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Ministrio da Educao Secretaria de Educao Especial

NOVO MANUAL INTERNACIONAL DE MUSICOGRAFIA BRAILLE

Recompilado por Bettye Krolick

Braslia

2004

Coordenao Geral Maria Glria Batista da Mota/MEC/SEESP Elaborao Unio Mundial de Cegos Subcomit de Musicografia Braille Traduo do original Nuevo Manual Internacional de Musicografa Braille para a Lngua Portuguesa DIE Presse Editorial Ltda. Reviso Tcnica Claudia Maria Monteiro SantAnna/ Membro da Comisso Brasileira do Braille Zoilo Lara de Toledo/ Fundao Dorina Nowill para Cegos Equipe do Subcomit de Musicografia Braille da Unio Mundial de Cegos. Colaboradores Comisso Brasileira do Braille: Jonir Bechara Cerqueira Maria da Glria de Souza Almeida Regina Ftima Caldeira de Oliveira Reviso Bibliogrfica Maria de Ftima Cardoso Telles/MEC/SEESP Ministrio da Educao Esplanada dos Ministrios, Bloco L, 6 andar, sala 600 CEP 70047-901 Braslia-DF Fone: (61) 2104-8642 Fax: (61) 2104-9265 Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP) Centro de Informao e Biblioteca em Educao (CIBEC) N945n Novo manual internacional de musicografia Braille / coordenao geral Maria Glria Batista da Mota; elaborao Unio Mundial de Cegos, Subcomit de Musicografia Braille. Braslia: Ministrio da Educao, Secretaria de Educao Especial, 2004. 310 p. Traduo do original Nuevo Manual Internacional de Musicografa Braille para a lngua portuguesa DIE Presse Editorial Ltda. 1. Msica. 2. Grafia Braille. 3. Escrita para cegos. I. Mota, Maria Glria Batista da. II. Unio Mundial de Cegos. Subcomit de Musicografia Braille. III. Brasil. Secretaria de Educao Especial. IV. Ttulo CDU: 78:003.24(035)

ndice

APRESENTAO ....................................................................... PREFCIO ...................................................................................

5 7

NOTAS DO RECOMPILADOR ......................................................... 13 PRIMEIRA PARTE: SMBOLOS GERAIS ......................................... 17 I. A. B. II. III. A. B. IV. V. A. B. C. D. VI. Smbolos bsicos ........................................................................... 19 Notas e pausas ............................................................................... 19 Sinais de oitava ............................................................................... 22 Claves ........................................................................................... 25 Alteraes, indicaes de compasso e estrutura da clave ........... 28 Alteraes ....................................................................................... 28 Armadura da clave e indicaes de compasso ................................ 28 Grupos rtmicos ............................................................................ 31 Acordes ......................................................................................... 36 Intervalos ........................................................................................ 36 Em Acorde ...................................................................................... 41 Notas mveis .................................................................................. 45 Sinais de dupla figura ...................................................................... 47 Ligaduras de expresso e ligaduras de prolongao..................... 49

A. B. C.

Ligaduras de expresso ................................................................... 49 Ligaduras de prolongao ............................................................... 55 Mais ligaduras de expresso e de prolongao para uso em formatos seo por seo ............................................................... 59

VII. Trmulos ...................................................................................... 62 A. B. A. B. 1. 2. IX. A. B. C. 1. 2. 3. 4. 5. D. X. XI. A. B. 1. Repetio ........................................................................................ 62 Alternncia de notas ........................................................................ 63 Instrumentos de teclado .................................................................... 65 Instrumentos de corda ...................................................................... 67 Mo esquerda ................................................................................. 67 Mo direita .................................................................................... 69 Sinais de barras de compasso e repeties .................................... 71 Barras de compasso ....................................................................... 71 Repeties impressas em tinta ......................................................... 72 Repeties em braille ...................................................................... 74 Repeties parciais .......................................................................... 75 Repeties de compasso completo ................................................... 83 Sinal braille ..................................................................................... 88 Movimento paralelo ........................................................................ 90 Abreviaturas de seqncias ............................................................. 91 Variantes ...................................................................................... 92 Nuances ........................................................................................ 95 Ornamentos ................................................................................ 102 Sinais de acorde ............................................................................ 112 Baixo cifrado e anlise harmnica ................................................ 120 Baixo cifrado ................................................................................ 120

VIII. Dedilhado ..................................................................................... 65

XII. Teoria ......................................................................................... 112

2. C. A. B. C. D.

Anlise harmnica ........................................................................ 125 Colchetes ...................................................................................... 131 Notas com formas pouco comuns ................................................... 134 Clusters ..................................................................................... 138 Grupos rtmicos em forma de leque ............................................. 140 Outros sinais ............................................................................... 141

XIII. Notao moderna ...................................................................... 134

SEGUNDA PARTE: INSTRUMENTAL E VOCAL ....................... 147 XIV. Organizao geral ......................................................................147 A. B. XV. A. 1. 2. B. 1. 2. Pginas preliminares......................................................................147 Elementos gerais nas pginas de msica ......................................... 148 Msica para teclado .................................................................. 154 Piano .......................................................................................... 154 Organizao e uso dos smbolos de mos ......................................... 154 Smbolos de pedal para piano ........................................................ 160 rgo .......................................................................................... 165 Pedais para rgo ......................................................................... 165 Registro ........................................................................................ 168

XVI. Msica vocal ...............................................................................171 XVII. Instrumentos de corda ............................................................. 178 A. B. C. A. Smbolos gerais ............................................................................. 178 Instrumentos de arco ..................................................................... 186 Instrumentos de cordas dedilhadas .................................................. 188 Instrumentos de sopro ................................................................. 194

XVIII. Instrumentos de sopro e de percusso ....................................... 194

B. XX.

Percusso ..................................................................................... 197 Partituras instrumentais ........................................................... 210

XIX. Acordeon ................................................................................... 204

FONTES USADAS NESTE VOLUME ...............................................219 SMBOLOS NACIONAIS DE 16 PASES ......................................... 221 NDICE DE SMBOLOS, CONFORME A ORDEM DO BRAILLE PADRO .................................................................... 233 TABELAS DE SMBOLOS ................................................................. 257 NDICE GERAL .................................................................................. 285

Apresentao

O Ministrio da Educao, por meio da Secretaria de Educao Especial, com o objetivo de desenvolver o intercmbio de publicaes de msica em Braille, publica o presente Manual Internacional de Musicografia Braille. A edio deste material est em consonncia com a poltica educacional brasileira de adotar normas para o uso, o ensino, a produo e a difuso do sistema Braille. Trata-se do resultado de muitos anos de estudos e pesquisas da Unio Mundial de Cegos, que atua em parceria com a Organizao Nacional de Cegos (ONCE), sediada na Espanha. No Brasil, a Comisso Brasileira do Braille vem mantendo uma valiosa parceria com a ONCE. Esta troca de informaes possibilitou que aquela Organizao autorizasse a traduo deste Manual para a Lngua Portuguesa. Nessa perspectiva, acreditamos que, ao ofertarmos o Novo Manual Internacional de Musicografia Brailleaos sistemas educacionais de ensino, estaremos contribuindo para a concretizao da incluso escolar dos alunos com necessidades educacionais especiais. Claudia Pereira Dutra Secretria de Educao Especial

Prefcio

Este Novo Manual Internacional de Musicografia Braille resultado de muitos anos de estudo pelo Subcomit sobre Musicografia Braille da Unio Mundial de Cegos (UMC). Seqncia do conjunto de manuais publicados aps as conferncias de Colnia (1888) e Paris (1929 e 1954), este novo manual rene as resolues e decises tomadas pelo Subcomit da UMC nas conferncias e oficinas, realizadas entre 1982 e 1994. Os acordos firmados abrangem principalmente os seguintes temas: smbolos de clave, baixo cifrado, msica para guitarra, smbolos de acorde, notao moderna e muitos outros smbolos individuais. O presente manual inclui ainda material dos pases do Leste europeu que no estiveram presentes na conferncia de 1954, que pressupe um aperfeioamento em relao aos manuais publicados em Moscou, nos anos setenta e oitenta. O assunto foi amplamente debatido nas conferncias realizadas em Moscou (1982) na qual o Dr. Jan Drtina foi eleito presidente , Praga (1985), Marburg, Alemanha (1987), e Saanen, Sua (1992). Todos os smbolos e regras contidos neste manual foram aprovados pelos delegados assistentes da Conferncia de Saanen, grande parte deles por ampla maioria. Segue, mais adiante, uma lista dos delegados que participaram das votaes dessa conferncia. Agradecemos a Bettye Krolick, que se ofereceu para compilar este novo manual, permitindo o envio de uma minuta aos membros do comit, no mesmo ano. Todos os comentrios crticos e construtivos foram agrupa-

7

dos e apresentados aos expertos numa segunda minuta. Essa verso revisada foi unanimemente aceita e serviu de base para o trabalho final. A maioria dos delegados contribuiu com suas sugestes e/ou materiais para a verso definitiva. O grupo editorial formado por Vera Wessels (Holanda), David McCann (Reino Unido), Leif Haal (Dinamarca) e Ultrich Mayer-Uhma (Alemanha) contribuiu para a finalizao da obra. Contudo, foi Bettye Krolick que realizou o trabalho mais importante. Graas sua indiscutvel competncia, demonstrou perseverana, quando o processo parecia emperrar, e poder de conciliao diante de opinies divergentes. Quero, aqui, consignar-lhe meu mais sincero agradecimento. Agradeo tambm SVB, de Amsterd, a publicao e distribuio da edio impressa, e SBS, de Zurique, a impresso e distribuio da edio em braille, permitindo ao usurio cego a possibilidade de estudar detalhadamente o material. Esperamos que os smbolos e as regras reunidos neste volume, segundo os acordos aceitos pela maioria, sejam usados com todo o rigor nas transcries de msica em braille. Por isso, queremos solicitar aos diferentes pases que traduzam este manual em sua lngua oficial e o usem nas futuras edies musicais. Em caso de dvida, a verso original, em ingls, tem status de autoridade principal. Esta a nica forma de alcanar o objetivo dos delegados, que o de incrementar o intercmbio de publicaes de msica em braille nos diferentes pases. A exemplo do que ocorre com a maioria dos acordos, no h como alcanar resultados sem assumir compromissos. Sabemos que alguns smbolos de uso corrente num pas ou outro no foram aceitos nas votaes. Pedimos aos especialistas atingidos por esta medida que respeitem as novas decises, inclusive quando se referirem a smbolos e regras com as quais ainda no estejam familiarizados.

8

Este manual no inclui msica tnica da frica e da sia. Contudo, solicitamos aos especialistas dessas regies que estudem a possibilidade de nos fornecer smbolos de msica impressa para instrumentos autctones ainda no definidos na msica em braille. Com o presente manual, no se pode dar como definitivo o trabalho de unificao da Musicografia Braille. Caber a ns, no futuro, tomar decises sobre formatos e smbolos especficos para casos especiais. Ficaremos agradecidos por todas as propostas que msicos cegos, copistas e outros profissionais nos enviarem. Enquanto isso, fazemos votos de que a divulgao e o emprego deste livro sejam da maior amplitude possvel. Agradecemos a todos os participantes das conferncias anteriores por sua inestimvel colaborao e pedimos a eles que se unam a ns em trabalhos futuros versando sobre o presente tema. Subcomit sobre Musicografia Braille, UMC. Ulrich Mayer-Uhma, Presidente.

9

Delegados oficiais da Conferncia de Saanen, de 23 a 29 de fevereiro de 1992. Alemanha Austrlia Dinamarca Espanha Estados Unidos Finlndia Frana Holanda Itlia Japo Polnia Reino Unido Repblica Checa Rssia Sua Ulrich Mayer-Uhma Tom Macmahon Erik Kirbye Juan Aller Prez Bettye Krolick Paavo Konttajrvi Louis Ciccone Vera Wessels Giulio Locatello Toshikazu Kato Andrzej Galbarski David McCann Dr. Jan Drtina Gleb A. Smirnov Christian Waldvogel

11

Notas do recompilador

1. A maior parte dos exemplos constantes da presente publicao foi transcrita, mediante autorizao, de manuais anteriores sobre musicografia braille. Vrios desses exemplos so encontrados em publicaes de muitos pases. Dependendo do lugar, os exemplos podem ser semelhantes, mas no idnticos, devido s diferenas das prticas locais. Os exemplos mencionados neste trabalho mostram as vrias opes e refletem os mtodos mais comuns de transcrio em braille usados no mundo, utilizando os smbolos de msica braille internacionalmente aceitos. 2. Quando se tiver de usar smbolos nacionais nas partituras musicais, como, por exemplo, os smbolos mais, menos, etc., esta simbologia constar do incio da publicao. Empregam-se neste manual os smbolos nacionais da lngua portuguesa, exceto quando interferirem nos sinais musicais importantes, como o caso dos parnteses. Os smbolos usados so os seguintes:

6 7 7 / . ;2 9

Mais Menos Igual Barra oblqua Maiscula Smbolo de texto Itlico

13

3. Na edio em braille, os smbolos de msica isolados aparecem com um sinal gerador em cada lado. Visando a manter certa coerncia, a estrutura da clave e a indicao de compasso aparecem centralizadas acima dos exemplos, salvo em trechos muito breves, nos quais a estrutura poder ser includa na mesma linha da msica. Cada exemplo em braille termina com uma barra dupla final .Y"$:$] ")"\]$:_o'_{+\-

Incio da primeira linha de continuidade Final da primeira linha de continuidade Incio da segunda linha de continuidade Final da segunda linha de continuidade

10-16. A primeira nota que se segue ao incio ou final de uma linha de continuidade deve levar sinal de oitava. 10-17. Os dois exemplos seguintes ilustram o uso, em braille, de nuances diferentes e linhas de continuidade.

99

Exemplo 10-17. (a)

(b)

10-18. Na msica para teclado, as nuances de expresso (sinais e palavras) so geralmente colocadas na parte de mo direita, salvo se se referirem de forma explcita mo esquerda.

100

10-19. Quando aparecem nuances de dinmica na execuo de notas longas, em braille usa-se o em acorde para representar com exatido as alteraes. Exemplo 10-19.

10-20. Os sinais de repetio podem ser usados juntamente com as nuances, contanto que estes fiquem perfeitamente definidos. Exemplo 10-20.

significa:

101

XI. ORNAMENTOS (Tabela 11) Tabela 11.

6 "5 5 4 ,4 4l ,4l , "6 ;6 "6l ;6l >k ">k102

Trinado [em italiano, trillo; em francs, cadence, tremblement; em alemo, Triller; em ingls, trill] Apojatura [em italiano, appoggiatura; em francs, port de voix; em alemo, Vorschlag] Apojatura curta (mordente) Grupeto (entre notas) [em ingls, turn; em italiano, floritura; em francs, double cadence; em alemo, Doppelschlag] Grupeto sobre a nota Grupeto ascendente entre notas Grupeto ascendente sobre a nota Colocado antes de uma alterao, indica que esta afeta a nota mais grave de um ornamento Ex.:

,%4 ,*4

Semitrinado ascendente [mordente superior] Semitrinado ascendente prolongado [mordente superior prolongado] Semitrinado descendente [mordente inferior] Semitrinado descendente prolongado [mordente inferior prolongado] Arpejo ascendente Arpejo ascendente para dois ou mais pentagramas

>kk ">kk @8888

Arpejo descendente Arpejo descendente para dois ou mais pentagramas Bebung

11-1. Os ornamentos so colocados antes das notas ou intervalos que afeta e no requerem sinal de oitava. 11-2. A Tabela 11 relaciona os nomes dos ornamentos em vrios idiomas, para auxiliar na sua identificao. Os smbolos da Tabela 11 se referem aos smbolos que aparecem na edio impressa do presente manual. Os intrpretes devem conhecer suas diferentes possibilidades; os transcritores devem incluir no significado e/ou na interpretao todas as informaes que figurem no original impresso em tinta. Tanto no perodo barroco quanto no posterior a ele, vrios compositores davam nomes diferentes aos ornamentos idnticos, mesmo quando houve uma padronizao deles, o que, de certa forma, demonstra a falta de consenso quanto a detalhes especficos de interpretao. Por exemplo, o New Grove1 mostra o smbolo de um trinado (pontos 2-3-5) com as seguintes definies, cada uma delas seguida de sua fonte correspondente. (a) Trinado; terminao mais freqente em alemo e francs, desde o sculo 17. o uso correto. (b) Duplo mordente; Louli. (c) Apojatura-mordente baixa preparada; ?Locke, Purcell. (d) Trinado preparado; LAffilard. (e) Trinado ascendente; Gottlieb Muffat.1

The New Grove Dictionary of Music and Musicians (Londres: Macmillan Press Limited, 1980), vol. 13, p. 863.

103

(f) Vibrato; Mace. (g) Trmulo; LAffilard. Cada um dos exemplos seguintes deste Captulo XI ilustra o significado da primeira definio dada pelo New Grove. 11-3. Para o sinal

6 , a maioria dos intrpretes usar a acepo mais fre-

qente, trinado; mas as interpretaes variaro de acordo com o tempo, o estilo musical e outros fatores. O smbolo na verso impressa em tinta no indica se preparado ou termina com um grupeto; os intrpretes podem incluir esses elementos, se acharem conveniente. 11-4. Se um trinado afeta duas notas de um acorde, ambas devero ser precedidas do sinal. Exemplo 11-4.

11-5. Quando aparece um nico sinal de trinado, seguido de uma linha ondulada que engloba vrias notas, pode-se usar, em braille, uma linha de continuidade (Tabela 10), conforme se v no exemplo 11-5. Exemplo 11-5.

104

11-6. Na verso impressa em tinta, a maneira mais comum de indicar uma apojatura, nas edies modernas, com uma nota impressa em caracteres pequenos. Se essa nota leva uma barra oblqua cruzando sua haste, significa que se trata de uma apojatura breve, muito rpida. Se antes de uma nota de tamanho normal aparecem vrias apojaturas, estas devem ser executadas com rapidez. Exemplo 11-6

11-7. Quando uma apojatura no possui a barra oblqua nem faz parte de um grupo de notas pequenas, deve-se usar, em braille, o sinal normal de apojatura. Sua interpretao depender do estilo musical. Exemplo 11-7.

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11-8. Sempre que possvel, as apojaturas devem ser transcritas na mesma linha que as notas que as enfeitam. O sinal de mordente (apojatura breve) pode ser duplicado. Exemplo 11-8.

11-9. Em cada um dos exemplos a seguir encontramos um ornamento seguido de sua interpretao. Os detalhes rtmicos podem variar de acordo com o estilo musical. Estes exemplos foram cedidos pela Association Valentin Hay pour le Bien des Aveugles, Paris. O exemplo 11-9 mostra um grupeto que, na verso impressa em tinta, colocado entre duas notas, mas, em braille, transcrito antes da primeira delas. Exemplo 11-9.

11-10. No exemplo 11-10, o ponto 6 antes do sinal de grupeto indica que na verso impressa em tinta aparece o sinal em cima da nota. Em braille, o sinal precede a nota.

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Exemplo 11-10.

11-11. Os pontos 1-2-3 acrescentados ao sinal de grupeto indicam que este impressa em tinta encontra-se entre duas notas, enquanto que em (b) aparece diretamente sobre uma nota. Exemplo 11-11. (a)

ascendente (invertido) 4l. No exemplo 11-11 (a), o sinal na verso

(b)

11-12. As alteraes que, na forma impressa em tinta, aparecem em cima ou embaixo de um smbolo de adorno, em braille so transcritas antes do sinal. Quando a alterao encontra-se debaixo do smbolo, em braille precedida do ponto 6. O exemplo 11-12 (a) mostra um sustenido para a nota grave do grupeto; em (b), exemplifica-se o uso de

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alteraes para ambas as notas auxiliares. Pode-se usar este mtodo de sinalizao de alteraes com outros ornamentos. Exemplo 11-12. (a)

(b)

11-13. Na verso impressa em tinta, os trinados costumam ser indicados com letras, como, por exemplo, tr, ou com uma linha ondulada com trechos em forma de v. A linha ondulada muito curta, com apenas dois ou trs vs, era chamada de mordente superior em alguns dos primeiros manuais de musicografia braille, termo que atualmente considerado inadequado. O termo mais usado para este ornamento o trinado (na Espanha, semitrino ou semitrino prolongado). No um trinado contnuo como o que, em braille, representa os pontos 23-5. Utiliza a nota auxiliar superior uma ou duas vezes e se executa rapidamente.

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Exemplo 11-13.

11-14. O sinal

;6 indica um semitrinado prolongado. Como acontece

com todos os ornamentos, a interpretao varia de acordo com o critrio do intrprete que, logicamente, deve levar em conta a poca e o compositor da obra. 11-15. O smbolo impresso em tinta para o semitrinado descendente (o mordente inferior) o mesmo usado para o ascendente, com o acrscimo de uma linha que o cruza, vertical ou diagonalmente. Na sua execuo, como mostra o exemplo (a), toca-se a nota auxiliar uma vez. No semitrinado (o mordente) prolongado, como vemos em (b), a auxiliar inferior tocada pelo menos duas vezes. Exemplo 11-15. (a)

(b)

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11-16. Quando um ornamento tem dedilhado, o sinal do ornamento colocado antes da nota ou intervalo, enquanto que o dedilhado segue imediatamente aps a nota. Exemplo 11-16.

11-17. Um ornamento no obriga a suspenso da duplicao de um intervalo, desde que tanto a nota escrita quanto o intervalo estejam afetados pelo ornamento. Exemplo 11-17.

11-18. A duplicao deve ser eliminada no exemplo 11-18, para a apojatura breve (mordente), porque esta no altera o intervalo. Exemplo 11-18.

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11-19. Alguns smbolos na verso impressa em tinta indicam uma combinao de ornamentos, como, por exemplo, um trinado com um giro circular no final, para indicar um grupeto ou um grupeto invertido. Neste caso, pode-se usar uma combinao de sinais em braille. Um sinal de trinado seguido do correspondente sinal de grupeto proporcionar ao leitor braille a informao correta. 11-20. O sinal de arpejo >k colocado antes do acorde arpejado. Quando se requer o emprego de um em acorde, o sinal colocado em cada em acorde, antes da primeira nota que faz parte do acorde arpejado. Quando o arpejo afeta mais de um pentagrama, usa-se o smbolo bm os exemplos 17-36 e 17-37. Exemplo 11-20.

">k,

que deve ser colocado em todos os pentagramas afetados. Vide tam-

11-21. Na transcrio em braille, respeita-se o nmero de pontos do bebung (staccatos, em braille) que figurem no original impresso em tinta.

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XII - TEORIA (Tabela 12) 12-1. O acordo internacional de se respeitar o original impresso em tinta, transcrevendo o material de texto como texto braille, ao invs de usar sinais especficos, tem permitido um consenso em matria de notao para a teoria. Esse acordo se revela especialmente til quando msicos cegos e no-cegos estudam ou trabalham juntos.

A. Sinais de acordes (Cifras) 12-2. Muitas publicaes diferentes, de hinos a livros de canes ou livros sem msica (somente com textos), bem como outros de msica popular, incluem atualmente, como prtica comum, sinais de acorde. Alguns deles so indicaes muito simples, tais como G ou D7, enquanto outros so muito complexos. A maioria deles pode ser transcrita como texto em braille, bastando para isso que se acrescentem sinais musicais para indicar as variaes de acorde, assim como os smbolos da Tabela 12 A, internacionalmente aprovados. Exemplo 12-2.

3> 4 4' 0 0' .#g112

Prefixo para parte de sinais de acorde (cifras) Crculo pequeno Crculo pequeno, bisseccionado por uma linha Tringulo pequeno Tringulo pequeno, bisseccionado por uma linha 7 em itlico, para um acorde especfico de stima

12-3. Para os sinais mais, menos, parnteses (igual), barra oblqua, letras minsculas e maisculas e itlico usa-se o cdigo de escrita de cada pas, devendo ser fornecida uma lista em cada uma das publicaes desse tipo. A seguir, os sinais usados no Brasil: Exemplo 12-31 .

/ 7 6 " .

7

Barra oblqua / Parnteses ( ) (igual) Sinal de adio + Sinal de subtrao ou hfen literrio Indicador de letra minscula, quando necessrio Letra maiscula

12-4. Para indicar as alteraes, usam-se os sinais musicais padres. 12-5. Os nmeros so precedidos do sinal de nmero e transcritos em sua posio normal, na parte alta da cela braille. Caso no original impresso em tinta apaream em colunas, em braille so transcritos de baixo para cima. 12-6. Damos, a seguir, uma lista representativa de possveis sinais de acorde, usando a simbologia internacional. Exemplo 12-6.Dm Dmaj7 F#dim7 F#7 C7sus

1

O sinal de parnteses usado na cifragem ser escrito com os pontos 2-3-5-6 (sinal de igual), tanto para abrir como para fechar, pois os smbolos de parnteses literrio usados no Brasil, podem confudir-se com os smbolos musicais. Para a barra oblqua emprega-se o smbolo do braille integral antigo (pontos 3-4), j que o usado atualmente poderia gerar confuses.

113

Dm(#7) B7-9 Gmaj7+9 CD7 CD7 G6/D

12-7. No formato compasso sobre compasso, os smbolos de acorde aparecem alinhados abaixo das linhas de texto ou abaixo da msica. No h necessidade de usar nenhum prefixo; sua colocao suficiente para identific-los como sinais de acorde. O exemplo 12-7 nos d uma idia de msica popular ou folclrica, na qual aparece apenas a letra da cano, com os smbolos de acorde como guia para seu uso em guitarra, outros instrumentos de corda dedilhados ou para sua improvisao em teclado. Em tinta, os sinais de acorde aparecem alinhados por cima do texto; em braille, por baixo. Exemplo 12-7.

12-8. Quando, alm disso, aparece uma melodia, esta se inclui como uma terceira linha paralela. Alguns pases colocam sempre o texto por cima

114

da melodia, e outros, por baixo. Quando os sinais de acorde se alinham com o texto, incluem-se neste os espaos em branco necessrios para faz-lo coincidir com o alinhamento dos acordes. No exemplo 12-8 (a), aparece o texto por cima da melodia, enquanto no (b) o texto encontra-se por baixo. Em ambos os casos, os smbolos de acorde acham-se alinhados com o texto. Em (a), acrescentam-se os pontos 3-6 para preencher os espaos em branco do texto, enquanto que em (b) isso no acontece. Nenhuma das duas verses preenche os espaos que ficam entre os acordes. preciso deixar pelo menos um espao em branco entre dois smbolos de acorde. Exemplo 12-8. (a)

(b)

115

12-9. Quando dois smbolos de acorde so alinhados com o texto, podem tambm ser indicados dois acordes que precedem ou seguem uma palavra. Para isso, coloca-se o sinal de acorde pelo menos duas celas braille esquerda ou uma cela braille direita da palavra. Na contagem dos espaos em branco depois de uma palavra, no se levam em conta os sinais de pontuao. Exemplo 12-9.

12-10. Quando os sinais de acorde so colocados debaixo da melodia, podem ser alinhados com a nota especfica com a qual coincidem ou simplesmente com o comeo de cada compasso. No exemplo 12-10, os sinais de acorde alinham-se unicamente com o comeo de cada compasso, deixando um espao em branco entre os sinais de acorde. Exemplo 12-10.

116

12-11. Se o acompanhamento de piano for includo nos sinais de acorde, estes so colocados embaixo da parte da mo esquerda, normalmente alinhados apenas com o incio do compasso. Os pontos de rastreamento (ponto 3) costumam ser usados somente no formato compasso sobre compasso. Exemplo 12-11.

12-12. No formato seo por seo, usa-se sempre o prefixo para sinais de acorde. O exemplo 12-12 mostra a mesma msica do exemplo 12-11. No pargrafo (a), os smbolos de texto que indicam acordes esto colocados atrs do prefixo

3>. No se deixam espaos em branco entre os

smbolos de acorde, j que o espao em branco usado para indicar linha divisria. Quando os acordes no possuem o mesmo valor, usam-

117

se os smbolos de figura para indicar o valor correspondente a cada um deles. Podem-se tambm usar normalmente os sinais de repetio, primeira e segunda vez, etc. Quando o comeo de um compasso ou um compasso inteiro no tem sinal de acorde, este substitudo pela pausa correspondente, precedido do ponto 5. No pargrafo (b) do exemplo seguinte, repete-se a parte de baixo, depois de cada smbolo de acorde, para, desta forma, mostrar sua posio exata. Exemplo 12-12. (a)

(b)

12-13. Outros mtodos podem tambm ser usados em nvel local ou nacional, para indicar o valor dos acordes2 .

2

Na Espanha, substitumos as letras pelas notas, com seu valor correspondente. No Brasil, esse sistema no obrigatrio.

118

12-14. Alguns smbolos impressos em tinta, como o crculo e o crculo atravessado por uma linha, tm significados padres. Outros, contudo, possuem significado diferente, dependendo dos editores: por exemplo, um pequeno tringulo com um 7 em itlico , s vezes, usado para indicar stima maior, e, em outras, stima reduzida. Sero dados, na transcrio, todos os esclarecimentos necessrios. Nos exemplos (a) e (b) seguintes, este sinal usado para indicar acordes de stima maior. Em ambos os casos, o significado do smbolo vem explicado no incio da publicao em tinta. No exemplo 12-14 (a) aparece o smbolo da Tabela 15, advertindo que os intervalos de mo direita so lidos de baixo para cima. Em (b), as notas so meras indicaes rtmicas para um guitarrista de jazz. Exemplo 12-14. (Intervalos ascendentes). (a)

119

(b)

B. Baixo Cifrado e Anlise Harmnica Smbolos da Tabela 12 B

;> #6 #35 #%k #59 7148

Prefixo para msica; parntese musical Prefixo para material literrio, como um texto vocal, instrues ou outra informao textual Coincidncia de notas em mais de uma parte Hfen musical para compassos incompletos Prefixo para paginao na verso impressa em tinta ou indicao de mudana de pgina na verso impressa em tinta Prefixo para indicaes da editora Asterisco musical Sinal igual em indicaes de metrnomo

14-5. O prefixo ,' indica linha ou seo de msica, variando seu uso de acordo com o pas. Dentro de uma frase de texto, refere-se a uma volta notao musical. Quando se encontra em uma linha de msica, indica parntese (parntese curvo). Neste caso, o sinal precede e segue as notas, dedilhados ou outros elementos que, na verso impressa em tinta, venham entre parnteses. 14-6. Em alguns pases, o prefixo

;2 precede cada linha ou seo de

texto vocal, para distinguir a simbologia literria da musical. Vide o exemplo 16-7. tambm usado para indicar material literrio em outros contextos. 14-7. Quando aparece o sinal ;2 dentro de um compasso de msica para teclado ou msica instrumental, esse mesmo sinal ser encontrado em mais de uma parte. Neste contexto, indica coincidncia de notas em duas ou mais partes. Embora o exemplo 15-13 ilustre seu uso em msica para teclado, o sinal de coincidncia til em qualquer tipo de conjunto; p. ex., pode ser usado para coordenar uma ou mais notas de um vocalista em uma pea de conjunto moderno. 14-8. Quando o ponto 5 acompanhado de um espao em branco, atua como hfen musical para indicar que o compasso est incompleto. utilizado ao final de uma linha braille, na qual no possvel completar o compasso, na interrupo de um compasso para a insero de algum texto, bem como aps uma barra dupla em um compasso incompleto que se completar depois da barra. 14-9. O prefixo

"3 indica uma mudana de pgina no original impresso149

em tinta. Pode aparecer isolado ou seguido do nmero de pgina.

Podemos encontr-lo em posies diferentes; p. ex., no comeo de uma seo de msica, em qualquer dos cantos da pgina, no meio da prpria msica ou nas margens da pgina. 14-10. Tanto os nmeros de pgina da edio impressa em tinta como os da transcrio em braille podem ser includos no incio de uma seo ou em qualquer outro local, por meio de uma combinao de nmeros nas partes superior e inferior da cela braille, como se faz, por exemplo, na seguinte indicao da pgina 13 em braille e pgina 10 impressa em tinta. A ordem pode ser invertida, colocando-se o nmero da pgina impressa em tinta em primeiro lugar; contudo, uma vez estabelecido, este critrio dever ser obedecido ao longo de toda a publicao.

14-11. As combinaes de nmeros nas partes superior e inferior da cela braille podem ser usadas tambm para indicar nmero de pgina e nmero de pentagrama, nmero da seo e nmero de compasso, nmero de seo e nmero de pentagrama, etc. 14-12. Um compasso incompleto de anacruse no comeo de uma pea numerado como compasso 0. Dentro de uma pea, os nmeros de compasso so acompanhados do ponto 3, quando colocados antes da parte final de um compasso incompleto. Os nmeros podem aparecer na parte superior ou inferior da cela braille, a critrio de cada pas. O exemplo seguinte indica a extenso de uma seo da pea, comeando com o final do compasso 16 e finalizando no compasso 32.

150

14-13. Na msica para teclado em formato compasso sobre compasso, os nmeros dos compassos aparecem na margem e no so precedidos do sinal de nmero. O mesmo nmero vlido para todos os pentagramas do sistema (p. ex., mo direita, mo esquerda, pedais). Quando aparece um nmero (tambm sem sinal de nmero) uma cela braille antes do prefixo para mo esquerda, este indica o nmero de sistema na pgina do original impresso em tinta. O exemplo 14-13 ilustra o compasso 16 no comeo do terceiro sistema na pgina impressa em tinta. Exemplo 14-13.

14-14. A incluso do nmero de sistema constitui uma ferramenta extra para professores de alunos no-cegos. No formato seo por seo, o nmero do sistema se inclui normalmente no cabealho de cada seo, s vezes coincidindo o comeo de uma seo braille com o incio de um novo sistema impresso em tinta. 14-15. O sinal "l precede indicaes acrescentadas pelo editor. Uma prtica editorial freqente consiste em escrever ligaduras de expresso com linhas pontilhadas, tal como ilustra o exemplo 6-10. Seguem, mais abaixo, outros exemplos de editoras, nas quais encontramos as chaves de dinmica abrindo e fechando impressos com hfens, para indicar que so acrescentados pelo editor. Cada um deles precedido, em braille, do sinal da grfica da editora. A indicao ritard. tambm um acrscimo do editor, mas na verso tipogrfica aparece impressa entre parnteses, sendo tambm transcrita em braille da mesma forma.

151

Exemplo 14-15.

14-16. O smbolo internacional para o asterisco, em msica, >59 . Este smbolo precede a msica a que se refere e se repete no comeo da nota de p de pgina. Vide o exemplo 8-9. 14-17. O cdigo internacional para indicaes metronmicas usa o smbolo formado com os pontos 2356 para representar o smbolo idntico impresso em tinta, e a nota d, para mostrar os valores das figuras. Qualquer palavra includa na indicao de metrnomo deve tambm ser transcrita em braille. O exemplo 14-17 ilustra vrias formas de indicao metronmica representativas, como a que encontramos no pargrafo (c), que costuma ser usada unida a uma mudana de compasso. Exemplo 14-17. (a) (b) (c)

152

14-18. A indicaes de tempo e tipo no comeo de uma pea so seguidas de ponto, salvo quando constituam o nico elemento de uma linha braille. A ordem normal das indicaes inicias : tempo, indicao de metrnomo, armadura da clave e indicao de compasso. 14-19. A informao ao final de uma pea, como, p. ex., a durao da interpretao, deve ser transcrita com as mesmas abreviaturas que se usem no original impresso em tinta; p. ex., 6 min. 30 seg. Se no original constam smbolos ao invs de palavras ou abreviaturas, sero usados os smbolos correspondentes em braille. Exemplo 14-19.

153

XV. MSICA PARA TECLADO (Tabela 15) A. Piano 1. Organizao e uso dos smbolos de mos

Smbolos da Tabela 15 A.

.> _> "> .>> _>>

Parte de mo direita Parte de mo esquerda Parte do solista em partituras de acompanhamento Parte da mo direita com leitura ascendente de intervalos Parte de mo esquerda com leitura descendente de intervalos

15-1. Os smbolos deste captulo XV referem-se msica para instrumentos de teclado como o clavicmbalo e o clavicrdio alm do piano. Referem-se tambm aos instrumentos eletrnicos de teclado. 15-2. Os smbolos de parte e de mo so colocados antes do primeiro smbolo do trecho a que se referem. 15-3. Quando esses smbolos vm acompanhados de qualquer outro que contenha quaisquer dos pontos 1, 2 ou 3, intercala-se entre ambos o ponto 3.

154

Exemplo 15-3.

15-4. A primeira nota que se segue a um desses smbolos deve conter indicao de oitava. 15-5. Os acompanhamentos para teclado devem incluir ou um hfen da parte solista ou a parte solista na ntegra, usando o prefixo ">. 15-6. Quando nas partes para acompanhamento ou de reduo orquestral para teclado houver anotaes sobre instrumentao, estas devem ser transcritas tal e qual constam no original em tinta. 15-7. Os trechos a serem tocados alternativamente com ambas as mos devem, sempre que possvel, ser escritos de forma contnua na parte destinada a um deles. Nem sempre fcil decidir que parte mais adequada para escrever um determinado trecho, mas a melhor dica o aspecto geral da msica. Exemplo 15-7.

155

15-8. Quando um trecho cuja execuo realizada com a alternncia de ambas as mos contm toda a msica, o referido trecho escrito na ntegra na parte de uma das mos, tal como ilustra o exemplo 15-11. 15-9. Pode-se acrescentar a abreviatura sim. toda vez que for seguido exatamente o modelo adotado para a alternncia das mos. Qualquer abreviatura usada, que no conste do original em tinta, deve ser precedida do ponto 5; p. ex., ">siM'.

15-10. Uma mudana de clave dentro de uma parte no afeta o sentido da leitura de intervalos nessa parte. Exemplo 15-10.

156

15-11. Toda vez que se deseje uma mudana de sentido para a leitura de intervalos, use os smbolos de mo correspondentes para indicar a mo esquerda com leitura descendente de intervalo ou a mo direita, com leitura ascendente. Os exemplos 12-33 a 12-35 nos mostram, em um trecho de uma pea para piano, o uso do sinal de mo direita escrito em pentagrama para mo esquerda. Exemplo 15-11.

15-12.Quando for necessrio o emprego de um em acorde para notas soltas, preciso tomar cuidado especial em especificar com clareza a mo a que se destinam tais notas. Exemplo 15-12.

157

15-13. Em msica complexa, como a de Chopin e outros compositores, s vezes preciso usar em ambas as mos o smbolo de coincidncia de notas ;2. Exemplo 15-13. (a) Compasso sobre compasso

(b)

Seo por seo

158

Smbolos da Tabela 2.

>/k >#k

Clave de sol para a parte de mo esquerda Clave de f para a parte de mo direita

15-14. Quando so includos os smbolos de clave, especialmente para professores cegos com alunos no-cegos, utilizam-se smbolos de clave modificados, para indicar clave de sol no pentagrama de mo esquerda, ou clave de f, no pentagrama de mo direita. Nem a leitura de intervalos nem a ordem de escrita dos em acordes so afetadas pelo uso desses smbolos. Exemplo 15-14.

159

2.

Smbolos de pedal para piano

Smbolos da Tabela 15 A.

@> A b l 1 c k @k ,k

Parte de pedais no rgo Incio de um trecho no qual a parte de pedal e a de mo esquerda acham-se impressas no mesmo pentagrama. Volta do pedal a seu prprio pentagrama, separando-se da mo esquerda. Ponta do p esquerdo (cunha ^ embaixo da nota) Calcanhar do p esquerdo (ferradura U ou crculo embaixo da nota) Ponta do p direito (cunha ^ em cima da nota) Calcanhar do p direito (ferradura U ou crculo em cima da nota) Entre smbolos de ponta e/ou calcanhar, mudana sobre uma nota Mudana sem indicar ponta ou calcanhar P cruzado frente (hfen _ em cima do smbolo de ponta ou calcanhar) P cruzado atrs (hfen _ embaixo do smbolo de ponta ou calcanhar)

165

15-27. Quando a parte de pedal para rgo acha-se escrita em um pentagrama separadamente, transcrita em braille como parte independente, que se inicia com o prefixo visto anteriormente. Quando a parte de pedal est includa no pentagrama para a mo esquerda, combinam-se os prefixos de pedal para rgo e de mo esquerda, conforme se verifica no exemplo 15-27. Este prefixo combinado escrito somente no incio de um trecho com estas caractersticas, j que os compassos ou sees subseqentes levam unicamente o prefixo de mo esquerda. Exemplo 15-27.

15-28. Quando a escrita do pedal se separa da escrita de mo esquerda, escreve-se o prefixo @> uma s vez, para confirmar essa ocorrncia. Se a prpria msica mostra com clareza que se deixou de usar o pedal, no necessrio o emprego desse prefixo. Se o pedal volta a ser usado, escreve-se novamente o prefixo combinado. Caso no haja parte de pedal no terceiro compasso do exemplo 15-17, a transcrio seria como se segue: Exemplo 15-28.

166

15-29. Quando na verso impressa em tinta colocam-se embaixo do pentagrama a cunha para a ponta e o smbolo curvado para o calcanhar, essa posico indica a interveno do p esquerdo; enquanto que, quando estes smbolos so empregados em cima do pentagrama, referem-se ao p direito. Em braille, so colocados depois das notas ou intervalos que as afetam, sendo o seu tratamento idntico ao dado aos smbolos de dedilhado. 15-30. As linhas horizontais por cima ou por baixo dos smbolos de p indicam normalmente o cruzamento dos ps, se bem que em algumas publicaes podem ter outros significados. Em braille, os smbolos de cruzamento de ps so colocados antes da nota. Exemplo 15-30.

15-31. Em algumas publicaes impressas em tinta, encontramos smbolos que indicam o uso da parte exterior ou interior da ponta e/ou do calcanhar. A raridade do emprego destas indicaes e a diversidade de smbolos usados por diferentes autores no incentivaram um acordo internacional especfico sobre a matria, embora a Dinamarca1 tenha criado uma srie de sinais em braille para representar estes smbolos.1

O. Kjr Nielsen. Den Brailleske Nodeskrift, Dansk Revision. Kbenhavn: Statens Bibliotek og Trykkeri for Blinde [Biblioteca Nacional Dinamarquesa para Cegos], Copenhague, 1978), edio impressa, p. 161; edio em Braille, Vol. 1, p. 143.

167

2. Registro 15-32.Muito cuidado na hora de incluir as indicaes de registro, uso e troca de manuais, informao sobre paradas, etc. 15-33. A incluso dos detalhes do registro no comeo de uma obra ou movimento deve ser o mais fiel possvel em relao ao original impresso em tinta. 15-34. As indicaes impressas em tinta, para expressar ps (medida de comprimento dos tubos), mais e menos, so transcritas de acordo com a simbologia de cada pas. Nesta edio, usam-se os smbolos brasileiros. Exemplo 15-34.

Gt. 8 ft. sw. coupled Sw. Stopped diap., clarabella and gamba (or salicional) 8 ft. Fed. Bourdon 16 ft. and Bass flute 8 ft. Gt. to Ped. 15-35. As mudanas significativas no registro, que surgem ao longo de uma pea, podem ser transcritas conforme linhas acima, porm o normal dar a estas mudanas o mesmo tratamento que a qualquer outro

168

texto dentro da partitura braille. Exemplo 15-35.

15-36. Todas as mudanas que surjam devem ser colocadas em braille em todas as partes correspondentes, tendo especial cuidado em situ-las com exatido em cada parte. Conforme se depreende do exemplo 1536, na verso impressa em tinta costuma-se usar uma s abreviatura entre os pentagramas, mas, em braille, o registro tem que ser repetido em todas as partes envolvidas. Devem ser usadas as mesmas abreviaturas ou palavras que constem do original impresso em tinta. Exemplo 15-36.

169

15-37. Quando consta, na verso impressa em tinta, mais de um tipo de registro, todos eles devem tambm ser transcritos em braille. Vide, no exemplo 15-37, um diagrama impresso, com informao de registro para rgo eletrnico ou de tubos e tambm para rgo com drawbar. As palavras e/ou as sries de nmero so transcritas de acordo com a simbologia padro para texto literrio. Exemplo 15-37.

rgo eletrnico ou de tubos: rgo com drawbar:

Flautas 8, 2 Superior + Xilofone 00 8048 000 + Perc. (Xilofone) Ritmo automtico: Jazz

Flautas 8, 4 Inferior: Melodia 8 (00) 8422 000

Pedal 16, 8 Pedal: 4(4) Vibrato: Curto

15-38. muito variada a forma de indicar o registro. Nos teclados eletrnicos s vezes vm desenhos dos instrumentos. No registro impresso em tinta do exemplo seguinte, os instrumentos vm desenhados; em braille, so citados pelo seu nome. Exemplo 15-38.

6 METAIS SUAVES170

Superior: Inferior:

XVI. MSICA VOCAL (Tabela 16) Smbolos da Tabela 16.

c cA cb cl c1 _c ;b^2 b l >1 ,/ 8 0 9 99 #c9 ou 9#c

Ligadura silbica Ligadura silbica para primeiro e segundo idiomas Ligadura silbica para terceiro e quarto idiomas Ligadura indicativa de variao de slabas em um idioma apenas Comeo e final de ligadura de frase. Duas slabas cantadas sobre uma nota Trs slabas cantadas sobre uma nota Meia respirao Respirao completa Delimitao do texto que ser cantado sobre uma nota Repetir o texto uma vez, p. ex.: 9.AM!N9 . Repetir o texto duas vezes Repetir o texto trs vezes (ou mais vezes)

16-1. As partes vocais para solista so transcritas da mesma forma que as instrumentais, salvo no que se refere s ligaduras de expresso e s adaptaes do texto vocal. 16-2. As linhas ou sees de texto alternam-se com as linhas ou sees de

171

msica que correspondem ao referido texto. Para identificar a parte de texto, empregamos ou o prefixo ;2 ou a inicial da voz de que se braille. 16-3. Para identificar a msica usa-se o prefixo trate, ou simplesmente sua prpria colocao dentro da pgina em

,', a inicial da voz ou

uma colocao determinada dentro da pgina em braille. Caso constem intervalos na partitura, deve ser includa uma nota indicando o sentido da leitura. 16-4. Em alguns pases, o texto aparece antes da msica, enquanto que em outros a msica precede o texto. Os exemplos deste captulo mostram alguns dos diferentes sistemas de transcrio, em braille, da msica vocal. 16-5. Convm acrescentar na parte vocal indicaes tais como rit., acel., em tempo, embora na verso impressa em tinta figurem unicamente na parte do acompanhamento. 16-6. A msica e o texto correspondente no se alinham com exatido, como ocorre na verso impressa em tinta. Por isso, a correspondncia entre notas e slabas deve ser muito clara, mediante o emprego criterioso dos smbolos que aparecem nos exemplos 16-7 a 16-10. 16-7. A ligadura

c entre notas indica que sobre estas se canta uma s

slaba de texto. O smbolo duplicado, quando se cantam mais de quatro notas sobre a mesma slaba. Para ligaduras de expresso, usamse sempre os smbolos ;b e ^2, com independncia do nmero

172

de notas que abrangem a ligadura. Exemplo 16-7.

16-8. Quando duas ou trs slabas ou vocais se unem sobre a mesma nota, colocam-se os sinais Exemplo 16-8.

b ou l depois da referida nota. No texto, as slabas ou vocais que se unem terminam entre os sinais 8 e 0 .

16-9. Quando a cano em dois ou mais idiomas, o nmero de slabas de cada compasso pode ser diferente no texto de cada idioma. Usam-se os smbolos de ligadura silbica seguidos de smbolos de dedos para

173

indicar a que idioma se faz referncia. No terceiro compasso do exemplo 16-9, a primeira ligadura afeta ambos os idiomas, enquanto que a segunda diz respeito exclusivamente ao segundo deles. Exemplo 16-9.

16-10. Quando em uma repetio meldica com texto distinto se produz uma diferena na colocao de slabas dentro do mesmo idioma, o smbolo textos. Exemplo 16-10.

_c indica que a ligadura silbica altera apenas um dos

174

16-11. Os smbolos de respirao ficam onde aparecem, sem necessidade da colocao de smbolo de oitava antes da nota seguinte. Os smbolos que indicam, na verso impressa em tinta, a respirao, so muito variados, e o smbolo usado por um compositor ou editor para indicar meia respirao pode ser empregado por outro para respirao completa. Quando no se sabe, com certeza, se o smbolo se refere a meia respirao ou a respirao completa, insere-se uma nota do transcritor, na qual so descritas as diferentes formas dos smbolos impressos em tinta, juntamente com sua representao em braille. O exemplo 16-11, sem texto em braille, mostra os smbolos mais comuns usados na impresso em tinta, para indicar tanto a meia respirao como a respirao completa. Exemplo 16-11.

16-12. Alm das que aparecem no original impresso em tinta, as nicas repeties aconselhveis na transcrio em braille so as de compasso para compasso breve e o sinal braille para repeties longas e muito claras, tais como a repetio final de uma ria, depois de uma seo central. 16-13. Para repetir palavras ou frases de um texto, usa-se o smbolo

9, em-

pregado no incio e no final do texto a repetir, sem espao em branco. Se o mesmo texto repetido duas vezes (ou seja, se cantado trs

175

vezes), duplica-se o sinal, tanto no princpio quanto no final do texto a ser repetido (contudo, s em um lugar, no em ambos). Se repetido mais de duas vezes, o smbolo precedido (no princpio ou no final, nunca em ambas as posies) de um nmero que indica o nmero de repeties. O exemplo 16-13, em braille, ilustra duas transcries possveis para indicar que a palavra amm deve ser cantada seis vezes. Exemplo 16-13.

16-14. As partes que se dividam temporalmente ou que contenham notas alternativas so transcritas com intervalos ou com em acordes, conforme o caso. Se no original impresso em tinta vierem em notas pequenas, deve-se usar o sinal de caracteres pequenos ,5 (Tabela 1).

16-15. As indicaes separadas sobre tessitura vocal so transcritas da mesma forma que aparecem na edio impressa em tinta. Exemplo 16-15.

16-16.Em braille, no se incluem os hfens que, na verso impressa em tinta, constam entre determinadas slabas para o alinhamento vertical do texto com as notas. 16-17.Quando as partes para tenor aparecem impressas em tinta em clave

176

de sol, uma oitava acima de seu tom real, costumam ser transcritas, em braille, na tessitura em que realmente so cantadas. 16-18.Nas partituras para conjunto vocal e para coro, aplicam-se as normas estabelecidas neste captulo. Escrevem-se linhas ou sees de msica para cada uma das vozes. Quanto ao texto, se for o mesmo para todas as vozes, transcrito uma s vez. Quando muda, escrito em separado para cada uma das vozes. 16-19.Os acompanhamentos para teclado no so escritos como uma parte, mas dentro de uma partitura vocal. So transcritos em separado e normalmente incluem um esboo dos temas importantes, da entrada das vozes e de outros elementos do conjunto. Os acompanhamentos instrumentais possuem sua prpria partitura (que inclui piano, quando este usado), juntamente com um resumo da msica vocal.

177

XVII. INSTRUMENTOS DE CORDA (Tabela 17) A. Smbolos gerais 17-1. A msica para instrumentos de corda transcrita por meio da simbologia tratada neste manual. 17-2 Devido ausncia de padronizao dos sinais impressos em tinta para cordas, posies, pestanas, harmnicos e outros elementos imprescindvel que o transcritor possua um profundo conhecimento desses instrumentos, de preferncia como intrprete. 17-3. Em alguns pases, usam-se os smbolos de clave como prefixo para toda msica instrumental. Quando estes smbolos so usados, indicam o sentido dos intervalos e dos em acordes. A clave de d indica sentido descendente para viola e ascendente para violoncelo e contrabaixo. Quando os smbolos de clave no forem includos, devese acrescentar uma nota explicativa. A estrutura do exemplo 17-3 pode ser til. Exemplo 17-3.

17-4. A claves de sol, com um pequeno 8 embaixo, usado s vezes para os instrumentos de cordas dedilhadas, indicam que as notas soam uma oitava mais grave que a tessitura em que se acham escritas, embora a msica tenha que ser transcrita em braille tal como aparece no original em tinta.

178

Smbolos da Tabela 17 A.

%A %b %l %1

Primeira corda Segunda corda Terceira corda Quarta corda

%k %2 %'

Quinta corda Sexta corda Stima corda

17-5. Na verso impressa em tinta, as cordas so indicadas tanto com nmeros romanos quanto com arbicos ou com letras. Recomenda-se a incluso de uma nota explicativa sobre o mtodo usado no original em tinta. Quando nos deparamos com combinaes de palavras e letras do tipo sul G, estas combinaes sero transcritas da mesma forma que constam do original em tinta. 17-6. Os smbolos de corda no obrigam, por si ss, o uso de smbolos de oitava. 17-7. Se na verso impressa em tinta constam linhas de continuidade para indicar cordas, em braille duplica-se o smbolo de corda correspondente, antes da primeira nota, que repetido, sem duplicao, antes da ltima. O smbolo duplicado apenas na sua segunda metade. Exemplo 17-7.

179

Smbolos da Tabela 17 B.

>> >/ >+ ># >9 >0 @A @A' ,@A

Primeira posio ou trasto Segunda posio ou trasto Terceira posio ou trasto Quarta posio ou trasto Quinta posio ou trasto Sexta posio ou trasto

,>3 >>-/ >-+ >>/

Stima posio ou trasto Oitava posio ou trasto Nona posio ou trasto Dcima posio ou trasto Meia posio

Glissando ou mudana para uma nova posio Incio de linha de mudana Final de linha de mudana

17-8. Os sinais de posio ou trasto so normalmente colocados atrs dos smbolos de corda e adiante dos smbolos de arco e de plectro. Emprega-se o termo posio com referncia aos instrumentos que tm o diapaso liso, e o termo trasto para aqueles que possuem estes elementos no seu diapaso. 17-9. Impressos em tinta, os smbolos de posio ou trasto costumam ser representados por nmeros romanos ou arbicos. Recomenda-se a incluso de uma nota explicativa que descreva o tipo de nmeros usados no original em tinta. 17-10. A nota que vem depois de um smbolo de posio ou trasto deve conter sinal de oitava. 17-11. A linha de continuidade que vem depois de um smbolo de posio expressa por dois pontos 3 '' . O smbolo que indica o final desta

180

linha,

>', vem depois da ltima nota e no deve ser usado, caso

logo aps venha outro smbolo de posio. Exemplo 17-11.

17-12. Para o dedilhado dos instrumentos de arco ou de cordas dedilhadas, vide simbologia e exemplos contidos no Captulo VIII, Dedilhado, parte B. 17-13. As linhas de mudana so freqentemente encontradas em msica para guitarra (violo) e, ocasionalmente, tambm em msica para instrumentos de cordas friccionadas. Tm aparncia de glissandos, tanto impressas em tinta quanto em braille, mas, salvo quando aparece a palavra glissando ou sua abreviatura, as linhas inclinadas indicam uma mudana de trasto ou posio. O smbolo colocado entre as notas afetadas. Caso na verso impressa em tinta aparea a palavra glissando ou sua abreviatura, essa indicao dever ser tambm includa na transcrio em braille. 17-14.Quando aparecem notas intermedirias, torna-se necessrio indicar o incio e o final da mudana, com o uso dos smbolos anteriormente mencionados. Use o smbolo padro sempre que possvel. O exemplo

181

(a) ilustra a mudana normal, e o (b), a necessidade do emprego e o emprego dos smbolos de incio e de final. Exemplo 17-14. (a)

(b)

17-15. O smbolo de glissando colocado aps a primeira das duas notas afetadas por ele. Se no original impresso em tinta aparece tambm uma ligadura, este sinal precede o smbolo de glissando. Caso, alm disso, venha a palavra glissando ou sua abreviatura, essa indicao dever ser transcrita em braille.

182

Smbolos da Tabela 17 D.

k *l

Harmnico natural ou corda solta Harmnico artificial

17-16. Os harmnicos naturais distinguem-se dos artificiais pela forma que tomam na verso impressa em tinta. Usa-se o smbolo de harmnico artificial para as notas que apresentam forma de losango, enquanto que o smbolo de harmnico natural usado quando uma nota normal contm um zero em cima e no corda solta. 17-17. O smbolo de harmnico natural vem depois da nota; o smbolo de harmnico artificial precede a nota e s pode estar separado dela por smbolos de oitava e/ou alteraes. As palavras ou abreviaturas tais como art. harm. so includas na transcrio, com o correspondente smbolo de palavra. 17-18. Quando for representado o dedilhado de um harmnico natural, esse dedilhado precede o smbolo de harmnico. Exemplo 17-18.

17-19. Tanto os smbolos de harmnico artificial como os de natural podem ser duplicados se afetam mais de trs notas ou intervalos. O harmnico artificial duplicado da seguinte forma:

*l*l .

183

17-20. Os trs exemplos seguintes ilustram o emprego dos harmnicos, assim como outras caractersticas da msica para instrumentos de corda. No exemplo 17-20 para guitarra (violo), a abreviatura harm. aparece com um colchete horizontal para indicar quais notas tero de ser executadas como harmnicas. Em braille, usamos para essa indicao a linha de continuidade. Outro colchete horizontal com um nmero romano indica que a mo deve se manter em terceira posio, para o que usamos uma segunda linha de continuidade. Os nmeros arbicos circunscritos representam smbolos de corda. Exemplo 17-202 .

17-21. No exemplo 17-21, vem-se notas em forma de losango, junto a uma abreviatura, de forma que usamos o smbolo de harmnico artificial e inclumos a abreviatura com sua linha de continuidade. Neste exemplo para guitarra (violo), foram usadas, na verso impressa em tinta, letras circunscritas para representar os nomes das cordas; p. ex., G, B e E. O transcritor tem de conhecer todos os instrumentos de corda2

Este exemplo tambm confuso, na verso impressa em tinta.

184

para saber que um G representa a terceira corda da guitarra (violo), a quarta do violino, a terceira da viola, etc. O smbolo de linha divisria

l muito til na transcrio de msica completa para corda.

Exemplo 17-21.

17-22. No exemplo 17-22, incluiu-se em braille tanto a abreviatura harm. quanto o smbolo de dcimo-segundo trastro para indicar o harmnico, tal qual consta do original impresso em tinta. As indicaes do dedilhado, corda e trasto acham-se escritas em nmero arbicos, o que demonstra, mais uma vez, que essencial um bom conhecimento dos instrumentos de corda para identificar o significado de cada nmero. Exemplo 17-22.

185

17-23.Quando na verso impressa em tinta figuram as notas resultantes, tanto para os harmnicos naturais quanto para os artificiais, estas so escritas como notas pequenas e se transcrevem, em braille, como em acorde parte. Se dois harmnicos artificiais soam simultaneamente, melhor separ-los por um em acorde, j que as notas em forma de losango no produzem o som que representam. As notas resultantes podem, contudo, ser escritas como acordes. Exemplo 17-23.

B. Instrumentos de arco Mais smbolos da Tabela 17 D.

k >kkArpejo ascendente Arpejo descendente17-35. Em algumas edies de msica para guitarra (violo), o smbolo usado, na verso impressa em tinta, para indicar um golpe descendente uma seta apontada para cima, e para o golpe ascendente, uma seta voltada para baixo. (Movendo-se a mo para baixo, perpendicularmente s cordas, dedilha-se da nota mais grave mais aguda, e vice-versa.) Outros editores, ao contrrio, usam as setas com o significado oposto: a que aponta para cima para golpe ascendente e a que aponta para baixo para golpe descendente. Por isso, na transcrio braille, deve-se acrescentar uma nota que descreva o significado da simbologia do original em tinta. 17-36. Para o rasqueado (uma tcnica especial que rasqueia as cordas com rapidez, de cima para baixo e de baixo para cima), usam-se os smbolos de arpejo em lugar dos de golpe. Para a seta que aponta para cima, use >k, e o smbolo >kk para a seta que aponta para baixo. Se as setas apontam em ambas as direes, use os dois smbolos, respeitando o original impresso em tinta. Alm disso, acrescente a palavra rasqueado ou sua abreviatura, se constar do original em tinta.191Exemplo 17-36.Rasq. 17-37. Quando se indica um golpe, use a palavra ou sua abreviatura, de acordo com o original em tinta. Quando se executa em uma pausa, a palavra ou sua inicial colocada antes da referida pausa. Se no estiver sobre uma pausa, correspondemos, em braille, a mesma colocao do original impresso em tinta, esteja ela situada antes ou depois de uma nota, de um rasqueado ou de outro elemento. Exemplo 17-37.Rasq.19217-38. Uma ligadura que no termina em nota alguma, ou ligadura que vai a lugar nenhum, ;c, exige dos transcritores cuidado especial para sua identificao. O exemplo 17-38 inclui msica para guitarra (violo), escrita em clave de f, com leitura ascendente de intervalos. O transcritor versado no assunto perceber que a primeira ligadura no termina em nota alguma e que o intervalo no se liga mnima. Nesse caso, coloca-se o smbolo especfico aps cada nota do acorde. Se na msica para guitarra (violo) uma ligadura indica simplesmente um adorno, esse mesmo smbolo pode ser usado. Exemplo 17-38.17-39.O dedilhado de mo direita da guitarra (violo) acha-se descrita no Captulo VIII, Dedilhado: Smbolos da Tabela 8B, bem como nos pargrafos 8-10 e 8-11.193XVIII. INSTRUMENTOS DE SOPRO E DE PERCUSSO (Tabela 18) A. Instrumentos de sopro 18-1. Para a transcrio dos instrumentos de sopro, usa-se a simbologia padro, embora tambm sejam usados outros smbolos que tm um significado especfico para estes instrumentos. Smbolos da Tabela 18 A.k 1 ,/Meia respirao Respirao completa18-2. A letra O significa som aberto e costuma indicar ao intrprete que deve suprimir a surdina. colocado normalmente aps a nota. 18-3. O sinal mais costuma indicar que a surdina deve ser colocada. Alguns pases o escrevem adiante, e outros, atrs da nota. 18-4. Os smbolos impressos em tinta para a respirao so representados por vrgulas, pontas de seta e outros sinais grficos. Em algumas edies, a vrgula indica respirao completa, enquanto que em outras194significa meia respirao, o que acontece com os demais smbolos. Fica a cargo do transcritor determinar seu significado, sempre que lhe for possvel, e inserir uma nota edio em braille, na qual descrever os smbolos da edio impressa em tinta, indicando o significado que lhes for atribudo na transcrio em braille. 18-5. Os smbolos de respirao figuram no mesmo lugar e no impem o uso de smbolos de oitava. Exemplo 18-5. (Solo de tuba.)18-6. As partes para instrumentos transpositores so escritas utilizando a armadura de clave que consta do original impresso em tinta. Quando tal ocorre em partituras para conjunto ou com acompanhamento para teclado, cada parte possui uma estrutura diferente, as quais devem aparecer no comeo de cada paralela ou seo. Exemplo 18-6.19518-7. Quando h acordes da mesma durao em msica para instrumentos de sopro, podem ser empregados intervalos ou em acordes, de acordo com as preferncias de cada pas. 18-8. As indicaes do tipo a 2 ou solo devem constar tal como aparecem no original em tinta. 18-9. Os acompanhamentos costumam ser transcritos parte e normalmente compreendem ou um breve esboo da parte solista, tal como vemos abaixo, ou uma duplicao da referida parte, conforme podemos ver no exemplo 18-6. Ambos os exemplos se referem ao mesmo original impresso em tinta. Exemplo 18-9.18-10. Para o uso de simbologia moderna, pouco adotada, vide seo XIII do presente manual. O exemplo 18-10 foi extrado de uma obra moder-196na, mas o trmulo, que sinaliza para o intrprete vibrao da lngua, foi transcrito por meio da repetio em fusas da simbologia tradicional. Sempre que possvel, use esta simbologia. Exemplo 18-10. (sem indicao de compasso)B. Percusso 18-11. Para os instrumentos de percusso de som determinado, tais como os sinos, o xilofone, etc., usa-se a simbologia padro. 18-12. Para os instrumentos de som indeterminado, a msica costuma aparecer impressa em tinta de uma das duas formas abaixo descritas. Em braille, de praxe a incluso de uma nota, na qual se detalha a forma de representao impressa em tinta, assim como o nmero de linhas usadas para a pauta de percusso. 1) Usa-se um pentagrama de cinco linhas, cada uma das quais bem como os espaos, se for o caso representa um instrumento diferente dos vrios instrumentos tocados por um intrprete apenas.197As figuras so dispostas sucessiva ou simultaneamente, dependendo de como os instrumentos sero golpeados: um de cada vez ou todos ao mesmo tempo. 2) As figuras de cada instrumento no so escritas em uma pauta de cinco linhas. A indicao de compasso e o valor das figuras so colocados ao longo de uma s linha horizontal ou, s vezes, em pautas de duas ou trs linhas. 18-13. A pauta de cinco linhas para instrumentos de percusso de som indeterminado compreende a indicao de compasso, o valor das figuras, as nuances e outros detalhes da interpretao, mas no inclui o smbolo de clave. Na transcrio em braille, so usadas as notas correspondentes, se o pentagrama possuir uma clave de f, sendo transcritas normalmente as indicaes restantes de interpretao. permitido o uso de em acordes e intervalos, que podem ser duplicados. O exemplo 18-13 foi extrado de um solo para dois tan-tans. Exemplo 18-13.198Smbolos da Tabela 18 B.l AMo direita Mo esquerda.18-14. Na verso impressa em tinta, as letras R e L so usadas geralmente para indicar mo direita e mo esquerda, respectivamente. Em braille, os smbolos de mo vm depois da nota e seguem as mesmas normas adotadas para o dedilhado. O exemplo 18-14 foi extrado de um livro de exerccios para tambor. Exemplo 18-14.18-15. Quando so usadas na verso impressa em tinta palavras para indicar a mudana de elementos percutores (baquetas, vassourinhas, etc.), o original ser fielmente observado na transcrio para o sistema braille. Se o original impresso em tinta contiver desenhos ou smbolos, lidaremos com duas possibilidades: usar os smbolos especiais, ou abreviatuas, como por exemplo bd para baquetas duras. Neste caso, preciso acrescentar uma nota edio em braille, esclarecendo o conjunto de smbolos e/ou abreviaturas usados.19918-16. O exemplo 18-16 um trecho para dois pratos, interpretado de maneiras diferentes. O fato de as notas possurem forma de X consta da lista de instrumentos, razo pela qual no necessrio repeti-lo na msica. O restante dos smbolos essencialmente grfico no original impresso em tinta. Neste exemplo, a ligadura a lugar algum indica que o prato deve continuar soando. Exemplo 18-16.;cPrato suspenso gravePrato suspenso agudo200Extremo oposto das baquetas EscovinhasNa cpula No centro do prato Na borda do prato18-17. Embora os percussionistas falem de flams, rufos, etc., e usem uma terminologia que difere bastante da usada para os instrumentos de teclado, nas partituras impressas em tinta usa-se simbologia idntica destes instrumentos. No exemplo 18-17, que ilustra um solo de bateria, encontramos um flam (um mordente) e vrios rufos (repeties em semicolcheias e fusas). Podemos encontrar esse tipo de indicao tanto em um pentagrama como em transcrio sobre uma linha apenas. Exemplo 18-17.18-18. Quando h uma observao, na verso impressa em tinta, indicando a que notas corresponde tal instrumento, tal observao deve ser transcrita em braille, que pode ser feita conforme ilustra o exemplo 18-18.201Quando constam vrias partes no mesmo pentagrama, estas so executadas por um s intrprete, usando-se acordes e em acordes para sua transcrio. Quando cada parte se encontra em um pentagrama diferente, conforme abaixo, a transcrio feita em separado. Exemplo 18-18.TimbalesClavesMaracas18-19. Quando na verso impressa em tinta se escreve numa s linha, usa-se em braille um nico nome de nota com seus valores correspondentes. Costuma-se usar o d, s vezes r e, conforme vemos abaixo, tambm outras notas. 18-20. No exemplo 18-20, impresso em tinta numa linha s, o sentido das plicas se refere a instrumentos diferentes. Todas as figuras para tam-202bor pequeno possuem hastes que apontam para baixo. No entanto, as figuras para tringulo possuem as hastes voltadas para cima. Os instrumentos foram definidos no comeo e, na verso impressa em tinta, as hastes os identificam durante toda a pea. Na transcrio em braille, uma nota se destina ao tambor e outra, ao tringulo. Exemplo 18-20.203XIX. ACORDEON (Tabela 19) Smbolos da Tabela 19 A.,> @ ^ _ " . ; , ,, @@Prefixo de msica para acordeonFileira de botes Primeira fileira hfen debaixo da nota (notas de contrabaixo) Segunda fileira sem indicao (notas de baixo) Terceira fileira 1 ou M (acordes maiores) Quarta fileira 2 ou m (acordes menores) Quinta fileira 3, S ou 7 (acordes de stima dominante) Sexta fileira 4 ou d (acordes de stima diminuta) Stima fileira diversas indicaes Oitava fileira diversas indicaes Fileira zero diversas indicaes19-1. Os smbolos para acordeon adquirem seu valor unicamente quando aparecem em uma parte com o prefixo ,>, para parte de mo esquerda de acordeon1 . 19-2. Na verso impressa em tinta, as notas graves (as duas primeiras fileiras de teclas) costumam ser escritas na parte inferior do pentagrama, com as hastes voltadas para cima. As notas que representam acordes (o1Os smbolos para acordeon russo e bayan so diferentes. So explicados em Shamina, U.I.; Klevezal, G.P. e Smirnov, G.A. Notnaya Sistema Brailia. (Moscou: Prosveshcheniye, 1978), Vol. IV, pp. 165203.204resto das fileiras de teclas) so escritas na parte superior do pentagrama, com as hastes apontando para baixo. Portanto, em braille no so necessrios os smbolos de oitava, j que estes so usados para numerar as fileiras de teclas. Um smbolo de fileira permanece vlido, enquanto no aparece outro. 19-3. Os smbolos de fileiras de teclas situam-se imediatamente antes das notas que modificam e nenhum smbolo musicogrfico deve separ-las. Exemplo 19-3.Mais smbolos da Tabela 19 A.R' >sR'Abrir fole (V apontando para a esquerda) Fechar fole (V apontando para a direita) Cesura (sem abrir nem fechar) Solo de baixo (B.S.) Registro Sem registro (usar as iniciais na verso impressa em tinta)20519-4. As abreviaturas se situam na parte dos baixos de acordeon, sem espaos em branco. Devem ser usadas as do original impresso em tinta e so seguidas do ponto 3. Por exemplo: S.R. ou Sr. (por senza registro) >sR' 19-5. No solo de baixo seguinte consta o dedilhado. Exemplo 19-5.19-6. A informao de registros que fornece os smbolos circulares (vide Tabela 19 B) deve localizar-se sem espaos em branco na parte de mo esquerda e ser acompanhada do ponto 3. Se um registro for precedido de uma indicao de compasso, deve-se deixar um espao em branco entre a indicao e o registro. Exemplo 19-6.20619-7. Se nos deparamos com smbolos de registro diferentes dos que aparecem na Tabela 19 B, necessrio a incluso de uma nota explicativa. Caso no original impresso em tinta algum registro venha codificado por nmeros, em braille ser obedecida a ordem que figura no original em tinta. Quando o crculo que indica um registro achar-se cruzado por trs linhas (conforme exemplo 19-6), um ponto da seo superior do smbolo equivale a 2 ft. [2 ps] >#b' .19-8. Se uma partitura contm dois dedilhados, uma para acordeon piano e outra para acordeon de botes, a que corresponde a acordeon piano deve ser transcrita em primeiro lugar. Esta particularidade constar em nota edio em braille. 19-9. Quando na mo esquerda aparecem baixos e acordes do mesmo valor, que soem simultaneamente, as notas que representam acordes podem ser escritas como intervalos precedidos do smbolo de fileira correspondente. Neste caso, todas as notas que se escrevem como intervalos tm que estar precedidas de seu smbolo de fileira correspondente. Exemplo 19-9.20719-10. Os intervalos podem ser duplicados, mas se h uma mudana de fileira deve-se interromper a duplicao. Exemplo 19-10.19-11. Quando na mo esquerda h uma mudana do sistema de acordes para o sistema de notas nicas, e quando o smbolo normal para mo esquerda_> inserido, incluem-se as letras bar ou qualquer ou-tra indicao que aparea no original impresso em tinta, sendo que as oitavas, notas e intervalos recuperam seu significado normal. Se o prefixo ,> voltar a aparecer, sinal do retorno ao sistema de acorfico para a mo esquerda do acordeon, indicando fileiras. des e, com isso, os smbolos de oitava voltam a seu significado espec-208Exemplo 19-11.19-12. A parte da mo direita transcrita da mesma forma que nos demais instrumentos de teclado. Aqui so includos os smbolos de abrir e fechar o fole, que dispensa a colocao do smbolo de oitava na nota seguinte: Exemplo 19-12.209XX. PARTITURAS INSTRUMENTAIS 20-1. preciso elaborar em braille, exatamente como consta do original impresso em tinta, uma lista de instrumentos com as abreviaturas que sero usadas na partitura braille. Estas abreviaturas costumam ser escritas no idioma do pas onde feita a transcrio, usando duas ou trs letras seguidas do ponto 3. 20-2. Geralmente, na primeira pgina constam todas as partes, enquanto nas pginas seguintes omitem-se as partes que permanecem em pausa. 20-3. Se for conveniente a incluso dos smbolos de clave, estes sero transcritos apenas na primeira pgina ou quando uma parte aparece pela primeira vez. 20-4. Salvo quando todos os instrumentos apresentem a mesma estrutura em clave, as diversas estruturas devem ser includas depois do nome de cada parte, em todas as pginas da partitura. 20-5. A informao relativa a letras de ensaio, nmeros de compasso e/ou nmeros de pgina constaro de uma linha livre por cima de cada paralela ou seo. 20-6. Quando aparecem acordes ou em acordes, todas as partes devem ser lidas no mesmo sentido, que deve ficar bem claro no comeo da partitura, com indicaes do tipo da seguinte:21020-7. As partes divididas podem ser transcritas quando as notas de ambas as partes possuem o mesmo valor como acordes ou com em acordes. O formato que propomos a seguir ajuda tanto identificar as partes quanto indicar o sentido de leitura de intervalos e em acordes. O exemplo se refere a duas trombetas (nmeros 2 1 em posio baixa), que indicam leitura ascendente.20-8. Pode-se usar o movimento paralelo para as partes que, na partitura, aparecem uma imediatamente ao lado da outra. Neste caso de linhas muito importantes e muito claras, que se acham duplicadas a certa distncia da parte que ocupa o primeiro lugar na pgina, podem ser duplicadas como se segue:20-9. O exemplo 20-9 (a) contm a lista de instrumentos para a sinfonia nmero 3 de Beethoven, com abreviaturas em ingls, para identificlos. Segue-se-lhe o exemplo (b), que contm os seis primeiros compassos do primeiro movimento. Nesta partitura, a leitura de intervalos ascendente. O esclarecimento que aparece antes da partitura indica que esta seo contm os compassos 1 a 6 do primeiro sistema da pgina 1 da partitura impressa em tinta. (Nos exemplos do presente captulo no foram acrescentadas as barras duplas de compasso.)211Exemplo 20-9. (a)212(b)213Symphony No 3 L. van Beethoven, Op. 55. Allegro con brio 2 Flten 2 Hoboen 2 Klarinetten in B 2 Fagotte3 Hrner in Es2 Trompeten in EsPauken in Es-B1. Violinen 2. Violinen Bratschen Violoncelli Kontrabsse21420-10. O exemplo a seguir contm os quatro compassos seguintes da mesma sinfonia. Os instrumentos que possuem compassos de espera no aparecem nem no original impresso em tinta nem na partitura em braille. Com a finalidade de mostrar uma variante a mais de formas de transcrio, este fragmento acha-se escrito em formato compasso sobre compasso. Exemplo 20-10.1. Violinen 2. Violinen Bratschen Violoncelli21520-11. O exemplo 20-10 ilustra o comeo da sinfonia nmero 6 de Tchaikovsky. A informao introdutria indica que nesta partitura a leitura de intervalos descendente. O trecho contm os compassos 1 a 4. A pgina do original impresso em tinta e o nmero de sistema foram transcritos na parte superior da cela braille, ficando bastante claro o seu significado. O trecho impresso em tinta contm toda a partitura; contudo, em braille, transcreveram-se apenas os instrumentos ativos nesse momento. Quando um instrumento entra pela primeira vez, escreve-se o seu sinal de clave, sinal que no volta a se repetir. Exemplo 20-11.216Sinfonia No 6 (Pathetique) Thaikovsky.Flauti I II Flauti III (piccolo) Oboi I II Clarinetti I II in A Fagotti I II Corni in F I II Corni in F III IV Trombe I II in A Tromboni I II Tromboni III e Tuba Timpani in A-E-Es Violini I Violini II VioleVioloncelli Contrabassi217218Fontes Bibliogrficas Usada Neste LivroReferncias bibliogrficas para msica The Nerw Grove Dictionary of Music and Musicians. Stanley Sadie, ed., Londres: Macmillan Press Limited, 1980. Apel, Willi, Harvard Dictionary of Music. Second Edition, Cambridge, Massachusetts: The Belknap Press of Harvard University Press, 1972.Atas de reunies e grupos de trabalho Braille Music Conference, 1992. Saanen, Switzerland. Zrich: Braille Press Zrich, 1992. Working Group Meeting on Braille Notation for the Accordion, Fredericia, Dinamarca, 1990. Workshop on Organ Music and Music Theory, Eastbourne, Reino Unido, 1989. Workshop Studying Specific Sign Notation for the Guitar, Madri, 1988. BRAMCE, Braille Music Conference, 1987. Marburg / Lahn: Deutsche Blindenstudienanstalt e.V., Marburg / Lahn, 1991.219International Conference on Unification of Braille Music Notation and Publication of Music Literature for the Blind, 1982, Moscou. Atas da conferncia revisadas por Gleb A. Smirnov, Moscou, 1982.Fontes das ilustraes impressas em tinta Association Valentin Hay. Notation Musicale Baille. Conform aux Dcisions du Congrs International convoqu par American Braille Press, Inc., Pars, en Avril, 1929. Pars: American Braille Press, Inc. DeGarmo, Mary Turner. Introduction to Braille Music Transcription. Washington: Library of Congress, 1970. Kerkhof, F. and Slegers, A. Het Braille Muziekschrift. Nijmegen: Instituut Henricus voor Visueel Gehandicapten, 1979. Nielsen, O. Kjr. Den Brailleske Nodeskrift. Dansk Revision, 1976. Kbenhavn: Statens bibliotek og trykkeri for blinde, 1978. Smirnov, Gleb A., Zappsy Not Po Sisteme Brailia. Moscou: Prosveshcheniye, 1988. Spanner, H.V., comp. Revised International Manual of Braille Music Notation, 1956. Louisville, Kentucky: American Printing House for the Blind, 1961.220Smbolos Nacionais de Dezesseis PasesNa Simbologia Internacional Braille, os smbolos mais, menos, barra oblqua, prefixo de maisculas, itlico e o smbolo especial de texto correspondem, quanto ao uso, aos da simbologia padro do pas que realizou a transcrio. Estes smbolos nacionais que constam deste manual correspondem aos de dezesseis pases. Acrescentou-se, alm disso, nos pases usurios, os smbolos para as letras acentuadas que podem ser encontrados nas transcries de textos vocais ou literrios nesses idiomas. Omitiram-se as normas de transcrio, inclusive os smbolos que tm como nica finalidade facilitar a leitura. No foi possvel incluir nem os caracteres japoneses nem os cirlicos, embora alguns desses smbolos usados na Rssia estejam includos. Listamos abaixo, em ordem alfabtica, os pases representados: Alemanha e Sua (alemo) Austrlia Brasil Dinamarca Espanha Finlndia Frana e Sua (francs) Holanda Itlia e Sua (italiano) Amrica do Norte (Canad e EUA) Polnia Reino Unido Repblica Checa Rssia221Smbolos nacionais da Alemanha e Sua (alemo)@6 @"1 ' #H' .D _D ,D > { \ @+ /mais menos barra oblqua Ponto literrio, ponto de abreviatura ou apstrofo em um contexto musical8 p, em msica para rgo D d d letra maiscula itlico letra minsculaLetras acentuadas trema trema tremaPonto 4, usado para um acento estrangeiro, no especificado Os sinais mais e menos podem ser precedidos do ponto 4 ou do ponto 5, em determinadas circunstncias. O apstrofo literrio em braille o ponto 6, mas, em msica, usa-se o ponto 3. Os pontos 45 indicam bloco de letras maisculas, p. ex., BWV^bwV222Smbolos nacionais da Austrlia;6 ;/ 99 #H@9 ,D .D ;D+ / * D d dmais menos barra oblqua asterisco letra maiscula itlico letra minscula8 p, em msica para rgoO ponto 4 usado para um acento estrangeiro no especificado.Smbolos nacionais do Brasil6 ,1 .D 9D9 "D ( = / ++ / D d dmais menos barra oblqua letra maiscula itlico, negrito ou sublinhado letra minsculaLetras acentuadas agudo agudo agudo agudo223) * < ? $ > { \ agudo circunflexo circunflexo circunflexo grave til til tremaSmbolos nacionais da Dinamarca6 / >59 #H' .D ,D ;D; >D+ / * D d d dmais menos barra oblqua asterisco letra maiscula letra minscula itlico com smbolo de texto8 p, em msica para rgoLetras acentuadas A maioria das letras acentuadas se forma com o caracter sem acento, precedido do ponto 5.224Por exemplo: "Aagudo ou graveConstituem exceo presente regra:> { * trema ou ditongo ae trema ou ditongo oe crculo sobre a letraPara os smbolos de acorde (crifra), usam-se os sinais do Braille literrio dos EUA.Smbolos nacionais da Espanha6 ( ! / + ) \ ]+ -mais menosLetras acentuadas agudo agudo agudo agudo agudo trema ee (nh)225Sinais nacionais da Finlndia6 / ,D .D ;D > * { ^+ / D d dmais menos barra oblqua letra maiscula itlico letra minsculaLetras acentuadas trema crculos sobre a letra tremaOs pontos 4-5 so usados para um acento estrangeiro no especificado.Smbolos nacionais da Frana e Sua (francs)6 / #H' .D _D226+ / D dmais menos barra oblqua letra maiscula itlico8 p em msica para rgo( * = ! < $ % ] / + ? ) : \ & {Letras acentuadas grave circunflexo agudo grave circunflexo trema circunflexo trema grave grave circunflexo grave circunflexo trema cedilha ditongo oeSmbolos nacionais da Holanda6 / 9 #H' .D _D+ / * D dmais menos barra inclinada asterisco letra maiscula itlico8 p em msica para rgo227Letras acentuadas> ( * $ ! = { + ? ] % \ ) : & trema grave circunflexo trema grave agudo trema grave circunflexo trema circunflexo trema grave circunflexo cedilhaSmbolos nacionais da Itlia e Sua (italiano)6 / #H' .D _D228+ / D dmais menos barra oblqua letra maiscula itlico8 p em msica para rgo( ! = / + )Letras acentuadas grave grave agudo grave grave graveSmbolos nacionais da Amrica do Norte (Canad e EUA)+ + mais menos / / barra oblqua 99 * asterisco #H FT4 8 p em msica para rgo ,D D letra maiscula .D d itlico ;D d letra minscula @ O ponto 4 usado para um acento estrangeiro no identificado.Smbolos nacionais da Polnia6 \+ /mais menos barra oblqua2299 #H/ ^D ,D _D * % : < ? + { & !* D d dasterisco letra maiscula letra minscula itlico8 p em msica para rgoLetras acentuadasa c e l n s z zcedilha polonesa, ogonek agudo cedilha polonesa, ogonek letra l, com um trao cruzado agudo agudo agudo ponto sobre a letra agudoSmbolos nacionais do Reino Unido;6 + mais ;- - menos ;7 = igual / / barra oblqua #H @9 8 p, em msica para rgo ,D D letra maiscula .D d itlico ;D d letra minscula @ O ponto 4 usado para um acento estrangeiro no especificado.230Smbolos nacionais da Repblica Checa4 ] 9 .D ou ,D @DLetras acentuadas+ / * D dmais menos barra oblqua asterisco letra maiscula letra minscula* % ? > < / $ { w : \ + ) & ! c d e n r s t u Zagudo circunflexo, hacek, caron apstrofo, alif, hamza agudo circunflexo, hacek, caron agudo circunflexo, hacek, caron agudo circunflexo, hacek, caron circunflexo, hacek, caron apstrofo, alif, hamza agudo crculo sobre a letra, krouzek agudo circunflexo, hacek, caron231Smbolos nacionais da Rssia6 .T ^' ,b _2 ;l+ T () []mais menos letra maiscula parnteses colchetes232ndice de Smbolos Conforme a Ordem do Braille PadroOs nmeros que aparecem entre parnteses indicam o nmero de Tabela. O indicativo de tabela acompanhado de um nmero de pargrafo e, em cursiva, de uma das matrias do ndice, no qual aparecem outras referncias afins. No diagrama seguinte, os sessenta e trs smbolos em braille se acham organizados em sete linhas, cada uma antecedida de um nmero de ordem. O ndice encontra-se dividido em pargrafos, cada um deles encabeado por um nmero. Os smbolos de dois ou mais caracteres esto includos no pargrafo encabegrafo 3; *k encontrado no 31).ado pelo nmero do primeiro dos caracteres (p. ex., cA aparece no par-Smbolos 1-10: Smbolos 11-20: Smbolos 21-30: Smbolos 31-40: Smbolos 41-50: Smbolos 51-56: Smbolos 57-63:A k u * 1 / @Quadro dos 63 caracteres Brailleb l V < 2 + ^c M X % 3 # _D N Y ? 4 > "e o z : 5 ' .F p & $ 6 ;g q = ] 7 ,H R ( \ 8i s ! { 9J T ) w 0233ndice de smbolos, de acordo com a ordem do braille padro Os nmeros entre parnteses se referem s tabelas de smbolos. Os nmeros unidos por hfen indicam captulo-pargrafo. As matrias do ndice geral aparecem em cursiva.A1. Primeiro dedo (8A 8B) 8-1, vide dedilhado Ponta do p esquerdo (15B) 15-29, vide pedais para rgo Dedo anular (violo) (8B) 8-10, vide dedilhado pima Mo esquerda (percusso) (18B) 18-14, vide percussoAb2. Segundo dedo (8A 8B) 8-1, vide dedilhado Calcanhar esquerdo (15B) 15-29, vide pedais para rgo Duas slabas cantadas sobre uma nota (16B) 16-8, vide texto vocalbc cA cb cl cc c12343. Ligadura expressiva entre duas notas ou acordes (6A ) 6-2, vide ligaduras de expresso Ligadura silbica (16B) 16-7, vide msica vocal Mudana de dedo sobre uma nota (8A 8B) 8-2, vide dedilhado Mudana de p sobre uma nota (15B) 15-29, vide pedais para rgo Ligadura silbica para o primeiro idioma (16B) 16-9, vide texto vocal Ligadura silbica para o terceiro idioma (16B) 16-9, vide texto vocal Ligadura de frase (6A 16B) 6-3(a), vide ligaduras de expresso Ligadura silbica para o quarto idioma (16B) 16-9, vide texto vocalcD e F g H i4. D colcheia ou quartifusa (1A ) 1-1, vide valor das notasD e F5. R colcheia ou quartifusa (1A ) 1-1, vide valor das notas6. Mi colcheia ou quartifusa (1A) 1-1, vide valor das notas7. F colcheia ou quartifusa (1A ) 1-1, vide valor das notasg8. Sol colcheia ou quartifusa (1A) 1-1, vide valor das notasH i9. L colcheia ou quartifusa (1A) 1-1, vide valor das notas Dedo indicador (violo) (8B) 8-10, vide dedilhado pimaJ k10. Si colcheia ou quartifusa (1A) 1-1, vide valor das notasJ11. Quinto dedo (8A) 8-1, vide dedilhado Cordas soltas (8B 17 D), vide instrumentos de corda Harmnico natural (17D) 17-16, vide harmnicos Linha divisria pontilhada (9A) 9-2, vide barras de compasso Letra O em cima ou embaixo de uma nota (sopro) (18A) 18-2, vide instrumentos de sopro Mudana de p no rgo, sem indicao de ponta ou calcalnhar (15B) 15-29, vide pedais para rgok235l12. Terceiro dedo (8A 8B) 8-1, vide dedilhado Ponta do p direito (15B) 15-29, vide pedais para rgo Trs slabas sobre uma nota (16B) 16-8, vide texto vocal Barra de compasso (9A) 9-1, vide barras de compasso Mo direita (percusso) (18B) 18-14, vide percussolM M^cM M^c^cM N o p q R s23613. Compasso de espera (1A) 1-7, vide pausas Pausa de semibreve ou semicolcheia (1A) 1-1, vide pausas Dedo mdio (violo) (8B) 8-10, vide dedilhado pima Pausa de breve (1A), vide pausas Pausa de longa (1A), vide pausasM14. D mnima ou fusa (1A) 1-1, vide valor das notasN15. R mnima ou fusa (1A) 1-1, vide valor das notaso16. Mi mnima ou fusa (1A) 1-1, vide valor das notas Dedo polegar (violo) (8B) 8-10, vide dedilhado pimap17. F mnima ou fusa (1A) 1-1, vide valor das notasq18. Sol mnima ou fusa (1A) 1-1, vide valor das notasR19. L mnima ou fusa (1A) 1-1, vide valor das notassT u V X20. Si mnima ou fusa (1A) 1-1, vide valor das notasT21. Pausa de mnima ou fusa (1A) 1-1, vide pausasu22. Pausa de semnima o