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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEORIA E PRÁTICA MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA CONTRATAÇÃO DE EMPRESAS DE CONTROLE DE VETORES E PRAGAS SINANTRÓPICAS Daniela Martins Gomes do Carmo Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana . 02/2011

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INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEORIA E PRÁTICA

MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA CONTRATAÇÃO DE EMPRESAS DE CONTROLE DE VETORES E PRAGAS SINANTRÓPICAS

Daniela Martins Gomes do Carmo

Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana .

02/2011

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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEORIA E PRÁTICA

MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA CONTRATAÇÃO DE EMPRESAS DE CONTROLE DE VETORES E PRAGAS SINANTRÓPICAS

Daniela Martins Gomes do Carmo

Ana Eugênia de Carvalho Campos

Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana .

02/2011

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INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho

ao meus pais Dimas e Silvana,

aos meus irmãos Damiana e Dimas

e ao meu marido Hugo

que são minha fonte de força e perseverança

em todos os momentos da minha vida.

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RESUMO

A crescente preocupação da população com a incidência de insetos e roedores “as chamadas pragas urbanas” no ambiente urbano caminha ao lado da preocupação com a saúde e o bem estar, ou seja, qualidade de vida. Esses visitantes indesejáveis invadem o ambiente urbano em busca de alimento, água e abrigo, visto que na maior parte do tempo esses itens são ofertados por nós, favorecendo assim a reprodução e garantindo a sobrevivência dessas espécies. As pragas urbanas oferecem riscos à saúde dos indivíduos por serem vetores mecânicos de microorganismos que podem causar injúrias ao nosso organismo, que se agravam quando acometem crianças. Visto isso a contratação de empresas que atuam no ramo torna-se imprescindível para assegurar a qualidade de vida da população. A prática corrente no mercado de abertura de empresas de controle de vetores e pragas sinantrópicas sem o cumprimento dos requisitos básicos exigidos em lei eleva sobremaneira os riscos da atividade tornando necessária unificação da legislação e maior rigidez da fiscalização. Em face disso esse trabalho propôs um manual de orientação para contratação de empresas de controle de vetores e pragas sinantrópicas para auxiliar os responsáveis por escolas e creches do município de Uberlândia quando lançarem mão desses serviços. Com o auxílio do protocolo conseguimos reduzir os riscos que a atividade executada de forma irregular expõe toda a população e o meio ambiente.

Palavras-chave: pragas urbanas; creches; escolas; prestação de serviço.

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INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp SUMÁRIO

1. RESUMO ................................................................................................. 1

2. INTRODUÇÃO........................................................................................... 5

3. REVISÃO DE LITERATURA...................................................................... 9

4. OBJETIVO ................................................................................................ 15

5. METODOLOGIA ....................................................................................... 16

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................. 17

7. CONCLUSÃO............................................................................................. 26

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................... 27

INTRODUÇÃO “Mais importante do que as leis, é a conscientização do respeito à saúde da população. A partir daí, surgirão leis bem elaboradas que serão cumpridas com naturalidade. MELHOR, QUANDO SE CONCLUIR QUE NENHUMA LEI SERÁ NECESSÁRIA, PARA SE FAZER O ÓBVIO (MOLICA, 1997)”

A crescente preocupação da população com a incidência de insetos e roedores “as

chamadas pragas urbanas” no ambiente urbano caminha ao lado da preocupação com a

saúde e o bem estar – qualidade de vida -.

Há registros que apontam a existência do homem bípede datada de cerca de 3,5

milhões de anos, já a espécie Homo sapiens aponta para uma existência de 180 mil anos.

Fósseis dos ancestrais de baratas e escorpiões datam de, aproximadamente, 350 milhões

de anos, uma diferença cronológica altamente importante, pois muitas foram as

intempéries que esses insetos, hoje pragas urbanas, tiveram que enfrentar para evoluir e

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INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp continuar no planeta, sucessos que monstros como os dinossauros não obtiveram

(FILHO, 2006).

No ecossistema todas as comunidades de seres vivos se interrelacionam de

maneira equilibrada. Os insetos não são pragas do ponto de vista ecológico, têm função

definida na cadeia alimentar e na escala evolutiva (RIO DE JANEIRO, 2007). As

alterações provocadas no ambiente pela urbanização favoreceram o desenvolvimento de

espécies animais que seguiram o homem, a despeito da vontade deste, atraídas pelas

facilidades de abrigo e alimentação. São os animais sinantrópicos (ratos, baratas,

pombos, morcegos, pulgas, carrapatos, etc.) (RIO DE JANEIRO, 2007; BUENO, 1999).

Pela denominação sinantrópicos (do latim sin + antropos = próximos ao homem),

entende-se os animais que, nos pólos de concentrações humanas como os centros

urbanos, cidades, vilas e outros, possuem a característica de adaptação, sobrevivência e

proliferação em ambiente não similar ao seu de origem (COSTA, 2000).

O crescimento desordenado das grandes cidades com sistemas de saneamento,

distribuição de água potável, tratamento de esgoto e coleta do lixo insuficientes para

atender à demanda favoreceram o desenvolvimento de animais sinantrópicos. Estes

animais afetam a qualidade de vida da espécie humana pela possibilidade de causar

prejuízos de ordem econômica, como à agricultura, ao armazenamento de alimentos,

danos a estruturas residenciais ou à saúde pública, pois estão relacionados a diversas

patologias e nesse contexto passam a constituir-se em pragas (COSTA, 2000; PAMPINI,

2005).

As aves e os mamíferos precedem o homem no controle de vetores, pois sempre

buscaram retirar de seus corpos as pragas que nele se instalavam, já o homem tratou das

doenças e das pragas, nos primórdios, como se fossem punições pela prática de pecado.

Provavelmente os embalsamadores foram os primeiros a observar técnicas de controle de

pragas, para que essas não afetassem as múmias (FILHO, 2006).

A classificação e a associação de vegetais e animais ao combate de pragas foram

primeiramente utilizadas pelos gregos. Já no século XII os mascates circulavam pela

Europa oferecendo venenos e armadilhas para ratos e no século XVII começaram a

comercializar esses serviços

No final da década de 20 os exterminadores se organizaram para a atividade. Em

1939 o DDT (dicloro-difenil-tricloretano) tornou-se o primeiro dos inseticidas modernos,

daí originar-se o nome da atividade como Dedetização, o qual posteriormente mostrou-se

altamente persistente no ambiente, tendo seu uso proibido.

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INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp Após a II Guerra Mundial, a evolução dos praguicidas teve seu período de

diversidade aliado a toxicidades mais reduzidas. Desde então o extermínio de pragas

evoluiu para controle, onde o conceito CIP (Controle Integrado de Pragas) ou MIP

(Manejo Integrado de Pragas), antes empregado para áreas agrícolas, é adaptado às

áreas urbanas, visando minimizar o uso abusivo e indiscriminado de praguicidas. Tal

prioridade fez-se necessária nas áreas urbanas, onde os antigos métodos, baseados

exclusivamente no residual dos princípios ativos, colocavam em risco a qualidade de vida

dos usuários e dos produtos fabricados.

Os desinfestantes domissanitários, são substâncias químicas que tem ação

fisiológica sobre os organismos vivos, e a importância de seu uso deve ser equilibrada

pela informação dos efeitos que os mesmos podem causar nas pessoas, nos animais

domésticos e no meio ambiente. Há necessidade, portanto de dispositivos legais, que

controlem a sua fabricação, rotulagem, distribuição, e principalmente, seu uso pelas

empresas controladoras de pragas urbanas.

A Legislação Federal regula o estabelecimento fabricante e o praguicida, enquanto

as empresas especializadas na aplicação dos mesmos estão sujeitas à ação regulatória

do nível estadual, a quem compete o licenciamento e a verificação das condições de

funcionamento (MORAIS, 2007).

Deve haver um consenso entre os órgãos oficiais responsáveis pela legislação,

definindo-se claramente que o que se espera é o controle e não erradicação; que o

controle é de ratos e não roedores; que domissanitários são registrados no Ministério da

Saúde e não no da Agricultura; que o controle é de pragas urbanas entendidas como

insetos e ratos sinatrópicos (MATIAS, 2007).

Nesta atividade o risco à saúde é difícil de ser mensurado, pois nem sempre é

possível dimensionar o número de indivíduos expostos, que varia em função do local

tratado. Outro aspecto a ser considerado é a dose de exposição dos funcionários

encarregados da desinsetização. A saúde ocupacional de igual modo deve ser

preservada. E ainda há que se proteger o meio ambiente, pois a atividade implica em

ações que podem ocasionar danos ao meio ambiente. Em função das implicações para a

saúde da população, o poder público regulamenta esta atividade a fim de conferir

segurança à prestação de tais serviços.

O universo de atuação das empresas prestadoras de serviços de controle de

vetores e pragas urbanas é muito diversificado, composto por estabelecimentos com as

mais variadas atividades econômicas: indústrias, comércio de alimentos, hospitais,

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INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp escolas, hotéis, creches, transporte coletivo e residências. Para garantir a segurança dos

usuários é necessário que a prestação do serviço seja adaptada à atividade desenvolvida

e considere a população exposta. Dada à grande diversidade de locais a serem

tratados ampliam-se as possibilidades de ocorrência de agravos.

A preocupação em estabelecer medidas para minimizar os riscos associados à

utilização de inseticidas é maior quando envolve crianças. Estudo de Rohrer et al.,

publicado em 2003, demonstrou a transferência de inseticidas do piso de residência para

alimentos quando crianças permitem o contado dos mesmos com as superfícies antes da

ingestão (MORAIS, 2007 apud ROHRER, 2003).

A United States Enviromental Protetion Agency - USEPA demonstra a preocupação

em minimizar a exposição de crianças a praguicidas e elaborou para este fim, guia para

implantação do Manejo Integrado de Pragas em escolas, como método alternativo para

diminuir a dependência de inseticidas (MORAIS, 2007, apud UNITED STATE

ENVIROMENTAL PROTECTION AGENCY, 1993). Vários estados americanos adotaram

esta prática. O Estado de Michigan foi um dos que tornaram obrigatório o Manejo

Integrado de Pragas em escolas, através do Regulamento nº. 637 de 1995 do

Departamento de Agricultura (MORAIS, 2007 apud MICHIGAN, 1995). Trata-se de

emenda da lei Natural Resources And Environmental Protection Act 451 de 1994

(MORAIS, 2007, apud MICHIGAN, 1994). Este regulamento inclui os estabelecimentos de

assistência à saúde e outros edifícios públicos e estende aos mesmos a necessidade de

adotarem o Manejo Integrado de Pragas.

A luta tem sido árdua nesses últimos anos para unificar o setor e aperfeiçoar as

ações das empresas controladoras de pragas.

Há um elevado número de empresas estabelecidas na Federação, a grande

maioria sem registro junto aos Conselhos Regionais ou às Autoridades Sanitárias

competentes. Isso significa um grande contingente de trabalhadores aplicando todo tipo

de produto químico em residências, empresas, hospitais, escolas, sem critério ou

procedimento, sem treinamento.

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REVISÃO DE LITERATURA

Procuramos viver em meio isento de indivíduos estranhos, conhecidos como

pragas. Uma determinada espécie de animal pode ser considerada como praga quando a

mesma causa danos econômicos, sociais ou psicológicos ao homem. Existem casos em

que a presença de apenas um indivíduo praga representa uma ameaça em potencial,

mas, outras vezes, os danos são causados ou produzidos quando se rompe o equilíbrio

populacional da espécie e a mesma alcança tamanhos indesejáveis, excessivos e/ou

prejudiciais. Dentre as citações mais frequentes revelaram-se cinco grupos de animais

considerados como pragas: Formigas, Aranhas, Ratos, Moscas, Baratas (SILVA, 2004).

As pragas competem diretamente com o homem por alimentos uma vez que

atacam culturas e produtos armazenados, se estima uma perda anual de até 8% da

produção mundial de cereais e raízes. As perdas ainda podem ser maiores se

considerarmos a contaminação dos alimentos e o desperdício pelo rompimento de

sacarias e outras embalagens, o mesmo acontecendo com os farelos e rações animais.

Países importadores com rígidos níveis de fiscalização podem condenar toneladas de

alimentos pela simples presença de alguns poucos montículos de excrementos,

acarretando elevados prejuízos econômicos e a imagem do exportador (POTENZA,

2005).

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INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp Segundo DAJOZ (1972) diversos podem ser os motivos que levam os indivíduos de

uma determinada população a se alojarem ou invadirem um dado lugar, entre eles temos:

a procura de alimentos; de condições físicas ambientais favoráveis; de refugio; proteção

ou abrigo.

Do filo Arthropoda, da classe Insecta, da ordem Hymenoptera e da família

Formicidae, as formigas foram as primeiras pragas freqüentemente citadas segundo

SILVA (2004). As formigas atuais e conhecidas compreendem 16 subfamilias, 296

gêneros e cerca de 10.000 espécies, sendo que no Brasil já foram catalogadas mais de

2.000 espécies. As formigas constituem um dos grupos de insetos sociais de enorme

sucesso, ocorrendo em quase todos os locais, mas apresentam sua maior diversidade

nas regiões tropicais. Talvez sua maior contribuição seja como predador. Elas são

predadoras de uma enorme quantidade de artrópodes que competem com o homem à

luta por alimento e espaço físico (abrigo). Poucas espécies de formigas são importantes

por causarem conflitos com os interesses do homem. Do total existente, cerca de 1% das

espécies pode ser considerado praga. As formigas em geral diferem dos demais insetos

sociais por apresentarem uma dieta alimentar diversificada. Outra característica é que são

os únicos insetos sociais verdadeiramente predadores que ocupam nichos específicos

como solo e a serrapilheira (FILHO, 2006).

Nos últimos anos, a atenção está se voltando para as formigas que vivem em

íntima associação com o homem e são distribuídas por todo o mundo através do

comércio, denominadas formigas andarilhas (tramp species).

Uma colônia de formigas é formada de indivíduos adultos e em desenvolvimento ou

cria, constituída de ovos, larvas e pupas. Os adultos, com raras exceções, são fêmeas e

estão divididas em pelo menos duas castas: as fêmeas férteis ou rainhas, cuja função

primordial é a postura de ovos e as fêmeas estéreis ou operárias que realizam todas as

demais atividades da colônia, tais como: coleta de água e alimentos, alimentação da cria

e da rainha, construção e defesa do ninho. As operárias por sua vez, podem apresentar

formas diferentes, duas ou mais, fato denominado de polimorfismo, que está relacionado

com a realização de tarefas distintas.

As colônias, nas varias espécies, podem ter uma única rainha, fenômeno

denominada de monoginia, ou várias rainhas funcionais, poliginia. Em geral, as rainhas de

uma espécie poligínica vivem menos de que aquelas das espécies monogínicas. Em

compensação, a capacidade da colônia em produzir novas rainhas é maior e ocorrem

várias vezes por ano.

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INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp A presença de formigas em residências, apesar de causar bastante incômodo, não

é considerada, um perigo à saúde, a menos que os moradores sejam alérgicos à sua

saliva ou ao veneno daquelas formigas que apresentam ferrão. Nos prédios elas podem

invadir e causar danos a equipamentos eletro-eletrônicos, tais como: aparelhos de som,

televisores, máquinas de lavar roupa, vídeo cassetes, telefones e fiação elétrica. Elas

podem causar problemas mais sérios quando ocorrem em fábricas de alimentos,

escritórios, instituições de pesquisa, biotérios, zoológicos, museus, cabines de

eletricidade e centrais telefônicas. Podem também afetar diretamente a saúde pública

quando a infestação se dá em hospitais, por poderem transportar microorganismos

patogênicos, como vetores mecânicos (BUENO E CAMPOS-FARINHA, 1998).

Outro artrópode, aracnídeo da ordem Aranae citado freqüentemente por SILVA

(2004) foram às aranhas. As aranhas pertencem à ordem Aranae, que tem 38.663

espécies incluídas em 110 famílias. Das 110 famílias de aranhas propostas para o mundo

(CANDIANI, 2005 apud PLANTNICK, 2004), 67 delas são encontradas no Brasil

(CANDIANI, 2005 apud BRESCOVIT, 2004). Apesar da alta diversidade na Região

Neotropical, as aranhas ainda são pouco estudadas (CANDIANI, 2005).

Elas são muito importantes no ecossistema, pois são predadoras capazes de

regular a população de outros artrópodes, principalmente insetos, que quando em grande

número, podem se tornar pragas. Alimentam-se principalmente de insetos como

besouros, grilos, baratas, gafanhotos, borboletas e colêmbolas, porém, formigas e

moscas também são consideradas parte dessa dieta, além de pequenos vertebrados. É

de conhecimento geral, que vários dos insetos acima citados são freqüentemente

associados a ambientes domiciliares e peridomiciliares, devido ao acúmulo de entulhos e

lixo doméstico (BRASIL, 2005). Elas vivem em quase todos os lugares: sobre o solo, sob

pedras, dentro de frestas, equipamentos, no meio da grama e em ramos de árvores

(FILHO, 2006).

Os ratos pertencem a Ordem Rodentia, a qual abrange todos os roedores. Das

mais de 2000 espécies distribuídas pelo mundo, cerca de 125 estão classificadas como

pragas, e 3 espécies são de grande importância para o homem, os da Família Muridae:

Mus musculus, Rattus novergicus e Rattus rattus , sendo chamadas de espécies

sinantrópicas, devido a convivência com o homem, contra a vontade dele. Verdadeiros

comensais do homem, mais que os alimentos que consomem ou depreciam nos

estabelecimentos que beneficiam produtos de origem animal, são temidos como fonte de

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INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp contaminação dos alimentos e subprodutos, bem como transmissores de graves doenças

(PARDI, 1993).

Estes roedores possuem grande capacidade reprodutiva, sendo limitada apenas

por certos fatores como doenças, falta de alimento e abrigo. Tanto a população de

roedores silvestres como a possibilidade de contato entre roedor-humano nas zonas

urbanas está muito influenciada pelas mudanças ambientais (LOPEZ-VELEZ, 2005).

Os ratos possuem hábito noturno, saindo de suas tocas a luz do dia quando o nível

populacional está muito elevado e o alimento disponível é insuficiente para alimentar a

colônia (POTENZA, 2005).

Os roedores da Família Muridae são bons nadadores, fato que lhes permite viver,

inclusive nos esgotos e águas pluviais (PARDI, 1993), são onívoros, e sua alimentação

difere uma da outra de acordo com a espécie, um rato precisa comer por dia algo ao redor

de 10% do seu peso. O Rattus novergicus, popularmente conhecido como Ratazana, tem

preferência por grãos, carnes, ovos e frutas. Já o Rattus rattus, também conhecido com

Rato do telhado se alimenta preferencialmente de legumes frutas e grãos. E por fim, o

Mus musculus, também conhecido por Camundongo se alimenta preferencialmente de

grãos e sementes (BRASIL, 2002). As ratazanas e os ratos de telhado analisam o

alimento antes de consumi-lo. Já o camundongo é uma espécie muito curiosa a

mudanças que ocorrem ao seu redor. Os camundongos necessitam de pouca água. As

ratazanas e ratos de telhado precisam de um bom suprimento de água (POTENZA, 2005).

A ratazana é neófobo – desconfia de qualquer objeto novo que surja em seu

território, já o camundongo é neofílico – amigo das coisas novas (SILVA et al, 2010).

Os roedores podem abrigar vetores como carrapatos e pulgas (Xenopsylla cheopis,

Ctenocephalides felis) que transmitem a peste e o tifo murino. Além disso, podem ser

hospedeiros intermediários ou reservatórios de várias enfermidades como leptospirose,

febres virais hemorrágicas, hantavirose e normalmente espécies de Rattus atacam ovos e

aves em granjas (LOPEZ-VELEZ, 2005).

Os ratos, como qualquer outro organismo vivo, cumprem a sua função na natureza.

Atuam como recicladores de matéria orgânica ajudando na decomposição dos resíduos

orgânicos além de fazerem parte da cadeia alimentar de outros animais (SILVA et al,

2010).

Pertencentes à ordem Díptera, as moscas também citadas por SILVA (2004), tem

afetado o homem e seu bem estar por séculos. Algumas vivem de sangue, outras de

detritos. Muitas transmitem doenças, algumas são pragas de plantas cultivadas, algumas

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INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp parasitam certos insetos, enquanto outras participam na polinização das plantas. A

alimentação das moscas pode consistir em fezes, vômitos lixos e outros materiais em

decomposição, como em comida humana (FILHO, 2006).

Uma das razões de insetos da ordem Diptera serem potenciais vetores mecânicos

de patógenos reside no fato de terem contato muito próximo com o homem e seu

ambiente. Esses hábitos, juntamente com o comportamento endofílico e uma grande

capacidade de dispersão, conferem tal potencial a estes organismos (THYSSEN, 2004

apud GREENBERG, 1973).

Segundo MARCHIORI (2006) a Musca domestica é a espécie de maior interesse

sanitário, atribuído ao seu caráter sinantrópico, sua abundância na região urbana, sua

capacidade de desenvolver-se em vários tipos de substratos, seu alto poder reprodutivo e

ao fato de ser apontada como veiculadora de patógenos ao homem e aos animais.

Segundo GOMES (2000) a mosca Cochliomyia macellaria é uma das principais

espécies causadoras de miíases cutâneas secundárias, comumente conhecidas por

bicheiras. Sua distribuição original se limita às Américas, ocorrendo na região neotropical,

desde o México até a Patagônia e, na região ártica até o sul do Canadá. Devido ao hábito

necrófago das larvas, essa mosca geralmente se encontra associada a carcaças,

juntamente com outras espécies de califorídeos, sarcofagídeos e muscídeos.

Há uma longa lista de organismos patogênicos para o homem isolados em moscas,

na qual se incluem bactérias, como Shigella sp e Vibrio cholerae, vírus entéricos,

protozoários, como Giardia lamblia e Cryptosporidium parvum, além de alguns helmintos,

entre os quais Ascaris sp., Toxascaris sp., Toxocara sp., Trichuris sp., Capillaria sp.,

oxiurídeos, tricostrongilídeos e Taenia solium (THYSSEN, 2004).

Outro tipo de praga que foi freqüentemente citada segundo SILVA (2004) foram os

artrópodes da Classe Insecta, da Ordem Blattariae, conhecidos vulgarmente como

baratas. Os insetos dessa ordem contam mais de 3.500 espécies conhecidas em todo

mundo, das quais apenas 1% mostra associação com o homem (PARDI, 1993).

As baratas, de hábitos domiciliares e de ação noturna, são onívoras vorazes e

destruidoras, impregnando com cheiro desagradável tudo com o que entram em contato.

Transitando nas imundícies, contaminam a seguir os alimentos (PARDI, 1993).

De acordo com LOPES (2005) apud MARICONI (1999) as três espécies de baratas

domissanitárias mais importantes são Blattella germânica (barata alemã), Periplaneta

americana (barata americana) e Blatta orientalis (barata oriental), essa última mais

comum em regiões de clima temperado.

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INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp As baratas do gênero Blattella pertencem à família Blattellidae, sendo B. germânica

descrita por Linnaeus em 1767, uma das espécies mais importante no meio urbano e

amplamente distribuída no mundo todo. São de tamanho reduzido 12 a 16 mm de

comprimento e coloração marrom, e como outros insetos de desenvolvimento incompleto,

passa pelos estágios de ovo, ninfa e adulto, e completa o ciclo do ovo a adulta em

aproximadamente 100 dias, sob condições favoráveis do ambiente. (LOPES, 2005)

O grande sucesso da barata alemã como praga urbana deve-se, principalmente, às

características de seu ciclo de vida e de como a espécie se adaptou ao ambiente e

hábitos do homem. Em relação aos aspectos biológicos, destaca-se o grande número de

descendentes produzidos, pode chegar a 400.000 ao ano e a proteção constante dos

ovos.

A Periplaneta americana, mede de 30 a 40mm de comprimento, apresentando

colorido castanho escuro. Machos e fêmeas dispõem de longas asas que permitem voar a

pequenas distâncias, fato que favorece sua propagação. Seu período de vida é muito

longo podendo alcançar até quatro anos (PARDI, 1993).

Existem, contudo, outras razões, que elevam as baratas a um status de praga

urbana, como o estigma social que envolve a presença desses insetos nas residências.

Na sociedade atual, a barata frequentemente indica condições sanitárias precárias e

desleixo nos cuidados com o ambiente. Ainda, para algumas pessoas, a presença de

insetos a sua volta conduzem a um irracional e inexplicável pavor ou medo, a

entomofobia. Esse pavor de algumas pessoas por insetos, em especial as baratas, com

causas obviamente psicológicas, provavelmente, está ligado a seu aspecto e

comportamento característico. Antenas longas em constante movimento, corridas curtas e

rápidas, odor característico e o aspecto úmido e liso das baratas, certamente causam

repulsa para a maioria das pessoas.

Segundo LOPES (2005) independente da forma em que as baratas atuem em

nosso ambiente, seja pela transmissão de doenças, alergias ou pela sua simples e

indesejável presença, seu controle é uma necessidade e o custo elevado. No Brasil não

existem referências ou estudos dos gastos com controle de baratas, entretanto,

estimativas nos Estados Unidos confirmam a importância econômica da praga. De acordo

com NOLASCO (1999), a indústria de pesticidas nos Estados Unidos chega a gastar

anualmente cerca de USS 1,5 bilhão em produtos para o controle de baratas.

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OBJETIVO

Estabelecer um manual de orientação simplificado para auxiliar os responsáveis por

escolas e creches municipais quando da contratação de empresas de controle de vetores

e pragas sinantrópicas para execução de serviços,

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METODOLOGIA

Para execução do projeto foi feito levantamento bibliográfico a respeito de

� vetores e pragas sinantrópicas em periódicos eletrônicos, bases de dados, livros e

revistas da área;

� legislação do estado de Minas Gerais e de outros Estados na União assim com

legislação de órgãos como o IBAMA.

As informações obtidas foram filtradas e organizadas de modo a estabelecer medidas que

possam ser seguidas pelos responsáveis por creches e escolas quando for necessária a

contratação de empresas que atuam no ramos de controle de vetores e pragas

sinantrópicas.

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RESULTADOS E DISCUSSÕES

De acordo com levantamento feito no catálogo telefônico, na Vigilância Sanitária e

no Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação (sindicato da categoria), durante o

mês de dezembro de 2009 na cidade de Uberlândia a situação foi à seguinte:

� Catálogo Telefônico: 19 empresas anunciantes

� Solicitação de Alvará Sanitário (Vigilância Sanitária): 32 empresas solicitantes

� Cadastradas no Sindicato (Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação): 8

empresas

A divergência das informações gera insegurança em relação à idoneidade das

empresas que estão atuando no mercado, pois não há divulgação da regularidade

técnica, o que expõe os consumidores à contratação de empresas de controle de vetores

e pragas sinantrópicas que não atendem aos requisitos dos Conselhos Regionais e

Autoridades Sanitárias e aos riscos que essa atividade desenvolvida sem o cumprimento

dos requisitos básicos oferece.

A atuação da Vigilância Sanitária que é responsável pela fiscalização das

empresas de controle de vetores e pragas em Uberlândia é pautada na Resolução nº156

de 30 de agosto de 1995 que Estabelece as condições para o licenciamento e

funcionamento das empresas prestadoras de serviços de higienização, desinfecção e

desinfestação de ambientes domiciliares e na Resolução RDC Nº52, de 22 de outubro de

2009 que Dispõe sobre o funcionamento de empresas especializadas na prestação de

serviços de controle de vetores e pragas urbanas e dá outras providências.

Além dessas legislações foram consultadas as seguintes:

� Código da Vigilância Sanitária do Município do Rio de Janeiro

� Código da Vigilância Sanitária do Estado do Rio de Janeiro

� PORTARIA nº 9 de 16 de novembro de 2000: Norma Técnica para empresas

prestadoras de serviço em controle de vetores e pragas urbanas.

� NT – 1005.R-21 Praguicidas e suas concentrações permitidas para utilização em

serviços de controle de vetores e pragas urbanas.

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INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp � NT – 1005 R-20 Praguicidas e suas concentrações permitidas para utilização em

serviços de controle de vetores e pragas urbanas.

� LEI Nº 1.353 de 10 de novembro de 1988: Dispõe sobre a obrigatoriedade de

desinsetização e desratização nos casos que menciona e dá outras providências.

� LEI Nº 2.488 de 07 novembro de 1974: Torna obrigatória a dedetização das

viaturas de transportes coletivas a cada dois meses.

� LEI Nº 3744/2004: Estabelece a obrigatoriedade de controle de vetores nos

estabelecimentos indicados, como forma de garantir a saúde da população

exposta.

� IT – 1045.R-6 Instrução técnica para emissão de ordens de serviços de vetores e

pragas urbanas.

� IT – 1006 R-4 Instrução técnica para apresentação de projetos de instalação de

firmas de controle de vetores e pragas urbanas PROVET.

� Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais: Instrução Normativa

Nº141, de 19 de dezembro de 2006 Regulamenta o controle e o manejo ambiental

da fauna sinantrópica nociva.

� DZ – 1044 R-4 Diretriz para fiscalização de firmas de controle de vetores e pragas

urbanas.

� DZ-1004. R-7 Diretriz para concessão e renovação de certificado de registro para

firmas de controle de vetores e pragas urbanas.

� DZ - 1042. R.4 Diretriz de implantação do programa de auto controle para firmas de

controle de vetores e pragas urbanas PROVET.

� DECRETO Nº 480, DE 25.11.75: Regulamenta o Decreto-lei Nº 230, de 18 de julho

de 1975, que“ estabelece normas de controle de insetos e roedores nocivos no

Estado do Rio de Janeiro, e dá outras providências”.

� DECRETO LEI Nº 230, DE 18 DE JULHO DE 1975. Estabelece normas de controle

de insetos e roedores nocivos no Estado do Rio de Janeiro e dá outras

providências.

� LEI ESTADUAL 10083 de 23 de setembro de 1998: Aprovar a Norma Técnica para

Empresas Prestadoras de Serviço em Controle de Vetores e Pragas Urbanas.

Para o entendimento do manual proposto é necessário o conhecimento de alguns

termos que são comuns as legislações consultadas, são eles:

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INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp CONTROLE INTEGRADO DE PRAGAS: É um sistema que incorpora ações preventivas e

corretivas destinadas a impedir que vetores e as pragas ambientais possam gerar

problemas significativos. Visa minimizar o uso abusivo e indiscriminado de praguicidas. É

uma seleção de métodos de controle e o desenvolvimento de critérios que garantam

resultados favoráveis sob o ponto de vista higiênico, ecológico e econômico (PORTARIA

Nº 9 de 16 de novembro de 2000).

PRAGAS URBANAS: animais que infestam ambientes urbanos podendo causar agravos

à saúde e/ou prejuízos econômicos (PORTARIA Nº 9 de 16 de novembro de 2000).

VETORES: artrópodes ou outros invertebrados que transmitem infecções, através do

carreamento externo (transmissão passiva ou mecânica) ou interno (transmissão

biológica) de microrganismos (PORTARIA Nº 9 de 16 de novembro de 2000).

EMPRESA CONTROLADORA DE VETORES E PRAGAS URBANAS OU ENTIDADE

ESPECIALIZADA: Entende se por Controladoras de Pragas Urbanas as empresas

licenciadas pela Autoridade Sanitária competente do Estado ou Município, especializadas

na manipulação e aplicação de desinfestantes domissanitários (inseticidas, rodenticidas e

repelentes), devidamente registrados no Ministério da Saúde, para o controle de insetos,

roedores e de outros animais nocivos à saúde, em domicílios e suas áreas comuns, no

interior de instalações, em edifícios públicos ou coletivos, em estabelecimentos

industriais, comerciais e de prestação de Serviços de Saúde, transporte coletivo e

ambientes afins, observadas as restrições de uso e segurança durante a sua aplicação e

tendo um responsável técnico legalmente habilitado (PORTARIA Nº 9 de 16 de novembro

de 2000).

DESINFESTANTES DOMISSANITÁRIOS: produtos destinados à aplicação em domicílios

e suas áreas comuns, no interior de instalações, em edifícios públicos ou coletivos e

ambientes afins, para o controle de insetos, roedores e de outros animais incômodos ou

nocivos à saúde. Compreendem os inseticidas, rodenticidas e repelentes domissanitários

(BRASIL, 2005).

RESPONSÁVEL TÉCNICO: profissional de nível superior com amplo conhecimento para

uma atuação responsável, incluindo informações referentes à toxicologia, hábitos e

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INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp características dos vetores e pragas urbanas, equipamentos e métodos de aplicação,

produtos composição e uso, considerando que o controle de pragas tem pôr finalidade

evitar os danos ocasionados pelas pragas sem riscos à saúde do usuário do serviço, do

operador e sem prejuízo ao meio ambiente.

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI): todo dispositivo de uso individual,

de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a preservar a saúde, a segurança e a

integridade física do trabalhador (RDC Nº52 de 22 de outubro de 2009).

LICENÇÃO AMBIENTAL OU TERMO EQUIVALENTE: documento que licencia a empresa

especializada a exercer atividade de prestação de serviços de controle de vetores e

pragas urbanas, que é concedida pelo órgão ambiental competente (RDC Nº52 de 22 de

outubro de 2009).

LICENÇA SANITÁRIA OU TERMO EQUIVALENTE: documento que licencia a empresa

especializada a exercer atividade de prestação de serviços de controle de vetores e

pragas urbanas, que é concedida pelo órgão sanitário competente (RDC Nº52 de 22 de

outubro de 2009).

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRONIZADO (POP): procedimento elaborado de

forma objetiva pela empresa especializada, que estabelece instruções seqüenciais para a

realização de operações rotineiras e específicas na prestação de serviço de controle de

vetores e pragas urbanas (RDC Nº52 de 22 de outubro de 2009).

Visto isso, segue MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA CONTRATAÇÃO DE

EMPRESAS DE CONTROLE DE VETORES E PRAGAS SINANTRÓPICAS:

1 - A contratação de prestação de serviço de controle de vetores e pragas urbanas

somente pode ser efetuada com empresa especializada.

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INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp 2 – A empresa deve apresentar Alvará de Licença para Funcionamento, Alvará Sanitário,

Licença Ambiental e Anotação de Responsabilidade Técnica do profissional responsável

pela empresa. Todo documentação deve estar legível e dentro do prazo de validade.

3 – A empresa deve apresentar Manual de Procedimentos, visando o cumprimento das

Boas Práticas Operacionais, que contemple todas as etapas envolvidas no

desenvolvimento desta atividade, como por exemplo:

� informações sobre os procedimentos de desinsetização, desratização e controle de

aves;

� normas de segurança para os aplicadores e acompanhantes antes, durante e após

a execução dos serviços;

� listagem dos desinfestantes domissanitários que são utilizados com seus

respectivos números de Registro junto ao órgão competente do Ministério da

Saúde;

� registro de treinamento de funcionários contendo os conteúdos abordados que

devem ser: biologia e comportamento de vetores e pragas urbanas, medidas

preventivas, métodos de controle, manipulação de produtos tóxicos, uso de EPI’s e

recomendações em caso de acidentes.

4 – Após a contratação da empresa, essa deve proceder à inspeção inicial no local

baseada em 4 passos:

INSPEÇÃO A inspeção é a parte mais importante do programa de controle integrado de pragas,

essencial para resolver o problema das pragas de forma rápida e econômica, ela norteará

os demais passos do programa de controle de pragas, dará ao profissional, idéias quanto

às medidas a serem adotadas, as condutas de segurança necessárias, as

recomendações para o serviço de limpeza, as alterações imprescindíveis da estrutura

física e ações para remoção de pragas (MORAIS, 2007 apud BENNET, 1997). O

programa de controle integrado de pragas deve priorizar a inspeção, que deve ser

completa, do sótão ao porão, incluindo áreas livres como pátios, estacionamentos e em

especial nos locais onde é comum a presença de pragas. (MORAIS, 2007 apud

CARVALHO, 1998)

Durante a inspeção o profissional deve examinar meticulosamente as

dependências para apreender o máximo possível sobre o problema. Verificar as

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INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp condições de umidade, temperatura, luminosidade que favoreçam as infestações. Fontes

de alimento e água utilizadas pelas pragas e as possíveis causas do ingresso e da

infestação, tais como, local de recebimento de alimento, tubulações de esgoto danificadas

e outros. E ainda, evidências da infestação como danos ocasionados pelas pragas,

excrementos, vestígios, rastros e pegadas (MORAIS, 2007 apud BENNET, 1997).

IDENTIFICAÇÃO DAS PRAGAS

Encontradas as pragas, o profissional deve identificá-las. A identificação acurada

permite avaliação correta do problema e as recomendações apropriadas para o controle.

Após a identificação é mais fácil para o profissional verificar outras evidências da

infestação e a causa do seu aparecimento. O conhecimento da biologia e dos hábitos das

pragas é necessário. Quando não for possível localizar as pragas a identificação deve ser

feita através das pegadas rastros, vestígios, excrementos. Em qualquer caso a

identificação deve ser apurada para garantir o sucesso do controle (MORAIS, 2007 apud

BENNET, 1997).

APLICAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE CONTROLE INTEGRADO

As recomendações para eliminação das pragas somente deverão ser feitas após a

inspeção ter sido concluída e todos os fatos que cercam os problemas conhecidos. Estas

recomendações não incluem somente o que o profissional de controle de pragas deve

fazer, mas também o que os responsáveis da unidade devem fazer. Eliminar abrigos,

reparos na estrutura, higienização. As recomendações para reparos na estrutura física

devem ser apresentadas para os responsáveis e o cumprimento deve ser

cuidadosamente monitorado (MORAIS, 2007 apud BENNET, 1997).

AVALIAÇÃO

Registrar todos os procedimentos de controle de pragas utilizados, as pragas

encontradas, as recomendações e a aplicação de desinfestantes, é fundamental para a

avaliação do programa de controle integrado de pragas e ajudará na organização do

mesmo e na resolução de problemas persistentes (MORAIS, 2007 apud BENNET, 1997).

5 – Após a inspeção inicial todas as informações obtidas devem ser agrupadas e

apresentadas aos responsáveis pela contratação em forma de PROJETO TÉCNICO

abordando: as pragas a serem controladas, o trabalho a ser realizado, os produtos a

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INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp serem empregados, os métodos de aplicação a serem utilizados e as orientações de

segurança.

6 – As orientações de segurança para as áreas que receberão aplicação de

desinfestantes domissanitários devem ser fornecidas pela empresa contratada com

antecedência mínima de 48 horas, em papel timbrado com assinatura do responsável

técnico da empresa para fixação em locais visíveis da unidade. Assim como orientações

prévias esse documento deve conter orientações sobre a conduta dos funcionários

durante e após os serviços, são elas:

DESINSETIZAÇÃO

ANTES DO TRATAMENTO:

� PROTEGER OS ALIMENTOS, LOUÇAS E UTENSÍLIOS DOMÉSTICOS,

GUARDANDO-OS EM RECIPIENTES COM TAMPA OU COBRINDO-OS COM

PLÁSTICO.

DURANTE O TRATAMENTO:

� NÃO PERMITIR A PRESENÇA DE PESSOAS NO LOCAL.

APÓS O TRATAMENTO:

� ANTES DE OCUPAR NOVAMENTE O RECINTO, ABRIR AS JANELAS PARA

AREJAR O AMBIENTE.

� AGUARDAR NO MÍNIMO 6 (SEIS) HORAS PARA PERMITIR O INGRESSO DE

PESSOAS E ANIMAIS, CRIANÇAS, PESSOAS IDOSAS E ALÉRGICAS,

DEVERÃO OBSERVAR UM PRAZO MAIOR.

� LAVAR COM SABÃO AS LOUÇAS E UTENSÍLIOS DOMÉSTICOS.

� AGUARDAR 48 (QUARENTA E OITO) HORAS PARA LIMPAR O LOCAL

TRATADO.

DESRATIZAÇÃO

� PROTEGER AS ISCAS ENVENENADAS DO ACESSO DE CRIANÇAS E ANIMAIS

DOMÉSTICOS.

7 – Durante a execução dos serviços os responsáveis pela contratação devem se atentar

para os seguintes quesitos:

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INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp � se os funcionários da empresa contratada estão portando todos os EPI’s

necessários para execução dos trabalhos, além disso, a empresa contratada deve

fornecer EPI’s para os acompanhantes;

� se os desinfestantes domissanitários que serão utilizados estão em suas

embalagens originais e com rótulo.

8 – Após o término dos serviços deve ser obedecido o tempo de interdição dos locais que

receberam aplicação dos produtos, seguindo a orientação da empresa contratada. Além

disso, observar se a empresa recolheu todo o equipamento e material utilizado durante a

execução dos serviços, incluindo embalagens vazias.

9 – A empresa contratada deve fornecer LAUDO TECNICO com as seguintes

informações para arquivamento na unidade possibilitando a criação de um histórico:

� nome do cliente;

� endereço do imóvel;

� praga(s) alvo;

� data de execução dos serviços;

� prazo de assistência técnica, escrito por extenso, dos serviços por praga(s) alvo;

� grupo(s) químico(s) do(s) produto(s) eventualmente utilizado(s);

� nome e concentração de uso do(s) produto(s) eventualmente utilizado(s);

� orientações pertinentes ao serviço executado;

� nome do responsável técnico com o número do seu registro no conselho

profissional correspondente;

� número do telefone do Centro de Informação Toxicológica;

� identificação da empresa especializada prestadora do serviço com: razão social,

nome fantasia, endereço, telefone e números das licenças sanitária e ambiental

com seus respectivos prazos de validade.

10 – Por fim, a empresa contratada deve servir de apoio para essas instituições não só

durante o período de garantia/assistência técnica, mas também durante todo o tempo que

se fizer necessário em relação a esclarecimentos técnicos e adoção de medidas

preventivas que devam ser adotadas.

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CONCLUSÃO

O Manual de Orientação para Contratação de Empresas de Controle de Vetores e

Pragas Sinantrópicas torna-se um instrumento para as instituições municipais de grande

importância, pois orientam de modo claro, simples e objetivo os responsáveis pela

contratação de empresas do ramo para execução de serviços. Assim, com o

esclarecimento da sociedade sobre quesitos básicos que devem ser atendidos por essas

empresas reduzimos os riscos que a atividade executada de forma irregular expõe toda a

população e o meio ambiente.

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