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Manual de Prevenção e Combate a Lavagem de Dinheiro e Financiamento ao Terrorismo Documento Público | Revisão Nº 05| 2014 MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A LAVAGEM DE DINHEIRO E FINANCIAMENTO AO TERRORISMO (PLD/FT)

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Controle de Revisões

REV. ITEM DESCRIÇÃO DATA

1 Publicação 10.10.2013

2 Depósitos Inclusão dos Fluxogramas 02.12.2013

3 Transferência de Responsabilidade Do Conselho Fiscal para a Área Técnica 18.12.2013

4

Fluxograma de Depósitos para Operações Atípicas ou Suspeitas

Retirada a obrigatoriedade do envio da Declaração para a Área Técnica

14.03.2014 Comunicação ao COAF

Atribuição transferida dos Assessores de Departamento para a Área Técnica

Antes à critério da Diretoria, passa a ser obrigatório para depósitos acima de R$ 100.000,00 conforme legislação

Relatório de Operações Atípicas Periodicidade semanal, passa a ser diária

5

Mudança da Nomenclatura do Setor De Área Técnica para Gestão da Qualidade

28.04.2014

Inclusão de Responsabilidade Administrativa para o setor de Gestão da Qualidade

Envio mensal à Secretária do Relatório de Operações Atípicas/Suspeitas

Inclusão de Responsabilidade Administrativa para a Secretária

Atualização anual dos cadastros dos Conselheiros, Dirigentes, Funcionários e Estagiários da Cooperativa

Inclusão nas Atas de Reuniões de Diretoria o Relatório de Operações Atípicas/Suspeitas encaminhado pelo setor de Gestão da Qualidade.

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Conteúdo

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................ 4

2 CONCEITO ...................................................................................................................................................... 4

3 INDÍCIOS DE LAVAGEM DE DINHEIRO ............................................................................................ 5

4 OBJETIVO ....................................................................................................................................................... 5

5 A INSTITUIÇÃO ........................................................................................................................................... 6

5.1 RAZÃO SOCIAL ................................................................................................................................................... 6

5.2 CARACTERÍSTICAS DA COOPERATIVA ............................................................................................................... 6

5.3 VALORES CORPORATIVOS .................................................................................................................................. 6

5.4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ......................................................................................................................... 6

5.5 CLIENTES ............................................................................................................................................................ 7

6 RESPONSABILIDADES ADMINISTRATIVAS ................................................................................... 7

7 FERRAMENTAS DE CONTROLE ............................................................................................................. 10

7.1 ATUALIZAÇÃO CADASTRAL .............................................................................................................................. 10

7.2 “CONHEÇA SEU ASSOCIADO” .......................................................................................................................... 10

7.3 “CONHEÇA SEU FUNCIONÁRIO/DIRIGENTE” .................................................................................................. 10

7.4 IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS EXPOSTAS POLITICAMENTE ............................................................................ 11

7.5 OPERAÇÕES ATÍPICAS E OU SUSPEITAS ........................................................................................................ 12

7.5.1 Fluxograma de Depósitos .............................................................................................................................. 13

7.5.2 Fluxograma de Depósitos para Operações Atípicas ou Suspeitas ................................................................. 13

7.6 COMUNICAÇÕES DAS OPERAÇÕES .................................................................................................................. 14

8 SANÇÕES ........................................................................................................................................................ 14

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1 Introdução

O Brasil com os compromissos assumidos na Convenção de Viena em 1998 aprovou com

base na respectiva Exposição de Motivos, a Lei de Lavagem de Dinheiro ou Lei nº 9.613,

que Tipifica crimes de lavagem de dinheiro e cria obrigações para as instituições financeiras

e outras empresas fiscalizadas pelo BACEN. A partir daí surgiram as orientações emanadas

de vários órgãos. As autoridades administrativas encarregadas de promover a aplicação

dessas leis são, além do COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), o Banco

Central, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Superintendência de Seguros Privados

(SUSEP) e a Secretaria de Previdência Complementar (SPC), observada, por parte de cada

uma, a respectiva área de atuação.

Em 09/07/12 houve a promulgação da Lei nº 12.683 trazendo novas definições, para tornar

mais eficiente à persecução penal dos crimes de lavagem de dinheiro. Antes da modificação

legislativa, o crime de lavagem de dinheiro estava vinculado a um rol taxativo de infrações

penais, previstas nos incisos do art. 1º, o que acabava por engessar a atuação do Ministério

Público em casos não previstos pela lei.

Na adoção de princípios de governança corporativa, os dirigentes das cooperativas de

crédito devem prestigiar programas de PLD (Prevenção à Lavagem de Dinheiro),

desenvolver políticas institucionais, políticas de procedimentos de PLD, sistemas que

propiciem o registro das operações, dentre outros aspectos.

2 Conceito

Lavagem de dinheiro constitui um conjunto de operações comerciais ou financeiras que

buscam a incorporação na economia de cada país dos recursos, bens e serviços que se

originam ou estão ligados a atos ilícitos. Em temos mais gerais é o processo pelo qual o

criminoso transforma recursos ganhos em atividades ilegais, em ativos com uma origem

aparentemente legal.

Trata-se de uma atividade migratória, que costuma ser exercida onde houver menor

resistência, onde forem feitas menos perguntas, existirem controles frágeis ou ausência de

fiscalização efetiva.

Para disfarçar lucros ilícitos sem comprometer os envolvidos, a lavagem de dinheiro realiza-

se por meio de um processo dinâmico que requer o distanciamento dos fundos de sua

origem, evitando uma associação direta deles com o crime, o disfarce de suas várias

movimentações para dificultar o rastreamento desses recursos e por último, a

disponibilização do dinheiro novamente para os criminosos depois de ter sido

suficientemente movimentado no ciclo de lavagem e poder ser considerado “limpo”.

O processo de lavagem de dinheiro que divide-se em três fases independentes e com

frequência, ocorrem simultaneamente. A primeira é a COLOCAÇÃO, ou seja, inserir o

dinheiro no sistema econômico, por meio de depósitos, investimentos em valores

mobiliários, compra de bens etc., depois entra a OCULTAÇÃO, que trata-se de dificultar o

rastreamento contábil dos recursos ilícitos, por meio de transferências dos ativos para

contas anônimas ou realizando depósitos em contas “fantasmas” e por último a

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INTEGRAÇÃO, onde os ativos são incorporados formalmente ao sistema econômico sem

despertar suspeitas de sua origem.

A lavagem de dinheiro merece séria consideração sob dois principais aspectos. Primeiro,

permite a traficantes, contrabandistas de armas, terroristas ou funcionários corruptos,

entre outros, continuarem com suas atividades criminosas, facilitando seu acesso aos lucros

ilícitos. Além disso, o crime de lavagem de dinheiro mancha as instituições financeiras e, se

não controlado, pode além de causar eventuais prejuízos, minar a sua integridade.

3 Indícios de Lavagem de Dinheiro

Seguem abaixo algumas situações que podem configurar indícios de ocorrência dos crimes

de Lavagem de Dinheiro, de acordo com a carta circular nº 3542/12 do Banco Central do

Brasil:

Resistência ao fornecimento de informações necessárias para o início de

relacionamento ou para atualização cadastral, oferecimento de informação falsa ou

prestação de informação de difícil ou onerosa verificação;

Informação de mesmo endereço residencial ou comercial por pessoas naturais, sem

demonstração da existência de relação familiar ou comercial;

Incompatibilidade da atividade econômica ou faturamento informado com o padrão

apresentado por cooperados com o mesmo perfil;

Movimentação de recursos incompatíveis com o patrimônio, a atividade econômica

ou a ocupação profissional e a capacidade financeira do associado.

Solicitação de não observância ou atuação no sentido de induzir funcionários da

instituição a não seguirem os procedimentos regulamentares ou formais para a

realização de uma operação;

Realização de operações de crédito no País liquidadas com recursos aparentemente

incompatíveis com a situação econômico-financeira do associado;

Realização de operações de crédito no País, simultâneas ou consecutivas, liquidadas

antecipadamente ou em prazo muito curto;

Liquidação de operações de crédito no País por terceiros, sem justificativa aparente;

Funcionários – alteração inusitada nos padrões de vida e de comportamento do

empregado ou do representante, sem causa aparente.

4 Objetivo

O Manual de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo,

constituído em atendimento à legislação vigente, tem como objetivo estabelecer

orientações, definições e procedimentos, para prevenir e detectar operações ou transações

que apresentem características atípicas, para combater os crimes de lavagem de dinheiro

ou ocultação de bens, direitos e valores, bem como identificar e acompanhar as operações

realizadas com pessoas expostas politicamente. Visando sempre o resguardo da

Cooperativa, de seus cooperados e funcionários.

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Entende-se que a credibilidade em uma instituição é reflexo da prática efetiva de valores,

como integridade, honestidade, transparência, qualidade e respeito aos cooperados.

Levando em consideração que os compromissos com a ética e integridade estão

diretamente relacionados com a Prevenção à Lavagem de Dinheiro, vale salientar que para

uma empresa desenvolver-se e ter sucesso, é imprescindível atuar dentro de princípios

éticos, partilhados por todos os seus funcionários e conhecidos por seus parceiros.

As instruções aqui apresentadas baseiam-se na regulamentação aplicável e nas melhores

práticas de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo,

principalmente no 7º princípio do cooperativismo (interesse pela comunidade), onde

estabelece que as cooperativas devem desenvolver políticas que garantam processos

socialmente sustentáveis.

A implementação desse manual ocorrerá por meio da aprovação do Assessor de

Departamento Administrativo e Financeiro e pela Diretoria Executiva e tem como público

alvo os administradores, conselheiros fiscais e setores diretamente envolvidos no processo

de (Prevenção à Lavagem de Dinheiro).

5 A Instituição

5.1 Razão Social

Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Empregados e Servidores da Sabesp e em

Empresas de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo.

5.2 Características da Cooperativa

A atuação da Cecres se dá aos funcionários das Empresas de Saneamento Ambiental do

Estado de São Paulo e empresas conveniadas, onde a sua grande maioria está

concentrada na empresa fundadora da Cecres, a Sabesp, que trata-se de uma empresa de

economia mista.

Todos os cooperados da Cecres, independente de qual empresa faça parte, terão as

mesmas formas de controle das políticas definidas nesse manual.

5.3 Valores Corporativos

Cooperativismo;

Transparência e Ética com o cooperado;

Crédito consciente;

Sustentabilidade econômica e financeira;

Eficiência e inovação de serviços e processos.

5.4 Estrutura Organizacional

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ASSEMBLÉIA GERAL

DIRETORIA

ASSESSORIA DE DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO

RH/DP COMUNICAÇÃO Gestão da Qualidade

PROJETOS ANÁLISE DE

CREDITO CADASTRO ATENDIMENTO

COORDENAÇÃO

RH

ASSESSORIA DE DEPARTAMENTO

FINANCEIRO

TI CONTABILIDADE FINANCEIRO COBRANÇA

COORDENAÇÃO

TI

GERENCIA DE NEGOCIOS

SUPERINTENDÊNCIA OUVIDORIA

CONSELHO FISCAL

PACS SECRETARIA

5.5 Clientes

Podem associar-se à Cooperativa todas as pessoas físicas que estejam na plenitude de sua

capacidade civil, concordem com o estatuto, preencham as condições nele estabelecidas e

sejam funcionários ou servidores de empresas de Saneamento Ambiental do Estado de

São Paulo que possuam contrato com a Cecres.

Poderão associar-se também:

Funcionários e estagiários da própria Cooperativa;

Aposentados que, quando em atividade, atendam aos critérios estatutários de

associação;

Serão admitidas ainda, a critério da Diretoria e nos termos da legislação vigente,

pessoas jurídicas sem fins lucrativos, exceto cooperativas de crédito.

6 Responsabilidades Administrativas

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Diretoria Executiva:

O Diretor Operacional Financeiro será o responsável pela área de Prevenção de Lavagem

de Dinheiro e Financiamento ao Terrorismo;

A Diretoria Executiva ficará responsável pela aprovação do Manual que trata Plano de

Lavagem de Dinheiro e Financiamento ao Terrorismo.

Assessor de Departamento Financeiro e Administrativo:

Gerir e controlar os procedimentos deste manual;

Supervisionar o cumprimento das normas referentes ao Plano de Prevenção de Lavagem

de Dinheiro e Financiamento ao Terrorismo;

Observar os padrões éticos na condução dos negócios, no estabelecimento e na

manutenção de relacionamento com os cooperados;

Auditoria Externa:

Realizar exames no decorrer dos seus trabalhos para evidenciar possíveis deficiências no

controle de (Prevenção à Lavagem de Dinheiro).

Gestão da Qualidade:

Colher assinaturas, aprimorar e atualizar as informações contidas no Manual de

Prevenção e Combate a Lavagem de Dinheiro e Financiamento ao Terrorismo, com

fundamento na legislação e normas aplicáveis e quando solicitado pelos Assessores de

Departamento Financeiro ou Administrativo;

Revisar anualmente o manual em decorrência de fatos relevantes apontados pela

auditoria interna e externa;

Monitorar diariamente o relatório de Operações Atípicas/Suspeitas, desenvolvido no

SIACRES;

Disponibilizar o acesso deste material a todos os funcionários e cooperados;

Colher assinaturas dos funcionários no “Termo de Ciência e Compromisso”;

Realizar auditorias internas semestralmente, a fim de garantir o cumprimento das

políticas;

Encaminhar semestralmente ao Assessor de Departamento Administrativo o Relatório de

Pessoas Expostas Politicamente;

Enviar mensalmente à Secretária o Relatório de Operações Atípicas/Suspeitas;

Comunicação ao COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

Cobrança, Contabilidade, Análise de Crédito e Gestores:

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Reportar, de imediato, à Área da Gestão da Qualidade e aos Assessores de

Departamento Financeiro e Administrativo, toda e qualquer proposta, situação ou

operação considerada atípica ou suspeita;

Guardar sigilo sobre o reporte efetuado, cuidando para que não seja dado conhecimento

ao cooperado ou ao envolvido sobre a ocorrência ou situação a ele relacionada. (Lei

Complementar nº105, de 10/01/2001).

Gestores de Carteiras:

Atualização permanente do cadastro dos cooperados através das solicitações de

empréstimos, admissões e readmissões, pelo atendimento telefônico, Cecres net, Chat,

etc.

Solicitar o preenchimento da Declaração de Origem de Recurso quando necessário, de

acordo com as regras estabelecidas nesse manual.

Solicitar o preenchimento da Declaração de PEP (Pessoa Exposta Politicamente) aos

cooperados que assim não o fizeram.

Secretária:

Providenciar anualmente a atualização dos cadastros dos Conselheiros, Dirigentes,

Funcionários e Estagiários da Cooperativa;

Incluir nas Atas de Reuniões de Diretoria o Relatório de Operações Atípicas/Suspeitas

encaminhado pelo setor de Gestão da Qualidade.

Departamento de Recursos Humanos:

Na contratação, entregar ao funcionário o Código de Ética, que deverá ser assinado e

arquivado junto aos demais documentos do funcionário;

Por tratar-se de um item importante no processo de adoção dos princípios da

Governança Cooperativa, apesar de nem todos os setores, estarem diretamente

envolvidos no processo de PLD (Prevenção a Lavagem de Dinheiro), a Cecres enfatiza

que a prevenção e detecção à Lavagem de dinheiro e a ciência das consequências

decorrentes da inobservância à legislação e às normas aplicáveis, devem ser

compromissos constantes de todos os Administradores e funcionários, no sentido de

buscar a integridade e a seriedade nas relações estabelecidas com a instituição,

reduzindo, dentre outros, os riscos de imagem, conformidade legal e operacional. Dessa

maneira, foi desenvolvido um Termo de Compromisso do Funcionário da Cecres, que

deverá ser obrigatoriamente preenchido por todos os funcionários que ingressarem na

cooperativa.

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7 Ferramentas de Controle

Para o fiel cumprimento da legislação que dispõe sobre a prevenção do crime de lavagem

de dinheiro, a Cecres manterá as seguintes ferramentas de auxílio para identificação,

registro e comunicação de ocorrências descritas nesta política:

7.1 Atualização Cadastral

A manutenção de cadastro dos cooperados, inclusive por meio da realização de contatos,

permite que a cooperativa preste atendimento adequado, contribua com a manutenção da

boa reputação e integridade da cooperativa e, consequentemente, reduza a possibilidade de

se tornarem veículos ou vítimas de crimes de lavagem de dinheiro e do financiamento do

terrorismo. Atualizações essas, que são realizadas diariamente pelo setor de atendimento,

que passou a atuar com a gestão de “carteiras”, ou seja, cada gestor atende um

determinado número de cooperados, estreitando o vínculo e proporcionando mais agilidade

nas negociações.

7.2 “Conheça seu Associado”

A prática denominada “Conheça seu associado/cliente” é uma recomendação do Comitê de

Basiléia, na qual as instituições financeiras devem estabelecer um conjunto de regras e de

procedimentos, tendo como objetivo o pleno conhecimento do seu cooperado, buscando

identificar e conhecer a origem e constituição do patrimônio e dos recursos financeiros e

transacionados com a cooperativa. Para atender à essa recomendação a Cecres:

1. Não mantém vínculo associativo com pessoas que apresentem qualquer indício de

relacionamento com atividades de natureza criminosa, especialmente aquelas

supostamente vinculadas ao narcotráfico, terrorismo ou crime organizado;

tenham negócios cuja natureza impossibilite a verificação da legitimidade das

atividades ou da procedência dos recursos movimentados ou recusam-se a

fornecer informações ou documentos solicitados;

2. Mantém registro de todas as operações por no mínimo 5 (cinco) anos, e mantém

permanentemente atualizada a base cadastral (Lei 9.613/98, capítulo VI, artigo

10); com as seguintes informações: nome completo, sexo, data de nascimento e

estado civil; CPF, RG, endereço completo, telefone, ocupação profissional,

rendimentos e seu enquadramento na condição de pessoa exposta politicamente;

3. Disponibiliza no sistema informatizado da Cecres, um relatório com os três perfis

de risco dos cooperados, baseados nos empréstimos e divididos em: alto, médio e

baixo.

7.3 “Conheça seu Funcionário/Dirigente”

Em atendimento a Carta Circular 2.826, seguem abaixo os controles determinados pela

Cecres com o intuito de verificar alterações nos padrões de vida ou comportamento dos

funcionários:

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1. A Cecres providenciará anualmente a atualização dos cadastros de seus

Conselheiros, Dirigentes, Funcionários e Estagiários;

2. Os Assessores de Departamento Financeiro e Administrativo deverão atentar para

o comportamento econômico-financeiro dos seus conselheiros, dirigentes,

funcionários e estagiários, especialmente:

a) Quanto à alteração inusitada de padrão de vida, sem justificativa aparente;

b) Exagero no tratamento prestado a determinados cooperados (elogios contínuos,

tratamento diferenciado e ou privilegiado injustificado, realização exagerada de

favores, entre outros que possam indicar relação incestuosa);

c) Descumprimento, contínuo, dos procedimentos de controle interno instituídos

pela cooperativa ou manifestação de aversão às regras.

7.4 Identificação de Pessoas Expostas Politicamente

A Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla) do Governo

brasileiro, criada em 2003 pelo Ministério da Justiça estabeleceu como meta em 2006 a

definição e regulamentação das obrigações do sistema financeiro em relação às Pessoas

Expostas Politicamente.

De acordo com a Circular 3.461/09 – artigo 4º, as instituições devem coletar de seus clientes

permanentes informações que permitam caracterizá-los ou não como pessoas expostas

politicamente e identificar a origem dos fundos envolvidos nas transações realizadas.

As Pessoas Expostas Politicamente foram então definidas pelo Comitê de Regulação e

Fiscalização dos Mercados Financeiro, de Capitais, de Seguros, de Previdência e Capitalização

por meio da Deliberação nº 02, de 01 de dezembro de 2006, como sendo:

Agentes públicos que desempenham ou que tenham desempenhado nos últimos cinco anos, no

Brasil ou em países, territórios e dependências estrangeiros, cargos, empregos ou funções

públicas relevantes, assim como seus representantes, familiares e outras pessoas de seu

relacionamento próximo. Devem ser abrangidos:

Os detentores de mandatos eletivos dos Poderes Executivo e Legislativo da União;

Os ocupantes de cargo, no Poder Executivo e Legislativo da União;

a) De ministro de estado ou equiparado;

b) De natureza especial ou equivalente;

c) De presidente, vice-presidente e diretor, ou equivalentes, de autarquias,

fundações públicas, empresas públicas ou sociedades de economia mista;

d) Do Grupo Direção e Assessoramento Superiores – DAS, nível 6, e equivalentes;

Os membros do Conselho Nacional de Justiça, Supremo Tribunal Federal e dos tribunais

superiores;

Os membros do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da

República, o Vice-Procurador-Geral da República, o Procurador-Geral do Trabalho,

Procurador-Geral da Justiça Militar, os Subprocuradores-Gerais da República e os

Procuradores-Gerais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal;

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Os membros do Tribunal de Contas da União e o Procurador-Geral do Ministério Público

junto ao Tribunal de Contas da União;

Os governantes de estado e do Distrito Federal, os presidentes de tribunal de justiça,

de Assembleia e Câmara Legislativa, os presidentes de tribunal e de conselho de contas

de Estado, de Municípios e do Distrito Federal;

Os prefeitos e presidentes da Câmara Municipal de capitais de Estado.

Para identificação de Pessoas Expostas Politicamente, a Cecres desenvolveu uma declaração

que está localizada no verso do formulário de admissão; para os casos de admissão on-line,

pode ser encontrada no Cecres net, obrigatoriamente devendo ser respondida para a

continuidade do processo e durante o atendimento presencial, caso o gestor, identifique que o

cooperado não preencheu a declaração, o mesmo fica responsável pela orientação ao

cooperado.

Dentro do sistema informatizado Siacres, foi inserido um campo no módulo de cadastro,

mediante isso, é possível gerar um relatório que permita a identificação e o monitoramento

dentre seus cooperados, de todas as pessoas consideradas expostas politicamente.

Ressaltamos que no caso do casal ser cooperado da Cecres, a análise será feita por grupo

econômico.

A Área da Gestão da Qualidade ficará responsável por imprimir semestralmente esse relatório e

encaminhar ao Assessor de Departamento Administrativo para que fique ciente das ocorrências.

7.5 Operações Atípicas e ou Suspeitas

As movimentações financeiras atípicas são aquelas operações que após minuciosas análises

podem configurar um indício de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores. Serão

consideradas operações atípicas e ou suspeitas, os depósitos realizados na conta corrente da

Cooperativa, cuja função seja capitalizar, liquidar ou amortizar, ao excederem 10 (dez) vezes o

salário base + ATS ou depósitos acima de R$ 100.000,00 (cem mil reais).

O registro das operações nas condições acima citadas será feito pelo setor de Cobrança, dentro

do sistema informatizado Siacres, de todas as pessoas físicas ou jurídicas com as quais

estabeleça qualquer tipo de relação jurídica, conservando-o durante um período mínimo de

cinco anos, contados da conclusão da operação ou da extinção da relação jurídica.

Em atendimento a Circular 3.461 que consolida as regras sobre os procedimentos a serem

adotados na prevenção e combate às atividades relacionadas com os crimes previstos na Lei nº

9.613, a Cecres elaborou a Declaração de Origem de Recurso.

O cooperado que efetuar o depósito, nas condições acima mencionadas, deverá preencher a

declaração, disponível no site da Cecres e encaminhá-la via fax ou e-mail juntamente com o

comprovante de depósito ao setor de atendimento.

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Caso a Declaração de Origem de Recurso não seja enviada no prazo de 30 (trinta) dias corridos,

a Área da Gestão da Qualidade deverá repassar as matrículas para um dos Assessores de

Departamento que decidirá como proceder.

7.5.1 Fluxograma de Depósitos

7.5.2 Fluxograma de Depósitos para Operações Atípicas ou Suspeitas

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7.6 Comunicações das Operações

Comunicar a movimentação ao COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), não

significa que existe o crime de lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores ou o crime de

terrorismo e seu financiamento, mas que há características na operação/movimentação que a

torna atípica.

As comunicações efetuadas de acordo com a legislação e a regulamentação aplicável não

acarretaram responsabilidade civil ou administrativa à entidade, nem aos seus administradores

responsáveis.

Conforme legislação, a Cecres comunicará ao COAF (Conselho de Controle de Atividades

Financeiras) por intermédio da ferramenta Sistema de Informações do Coaf (Siscoaf),

disponibilizado na internet, em https://www.coaf.fazenda.gov.br, sobre os depósitos acima de

R$ 100.000,00 (cem mil reais) realizados pelos cooperados. Essa comunicação deverá estar

formalizada por meio de atas da reunião da Diretoria.

Toda a documentação utilizada para a deliberação da comunicação, inclusive as atas de reunião,

deverão ser anexadas ao dossiê, juntamente com o comprovante da comunicação, o qual ficará

arquivado para verificações futuras.

8 Sanções

As instituições financeiras, bem como aos administradores das pessoas jurídicas, que

deixem de cumprir as obrigações previstas serão aplicadas, cumulativamente ou não, pelas

autoridades competentes, as seguintes sanções (Lei 9.613/98 – Art. 12.):

Advertência;

Multa Pecuniária Variável;

Inabilitação temporária, pelo prazo de até 10 anos, para o exercício do cargo de

administrador das Pessoas Jurídicas;

Cassação ou suspensão de autorização para o exercício de atividade, operação ou

funcionamento.

A legislação em vigor prevê, ainda, a pena de três a dez anos de reclusão e de multa

para aquela pessoa que ocultar ou dissimular a natureza, a origem, a localização, a

disposição à movimentação ou a propriedade de bens, direitos ou valores provenientes,

direta ou indiretamente, de crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores.

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Manual de Prevenção e Combate a Lavagem de Dinheiro e Financiamento ao Terrorismo

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Docum

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Responsáveis:

_________________________

João Carlos Gonçalves Bibbo

Diretor Presidente

_________________________

José Carlos Sousa Pinto Guimarães

Diretor Administrativo

_________________________

José Augusto Darcie

Diretor Operacional Financeiro

_________________________

Paulo Eugênio dos Santos

Assessor de Departamento Financeiro

_________________________

Taís Di Giorno

Assessora de Departamento Administrativo