cana-denses, cruzeiros (Cr$), cruzados (CZ$), cruzados novos (NCz$). Noesquecer o espao entre o smbolo e o valor: R$ 200.

    Cidades Abreviam-se apenas em ttulos: SP (So Paulo); BH (BeloHorizonte); NY (Nova York); LA (Los Angeles). Rio de Janeiro Rioe no RJ, quando for necessrio reduzir o ttulo. No usar BSBpara Braslia.

    Estados Abreviam-se somente em ttulos.

    Telefone Usa-se sempre a palavra por extenso, nunca tel. ou fone.

    Endereos No sero usadas abreviaturas em endereos. Escreve-seAvenida, Rua, Praa.

    Santos Evitar abreviar so e santo, a no ser em ttulos. Neste caso,escrever S. Amaro, S. Catarina e no Sto. Amaro e Sta. Catarina.

    S. A. E no S/A, para Sociedade Annima.

    TV E no Tv ou tev, para televiso.

    CARGOS E FUNESNo usar presidente do Congresso. A Mesa do Congresso Nacio-nal presidida pelo presidente do Senado, segundo o artigo 57 daConstituio brasileira.

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    Quando o personagem ocupa um cargo, deve ser identificado, naprimeira referncia, por cargo e nome completo. Nas demais men-es, usa-se o cargo ou o nome mais conhecido.Usa-se vrgula entre o cargo e o ocupante do cargo apenas quandouma s pessoa desempenha a funo: o presidente da Repblica,Fulano de Tal, decretou..., mas o ex-presidente da RepblicaBeltrano, o diretor do Banco Central Sicrano. prefervel escrever primeiro o nome e depois o cargo nos seguin-tes casos.1) quando a pessoa tem mais de um cargo;2) quando a identificao se refere a cargo ou situao anterior. Se

    a identificao muito extensa, pode-se usar o nome no meioda relao de cargos.

    Uma figura pblica pode ser tratada pelo prenome ou apelido apartir da segunda vez que mencionada em um texto, desde queseja mais conhecida assim. Exemplo: Getlio, para Vargas; Jango,para Joo Goulart; Pel, para Edson Arantes do Nascimento; JK,para Juscelino Kubitschek.Escrevem-se com hfen o cargo de primeiro-ministro; a posio deprimeira-dama; os cargos que tm o adjetivo geral (secretrio-geral, procurador-geral); e os postos e graduaes da hierarquiamilitar e da diplomacia. O prefixo ex sempre precede o hfen: o ex-vice-presidente.Os cargos das Mesas do Senado e da Cmara sero escritos comnumerais e palavras (1 secretrio e 2 vice-presidente).

    FORMAS DE TRATAMENTOAs formas senhor e senhora s sero usadas em reprodues defalas ou textos. As formas sr. e sra. s sero usadas quando segui-das do nome.Usa-se dona quando uma mulher tratada pelo prenome ou quan-do popularizou-se assim: Dona Neuma (da Mangueira), DonaIvone Lara (nestes casos com inicial maiscula, porque a formadona incorporou-se ao nome). No se usa para personalidadespblicas mais conhecidas pelo prenome, adolescentes, artistas, atle-tas ou marginais.O ttulo doutor no deve ser usado como tratamento para advoga-

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    dos, profissionais da rea mdica ou de outras reas, que devemser tratados como advogado, mdico etc. No texto jornalstico,deve ser includo apenas quando relevante: a conferncia serfeita pelo professor doutor Francisco Pinotti.

    GRIASA Agncia e o Jornal do Senado apenas citam grias em transcriode falas quando indispensvel entre aspas.

    ITLICO E NEGRITOOs nomes da Agncia Senado e do Jornal do Senado so escritosem negrito, redondo, sempre que citados.Os nomes dos demais peridicos devem ser grafados em itlico,mantendo-se as iniciais maisculas: Le Monde, Zero Hora.Ttulos de produes artsticas, literrias e cientficas (livros, fil-mes, peas, teses, discos, msicas, shows, exposies, obras dearte etc.) so escritos em itlico, com iniciais maisculas: E o Ven-to Levou..., O Primo Baslio. Exceo para os livros sagrados dasdiversas religies (a Bblia, o Alcoro).Programas de rdio e televiso so grafados em itlico, com todasas iniciais maisculas: Jornal Nacional.As palavras estrangeiras so grafadas em itlico.Nomes cientficos (de famlias vegetais e animais) so sempre es-critos em itlico, com inicial maiscula apenas na primeira pala-vra: Aedes aegypti, Homo sapiens.

    Ateno: Captulos de livros, ttulos de palestras, artigos e reportagens de

    jornais e revistas devem ser escritos em tipo claro, com a primeirainicial maiscula, entre aspas.

    Para personagens de peas, livros, filmes e novelas usa-se tipoclaro, sem aspas: Capitu, Robin Hood.

    MAISCULASEscrevem-se com iniciais maisculas:Nomes de pessoas; apelidos; pseudnimos.

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    Empresas e instituies.Entidades, organizaes polticas e instituies ligadas ao Estado esuas subdivises, departamentos e reparties.Nomes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judicirio.Regies; acidentes geogrficos: Regio Norte, Baa de Guanabara,Rio So Francisco.Endereos, prdios e monumentos: Avenida Atlntica, Palcio doPlanalto, Torre Eiffel.Estabelecimentos pblicos ou particulares; portos, aeroportos, ro-dovias, ferrovias, usinas, estdios, igrejas etc.: Aeroporto SantosDumont, Rodovia dos Imigrantes.Perodos, episdios e momentos histricos: a 2 Guerra Mundial,o Renascimento.Festas e datas religiosas; comemoraes cvicas e tradicionais, como exceo de carnaval: Natal, Quarta-Feira de Cinzas.Eventos esportivos e culturais: Copa do Mundo.Nomes dos corpos celestes: Sol, Lua, Terra, Marte. Usa-se mins-cula quando em referncia a condies climticas e meteorolgicas:dia de sol, lua cheia.Nomes de veculos: Enola Gay, 14 Bis, Columbia, Queen Elizabeth.Polcia Federal; Foras Armadas e suas subdivises (Exrcito, Arti-lharia). As polcias militar e civil e o corpo de bombeiros so escri-tos em maisculas apenas quando especificados, com seu nomeprprio (Corpo de Bombeiros do Distrito Federal).Smbolos nacionais: Bandeira Nacional, Hino Nacional.Planos e programas de governo; relatrios de instituies pblicase privadas; tratados e acordos internacionais: Programa Nacionalde Desestatizao, Plano Plurianual, Oramento Geral da Unio.Aps a primeira meno no texto, pode-se referir apenas ao pro-grama, ao plano, ao oramento, sempre em minsculas. Nocaso do oramento, usa-se maiscula tambm na forma simplificadaOramento 2000.Anais do Senado.Nomes de impostos e taxas. Observao: quando mais de um citado usa-se a palavra imposto apenas na primeira vez: Incidemo Imposto sobre Circulao de Mercadorias, o sobre Produtos In-dustrializados e o de Importao.

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    Nomes de comendas, ordens e prmios: Ordem do Mrito Naval,Prmio Nobel.Estado (a nao politicamente organizada, mas no as unidades daFederao), Repblica, Federao, Presidncia da Repblica, Mi-nistrio (como conjunto dos ministrios do governo: o presidentereuniu seu Ministrio).Plenrio do Senado e da Cmara; Mesa do Senado e da Cmara;Presidncia do Senado e da Cmara; Comisso Diretora (do Sena-do, no existe mesa diretora).Secretarias e vice-presidncias do Senado e da Cmara (1 Secreta-ria, 2 Vice-Presidncia).O Papa. Quando, porm, acompanhar o nome, vir em minscu-la: o papa Pio XII.Nome de instituies religiosas: a Igreja Catlica, a IgrejaMessinica. As religies, entretanto, so sempre em minsculas: oprotestantismo; o budismo.Nomes de cincias, disciplinas, ramos do conhecimento: a Mate-mtica, o professor de Fsica. Entretanto, usa-se ele bom na ma-temtica; a filosofia hindu.Humanidade, significando o conjunto de todos os seres humanos.Fundo: usa-se a inicial maiscula apenas quando se refere ao FMI,porquanto uma instituio nica e est sendo usado em substi-tuio ao nome completo Fundo Monetrio Internacional.Congressos, fruns, seminrios e ciclos de debates tero todas asiniciais maisculas.Escreve-se com inicial maiscula a palavra que serve para desig-nar o nome de dois ou mais rgos, instituies, entidades, leis,regies, acidentes geogrficos, ruas etc.: os Ministrios da Fazen-da e do Planejamento, Os Tribunais de Contas dos estados doPar e do Piau, Os Conselhos Regionais e Federal de Medici-na, os Tribunais Regionais Federais, as Comisses de AssuntosEconmicos e de Educao etc.Ateno: O adjetivo federal s tem inicial maiscula quando

    faz parte de um nome prprio: Senado Federal. No in-tegra, por exemplo, o nome da Carta Magna, a Consti-tuio.

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    MINSCULASEscrevem-se com iniciais minsculas:Ttulos pessoais e cargos: baro, presidente, senador, ministro, se-cretrio.Ttulos honorficos: cidado honorrio, cidado benemrito, dou-tor honoris causa.Formas de tratamento: senhor, dona, dom.Doutrinas, correntes e escolas de pensamento, religies; movimen-tos polticos e religiosos (inclusive o termo oposio, como de-signao genrica de grupos que se opem ao governo, mas usa-se maiscula quando em referncia a bloco formalmente consti-tudo que una partidos de oposio no Senado ou na Cmara).Gentlicos de povos e grupos tnicos: os espanhis, os incas, oscaiaps.Pontos cardeais, quando indicam direo ou lugar: Foi para les-te. Em maiscula, quando indicam regio: Morou no Leste.Documentos pblicos, a no ser quando tm nome prprio (Leiurea, Tratado de Versailles) ou vm acompanhado do respectivonmero (Lei n 8.666, Medida Provisria n 2.078).Unidades poltico-administrativas: pas, nao, governo, estado,municpio.Polcias militar, civil e corpo de bombeiros. Polcia Federal umainstituio nica e deve ser grafada com maisculas.Ordem do dia, hora do expediente tambm so escritos em mins-culas.Estado de direito, estado de stio, termos que significam conjuntu-ras, situaes polticas ou jurdicas.Ateno: Usa-se minscula na segunda referncia a um rgo, ins-tituio, entidade, empresa etc.: O Ministrio da Fazenda decidiuontem..., mas A deciso do ministrio significa...

    NUMERAISOs numerais at dez, inclusive, escrevem-se por extenso; da emdiante usam-se algarismos, com exceo de cem e mil. Dias do ms,nmeros de casas e apartamentos, idades, resultados de votao enmeros de pginas so escritos com algarismos em todos os casos.

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    Com mil, milho, bilho e trilho usam-se algarismos e palavraspara nmeros redondos: 5 mil, 15 milhes, 155 bilhes.Para nmeros quebrados at centenas de milhares, usam-se unica-mente algarismos: 15.437. Se houver necessidade de aproxima-o, a partir da casa dos milhares, pode-se usar o decimal: 15,5milhes, 15,55 bilhes, 15,4 mil.Fraes so escritas com algarismos (7/12), exceto quando os doiselementos so menores que dez (dois teros). As fraes decimais,sempre com algarismos. O inteiro separado da frao por vrgu-la, e no por ponto (R$ 5,2 milhes).As porcentagens so apresentadas em algarismos, seguidos do sm-bolo prprio, sem espao entre smbolo e algarismo: 55%. Usa-sealgarismo mesmo quando a porcentagem for menor que dez: 5%.(Mais informaes sobre porcentagem nos captulos RedaoJornalstica e Conhecimentos Gerais/Economia.)Valores redondos sero grafados sem os zeros aps a vrgula (R$ 180).Escrevem-se os ordinais por extenso at dcimo, e os demais, emalgarismos. Exceo para as secretarias e vice-presidncias da Mesado Senado e da Cmara e os respectivos cargos (1 Secretaria, 2vice-presidente), artigos e pargrafos de leis e eventos histricos(2 Guerra Mundial), culturais, esportivos etc., que sero sempreem algarismos.Horas do dia, sempre com algarismos e a abreviatura h: Chegous 9h30 e saiu s 10h. Quando a indicao for aproximada, es-creve-se por extenso: Chegou por volta das 6 horas. Para horasque indicam decurso de tempo, vale a norma geral dos numerais:Esperou durante trs horas.Datas sero escritas por extenso nas matrias (25 de abril de 1999).Nas situaes em que forem grafadas com algarismos, como naagenda, dia, ms e ano sero separados por barras e no por pon-tos (5/9/89).Escrevem-se por extenso os nmeros que fazem parte de nomes deavenidas, ruas, praas etc. (Praa Onze, Rua Sete de Setembro).Algarismos romanos: para reis, imperadores, papas, incisos de leis,os antigos Exrcitos brasileiros (III Exrcito) e os atuais ComandosAreos Regionais (VII Comar).Sculos sero escritos com algarismos arbicos (sculo 20).

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    Manual de Redao Agncia Senado e Jornal do Senado

    PESOS E MEDIDASPesos e medidas devem ser escritos por extenso, a no ser emtabelas e grficos (quilos, metros, hectares, acres etc.). Excees:abrevia-se quilmetro quando em referncia a um ponto determi-nado de uma rodovia (Os grevistas bloquearam o trfego no Km345 da BR-103) e peso e altura de pessoas (90kg; 1,80m).

    SIGLASNa primeira vez que aparece no texto, o nome da instituio ouempresa deve ser escrito por extenso, seguido da sigla pela qual conhecida, que deve vir entre parnteses. Nas siglas que formampalavras e tm mais de trs letras, apenas a inicial maiscula:Funai, Ibope, Unesco. Nas demais, todas as letras so maisculas:BNDES, INSS.O plural das siglas em maisculas ser feito acrescentando-se sminsculo. Ex.: CPIs.Na identificao de senadores e deputados, em seguida ao nome,usar entre parnteses a sigla partidria ligada por hfen sigla doestado quando da primeira vez em que forem citados: UlyssesGuimares (PMDB-SP). Para o presidente do Senado e membrosda Mesa, usam-se as siglas apenas quando esto atuando na con-dio de senador, ou seja, apresentando projeto ou fazendo dis-curso.

  • EDIO

    Editar o noticirio j significou simplesmente juntar um certo nmerode matrias de forma precria, at mesmo pela ordem de chegada redao, e entreg-las ao tipgrafo, para que as dispusesse nas pgi-nas do jornal da forma que o espao permitisse.

    A tipografia ficou para trs, e hoje os jornais so informatizados, anotcia tornada disponvel na Internet exige edio adequada editar tor-nou-se uma tarefa muito mais complexa. Cada matria precisa ser tratadacom cuidado, cada pgina deve formar um conjunto que estimule a leiturae, ao final, encaminhe o leitor para as pginas seguintes seja no jornalimpresso, seja no noticirio eletrnico.

    Para tanto, necessrio que o processo de preparo do material e suacolocao nas pginas para apresentao ao leitor chamado, generica-mente, de edio comece na verdade muito mais cedo, no momento emque o reprter apura os fatos e passa a escrever seu texto. Redigir um textode forma atraente e com preciso muito mais simples do que refazer umtexto mal elaborado para torn-lo agradvel, ou tentar corrigir erros na horade fechar a pgina.

    Portanto, este captulo assim como todo o manual deve ser lidopor toda a equipe, pois vrias normas de edio devem ser seguidas tam-bm pelos reprteres.

    Em virtude da distribuio do trabalho entre a Agncia Senado e oJornal do Senado, o processo de edio propriamente dito passa por duasfases: no mbito da Agncia, entre a redao da matria pelo reprter e acolocao do texto na Internet; e posteriormente no Jornal, aps a liberaoda notcia pelos editores da Agncia. Da a diviso deste captulo de edioem duas etapas bsicas.

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    Manual de Redao Agncia Senado e Jornal do Senado

    AGNCIA

    O processo de edio da Agncia Senado passa por duas fases: a revi-so cuidadosa feita pelo reprter no seu prprio texto e o exame rigorosoexecutado por um dos editores. O reprter deve esquecer que algum estarencarregado da leitura da matria e escrever como se o texto tivesse de serentregue diretamente nas mos do leitor. Ao profissional de cada etapa cabepoupar trabalho equipe seguinte, reduzindo a possibilidade de erros.

    @ O smbolo caracteriza a matria j em fase de edio. O primeiropasso do editor da Agncia ao iniciar a reviso de um texto deveser salv-lo, ainda no diretrio prontas, com novo nome: o smbo-lo @ precedendo o nome original. Ex.: @1ab0204. Ao tomar essecuidado, o editor preservar o texto original do reprter e poderfazer as alteraes necessrias no novo texto.

    Adequao obrigao do reprter adequar seu texto s peculiari-dades do veculo para o qual escreve (leia o captulo Normas Ge-rais, na pgina 31), mas cabe ao editor supervisionar esse procedi-mento. Devem ser observados aspectos de contedo e de proces-so legislativo, assim como coerncia, fluncia do texto, clareza eobjetividade, alm da ortografia e da sintaxe. O editor deve enxu-gar o texto, se conveniente, eliminando adjetivos, pronomes eartigos desnecessrios.

    Corretor ortogrfico O recurso do corretor deve ser usado semprepelo reprter e, principalmente, pelo editor, pois resulta em signi-ficativa reduo no tempo e no desgaste de quem revisa a matria.Esse comando est no menu do software Word (ferramentas/orto-grafia e gramtica).

    Edio por assunto A equipe de editores deve organizar seu traba-lho por temas, sempre que possvel e sem atrasar a liberao dasmatrias para a home page da Agncia. O ideal que o mesmoeditor revise todos os textos de uma determinada cobertura, evi-tando, assim, repeties, redundncias ou contradies. Cada tex-to deve ser compreensvel, sem que seja necessria a leitura detodo o material para situar o fato, mas no preciso um histricoem cada matria. Ao definir a ordem de correo dos textos, oeditor deve optar pelo critrio de ordem por importncia dos as-suntos cobertos e, no caso de uma cobertura com vrias matrias,comear pela principal.

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    Manual de Redao Agncia Senado e Jornal do Senado

    Editor O reprter ser sempre orientado para procurar apresentarum texto final. Esse resultado pode, entretanto, no ser satisfatrio.Nesse caso, o editor tem autoridade para procurar o autor do textoe pedir esclarecimentos ou solicitar que a matria seja modificada.Em ltima hiptese, o editor deve reescrever o texto sempre quefor necessrio.

    Espao Assim como o reprter, o editor deve examinar o texto paraeliminar todos os espaos extras entre palavras, facilitando o tra-balho dos diagramadores. muito mais simples e rpido fazer essacorreo no Word (selecionando na barra de ferramentas doprograma, todos os espaos sero ocupados por pontos) do queno software de diagramao. (Ver Pargrafo neste captulo.)

    Home Page do Senado http://www.senado.gov.br endereo deconsulta mandatria para o reprter e o editor da Agncia. O site fonte de informao e pesquisa para o trabalho dirio da reporta-gem e da edio. Alm das matrias do dia e da cobertura emtempo real, pginas como Senadores na Mdia e Dirio do Senado(em Processo Legislativo) so recursos ao alcance do profissionalda Agncia para tirar dvidas e aperfeioar seu trabalho. Cada se-nador possui sua pgina, onde so disponibilizados discursos, pro-jetos e pareceres.

    Internet A rede mundial de computadores fonte inestimvel deinformao, mas deve ser consultada com cautela, sempre em sitesoficiais e idneos. Visita diria s principais agncias privadas denotcias parte da rotina do reprter e do editor bem informados,mas deve ser feita com reservas, tendo em vista que nem toda in-formao ali veiculada est confirmada. (Ver Pesquisa, Referncia,Home Page do Senado, neste captulo, e o anexo Endereos inte-ressantes na Internet.)

    Itlico Esse recurso deve ser utilizado de acordo com o captuloConvenes.

    Modelo padro O reprter deve redigir sua matria no modelo pa-dro de documento que consta no software de texto instalado emtodos os computadores da redao. Tamanho, tipo de fonte e con-figuraes no devem ser alterados. (Ver Pargrafo e Ttulo.)

    Negrito O negrito deve ser usado nos casos previstos no captuloConvenes.

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    Manual de Redao Agncia Senado e Jornal do Senado

    Nomear matria As matrias produzidas para a Agncia devem sernomeadas da seguinte forma: nmero de ordem da matria produ-zida pelo reprter no dia/duas letras que identificam o autor/ms edia, ambos com dois dgitos. Ex.: 1bc0415 (matria nmero 1 doreprter bc, no dia 15 de abril).

    Nomear tempo real As matrias produzidas para o Tempo Real daAgncia devem ser nomeadas da seguinte forma: tem/dia do ms/nmero de ordem da matria. Ex.: tem1742 (matria nmero 42do dia 17).

    Pargrafo Os pargrafos esto determinados no modelo padro daAgncia, bastando pressionar enter no teclado do computador.Nunca deve ser usado o recurso do espao a partir da margempara chegar na marcao de pargrafo, j que isso desconfigura otexto para seu transporte ao software de diagramaco e resulta emtempo perdido e trabalho desnecessrio para os editores do Jor-nal. (Ver Modelo padro e Espao.)

    Pesquisa O reprter e o editor devem usar os recursos de pesquisadisponveis Agncia. O banco de dados informatizado de mat-rias da Agncia deve ser consultado sempre que necessrio. Oarquivo agncia/mate, no diretrio U, tambm contm todos ostextos consolidados produzidos pela Agncia desde 1995. (VerReferncia.)

    Relatrio O mapa dirio de matrias da Agncia disponvel napasta prontas , elaborado pela equipe de produo com base nasmatrias j pautadas, instrumento til de trabalho dos editoresda Agncia e do Jornal do Senado. A consulta ao relatrio facilitaaos editores a diviso do trabalho de reviso dos textos por assun-to. (Ver Edio por assunto.)

    Referncia A Agncia possui um acervo de livros de referncia, taiscomo dicionrios enciclopdicos, da lngua portuguesa, de regimede verbos e de substantivos, de economia, de ingls e de espanhol.A rede de computadores do Senado tambm dispe de dicionrio,e outras publicaes de referncia podem e devem ser consulta-das. No anexo Endereos Interessantes na Internet esto listadosendereos teis para essas pesquisas.

    Ttulo Os ttulos das matrias para a Agncia so propostos pelosreprteres, mas devem ser adequados, enxugados, melhorados peloeditor. (Ver Ttulo tambm na parte referente edio do Jornal.)

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    Manual de Redao Agncia Senado e Jornal do Senado

    Travesso No usar hfen no lugar do travesso nas citaes detalheaparentemente insignificante que pode tomar muito tempo dosdiagramadores do Jornal. Se o texto for digitado normalmente, comapenas um espao entre as palavras, o Word transforma o sinal dehfen em travesso automaticamente. O caracter correto pode ser tam-bm obtido no teclado numrico (alt 0150) que deve ser ativado natecla num lock ou no menu inserir/smbolo fonte texto normal/selecionar o smbolo para travesso/inserir. (Ver Espao e Pargrafo.)

    JORNAL

    Escolher os assuntos, avaliar sua importncia, organizar as matriaspor pgina e as pginas dentro de uma seqncia harmoniosa so algumasdas etapas do processo de edio de um jornal. Mas o editor precisa fazermais: deve utilizar recursos grficos (fotos, ilustraes, infogrficos), decidirsobre a convenincia de usar textos de apoio, verificar se a pgina elabora-da pelo diagramador corresponde idia de edio, reler os textos, fazerttulos, sutis, legendas.

    Considerando o volume de trabalho e a premncia de tempo, no Jor-nal do Senado essas tarefas so divididas entre um editor-chefe e os editoresde pginas. Todas envolvem algumas decises subjetivas, mas h tambmcritrios claros, que refletem uma proposta editorial definida, e que soexplicitados a seguir.

    NORMAS GERAIS

    As informaes com prioridade na edio do Jornal do Senado obe-decem a orientao definida pela Mesa do Senado. So consideradasprioritrias as decises de Plenrio e as de comisses; em seguida, os dis-cursos pronunciados em Plenrio. Mas essa regra no absoluta, pois hcasos em que um debate importante ocorrido em Plenrio, por exemplo,pode merecer o alto de pgina, em lugar da deciso sobre projeto de menordestaque. Uma entrevista do presidente pode ser a manchete do jornal emdetrimento de uma deciso plenria de menor alcance. Critrio jornalsticoe bom senso devem prevalecer.

    O Jornal do Senado segue uma hierarquia de temas: assuntos de re-percusso nacional tm prioridade sobre os regionais e os locais. O editordeve, no entanto, observar que existem temas aparentemente regionais, comoos da Amaznia, por exemplo, que assumem, com freqncia, importncianacional.

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    Os editores devem estar atentos para a hierarquia interna da edio.Em geral, o assunto mais importante, conseqentemente manchete do jor-nal, deve estar no lugar de maior destaque o alto de uma pgina mpar (depreferncia a 3), ou as pginas centrais, quando se tratar de material maisamplo. Se na elaborao da primeira pgina, entretanto, um tema no muitovalorizado internamente ganha relevo, aconselhvel reformular a pginainterna, para garantir coerncia.

    A publicao de matrias sobre discursos pelo Jornal do Senado tam-bm segue critrio definido pela Mesa. A cada edio, devem constar mat-rias sobre todos os discursos efetivamente proferidos pelos senadores nasesso da vspera. J os pronunciamentos por eles encaminhados direta-mente para publicao no Dirio do Senado dependem de disponibilidadede espao no Jornal e sero divulgados seguindo, sempre que possvel, aordem de apresentao Mesa.

    Da mesma maneira, em cada edio, todos os projetos apresentadosna vspera deveriam receber referncia e divulgao. Na prtica, porm, oespao disponvel nem sempre suficiente. Diante das prioridades anterior-mente estabelecidas, e devido ao fato de que os projetos no perdem atua-lidade, esses podem ser publicados quando houver espao no Jornal.

    A Presidncia do Senado tem carter de representao da instituio epeso poltico expressivo, independentemente do senador que a ocupe. As-sim, suas atividades devem receber cobertura de destaque da Agncia e doJornal do Senado.

    NORMAS ESPECFICAS

    Boxe Deve aparecer claramente associado a outro texto, tanto peloassunto como pela diagramao. O boxe deve estar em destaque,usando as opes do projeto grfico. No se deve usar esse jargojornalstico para remeter o leitor a uma tabela ou quadro editadona mesma publicao.

    Projeto grfico Sem prejuzo de sua criatividade, o editor levar emconta a existncia de um projeto grfico do Jornal, que deve serrespeitado. Cada edio pode e deve apresentar inovaes, mas necessrio manter a mesma identidade, ou seja, as caractersticasgrficas todos os dias.

    Ttulo Um ttulo bem feito estimula o leitor a interessar-se pelo tex-to. Um bom ttulo deve resumir com clareza a principal informa-

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    Manual de Redao Agncia Senado e Jornal do Senado

    o da matria (que normalmente estar no lead), evitando termosque impliquem opinio sobre o contedo. Precisa estar harmoni-zado com o suti, a legenda da foto, o olho do texto, sem repetirinformaes. Sempre que possvel, o ttulo deve ter verbo conjuga-do no presente do indicativo e ser formado apenas pelas palavrasindispensveis. Deve-se evitar o uso do pretrito e negativas. prefervel Senado aprova o fim da CPMF a Senado aprovou ofim da cobrana da CPMF e Senado contra CPMF a Senadono quer CPMF. preciso muito cuidado com o uso de verbosem conjugao composta em ttulos, o que pode facilmente levar aerro: Governo prev investir R$ 30 bilhes na educao. A con-jugao composta feita apenas com os verbos auxiliares ser,estar, ter, haver, ir, vir, querer. Alternativas corretas seriam: Go-verno prev investimento de R$ 30 bilhes na educao ou Go-verno quer investir R$ 30 bilhes na educao (em que investirR$ 30 bilhes na educao tem funo sinttica de objeto direto).

    Fotos Embora a cobertura do Jornal do Senado esteja limitada quaseque exclusivamente s atividades do Plenrio e das comisses, osfotgrafos devem procurar diversificar os ngulos de tomada dasfotos e evitar a incidncia do microfone nas fotos individuais. Osfotgrafos devem trabalhar em integrao com os reprteres e pro-curar previamente informaes sobre a pauta. Todos os senadoresque participarem dos debates em Plenrio devem ser fotografados.O Jornal do Senado no publica fotos que exponham ao ridculopessoa ou instituio, explorem defeito fsico ou distoram carac-tersticas pessoais.

    Identificao das fotos obrigao do fotgrafo identificar compreciso todas as fotos do dia. No basta escrever, por exemplo,reunio da Comisso de Assuntos Sociais para identificar a mesada comisso. Personalidades de fora do Senado devem seridentificadas nas fotos na ordem adequada (da esquerda para adireita) e o fotgrafo deve se certificar da grafia correta de seusnomes.

    Ilustraes e infogrficos Ilustraes e infogrficos devem ser usa-dos quando representarem um acrscimo informao contida namatria, como forma de esclarecer o leitor. Como no caso de foto-grafias, o Jornal do Senado no publica ilustraes e infogrficosque exponham ao ridculo pessoa ou instituio, explorem defeitofsico ou distoram caractersticas pessoais.

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    Manual de Redao Agncia Senado e Jornal do Senado

    Matrias em seqncia ou sobre o mesmo tema Quando diversasmatrias tratam do mesmo assunto, cabe edio tornar isso evi-dente ao leitor. A diagramao deve dar a idia de seqncia, ealguns recursos, como retranca ou selo, ttulos secundrios emoutra tipologia, podem reforar essa idia. O editor precisa ter cui-dado especial para que as matrias no repitam informaes des-necessariamente. O partido poltico e o estado que os senadoresrepresentam devem aparecer apenas na primeira citao. Quandose tratar de uma reunio de comisso ou votao importante emPlenrio, as matrias secundrias devem fazer apenas uma brevereferncia matria principal sobre o tema.

    Primeira pgina No Jornal do Senado, como em qualquer peridi-co, a primeira pgina que chama a ateno do leitor para o con-tedo do jornal, propiciando uma idia da relevncia dos temastratados, antes mesmo da leitura das matrias. Portanto, so reser-vadas para a primeira pgina as melhores fotos e os principais as-suntos. A diagramao precisa valorizar os temas mais importan-tes, evitar a mistura de foto/ilustrao de uma matria com chama-da de outra, garantir um conjunto com boa qualidade visual. Asmanchetes no devem simplesmente repetir os ttulos internos.

    Remisso O melhor reunir todas as matrias sobre um assunto namesma pgina ou em pginas em seqncia, devidamenteidentificadas. Quando isso no for possvel, deve-se adotar a re-misso veja pgina tal.

    Reviso Sempre que os editores e revisores identificarem nas mat-rias informaes que possam gerar dvidas, especialmente cifrasou declaraes textuais, devem proceder verificao o mais rpi-do possvel, recorrendo ao reprter, s notas taquigrficas ou aodocumento de onde foram extradas, para correo imediata quandofor o caso. Isso reduzir a possibilidade de erro, j que na fase finalde fechamento mais difcil a verificao dos dados.

    NORMAS OPERACIONAIS

    Fluxo/fechamento Como qualquer publicao, o Jornal do Senadotem um horrio-limite para impresso que deve ser respeitado. Issoexige um fluxo adequado de edio, e cada participante do pro-cesso deve estar consciente de que, se a execuo de sua tarefa

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    atrasar, todas as etapas seguintes estaro comprometidas. Estar in-formado dos horrios de fechamento e fazer o possvel para respeit-los obrigao de cada participante do processo de edio.

    Reviso final/autorizao de envio para a grfica A autorizaopara transmisso do jornal grfica dada pelo editor-chefe diagramao e corresponde ao encerramento do trabalho de edi-o. Deve ser precedida, sempre, de reviso final das pginas, comchecagem de ttulos, legendas, fotos, ilustraes e infogrficos.

  • PROCESSO LEGISLATIVO

    Oconhecimento do processo legislativo requisito essencial co-bertura dos trabalhos parlamentares. Alm de ter um bom texto, oreprter que cobre o Congresso precisa estar bem familiarizadocom os principais aspectos desse processo, que tem incio com a apresenta-o da matria e leitura no Plenrio, e conclui com a sua transformao emlei, rejeio ou prejudicialidade.

    Disposto em 11 artigos da Constituio (arts. 59 a 69), e disciplinadopelos Regimentos Internos do Senado e da Cmara dos Deputados e peloRegimento Comum, bem como pela Lei Complementar n 95/99 e resolu-es esparsas, o processo legislativo compreende a elaborao de emendasconstitucionais, leis complementares e ordinrias, leis delegadas, medidasprovisrias, decretos legislativos e resolues.

    Alm dos deputados e senadores, e do presidente da Repblica, tam-bm assegurada s assemblias legislativas a competncia para proporemendas Constituio. Tratando-se de emenda de origem parlamentar,esta deve ser subscrita por no mnimo um tero dos membros da Casa emque ser apresentada. A partir da Constituio de 1988, a proposta de emenda,que antes era discutida e votada em sesso conjunta do Congresso, passoua ser apreciada, separadamente, em cada Casa. Sua promulgao feitapelas Mesas da Cmara dos Deputados e do Senado.

    Quanto s leis complementares e ordinrias, a quase totalidade tam-bm resultante de iniciativa do presidente da Repblica e dos senadores edeputados federais. Em alguns casos, a iniciativa para propor leis se estendeao Supremo Tribunal Federal, aos tribunais superiores, ao procurador-geral daRepblica, s assemblias legislativas e aos cidados (nessa hiptese, chama-da de iniciativa popular). Tambm podem propor essas normas legislativas ascomisses do Senado e da Cmara, alm das comisses mistas.

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    As leis delegadas so elaboradas pelo presidente da Repblica, pordelegao expressa do Congresso Nacional, mas dispensam a sua aprova-o pelos congressistas.

    Tambm editadas pelos chefes do governo em caso de relevncia eurgncia , as medidas provisrias so submetidas imediatamente ao examedo Legislativo. A sua vigncia de 60 dias, prorrogvel por igual perodo. Seaprovada, a MP torna-se norma permanente. Caso contrrio, perde eficciadesde a edio. A Emenda Constitucional 32, de 11/9/2001, restringiu o usode medidas provisrias, impedindo que sejam reeditadas na mesma sessolegislativa.

    Os decretos legislativos tratam de matrias de competncia exclusivado Congresso Nacional, enquanto as resolues se referem a assuntos decompetncia privativa de cada uma das Casas do Legislativo. A matria deatribuio privativa do Senado nunca submetida apreciao da Cmarados Deputados, ocorrendo o mesmo em relao a matria de competnciaprivativa dos deputados. H tambm resolues do Congresso reunido emsesso conjunta, promovendo alterao do Regimento Comum.

    Delegaes legislativas, vetos e proposies oramentrias, bem comoprojetos de resoluo que visem alterar o Regimento Comum so discutidose votados em sesso conjunta do Congresso.

    A Constituio de 1988 e as alteraes introduzidas no RegimentoInterno imprimiram celeridade ao processo legislativo no Senado. A princi-pal inovao foi a faculdade atribuda s comisses para aprovar projeto emcarter terminativo. Uma importante mudana regimental foi a reduo donmero de comisses e a simplificao do itinerrio da tramitao, j que,antes, todos os projetos tinham de passar pela ento Comisso de Constitui-o e Justia.

    O presente captulo visa oferecer aos reprteres e editores da Agnciae do Jornal um roteiro prtico e de fcil consulta sobre os principais pontosdo processo legislativo. Quando no feita referncia expressa Cmarados Deputados, os verbetes se relacionam ao processo legislativo no Sena-do. O jornalista far melhor uso deste roteiro se, ao consult-lo, tiver sem-pre mo a Constituio e o Regimento Interno.

    Adiamento de discusso A discusso de uma proposio pode seradiada para atender a uma das seguintes finalidades: audincia decomisso que no tenha se manifestado sobre a matria; reexameda mesma pela comisso ou comisses; realizao da discusso

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    em dia determinado; preenchimento de formalidade essencial ou,ainda, diligncia considerada imprescindvel ao seu exame. Quemdecide sobre o adiamento da discusso o Plenrio, a requeri-mento de qualquer senador ou comisso. Projetos em regime deurgncia no podem ter a discusso adiada, salvo os que tramitemem regime de urgncia nos termos do art. 336, III, que somentepodem ser adiados para realizao de diligncia, e mesmo assimpor no mximo quatro sesses (RI, arts. 279 e segs. e art. 349). (VerAdiamento de votao.)

    Adiamento de votao Segue os mesmos critrios adotados paraadiamento de discusso (RI, art. 315).

    Aparte O aparte depende sempre de permisso do orador e nodeve ultrapassar dois minutos. A negativa de um aparte a um sena-dor se estende aos demais. No se pode dirigir aparte ao presiden-te da sesso; a parecer oral; a encaminhamento de votao, excetoquando se trata de manifestao de pesar ou voto de aplauso; asenador que use da palavra para uma explicao pessoal; e a ques-to de ordem ou sua contestao (RI, art. 14, X).

    Apresentao de proposio O projeto apresentado em Plenrio,e no em comisso (RI, art. 235, III). (Ver Tramitao.)

    Audincia pblica As comisses da Casa promovem audincia p-blica com a participao de autoridades, especialistas ou entida-des da sociedade civil para instruir matria que se encontre sobseu exame, bem como discutir assunto de interesse pblico rele-vante (CF, art. 58, II; RI, arts. 90, II, e 93 a 95).

    Autgrafo o documento oficial com o texto da norma aprovadaem definitivo por uma das Casas do Legislativo ou em sesso con-junta do Congresso, e que enviado sano, promulgao ou outra Casa (RI, arts. 325, II, c; e 328 a 331).

    Avulsos Chamam-se avulsos os impressos de projetos, pareceres eoutros documentos relacionados ao processo legislativo. Uma pro-posio, aps sua apresentao ao Senado, publicada em avulsopara distribuio aos senadores. Encerrado o exame da matriapela comisso, so publicados em avulso os pareceres proferidos,incluindo texto de emendas, votos em separado, informaes pres-tadas por rgos consultados, entre outros documentos.

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    Nos dias em que h sesso deliberativa ordinria, so distribudosavulsos da sesso, contendo as matrias da ordem do dia; projetos emfase de recebimento de emenda; projetos que tramitam em carterterminativo por comisso e que se encontrem em fase de apresenta-o de emendas perante as comisses ou em fase de recurso para seuexame pelo Plenrio; proposies que devero figurar em pauta nastrs sesses deliberativas ordinrias seguintes, bem como a agendamensal das matrias que entraro na pauta (deciso da Presidncia daCasa), as comemoraes e homenagens, o resultado da ordem do diada sesso anterior, os projetos que tramitam em regime de urgnciaconstitucional e seus prazos, as comisses temporrias e sua consti-tuio, a composio do Senado, da Mesa e das comisso permanen-tes, as bancadas partidrias, alm de informaes do Congresso Na-cional (arts. 122, 2, 137, 170, 250 e 281). (Ver Ordem do dia.)

    Bloco parlamentar Os partidos com representao na Casa podemconstituir um bloco parlamentar, desde que abranja no mnimoum dcimo da composio da Casa. A bancada do bloco coman-dada por um lder. Com a formao do bloco, os lderes dos res-pectivos partidos perdem suas atribuies e prerrogativas regimen-tais, mas assumem preferencialmente as funes de vice-lder dobloco (RI, art. 61). (Ver Lder.)

    Casa Revisora O Senado ou a Cmara funcionam como Casa Revisoraao apreciar projeto de lei oriundo da outra Casa, e por ela, claro,j aprovado. No desempenho dessa funo, os senadores e os de-putados podem fazer mudanas de mrito no texto da matria,caso em que o projeto retorna outra Casa, para exame das altera-es introduzidas.A matria aprovada sem modificaes no mrito, ou com modifi-caes apenas redacionais, pela Casa Revisora enviada sanopresidencial ou promulgao. Sendo rejeitada, vai ao arquivo(CF, art. 65). (Ver Emenda constitucional.)

    Comisso Diretora Formada pelos membros da Mesa, cabe Comis-so Diretora, entre outras atribuies, fazer a redao final dos proje-tos de iniciativa da Casa e das emendas e projetos da Cmara aprova-dos pelo Plenrio; exercer a administrao interna do Senado; apre-sentar projeto de resoluo sobre organizao e funcionamento daCasa. Membro da Comisso Diretora no pode integrar comissopermanente (RI, arts. 77 e 97 e segs.). (Ver Mesa do Senado.)

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    Comisso do Mercosul Compete Representao Brasileira na Co-misso Parlamentar Conjunta do Mercosul, integrada por oito sena-dores e oito deputados federais, emitir relatrio sobre todas a mat-rias de interesse do Mercado Comum do Cone Sul submetidas aoCongresso Nacional, bem como sobre informaes enviadas ao Le-gislativo pelo governo federal, e apresentar proposies que devamconstituir recomendaes ao conselho do bloco comercial.As matrias so examinadas preliminarmente por essa representa-o, sem prejuzo do exame das comisses competentes da Cma-ra e do Senado (Res. n 1/96-CN).

    Comisso Mista de Planos, Oramentos Pblicos e Fiscalizao Compete a essa comisso mista permanente do Congresso Nacio-nal examinar e emitir parecer sobre o Plano Plurianual, as diretri-zes oramentrias, o oramento anual e demais matrias oramen-trias, bem como sobre as contas apresentadas anualmente pelopresidente da Repblica. Esse rgo tem tambm a incumbnciade analisar os planos e programas nacionais, regionais e setoriais efazer o acompanhamento e a fiscalizao oramentria.A comisso compe-se de 84 membros, sendo 63 deputados e 21senadores, alm de 28 suplentes 21 deputados e sete senadores.A sua direo constituda por um presidente e trs vice-presiden-tes. Na segunda quinzena de fevereiro, a Mesa do Congresso fixaas representaes dos partidos ou blocos parlamentares na comis-so, observando o princpio da proporcionalidade partidria. Porsua vez, os lderes indicam ao presidente do Senado, no incio demaro, os nomes dos representantes das bancadas na comisso.As funes de direo da comisso, de relator-geral do oramentoanual e de relator das diretrizes oramentrias so exercidas,alternadamente, por senadores e deputados. No mbito da Comis-so Mista de Oramento funcionam subcomisses temticas per-manentes, que tm a incumbncia de examinar relatrios setoriais,prioridades e metas da Lei de Diretrizes Oramentrias. (Ver Leide Diretrizes Oramentrias e Lei Oramentria Anual.)

    Comisso parlamentar de inqurito (CPI) Com poderes de investiga-o prprios dos magistrados, a comisso parlamentar de inquritotem a finalidade de apurar fato determinado e por prazo certo.A CPI pode ser criada no mbito de cada uma das Casas, por re-querimento de um tero dos respectivos parlamentares, ou do

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    Congresso Nacional, por requerimento de um tero dos senadorese um tero dos deputados.O requerimento deve indicar o fato a ser apurado, o nmero demembros titulares, o prazo de funcionamento da comisso e o li-mite das suas despesas. No desempenho de suas atribuies, aCPI pode convocar pessoas a prestarem depoimentos, ouvir teste-munhas, requisitar documentos e determinar diligncias, alm deoutras medidas.Ao final dos trabalhos, a comisso envia Mesa, para conheci-mento do Plenrio, relatrio e concluses. O relatrio poder con-cluir pela apresentao de projeto de lei e, se for o caso, suas con-cluses sero remetidas ao Ministrio Pblico, para que promovaa responsabilizao civil e criminal dos infratores (CF, art. 58, 3;RI, arts. 145 e segs.; Lei n 1.579/52).

    Comisso Representativa Funciona nos perodos de recesso parla-mentar, mesmo havendo convocao extraordinria. Cabe Co-misso Representativa, composta por sete senadores e 16 deputa-dos, e igual nmero de suplentes, zelar pelas prerrogativas do Con-gresso Nacional, das duas Casas e dos parlamentares, bem comopela preservao da competncia legislativa do Parlamento.A Comisso Representativa tem uma srie de atribuies legislativas,como deliberar sobre sustao de atos normativos do Executivo; pro-jeto de lei relativo a crditos adicionais, desde que a Comisso Mistade Oramento tenha emitido parecer sobre eles; projetos que visemprorrogar prazo de lei ou tratem de atos internacionais, quando oprazo da lei ou a data limite para o Brasil se manifestar sobre o acordoocorram durante o perodo de recesso ou nos dez dias subseqentesa seu trmino, e autorizao para o presidente da Repblica e/ou ovice-presidente se afastarem do pas por mais de 15 dias.Essa comisso mista pode ainda convocar ministros de Estado e en-caminhar a autoridades requerimentos de informaes. As reuniesdo colegiado so convocadas pelo seu presidente e as deliberaes,tomadas por maioria simples (CF, art. 58, 4; Res. n 3/90-CN).

    Comisses Compete s comisses, entre outras atribuies, emitirparecer sobre as proposies submetidas ao seu exame; discutir evotar projetos de lei ordinria de autoria de senador, ressalvadoprojeto de cdigo; realizar audincias pblicas (ver verbete res-pectivo); convocar ministros de Estado ou titulares de rgos dire-

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    tamente subordinados ao presidente da Repblica para tratar deassuntos ligados s suas atribuies; convidar autoridades, repre-sentantes da sociedade civil e qualquer pessoa para prestar infor-mao ou manifestar opinio sobre assunto em discusso no r-go; solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidado.Cabe ainda s comisses propor sustao de atos normativos dogoverno que exorbitem de suas funes; fazer o acompanhamen-to, a fiscalizao e o controle de polticas governamentais no m-bito de sua competncia; promover diligncias; e receber reclama-es de cidados contra atos ou omisses de autoridades e rgospblicos (CF, art. 58; RI, arts. 71 a 152, 397, 1, 400 e 401).

    Comisses mistas Alm das matrias destinadas apreciao emsesso conjunta do Congresso Nacional, tambm compete s co-misses mistas emitir parecer sobre proposies cuja votao feita separadamente pela Cmara e pelo Senado. Trata-se das me-didas provisrias e dos projetos relacionados ao Mercosul. Ascomisses mistas podem ser permanente, como a de Oramentoe a do Mercosul, ou especial, criada para examinar matria espe-cfica medida provisria, veto e reforma do Regimento Comum.As MPs que dispem sobre abertura de crdito oramentrio soexaminadas pela Comisso Mista de Oramento. (RC, arts. 9/21, Res. n 1/02-CN). (Ver Comisses do Mercosul, ComissoMista de Oramento, Comisso parlamentar de inqurito e Con-gresso Nacional).

    Comisses permanentes Tm suas atribuies definidas no Regi-mento Interno. A composio delas se renova a cada dois anos, noincio da primeira e da terceira sesses legislativas.A Comisso Diretora constituda pelos membros da Mesa, en-quanto as demais comisses, em nmero de sete, tm seus inte-grantes designados pelo presidente da Casa, por indicao dos l-deres partidrios, observando-se a participao proporcional dasrespectivas bancadas.Os membros da Comisso Diretora no podem fazer parte de co-misso permanente. Na reunio de instalao da comisso perma-nente so eleitos o presidente e o vice-presidente. Na ausncia dopresidente e do vice, a comisso presidida pelo titular mais idoso.Ressalvada a Comisso Diretora, as comisses permanentes podemcriar, no mbito de suas competncias, e por indicao de qualquer

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    de seus membros, subcomisses permanentes e temporrias.Comisses permanentes do Senado e nmero de membros (excetoComisso Diretora): Comisso de Assuntos Econmicos (CAE) 27 Comisso de Assuntos Sociais (CAS) 29 Comisso de Constituio, Justia e Cidadania (CCJ) 23 Comisso de Educao (CE) 27 Comisso de Fiscalizao e Controle (CFC) 17 Comisso de Relaes Exteriores e Defesa Nacional (CRE) 19 Comisso de Servios de Infra-Estrutura (CI) 23

    (CF, art. 58; RI, arts. 71 e segs.) (Ver Comisses e ComissoDiretora.)

    Comisses temporrias Podem ser internas, externas e parlamentaresde inqurito. As internas so criadas para finalidade especfica. Algu-mas so criadas por deliberao do Plenrio, mediante requerimentode qualquer senador para, por exemplo, examinar assuntos de inte-resse da Casa; outras so regimentalmente previstas, como a comis-so destinada a analisar e emitir parecer sobre projetos de cdigo.A comisso interna incumbida de examinar projeto de cdigo de-signada na mesma sesso em que for lida a proposio. Ela se com-pe de 11 membros, os quais elegem, na reunio de instalao, opresidente e o vice-presidente, sendo em seguida designados umrelator e relatores parciais. O estudo do projeto de cdigo cabe to-somente comisso especial, dispensando a apreciao de qual-quer comisso permanente. A comisso de projeto de cdigo tam-bm responsvel pela elaborao da redao final da matria apro-vada com ou sem emenda pelo Plenrio, por maioria simples.As comisses temporrias externas, tambm criadas por decisodo Plenrio, se destinam a representar a Casa em congressos eoutros atos pblicos. criada mediante requerimento de qualquersenador ou comisso, ou por proposta do presidente do Senado.Quanto s comisses parlamentares de inqurito, veja respectivoverbete (RI, arts. 74 a 76 e 374). (Ver Comisses.)

    Comparecimento de ministro Alm de ser obrigado a atender aconvocao, o ministro de Estado pode comparecer espontanea-mente ao Plenrio ou a qualquer comisso, mediante entendimen-

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    to com a Mesa, para falar sobre assunto relevante da rea de suapasta (CF, art. 50, 1; RI, arts. 397 e segs.).

    Competncia exclusiva do Congresso As matrias de competnciaexclusiva do Congresso Nacional so adotadas por meio de decre-to legislativo, cujo exame feito separadamente pelas duas Casas.As mais freqentes se relacionam a atos internacionais; concessode emissoras de rdio e televiso; e julgamento anual das contasdo presidente da Repblica. Tambm se inclui entre as atribuiesexclusivas do Congresso a escolha de dois teros dos membros doTribunal de Contas da Unio (CF, art. 49).

    Competncia privativa da Cmara dos Deputados Em nmero bemmenor que as do Senado, so as seguintes as atribuies privativasda Cmara: autorizar a abertura de processo contra o presidente eo vice-presidente da Repblica e ministros de Estado; proceder tomada de contas do chefe do governo, no caso de essas no se-rem encaminhadas ao Congresso at 60 dias aps o incio da ses-so legislativa ordinria; elaborar o seu regimento interno e disporsobre sua organizao e funcionamento; eleger membros do Con-selho da Repblica (CF, art. 51).

    Competncia privativa do Senado Alm das competncias comunss duas Casas do Legislativo, o Senado tem competncias especfi-cas, adotadas mediante resoluo, salvo no caso da aprovao deautoridades, que feita por meio de parecer. A tramitao das ma-trias de competncia privativa do Senado comea e se exaure naprpria Casa. As matrias dessa natureza, portanto, no so leva-das apreciao da Cmara nem podem ser objeto de delegao.(A Cmara detm, da mesma forma, atribuies privativas.)Compete privativamente ao Senado: processar e julgar, nos crimes de responsabilidade, o presiden-

    te e o vice-presidente da Repblica, os ministros de Estado e oscomandantes das Foras Armadas, nos crimes da mesma natu-reza conexos com aqueles, e ainda os ministros do SupremoTribunal Federal, o procurador-geral da Repblica e o advoga-do-geral da Unio;

    aprovar previamente a indicao de ministros do Supremo Tri-bunal Federal e de tribunais superiores; ministros do Tribunalde Contas da Unio indicados pelo presidente da Repblica;governador de territrio; presidente e diretores do Banco Cen-

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    tral; procurador-geral da Repblica; chefes de misso diplom-tica de carter permanente; advogado-geral e defensor-geral daUnio; membros das agncias reguladoras e titulares de rgosque a lei vier a determinar;

    autorizar operaes de natureza financeira de interesse daUnio, dos estados, do Distrito Federal e dos municpios e dis-por sobre outras questes financeiras dos entes federativos;

    suspender, no todo ou em parte, a execuo de lei declaradainconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal;

    aprovar a exonerao, de ofcio, do procurador-geral da Rep-blica antes do trmino do seu mandato;

    elaborar o seu regimento interno e dispor sobre sua organiza-o e funcionamento;

    eleger membros do Conselho da Repblica (CF, art. 52; RI, arts.377 e segs., e legislao conexa). (Ver Competncia privativada Cmara dos Deputados.)

    Congresso Nacional Instituio responsvel pelo exerccio das atri-buies do Poder Legislativo, o Congresso Nacional funciona pelosistema bicameral, por meio da Cmara dos Deputados e do Sena-do Federal, que constituem dois rgos autnomos, com