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SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA MANUAL DE PROCEDIMENTO PARA ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO POLICIAIS NORMAS ESPECÍFICAS E LEGISLAÇÃO PERTINENTE 2 RESOLUÇÃO Nº 025/02 – SESP Procedimento para Atendimento de Ocorrências envolvendo Policiais Estabelece normas específicas de conduta aos integrantes da Polícia Civil e da Polícia Militar, em ocorrências envolvendo policiais dessas Corporações. O SECRETÁRIO DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA, no uso das atribuições conferidas pelo inciso I, do Parágrafo único do Art. 90, da Constituição Estadual; e

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SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA

MANUAL DE PROCEDIMENTO PARA

ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIAS

ENVOLVENDO POLICIAIS

NORMAS ESPECÍFICAS E

LEGISLAÇÃO PERTINENTE

2

RESOLUÇÃO Nº 025/02 – SESP

Procedimento para Atendimento de Ocorrências

envolvendo Policiais

Estabelece normas específicas de conduta aos integrantes

da Polícia Civil e da Polícia Militar, em ocorrências

envolvendo policiais dessas Corporações.

O SECRETÁRIO DE ESTADO DA SEGURANÇA

PÚBLICA, no uso das atribuições conferidas pelo inciso I, do

Parágrafo único do Art. 90, da Constituição Estadual; e

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CONSIDERANDO:

a) as manifestações do Comandante-Geral da Polícia

Militar do Paraná e do Delegado Geral da Polícia Civil,

constantes respectivamente dos Ofícios nºs 1445/01 e

761/2001;

b) que o egrégio Conselho Superior de Polícia já

havia decidido sobre a matéria em foco, em data de 14

Abr 88, consoante Instrução Normativa nº 01/88, que se

faz necessário atualizá-la, readequá-la e difundi-la;

c) que a Polícia Civil e a Polícia Militar atuam num

mesmo campo de atividade governamental, ou seja, a

preservação da ordem pública, nos termos da Constituição

Federal;

d) que as ações das duas Corporações – Polícia

Civil e Polícia Militar – convergem para um duplo

objetivo: a tranqüilidade pública e a segurança do

cidadão;

4

e) que seus integrantes são agentes públicos

estaduais e nas suas relações recíprocas deve

prevalecer o entendimento e o diálogo, a colaboração

e o respeito mútuo visando o interesse público;

f) que nas horas de tensão e exacerbação dos

ânimos sempre deverá se buscar a tolerância,

traduzida por gestos comedidos e atitudes sensatas;

g) que em todas as intervenções deve-se manter

um clima de profissionalismo entre os servidores das

duas Corporações, integrantes do sistema de

segurança pública,

RESOLVE:

Observância de atitudes em ocorrências envolvendo

Policiais:

Art. 1º - As ocorrências envolvendo integrantes da

Polícia Civil e Militar, deverão ser solucionadas com o

máximo de respeito e serenidade, compreensão e bom senso;

Parágrafo Único – Os responsáveis pelos excessos

cometidos serão responsabilizados, penal e

administrativamente, através do devido processo legal.

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Procedimentos em caso de conflito:

Art. 2º - No caso de desentendimentos entre policiais

militares e policiais civis não solucionados no momento em

que ocorrerem, por qualquer dos policiais ou por ambos

deverá ser solicitada à presença de autoridades superiores

das duas Corporações. Em caso de ocorrência em Curitiba,

pela Polícia Civil será acionado o Delegado de Plantão do

COPE (Centro de Operações Policiais Especiais), pela

Polícia Militar, o oficial operacional da Unidade de área,

com prévia comunicação ao COPOM (Centro de Operações

Policiais Militares) ou CINE (Central Integrada de

Emergência). No Interior e Região Metropolitana de

Curitiba, o Delegado de Polícia da Cidade e o Comandante

da tropa ou fração, com área operacional no Município.

Procedimentos em caso de prisão:

Art. 3º - Nas ocorrências de ilícitos penais que

impliquem em prisão em flagrante de integrantes da Polícia

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Militar ou da Polícia Civil, ativos e inativos, independente de

posto, graduação, cargo ou função, devem ser observados os

seguintes procedimentos:

§ 1º - Evitar constrangimentos agindo-se com absoluta

discrição;

§ 2º - Solicitar o comparecimento ao local da ocorrência, na

Capital, do Oficial responsável, acionado pelo COPOM

(Centro de Operações Policiais Militares), CINE (Central

Integrada de Emergência) e/ou do Delegado do COPE

(Centro de Operações Policiais Especiais); no Interior do

Estado, da autoridade policial local e/ou do comandante

militar, da Corporação a que pertence o policial, para

conduzi-lo até a presença da autoridade policial competente,

visando a lavratura do auto de prisão em flagrante, quando

ela assim entender.

Abordagem e identificação:

Art. 4º - A abordagem que se processa no curso de

ações policiais para verificação de identidade e eventual

busca de materiais em conformidade com as normas legais,

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quando constatada a possibilidade de tratar-se de policial

civil ou militar, haverá, obrigatoriamente a apresentação:

a) Pelo Policial Civil, ativo ou inativo do conjunto

documental composto de carteira de couro (cor bordô

= autoridade; preta = agente ou auxiliar), de

identidade funcional com descrição de cargo,

emblema metálico oficial correspondente à categoria

de Delegado ou carreiras auxiliares, conforme

aprovados pela Lei nº 9534/91 e Decretos nº 6142/74

e 5.865/82.

b) Pelo Policial Militar da ativa ou reserva, de cédula de

identidade funcional, instituída pelo Decreto nº

6.147/74 e Lei federal nº 7.116 de 29/08/89; no caso

de soldado de 2ª classe (recruta) a identificação far-

se-á por cédula provisória.

c) O ato de apresentar e mostrar o conjunto documental

implica em proporcionar um campo amplo e próximo

de visualização, de forma a tornar clara a

identificação sem que o processo se traduza em

transpor de uma para outra pessoa o mencionado

conjunto documental.

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d) Dadas às circunstâncias, poderá ser dispensada a

revista pessoal e se necessário dá-la consecução a

autoridade superior civil ou militar, assegurará e

acompanhará a sua realização ou dirá da

desnecessidade de fazê-la, encaminhando, de

imediato, relatório circunstanciado justificando sua

decisão.

e) A continuidade da posse da arma, complemento de

equipamento legal, ficará a critério da autoridade

superior que se fizer presente; verificando situação de

perigo, esta a recolherá e fará, nas horas

subseqüentes, o seu encaminhamento a autoridade

policial ou ao superior hierárquico do policial

envolvido.

Art. 5º - Em todas as hipóteses haverá pronta e bi-

lateral, irrestrita e necessária colaboração a não prejudicar a

seqüência operacional em curso proporcionando, ao término

da ocorrência, a manutenção de um clima de harmonia e

entendimento de forma objetiva e disciplinada.

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Condução de Policiais:

Art. 6º - A condução de policiais em viaturas

estranhas às suas respectivas corporações somente será

efetuada por solicitação da autoridade policial civil ou oficial

da Polícia Militar a que pertencer o policial, ou se a situação

de perigo recomendar a sua imediata remoção, preservando-

lhe a integridade e sem constrangimento.

Obrigatoriedade de Identificação:

Art. 7º - O integrante da Polícia Militar ou Civil ao

ser abordado no decurso de qualquer ação policial, deverá

identificar-se obrigatoriamente com sua carteira funcional e

na impossibilidade de fazê-lo, com identidade civil,

observadas as formalidades legais.

Busca Domiciliar:

Art. 8º - Sempre que possível, a busca e apreensão

em domicílio, contará com a presença do policial e de seu

superior imediato.

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Deslocamento de Guarnição ou Equipe:

Art. 9º - Além das unidades e pessoal diretamente

empenhados no momento do fato fica proibido o

deslocamento suplementar de guarnição ou equipe para o

local da ocorrência envolvendo policiais das Corporações.

Parágrafo Único. A inobservância do disposto neste

artigo constituirá transgressão disciplinar que será

imediatamente apurada através do devido processo legal.

Exame de Corpo de Delito:

Art. 10º - Se o policial civil ou militar apresentar

lesões, será encaminhado pela autoridade competente a

exame de corpo de delito, no Instituto Médico Legal.

Apresentação em Inquérito:

Art. 11º - Em se tratando de Inquérito Policial, a

Autoridade solicitará, mediante ofício, ao Comandante, a

apresentação do Praça em Delegacia de Polícia, em dia e

Horário determinados, devendo ser claramente explicitado

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em que condições o mesmo será ouvido: indiciado,

testemunha, ou vítima.

Parágrafo único. No caso de Oficiais da Polícia

Militar, a autoridade policial marcará de comum acordo com

o Comandante imediato o dia, horário e local da tomada de

declaração.

Art. 12º - Quando for necessária a oitiva em Inquérito

Policial Militar, os agentes e auxiliares da autoridade

policial, deverão ser apresentados ao Oficial Presidente do

respectivo inquérito, mediante solicitação formal ao superior

hierárquico dos mesmos.

Parágrafo único. Tratando-se de Delegado de Polícia,

o comparecimento é obrigatório observando-se o contido no

parágrafo único Art. 11º desta Resolução.

Art. 13º - Os integrantes da Polícia Civil ou da

Polícia Militar deverão comparecer aos atos relativos aos

procedimentos instaurados quando formalmente convocados

e desde que exista amparo legal, sob pena de responder a

procedimento disciplinar.

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Provocação de Animosidade:

Art. 14º - A provocação de animosidade entre agentes

públicos civis e militares será considerada transgressão

disciplinar, sem prejuízo da sanção penal atinente à espécie.

Comunicação entre as Corporações:

Art. 15º - O Delegado Geral da Polícia Civil e o

Comandante da Polícia Militar no prazo de 10 dias,

informarão, reciprocamente, das providências tomadas nas

respectivas corporações, acerca das ocorrências envolvendo

policiais das suas Instituições.

Parágrafo Único – Idênticas providências serão

adotadas quando da conclusão dos procedimentos nos prazos

estabelecido em lei.

Comunicação ao Secretário e Ouvidor de Polícia:

Art. 16º - Todas as ocorrências de que trata esta

Resolução deverão ser comunicadas pelo Comandante-Geral

da Polícia Militar e o Delegado Geral da Polícia Civil ao

Secretário da Pasta e ao Ouvidor da Polícia do Estado do

Paraná.

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Art. 17º - O Delegado Geral da Polícia Civil e o

Comandante-Geral da Polícia Militar deverão fazer constar,

em currículo de todos os cursos realizados nas respectivas

Corporações, instrução sobre o teor destes procedimentos,

bem como promover a imediata difusão interna desta

resolução e renovando-a periodicamente, se necessário.

Art. 18º - Em ocorrências que envolvam integrantes

da Polícia Civil e Polícia Militar, apenas deverão dar

entrevista, distribuir notas à imprensa ou outras formas de

manifestação pública o Delegado Geral e o Comandante

Geral, seus substitutos legais ou a quem eles indicarem.

Curitiba, 27 de junho de 2002.

José Tavares da Silva Neto

Secretário de Estado da Segurança Pública

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LEGISLAÇÃO PERTINENTE - EM ANEXO

1. CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Artigo 142 – (...)

Inciso I – as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a

elas inerentes, são conferidas pelo Presidente da República e

asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou

reformados, sendo-lhes privativos os títulos e postos

militares e, juntamente com os demais membros, o uso dos

uniformes das Forças Armadas;

Artigo 144 – A segurança pública, dever do estado, direito e

responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da

ordem pública da incolumidade das pessoas e do patrimônio,

através dos seguintes órgãos:

IV – policiais civis;

V – policiais militares e corpos de bombeiros militares;

Parágrafo 4º - Às polícias civis, dirigidas por delegados de

polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da

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União , as funções de polícia judiciária e a apuração de

infrações penais, exceto as militares.

Parágrafo 5º - Às polícias militares cabem a polícia

ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de

bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei,

incumbe a execução de atividades de defesa civil.

2. CONSTITUIÇÃO ESTADUAL

Artigo 46 –A Segurança Pública, dever do Estado, direito e

responsabilidade de todos, é exercida para preservação da

ordem pública e incolumidade das pessoas e do patrimônio

pelos seguintes órgãos:

I – Polícia Civil;

II – Polícia Militar;

Artigo 47 – A Polícia Civil, dirigida por delegado de polícia,

preferencialmente, da classe mais elevada, é instituição

permanente e essencial à função de Segurança Pública, com

incumbência de exercer as funções de polícia judiciária e as

apurações das infrações penais, exceto as militares;

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Artigo 48 – A Polícia Militar, força estadual, instituição

permanente e regular, organizada com base na hierarquia e

disciplina militares, cabe a polícia ostensiva, a preservação

da ordem pública, a execução de atividades de defesa civil,

prevenção e combate a incêndio, buscas, salvamentos e

socorros públicos, o policiamento de trânsito urbano e

rodoviário, de florestas e de mananciais, além de outras

formas e funções definidas em lei.

3. CÓDIGO DE PROCESSO PENAL

Art. 295 – Serão recolhidos a quartéis ou a prisão

especial, à disposição da autoridade competente, quando

sujeitos a prisão antes de condenação definitiva:

V – os oficiais das Forças Armadas e Auxiliares do

Corpo de Bombeiros;

XI – os Delegados de Polícia de Polícia e os guardas

civis dos Estados e Territórios, ativos e inativos.

Art. 296 - Os inferiores e praças de pré, onde for

possível, serão recolhidos à prisão, em estabelecimentos

militares, de acordo com os respectivos regulamentos.

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4. LEI DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS (DECRETO

– LEI Nº 3688 de 03 de Outubro de 1941)

Art. 68 – Recusar à autoridade, quando por esta

justificadamente solicitados ou exigidos, dados ou

indicações concernentes à própria identidade, estado,

profissão, domicílio e residência.

5. CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR

Art. 223 - A prisão de militar deverá ser feita por

outro militar de posto ou graduação superior; ou, se igual,

mas antigo.

Art. 234 ...

§ 1º O emprego de algemas deve se evitado, desde

que não haja perigo de fuga ou de agressão da parte do

preso, e de modo algum será permitido, nos presos a que se

refere o art. 242.

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Art. 242 - Serão recolhidos a quartel ou a prisão

especial, à disposição da autoridade competente, quando

sujeitos a prisão, antes de condenação irrecorrível:

a) ...

f) Os oficiais das Forças Armadas, das Policiais e

dos Corpos de Bombeiros, Militares, inclusive os da reserva,

remunerada ou não, e os reformados;

h) Os diplomados por faculdade ou instituto superior

de ensino nacional;

Parágrafo Único. A prisão de praças especiais e a de

graduados atenderão aos respectivos graus de hierarquia.

6. ESTATUTO DOS MILITARES

Art. 74 – Somente em caso de flagrante delito o

militar poderá ser preso por autoridade policial, ficando esta

obrigada a entregá-lo imediatamente à autoridade militar

mais próxima, só podendo retê-lo, na delegacia ou posto

policial, durante o tempo necessário à lavratura do flagrante.

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§ 1º - Cabe à autoridade militar competente a

iniciativa de responsabilizar a autoridade policial que não

cumprir ao disposto neste artigo e a que maltratar ou

consentir que seja maltratado qualquer preso militar ou não

lhe der o tratamento devido ao seu posto ou graduação.

§ 2º - Se, durante o processo e julgamento no foro

civil, houver perigo de vida para qualquer preso militar, a

autoridade militar competente, mediante requisição da

autoridade judiciária, mandará guardar os pretórios ou

tribunais por força federal.

7. ESTATUTO DA POLÍCIA CIVIL

Lei Complementar nº 14/82 (de 26 de maio de 1982)

Art. 73 - São direitos e prerrogativas dos servidores policiais

civis, entre outros:

V - acesso a locais fiscalizados pela Polícia Civil;

VI - uso da insígnia e identificação funcionais; e

VII - portar armas mesmo quando em inatividade.

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Art. 298 – Nas ações policiais cabe ao superior a

responsabilidade integral das decisões que tomar ou de atos

que praticar, inclusive de missões e ordens por ele

expressamente determinadas.

Parágrafo Único – No cumprimento da ordem emanada de

autoridade superior, o agente executante não fica exonerado

da responsabilidade pelos excessos que cometer.

Lei Complementar nº 89/01 de 26 de julho de 2001

Art. 210 - São deveres do servidor policial civil;

VII - portar a insígnia e a cédula de identidade funcional;

Art. 213 - São, especificamente, transgressões disciplinares:

VI - deixar de ostentar, quando exigido para o serviço, ou

exibir desnecessariamente arma, distintivo ou algema;

Penalidade: suspensão de dez a trinta dias.

VII - deixar de identificar-se quando solicitado ou quando as

circunstâncias o exigirem;

Penalidade: suspensão de trinta a sessenta dias.

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XII - praticar ato que importe em escândalo, comoção social

ou que concorra para comprometer a instituição ou função

policial;

Penalidade: suspensão de trinta a sessenta dias.

XL - deixar de portar sua credencial oficial;

Penalidade: suspensão de dois a dez dias.

XLI - fazer uso indevido da arma;

Penalidade: demissão.

XLII - praticar violência desnecessária e desproporcional no

exercício da função policial;

Penalidade: demissão.

8. CÓDIGO DA POLÍCIA MILITAR DO PARANÁ

Art. 112 - São Direitos do militar.

...

h) – honras e tratamento que lhes forem devidos,

além de outros benefícios que lhes sejam

assegurados;

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i) – julgamento em foro especial nos delitos

militares;

Art. 153 - O uniforme é o símbolo de autoridade

militar e seu desrespeito importa em crime de desacato à

autoridade.

Art. 268 - Prerrogativas são as honras, dignidades e

distinções devidas aos postos, graduações ou funções dos

militares, na forma das leis e regulamentos.

Art. 269 - Em caso de flagrante delito, poderá o

militar ser preso por autoridade policial.

§ 1º - Efetuada a prisão, a autoridade policial fará

entrega do preso imediatamente à autoridade militar, após a

lavratura do flagrante.

§ 2º - A autoridade policial que maltratar ou

consentir seja maltratado qualquer preso militar, ou não lhe

der o tratamento devido ao seu posto ou graduação, será

responsabilizada, por iniciativa de autoridade militar

competente.

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Art. 270 - Nenhum oficial pode ficar detido em

estabelecimento ou corpo cujo comandante não tenha

precedência hierárquica sobre ele.

9. DECRETO-LEI Nº 667, de 02 de Julho de 1969

Art. 25 – Aplicam-se ao pessoal das Polícias Militares:

...

b) As disposições constitucionais relativas às garantias,

vantagens, prerrogativas e deveres, bem como todas as

restrições ali expressas, ressalvado o exercício de cargos de

interesse policial assim definidos em legislação própria.

10. DECRETO - LEI Nº 6142, de 11 de Novembro de

1974.

Art. 2º - ...

Parágrafo Único – É obrigatório o porte da Cédula de

identidade funcional, em qualquer circunstância, bem como,

a sua apresentação quando em termos solicitada, possuindo

este documento, fé pública em todo território estadual.

11. DECRETO Nº 1851, de 11 de abril de 1972.

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O GOVERNADOR DO ESTADO DO PARANÁ,

no uso das atribuições que lhe confere o art.47, item II, da

Constituição Estadual,

DECRETA

Artigo 1º - Fica instituída a Cédula de Identidade

Funcional e Distintivo para os policiais, ocupantes de cargos

das séries de classes definidas como policiais e técnico-

policiais, da Polícia Civil do Paraná.

Parágrafo único: Não são compreendidos como

ocupantes de cargos policiais civis, para efeito da

identificação policial estabelecida neste Decreto, elementos

estranhos a Polícia Civil, temporariamente exercendo

funções ou comissões, remuneradas ou não.

Artigo 2º - Os funcionários policiais civis passam a

ser identificados através da identidade funcional,

completada pelo Distintivo Policial, ambos com as

especificações, características e nos casos estabelecidos

neste Decreto.

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Parágrafo único – É obrigatório o uso da Cédula de

Identidade Funcional e Distintivo Policial e sua

apresentação quando em diligência ou serviço policial.

Art. 3º - A cédula de identidade Funcional será

impressa em sentido longitudinal e em papel “Rag Paper”,

com fibras coloridas de cor verde com 55 mm de

comprimento por 88 mm de altura, contornando-a em ambas

as faces, uma tarja, impressão talho doce, composta por

desenho geométrico de linhas sinuosas na tonalidade verde

acentuando e medindo, em toda a extensão 2,5 mm de

largura, apresentando as seguintes características.

I. O anverso será destinado aos seguintes

dados individuais do funcionário policial:

fotografia em tamanho 22 mm por 28 mm;

número do Registro Geral; Grupo

Sanguíneo. Fator R.H. número da Cédula

de Identidade e, na lateral direita a

assinatura do portador. Tangenciando a

tarja esquerda as expressões “Cédula de

Identidade Funcional” à tarja superior,

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“Polícia Civil” e à tarja direita, “Instituto

de Identificação do Paraná”.

II. O verso, com as armas do Estado, no

fundo; e encimando em preto a parte superior esquerda e a

legenda em letras maiúsculas “Cédula de Identidade

Funcional” – “Secretaria de Segurança Pública” – “Polícia

Civil”, conterá os seguintes dados individuais do

funcionário policial civil: Nome, cargo, filiação,

naturalidade, data de nascimento e os seguintes dizeres em

destaque: “ O portador tem porte livre de arma e franco

acesso aos locais sob fiscalização da polícia, devendo as

autoridades e seus agentes, prestar-lhe todo apoio e auxílio

necessários ao desempenho de suas funções”. Seguem-se-

lhe: Curitiba, data e a assinatura do Diretor da Polícia Civil.

Em linha diagonal, no sentido da esquerda inferior para a

direita superior, em letras medindo 7mm de altura os

vocábulos: “ Polícia Civil” impressos na tonalidade

vermelha. Tangenciam as tarjas laterais esquerda e direita as

expressões: “Instituto de Identificação do Paraná”.

Art. 4º - A não aceitação ou desrespeito à

identificação da autoridade, agente ou auxiliar desta,

implicará em modalidade criminosa definida na legislação

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penal e falta de natureza grave punida com as penas

correspondentes no Estatuto dos Servidores Públicos Civis

do Estado e no Código ou Estatuto da Polícia Militar.

Art. 5º - A “Cédula de Identidade Funcional” e o

“Distintivo Policial” passam a se constituir elementos

indispensáveis à ação do policial e consecução dos objetivos

do aparelho policial civil e os abusos ou excessos,

eventualmente praticados, serão punidos na forma da

legislação administrativa e penal.

Art. 6º - As Cédulas de identidade Funcional serão

expedidas pelo Instituto de Identificação, preenchidos todos

os requisitos e exigências das mesmas, após requisição

nominal do Diretor da Polícia Civil.

§ 1º - O nome do funcionário será grafado por

extenso não sendo permitida a abreviatura salvo quando

ultrapassar três vocábulos.

§ 2º - A numeração das cédulas de identidade serão

controladas em “Livro de Controle de Cédula Funcional”.

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Art. 7º - Somente aos funcionários policiais civis em

atividade será concedido o direito de portar a Cédula de

Identidade Funcional e o Distintivo Policial.

§ 1º - Nos casos de exoneração, demissão,

transferência, readaptação, disponibilidade ou

aposentadoria, ambos serão restituídos no prazo de 10 (dez)

dias, à Diretoria da Polícia Civil, sendo a primeira

inutilizada e o segundo redistribuído a outro funcionário.

§ 2º - Na eventualidade de falecimento do

funcionário policial, o superior hierárquico providenciará

junto a seus familiares a arrecadação e remessa à Diretoria

da Polícia Civil.

Art. 8º - As cédulas de identidade funcional e os

distintivos policiais serão fornecidos sem ônus aos

funcionários policiais civis que a eles fizerem jus.

Art. 9º - É Distintivo Policial para uso privativo de

Delegados e Comissários de Polícia: “Um distintivo, em liga

de ouro, com forma assemelhada a escudo, medindo 55 mm

de altura por 50 mm de largura e composto, ao centro,

esmaltado a fogo, nas cores oficiais do Estado, um escudo

tendo a figura do lavrador portando o alfanje: como timbre,

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tem o escudo central o falcão “NHAPECANI”,

“HRASACTUS HARPYAL”; sob as asas abertas do falcão

tem o escudo, contidas no interior de faixa retangular as

montanhas agrupadas em três picos; ao fundo o Sol. De um

lado e de outro do escudo, dois ramos, de Mate e Pinho. O

campo do escudo é vermelho, tendo em chefe de azul, os

três picos em prata e o Sol em ouro. Encimando as asas do

falcão fixa em ouro com letras projetadas e esmaltadas em

azul escuro o vocábulo “Paraná”; sob o escudo central, em

faixas sinuosas com as letras projetadas e esmaltadas em

azul escuro, as expressões “Polícia Civil” e o cargo do

portador, “Delegado” ou “Comissário”.

Art. 10 – É Distintivo Policial para os agentes e

auxiliares da autoridade: “Um emblema de prata, em forma

de escudo, medindo 55 mm de altura, por quarenta e cinco

(45 mm) de largura, tendo ao centro o motivo das “armas do

Estado do Paraná, com uma faixa inferior contendo a

categoria funcional do portador”.

Art. 11 – Integra o distintivo, como elemento

indispensável e comprovador de sua qualidade de policial

civil, a cédula de identidade a que alude o artigo deste

Decreto.

30

Art. 12 – Estende-se por autoridades policiais, os

Delegados de Polícia e em determinadas situações os

Comissários de Polícia; entende-se por agentes de

autoridade os Detetives, Investigadores Criminais, Agentes

de Segurança, e por Auxiliares de Polícia, os Peritos

Criminais, Peritos Auxiliares; Médicos Legistas, Auxiliares

de Necropsia, datiloscopistas, Motoristas Policiais da Polícia

Civil e Escrivão de Polícia.

Art. 13 – O Distintivo Policial somente poderá ser

confeccionado mediante ordem escrita do Diretor da Polícia

Civil, com destinação específica à pessoa que deverá usá-lo.

Art. 14 – Serão os Distintivos Policiais, numerados

por gravação no verso, ordinalmente e controlados em

“Livro de Registro de Distintivos Policiais”, aberto e visado

pelo Diretor da Polícia Civil e pela chefia do Gabinete

registrados, controlados e fiscalizados.

Art. 15 – O extravio ou inutilização do Distintivo

Policial deverá ser comunicado imediatamente à Chefia do

gabinete da Polícia Civil para as providências que forem

cabíveis e necessárias.

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Art. 16 – Fica expressamente proibido:

a) usar distintivos diferentes dos instituídos neste

to;

b) cedê-los ou emprestá-los a outrem;

c) utiliza-los indevidamente.

Art. 17 – O fabrico e o uso dos Distintivos Policia

por e para elementos que não integram o quadro policial

acarretará, além da apreensão e perda do material, a

apuração da responsabilidade criminal em que possam

incorrer.

Art. 18 – Todas as Cédulas ou Carteiras de

Identidade Funcional de funcionários policiais civis,

anteriormente vigorantes, perdem seu efeito legal à data da

publicação deste Decreto, devendo ser recolhidas por

ocasião da expedição da nova Cédula de Identidade.

Art. 19 – Ficam aprovados os modelos inclusos de

Cédula de Identidade Funcional e os Distintivos Policiais.

Art. 20 – Este Decreto entrará em vigor na data de

sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

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Curitiba, em 11 de abril de 1972, 151º da

Independência e 84º da República.

PEDRO VIRIATO PARIGOT DE SOUZA

Governador do Estado

MARIO CARNEIRO PORTES

Secretário da Segurança Pública.

12. DECRETO Nº 5865 de 21 de Dezembro de 1982

O GOVERNADOR DO ESTADO DO PARANÁ,

no uso das atribuições que lhe confere o art. 47, inciso II, da

Constituição Estadual, o disposto no art.73, incisos V, VI e

VII, da Lei Complementar nº 14, de 26 de maio de 1982, e

sob proposta da Secretaria de Estado da Segurança Pública,

DECRETA:

Art. 1º - A Cédula de Identidade Funcional e o

Distintivo, instituídos pelo Decreto nº 1.851, de 11 de abril

de 1972, ficam estendidos aos ocupantes das séries de classe

de servidores policiais, dispostos nos incisos I a XX, do

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artigo 13, da Lei Complementar nº 14, de 26 de maio de

1982, inclusive quando em inatividade.

Art. 2º - Para os efeitos do art. 73 da Lei

Complementar nº 14/82, não se aplicam aos casos de

aposentadoria previstos nos incisos I a III, do art. 176, da

referida Lei Complementar, as disposições do art. 7º, § 1º,

do Decreto nº 1851/72, os quais serão regulados neste

Decreto.

Art. 3º - As Cédulas de Identidade Funcional e os

Distintivos, com as características aprovadas pelo Decreto nº

1851/72, recolhidas após a publicação do ato da

aposentadoria do servidor policial civil, serão utilizadas para

os inativos, recebendo o mesmo número e aposto em sentido

diagonal o vocábulo APOSENTADO, acompanhadas do

Distintivo originário.

Art. 4º - Na forma disposta no § 2º, do art. 6º do

Decreto nº 1.851/72, o vocábulo APOSENTADO será

aposto no livro próprio de controle de Cédulas de Identidade

Funcionais, no local originário do servidor policial civil

inativado.

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Art.º 5º - Na ocorrência de falecimento de servidor

policial civil da ativa ou aposentado, a unidade policial

encarregada da expedição e controle das Cédulas de

Identidades Funcionais e Distintivos, providenciará junto

aos familiares a arrecadação do conjunto documental.

Parágrafo Único – A Cédula de Identidade Funcional

de servidor policial civil falecido, tanto da ativa como da

inatividade, deverá ser inutilizada, e o número

correspondente e respectivo Distintivo, redistribuído a outro

servidor policial civil.

Art. 6º - O conselho da Polícia Civil, com

observância das disposições constantes no art. 241 e

seguintes, da Lei Complementar nº 14/82, determinará,

através de Deliberação, a instauração de Sindicância para

apurar denúncia de servidor policial civil aposentado incurso

no art. 210, inciso XVIII, combinado com o art. 180, do

mesmo diploma legal, procedimento que sempre deverá

preceder a cassação do conjunto documental.

Parágrafo Único – Fica vedado o benefício da

concessão do conjunto documental a servidores policiais

civis aposentados que em seus assentamentos funcionais

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registrem histórico de exercício com ocorrência de infrações

que envolvam:

a) improbidade funcional;

b) temperamento violento ou explosivo;

c) hábito de ingestão de álcool ou substância

que provoque dependência psíquica ou

física;

d) comportamentos indignos ou infames que

denigram a instituição policial ou a seus

componentes; e

e) aos aposentados por força de animália

mental.

Art. 7º - No direito de portar armas por servidores

policiais civis aposentados, não estão compreendidas as

armas reservadas ao uso exclusivo do pessoal da ativa,

pertencentes ao patrimônio da Polícia Civil.

Art. 8º - O conjunto documental, previsto neste

Decreto, será fornecido aos servidores policiais civis

aposentados que a ele fizeram jus, sem ônus, e as armas de

uso permitido a cidadãos brasileiros idôneos, quando de

propriedade particular, deverão ser registradas “ex offício”

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na Delegacia de Explosivos, Armas e Munições, observado

o disposto no art. 9º, inciso II, da Lei nº 7.257, de 30 de

novembro de 1979.

Art. 9º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua

publicação, revogadas as disposições em contrário.

Curitiba, em 21 de dezembro de 1982, 161º da

Independência e 94º da República.

JOSÉ HOSKEN DE NOVAES

Governador do Estado

HAROLDO FERREIRA DIAS

Secretário de Estado da Segurança Pública

13. LEI Nº 9534 de 16 de Janeiro de 1991

Data: 16 de janeiro de 1.991

Art. 16 – O Conjunto Documental de Identificação

Funcional, da Polícia Civil compreende, também, a Carteira

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tipo Porta – Documentos, de acordo com o Anexo desta lei,

com as seguintes especificações:

a) Tamanho: 24 x 8cm;

b) Cor bordeaux, para uso dos integrantes da

carreira de Delegado de Polícia;

c) Cor preta, para uso dos demais

integrantes das carreiras policias civis.”

14. DECRETO FEDERAL Nº 3.305 de 23 de Dezembro

de 1999

PORTE DE ARMA DE FOGO

O Presidente da República, no uso das atribuições

que lhe confere o Art. 84, inciso IV da Constituição, e tendo

em vista o dispositivo no Art. 19 da Lei nº 9.437, de 20 Fev

97, DECRETA:

Art. 1º art. 28 do Decreto nº 2.222, de 28 Maio 97,

possa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 28 o Porte de arma de fogo é inerente aos

Militares das Forças Armadas, Policias Federais, Policiais

Civis, Policiais Militares e Bombeiros Militares.

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Decreto Federal nº 3.305 de 23 Dez 99.

15. PORTARIA NORMATIVA nº 04/99 – DELEGADO

GERAL DO DEPARTAMENTO DA POLÍCIA CIVIL

O DELEGADO GERAL DO DEPARTAMENTO

DA POLÍCIA CIVIL, no uso das suas atribuições legais e

regulamentares, de conformidade com o disposto no inciso

X do Artigo 62 do Decreto nº 4.884, de 24 de abril de 1978.

CONSIDERANDO que a Lei nº 11.571/96 tornou

obrigatória a instalação de porta de segurança nas agências

bancárias do Estado do Paraná, equipada com detector de

metais, que impede o acesso de pessoas armadas naqueles

estabelecimentos financeiros, mesmo aos policiais civis,

salvo se previamente identificados, como forma de garantir

a segurança patrimonial das agências bancárias, e a

incolumidade dos funcionários e do público.

CONSIDERANDO que o artigo 73, incisos VI e VII

a Lei Complementar nº 14/82 confere aos servidores policias

civis o direito e a prerrogativa do uso de insígnia e

identificação funcionais e o porte de arma.

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CONSIDERANDO que, nos termos do Artigo 210,

inciso VII. Da mesma Lei Complementar, impõe-se ao

servidor policial civil o porte da insígnia e a cédula de

identidade funcional, constituindo transgressão disciplinar

deixar o servidor de portar sua credencial oficial, estando ou

não em serviço.

CONSIDERANDO que o conjunto documental e o

documento hábil para comprovação da condição profissional

do servidor policial sendo obrigatória a sua apresentação

sempre que lhe for solicitada, ou quando as circunstâncias

assim o exigirem;

DETERMINA:

Artigo 1º - O policial civil que, em qualquer

circunstância ou sob qualquer pretexto, pretender ingressar

em locais de acesso ao público especialmente em

estabelecimentos bancários ou similares, protegidos por

portas de segurança, deverá prontamente se identificar aos

vigilantes de serviço nas referidas agências, quando por eles

solicitados, com a exibição do seu conjunto documental

funcional.

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Artigo 2º - O policial civil, após a necessária

identificação deverá aguardar lhe seja permitido o acesso ao

estabelecimento com o destravamento do mecanismo de

segurança ou porta de acesso opcional conservando sempre

em seu poder a arma que portar.

Artigo 3º - O descumprimento à determinação

contida neste ato implicará em responsabilidade funcional.

PUBLIQUE-SE

CUMPRA-SE

GABINETE DO DELEGADO GERAL, em Curitiba, 30

de novembro de 1999.

JOÃO RICARDO KEPES NORONHA

Delegado Geral

Layout AC/OST

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Layout AC/OST