manual de orientações para a alimentação em situações especiais

16
0 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CACHOEIRA DO SUL PRINCESA DO JACUÍ CAPITAL NACIONAL DO ARROZ SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - SMEd ALIMENTAÇÃO ESCOLAR MANUAL Necessidades Nutricionais Específicas Cachoeira do Sul Julho/2013

Upload: merendaescolar

Post on 22-Jun-2015

633 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Manual de orientações para a alimentação em situações especiais

0

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CACHOEIRA DO SUL PRINCESA DO JACUÍ – CAPITAL NACIONAL DO ARROZ SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - SMEd ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

MANUAL Necessidades

Nutricionais Específicas

Cachoeira do Sul

Julho/2013

Page 2: Manual de orientações para a alimentação em situações especiais

1

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CACHOEIRA DO SUL PRINCESA DO JACUÍ – CAPITAL NACIONAL DO ARROZ SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - SMEd ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

ORIENTAÇÕES SOBRE A HIPERTENSÃO ARTERIAL

SISTÊMICA

O que é a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)?

Quais os fatores de risco associados à Pressão Alta?

A maioria dos casos de hipertensão não apresenta uma causa aparente, facilmente

identificável, e apenas uma pequena proporção dos Hipertensos têm as causas bem

estabelecidas.

Considerando que a pressão arterial de um indivíduo é determinada pela interação

entre fatores genéticos e ambientais, diz-se que a hipertensão é uma doença multicausal

e multifatorial, dentre esses se destaca: idade avançada, história familiar de hipertensão

(principalmente na infância ou adolescência); sobrepeso e obesidade, quando

relacionados aos índices de circunferência abdominal e índice de massa corporal;

sedentarismo; ingestão elevada de sal e alimentos ricos em sódio.

Com o aumento do consumo de produtos industrializados, frequentemente

ricos em sódio, vem aumentando também o número de indivíduos em idade escolar

que apresentam diagnóstico de hipertensão arterial.

A Hipertensão Arterial Sistêmica é uma doença crônica

popularmente conhecida como “Pressão Alta”. Uma pessoa

hipertensa apresenta valores de pressão arterial iguais ou acima de

14 por 9 (140mmHg X 90mmHg) em repouso.

Page 3: Manual de orientações para a alimentação em situações especiais

2

Quais os principais sinais, sintomas e consequências da Hipertensão Arterial

Sistêmica?

A hipertensão é uma doença de natureza assintomática (não tem sintomas na

maioria das vezes), por isso é chamada de “inimiga silenciosa”. Dentre os sinais e

sintomas da hipertensão, destacam-se: dor de cabeça, tontura e cansaço, em casos

mais graves de descontrole da pressão arterial pode ocorrer derrame cerebral, infarto,

insuficiência cardíaca, insuficiência renal e alterações na visão que podem levar à

cegueira.

Como é feito o diagnóstico da Hipertensão Arterial Sistêmica?

A medição da pressão arterial é o elemento-chave para o estabelecimento do

diagnóstico, devendo essa mensuração ser realizada mais de uma vez, por meio de

métodos e condições apropriados, com aparelhos confiáveis, devidamente calibrados e

por profissional capacitado. Devendo o diagnóstico ser realizado por médico

competente.

Qual o tratamento não-medicamentoso para Hipertensão Arterial Sistêmica?

O tratamento não-medicamentoso consiste em modificações no estilo de vida.

Independente da idade algumas estratégias podem e devem ser adotadas, são elas:

Page 4: Manual de orientações para a alimentação em situações especiais

3

Cuidados com a alimentação das pessoas Hipertensas!!!

Considerando todos os cuidados exigidos na alimentação do hipertenso, de acordo

com as recomendações da VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial de 2010,

adaptadas a Resolução do Programa Nacional da Alimentação Escolar FNDE nº 26 de

2013, no âmbito escolar, aconselha-se:

Reduzir a quantidade de sal na elaboração das preparações;

Dar preferência por temperos naturais como limão, ervas, alho, cebola, salsa e

cebolinha, em substituição aos similares industrializados;

Restringir a utilização de alimentos enlatados, embutidos, processados, alimentos

compostos, preparações semi-prontas ou prontas para o consumo;

Evitar o consumo de frituras e gordura saturada (gordura de origem animal);

Controlar a aquisição e o consumo de bebidas com baixo valor nutricional tais

como refrigerantes e refrescos artificiais, bebidas ou concentrados a base de

xarope de guaraná ou groselha, chás prontos para o consumo e outras bebidas

similares;

Reduzir os doces e bebidas contendo açúcar, pois estes apesar de doces também

contém muito sódio na sua composição;

Incluir diariamente porções de frutas e verduras no cardápio, com ênfase em

vegetais ou frutas cítricas e cereais integrais.

Page 5: Manual de orientações para a alimentação em situações especiais

4

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CACHOEIRA DO SUL PRINCESA DO JACUÍ – CAPITAL NACIONAL DO ARROZ SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - SMEd ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

ORIENTAÇÕES SOBRE A DIABETES MELLITUS

O que é Diabetes Mellitus (DM)?

A insulina é o hormônio responsável por regular a quantidade de glicose

circulante no sangue. A glicose por sua vez é o açúcar do sangue.

A deficiência desse hormônio resulta em hiperglicemia (glicose alta no sangue).

Quais os tipos mais frequentes de Diabetes Mellitus?

• Diabetes Mellitus Insulino Dependente ou Tipo I: é o tipo mais comum na

infância e na adolescência, sendo que as pessoas com esse diagnóstico têm deficiência

absoluta de insulina necessitando administrá-la por meio de injeção conforme orientação

médica.

• Diabetes Mellitus Não Insulino Dependente ou Tipo II: é mais comum em

adultos, mas pode aparecer na adolescência. Está associada à obesidade e a propensão

genética, ocorre devido à resistência à insulina em combinação com a diminuição da sua

produção no organismo. Grande parte dos indivíduos com este diagnóstico,

principalmente nos estágios iniciais, não necessitam de injeção de insulina.

É uma doença crônica caracterizada pela deficiência total ou

parcial na produção da insulina e/ou incapacidade da insulina de

exercer adequadamente seus efeitos no corpo.

Page 6: Manual de orientações para a alimentação em situações especiais

5

Quais os principais sinais, sintomas e consequências da Diabetes Mellitus?

• DM tipo I: perda de peso, aumento da quantidade de urina, sede e fome

excessiva. Podem apresentar mau hálito (hálito cetônico), enjoos, vômitos, sonolência e

confusão mental. Em muitos casos a fome aumentada não é observada em crianças

menores de 2 anos de idade.

• DM tipo II: ocorre de forma lenta com ou sem presença de sintomas. Entretanto,

estes sintomas podem aparecer após um evento traumático como cirurgias e situações de

estresse metabólico (doença).

Como evitar a hipoglicemia (queda de glicose no sangue) e a hiperglicemia (glicose

alta no sangue) na escola?

A observância dos horários das refeições (fracionamento) assim como evitar jejuns

prolongados, são condições importantes e diminuem os quadros de descontrole da

glicemia (hipo e hiperglicemia). Para escolares que fazem o uso de insulina também deve-

se ter cuidado com os horários e tipo da alimentação, seguindo sempre a orientação

médica quanto aos horários da administração.

Sinais e Sintomas da Hipo e Hiperglicemia:

Hipoglicemia

Tremores, tonturas, palidez, suor frio, nervosismo, palpitações,

taquicardia, náuseas, vômitos, fome, cansaço, fraqueza, sensação de

desmaio, convulsões até o coma.

Hiperglicemia

Boca seca, sede, muita urina, fome acompanhada de emagrecimento,

cansaço, dor de cabeça podendo evoluir para náuseas e vômitos, pele

seca, dificuldades para respirar e hálito cetônico (hálito adocicado).

Qual o tratamento para a Diabetes Mellitus?

O cuidado com a alimentação e nutrição dos escolares com DM, associado a

mudanças no estilo de vida e a inclusão da atividade física, são considerados terapias de

primeira escolha.

Para controlar os níveis de glicose sanguínea, evitando

quadros de hipo e hiperglicemia, os indivíduos devem observar de

forma cuidadosa e cautelosa a ingestão alimentar, o fracionamento

das refeições, a ingestão de alimentos e/ou guloseimas ricos em

carboidratos simples (açúcar).

Page 7: Manual de orientações para a alimentação em situações especiais

6

É recomendada a ingestão preferencialmente dos carboidratos integrais, bem

como, o consumo de hortaliças, leguminosas e frutas,que devem ser consumidas na

perspectiva de uma alimentação adequada e saudável. O açúcar de mesa ou produtos

contendo açúcar podem eventualmente ser ingeridos, desde que a DM esteja controlada,

porém o ideal é que sejam evitados.

Orientações quanto à alimentaçãona escola!!!

O ambiente escolar faz parte importante da rede social da criança, do adolescente

e da juventude. A alimentação adequada e saudável deve ser parte integrante do

tratamento do indivíduo com DM. Sendo assim, alguns cuidados são essenciais para que

esses indivíduos e suas famílias possam desfrutar deste momento com segurança.

Algumas orientações para o âmbito escolar:

Orientar os alunos a organizar os horários da sua alimentação (ideal a cada 3

horas) evitando assim a hipoglicemia (queda da glicose no sangue);

Conhecer os sintomas e tratamento de hiper e hipoglicemia;

Estimular o aluno, quando for o caso, a acompanhar os níveis de glicose sanguínea

(açúcar no sangue) e complementar a refeição quando se fizer necessário;

Cuidar o tamanho das porções dos alimentos consumidos, principalmente no caso

dos alimentos fontes de carboidratos simples (arroz, farinhas, pães, bolachas, massas,

mandioca, batata, etc);

Informar ao aluno quanto ao oferecimento ou não de preparações que contenham

açúcar, bem como, a substituição por alimentos disponíveis na alimentação escolar;

Ficar atento e informar aos alunos sobre a leitura dos rótulos dos alimentos. Para

alimentos adoçados prefira os Diet ou Zero, pois nesse caso o açúcar foi totalmente

substituído por adoçante. Cuidado para os alimentos Light, pois nesses a quantidade de

açúcar foi apenas reduzida e não retirada totalmente;

Estimular o consumo diário das verduras e frutas disponíveis na alimentação

escolar;

Page 8: Manual de orientações para a alimentação em situações especiais

7

****Alimentos que devem ser evitados!!!

Açúcar;

Frituras;

Bebidas alcoólicas;

Chocolate;

Doces, mel, melado, sorvetes, rapadura e tortas;

Refrigerantes;

Carnes gordurosas, pele de aves, embutidos (salsicha, linguiça, salame,

mortadela), industrializados (sopas em pacote, atum e sardinha enlatados, caldo de

carne concentrado);

Condimentos (molho inglês, shoyu, catchup).;

Certas combinações como: abacate, caqui, uva, figo, manga e jaca;

Arroz combinado com outras fontes de carboidratos como: batata, mandioca,

massas, pães, beterraba, abóbora. Pois se ingeridos juntos, a glicemia aumentará

rapidamente.

***Consumir sem culpa!!!

Frutas: maçã, pêra, laranja, mamão, melão, banana;

Verduras: acelga, escarola, almeirão, brócolis;

Legumes: abobrinha, vagem, chuchu, cenoura;

Óleo vegetal: algodão, girassol, milho, soja;

Carnes: bovina magra, peixe, frango (assados, grelhados ou cozidos);

Bebidas: leite, café, chá, suco de limão, refrigerantes dietéticos (diet e zero);

Produtos industrializados: queijo fresco (tipo minas), margarina, iogurte, geleia

dietética, bolacha de água, torrada não doce, pudins com adoçante, gelatina

dietética.

Page 9: Manual de orientações para a alimentação em situações especiais

8

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CACHOEIRA DO SUL PRINCESA DO JACUÍ – CAPITAL NACIONAL DO ARROZ SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - SMEd ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

ORIENTAÇÕES SOBRE A DOENÇA CELÍACA

O que é Doença Celíaca (DC)?

Quais os principais sintomas da Doença Celíaca?

A doença celíaca pode aparecer de quatro maneiras diferentes: clássica ou típica,

não clássica ou atípica, assintomática ou silenciosa e latente:

Clássica ou típica: os sintomas aparecem normalmente no intestino da criança,

entre os 6 e 24 meses de idade ou quando se inicia a introdução de alimentos com glúten

no seu dia a dia. As crianças apresentam diarréia crônica, gases, redução da atividade

dos músculos, irritabilidade, vômitos, falta de apetite, sendo que nos casos com grave

má-absorção no intestino ocorre a desnutrição, podendo acarretar em diminuição do

crescimento.

digestivas estão ausentes ou são menos frequentes que na forma clássica. As crianças

podem apresentar manifestações isoladas como: anemia por deficiência de ferro, de

folato ou vitamina B12, diminuição na formação do esmalte dentário, dores nas

articulações ou artrites, constipação intestinal resistente ao tratamento. Quando

acomete adolescentes e/ou adultos, na forma mais grave (sem tratamento adequado)

A Doença Celíaca é uma doença que causa

inflamações nas camadas da parede do intestino delgado,

provocando má absorção dos nutrientes. É causada pela

intolerância permanente ao glúten em pessoas que já

possuam uma tendência genética.

O que é o GLÚTEN = é um

conjunto de proteínas

presentes em alguns cereais

como o trigo, centeio,

cevada, malte e aveia. Os

quais são amplamente

utilizados na fabricação de

diversos alimentos.

Não clássica ou atípica: acomete

crianças geralmente entre 5 e 7 anos,

caracterizando-se por apresentar poucos

sintomas, sendo que as manifestações

digesti

Em casos de presença de alguns desses

sintomas, deve-se orientar o escolar e seus

familiares a procurar um médico para que o

diagnóstico seja feito com eficiência e o

tratamento orientado corretamente.

Page 10: Manual de orientações para a alimentação em situações especiais

9

pode haver atraso do desenvolvimento hormonal, irregularidade do ciclo menstrual,

esterilidade, abortos de repetição, entre outros sintomas.

Assintomática ou silenciosa: apresenta alterações nas paredes do intestino

delgado características da doença celíaca, associada à ausência de sintomas.

Latente: Nestes casos o indivíduo apresenta exames laboratoriais positivos, porém

a biópsia intestinal é normal, ou seja, sem manifestações da doença. No entanto, estes

indivíduos podem desenvolver a doença, por serem geneticamente predispostos à

mesma.

Como tratar a Doença Celíaca?

O tratamento da doença celíaca é essencialmente através de controle da dieta,

consistindo na retirada total do glúten da alimentação durante toda a vida, tanto para os

indivíduos sintomáticos, quanto para os assintomáticos. A retirada do glúten leva

progressivamente à diminuição dos sintomas e restauração das células da parede

intestinal.

Em substituição ao glúten (que está presente somente no trigo, centeio, aveia,

cevada, malte e seus derivados) é possível utilizar o milho (farinha de milho, amido de

milho, fubá), arroz (farinha de arroz), batata (fécula de batata) e mandioca (farinha de

mandioca e polvilho).

Outros alimentos como leguminosas, gorduras, óleos e azeites, legumes, hortaliças,

frutas, ovos, carnes e leite devem ser utilizados normalmente na dieta de indivíduos

celíacos, atendendo às necessidades nutricionais de acordo com a idade e o estado

nutricional das crianças.

Há um considerável número de produtos industrializados que apresentam glúten em

seus componentes. Por esse motivo a necessidade do celíaco e seus familiares em

ficarem atentos aos rótulos dos produtos, pois segundo o artigo 1º da Lei Federal nº

10.674, de 16 de maio de 2003, todos os alimentos industrializados que contenham

glúten, deverão conter, obrigatoriamente, as inscrições “Contém Glúten” ou “Não

Contém Glúten”.

Que cuidados devemos ter ao preparar os alimentos?

Ao preparar alimentos para celíacos, é preciso ter muito cuidado em todas as

etapas do processo. Um grande desafio ao trabalhar com coletividade (onde há presença

de indivíduos com e sem doença celíaca) é a contaminação dos alimentos e/ou

Page 11: Manual de orientações para a alimentação em situações especiais

10

preparações que não contém glúten com aqueles que contém. Os alimentos sem glúten

devem, de acordo com as condições de cada local, ser preparados em locais e

horários diferenciados dos produtos que contenham glúten. O ambiente, a bancada

de trabalho e os utensílios a serem utilizados devem estar totalmente limpos e isentos de

quaisquer resíduos que contenham glúten.

Orientações quanto à alimentação na escola!!!

A escola aparece como espaço privilegiado para o desenvolvimento de ações de

melhoria das condições de saúde e do estado nutricional dos escolares, sendo um

ambiente estratégico para a concretização de iniciativas de promoção da saúde.

Especificações dos alimentos:

Obs: Na escola cabe aos manipuladores ter o cuidado para não haver a

contaminação dos produtos sem glúten no preparo dos alimentos e manuseio de

utensílios, visto que as escolas também fazem o preparo e manipulação de alimentos com

glúten (pão, biscoitos, macarrão, bolos).

Grupos de alimentos Permitidos Proibidos

Farinhas

Arroz = farinha de arroz, creme de arroz,

arrozina, arroz integral em pó e seus derivados.

Milho = fubá, farinha, amido de milho, flocos,

canjica e pipoca.

Batata = fécula ou farinha.

Mandioca ou Aipim = fécula ou farinha, como a

tapioca, polvilho doce ou azedo.

TRIGO, AVEIA, CENTEIO, CEVADA e

MALTE e todos os produtos elaborados

com os cereais citados acima = bolos,

bolachas, biscoitos, pães, massas, pizzas

tortas, salgadinhos, waffer.

Leites e derivados

Leite em pó, leites integrais, desnatados e semi desnatados. Queijos frescos, tipo minas, ricota,

parmesão. Pães de queijo. Para iogurte e requeijão, verifique observações nas

embalagens. Leite condensado e cremes de leite.

Leites achocolatados que contenham malte

ou extrato de malte, queijos fundidos,

queijos preparados com cereais proibidos.

Na dúvida ou ausência das informações

corretas nas embalagens, não adquira o

produto.

Condimentos

Sal, pimenta, cheiro-verde, erva, temperos caseiros, maionese caseira, vinagre fermentado

de vinhos tinto e de arroz, glutamato monossódico (Ajinomoto).

Maionese, catchup, mostarda e temperos

industrializados podem conter o glúten.

Leia com muita atenção o rótulo.

Açúcares, doces e achocolatados

Açúcar de cana, mel, melado, rapadura, glucose de milho, malto-dextrina, dextrose, glicose.

Geléias de fruta e de mocotó, doces e sorvetes caseiros preparados com alimentos permitidos.

Achocolatados de cacau, balas e caramelos.

Para todos os casos, verifique as

embalagens.

Carnes, peixes e produtos do mar, ovos

e vísceras Todas, incluindo presunto e lingüiça caseira.

Patês enlatados, embutidos (salame,

salaminho e algumas salsichas), carnes à

milanesa.

Gorduras e óleos Gorduras animais e óleos vegetais. -

Hortaliças e frutas Livre consumo. -

Page 12: Manual de orientações para a alimentação em situações especiais

11

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CACHOEIRA DO SUL PRINCESA DO JACUÍ – CAPITAL NACIONAL DO ARROZ SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - SMEd ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

ORIENTAÇÕES SOBRE A INTOLERÂNCIA À LACTOSE

O que é Intolerância à Lactose?

A lactose é o açúcar predominante no leite e também presente em seus

derivados. Intolerância à lactose é a diminuição da capacidade de digerir esse açúcar e

ocorre devido à redução na atividade da lactase. A lactase é a enzima presente na

mucosa intestinal, responsável pela absorção da lactose.

Quais os principais sintomas da Intolerância à Lactose?

O que realmente caracteriza a intolerância à lactose são os sintomas decorrentes

da má absorção do açúcar, ocorrendo a fermentação no intestino. Essa fermentação

ocasiona os sintomas típicos da patologia que incluem: dor abdominal, inchaço,

flatulência, diarréia e em alguns casos náuseas e vômitos. Pode haver também

constipação.

Em alguns casos a intolerância à lactose pode ser responsável por diversos

sintomas sistêmicos, como dores de cabeça e vertigens, perda de concentração,

dificuldade de memória de curto prazo, dores musculares e articulares, cansaço intenso e

alergias diversas.

Obs: Esses sintomas podem variar com o tipo de alimento ingerido e de pessoa

para pessoa.

Considerações sobre o tratamento:

O tratamento indicado é a redução ou eliminação temporária do consumo de leite

e/ou derivados, a fim de aliviar os sintomas.

A exclusão total e definitiva da lactose da dieta não é aconselhada, especialmente

em crianças, pois pode acarretar prejuízo no consumo de outros nutrientes,

principalmente o cálcio.

Page 13: Manual de orientações para a alimentação em situações especiais

12

Além disto, a quantidade que pode ser ingerida sem desencadear sintomas varia

conforme a tolerância individual. Dependendo da tolerância pode haver maior ou menor

exigência quanto à restrição da lactose, dessa forma, é válido enfatizar a importância da

leitura dos rótulos dos produtos industrializados para identificar a presença de lactose na

sua composição.

Além dos alimentos, a lactose também é utilizada na fabricação de medicamentos,

em comprimidos e cápsulas. Assim, ressalta-se também a importância da leitura da bula

antes da utilização do medicamento.

Como orientar a alimentação dos Intolerantes à Lactose?

Ao receber um aluno com diagnóstico de intolerância à lactose, deve-se questionar

sobre sua tolerância individual, que pode ser identificada através do diagnóstico e

orientação médica, e junto a família, que já conhece as limitações alimentares. Essa

informação é importante para a pessoa com intolerância à lactose e sua família, que

poderão adequar as quantidades de alimento a ser ingerido.

Além disso, a escola também deve ser informada dos principais sintomas e níveis

de tolerância dos escolares com diagnóstico da doença, uma vez que deverá adequar

suas preparações e trabalhar a educação alimentar e nutricional, com o objetivo de evitar

o desenvolvimento dos sintomas e fazer a inclusão social do escolar.

Dessa forma, o cardápio dos alunos com intolerância à lactose deverá ser

adaptado de acordo com o grau da intolerância. Orienta-se a adaptação das

preparações, substituindo os ingredientes que contém lactose por outros isentos.

Page 14: Manual de orientações para a alimentação em situações especiais

13

Composição dos alimentos:

Contém Lactose – NÃO CONSUMIR Baixo Teor de Lactose – EVITAR Sem Lactose – PERMITIDOS

Leite Condensado integral / desnatado

Creme de leite integral / desnatado

Leite integral /semi-desnatado /

desnatado de vaca, cabra, ovelha

Chantilly

Iogurte comum

Queijos e requeijão

Chocolate

Maionese industrializada*

Achocolatados*

Sopa creme instantânea*

Biscoitos recheados*

Panquecas

Molhos para saladas*

Misturas para bolos

Purê de batatas

Ovos mexidos

Pudins

Souflês

Licores Cremosos

Adoçantes*

Leite com baixo teor de lactose

Iogurte com lactobacilos vivos

Leites fermentados (Yakult)

Queijos maturados (como o queijo

parmesão)

Chocolate meio-amargo* / amargo*

Margarina*

Massa folhada

Leite condensado de soja

Creme de leite de soja

Creme Vegetal (semelhante à

margarina)

Doce de soja

Iogurte à base de soja

Leite de soja e de cereais (arroz,

aveia)

Leite de coco

Pães em geral*

Carnes

Frutas, vegetais e leguminosas

Mostarda

Maionese caseira

Massas (fettucine, macarrão)

Molho de tomates

Cacau em pó

Cereais matinais*

Geleias

Merengue

Doces em calda

Temperos em pó / tabletes*

*Achocolatados: muitos são fabricados com leite em pó ou soro de leite em pó;

*Adoçantes: muitos adoçantes contêm lactose. É importante verificar o rótulo;

*Molhos para saladas: Muitos molhos para saladas são elaborados com queijo ou leite;

*Sopa creme instantânea: uma maioria leva creme de leite ou leite em pó em seus

ingredientes, mas há algumas poucas marcas sem laticínios na composição;

*Cereais matinais: atenção principalmente para os cereais com chocolate ou açucarados,

alguns podem ser feitos com leite em pó;

*Maionese industrializada: a maioria não é feita com leite, mas alguns produtos contêm

leite em pó;

*Pães em geral: muitos são elaborados com leite, mas dependendo do grau de

intolerância, a quantidade de leite usada no pão é pequena e pode não causar sintomas

ao intolerante;

Page 15: Manual de orientações para a alimentação em situações especiais

14

*Temperos em pó: a maioria dos temperos não leva leite ou derivados, mas muitos

alertam que contém traços de leite. Para quem tem intolerância à lactose não é um

problema. Apenas para quem têm alergia as proteínas do leite.

Orientações gerais:

O consumo de queijos, iogurtes, bebidas lácteas, leite fermentado deve ser de

acordo com a tolerância de cada indivíduo;

Para substituir o leite de vaca usar na mesma quantidade a bebida à base de

soja (se não for alérgico à soja) ou água ou suco de frutas e/ou vegetais ou bebida à

base de arroz;

Para compensar a falta de cálcio, devem ser ingeridos os vegetais verdes-escuros

como: espinafre, brócolis e couve.

Alimentos processados podem conter uma série de ingredientes que muitas vezes

não estão especificados no rótulo. Prefira os alimentos naturais preparados por você ou

pessoas de sua confiança;

Observar a composição dos alimentos preparados, como: bolos, tortas e pudins,

verificando se usam leite e por tanto se contém lactose na sua composição;

Habitue-se a ler as embalagens de TODOS os produtos que adquirir (sopas, pães,

biscoitos, “papinhas”, etc.).

Page 16: Manual de orientações para a alimentação em situações especiais

15

Referencias utilizadas:

Resolução/ CD/ FNDE nº 26, de 17 de junho de 2013. Dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar aos alunos da educação básica no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE. Manual de orientação sobre a alimentação escolar para portadores de diabetes, hipertensão, doença celíaca, fenilcetonúria e intolerância a lactose / [organizadores Francisco de Assis Guedes de Vasconcelos...[et al.] – 2. ed. – Brasília: PNAE: CECANE-SC, 2012. 54 p. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Revista Brasileira de Hipertensão. vol.17, nº 1, p. 11-17, 2010. Conselho Federal de Nutricionistas. Disponível em <http://www.cfn.org.br>. Acesso em 24 de abril de 2013. Ministério da Saúde. Disponível em <www.saude.gov.br>. Acesso em 23 de abril de 2013. ACELBRA/SC. Doença celíaca. Disponível em: http://www.acelbra-sc.org.br/. Acesso em 08 de julho de 2013. BRASIL. Lei Federal 10.674, de 16 de maio de 2003. Obriga a que os produtos alimentícios comercializados informem sobre a presença de glúten, como medida preventiva e de controle da doença celíaca. Brasília; 2003. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.674.htm>. Acessado em: 08 de julho de 2013. Sem Lactose. Disponível em <http://www.semlactose.com>. Acesso em 25 de março de 2013.

Elaborado por: Ines Neida Longhi e Gabriela Barchet – Nutricionistas SMEd

Prefeitura Municipal de Cachoeira do Sul Secretaria Municipal de Educação – SMEd

Alimentação Escolar E-mail: [email protected]

Blog: alimentacao-smedcachoeiradosul.blogspot.com Telefone: (51) 3724-6039

17 de julho de 2013