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Manual de Empréstimos para Mutuários do Banco Mundial Fevereiro de 2017

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Manual de Empréstimos para Mutuários do Banco Mundial

Fevereiro de 2017

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Sumário

SIGLAS E ACRÔNIMOS ............................................................................................................................................ 1

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................ 2

VOLUME 1: OPERAÇÕES FINANCIADAS PELO BANCO MUNDIAL E SEUS PRODUTOS PARA FINANCIAMENTO

1. OPERAÇÕES FINANCIADAS PELO BANCO MUNDIAL ....................................................................................... 6

2. PRODUTOS DO BANCO MUNDIAL PARA FINANCIAMENTO .......................................................................... 14

VOLUME 2: DESEMBOLSOS

3. SAQUE DOS RECURSOS DO FINANCIAMENTO .............................................................................................. 43

4. FINANCIAMENTO DE PROJETOS DE INVESTIMENTO ..................................................................................... 50

5. FINANCIAMENTO DE PROGRAMAS POR RESULTADOS (PFORR) ................................................................... 78

6. FINANCIAMENTO DE POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO ............................................................................. 83

ANEXOS ............................................................................................................................................................... 85

VOLUME 3: SERVIÇO DA DÍVIDA

7. FATURAMENTO ............................................................................................................................................ 93

8. MORA E POLÍTICA DE SANÇÕES .................................................................................................................... 96

9. ISENÇÃO PARCIAL DOS ENCARGOS DOS EMPRÉSTIMOS .............................................................................. 99

10. PAGAMENTOS ANTECIPADOS ................................................................................................................. 104

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Siglas e acrônimos AID Associação Internacional de

Desenvolvimento FSL Empréstimo com Spread Fixo

ARM Vencimento Médio das Amortizações IFL Empréstimo Flexível do BIRD

ASD Análise de Sustentabilidade da Dívida Iniciativa HIPC

Iniciativa para a Redução da Dívida dos Países Pobres Muito Endividados

DSA Designação de Signatários Autorizados IPF Financiamento de Projetos de Investimento

BIRD Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento

JPY Iene Japonês

BSA Reajuste de Swap Básico LIBOR Taxa Interbancária do Mercado de Londres

BTF Fundo Fiduciário Faturável MDA Acordo-Mestre de Derivativos

CE Compromisso Especial MDRI Iniciativa de Alívio da Dívida Multilateral

CEE Comissão Econômica Europeia ONU Organização das Nações Unidas

CPF Quadro de Parceria com o País PPA Adiantamento para Preparação de Projeto/Programa

CPL Empréstimos de Fundo Mútuo PPF Mecanismo de Preparação de Projetos

CSNU Conselho de Segurança das Nações Unidas

PforR Programa por Resultados

CTF Fundo de Tecnologia Limpa RNB Renda Nacional Bruta

DDO Opção de Saque Diferido SBL Limite de Mutuário Único

DES Direitos Especiais de Saque SDPF Financiamento para Política Especial de Desenvolvimento

DLI Indicador Vinculado ao Desembolso SIDC Credencial de Identificação Segura

DPF Financiamento de Políticas de Desenvolvimento

SWIFT Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais

EUR Euro USD Dólar dos Estados Unidos

FMI Fundo Monetário Internacional VSL Empréstimo de Spread Variável

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Introdução Este Manual de Empréstimos para Mutuários do Banco Mundial (o manual) define orientações sobre os mecanismos de desembolso e serviço da dívida para empréstimos ou financiamento concedidos ou administrados pelo Banco Mundial.1 O manual apresenta informações detalhadas sobre os instrumentos para a concessão de empréstimos, produtos e condições financeiros, política sobre pagamentos em mora e sanções, dispensa parcial da política de encargos de um empréstimo e procedimentos de faturamento do Banco Mundial.

O manual foi organizado em três volumes:

• O volume 1 abrange as operações financiadas pelo Banco Mundial e seus produtos para financiamento.

• O volume 2 abrange os desembolsos.

• O volume 3 abrange o serviço da dívida.

A Unidade de Operações de Empréstimo, parte do Departamento de Operações Financeiras, assessora e assiste com os mecanismos de desembolso e faturamento, inclusive no processamento de pedidos de saque e na supervisão do serviço da dívida dos mutuários.

Embora o manual trate de forma abrangente da maior parte dos aspectos do ciclo de concessão de crédito, ele não é exaustivo. Caso não consiga encontrar o que procura, entre em contato com o representante da Unidade de Operações de Empréstimo destacado para o seu país por meio do website Client Connection (na página “My Portfolio”, “Contact Us”) ou escreva para [email protected].

Este manual substitui todas as edições anteriores dos manuais sobre desembolsos e serviço da dívida e entra em vigor imediatamente. A versão eletrônica pode ser encontrada no website do Banco (http://www.worldbank.org) e no Client Connecti

on. O manual será atualizado periodicamente de modo a refletir os comentários e sugestões dos usuários, bem como as mudanças nas políticas e práticas de desembolso e serviço da dívida.

Loans Operations Financial Operations Department World Bank Group 1818 H Street, NW Washington, DC 20433 E-mail: [email protected]

Direitos autorais

1 O Banco Mundial (ou o Banco) abrange o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e a Associação Internacional de Desenvolvimento (AID), quer esteja atuando por conta própria ou como administrador de fundos fiduciários financiados por doadores. Empréstimo ou financiamento do Banco Mundial abrange todo empréstimo, crédito, doação ou adiantamentos para a preparação de programas ou projetos concedidos pelo Banco Mundial com os seus próprios recursos ou com fundos fiduciários financiados por outros doadores e administrados pelo Banco Mundial, ou com uma combinação desses financiamentos. Mutuário significa um mutuário ou beneficiário de um empréstimo do Banco Mundial para uma operação e qualquer outra entidade envolvida na implementação da operação financiada pelo empréstimo do Banco.

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Aviso de isenção de responsabilidade: O Manual de Empréstimos para Mutuários do Banco Mundial oferece orientação sobre as políticas e procedimentos de desembolso e serviço da dívida do Banco Mundial. Os documentos contendo as políticas e procedimentos a que este manual faz referência podem ser obtidos no nosso website http://www.worldbank.org ou pelo email [email protected]. Este manual não oferece informações completas sobre todos os documentos, políticas e procedimentos nele mencionados. Caso procure informações completas sobre uma política ou políticas específicas, o usuário deve consultar o documento-fonte pertinente. Este manual não constitui um documento contratual nem legal.

© Junho de 2016 Grupo Banco Mundial. Todos os direitos reservados.

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Volume 1

Operações financiadas pelo Banco Mundial e seus produtos para financiamento

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SIGLAS E ACRÔNIMOS ............................................................................................................................................ 1

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................ 2

1. OPERAÇÕES FINANCIADAS PELO BANCO MUNDIAL ....................................................................................... 9

1.1 PRINCIPAIS DOCUMENTOS .................................................................................................................................... 9 1.2 INSTRUMENTOS DE FINANCIAMENTO .................................................................................................................... 10 1.3 VISÃO GERAL DO CICLO DE EMPRÉSTIMO ................................................................................................................ 11

2. PRODUTOS DO BANCO MUNDIAL PARA FINANCIAMENTO .......................................................................... 14

2.1 PRODUTOS DE EMPRÉSTIMO DO BIRD .................................................................................................................. 14 2.1.1 Empréstimo Flexível do BIRD (IFL) ........................................................................................................ 14 2.1.2 Financiamento Contingente do BIRD — Opção de Saque Diferido ...................................................... 19 2.1.3 Financiamento para Política Especial de Desenvolvimento (SDPFs) .................................................... 21

2.2 CRÉDITOS DA AID PARA O DESENVOLVIMENTO ....................................................................................................... 21 2.2.1 Créditos da AID: ................................................................................................................................... 21 2.2.2 Moedas de empréstimo da AID ............................................................................................................ 22 2.2.3 Encargos e taxas atuais da AID ............................................................................................................ 22 2.2.4 Prazos de pagamento da AID ............................................................................................................... 23 2.2.5 Aceleração dos pagamentos de créditos à AID .................................................................................... 24 2.2.6 Quadro de políticas para pagamentos antecipados voluntários ......................................................... 25

2.3 DOAÇÕES DA AID ............................................................................................................................................. 25 2.4 GARANTIAS...................................................................................................................................................... 26

2.4.1 Principais características das garantias ............................................................................................... 26 2.4.2 Instrumento de garantia — Tipo e critérios ......................................................................................... 26 2.4.3 Acordos para transações de garantia .................................................................................................. 27 2.4.4 Taxas e preços das garantias ............................................................................................................... 28 2.4.5 Eventos que acionam as garantias e mecanismos de desembolso ...................................................... 29

2.5 OUTROS PRODUTOS ADMINISTRADOS PELO BANCO MUNDIAL ................................................................................... 29 2.5.1 Fundo de Tecnologia Limpa (CTF) — Doações, empréstimos e garantias ........................................... 29 2.5.2 Fundos fiduciários faturáveis (BTFs) .................................................................................................... 31 2.5.3 Créditos da Comissão Econômica Europeia ......................................................................................... 31 2.5.4 Mecanismo de Preparação de Projetos (PPF) ...................................................................................... 31

2.6 PRODUTOS DO BIRD PARA A GESTÃO DE RISCOS ..................................................................................................... 33 2.6.1 Produtos do BIRD com opções de conversão integradas ..................................................................... 33 2.6.2 Swaps independentes do BIRD e hedges não relacionados ao BIRD .................................................... 34

2.7 INICIATIVAS DE ALÍVIO DA DÍVIDA ......................................................................................................................... 35 2.7.1 Fundos fiduciários de serviço da dívida ................................................................................................ 35 2.7.2 Iniciativa para a Redução da Dívida dos Países Pobres Muito Endividados (Iniciativa HIPC) .............. 36 2.7.3 Iniciativa de Alívio da Dívida Multilateral (MDRI) ................................................................................ 36

3. SAQUE DOS RECURSOS DO FINANCIAMENTO .............................................................................................. 43

3.1 ENVIO ELETRÔNICO DE PEDIDOS DE SAQUE POR MEIO DO CLIENT CONNECTION ............................................................. 43 3.1.1 Client Connection ................................................................................................................................. 43

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3.1.2 Registro da organização e acesso do usuário à conta ......................................................................... 45 3.1.3 Signatários autorizados ....................................................................................................................... 45 3.1.4 Credencial de Identificação Segura e signatários eletrônicos .............................................................. 45 3.1.5 Criação de pedido de saque eletrônico ................................................................................................ 46 3.1.6 Assinatura eletrônica de pedidos de saque.......................................................................................... 47 3.1.7 Material de referência sobre os desembolsos eletrônicos ................................................................... 47

3.2 APRESENTAÇÃO MANUAL DE PEDIDOS DE SAQUE ..................................................................................................... 48 3.3 ESCLARECIMENTOS SOBRE PEDIDOS DE SAQUE ANTES DA APROVAÇÃO DO BANCO .......................................................... 49 3.4 MOEDA DOS PAGAMENTOS ................................................................................................................................. 49

4. FINANCIAMENTO DE PROJETOS DE INVESTIMENTO ..................................................................................... 50

4.1 MECANISMOS DE DESEMBOLSO ........................................................................................................................... 50 4.1.1 Despesas elegíveis................................................................................................................................ 50 4.1.2 Categorias de despesa ......................................................................................................................... 51 4.1.3 Porcentagem do desembolso ............................................................................................................... 51 4.1.4 Financiamento retroativo .................................................................................................................... 52 4.1.5 Adiantamentos para a Preparação de Projetos (PPAs)........................................................................ 52 4.1.6 Condições de desembolso .................................................................................................................... 53

4.2 MÉTODOS DE DESEMBOLSO ................................................................................................................................ 53 4.2.1 Método de reembolso .......................................................................................................................... 54 4.2.2 Método de adiantamento .................................................................................................................... 55 4.2.3 Método de pagamento direto .............................................................................................................. 59 4.2.4 Método de compromisso especial ....................................................................................................... 60

4.3 OUTROS MECANISMOS DE DESEMBOLSO ................................................................................................................ 64 4.3.1 Compromissos com uma agência da ONU ........................................................................................... 64 4.3.2 Cofinanciamento .................................................................................................................................. 64 4.3.3 Financiamento baseado em resultados ou desembolsos vinculados aos indicadores (DLIs) ............... 65 4.3.4 Desembolsos baseados em produtos ................................................................................................... 66 4.3.5 Projetos de desenvolvimento impulsionados pela comunidade .......................................................... 67 4.3.6 Mecanismos de desembolso para subprojetos .................................................................................... 68

4.4 GESTÃO DA REESTRUTURAÇÃO DE PROJETOS .......................................................................................................... 69 4.4.1 Modificações do Acordo de Financiamento ......................................................................................... 69 4.4.2 Realocação entre categorias de despesa ............................................................................................. 69 4.4.3 Despesa em excesso em uma categoria (sobregiro de categoria) ....................................................... 69 4.4.4 Mudanças nos mecanismos de desembolso ........................................................................................ 70

4.5 DESPESAS INELEGÍVEIS ....................................................................................................................................... 70 4.5.1 Recuperação de despesas inelegíveis .................................................................................................. 71

4.6 DEVOLUÇÕES ................................................................................................................................................... 71 4.7 DESCUMPRIMENTO DAS CLÁUSULAS DE AUDITORIA .................................................................................................. 72 4.8 ENCERRAMENTO DO EMPRÉSTIMO ....................................................................................................................... 72

4.8.1 Gestão da data de encerramento ........................................................................................................ 72 4.8.2 Prazo final de desembolsos .................................................................................................................. 73 4.8.3 Gestão de contratos durante o encerramento do empréstimo ........................................................... 73

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4.8.4 Gestão da conta designada durante o encerramento ......................................................................... 74 4.8.5 Pagamento dos honorários de auditoria final após o encerramento .................................................. 75

4.9 CANCELAMENTO ............................................................................................................................................... 76 4.10 SUSPENSÃO DE DESEMBOLSOS ............................................................................................................................. 76

5. FINANCIAMENTO DE PROGRAMAS POR RESULTADOS (PFORR) ................................................................... 78

5.1 VISÃO GERAL ................................................................................................................................................... 78 5.1.1 Desembolsos vinculados aos Indicadores (DLIs) .................................................................................. 78

5.2 MECANISMOS DE DESEMBOLSO ........................................................................................................................... 79 5.2.1 Resultados prévios ............................................................................................................................... 79 5.2.2 Adiantamentos .................................................................................................................................... 79

5.3 DESEMBOLSOS PARA O PFORR ............................................................................................................................ 80 5.3.1 Processo de alcance dos DLIs ............................................................................................................... 80 5.3.2 Saque de recursos do financiamento ................................................................................................... 80

5.4 ENCERRAMENTO E DEVOLUÇÕES .......................................................................................................................... 81 5.4.1 Data de encerramento e prazo final de desembolsos .......................................................................... 81 5.4.2 Encerramento da conta do empréstimo .............................................................................................. 82 5.4.3 Devoluções ........................................................................................................................................... 82

6. FINANCIAMENTO DE POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO ............................................................................. 83

6.1 VISÃO GERAL DO DPF ........................................................................................................................................ 83 6.2 DESEMBOLSO ................................................................................................................................................... 83

ANEXOS ............................................................................................................................................................... 85

ANEXO A. NOTIFICAÇÃO DOS RESULTADOS ALCANÇADOS DO PROGRAMA POR RESULTADOS (PFORR) .......................................... 85 ANEXO B. PEDIDO DO MUTUÁRIO DE ADIANTAMENTO NO ÂMBITO DO PFORR ........................................................................ 87 ANEXO C. MODELO DE ACORDO PARA CRIAR A CONTA-CAUÇÃO PARA OS HONORÁRIOS DE AUDITORIA ........................................ 89

7. FATURAMENTO ............................................................................................................................................ 93

7.1 CICLO DE FATURAMENTO DOS EMPRÉSTIMOS E CRÉDITOS .......................................................................................... 93 7.1.1 Empréstimos do BIRD ........................................................................................................................... 93 7.1.2 Créditos da AID para o desenvolvimento ............................................................................................. 93

7.2 COMPONENTES DE UM DEMONSTRATIVO DE FATURAMENTO ..................................................................................... 94 7.3 OUTROS CONCEITOS RELACIONADOS AO FATURAMENTO ........................................................................................... 95

7.3.1 Aplicação de pagamentos .................................................................................................................... 95 7.3.2 Notificações de faturamento ............................................................................................................... 95 7.3.3 Datas de vencimento dos pagamentos e datas bancárias .................................................................. 96 7.3.4 Cancelamento de montantes não desembolsados .............................................................................. 96

7.4 FATURAMENTO ELETRÔNICO (E-BILLING) ............................................................................................................... 96 7.5 RELATÓRIOS SOBRE A GESTÃO DO SERVIÇO DA DÍVIDA NO CLIENT CONNECTION ............................................................. 97

8. MORA E POLÍTICA DE SANÇÕES .................................................................................................................... 98

8.1 LEMBRETES E SANÇÕES POR MORA — 5, 15, 30, 45, 60 E 90 DIAS, E 6 MESES ............................................................ 98 8.2 ENCARGOS POR PAGAMENTOS EM ATRASO ............................................................................................................ 99

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9. ISENÇÃO PARCIAL DOS ENCARGOS DOS EMPRÉSTIMOS ............................................................................ 101

9.1 APLICABILIDADE.............................................................................................................................................. 102 9.1.1 Empréstimos assinados de 27 de setembro de 2007 em diante ........................................................ 102 9.1.2 Empréstimos assinados antes de 27 de setembro de 2007 ............................................................... 102

9.2 QUALIFICAÇÃO ............................................................................................................................................... 102 9.2.1 Isenção de encargos de compromisso ............................................................................................... 102 9.2.2 Isenção de juros ................................................................................................................................. 103

10. PAGAMENTOS ANTECIPADOS ................................................................................................................. 104

10.1 EMPRÉSTIMOS DO BIRD .................................................................................................................................. 104 10.1.1 Empréstimos não convertidos ............................................................................................................ 105 10.1.2 Empréstimos convertidos ................................................................................................................... 105 10.1.3 Política de pagamento antecipado dos VSLs e IFLs com spread variável........................................... 106

10.2 CRÉDITOS DA AID PARA O DESENVOLVIMENTO ..................................................................................................... 106 10.2.1 Condições e procedimentos para o pagamento antecipado de empréstimos ................................... 107

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1. Operações financiadas pelo Banco Mundial

1. Esta seção descreve os instrumentos de financiamento à disposição dos mutuários para operações financiadas pelo Banco Mundial. Além disso, contém um guia com o passo a passo das etapas do ciclo de empréstimo e uma síntese dos principais documentos que regem os desembolsos nas operações financiadas pelo Banco Mundial.

1.1 Principais documentos

2. Os desembolsos para as operações financiadas pelo Banco Mundial são regidos pelos seguintes documentos:

• Convênio Constitutivo. Tanto o Convênio Constitutivo do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD)2 como o Convênio Constitutivo da Associação Internacional de Desenvolvimento (AID)3 são firmados por todos os países membros das respectivas instituições e são os documentos que as regem. O Convênio Constitutivo exige que as instituições zelem para que os recursos da conta de financiamento sejam usados tão somente para os fins admitidos e que o mutuário possa sacar recursos apenas para fazer face às despesas à medida que elas forem realizadas.

• Condições Gerais. As Condições Gerais4 estabelecem certos termos e condições aplicados de forma geral aos empréstimos do BIRD e aos créditos e doações da AID. Dispõem, entre outros, sobre saques, prazos de financiamento, execução de programas e projetos, efetividade e cancelamentos.

• Condições Padronizadas. As Condições Padronizadas5 estabelecem certos termos e condições aplicados de forma geral a fundos fiduciários e adiantamentos feitos pelo Banco no âmbito do Mecanismo de Preparação de Projetos (PPF). Dispõem, entre outros temas, sobre saques, execução de projetos, prazos, cancelamentos, suspensões e devoluções.

• Acordo de financiamento. O acordo de financiamento de um empréstimo estabelece os termos e condições do empréstimo. Abrange, entre outros, os programas e atividades elegíveis; os requisitos em termos de prestação de contas; as exigências fiduciárias; as disposições sobre compras para o Financiamento de Projetos de Investimento; as categorias de despesa para o IPF, as condições de desembolso, conforme necessário, e as principais datas e condições financeiras do programa/projeto, conforme o caso.

• Diretrizes de Desembolsos para Financiamento de Projetos de Investimento. As Diretrizes de Desembolsos para Financiamento de Projetos de Investimento6 contêm as disposições padronizadas que regem o saque de recursos da conta de financiamento. Essas diretrizes se aplicam apenas ao financiamento de projetos de investimento e dispõe sobre os

2 http://siteresources.worldbank.org/EXTABOUTUS/Resources/IBRDArticlesOfAgreement_links.pdf 3 http://www.worldbank.org/ida/articles-agreement/IDA-articles-of-agreement.pdf 4 http://siteresources.worldbank.org/BRAZILINPOREXTN/Resources/3817166-1242680408578/General_Conditions.pdf 5 http://go.worldbank.org/LXIOJ9CTI0 6 http://siteresources.worldbank.org/PROJECTS/Resources/DisGuideEng.pdf

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mecanismos de desembolso, saques, contas designadas, despesas inelegíveis e devoluções.

• Carta de desembolso. A carta de desembolso especifica os mecanismos de desembolso a serem usados em cada operação de Financiamento de Projeto de Investimento e de Programa por Resultados (PforR) financiada pelo Banco Mundial.

1.2 Instrumentos de financiamento

3. O Banco Mundial oferece financiamento aos seus mutuários por meio de três instrumentos (Figura 1):

Figura 1. Instrumentos de financiamento

Nota: Orientações adicionais sobre esses instrumentos de financiamento podem ser encontradas na seção 4 (IPF), seção 5 (PforR) e seção 6 (DPF).

4. Financiamento híbrido é o termo usado quando o programa ou projeto de um beneficiário é financiado usando dois ou mais instrumentos de financiamento. Os híbridos costumam envolver a combinação de um IPF e um DPF ou um IPF e um PforR.

5. Dependendo da natureza do programa ou projeto e das necessidades do mutuário, pode haver acordos de financiamento separados (isto é, um para cada instrumento) ou um acordo de financiamento consolidado com seções separadas descrevendo as respectivas modalidades de financiamento. Mesmo quando um único acordo de financiamento é utilizado,7 os saques dos recursos dos financiamentos seguem as políticas e procedimentos específicos do instrumento, conforme estabelecido no acordo de financiamento e na carta de desembolso.

6. No caso de financiamento híbrido, o método de desembolso selecionado ao apresentar os pedidos de saque depende do instrumento.

7 Para os fins deste manual, o ciclo de empréstimo abrange todos os tipos de financiamento do Banco Mundial que não sejam garantias.

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1.3 Visão geral do ciclo de empréstimo

7. As operações financiadas pelo Banco seguem um ciclo de empréstimo padronizado, conforme ilustrado na Figura 2 e descrito na Tabela 1 abaixo.

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Figura 2. Etapas do ciclo de um empréstimo

1. Preparação

2. Avaliação

3. Negociação

4. Aprovação

5. Assinatura

6. Efetividade

8. Gestão de recibos de faturamento e de casos de mora

9. Vencimento final

7. Desembolsos, reestruturação,

devoluções, cancelamentos e fechamento do

empréstimo

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Tabela 1. Etapas do Ciclo de um Empréstimo

Etapa Descrição

1. Preparação Abrange a identificação e a avaliação conceitual. Nesta etapa, identificam-se programas/projetos que apoiem o Quadro de Parceria com o País, o órgão governamental responsável pela preparação, as principais partes interessadas e os beneficiários-alvo. Após essa etapa, é criada uma nota conceitual: determina-se a concepção; avalia-se a viabilidade econômica, técnica, social e ambiental; e identificam-se os possíveis riscos e questões de salvaguarda.

2. Avaliação Envolve a confirmação dos resultados esperados do programa/projeto; a avaliação dos aspectos econômicos, técnicos, ambientais, sociais e fiduciários; e o acordo em torno dos mecanismos institucionais para implementar o programa/projeto e os cronogramas. O documento de avaliação do projeto/programa e a versão preliminar dos acordos de financiamento são elaborados.

3. Negociação Envolve a resolução de pendências da etapa de avaliação e a concordância com a estratégia de compras e o plano de compras, os mecanismos de financiamento e desembolso (inclusive a carta de desembolso para o IFP) e os termos e condições.

4. Aprovação Envolve a avaliação e aprovação dos documentos do programa/projeto e do financiamento pela Diretoria Executiva do Banco ou pela Direção.

5. Assinatura Envolve a assinatura dos acordos de financiamento legais pelo Banco e pelos representantes do cliente.

6. Efetividade Envolve a determinação, por parte das autoridades do Banco, de que as condições predefinidas e acordadas foram cumpridas para que se dê início aos desembolsos.

7. Desembolsos, reestruturação, devoluções, cancelamentos e encerramento do empréstimo

Envolve os desembolsos para os mutuários com base em pedidos de saque válidos para o financiamento do programa e despesas elegíveis relacionadas a atividades do programa/projeto até a data de encerramento. Devoluções de despesas inelegíveis e de adiantamentos não utilizados, cancelamentos iniciados pelo Banco ou pelo cliente, desembolsos finais e o encerramento do empréstimo ocorrem nesta etapa.

8. Gestão de recibos de faturamento e de casos de mora

Envolve o apoio aos mutuários para o cumprimento do serviço da dívida por meio de demonstrativos de faturamento após a assinatura, em certos casos, e após a efetividade, em todos os casos (empréstimos, créditos e garantias). O serviço da dívida na forma de encargos por parte dos mutuários se inicia tão logo sejam feitos os desembolsos no âmbito do empréstimo ou crédito. Em certos casos, o serviço da dívida na forma de encargos se inicia após a data de assinatura do acordo. As amortizações do principal se iniciam após o fim do período de carência acordado. A aplicação dos pagamentos do serviço da dívida feitos pelos mutuários aos valores devidos e o acompanhamento de casos de mora, de acordo com as políticas e procedimentos do Banco, são as outras atividades executadas nesta etapa.

9. Vencimento final Representa a data de pagamento final especificada no acordo de financiamento.

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2. Produtos do Banco Mundial para financiamento

8. Esta seção trata dos vários produtos oferecidos pelo Banco. O Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) oferece aos países membros habilitados acesso a um conjunto de ferramentas flexíveis e de baixo custo para a obtenção de empréstimos, cobertura de risco e aumento de crédito. A AID oferece financiamento em condições concessionais aos países em desenvolvimento mais pobres ao conceder créditos a juro baixo ou zero e doações. Outros produtos administrados pelo Banco Mundial são as garantias, o Mecanismo de Preparação de Projetos (PPF) e os empréstimos oferecidos por meio de Fundos Fiduciários ou outros acordos especiais com doadores. Esta seção também discute os produtos de gestão de risco e as iniciativas de alívio da dívida do BIRD.

9. O Banco desenvolveu um aplicativo chamado Financial Instruments para o iPad, iPhone e a Internet. Trata-se de um app e um website disponíveis ao público que permitem aos mutuários ter acesso a informações como condições financeiras e taxas e elaborar cronogramas de amortização para os produtos do BIRD e da AID. Também estão disponíveis os formulários para os clientes e documentos de referência. Mais detalhes sobre o app podem ser consultados neste link.8

2.1 Produtos de empréstimo do BIRD

10. Esta seção descreve os termos e condições que se aplicam aos atuais produtos de crédito do BIRD.9 O BIRD oferece empréstimos para fins de projetos, programas e políticas, bem como produtos de hedging para gerir exposições ao risco cambial e ao risco da taxa de juro, além de produtos de garantia para países membros habilitados. Ao valer-se da sua nota de crédito AAA, o BIRD consegue oferecer empréstimos mais competitivos e flexíveis do que outras opções de financiamento nos mercados financeiros internacionais.

11. As condições dos empréstimos, como a moeda, cronograma de pagamento, spread do empréstimo e tipo (fixo ou variável), são decididas no momento da negociação do empréstimo.

12. Atualmente, o BIRD oferece os seguintes tipos de empréstimo:

• Empréstimo Flexível do BIRD (IFL);

• IFL com uma Opção de Saque Diferido (DDO);

• Financiamento para Política Especial de Desenvolvimento (SDPF).

2.1.1 Empréstimo Flexível do BIRD (IFL)

13. O IFL oferece uma variedade de condições para permitir aos mutuários adaptar seus empréstimos de modo a atender suas necessidades em termos de gestão da dívida ou do projeto ou programa. A Tabela 2 descreve as diversas características do IFL.

8 https://itunes.apple.com/us/app/financial-instruments/id857651189?mt=8 9 http://treasury.worldbank.org/bdm/htm/financing.html

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Tabela 2. Principais Termos e Condições do IFL

Termos e Condições Detalhes

Moedas do empréstimo

• Moeda de compromisso: Refere-se à denominação do empréstimo, conforme indicado no acordo do empréstimo. Os Empréstimos Flexíveis do BIRD (IFLs) costumam ser oferecidos nas principais moedas: euro (EUR), libra esterlina (GBP), iene japonês (JPY) e dólar dos Estados Unidos (USD). Outras moedas podem estar disponíveis, dependendo da existência de um mercado de swap líquido.

• Moeda de desembolso: Os desembolsos podem ser feitos em diversas moedas conforme solicitação do cliente. As moedas são adquiridas pelo BIRD e repassadas ao cliente. A obrigação de empréstimo, contudo, permanece na moeda ou moedas em que o empréstimo está denominado.

• Moeda de pagamento: O principal, os juros e outras taxas do empréstimo normalmente podem ser pagos nas moedas de compromisso, salvo nos casos em que tenha sido feita uma conversão de moeda.

Taxa de empréstimo

• A taxa de empréstimo consiste em uma taxa de referência variável mais um spread. • A taxa de empréstimo é reajustada semestralmente nas datas de pagamento de juros

do empréstimo e se aplica aos períodos de juros com início naquelas datas. • A taxa de referência ou taxa-base normalmente é a Taxa Interbancária do Mercado de

Londres (LIBOR) ou a Taxa Interbancária do Mercado da Zona do Euro (EURIBOR) de seis meses no início de um período de juros. No caso de empréstimos que tenham sido convertidos para uma moeda local, a taxa de referência pode ser a taxa flutuante de um banco comercial reconhecido.

• As taxas de empréstimo atuaisa podem ser encontradas no website da Tesouraria do Banco.

Spread da taxa de

empréstimo

Os mutuários podem optar por um spread fixo ou variável. • Spread variável

Spread variável = Spread de empréstimo contratual + Prêmio de vencimento + Spread efetivo do financiamento O spread efetivo do financiamento compreende a margem média do Banco em relação à LIBOR para os seis meses anteriores.

• Spread fixo Spread fixo = Spread de empréstimo contratual + Prêmio de vencimento + Prêmio de risco de mercado + Custo do financiamento projetado + Reajuste de swap básico para os empréstimos em outra moeda que não o dólar. O custo do financiamento projetado refere-se à margem de custo do financiamento projetado do BIRD em relação à LIBOR em USD. O spread fixo é definido no momento em que o empréstimo é assinado e é fixo durante todo o período do empréstimo. É o spread aplicável no dia anterior à assinatura.

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Termos e Condições Detalhes

O Banco ajusta o spread fixo quando movimentos do mercado referentes aos swaps básicos e/ou variação no spread do financiamento em USD projetado justificam tais ajustes.

Prazos de pagamento

• Os mutuários têm a flexibilidade para personalizar os prazos de pagamento a fim de atender as suas necessidades de gestão do projeto ou programa, de ativos e de passivos.

• Podem selecionar o período de carência (o período durante o qual apenas os juros são pagos), o período de pagamento e a estrutura de amortização, desde que sejam respeitados estes dois limites: o O prazo de vencimento final dos empréstimos se limita a 35 anos, incluído o

período de carência. o O vencimento médio das amortizaçõesb (ARM) não pode ultrapassar 20 anos.

• Os prazos da amortização são fixados na negociação do empréstimo. Uma vez que o empréstimo tenha sido assinado, o cronograma de amortização não pode ser alterado durante o período do empréstimo.

Cronogramas de

amortização

• Os mutuários podem escolher entre estes cronogramas de amortização: o Fixo no compromisso. Cronogramas de amortização vinculados ao compromisso

são fixados no início, quando o empréstimo é assinado. As amortizações do principal são calculadas como uma parcela do montante total do empréstimo desembolsado e pendente de reembolso.

o Vinculado aos desembolsos. Os cronogramas de amortização vinculados aos desembolsos estão atrelados aos desembolsos efetivos. O grupo de saques de cada semestre é semelhante a uma parcela ou um subempréstimo com seus próprios prazos de amortização (isto é, período de carência, vencimento final e padrão de amortização), que devem ser iguais para todas as parcelas do empréstimo. No caso de cronogramas de amortização vinculados aos desembolsos, o limite de 20 anos é a soma do vencimento médio das amortizações e o período médio previsto para os desembolsos.

Padrões de amortização

• Os padrões de amortização podem ser em cotas iguais, anuidade, pagamento único ou personalizado.

• Com a amortização em cotas iguais, o principal é amortizado em parcelas iguais ao longo do tempo.

• Com as amortizações de anuidade, o principal é pago em parcelas crescentes ao longo do tempo para manter os pagamentos do principal e dos juros uniformes ao longo de todos os períodos.

• A Figura 3 ilustra as diferenças entre as amortizações em cotas iguais e de anuidade no caso de empréstimos vinculados ao compromisso.

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Termos e Condições Detalhes

Taxas

• A taxa inicial é uma taxa única atualmente fixada em 0,25% do montante do empréstimo. A critério do mutuário, a taxa inicial pode ser paga com os recursos do financiamento ou empréstimo após a efetividade ou pode ser faturada separadamente. O mutuário precisa pagar a fatura da taxa inicial em até 60 dias após a efetividade e seu recebimento é exigido antes do primeiro saque do empréstimo.

• Encargos de compromisso passam a acumular sobre o montante não desembolsado do empréstimo 60 dias após a assinatura do empréstimo e tornam-se exigíveis apenas após a efetividade do empréstimo. Atualmente, estão fixados em 0,25%.

• Uma sobretaxa referente ao limite de mutuário único (SBL) se aplica a uma exposição específica de grandes mutuários. No exercício 2014, a Diretoria Executiva aprovou o aumento da SBL para um pequeno número de grandes mutuários, com a condição de que toda exposição superior ao limite original esteja sujeita a uma sobretaxa de 50 pontos-base.

Opções integradas

• Os mutuários têm as seguintes opções para gerir a taxa de câmbio e/ou taxa de juros do seu empréstimo. Essas opções estão integradas ao contrato de empréstimo e podem ser executadas a pedido do mutuário. o Conversões da taxa de juros; o Tetos e faixas de taxas de juros; o Conversões de moedas.

Datas de pagamento

As datas de pagamento do serviço da dívida são o 1º ou o 15º dia do mês, em geral semestralmente. A data de pagamento é decidida pelo mutuário durante a negociação do empréstimo.

a. http://treasury.worldbank.org/bdm/htm/ibrd.html b. O vencimento médio das amortizações referente aos cronogramas vinculados a compromissos é igual ao agregado da

amortização do principal multiplicado pelo prazo (em anos) entre a aprovação e o pagamento e dividido pelo montante total do empréstimo. No caso dos cronogramas vinculados aos desembolsos, é o agregado da amortização do principal multiplicado pelo prazo (em anos) entre o desembolso e o pagamento e dividido pelo montante total do empréstimo mais o período médio para desembolso.

c. http://treasury.worldbank.org/bdm/htm/ibrd.html

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Figura 3. Padrões de amortização: Cronograma de empréstimos com amortização em cotas

iguais

Padrões de amortização: Cronograma de empréstimos com amortização de anuidade

Principal Repay Amount (USD) Montante de amortização do principal

Interest -1.5% Juros -1,5%

Amount (USD) Montante (USD)

Grace Period Período de carência

Repayment of Principal Amortização do principal

Years Anos

Principal Principal

Interest: 7.5% Juros: 7,5%

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2.1.2 Financiamento Contingente do BIRD — Opção de Saque Diferido

14. A Opção de Saque Diferido (DDO) é um produto de empréstimo contingente que oferece liquidez imediata no caso de eventos adversos, funciona como uma linha de crédito e permite ao mutuário adiar o desembolso dos recursos até que o financiamento seja necessário dentro de um período de saque determinado após o acordo de empréstimo haver sido declarado efetivo (Tabela 3). O mutuário precisa cumprir as condições de liberação das parcelas antes de qualquer desembolso ser feito.

15. O BIRD oferece duas versões da opção de saque diferido: a Opção de Saque Diferido para Financiamento para Políticas de Desenvolvimento (DPF) e a Opção de Saque Diferido para Empréstimo para Catástrofes (CAT DDO).

Tabela 3. Principais Termos e Condições das DDOsa

Principais termos e

condições DPF DDO CAT DDO

Objetivo • Oferecer liquidez imediata quando o mutuário precisar;

• Conceder acesso a recursos de longo prazo do BIRD com o objetivo de manter os programas estruturais em andamento;

• Oferecer uma base formal de envolvimento continuado do Banco Mundial baseado em políticas quando o mutuário não precisa de financiamento imediato, mas valoriza a assessoria do Banco e o acesso a liquidez imediata.

• Desenvolver e aumentar a capacidade dos mutuários de administrar o risco de desastres;

• Fornecer liquidez imediata para cobrir um déficit do orçamento após um desastre natural enquanto outras fontes (por exemplo, financiamento concessional, ajuda bilateral ou empréstimos para reconstrução) estiverem sendo mobilizados após um desastre natural;

• Proteger os programas de desenvolvimento em andamento.

Habilitação Todos os mutuários habilitados do BIRD que satisfaçam os critérios de pré-aprovação.

Critérios de pré-aprovação

• Quadro apropriado de política macroeconômica;

• Implementação satisfatória do programa global.

• Quadro apropriado de política macroeconômica;

• Preparação ou existência de um programa de gerenciamento de riscos e desastres.

Moeda Igual aos empréstimos regulares do BIRD.

Saque Uma quantia até o montante total do empréstimo está disponível para saque a qualquer momento durante o período de três anos a partir da assinatura do acordo de financiamento. O período de saque pode ser renovado por mais três anos.

Uma quantia até o montante total do empréstimo está disponível para saque a qualquer momento durante o período de três anos a partir da assinatura do acordo de financiamento. O período de saque

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Principais termos e

condições DPF DDO CAT DDO

pode ter no máximo quatro prorrogações, perfazendo um total de 15 anos.

Exigências para saques

Os recursos são desembolsados imediatamente após o pedido, a menos que o mutuário tenha recebido notificação prévia do Banco de que uma ou mais condições de saque não tenham sido cumpridas.

Os recursos são desembolsados imediatamente após a ocorrência de um desastre natural que resulte na declaração de um estado de emergência a menos que o mutuário tenha recebido notificação prévia do Banco de que uma ou mais condições de saque não tenham sido cumpridas.

Prazos de pagamento

Podem ser definidos no momento do compromisso ou no momento do saque dentro dos limites da política de vencimento prevalente (o vencimento médio das amortizações e o vencimento final são definidos com base na data de saque). O cronograma de amortização terá início na data de saque.

Taxa de empréstimo

De forma semelhante à dos empréstimos do BIRD, a taxa de empréstimob consiste em uma taxa de referência variável mais um spread.

Spread da taxa de

empréstimo

Os mutuários podem escolher entre um spread fixo durante o prazo de vencimento do saque ou um spread variável e reajustado anualmente. O spread é o prevalecente no caso de empréstimos regulares do BIRD no momento de cada saque, com a exceção de que o componente do prêmio de vencimento do spread se baseia na data de efetividade do empréstimo e não na data de saque.

Taxas • Taxa inicial: 0,25%b; • Taxa de renovação: Zero; • Taxa de stand-by: 0,50% ao ano é cobrado

sobre os saldos não desembolsados, que começa a acumular a partir da data de efetividade do empréstimo.

• Taxa Inicial: 0,50%; • Taxa de renovação: 0,25%.

Opções integradas

Iguais às dos empréstimos regulares do BIRD

Outras características

Não se aplica. • Limite do país: Máximo de 0,25% do PIB ou o equivalente a USD 500 milhões, o que for menor.

• Características rotativas: Os montantes amortizados pelo mutuário estarão disponíveis para saque desde que a

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Principais termos e

condições DPF DDO CAT DDO

data de encerramento não tenha expirado.

Nota: ARM = financiamento com taxa ajustável; CAT DDO = Opção de Saque Diferido para Empréstimo para Catástrofes; DDO = Opção de Saque Diferido; PIB = produto interno bruto; BIRD = Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento. a. http://treasury.worldbank.org/bdm/htm/ibrd.html b. http://treasury.worldbank.org/bdm/htm/ibrd.html

2.1.3 Financiamento para Política Especial de Desenvolvimento (SDPFs)

16. Os SDPFs são oferecidos aos países que estão se aproximando de uma crise ou estão em situação de crise, com consideráveis dimensões estruturais e sociais, e têm uma necessidade urgente e extraordinária. As condições de concessão preveem um spread fixo acima do índice, com um período de carência de três a cinco anos e prazo de vencimento de cinco a dez anos. Além disso, preveem uma taxa inicial de 1%. As taxas atuais10 podem ser encontradas no website da Tesouraria do Banco.

2.2 Créditos da AID para o desenvolvimento

17. A AID11 é o guichê de empréstimos em condições concessionais do Banco Mundial e estende recursos aos países em desenvolvimento mais pobres. Oferece “créditos” (o termo usado para denominar seus empréstimos) a juro baixo ou zero e a amortização se estende por 25 a 50 anos, o que inclui um período de carência de cinco a dez anos.

18. A admissão de um país é definida no início de cada exercício (julho) com base no risco de superendividamento do país, renda nacional bruta (RNB) e preenchimento das condições para tomar emprestado do BIRD. O Anexo D da Política Operacional (OP) 3.1012 captura as condições financeiras para cada país.

2.2.1 Créditos da AID:

19. Atualmente, a AID oferece os seguintes tipos de créditos para desenvolvimento:

10 http://treasury.worldbank.org/bdm/htm/ibrd.html 11 http://www.worldbank.org/ida/what-is-ida.html 12 http://web.worldbank.org/WBSITE/EXTERNAL/PROJECTS/EXTPOLICIES/EXTOPMANUAL/0,,contentMDK:22635084~ menuPK:64701637~pagePK:64709096~piPK:64709108~theSitePK:502184~isCURL:Y~isCURL:Y,00.html

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• Créditos regulares. São oferecidos aos países com uma RNB per capita inferior ao limite operacional para admissão à AID. No exercício 2015, isso correspondia a RNB inferior a USD 1.215 per capita. Esses créditos são concedidos em condições concessionais.

• Créditos em condições combinadas. Destinam-se a países com um RNB per capita superior ao limite operacional por mais de dois anos consecutivos, ou seja, RNB per capita superior a USD 1.215 (referente ao exercício 2015).

• Créditos da AID em condições de mercado. São concedidos em acréscimo à alocação regular de um país baseada no desempenho e estão disponíveis para os países habilitados a receber os créditos em condições combinadas.

• Créditos de apoio provisório. Destinam-se aos países que já não precisam dos créditos regulares, mas recebem apoio provisório em caráter excepcional no período dos exercícios 2015 a 2017.

• Aumento da escala (AID Scale-up).13 Recentemente, o Banco criou esses créditos da AID, oferecidos a todos os países que reúnem os requisitos da AID 17 e estejam interessados em ter acesso a mais recursos em condições não concessionais.

2.2.2 Moedas de empréstimo da AID

20. A maioria dos créditos de desenvolvimento da AID é denominada em Direitos Especiais de Saque (DES). Os desembolsos e os pagamentos do serviço da dívida são calculados em DES. Os pagamentos do serviço da dívida são feitos na moeda (dólar dos Estados Unidos, libra esterlina ou euro) especificada no acordo de financiamento no montante equivalente em DES nos termos do acordo. Em caráter piloto, os créditos da AID estão sendo oferecidos nas moedas da cesta do DES (USD, EUR, GBP e JPY). A moeda é selecionada no momento das negociações.

2.2.3 Encargos e taxas atuais da AID14

21. Os encargos a seguir se aplicam atualmente aos créditos da AID em condições concessionais:

• Encargo de serviço. Um encargo de 0,75% é aplicado aos montantes desembolsados e se destina à cobertura das despesas administrativas da AID. Aplica-se a todos os tipos de créditos da AID e é inserido na taxa flutuante para o apoio provisório e os créditos em condições de mercado (hard-term credits).

• Encargo de compromisso. Todos os créditos da AID estão sujeitos a um encargo de compromisso, que atualmente é zero, mas pode chegar a até 0,50%. A Diretoria Executiva revê anualmente esse encargo para decidir pela sua dispensa parcial ou completa. Ele se aplica aos montantes não desembolsados e começa a acumular 60 dias após a assinatura do acordo de financiamento, tornando-se exigível logo após efetividade do crédito.

• Encargo de juros. Uma cobrança de juros sobre os montantes desembolsados é aplicada aos créditos em condições combinadas, em condições de mercado e de apoio provisório. A taxa é atualizada a cada trimestre e varia com a moeda selecionada.

13 http://treasury.worldbank.org/bdm/htm/documents/IDASUFCredit_Handout.pdf 14 http://www.worldbank.org/ida/lending-terms.html

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• Encargos no caso de créditos com taxa fixa (créditos em condições combinadas, de apoio provisório e em condições de mercado):

o No caso de créditos de uma só moeda com taxa fixa, um Reajuste de Swap Básico (BSA), prevalecente na data da aprovação do crédito e fixo por todo o período do crédito, é acrescido ao encargo de serviços e à cobrança de juros. O BSA varia dependendo do tipo de crédito da AID (para pequena economia insular, regular, em condições combinadas, de apoio provisório, em condições de mercado); do encargo (serviço, juros) e da moeda (USD, EUR, GBP e JPY). Os BSAs são informados no início de cada trimestre e podem ser consultados usando este link.15

o Um piso de 75 pontos-base é aplicado ao encargo de serviço e um piso de 0 pontos-base é aplicado às taxas de juros em todas as moedas.

• Encargos no caso de créditos de taxa flutuante16 são aplicados apenas a créditos de apoio provisório e em condições de mercado em uma só moeda:

o A taxa abrange um encargo de serviço; não há cobrança separada de encargo de serviço.

o A taxa flutuante para os créditos de apoio provisório é:

• Taxa de mercado de referência (6 meses) + Spread fixo do BIRD - 100 pontos-base + taxa de transação de 1 ponto-base ao ano + encargo de serviço da AID de 75 pontos-base.

o A taxa flutuante para os créditos em condições de mercado é:

• Taxa de mercado de referência (6 meses) + Spread fixo do BIRD - 200 pontos-base + taxa de transação (1 ponto-base) + encargo de serviço da AID de 75 pontos-base.

o Um piso da taxa de juros de zero (0 pontos-base) é aplicado às taxas de juros.

22. Os componentes das taxas fixas e flutuantes no caso dos créditos em uma só moeda são calculados e publicados a cada trimestre. Os créditos aprovados em cada trimestre estarão sujeitos às taxas publicadas no início do referido trimestre. As novas condições dos empréstimos da AID estão disponíveis no website.17

2.2.4 Prazos de pagamento da AID

23. Os prazos de pagamento da AID18 são decididos a cada três anos, na época das reuniões de doadores. Atualmente, os créditos regulares da AID têm um período de carência de seis anos e um vencimento final de 38 anos, com a exceção dos créditos regulares para pequenas economias insulares. Contudo, os créditos da AID em condições combinadas, em condições de mercado e de apoio provisório têm um período de carência de cinco anos e um vencimento final de 25 anos. As amortizações são feitas semestralmente. As doações da AID não precisam ser pagas. As condições concessionais da AID são apresentadas na Tabela 4.

15 http://www.worldbank.org/ida/lending-terms.html 16 http://ida.worldbank.org/financing/ida-lending-terms 17 http://ida.worldbank.org/financing/ida-lending-terms 18 http://www.worldbank.org/ida/lending-terms.html

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Tabela 4. Condições Concessionais Atuais da AID

Encargo

de serviço

Encargo de compromisso

Juros Cláusula de aceleração

Vencimento Período de

carência (anos)

Regular 38 6 Condições combinadas 25 5

Condições de mercado 25 5

Apoio provisório n.a. 25 5

Nota: n.a. = não se aplica. O vencimento, o período de carência e os pagamentos do principal listados acima correspondem ao exercício 2016. Essas condições estão sujeitas a mudanças no futuro. As condições atuais estão disponíveis no website da Associação Internacional de Desenvolvimento (http://www.worldbank.org/ida/ lending-terms.html).

Os créditos regulares para pequenas economias insulares (menos de 1,5 milhão de habitantes, vulnerabilidade considerável devido ao tamanho e geografia, e graves limitações em termos de crédito e opções de financiamento) continuarão a ter 10 anos de período de carência e 40 anos de vencimento.

2.2.5 Aceleração dos pagamentos de créditos à AID

24. Desde 1987, a AID vem incorporando aos acordos de financiamento uma cláusula sobre a aceleração de pagamentos e a redefiniu em 1996. Essa cláusula permite à AID dobrar as amortizações do principal do crédito, ou seja, encurtar o vencimento caso a RNB per capita do mutuário ultrapasse um limite especificado e o mutuário reúna as condições para obter crédito do BIRD. Mais especificamente, nos termos dessa cláusula, as amortizações do principal dobrariam desde que um período de carência de 10 anos houvesse transcorrido (cinco anos nos termos da nova cláusula) e a RNB superasse o limite histórico por cinco anos (superasse o limite operacional por três anos nos termos da nova cláusula).

25. O mutuário pode optar por exercer as seguintes opções:

• Opção do principal. O mutuário dobra a amortização do principal de cada parcela até que o montante do principal tenha sido inteiramente amortizado.

• Opção dos juros. Um encargo de juros é incluído no lugar de algumas ou de todas as amortizações do principal. Isso pode ser feito apenas se o valor atualizado líquido do cronograma de amortização, incluídos os juros, for equivalente ao da opção do principal, desde que ambas as opções tenham o mesmo elemento de doação.

• Combinação. O mutuário pode combinar as duas opções.

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2.2.6 Quadro de políticas para pagamentos antecipados voluntários

26. Uma opção de pagamento voluntário antecipado foi lançada para os países que satisfazem os critérios para a aceleração dos pagamentos, mas cujos créditos não continham a cláusula de aceleração de pagamentos por terem sido assinados antes de 1987. Para incentivar esses países a acelerar voluntariamente seus pagamentos ou pagar antecipadamente o saldo dos seus créditos, é oferecido um desconto no âmbito do quadro para pagamentos antecipados voluntários nos casos em que o país:

• Escolha pagar antecipada e voluntariamente o saldo total dos créditos; ou • Ofereça um pagamento antecipado parcial para que a AID o aplique aos últimos

vencimentos dos créditos, isto é, use um enfoque ascendente na carteira, conforme determinado pela AID.

27. Descontos não estarão disponíveis para pagamento antecipado de créditos individuais da AID especificados pelos mutuários.

28. Além dos benefícios financeiros, durante o pagamento antecipado voluntário, os mutuários demonstram seu compromisso em contribuir para a AID, aumentando os recursos disponíveis para os beneficiários atuais da AID.

2.3 Doações da AID

29. As doações da AID são oferecidas para ajudar os países de baixa renda a restabelecer ou manter a sustentabilidade da sua dívida externa. De acordo com o quadro de alocação de doações, adotado pela primeira vez à época da AID 14, o risco de superendividamento de um país é o critério de habilitação para o recebimento de doações.

30. As doações da AID não estão sujeitas a amortização ou encargos (serviço e juros), mas têm uma redução no volume de 20% na alocação para o país. Encargos de compromisso são aplicados às doações da AID, mas atualmente estão integralmente dispensados .

31. A habilitação para o recebimento de doações da AID está limitada aos países da AID e se baseia nas classificações do risco de superendividamento dos países. Exclui os países de financiamento combinado (BIRD/AID) ou os países que recebem créditos em condições de mercado, pois, em ambos os casos, já têm acesso mais amplo aos mercados de capital e a composição da sua dívida pode diferir daquela dos países habilitados somente a AID.

32. As classificações de risco emanam de Análises de Sustentabilidade da Dívida prospectivas e específicas de cada país, baseadas no Quadro de Sustentabilidade da Dívida para Países de Baixa Renda do Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI).19 As classificações refletem a parcela de doações da AID e créditos da AID em condições altamente concessionais para cada país.

33. Os beneficiários com um elevado risco de superendividamento recebem 100% da sua assistência financeira na forma de doações, enquanto os países com risco médio de superendividamento recebem 50% na forma de doações. Mais informações podem ser consultadas no website da AID.20

19 http://go.worldbank.org/A5VFXZCCW0 20 http://www.worldbank.org/ida/debt-sustainability.html

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2.4 Garantias

2.4.1 Principais características das garantias

34. As garantias do Banco ampliam as opções de financiamento para projetos de investimento por meio da mitigação de riscos políticos e do reforço do crédito. Podem ser oferecidas com ou sem um empréstimo ou crédito associado do Banco.

35. Por meio das suas garantias, o Banco a) mobiliza capital em condições comerciais para projetos de desenvolvimento; b) aumenta a alavancagem do seu crédito, pois as garantias permitem ao Banco ser um financiador importante com um compromisso de financiamento menor do que a concessão de crédito teria exigido; c) melhorar as condições para obtenção de crédito comercial a fim de melhor atender as necessidades dos projetos de desenvolvimento; d) permite a participação do setor privado ao facilitar a divisão de riscos entre os participantes privados e o governo, ao cobrir as obrigações definidas de pagamento e desempenho do governo ou entes públicos com um projeto ou com financiadores privados; e) atua como "agente imparcial" em uma transação entre o governo e os participantes privados e f) amplia o acesso dos governos e órgãos de implementação aos mercados financeiros.

36. O Banco oferece garantias dentro do necessário para mobilizar financiamento em condições comerciais para o projeto e/ou para mitigar os riscos de pagamento do governo (e dos seus entes) no projeto, levando em consideração as circunstâncias do país, projeto e mercado. Garantias devidamente estruturadas poderiam funcionar como um importante instrumento para mobilizar capital e gerir riscos para um projeto em todos os setores.

2.4.2 Instrumento de garantia — Tipo e critérios

37. O Banco Mundial oferece os três tipos de garantias, delineados na Figura 4, em apoio a todos os países membros. Essas garantias são descritas em detalhe no website do programa de garantia.21

21 http://www.worldbank.org/en/programs/guarantees-program

26

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Figura 4. Produtos de garantia do Banco Mundial

Guarantee Program Programa de garantia

Project-Based Guarantees Garantias baseadas em projetos

Policy-Based Guarantees Garantias baseadas em políticas

Loan Guarantees Guarantees on loan related obligations for public or

private projects

Garantias de empréstimos Garantias de obrigações relacionadas a empréstimos

para projetos públicos ou privados

Payment Guarantees Guarantees on non-loan related Government payment

obligations for private projects

Garantias de pagamentos Garantias de obrigações de pagamento do governo não

relacionadas a empréstimos para projetos privados

Guarantee supports a WB Member Country’s program to promote growth and reduce poverty

Garantia apoia o programa de um País Membro do Banco Mundial na promoção do crescimento e redução

da pobreza

2.4.3 Acordos para transações de garantia

38. Os diversos tipos de acordos associados com as garantias estão descritos na Tabela 5. O acordo de garantia e o acordo de indenização são firmados após a Diretoria Executiva do Banco haver aprovado o projeto de garantia e quando as negociações com terceiros financiadores são concluídas.

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Tabela 5. Acordos para transações de garantia

Acordo Objetivo e detalhes

Acordo de garantia

O acordo de garantia normalmente é celebrado entre o Banco e o mutuante ou beneficiário garantido, ou por um agente destes, e é o acordo em que os termos e condições da garantia são especificados. Dependendo da estrutura da transação de garantia, o advogado da garantia pode decidir que, em vez de um acordo de garantia separado e independente, o apropriado seja incorporar os termos e condições da garantia do Banco ao mesmo documento legal que estipula as condições do empréstimo oferecido pelo mutuante/beneficiário garantido ou a outro documento legal apropriado.

Acordo de indenização

O acordo de indenização é celebrado entre o país membro e o Banco; estipula que o país membro ressarcirá o Banco caso um pagamento seja feito no âmbito da garantia do Banco, e contra outros montantes (inclusive as despesas e obrigações) em que o Banco venha a incorrer.

Acordo do projeto

O acordo do projeto é celebrado entre um órgão de implementação e o Banco. Especifica, entre outros, os compromissos assumidos pelo referido órgão para com o Banco relacionados à implementação do projeto. Dependendo da natureza da transação de garantia, por exemplo, em um projeto do setor público, o advogado da garantia pode decidir que, em vez de um acordo do projeto independente, o apropriado seja incorporar a outro documento legal os termos e condições que normalmente constariam de um acordo do projeto. Em outro exemplo, o Banco poderia celebrar um acordo do projeto com um participante pertinente do projeto, caso fosse apropriado. Esse tipo de acordo não se aplica a garantias baseadas em políticas.

Outros acordos legais

Dependendo dos detalhes específicos de um projeto, o advogado da garantia pode decidir que o apropriado para o Banco seja celebrar outros acordos legais. Por exemplo, o Banco pode celebrar um acordo de cooperação com um ente que financie uma parte separada de um projeto de infraestrutura maior que não esteja diretamente envolvido na implementação do projeto do Banco, mas seja crucial para o êxito na execução do projeto de infraestrutura maior (e, portanto, para o êxito do projeto do Banco). O advogado da garantia também pode decidir se o Banco deve receber, por exemplo, o benefício de pareceres jurídicos unilaterais ou de cartas de compromisso.

2.4.4 Taxas e preços das garantias

39. O preço das garantias do BIRD abrange as taxas e encargos relacionados na futura política que substituirá a OP 3.10.22 As taxas e encargos são determinados com base no conceito de equivalência do empréstimo com os empréstimos do BIRD e os créditos da AID, respectivamente. Essas taxas geralmente são pagas pela entidade executora no caso de garantias baseadas em

22 Termos e Condições Financeiras dos Empréstimos do BIRD, Produtos de Hedging do BIRD, Garantias do BIRD e Créditos e Garantias da IDA. Consulte http://web.worldbank.org/WBSITE/EXTERNAL/PROJECTS/EXTPOLICIES/EXTOPMANUAL/0,, contentMDK:22635084~menuPK:64701637~pagePK:64709096~piPK:64709108~theSitePK:502184~isCURL:Y~isCURL:Y,00.html.

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projetos, e pelo governo no caso de garantias baseadas em políticas. Uma vez que as taxas da garantia do Banco tenham sido fixadas, elas se mantêm inalteradas enquanto durar a garantia. O Banco cobra taxas de stand-by (semelhantes às taxas de compromisso), uma taxa de garantia (semelhante ao spread sobre o empréstimo) e uma taxa inicial aplicáveis aos projetos do BIRD e da AID. As condições de preço das garantias do BIRD e da AID podem ser acessadas no website da Tesouraria do Banco,23 bem como no website das garantias.24

2.4.5 Eventos que acionam as garantias e mecanismos de desembolso

40. Os eventos que acionam os pagamentos no âmbito de uma garantia são especificados no acordo de garantia. Todas as garantias do Banco baseadas em projetos exigem um quadro de resolução de disputas adequado de modo a evitar o envolvimento do Banco na essência de qualquer disputa entre as partes, inclusive em disputas entre dois governos.

41. Os pedidos de pagamento no âmbito de uma garantia podem ser feitos apenas em conformidade com o acordo de garantia e os contratos relacionados pertinentes. De modo geral, os pagamentos são feitos após haver sido determinado, em caráter definitivo, que o governo deixou de pagar e, se for o caso, em conformidade com os referidos mecanismos de resolução de disputas. Os pagamentos no âmbito de uma garantia baseada em um projeto podem ser acionados mesmo que haja uma disputa subjacente, em situações em que os contratos subjacentes preveem uma obrigação clara por parte do governo ou de um ente estatal de fazer um pagamento mesmo que venha a contestá-lo.

2.5 Outros produtos administrados pelo Banco Mundial

42. O Banco administra empréstimos e garantias no âmbito de fundos fiduciários. Destacam-se o Fundo de Investimento Climático, os fundos fiduciários faturáveis (BTFs) e os créditos da Comissão Econômica Europeia (CEE).

2.5.1 Fundo de Tecnologia Limpa (CTF) — Doações, empréstimos e garantias

43. O Fundo de Tecnologia Limpa (CTF) é um dos guichês de financiamento do Fundo de Investimento Climático (CIF). Oferece recursos para ampliar a demonstração, aplicação e transferência de tecnologias de baixo carbono com um potencial considerável para a redução de emissões de gases de efeito estufa no longo prazo. Mais informações sobre os CTFs podem ser encontradas no website do CIF.25

44. As doações para a preparação de projetos no âmbito do CTF são usadas para desenvolver projetos de investimento de qualidade ao financiar estudos sobre a viabilidade de projetos e atividades

23 http://treasury.worldbank.org/bdm/htm/IBRD_and_AID_GuaranteePricing.html 24 http://www.worldbank.org/en/programs/guarantees-program 25 http://www-cif.climateinvestmentfunds.org/fund/clean-technology-fund

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correlatas de análise e concepção. As doações para preparação podem ser usadas para planos de investimento ao abrigo do CTF, sempre que necessário, e projetos cofinanciados pelo CTF.

45. O CTF oferece dois produtos na forma de empréstimo baseados em uma análise da taxa interna de retorno financeiro de cada projeto sem o cofinanciamento do CTF:

• Empréstimos em condições quase de mercado com taxas de retorno próximas ou acima do limiar normal de mercado, mas abaixo do prêmio de risco para o tipo de projeto, tecnologia, país ou aceleração na aplicação de tecnologias de baixo carbono, terão custos de oportunidade mais elevados.

• Empréstimos concessionais são oferecidos para projetos com taxas de retorno negativas ou abaixo do limiar normal de mercado.

46. A Tabela 6 apresenta as condições aplicadas ao financiamento ao abrigo do CTF no primeiro ano de operações:

Tabela 6. Condições atuais dos empréstimos para financiamento pelo CTF

Empréstimo do CTF Vencimento

Período de

carência

Amortizações do principal, anos 11–20

Amortizações do principal, anos 20–40

Taxa do BMD a

Encargo de serviço b

Elemento de doação c

Condições quase de mercado

20 10 10% N/A 0,18% 0,75% ~45%

Condições concessionais

40 10 2% 4% 0,18% 0,25% ~75%

Nota: CTF = Fundo de Tecnologia Limpa; BMD = Bancos Multilaterais de Desenvolvimento; n.a. = não se aplica.

a. O mutuário terá duas opções para o pagamento das taxas do BMD: a) uma taxa de 0,18% do saldo não desembolsado do empréstimo, situação em que os pagamentos das taxas se acumularão semestralmente após a assinatura do empréstimo ou b) uma taxa equivalente a 0,45% do montante total do empréstimo, a ser paga em parcela única, que pode ser saldada com seus próprios recursos ou capitalizada com os recursos do financiamento ou do empréstimo após a efetividade do empréstimo. As taxas devem ser retidas pelo BMD para os seus custos de concessão de empréstimos e apoio à implementação.

b. O encargo de serviço se baseia no saldo desembolsado e pendente de reembolso do empréstimo. Os pagamentos do principal e do encargo de serviço se acumulam semestralmente no fundo fiduciário do CTF.

c. O elemento de doação é calculado usando a metodologia da Associação de Desenvolvimento Internacional (AID) com base nos seguintes pressupostos: taxa de desconto de 6,33% para os empréstimos em condições quase de mercado; taxa de desconto de 6,43% para os empréstimos em condições concessionais; amortizações semestrais; período de desembolso de oito anos.

47. Os recursos do CTF podem ser destinados a duas categorias de produtos na forma de garantia:

• As garantias de empréstimos cobrem o prejuízo por conta do descumprimento do serviço da dívida para os mutuantes até uma parcela acordada do prejuízo efetivo, com vista a estender os vencimentos dos empréstimos comerciais para projetos de baixo carbono, para que possam ser competitivos frente a tecnologias básicas ou para fazer face a riscos incrementais e específicos de natureza operacional ou de construção que poderiam levar à inadimplência.

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• Financiamento contingente é desembolsado para o projeto após o desempenho abaixo do esperado de uma tecnologia de baixo carbono e quando esse risco não é passível de ser segurado comercialmente a um custo razoável ou tenha ocorrido fora do período para o qual o seguro comercial estava disponível.

48. O Fundo Climático Estratégico é outro guichê estabelecido como parte dos Fundos de Investimento Climático. Os critérios de habilitação para empréstimos desse guichê devem estar em conformidade com o quadro de governança para o Fundo Estratégico Climático. Mais informações estão disponíveis no site desse Fundo.26

2.5.2 Fundos fiduciários faturáveis (BTFs)

49. Os BTFs são emprestados aos mutuários em condições da AID e devem ser reembolsados pelos mutuários. As fontes de recursos dos BTFs são os países doadores, a renda líquida do Banco, fundos especiais ou uma combinação. O Banco atua como administrador desses fundos.

50. Os BTFs são tratados da mesma maneira que os demais produtos de empréstimo da AID no tocante ao faturamento, acúmulo de encargos, pagamentos em mora e amortizações.

2.5.3 Créditos da Comissão Econômica Europeia

51. O Banco administra empréstimos feitos pela CEE a diversos mutuários. Após o recebimento do serviço da dívida, os pagamentos referentes ao principal são devolvidos aos doadores, ao passo que os encargos de serviço são retidos pelo Banco como remuneração por este administrar o desembolso e a cobrança dos recursos de empréstimos usados para cofinanciar projetos do Banco.

2.5.4 Mecanismo de Preparação de Projetos (PPF)

52. Os adiantamentos do PPF são feitos pelo Banco com uma autorização especial concedida pela Diretoria Executiva. A Diretoria define periodicamente o teto da autorização de compromisso do mecanismo e o volume de cada adiantamento.

26 http://www-cif.climateinvestmentfunds.org/fund/strategic-climate-fund

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53. O Banco pode fazer um Adiantamento para Preparação de um Projeto (PPA) do Mecanismo de Preparação do Projeto (PPF) a um país mutuário para financiar:

• As atividades de preparação, concepção e implementação inicial de um projeto;

• Preparação de programas;

• Atividades iniciais de resposta emergencial em caso de crises e emergências.

54. O PPA só é feito quando existe uma forte probabilidade de que financiamento do Banco venha a ser aprovado para a operação que está em preparação. Contudo, a concessão de um PPA não obriga o Banco Mundial a financiar qualquer parte da operação.

55. O PPA é feito em USD e, no tocante aos juros, implica as condições do spread fixo do BIRD ou as condições dos créditos regulares da AID. Aos mutuários que preenchem os requisitos para receber doações, os PPAs são concedidos apenas em

condições de doação.

56. Os PPAs podem ser feitos para preparar operações de garantia do Banco. Nesses casos, o adiantamento seria desembolsado de acordo com os procedimentos do IPF, que se aplicam aos adiantamentos para preparação. Tais adiantamentos são pagos ao Banco da mesma maneira que ocorre quando um adiantamento concedido a um mutuário não se transforma em um projeto. Nesses casos, não é possível refinanciar o adiantamento e, assim, ele deve ser pago ao Banco, salvo no caso dos concedidos nas condições de doação da AID.

57. Se houver a probabilidade de a conta de financiamento para a qual o PPA foi feito não se materializar antes da data de refinanciamento, o PPA poderá ser refinanciado com os recursos de qualquer outro empréstimo concedido ao país ou garantido por ele.

58. Juros ou encargos de serviço são acumulados sobre o PPA à taxa de juros ou taxa do encargo de serviço do Banco. Contudo, o pagamento de juros/encargos sobre o adiantamento é diferido até que ele seja refinanciado ou as condições de amortização sejam definidas.

59. Para refinanciar o PPP, o acordo de financiamento da operação posterior conterá uma disposição referente ao PPA. O cronograma de saque do financiamento posterior conterá uma categoria de despesa para cobrir o montante do principal do adiantamento mais a estimativa dos juros ou encargos de serviço acumulados, conforme o caso.

60. Nos casos em que o PPA não seja refinanciado, o adiantamento se torna exigível e o Banco informa o mutuário de que os montantes desembolsados no âmbito do PPA e os encargos concomitantes serão faturados em breve. Os PPAs são amortizados em 10 parcelas semestrais iguais ao longo de um período de cinco anos após a data de refinanciamento. Contudo, se o montante desembolsado do PPA for igual ou inferior a USD 50.000, o país é obrigado a pagar o montante total em uma parcela única no prazo de 60 dias após a notificação do Banco sobre o pagamento.

Adiantamentos para Preparação de Projetos • Os adiantamentos para preparação de

projetos/programas costumam ser refinanciados por um empréstimo ou amortizados pelo mutuário. Os PPAs que não são refinanciados implicam juros nas condições do spread fixo do BIRD ou do crédito da AID. Os PPAs para países que apenas recebem doações da AID não são amortizados, pois são convertidos em doações.

• Os PPAs a serem amortizados devem ser pagos em 10 parcelas semestrais iguais. Contudo, se o montante do PPA for inferior a USD 50.000, precisa ser pago no prazo de 60 dias a partir da data da notificação do Banco.

• Os PPAs são feitos apenas em dólares dos Estados Unidos.

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61. Se, na data de aprovação do PPA, o mutuário estiver habilitado a receber apenas doações da AID, o adiantamento se converte em uma doação e não deve ser pago pelo mutuário.

62. Mais informações sobre os aspectos dos PPAs relacionados aos desembolsos podem ser consultados na seção 4.1.5.

2.6 Produtos do BIRD para a gestão de riscos

63. O BIRD oferece produtos de hedging para a gestão de riscos27 de uma das seguintes maneiras:

• As opções de conversão integradas são incorporadas ao Empréstimo Flexível do BIRD (IFL);

• Os swaps independentes são usados de forma independente para gerir o risco da totalidade da carteira de empréstimos do Banco;

• Um hedge não relacionado ao BIRD é usado de forma independente para gerir a dívida com outros credores.

64. Os mutuários podem ter acesso às opções de conversão integradas solicitando o tipo desejado e as condições da conversão. No caso de empréstimos do BIRD sem opções de conversão integradas ou de dívida com credores outros que não o BIRD, os mutuários podem ter acesso a swaps ao assinar um Acordo-Mestre de Derivativos (MDA) com o BIRD.

2.6.1 Produtos do BIRD com opções de conversão integradas

65. As opções de conversão integradas do BIRD abrangem as conversões da taxa de juros, conversões de moedas, fixação automática de taxa e os tetos e faixas de taxas de juros. O mutuário pode selecionar as opções necessárias no Formulário de Seleção dos Termos Financeiros (Loan Choice Worksheet)28 à época das negociações do empréstimo, para que elas possam ser incorporadas ao Acordo de Financiamento. Para exercer essas opções, exceto no caso das opções de conversão automática, o mutuário precisa enviar ao Banco os formulários de solicitação preenchidos. Mais informações sobre as opções de conversão e os formulários de solicitação estão disponíveis no website da Tesouraria.29

66. Inicialmente, as opções de conversão estavam disponíveis apenas para os empréstimos com spread fixo. Um mutuário com um empréstimo com spread variável que desejasse exercer opções de conversão tinha que a) executar um MDA e, em seguida, entrar em um swap independente ou b) executar uma modificação do empréstimo e convertê-lo para um empréstimo com spread fixo.

67. O Banco permite o acesso às opções de conversão para todos os IFLs com spread variável. Algumas dessas opções também estão disponíveis para os antigos empréstimos com spread variável de uma só moeda (VSLs), desde que seja executada uma modificação do empréstimo. É necessário modificar o empréstimo no caso de IFLs com spread variável quando o mutuário não optou pelas opções de conversão no momento da assinatura do acordo.

27 http://treasury.worldbank.org/ 28 http://treasury.worldbank.org/bdm/htm/Loan_Preparation_Support.html 29 http://treasury.worldbank.org/Services/RiskMgmtProducts.html

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68. Nas condições atuais, um mutuário pode optar por converter a taxa de referência, ou seja, a LIBOR/EURIBOR ou qualquer outra taxa-base, para uma taxa fixa para a totalidade ou parte do empréstimo sem que seja necessário fazer a conversão para um empréstimo com spread fixo (Tabela 7). O spread variável do empréstimo não seria afetado e estaria sujeito a um reajuste de acordo com as condições do empréstimo original. No caso dos antigos VSLs de uma só moeda, as opções de conversão automática e as opções de conversão para moeda local ainda não são oferecidas.

Tabela 7. Produtos para conversão disponíveis para os empréstimos do BIRD

Tipo de empréstimo Conversões da taxa de

juros Tetos e faixas

Conversões de moedas

Conversões automáticas

IFL (spread fixo e variável)

Empréstimo com spread fixo (FSL)

Empréstimo de spread variável (VSL)a

n.a.

Nota: Os FSLs e os VSLs deixaram de ser oferecidos em 12 de fevereiro de 2008. BIRD = Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento.

a. Sujeito a modificação das condições do empréstimo. A conversão automática não se aplica.

2.6.1.1 Taxas de transação para as opções de conversão

69. As taxas de transação para as conversões podem ser encontradas no website da Tesouraria.30

70. No caso de anulação antecipada da conversão, seja ela conversão de moedas, conversão de taxas de juros ou tetos e faixas de taxas de juros, a taxa de transação prevalecente no momento da anulação antecipada será aplicada. Por exemplo, a fixação de uma taxa de juro que não tinha uma taxa de transação não implicará uma taxa de transação em decorrência da anulação. As taxas de transação expressas como uma porcentagem anual serão convertidas em um montante único.

2.6.2 Swaps independentes do BIRD e hedges não relacionados ao BIRD

71. Os produtos de hedging independentes do BIRD para a gestão de riscos estão disponíveis para ajudar os mutuários a gerir seus riscos financeiros. Usando técnicas-padrão de gestão de risco, esses produtos podem transformar as características de risco das obrigações de um mutuário com o BIRD sem alterar as condições negociadas nos acordos de financiamento.

30 http://treasury.worldbank.org/bdm/htm/Loan_Conversion_Options.html

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72. Os produtos de hedging do BIRD abrangem swaps de taxas de juros, tetos e faixas de taxas de juros, swaps de moedas e, dependendo do caso, swaps de commodities. Para usar os produtos de hedging, os mutuários precisam celebrar um Acordo-Mestre de Derivativos (MDA) com o BIRD. Um MDA oferece a estrutura contratual entre o mutuário e o BIRD. O website da Tesouraria do Banco Mundial31 apresenta os produtos de hedging disponíveis para os empréstimos do BIRD com relação a montantes desembolsados e pendentes de reembolso dos empréstimos.

73. O BIRD também oferece swaps de taxas de juros e de moedas no caso de dívidas dos mutuários não relacionadas com o BIRD. Os mutuários que reúnem os critérios para usar esses produtos são mutuários soberanos que detêm uma carteira de empréstimos do BIRD, estão em dia com suas obrigações do serviço da dívida com o Banco e estão habilitados a receber novos empréstimos do BIRD. Mais detalhes podem ser consultados no website da Tesouraria.32

74. As taxas referentes a tetos e faixas de taxas de juros e a swaps de commodities são faturadas no momento da execução da transação e devem ser pagas no prazo de 60 dias. No caso dos swaps de moedas e swaps de taxas de juros, a taxa de transação é adicionada como um spread à taxa de juros aplicável ao empréstimo ou à parcela. O BIRD pode rever a tabela de taxas periodicamente. Nesses casos, as taxas revistas seriam aplicadas apenas às solicitações de hedge enviadas após a nova tabela entrar em vigor. As tabelas de taxas atuais dos produtos de hedging do BIRD estão disponíveis no website da Tesouraria.33

2.7 Iniciativas de alívio da dívida

2.7.1 Fundos fiduciários de serviço da dívida

75. Os Fundos Fiduciários de Serviço da Dívida (DSTFs) são criados para a liquidação dos montantes de serviço da dívida devidos ao Banco Mundial BIRD e/ou à AID. Esses fundos são administrados pelo Banco de acordo com a carta-convênio e com o acordo do fundo fiduciário entre o Banco Mundial e o beneficiário. O uso do fundo é regido pelos termos da carta-convênio entre o Banco Mundial, o doador e o beneficiário.

76. O Banco processa todos os desembolsos dos DSTFs e aplica esses recursos em pagamentos do serviço da dívida devidos ao BIRD/à AID. Os DSTFs também são usados em mecanismos de pagamento específicos individualizados acordados entre o doador e o beneficiário. Esses casos abrangem um acordo de redução de juros entre o doador e o beneficiário. Nesse acordo, o doador disponibiliza os recursos de um fundo fiduciário criado para ser usado no pagamento do serviço de dívidas específicas de um beneficiário, desde que o beneficiário cumpra determinadas condições especificadas previamente. Uma vez que as condições tenham sido cumpridas, o Banco usa os recursos disponíveis no fundo fiduciário financiado pelo doador para fazer o pagamento antecipado das dívidas do beneficiário previamente identificadas. Mais informações sobre outros fundos fiduciários e programas estão disponíveis na página do Banco Mundial na Internet sobre financiamento para o desenvolvimento.34

31 http://treasury.worldbank.org/bdm/htm/hedging_products.html 32 http://treasury.worldbank.org/bdm/htm/hedging_products.html 33 http://treasury.worldbank.org/bdm/htm/Hedging_Transaction_Fees.html 34 http://go.worldbank.org/GABMG2YEI0

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2.7.2 Iniciativa para a Redução da Dívida dos Países Pobres Muito Endividados (Iniciativa HIPC)

77. A Iniciativa HIPC foi criada em 1996 e reforçada em 1999 para reduzir o ônus da dívida dos países habilitados para os limiares estabelecidos pela iniciativa, desde que o desempenho das políticas fosse satisfatório. Mais informações sobre a Iniciativa HIPC e os países habilitados pode ser encontrada no página do Banco Mundial na Internet sobre a Iniciativa HIPC.35

78. No caso dos países que alcançaram o ponto de decisão da Iniciativa HIPC reforçada e reuniram as condições para receber o alívio da dívida por meio de um cronograma de alívio da dívida, esse alívio é refletido como uma redução dos pagamentos do serviço da dívida por meio do processo de faturamento regular. O ponto de decisão é alcançado quando a Diretoria Executiva aprova a concessão de alívio da dívida no âmbito da Iniciativa HIPC.

79. Os países começam recebendo alívio transitório em caráter provisório no ponto de decisão.

Uma vez que os países tenham alcançado o ponto de conclusão, o montante total do alívio da dívida se torna irrevogável. O ponto de conclusão é alcançado quando as condições especificadas na notificação legal enviada ao país são cumpridas e os demais credores do país confirmam sua plena participação na Iniciativa HICP.

2.7.3 Iniciativa de Alívio da Dívida Multilateral (MDRI)

80. A MDRI foi lançada em 2005 para reduzir ainda mais as dívidas dos países que concluíram a Iniciativa HIPC reforçada e oferecer-lhes mais recursos para ajudá-los a alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Mais informações sobre a MDRI podem ser encontradas na página do Banco Mundial na Internet sobre a MDRI.36

81. Os países têm direito a receber alívio da dívida no âmbito da MDRI no primeiro dia do trimestre do exercício fiscal após a data em que alcançaram o ponto de conclusão da Iniciativa HIPC reforçada. Essa data é conhecida como a data de implementação da MDRI.

82. Nessa iniciativa, o mutuário já não é mais obrigado a a) amortizar o principal e b) pagar encargos de serviço a partir da data de implementação da MDRI, sobre montantes de crédito que tenham sido desembolsados e estejam em aberto em 31 de dezembro de 2003. Esse alívio da dívida é oferecido para todos os pagamentos do principal e os encargos de crédito a serem pagos à AID, após o alívio do serviço da dívida disponível no âmbito

35 http://go.worldbank.org/V1JZAAB1N0 36 http://go.worldbank.org/WDZPNXK1Z0

Iniciativa HIPC reforçada • Oferece alívio parcial da dívida

referente a créditos elegíveis. • Normalmente concede alívio da dívida

por meio de uma redução da conta, começando após o país alcançar o ponto de decisão.

Iniciativa de Alívio da Dívida Multilateral (MDRI)

• Oferece alívio total da dívida referente a créditos elegíveis

• Começa no primeiro dia do trimestre do exercício fiscal após a data em que o ponto de conclusão foi alcançado no âmbito da Iniciativa HIPC.

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da Iniciativa HIPC reforçada. Contudo, todas as demais obrigações do mutuário com referência a esses créditos no âmbito dos acordos de financiamento para o desenvolvimento continuam a vigorar até esse momento, pois teriam sido cancelados caso os montantes de crédito da AID houvessem sido pagos integralmente, em conformidade com os termos dos acordos e as Condições Gerais37 e Condições Padronizadas38 pertinentes.

83. Nos casos em que os créditos haviam sido parcialmente desembolsados até 31 de dezembro de 2003, uma nova parcela de crédito é criada de modo a abranger apenas os montantes elegíveis no âmbito do alívio da dívida da MDRI. Para esses créditos, os montantes de pagamento são alocados proporcionalmente às parcelas de crédito da MDRI e às não relacionadas à MDRI. Além disso, todo alívio ao abrigo da HIPC reforçada baseado no saldo da dívida após 31 de dezembro de 2013 também será alocado proporcionalmente.

84. Uma vez que o alívio da dívida tenha sido fornecido no âmbito da MDRI e os saldos dos créditos tenham sido efetivamente cancelados, todos os encargos relacionados a esses créditos que tenham surgido antes da data de implementação e não tenham sido admitidos para fins de alívio da dívida ao abrigo da MDRI serão faturados para pagamento pelo mutuário. Ao mesmo tempo, todos os saldos de créditos que foram transportados de um período anterior à data de implementação, assim como os pagamentos feitos pelo mutuário com respeito aos montantes sujeitos a alívio da dívida, serão restituídos. O montante líquido devido pelo mutuário ou ao mutuário será determinado no nível do país, e uma carta de liquidação definitiva contendo essas informações será enviada ao mutuário.

37 http://siteresources.worldbank.org/BRAZILINPOREXTN/Resources/3817166-1242680408578/General_Conditions.pdf 38 http://go.worldbank.org/LXIOJ9CTI0

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Desembolsos

Volume 2

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Volume 2

Desembolsos

SUMÁRIOSIGLAS E ACRÔNIMOS ............................................................................................................................ 1

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................ 2

1. OPERAÇÕES FINANCIADAS PELO BANCO MUNDIAL ....................................................................................... 9

1.1 PRINCIPAIS DOCUMENTOS .................................................................................................................................... 9 1.2 INSTRUMENTOS DE FINANCIAMENTO .................................................................................................................... 10 1.3 VISÃO GERAL DO CICLO DE EMPRÉSTIMO ................................................................................................................ 11

2. PRODUTOS DO BANCO MUNDIAL PARA FINANCIAMENTO .......................................................................... 14

2.1 PRODUTOS DE EMPRÉSTIMO DO BIRD .................................................................................................................. 14 2.1.1 Empréstimo Flexível do BIRD (IFL) ........................................................................................................ 14 2.1.2 Financiamento Contingente do BIRD — Opção de Saque Diferido ...................................................... 19 2.1.3 Financiamento para Política Especial de Desenvolvimento (SDPFs) .................................................... 21

2.2 CRÉDITOS DA AID PARA O DESENVOLVIMENTO ....................................................................................................... 21 2.2.1 Créditos da AID: ................................................................................................................................... 21 2.2.2 Moedas de empréstimo da AID ............................................................................................................ 22 2.2.3 Encargos e taxas atuais da AID ............................................................................................................ 22 2.2.4 Prazos de pagamento da AID ............................................................................................................... 23 2.2.5 Aceleração dos pagamentos de créditos à AID .................................................................................... 24 2.2.6 Quadro de políticas para pagamentos antecipados voluntários ......................................................... 25

2.3 DOAÇÕES DA AID ............................................................................................................................................. 25 2.4 GARANTIAS...................................................................................................................................................... 26

2.4.1 Principais características das garantias ............................................................................................... 26 2.4.2 Instrumento de garantia — Tipo e critérios ......................................................................................... 26 2.4.3 Acordos para transações de garantia .................................................................................................. 27 2.4.4 Taxas e preços das garantias ............................................................................................................... 28 2.4.5 Eventos que acionam as garantias e mecanismos de desembolso ...................................................... 29

2.5 OUTROS PRODUTOS ADMINISTRADOS PELO BANCO MUNDIAL ................................................................................... 29 2.5.1 Fundo de Tecnologia Limpa (CTF) — Doações, empréstimos e garantias ........................................... 29 2.5.2 Fundos fiduciários faturáveis (BTFs) .................................................................................................... 31 2.5.3 Créditos da Comissão Econômica Europeia ......................................................................................... 31 2.5.4 Mecanismo de Preparação de Projetos (PPF) ...................................................................................... 31

2.6 PRODUTOS DO BIRD PARA A GESTÃO DE RISCOS ..................................................................................................... 33 2.6.1 Produtos do BIRD com opções de conversão integradas ..................................................................... 33 2.6.2 Swaps independentes do BIRD e hedges não relacionados ao BIRD .................................................... 34

2.7 INICIATIVAS DE ALÍVIO DA DÍVIDA ......................................................................................................................... 35 2.7.1 Fundos fiduciários de serviço da dívida ................................................................................................ 35 2.7.2 Iniciativa para a Redução da Dívida dos Países Pobres Muito Endividados (Iniciativa HIPC) .............. 36

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2.7.3 Iniciativa de Alívio da Dívida Multilateral (MDRI) ................................................................................ 36

3. SAQUE DOS RECURSOS DO FINANCIAMENTO .............................................................................................. 43

3.1 ENVIO ELETRÔNICO DE PEDIDOS DE SAQUE POR MEIO DO CLIENT CONNECTION ............................................................. 43 3.1.1 Client Connection ................................................................................................................................. 43 3.1.2 Registro da organização e acesso do usuário à conta ......................................................................... 45 3.1.3 Signatários autorizados ....................................................................................................................... 45 3.1.4 Credencial de Identificação Segura e signatários eletrônicos .............................................................. 45 3.1.5 Criação de pedido de saque eletrônico ................................................................................................ 46 3.1.6 Assinatura eletrônica de pedidos de saque.......................................................................................... 47 3.1.7 Material de referência sobre os desembolsos eletrônicos ................................................................... 47

3.2 APRESENTAÇÃO MANUAL DE PEDIDOS DE SAQUE ..................................................................................................... 48 3.3 ESCLARECIMENTOS SOBRE PEDIDOS DE SAQUE ANTES DA APROVAÇÃO DO BANCO .......................................................... 49 3.4 MOEDA DOS PAGAMENTOS ................................................................................................................................. 49

4. FINANCIAMENTO DE PROJETOS DE INVESTIMENTO ..................................................................................... 50

4.1 MECANISMOS DE DESEMBOLSO ........................................................................................................................... 50 4.1.1 Despesas elegíveis................................................................................................................................ 50 4.1.2 Categorias de despesa ......................................................................................................................... 51 4.1.3 Porcentagem do desembolso ............................................................................................................... 51 4.1.4 Financiamento retroativo .................................................................................................................... 52 4.1.5 Adiantamentos para a Preparação de Projetos (PPAs)........................................................................ 52 4.1.6 Condições de desembolso .................................................................................................................... 53

4.2 MÉTODOS DE DESEMBOLSO ................................................................................................................................ 53 4.2.1 Método de reembolso .......................................................................................................................... 54 4.2.2 Método de adiantamento .................................................................................................................... 55 4.2.3 Método de pagamento direto .............................................................................................................. 59 4.2.4 Método de compromisso especial ....................................................................................................... 60

4.3 OUTROS MECANISMOS DE DESEMBOLSO ................................................................................................................ 64 4.3.1 Compromissos com uma agência da ONU ........................................................................................... 64 4.3.2 Cofinanciamento .................................................................................................................................. 64 4.3.3 Financiamento baseado em resultados ou desembolsos vinculados aos indicadores (DLIs) ............... 65 4.3.4 Desembolsos baseados em produtos ................................................................................................... 66 4.3.5 Projetos de desenvolvimento impulsionados pela comunidade .......................................................... 67 4.3.6 Mecanismos de desembolso para subprojetos .................................................................................... 68

4.4 GESTÃO DA REESTRUTURAÇÃO DE PROJETOS .......................................................................................................... 69 4.4.1 Modificações do Acordo de Financiamento ......................................................................................... 69 4.4.2 Realocação entre categorias de despesa ............................................................................................. 69 4.4.3 Despesa em excesso em uma categoria (sobregiro de categoria) ....................................................... 69 4.4.4 Mudanças nos mecanismos de desembolso ........................................................................................ 70

4.5 DESPESAS INELEGÍVEIS ....................................................................................................................................... 70 4.5.1 Recuperação de despesas inelegíveis .................................................................................................. 71

4.6 DEVOLUÇÕES ................................................................................................................................................... 71

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4.7 DESCUMPRIMENTO DAS CLÁUSULAS DE AUDITORIA .................................................................................................. 72 4.8 ENCERRAMENTO DO EMPRÉSTIMO ....................................................................................................................... 72

4.8.1 Gestão da data de encerramento ........................................................................................................ 72 4.8.2 Prazo final de desembolsos .................................................................................................................. 73 4.8.3 Gestão de contratos durante o encerramento do empréstimo ........................................................... 73 4.8.4 Gestão da conta designada durante o encerramento ......................................................................... 74 4.8.5 Pagamento dos honorários de auditoria final após o encerramento .................................................. 75

4.9 CANCELAMENTO ............................................................................................................................................... 76 4.10 SUSPENSÃO DE DESEMBOLSOS ............................................................................................................................. 76

5. FINANCIAMENTO DE PROGRAMAS POR RESULTADOS (PFORR) ................................................................... 78

5.1 VISÃO GERAL ................................................................................................................................................... 78 5.1.1 Desembolsos vinculados aos Indicadores (DLIs) .................................................................................. 78

5.2 MECANISMOS DE DESEMBOLSO ........................................................................................................................... 79 5.2.1 Resultados prévios ............................................................................................................................... 79 5.2.2 Adiantamentos .................................................................................................................................... 79

5.3 DESEMBOLSOS PARA O PFORR ............................................................................................................................ 80 5.3.1 Processo de alcance dos DLIs ............................................................................................................... 80 5.3.2 Saque de recursos do financiamento ................................................................................................... 80

5.4 ENCERRAMENTO E DEVOLUÇÕES .......................................................................................................................... 81 5.4.1 Data de encerramento e prazo final de desembolsos .......................................................................... 81 5.4.2 Encerramento da conta do empréstimo .............................................................................................. 82 5.4.3 Devoluções ........................................................................................................................................... 82

6. FINANCIAMENTO DE POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO ............................................................................. 83

6.1 VISÃO GERAL DO DPF ........................................................................................................................................ 83 6.2 DESEMBOLSO ................................................................................................................................................... 83

ANEXOS ............................................................................................................................................................... 85

ANEXO A. NOTIFICAÇÃO DOS RESULTADOS ALCANÇADOS DO PROGRAMA POR RESULTADOS (PFORR) .......................................... 85 ANEXO B. PEDIDO DO MUTUÁRIO DE ADIANTAMENTO NO ÂMBITO DO PFORR ........................................................................ 87 ANEXO C. MODELO DE ACORDO PARA CRIAR A CONTA-CAUÇÃO PARA OS HONORÁRIOS DE AUDITORIA ........................................ 89

7. FATURAMENTO ............................................................................................................................................ 93

7.1 CICLO DE FATURAMENTO DOS EMPRÉSTIMOS E CRÉDITOS .......................................................................................... 93 7.1.1 Empréstimos do BIRD ........................................................................................................................... 93 7.1.2 Créditos da AID para o desenvolvimento ............................................................................................. 93

7.2 COMPONENTES DE UM DEMONSTRATIVO DE FATURAMENTO ..................................................................................... 94 7.3 OUTROS CONCEITOS RELACIONADOS AO FATURAMENTO ........................................................................................... 95

7.3.1 Aplicação de pagamentos .................................................................................................................... 95 7.3.2 Notificações de faturamento ............................................................................................................... 95 7.3.3 Datas de vencimento dos pagamentos e datas bancárias .................................................................. 96 7.3.4 Cancelamento de montantes não desembolsados .............................................................................. 96

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7.4 FATURAMENTO ELETRÔNICO (E-BILLING) ............................................................................................................... 96 7.5 RELATÓRIOS SOBRE A GESTÃO DO SERVIÇO DA DÍVIDA NO CLIENT CONNECTION ............................................................. 97

8. MORA E POLÍTICA DE SANÇÕES .................................................................................................................... 98

8.1 LEMBRETES E SANÇÕES POR MORA — 5, 15, 30, 45, 60 E 90 DIAS, E 6 MESES ............................................................ 98 8.2 ENCARGOS POR PAGAMENTOS EM ATRASO ............................................................................................................ 99

9. ISENÇÃO PARCIAL DOS ENCARGOS DOS EMPRÉSTIMOS ............................................................................ 101

9.1 APLICABILIDADE.............................................................................................................................................. 102 9.1.1 Empréstimos assinados de 27 de setembro de 2007 em diante ........................................................ 102 9.1.2 Empréstimos assinados antes de 27 de setembro de 2007 ............................................................... 102

9.2 QUALIFICAÇÃO ............................................................................................................................................... 102 9.2.1 Isenção de encargos de compromisso ............................................................................................... 102 9.2.2 Isenção de juros ................................................................................................................................. 103

10. PAGAMENTOS ANTECIPADOS ................................................................................................................. 104

10.1 EMPRÉSTIMOS DO BIRD .................................................................................................................................. 104 10.1.1 Empréstimos não convertidos ............................................................................................................ 105 10.1.2 Empréstimos convertidos ................................................................................................................... 105 10.1.3 Política de pagamento antecipado dos VSLs e IFLs com spread variável........................................... 106

10.2 CRÉDITOS DA AID PARA O DESENVOLVIMENTO ..................................................................................................... 106 10.2.1 Condições e procedimentos para o pagamento antecipado de empréstimos ................................... 107

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3. Saque dos recursos do financiamento 85. Esta seção descreve as etapas a serem cumpridas para sacar os recursos do financiamento. Os

pedidos de saque de recursos devem ser iniciados por meio eletrônico no portal Client Connection do Banco na Internet. O Banco Mundial poderá proibir, a seu critério e em caráter temporário ou permanente, o envio de pedidos de saque por meio eletrônico pelo mutuário. No caso de operações IPF, consulte as seções 3.3 e 3.4 das Diretrizes de Desembolsos para Financiamento de Projetos de Investimento.39

86. Excepcionalmente, o Banco Mundial poderá permitir ao mutuário preencher e enviar os pedidos de saque manualmente, em papel. Os formulários para pedidos podem ser baixados do portal Client Connection do Banco ou solicitados ao encarregado das carteiras no Banco. Os procedimentos detalhados das opções eletrônica e manual estão delineados na Figura 5 e Figura 6, respectivamente.

3.1 Envio eletrônico de pedidos de saque por meio do Client Connection

3.1.1 Client Connection

87. O Client Connection é um website seguro por meio do qual os clientes registrados do Banco podem:

• Acessar informações e dados praticamente em tempo real sobre a situação dos desembolsos, encargos, faturas e relatórios de auditoria de um país, programa/projeto, financiamento ou carteira;

• Criar e enviar eletronicamente pedidos de saque, além da documentação comprobatória, ao Banco.

39 http://siteresources.worldbank.org/PROJECTS/Resources/DisGuideEng.pdf

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Figura 3. Etapas para o envio eletrônico de pedidos de saque por meio do Client Connection (uma lista com outros materiais de referência pode ser consultada na seção 3.1.7)

1. Acordo de Financiamento- Aprovação da Diretoria Executiva do Banco- Acordo de Financiamento firmado pelo Banco e pelo mutuário- O Banco declara a efetividade

2. Registro no Client Connection pelo mutuário/beneficiário (consulte a seção 3.1.2)- Registro online da nova organização- Contatos da organização concedem acesso aos novos usuários- Registro do representante autorizado

3. Assinaturas autorizadas (consulte a seção 3.1.3)- O mutuário envia Carta de Signatários Autorizados online ou- Representante autorizado designa signatários online

4. Ativação das Credenciais de Identificação Segura (SIDC) (consulte a seção 3.1.4)- Usuários designados como signatários ativam sua SIDC

5. Criação de pedido de saque no Client Connection (consulte a seção 3.1.5)- Selecionar o tipo de pedido (consulte a Tabela 9) e inserir a referência do pedido- Inserir/selecionar os detalhes de um beneficiário existente e as instruções de pagamento- Se for o caso, selecionar a categoria, adicionar o contrato e anexar os documentos

comprobatórios- Enviar o pedido de saque para assinatura

6. Enviar o pedido de saque no Client Connection (consulte a seção 3.1.6)- Assinar eletronicamente o pedido de saque usando a SIDC para envio ao Banco

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3.1.2 Registro da organização e acesso do usuário à conta

88. Os clientes podem dar início ao processo de registro da organização online na página inicial do Client Connection. A seção 3.1.7 traz mais informações e links para os recursos do Client Connection

89. Como parte da solicitação de registro da organização, é necessário que os clientes indiquem pelo menos dois contatos da organização. Os contatos desempenham a função de administrador para a organização.

90. Um funcionário do Banco, também conhecido como responsável do Client Connection (Client Connection champion), é designado para um país específico como a principal pessoa de contato para orientar os clientes no processo de registro. A lista de responsáveis do Client Connection está disponível online em https://clientconnection.worldbank.org, na página “My Portfolio”, seção “Contact Us”. Esse responsável valida a admissibilidade da solicitação e, após a confirmação dos contatos da organização, a solicitação de registro é aprovada pelo Banco. Um email gerado pelo sistema é enviado aos contatos da organização tão logo o Banco aprove a solicitação de registro da organização. Até que a organização seja aprovada pelo Banco, o mutuário pode enviar suas perguntas para [email protected].

91. Tão logo a solicitação de registro da organização seja aprovado pelo Banco, os contatos da organização podem registrar os usuários individuais no âmbito da organização e atribuir funções específicas e acesso. Além disso, os contatos da organização podem modificar as informações de um usuário existente ou excluí-lo, conforme necessário. Compete aos contatos manter os dados da organização atualizados.

92. Após o acesso de um usuário ter sido autorizado pelos contatos da organização, uma notificação em um email gerado pelo sistema é enviada ao usuário com as informações iniciais (Passkey e Login) para conectar-se ao Client Connection. O processo de registro do usuário é concluído na primeira vez em que ele se conecta e entra no Client Connection.

3.1.3 Signatários autorizados

93. O representante autorizado do mutuário (conforme designado no acordo de financiamento) precisa transmitir ao Banco: o nome do funcionário ou funcionários autorizados a assinar e apresentar pedidos de saque e pedidos de emissão de compromissos especiais (signatários autorizados), por meio da Designação de Signatários Autorizados (DSA). Essa carta pode ser enviada ao escritório do Banco especificado na carta de desembolso. Um modelo faz parte de um dos anexos da carta de desembolso. No caso de operações IPF, consulte as seções 3.1 e 3.2 das Diretrizes de Desembolsos para Financiamento de Projetos de Investimento.40

3.1.4 Credencial de Identificação Segura e signatários eletrônicos

94. Após a aprovação da DAS pelo Banco, os usuários designados como signatários autorizados recebem a SIDC e são notificados por meio de um email automático para que ativem suas credenciais de assinatura eletrônica. A ativação da SIDC pelo usuário conclui o processo de

40 http://siteresources.worldbank.org/PROJECTS/Resources/DisGuideEng.pdf

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aprovação dos signatários autorizados, permitindo a ele assinar eletronicamente. A lista de signatários autorizados pode ser consultada abaixo da guia “e-Signatories” (signatários eletrônicos) da conta de financiamento no Client Connection.

3.1.5 Criação de pedido de saque eletrônico

95. Para que um pedido de saque possa ser criado eletronicamente no Client Connection, as seguintes condições precisam ter sido cumpridas:

• A situação do financiamento precisa ser “em vigor” (effective).

• Os signatários eletrônicos precisam estar designados e suas informações devem estar disponíveis na guia e-Signatories.

• A situação do desembolso eletrônico deve ser “pronto” (e-disbursement ready) na guia e-Forms.

• O registro do beneficiário precisa ser aprovado

96. O link para o pedido de saque pode ser acessado na página My Portfolio (Minha carteira) ou Loan Overview, Disbursement (Resumo do empréstimo, Desembolso) do Client Connection. Para criar um pedido de saque, o usuário primeiro precisa selecionar o tipo de pedido de saque e inserir a referência do pedido. Em seguida, deve selecionar o beneficiário exigido em um menu suspenso com a lista dos beneficiários aprovados dos pagamentos. Sempre que for o caso, e com base no tipo de pedido de saque selecionado, o usuário precisaria inserir os detalhes das despesas por categoria ou selecionar o contrato ou contratos para exame prévio e anexar a documentação comprobatória necessária antes de enviar o pedido de saque aos signatários autorizados para assinatura eletrônica.

97. O usuário pode criar registros de novos beneficiários ou alterar os registros dos beneficiários já existentes acessando os formulários de registro de beneficiários na guia Beneficiaries (Beneficiários). A Tabela 8 mostra os tipos de pedidos de saque disponíveis no Client Connection atualmente para cada instrumento de crédito. Os mutuários podem escolher uma dessas opções com base no tipo de instrumento de crédito. Outros tipos de pedido podem ser fornecidos conforme o caso.

Tabela 8. Tipos de pedidos de saque

Instrumento de crédito Tipo de pedido de saque

Financiamento de Projeto de Investimento

Pagamento direto Reembolso Adiantamento para contas designadas Adiantamento para contas designadas e respectiva documentação Documentação de adiantamento prévio para contas designadas Emissão de compromisso especial

Financiamento de Programas por Resultados

• Adiantamento de indicador vinculado aos desembolsos • Pagamento de indicador vinculado aos desembolsos

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Instrumento de crédito Tipo de pedido de saque

Financiamento de Políticas de Desenvolvimento

• Parcela

3.1.6 Assinatura eletrônica de pedidos de saque

98. Os signatários eletrônicos podem acessar os pedidos de saque que ainda precisam ser revistos e assinados no Client Connection a partir da página My Portfolio (Minha carteira) e, em seguida, Pending Tasks (Tarefas pendentes), ou usando o link fornecido na notificação por email gerada pelo sistema e enviada quando o pedido é enviado ao signatário eletrônico para ser assinado.

99. Os signatários eletrônicos conseguem examinar todos os detalhes dos pedidos de saque, inclusive as informações sobre o pagamento e os documentos comprobatórios, antes de assinar o pedido. Uma vez que o signatário eletrônico esteja satisfeito com as informações do pedido, ele o assina eletronicamente usando a SIDC. Se o pedido de saque precisar ser alterado ou excluído, os signatários eletrônicos podem rejeitar o pedido de saque e devolvê-lo ao usuário.

3.1.7 Material de referência sobre os desembolsos eletrônicos

100. O material de referência atual sobre os desembolsos eletrônicos relacionado abaixo está disponível na guia Reference (Referência) do Client Connection. Destacam-se importantes documentos de referência e instruções passo a passo sobre o processo de saque eletrônico dos recursos Esse material será atualizado de tempos em tempos, conforme necessário, sempre que houver melhorias no Client Connection.

• Folheto sobre login no Client Connection • Folheto sobre os formulários eletrônicos • Folheto sobre as assinaturas eletrônicas • Folheto sobre os desembolsos eletrônicos • Guia de referência rápida dos desembolsos eletrônicos sobre o registro de beneficiários,

criação de pedidos de saque e assinatura

Os formulários em formato PDF para a apresentação manual de pedidos podem ser solicitados à equipe encarregada da carteira:

• Application for Withdrawal (Pedido de saque) (para todos os empréstimos IPF, PforR e pagamentos de DPFs)

• Application for Special Commitment (Pedido de compromisso especial)

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3.2 Apresentação manual de pedidos de saque

101. O Banco poderá permitir ao mutuário preencher e enviar manualmente os pedidos originais em papel assinados. Os formulários em papel para pedidos podem ser encontrados no Client Connection ou solicitados ao pessoal encarregado das carteiras no Banco.

Figura 4. Etapas da apresentação manual de pedidos de saque

102. A DSA original pode ser enviada ao escritório do Banco especificado na carta de desembolso. Uma amostra da DSA manual consta como anexo da carta de desembolso O representante legal oficial do mutuário no acordo de financiamento pode assinar os pedidos de saque.

103. O pedido de saque manual pode ser enviado ao escritório do Banco especificado na carta de desembolso.

1. Acordo de Financiamento- Aprovação da Diretoria Executiva do Banco- Acordo de Financiamento firmado pelo Banco e pelo mutuário- O Banco declara a entrada em vigor

2. Assinaturas autorizadas- O Mutuário envia Carta de Signatários Autorizados ao Banco online, no Client Connection, ou

manualmente

3. Preparar o pedido de saque manual- Solicitar o formulário em papel para saque ao pessoal encarregado das carteiras no Banco- Selecionar o tipo de pedido (consulte a Tabela 9) e inserir a referência do pedido- Se for o caso, inserir as informações do beneficiário e as instruções para pagamento- Se for o caso, inserir os detalhes das categorias e as informações do contrato, e anexar os

documentos comprobatórios- Apresentar manualmente o pedido de saque ao signatário autorizado para que o assine

4. Apresentar o pedido de saque - Apresentar o pedido de saque original assinado e cópias da documentação comprobatória ao

Banco (endereço especificado na carta de desembolso)

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3.3 Esclarecimentos sobre pedidos de saque antes da aprovação do Banco

104. Funcionários do Banco podem contactar os mutuários para solicitar esclarecimentos ou o cumprimento de outras exigências durante a revisão do pedido de saque, antes da sua aprovação.

3.4 Moeda dos pagamentos

105. De acordo com as Condições Gerais41 e as Condições Padronizadas,42 o Banco, atuando como agente do mutuário e em conformidade com os termos e condições que o Banco venha determinar, comprará moedas, conforme solicitado dentro do razoável pelo mutuário para fazer face aos pagamentos referentes aos programas/atividades/despesas elegíveis. A seu critério, o Banco comprará essas moedas caso seja viável fazê-lo com uma contraparte da sua escolha, sem esforço, custo nem risco indevido relacionado ao mercado, à contraparte ou a questões operacionais. O Banco comprará moeda de uma contraparte relevante, com crédito aprovado, no mercado comercial ou, se essa opção não estiver disponível, do banco central emissor da moeda em questão. Caso o Banco não consiga comprar uma moeda solicitada devido à incapacidade de cumprir essas condições, será sugerida outra opção de moeda.

106. No caso de reembolsos e pagamentos diretos, o Banco normalmente faz o desembolso na moeda da despesa, mas pode fazer o pagamento na moeda do compromisso, em dólar dos Estados Unidos (caso o dólar não seja a moeda do compromisso) ou na moeda local. Por exemplo, quando o mutuário pré-financia as despesas em moeda local usando seus próprios recursos e solicita um reembolso, o Banco normalmente faz o pagamento ao mutuário na moeda das despesas, mas pode fazê-lo na moeda do compromisso no caso de um montante que cobriria as despesas em moeda local, em dólar dos Estados Unidos (se for diferente) ou naquela moeda local, caso os termos e condições acima sejam cumpridos para aquela moeda.

41 http://siteresources.worldbank.org/BRAZILINPOREXTN/Resources/3817166-1242680408578/General_Conditions.pdf 42 http://go.worldbank.org/LXIOJ9CTI0

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4. Financiamento de projetos de investimento

4.1 Mecanismos de desembolso

107. Os mecanismos de desembolso são estabelecidos por meio de consultas entre o mutuário e o Banco e levam em consideração avaliações dos mecanismos de gestão financeira e aquisições do mutuário, inclusive a determinação do uso dos sistemas do mutuário, a estratégia de aquisições e o plano de aquisições, e as necessidades de fluxo de caixa do projeto, além da experiência prévia do mutuário com desembolsos (consulte a seção 2.1 das Diretrizes de Desembolsos para Financiamento de Projetos de Investimento).43 Mecanismos de desembolso eficazes facilitam a entrega segura dos recursos aos mutuários, oferecem liquidez suficiente para a implementação do projeto e possibilitam o monitoramento e prestação de contas para documentar o uso dos recursos. Os mecanismos de desembolso abrangem o seguinte:

• Identificação das despesas elegíveis; • Definição das categorias de despesa e porcentagem de financiamento dos desembolsos

para cada categoria;

• Identificação de refinanciamento de Adiantamento para Preparação de Projeto (PPA) e financiamento retroativo;

• Definição das condições de desembolso; • Determinação dos métodos de desembolso e requisitos da documentação

comprobatória.

4.1.1 Despesas elegíveis

108. As Condições Gerais44 e as Condições Padronizadas45 descrevem as despesas elegíveis como os gastos razoáveis com bens, obras ou serviços necessários para o projeto a serem financiados e adquiridos/contratados em conformidade com o disposto no Acordo de Financiamento. Os principais fatores que afetam a admissibilidade das despesas são o momento das despesas, sua conformidade com os parâmetros de financiamento do país46 e a sua natureza. Para serem elegíveis, as despesas precisam a) ter sido pagas na data ou após a data do acordo de financiamento ou, no caso de projetos que permitam o financiamento retroativo, a partir da data do financiamento retroativo, e b) ter sido realizadas na data ou antes da data de encerramento do financiamento.

43 http://siteresources.worldbank.org/PROJECTS/Resources/DisGuideEng.pdf 44 http://siteresources.worldbank.org/BRAZILINPOREXTN/Resources/3817166-1242680408578/General_Conditions.pdf 45 http://go.worldbank.org/LXIOJ9CTI0 46 Os parâmetros de financiamento do país, que se aplicam apenas a projetos financiados por empréstimos do Banco, constituem o quadro global para os mecanismos de divisão de custos a serem usados, além de prever até que ponto os custos recorrentes, custos locais e impostos e direitos podem ser financiados pelo Banco, no âmbito dos empréstimos do Banco no país.

50

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109. O acordo de financiamento define as despesas elegíveis que podem ser financiadas no âmbito do projeto, bem como os mecanismos de financiamento para essas despesas.

110. Os projetos podem necessitar de mecanismos de financiamento especiais, como linhas de crédito, subprojetos ou transferências de recursos para os beneficiários (consulte mais informações na seção 4.3). Nesses casos, os beneficiários usam os recursos do financiamento para despesas (ou seja, os bens, obras e serviços adquiridos ou contratados pelo beneficiário usando os recursos do subprojeto, doação ou transferência). Embora o Banco ainda esteja financiando as despesas feitas pelo beneficiário, o mecanismo de desembolso do Banco pode diferir dependendo de como o Banco reconhece a despesa para fins de desembolso: o subprojeto propriamente dito ou as despesas efetivas feitas no âmbito desses subprojetos, por exemplo. Isso também vale para os desembolsos baseados em produtos, pagamentos por capita, ou qualquer outro tipo de categoria de despesa definida no acordo de financiamento.

111. Os pagamentos proibidos pela decisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU)47 no âmbito do Capítulo VII da Carta das Nações Unidas não são despesas elegíveis. De maneira análoga, os pagamentos feitos no âmbito de contratos e emendas celebrados durante o período de exclusão de empresas excluídas e suspensas pelo Banco não são elegíveis para financiamento.

4.1.2 Categorias de despesa

112. O acordo de financiamento pode estabelecer uma ou mais categorias de despesa. As categorias proporcionam uma forma de monitorar e gerir as despesas para as atividades de um projeto. Podem ser agrupadas com base nos tipos de despesa ou de atividades. As despesas elegíveis que podem ser financiadas com recursos do financiamento costumam ser agrupadas nas “Categorias de Despesa” apresentadas no anexo 2 do acordo de financiamento. Em alguns casos, uma parte do financiamento é reservada como não alocada, para fazer face a contingências físicas e de preço (consulte a seção 4.4.2 para mais informações sobre a relocação entre categorias). As despesas feitas em cada categoria devem ser evidenciadas na documentação comprobatória anexa aos pedidos de saque.

4.1.3 Porcentagem do desembolso

113. Uma porcentagem de desembolso é a parte das despesas elegíveis que o Banco concordou em financiar. O Banco estabelece uma porcentagem para cada categoria de despesa. A porcentagem de desembolso para uma categoria ou categorias pode ser 100%, desde que a parcela global do Banco no custo do projeto esteja dentro dos parâmetros de financiamento do país48 para a divisão de custos. Nos casos em que existem vários cofinanciadores, a parcela do Banco e a parcela dos cofinanciadores é definida no acordo de financiamento. Os mutuários precisam apresentar os pedidos de saque para a parcela do Banco das despesas elegíveis.

47 http://www.un.org/en/sections/un-charter/chapter-vii/index.html 48 http://go.worldbank.org/LS93FXIMM0

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4.1.4 Financiamento retroativo

114. O financiamento retroativo se refere às despesas elegíveis pagas pelo mutuário antes da data do acordo de financiamento, mas na data ou após a data do financiamento retroativo especificada no acordo de financiamento. Os pagamentos que os mutuários fizerem com seus próprios recursos antes da data do acordo de financiamento normalmente não são elegíveis para financiamento. Contudo, para facilitar a pronta execução dos projetos financiados pelo Banco, o Banco pode concordar em reembolsar o mutuário com recursos do financiamento por pagamentos que este tenha feito antes da data do acordo de financiamento e em conformidade com as diretrizes do Banco, incluindo o documento The World Bank Procurement Regulations for IPF Borrowers (Regulamento do Banco Mundial sobre Aquisições para Mutuários no Âmbito do Financiamento de Projetos de Investimento) que rege a aquisição de bens, obras e serviços. O montante específico e a data a partir da qual os pagamentos para despesas elegíveis podem ser financiados estão estabelecidos no acordo de financiamento. Os mutuários devem diferenciar as despesas retroativas das despesas correntes para facilitar a contabilidade.

4.1.5 Adiantamentos para a Preparação de Projetos (PPAs)

115. Os PPAs são usados para atividades preparatórias antes da aprovação de um financiamento (mais detalhes sobre os PPAs podem ser consultados na seção 2.5.4). No fim da preparação, os PPAs são refinanciados por financiamento posterior. O montante total do PPA apareceria como uma das categorias de despesa no financiamento posterior. Não consta do PPA uma data de encerramento; ela é chamada de data de refinanciamento, que é a data de efetividade do financiamento posterior.

116. Os requisitos em termos de mecanismos de desembolso, métodos de desembolso e documentação comprobatória estão incluídos no acordo de financiamento e na carta de desembolso.

117. Qualquer conta designada, que pode ser aberta para o adiantamento da preparação, pode continuar a ser usada para fins do financiamento posterior. Todo montante pendente de documentação na conta designada no momento do refinanciamento do PPA é tratado como um adiantamento parcial do montante acordado no âmbito do financiamento posterior.

118. O acordo de financiamento das operações posteriores conterá uma disposição sobre o refinanciamento do PPA. Haverá uma alocação na seção sobre o cronograma de saques para fazer face ao montante estimado necessário. Após o refinanciamento do PPA, qualquer excedente na categoria de desembolso pode ser realocado para outras categorias de desembolso na tabela de desembolsos do acordo de financiamento.

119. O Banco pode fazer doações para atividades preparatórias para algumas operações. Como se tratam de recursos de doações, os beneficiários não precisam reembolsá-los e os recursos tampouco são refinanciados.

120. Se a conta de financiamento para a qual o PPA foi feito não se materializar, o PPA terá de ser encerrado e reembolsado. Todo adiantamento pendente na conta designada deverá ser contabilizado e o PPA deverá ser encerrado em conformidade com os procedimentos de encerramento previstos na seção 4.8.

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4.1.6 Condições de desembolso

121. O Banco pode exigir que o mutuário cumpra determinadas condições antes de sacar recursos da conta de financiamento (consulte a seção 3.8 das Diretrizes de Desembolso para Financiamento de Projetos de Investimento).49 Essas condições estão estipuladas no acordo de financiamento. O Banco só poderá desembolsar recursos em categorias de despesa em que haja condições de desembolso após notificar o mutuário de que as condições foram cumpridas. O Banco fará essa notificação quando estiver satisfeito com as evidências recebidas de que as condições foram cumpridas e, assim, os desembolsos nas categorias de despesa em questão podem começar.

4.2 Métodos de desembolso

122. O Banco usa quatro métodos de desembolso, a saber: reembolso, adiantamento, pagamento direto e compromisso especial (seção 2.2 das Diretrizes de Desembolso para Financiamento de Projetos de Investimento).50 Em todos os métodos de desembolso, o Banco desembolsa recursos em conformidade com as instruções autorizadas do mutuário. Os métodos de desembolso diferem com relação ao beneficiário, aos requisitos da documentação comprobatória e à frequência. Os mutuários podem usar apenas os métodos de desembolso indicados na carta de desembolso. Eles podem usar uma combinação de métodos de desembolso (especificados na carta de desembolso), conforme necessário para implementar o projeto de forma eficiente.

123. A carta de desembolso indica o valor mínimo do pedido de saque e não devem ser apresentados pedidos de saque de montante inferior ao mínimo.

124. O Banco pode exigir documentação comprobatória que forneça evidências das despesas elegíveis para os pedidos de saque da conta de financiamento. O Banco define o tipo de documentação comprobatória necessária para cada método de desembolso. Isso é determinado na etapa de preparação do projeto e está enumerado na carta de desembolso.

125. As seguintes formas de documentação comprobatória são aceitas (consulte a seção 4 das Diretrizes de Desembolso para Financiamento de Projetos de Investimento):51

• Cópias dos registros originais evidenciando que o pagamento foi feito (faturas e recibos);

• Relatórios resumidos com informações sobre os pagamentos de despesas elegíveis. Esses relatórios podem ser a) relatórios financeiros provisórios não auditados (IFRs) ou b) certificado de gastos;

• Extratos bancários e/ou conciliação bancária;

• Lista de pagamentos contra contratos que estejam sujeitos a revisão prévia do Banco; ou

49 http://siteresources.worldbank.org/PROJECTS/Resources/DisGuideEng.pdf 50 http://siteresources.worldbank.org/PROJECTS/Resources/DisGuideEng.pdf 51 http://siteresources.worldbank.org/PROJECTS/Resources/DisGuideEng.pdf

Métodos de desembolso • Reembolso • Adiantamento • Pagamento direto • Compromisso especial

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• Outras informações complementares que o Banco possa estipular por meio da carta de desembolso ou de notificação ao mutuário.

126. As Condições Gerais52 e as Condições Padronizadas53 exigem que o mutuário guarde todos os registros (contratos, ordens, faturas, contas, recibos, cartas de crédito, registros de gastos ordinários, extratos bancários, registros de aprovação, desembolsos e saldos disponíveis, e outros documentos) que evidenciem despesas elegíveis e permitam aos representantes do Banco examinar esses registros. O mutuário é obrigado a guardar os registros por um ano após o Banco haver recebido as demonstrações financeiras auditadas finais, em conformidade com o acordo de financiamento, ou dois anos após a data de encerramento, o que ocorrer por último.

127. Informações relacionadas a desembolsos para garantias podem ser consultadas na seção 2.4.5.

4.2.1 Método de reembolso

128. O Banco Mundial poderá reembolsar ao mutuário as despesas elegíveis para financiamento que tenham sido pré-financiadas com recursos do próprio mutuário (Figura 7).

Figura 5. Fluxograma dos reembolsos

129. Os requisitos da documentação comprobatória estão indicados na carta de desembolso e podem abranger um ou mais dos seguintes itens:

• Relatórios resumidos (certificados de gastos ou relatório financeiros provisórios não auditados) e/ou registros;

• Lista de pagamentos contra contratos que estejam sujeitos a revisãoprévia do Banco;

• Evidência de pagamentos, como extratos bancários, faturas e outros documentos que o Banco tenha indicado como apropriados;

• Outras informações complementares que o Banco possa estipular na carta de desembolso ou em notificação ao mutuário.

52 http://siteresources.worldbank.org/BRAZILINPOREXTN/Resources/3817166-1242680408578/General_Conditions.pdf 53 http://go.worldbank.org/LXIOJ9CTI0

Fornecedores e prestadores

Mutuário Banco Mundial

3. Solicitar reembolso

4. Reembolsar

1. Emitir fatura

2. Pagar

54

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4.2.2 Método de adiantamento

130. O Banco poderá adiantar recursos do financiamento nas contas designadas do mutuário para financiar despesas elegíveis (consulte mais informações sobre adiantamentos e contas designadas nas seções 5 e 6 das Diretrizes de Desembolsos para Financiamento de Projetos de Investimento).54 O Banco define os limites e as exigências em termos de prestação de contas que se aplicam aos adiantamentos durante a preparação do projeto, levando em consideração as necessidades de fluxo de caixa e a estrutura fiduciária (Figura 8). Os adiantamentos acumulam encargos no caso dos empréstimos do BIRD, créditos da AID e BTFs no momento do desembolso dos recursos.

Figura 6. Fluxograma de método de adiantamento

4.2.2.1 Contas designadas

131. A Conta Designada pode ser de um dos seguintes tipos (consulte a seção 5 das Diretrizes de Desembolso para Financiamento de Projetos de Investimento):55

• Segregada. Uma conta do mutuário em que apenas recursos da conta de financiamento do Banco podem ser depositados e podem ser rastreados separadamente. Esse tipo de conta pode ser uma conta do tesouro com funcionalidade de subconta e de prestação de informações.

• Comum. Uma conta do mutuário na qual podem ser depositados os recursos da conta de financiamento e os recursos de outras fontes de financiamento para a operação.

132. A conta designada normalmente é mantida em uma moeda estável e livremente conversível (consulte a subseção 5.4 das Diretrizes de Desembolso para Financiamento de Projetos de

54 http://siteresources.worldbank.org/PROJECTS/Resources/DisGuideEng.pdf. 55 http://siteresources.worldbank.org/PROJECTS/Resources/DisGuideEng.pdf.

Banco Mundial

Mutuário Fornecedores e prestadores

3. Emitir fatura

4. Pagar 2. Pagar

1. Solicitar

5. Informar despesa

55

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Investimento).56 O Banco pode aceitar contas denominadas na moeda local caso as despesas a serem financiadas sejam, principalmente, em moeda local.

133. Em conformidade com as subseções 5.5 e 5.6 das Diretrizes de Desembolsos para Financiamento de Projetos de Investimento,57 a instituição financeira usada para a conta designada deve ser considerada aceitável pelo Banco. A instituição financeira poderá ser um banco comercial, o banco central do país ou outra instituição, desde que os critérios pertinentes sejam cumpridos.

4.2.2.2 Teto da conta designada

134. O teto se refere ao montante máximo de recursos do financiamento que pode estar depositado na conta designada (consulte a seção 6 das Diretrizes de Desembolso para Financiamento de Projetos de Investimento).58 O Banco estabelece o teto com base nas despesas planejadas do projeto e na capacidade do mutuário para garantir o uso eficaz das contas designadas. O Banco pode estabelecer um teto que seja: a) um montante fixo ou b) um montante variável ajustado periodicamente durante a implementação do projeto com base em previsões periódicas das necessidades de fluxo de caixa.

135. Os mutuários podem solicitar adiantamentos conforme necessário para a implementação do projeto. São obrigados a prestar contas sobre como os recursos adiantados anteriormente foram usados. O montante total adiantado para a conta designada não pode ultrapassar o teto.

136. Um teto fixo é adequado quando a previsão é que as despesas sejam feitas de maneira uniforme ao longo da duração do projeto. Um teto variável, com base em previsões periódicas, é adequado quando a previsão é que as despesas do projeto variem ao longo da duração do projeto. Nesses casos, o teto pode basear-se nas a) previsões do mutuário, conforme indicadas nos relatórios financeiros provisórios não auditados ou b) estimativas das despesas planejadas para o projeto feitas pela equipe de operações. O Banco avalia a razoabilidade das previsões e pode ajustar o montante que está disposto a adiantar caso não concorde que a previsão seja justificada. Consulte a subseção 6.4 das Diretrizes de Desembolso para Financiamento de Projetos de Investimento.59

137. A base sobre a qual o teto é estabelecido pode ser alterada por meio de uma modificação da carta de desembolso, passando de um teto fixo para um teto variável ou de um teto variável para um montante fixo.

56 http://siteresources.worldbank.org/PROJECTS/Resources/DisGuideEng.pdf 57 http://siteresources.worldbank.org/PROJECTS/Resources/DisGuideEng.pdf 58 http://siteresources.worldbank.org/PROJECTS/Resources/DisGuideEng.pdf 59 http://siteresources.worldbank.org/PROJECTS/Resources/DisGuideEng.pdf

Contas designadas • Contas segregadas ou comuns • Teto fixo ou variável • Adiantamentos e prestação de contas

sobre os adiantamentos • Certificados de gastos ou relatórios

financeiros provisórios não auditados

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4.2.2.3 Documentação comprobatória

138. Os requisitos relacionados à documentação comprobatória que precisa ser anexada aos pedidos de saque são indicados na carta de desembolso. Os pedidos de saque relativos a adiantamentos, os adiantamentos e sua documentação, e a documentação de adiantamentos anteriores devem ser apresentados junto com os documentos comprobatórios adequados. A Tabela 9 indica a documentação comprobatória que pode ser exigida com base no tipo de teto e nos requisitos em termos de prestação de contas.

Tabela 9. Documentação comprobatória para adiantamentos de contas designadas e prestação de contas

Tipo de relatório resumido

Teto variável Teto fixo

Adiantamento Prestação de contas de adiantamentos Adiantamento Prestação de contas de

adiantamentos

Certificados de Gastos

Previsão de caixa ou de gastos aprovada pelo Banco

• Certificados de gastos

• Lista de pagamentos para contratos sujeitos a revisão prévia

• Cópias de registros que evidenciem gastos

• Outros documentos especificados na carta de desembolso

Nenhum • Certificados de gastos

• Lista de pagamentos para contratos sujeitos e revisão prévia

• Cópias de registros que evidenciem gastos

• Outros documentos especificados na carta de desembolso

Relatórios financeiros provisórios não auditados

Previsão de gastos aprovada pelo Banco

• Relatórios financeiros provisórios não auditados

• Lista de pagamentos para contratos sujeitos e revisão prévia

Nenhum • Relatórios financeiros provisórios não auditados

• Lista de pagamentos para contratos sujeitos e revisão prévia

139. O Banco registra o uso dos adiantamentos no âmbito das despesas elegíveis do projeto quando os mutuários fornecem documentações que mostram que despesas foram feitas e pagas com o adiantamento. Os mutuários podem ser obrigados a apresentar outras informações ou documentação complementar que o Banco possa estipular na carta de desembolso ou em notificação ao mutuário.

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4.2.2.4 Gestão da conta designada

140. Ao fazer pagamentos a partir de uma conta designada, o mutuário é responsável por seguir todos os procedimentos especificados no acordo de financiamento, na estratégia de aquisições e no plano de aquisições, no manual operativo do projeto e em outras instruções fornecidas na carta de desembolso. O mutuário deve sacar apenas os recursos adiantados para a conta designada para pagar despesas elegíveis e é responsável por manter registros apropriados, inclusive extratos e conciliações bancárias. O Banco pode pedir para examinar esses documentos durante o apoio à implementação do projeto.

141. Os pagamentos de adiantamentos para contas designadas são feitos na moeda da conta designada. O mutuário é obrigado a informar o uso dos adiantamentos nessa mesma moeda. Se os recursos forem usados para financiar despesas em diferentes moedas, o Banco recomenda usar, para fins de prestação de contas, a taxa de câmbio vigente na data em que os recursos forem sacados da conta designada.

142. Os recursos do financiamento depositados nas contas designadas do projeto podem ser transferidos para outras contas relacionadas ao projeto caso haja a necessidade e sejam tomadas as devidas providências, a fim de assegurar que os recursos do financiamento adiantados serão usados apenas para despesas elegíveis. As exigências no tocante à abertura, transferências e conciliação dessas contas são semelhantes às exigências referentes à conta designada especificadas na Seção 5 das Diretrizes de Desembolso para Financiamento de Projetos de Investimento.60 Todos os bancos em que estejam as contas bancárias de trânsito e de segunda geração estão sujeitos ao mesmo processo aplicado aos bancos em que está a conta designada. A prestação de contas sobre as transferências das contas designadas e seu uso deve ser feita obrigatoriamente na mesma moeda que a da conta designada. A taxa de câmbio em vigor na data em que os recursos foram transferidos da conta designada deve ser usada para todos os fins da prestação de contas. As perdas cambiais decorrentes dessas transferências para contas em outras moedas não podem ser financiadas.

143. O mutuário deve prestar contas de todos os recursos do financiamento adiantados para a conta designada, inclusive os montantes que possam ser transferidos para outra conta relacionada ao projeto. Se o Banco determinar que uma despesa inelegível foi financiada com recursos da conta designada, ele pode exigir uma restituição.

144. A frequência da apresentação de pedidos de saque para adiantamentos e a documentação dos adiantamentos estão prescritos na carta de desembolso. A conta designada pode ser considerada inativa se o Banco não receber pedidos por períodos prolongados além da frequência prescrita na carta de desembolso. O Banco pode solicitar que os mutuários restituam os adiantamentos em excesso se os montantes adiantados para as contas designadas não forem necessários para financiar despesas elegíveis. Os mutuários também podem restituir os adiantamentos que não forem necessários para as despesas previstas do projeto.

145. Não poderão ser feitos adiantamentos após a data de encerramento ou quando os desembolsos para a operação estiverem suspensos (consulte a seção 4.10).

60 http://siteresources.worldbank.org/PROJECTS/Resources/DisGuideEng.pdf

58

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4.2.3 Método de pagamento direto

146. O Banco Mundial poderá efetuar pagamentos, a pedido do mutuário, diretamente a um terceiro (fornecedor, contratado, empreiteiro e consultor) com referência à parcela das despesas elegíveis que couberem ao Banco (Figura 9).

Figura 7. Fluxograma dos pagamentos diretos

4.2.3.1 Documentação comprobatória

147. Os requisitos da documentação comprobatória estão indicados na carta de desembolso e podem abranger um ou mais dos seguintes itens:

• Uma cópia dos registros originais, que pode ser a fatura do fornecedor ou do consultor, ou uma declaração resumida das obras realizadas, assinada pelo engenheiro-responsável ou outro funcionário autorizado.

• No caso do pagamento de um adiantamento e da retenção de um pagamento em dinheiro, uma garantia bancária precisa estar anexa. A moeda da garantia bancária deve ser a mesma que a moeda de pagamento estipulada no contrato.

4.2.3.2 Principais considerações no caso de pagamento direto

148. O mutuário deve considerar o seguinte ao apresentar pedidos de pagamento direto:

• O mutuário precisa obter instruções de pagamento completas, inclusive com as informações do banco intermediário, do fornecedor ou consultor e verificar essas instruções antes de preencher o pedido de saque.

Mutuário

BancoMundial

Fornecedor

1. Emitirfatura

2. Solicitarpagamentodireto

3. Pagar fornecedor

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• O banco intermediário se faz necessário quando a moeda de pagamento difere da moeda do país em que o banco beneficiário está localizado.

• É possível combinar várias faturas na mesma moeda para o mesmo fornecedor ou consultor a fim de atingir o valor mínimo do pedido.

• O Banco pode fazer pagamentos diretos aos fornecedores por despesas elegíveis; contudo, não pode fazer deduções estatutárias desses pagamentos e enviá-las às autoridades envolvidas. Os pedidos de saque devem ser apresentados pelo montante líquido. Posteriormente, pode-se solicitar ao Banco a indenização do montante do pagamento estatutário.

4.2.4 Método de compromisso especial

149. Um compromisso especial é um compromisso irrevogável por parte do Banco, feito por solicitação do mutuário, quando o Banco assume a responsabilidade de reembolsar um banco negociante por pagamentos feitos por este a um fornecedor contra uma carta de crédito, não obstante qualquer suspensão ou cancelamento posterior, conforme ilustrado na Figura 10.

Figura 8. Fluxograma do compromisso especial

Nota: CC = carta de crédito; CE = compromisso especial; BM = Banco Mundial.

Banco Mundial

Fornecedor

Banco negociante

Banco de

abertura

Mutuário

1. Negociar contrato

2. Solicitar CC3. Emitir CC

4. Solicitar CE 5. Emitir CE

6. Enviar bens7. Apresentar documentos

8. Pagarfornecedor

9. Indenização do BM

10. Pagar

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4.2.4.1 Emissão de compromisso especial

150. Os compromissos especiais são emitidos para a aquisição de bens e são expressos nas mesmas moedas especificadas no contrato (consulte a Tabela 10). O montante do pedido para a emissão de um compromisso especial deve ser igual ou superior ao montante mínimo dos pedidos mencionado na carta de desembolso.

Tabela 10. Terminologia básica dos compromissos especiais

Carta de crédito Uma carta do banco de abertura garantindo que o pagamento de um comprador a um fornecedor será processado em tempo hábil e no montante correto tão logo as condições exigidas tenham sido cumpridas.

Banco de abertura O banco do mutuário ou da unidade de execução do projeto que emite a carta de crédito ao banco negociante.

Banco negociante O banco do fornecedor, que recebe a carta de crédito e o compromisso especial e solicita ao Banco o reembolso pelos pagamentos feitos ao fornecedor. É responsável por informar o Banco sobre modificações da carta de crédito.

151. Uma cópia da carta de crédito emitida pelo banco de abertura (dentro da data de validade, ou seja, até a data de encerramento) é um documento comprobatório obrigatório para todos os pedidos de compromisso especial (Figura 11).

Figura 9. Pedido de compromisso especial

152. O mutuário deve levar em consideração o seguinte ao pedir um compromisso especial:

Nos termos do disposto no contrato assinado com o fornecedor, o pedido deve ser feito antes da data de encerramento do empréstimo.

Prazo para solicitação do compromisso especial

Após aprovar o pedido, o Banco envia o compromisso especial numa mensagem SWIFT ou uma carta ao banco negociante, com uma cópia da carta de crédito proposta.A emissão do compromisso especial pode ser vista no Client Connection.

Confirmação da emissão do compromisso especial pelo

Banco Mundial

Formulário para emissão do compromisso especial encontrado no Client Connection.Pedidos separados são necessários no caso de compromissos especiais com várias moedas.

Formulário a ser usado

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• Os compromissos especiais são emitidos com base em cartas de crédito. Não é possível emitir um compromisso especial por um período que se estenda além da data de encerramento. A data de validade do compromisso especial e a data de validade da carta de crédito não devem ultrapassar a data de encerramento do empréstimo.

• As cartas de crédito são regidas pelas Práticas e Costumes Uniformes para Créditos Documentários, um conjunto de regras conhecido universalmente. Uma carta de crédito exige documentação comprobatória (faturas, certificados de seguro, conhecimentos de embarque) que o banco negociante possa avaliar prontamente. No caso de serviços de consultoria e obras de construção civil, os procedimentos das Práticas e Costumes Uniformes para Créditos Documentários não se aplicam e o banco negociante talvez não disponha dos meios para verificar os serviços prestados.

• Como o montante do empréstimo é limitado, cada compromisso especial tem uma cláusula de limitação que especifica o limite agregado na moeda de compromisso do empréstimo, que o Banco é obrigado a pagar após o cumprimento das condições de pagamento. Ao calcular o limite, o Banco usa a taxa de câmbio corrente com uma margem para cobrir as flutuações normais do câmbio. As margens não são calculadas caso a moeda do compromisso especial seja a mesma da moeda do compromisso.

• Os compromissos especiais não cobrem juros, comissões nem outros encargos ou despesas relacionados à carta de crédito. Contudo, normalmente é permitido retirar esses encargos da conta do empréstimo e pode ser solicitada a respectiva indenização usando outro método de desembolso.

• É necessário que não haja qualquer objeção ao contrato por parte do líder da equipe de operações do Banco Mundial caso este esteja sujeito a revisão prévia.

4.2.4.2 Pagamentos de compromissos especiais

153. O Banco se compromete a reservar recursos na conta do empréstimo para desembolso futuro em favor de um banco negociante, normalmente no país do fornecedor, para pagamentos feitos ou a serem feitos no âmbito da carta de crédito (Figura 12). Não é necessário apresentar documentação comprobatória no caso do pedido de pagamentos referentes a compromissos especiais.

62

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Figura 10. Pedido de pagamento no âmbito de um compromisso especial

4.2.4.3 Modificações de compromissos especiais

154. Os bancos negociantes que recebem um compromisso especial do Banco precisam avisar o Banco, por meio de uma mensagem SWIFT (Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais) autenticada, sempre que a carta de crédito sofrer modificações. As seguintes modificações das cartas de crédito precisam ser aprovadas pelo Banco antecipadamente:

• Alterações do valor da carta de crédito, da descrição ou quantidade de bens ou do beneficiário;

• Prorrogação da data de vencimento da carta de crédito para além de seis meses da data de vencimento original ou para além da data de encerramento do empréstimo especificada na carta de compromisso, a que vier antes;

• Permissão para um pagamento adiantado de mais de 25% antes dos bens serem enviados.

155. Cabe ao banco negociante ao qual é endereçado o compromisso especial notificar o Banco de qualquer modificação ou alteração no banco negociante.

156. O Banco não aprovará uma modificação da carta de crédito coberta por um compromisso especial caso a data de validade seja posterior à data de encerramento do empréstimo.

Form

ato

do p

edid

o O banco negociante envia uma mensagem SWIFT autenticada (de preferência, MT 742) ao Banco.

Freq

uênc

ia d

os p

edid

os Após cada pagamento ou negociação de documentos pelo banco negociante.

Praz

o pa

ra so

licita

r o p

agam

ento

de

CEs Os pedidos são feitos em

até 30 dias após a data de validade da carta de crédito ou até a data de encerramento do empréstimo, a que vier primeiro.Para facilitar o encerramento ordenado do empréstimo, o Banco pode aceitar os pedidos de pagamento de compromissos especiais até um prazo de 30 dias após a data de encerramento do empréstimo.

63

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4.2.4.4 Cancelamento de compromissos especiais

157. A obrigação dos termos de um compromisso especial chega ao fim na data de validade. O mutuário não pode solicitar unilateralmente o cancelamento de um compromisso especial antes da data de validade. O banco negociante pode iniciar um pedido de cancelamento e precisa enviá-lo ao Banco por meio de uma mensagem SWIFT autenticada. O Banco, em consulta, com o mutuário, pode executar o cancelamento. Tão logo o compromisso especial seja cancelado e caso haja despesas elegíveis ou pagamentos pendentes de reembolso, o mutuário pode enviar pedidos de pagamento ao Banco usando outros métodos de desembolso mencionados na carta de desembolso.

4.3 Outros mecanismos de desembolso

4.3.1 Compromissos com uma agência da ONU

158. Por solicitação do mutuário, um compromisso com uma agência da ONU é emitido pelo Banco para outro organismo da ONU para reservar recursos de um empréstimo a serem pagos em data posterior, diretamente ao organismo da ONU. Esse processo se baseia em um contrato entre o mutuário e o organismo da ONU. Posteriormente, o Banco faz pagamentos adiantados ao organismo da ONU com base nos pedidos dao organismo e do mutuário. Esses pagamentos são chamados de adiantamentos à ONU.

159. O procedimento para apresentação está descrito abaixo:

• O mutuário apresenta pedido de saque no montante total do contrato eletronicamente.

• Após a aprovação do pedido de saque, o Banco emite uma carta de compromisso para um organismo da ONU, indicando que os recursos foram reservados para cobrir o custo do contrato ou acordo. O compromisso é entregue eletronicamente ao organismo da ONU por email seguro.

• Posteriormente, o organismo da ONU solicita ao Banco pagamentos adiantados no formato estipulado no contrato usando o mecanismo online do Client Connection.

• O Banco desembolsa o adiantamento da ONU em favor do organismo da ONU.

• O organismo da ONU apresenta um relatório de prestação de contas, no formato estipulado no contrato, para documentar os adiantamentos concedidos anteriormente.

• O organismo da ONU restitui ao Banco o montante não usado do adiantamento.

4.3.2 Cofinanciamento

160. O cofinanciamento é um mecanismo por meio do qual recursos do Banco e/ou recursos do próprio mutuário estão associados a recursos fornecidos por outras fontes (ou seja, terceiros) no financiamento de um projeto em particular. O cofinanciamento pode ser canalizado como cofinanciamento conjunto ou paralelo.

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161. No cofinanciamento conjunto, as aquisições são executadas em conformidade com o regulamento de aquisições do Banco. A parcela de cada cofinanciador (porcentagem do financiamento) é predefinida, como porcentagem do total do financiamento, e incluída no cronograma de saques do acordo de financiamento. Os desembolsos, no nível das transações, se baseiam na porcentagem do financiamento mencionada no acordo de financiamento.

162. Já no caso do cofinanciamento paralelo, o Banco e os cofinanciadores custeiam diferentes categorias e/ou componentes aplicando suas regras internas.

4.3.3 Financiamento baseado em resultados ou desembolsos vinculados aos indicadores (DLIs)

163. Nas operações IPF, o Banco desembolsa os recursos do financiamento ou do empréstimo contra despesas elegíveis específicas. No caso de operações IPF que estão usando o financiamento baseado em resultados ou desembolsos vinculados aos indicadores (DLIs), os mutuários devem assegurar que os resultados ou DLIs sejam alcançados antes de pedirem o desembolso de despesas elegíveis (Tabela 11). Nesses dois tipos de operações, o desembolso é feito contra despesas elegíveis acumuladas61 ou a alocação dos DLIs atingidos, o que for menor.

Tabela 8. Comparação entre um projeto IPF baseado em resultados/DLIs e um projeto IPF tradicional

Descrição Projeto IPF Projeto IPF baseado em resultados/ DLIs

Necessidade de despesas elegíveis

Cumprimento dos resultados/DLIs Não se aplica

Aplicabilidade das diretrizes de aquisições do Banco para os mutuários

Método de desembolso Método(s) de desembolso indicado(s) na carta de desembolso

Método(s) de desembolso indicado(s) na carta de desembolso. Normalmente, é o método de reembolso.

Documentação comprobatória Relatórios resumidos indicados na carta de desembolso

Relatórios resumidos indicados na carta de desembolso (IUFRs ou SOEs). Carta do Banco confirmando a consecução dos resultados/ DLIs.

164. No caso de projetos com DLIs escaláveis, o desembolso pode ser acionado com base na consecução parcial dos DLIs.

165. Alguns empréstimos têm componentes de DLIs e de IPF tradicionais dentro do mesmo projeto. Nesses casos, a documentação comprobatória deve fazer uma distinção clara entre as despesas

61 As despesas elegíveis feitas em moeda local devem ser convertidas para dólares dos Estados Unidos ou para a moeda de compromisso, pois os cronogramas de saque ou a alocação dos DLIs são estipulados em USD ou na moeda de compromisso.

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de cada uma dessas partes. A documentação comprobatória exigida para cada parte é especificada na carta de desembolso.

166. O conceito de despesas em excesso de uma categoria não se aplica a projetos IPF baseados em DLIs, pois a alocação de DLIs é especificada no acordo de financiamento ou na carta de desembolso e só pode ser alterada por uma emenda a estes documentos.

167. O cumprimento dos DLIs deve ocorrer antes da data de encerramento do empréstimo. Se os DLIs não forem atingidos, os desembolsos não podem ser feitos conforme as disposições do acordo de financiamento pertinente.

4.3.4 Desembolsos baseados em produtos

168. Um desembolso baseado em produto tem como base resultados ou produtos concretos e tangíveis; o custo de cada produto, determinado durante a preparação do projeto, está vinculado ao montante do financiamento. Um custo unitário específico é atribuído a cada produto no acordo de financiamento ou na carta de desembolso. Cada resultado ou produto concreto tem um custo aceitável associado a ele para justificar que sejam feitos desembolsos contra despesas qualificadas (Figura 13).

Figura 11. Fundamentos dos desembolsos baseados em produtos

169. Os relatórios resumidos, conforme especificados no acordo de financiamento ou carta de desembolso, devem ser apresentados junto com os pedidos de saque. Na sua elaboração, o relatório resumido pode abranger o seguinte:

• Lista dos produtos e custos unitários predefinidos;

• Certificação dos produtos entregues/concluídos;

•O sistema financeiro-contábil do mutuário precisa ser avaliado durante a preparação do projeto para determinar a qualidade dos relatórios de gerenciamento financeiro relacionados aos produtos •O sistema e processos de aquisições devem ser avaliados para determinar a capacidade parar informar sobre decisões de compras

Sistemas fiduciários e acompanhamento de

custos

•Deve-se realizar uma análise detalhada do custo unitário, considerando diversas fontes de informação de natureza técnica•Deve-se considerar fontes governamentais e não governamentais

Determinação dos custos unitários

•Um amplo grupo de produtos não deveria compartilhar a mesma norma de cáculo do custo unitário•Deve-se elaborar para cada produto um cronograma de execução e entrega

Tipos de produtos e cronograma de entrega

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• Cálculo considerando o número de produtos pelos seus custos unitários, que obrigatoriamente deve ser igual ao montante do pedido de desembolso.

170. Um relatório sobre a conclusão física dos produtos, feito por um agente de verificação externo, confirmando a consecução dos produtos por parte do mutuário, pode ser requerido como documentação de suporte obrigatória a ser enviada junto com o pedido de saque. O Banco confirma ao mutuário a consecução dos produtos. O mutuário deve seguir as instruções estabelecidas na carta de desembolso ao processar os pedidos de saque.

171. No caso de projetos com grandes componentes usando desembolsos baseados em produtos, uma avaliação intermediária das despesas efetivas em comparação com os desembolsos baseados em produtos pode ser feita para garantir que as variâncias entre esses dois elementos estejam dentro dos limites de tolerância. Caso sejam detectadas grandes variâncias, deve ser feita uma reavaliação dos custos unitários. Caso ocorram aumentos frequentes dos custos unitários, indica-se a conversão dos produtos previstos para desembolsos tradicionais.

4.3.5 Projetos de desenvolvimento impulsionados pela comunidade

172. O desenvolvimento impulsionado pela comunidade é uma abordagem que dá à comunidade o controle sobre as decisões de planejamento e os recursos de investimento para projetos de desenvolvimento na própria comunidade. As comunidades trabalham em parceria com órgãos governamentais e organizações não governamentais. Essa abordagem geralmente é usada quando o desembolso deve ser feito para comunidades com uma estrutura formal ou informal.

173. Os mecanismos de informação financeira devem abranger uma clara definição das funções, vínculos entre os desembolsos e a prestação de informações financeiras do projeto e vínculos entre os acordos dos subprojetos e as demonstrações financeiras ou relatórios financeiros.

174. Uma despesa feita no nível da comunidade é considerada pelo Banco uma despesa elegível. Mesmo que sejam feitas transferências para a comunidade na forma de doações, a despesa é considerada elegível apenas se houver sido feita no nível da comunidade. Da mesma maneira, as transferências entre departamentos do governo não são consideradas elegíveis pelo Banco. As transferências de fundos para os membros da comunidade para fins de consumo são consideradas despesas elegíveis pelo Banco.

175. As despesas devem ser registradas no ponto do usuário final onde são executadas ou pagas. A prestação de contas para fins dos desembolsos poderia se basear nos registros no nível da comunidade. Adiantamentos podem ser oferecidos aos grupos, mas é preciso registrar as despesas com o Banco após o recebimento de um relatório de uso dos fundos pelos grupos da comunidade. Essas disposições estão incluídas na carta de desembolso. Caso essa prestação de contas não seja viável, então se aceita o registro das despesas nas etapas mais iniciais, desde que existam mecanismos para supervisionar o uso final efetivo dos recursos antes da data de encerramento, conforme descrito nos termos do acordo de financiamento e desde que o Banco esteja satisfeito com os mecanismos de prestação de contas. Todos os montantes desembolsados para doações que não tenham sido gastos pelos respectivos grupos da comunidade ou órgãos públicos até a data de encerramento devem ser devolvidos ao Banco.

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176. Os relatórios resumidos, conforme especificados no acordo de financiamento ou carta de desembolso, devem ser apresentados junto com os pedidos de saque. Na sua elaboração, o relatório resumido pode abranger o seguinte:

• Prestação de contas das despesas feitas pelas comunidades antes da data de encerramento do projeto, mesmo que isso não seja feito para fins de desembolso;

• Devolução dos montantes na conta ou contas bancárias das comunidades ou das organizações governamentais ou não governamentais antes do prazo final de desembolsos;

• Devolução de montantes não executados nas atividades previstas conforme o disposto em relação aos subprojetos no manual operativo;

• Porcentagem da prestação de contas feita com referência a desembolsos anteriores, no caso de desembolsos posteriores;

• Auditoria das contas da comunidade.

4.3.6 Mecanismos de desembolso para subprojetos

177. A Tabela 12 mostra exemplos de mecanismos de desembolso no caso de subprojetos.

Tabela 9. Reconhecimento de despesas — Exemplos

Mecanismo de desembolso para subprojetos Exemplo: Se o mutuário usa os recursos do financiamento para fazer subprojetos a beneficiários, a unidade de conta pode ser o próprio subprojeto ou as despesas efetivas no âmbito do subprojeto.

Caso A. O subprojeto é a unidade de conta. O mutuário pode desembolsar o valor total ou uma porcentagem acordada do subprojeto às comunidades, desde que disponha de controles suficientes para assegurar que os fundos sejam usados para os fins a que se destinam.

• O Banco registra a despesa na conta do empréstimo no momento do desembolso pelo mutuário para os beneficiários do subprojeto.

• O Banco verifica se o subprojeto está sendo usado para despesas elegíveis durante o apoio à implementação.

Caso B. A despesa já executada é a unidade de conta. O mutuário pode desembolsar o subprojeto com base nas despesas à medida que elas são feitas pelo beneficiário.

• O Banco registra a despesa na conta do empréstimo no momento em que o mutuário presta contas ao Banco sobre as despesas efetivamente feitas pelos beneficiários no âmbito do subprojeto.

• O Banco confirma que os recursos estão efetivamente sendo usados para essas despesas durante o apoio à implementação.

Nos casos A e B, os termos e condições do subprojeto, conforme estabelecidos no acordo de financiamento, especificariam as despesas e os respectivos custos aos quais o financiamento poderia ser aplicado no âmbito do subprojeto.

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4.4 Gestão da reestruturação de projetos

178. O Banco e o mutuário são corresponsáveis por assegurar que, durante a implementação, a gestão do projeto e os mecanismos de desembolso continuem a ser apropriados e suficientes. Durante a implementação do projeto, se as prioridades ou as circunstâncias do projeto mudarem, pode ser necessário fazer mudanças na sua concepção ou nos arranjos de implementação.

4.4.1 Modificações do Acordo de Financiamento

179. O Banco, em consulta com os mutuários ou mediante solicitação destes, pode fazer modificações relacionadas aos desembolsos no acordo de financiamento. Entre as modificações, destacam-se a prorrogação da data de encerramento para permitir a continuação dos saques do empréstimo, realocação de fundos entre categorias de gastos e a alteração das porcentagens de desembolso para suprir as necessidades de financiamento do projeto. As modificações estão sujeitas a um acordo entre o mutuário e o Banco. As mudanças que afetarão de forma significativa a concepção e o escopo do projeto também podem exigir a aprovação da Diretoria Executiva do Banco.

180. Para modificar o acordo de financiamento, o mutuário normalmente manda uma solicitação de de modificações propostas ao Banco. A modificação normalmente entra em vigor com a assinatura de ambas as partes. Em alguns casos, a modificação estipula certas condições que precisam ser cumpridas antes da sua entrada em vigor e só passaria a vigorar após o cumprimento dessas condições.

4.4.2 Realocação entre categorias de despesa

181. O progresso real de um projeto durante a implementação pode diferir das estimativas originais por muitos motivos. Essas circunstâncias podem exigir a realocação de alguns recursos de uma categoria de despesa para outra e, em alguns casos, da categoria “montante não alocado”. Não podem ser feitos desembolsos diretamente da categoria “montante não alocado”. Esses recursos precisam primeiro ser realocados para outra categoria relacionada no cronograma de saques anexo ao acordo de financiamento. O Banco pode realocar recursos de uma categoria para outra por meio de notificação ao mutuário. Na maioria dos casos, porém, os recursos são realocados após o progresso do projeto ser avaliado com o mutuário, durante o apoio à implementação.

4.4.3 Despesa em excesso em uma categoria (sobregiro de categoria)

182. O Banco normalmente não aprova montantes que excedam a alocação de uma categoria. Contudo, se as despesas em excesso em uma categoria não implicam uma mudança no escopo do projeto, o Banco pode aprovar o processamento de um pedido desde que este tenha a aprovação da equipe de operações.

183. Para evitar atrasos nos desembolsos para despesas em uma categoria que tenha sido plenamente desembolsada ou esteja próxima desse ponto, o mutuário deve examinar seus compromissos pendentes, atualizar o plano de desembolsos por categoria de despesa, definir se o saldo não

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desembolsado em cada categoria é suficiente para fazer face às despesas previstas e iniciar uma discussão com a equipe de operações visando uma realocação de recursos no momento apropriado. Posteriormente, um pedido de realocação de fundos entre categorias precisa ser apresentado ao Banco, conforme estabelecido na seção 4.4.1.

4.4.4 Mudanças nos mecanismos de desembolso

184. Durante a implementação do projeto, pode surgir a necessidade de alterar os mecanismos de desembolso devido a mudanças nas necessidades do projeto, nos arranjos de gestão financeira e nos mecanismos de aquisições. Mediante solicitação do mutuário, a equipe de operações pode recomendar mudanças nos mecanismo de desembolso ou uma ou mais medidas corretivas.

• Se os mecanismos de desembolso do empréstimo forem regidos pela carta de desembolso e pelas Diretrizes de Desembolsos para Financiamento de Projetos de Investimento62 (por exemplo, métodos de desembolso, requisitos da conta designada, e/ou instruções sobre como as despesas serão documentadas), o Banco pode rever a carta de desembolso para detalhar as mudanças acordadas nos mecanismos e ajudar a esclarecer os requisitos.

• Se as mudanças propostas não são regidas pela carta de desembolso nem pelas Diretrizes de Desembolsos para Financiamento de Projetos de Investimento63 e dizem respeito às condições ou obrigações estabelecidas no acordo de financiamento, talvez seja necessário modificar as disposições sobre os desembolsos no acordo de financiamento.

4.5 Despesas inelegíveis

185. As Diretrizes de Desembolsos para Financiamento de Projetos de Investimento64 estabelecem que, se o Banco determinar que um montante da conta de financiamento foi usado para pagar despesas inelegíveis nos termos do acordo de financiamento, o Banco, a seu critério, poderá exigir que o mutuário, dentro de um prazo especificado a) devolva o montante ao Banco ou b) excepcionalmente, apresente documentação substituta, comprovando outras despesas elegíveis. A linha de ação apropriada será decidida pelo Banco, e o mutuário deve agir de imediato para resolver a questão quando for notificado pelo Banco.

186. Se o Banco determinar que as evidências apresentadas a ele não justificam um pagamento efetuado a partir da conta designada, ou que o pagamento tenha sido efetuado para fazer face a uma despesa inelegível, o Banco, a seu critério, poderá exigir que o mutuário a) apresente evidências adicionais; b) deposite montante equivalente na conta designada; c) devolva o montante ao Banco; ou d) excepcionalmente, apresente documentação substituta comprovando outras despesas elegíveis. A linha de ação apropriada será decidida pelo Banco, e o mutuário deve agir de imediato para resolver a questão quando for notificado pelo Banco.

187. Entre as despesas inelegíveis, destacam-se as seguintes:

• Despesas fora do âmbito das atividades definidas no acordo de financiamento;

62 http://siteresources.worldbank.org/PROJECTS/Resources/DisGuideEng.pdf 63 http://siteresources.worldbank.org/PROJECTS/Resources/DisGuideEng.pdf 64 http://siteresources.worldbank.org/PROJECTS/Resources/DisGuideEng.pdf

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• Despesas declaradas inelegíveis em função de auditorias ou avaliações; • Itens fora da cobertura do projeto e das categorias conforme as descrições constantes do

acordo de financiamento; • Itens que não tenham sido comprados/contratados em conformidade com o plano de

aquisições ou seguindo os procedimentos de aquisições acordados; • Pagamentos feitos antes da data de assinatura do acordo de financiamento ou da data de

efetividade do financiamento retroativo, conforme o caso; • Despesas para as quais o mutuário não conseguiu apresentar comprovação suficiente e

apropriada; • Pagamentos feitos ou devidos por despesas executadas após a data de encerramento.

4.5.1 Recuperação de despesas inelegíveis

188. Nos casos que exijam a apresentação de documentação substituta, o mutuário deve fornecer ao Banco documentação referente às despesas que sejam elegíveis para financiamento e tenham sido pagas usando recursos de contrapartida. Uma vez que o Banco aceite as despesas apresentadas, o mutuário deve enviar uma prestação de contas que inclua as despesas autorizadas pelo Banco para compensar as solicitações feitas com despesas inelegíveis em pedidos anteriores.

189. Quando é necessário fazer uma devolução ao Banco, todos os recursos devem ser pagos na conta do Banco na sua instituição bancária depositária, dentro do prazo especificado na comunicação, citando as devidas referências, como o número do empréstimo e o número do pedido de saque. Os montantes devolvidos ao Banco normalmente são creditados na data de recebimento dos recursos.

4.6 Devoluções

190. O Banco pode solicitar ao mutuário que devolva os recursos desembolsados de um empréstimo por um dos seguintes motivos:

• Excesso de recursos em uma conta designada que não são necessários para a implementação do projeto;

• Fundos não utilizados remanescentes em uma conta designada ao final do projeto • Despesas consideradas inelegíveis para financiamento no âmbito do empréstimo

(consulte a seção 4.5 sobre despesas inelegíveis) • Declaração de processo de aquisição viciado quando pagamentos relacionados a este

processo já foram feitos. 191. Todas as devoluções devem ser pagas ao Banco dentro do prazo especificado na notificação para

restituição. As devoluções devem ser pagas na conta do Banco na sua instituição bancária depositária, citando as devidas referências, como o número do empréstimo e o motivo para a restituição. Os montantes devolvidos ao Banco normalmente são creditados na data de recebimento dos recursos. Em alguns casos, o montante devolvido talvez precise ser convertido para outra moeda (moeda do empréstimo a partir do qual o pagamento foi feito).

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4.7 Descumprimento das cláusulas de auditoria

192. Certas cláusulas no acordo de financiamento especificam os requisitos em termos de auditoria de todos os projetos. Os mutuários são responsáveis pela apresentação em tempo hábil das demonstrações financeiras auditadas em conformidade com as disposições do acordo. Caso o mutuário não apresente demonstrações financeiras auditadas aceitáveis dentro do prazo, conforme exigido no acordo de financiamento, o Banco pode pôr em prática certas restrições de acordo com as medidas corretivas para o descumprimento das cláusulas de auditoria (tabela 13).65

Tabela 10. Medidas corretivas para o descumprimento das cláusulas sobre auditoria

Tipo de descumprimento Medidas que o Banco pode tomar

Incapacidade de manter mecanismos de gestão financeira aceitáveis; incapacidade de apresentar os relatórios financeiros provisórios não auditados, demonstrações financeiras auditadas não recebidas dentro do prazo ou consideradas inaceitáveis (despesas inelegíveis, demonstrações financeiras pouco confiáveis, deficiências nos controles internos, escopo ou conclusões inaceitáveis)

• Pode recusar-se a prorrogar a data de encerramento do empréstimo afetado

• Pode adiar as negociações e/ou apresentação à Diretoria Executiva de novos empréstimos que beneficiem a entidade descumpridora

Demonstrações financeiras auditadas aceitáveis com quatro meses de atraso

Todas as medidas acima e as seguintes: • Pode reter novos adiantamentos de

montantes do empréstimo • Pode descontinuar os desembolsos com base

nos relatórios resumidos (relatórios financeiros provisórios não auditados e certificados de gastos)

Demonstrações financeiras auditadas aceitáveis com nove meses de atraso ou provas de que há grandes deficiências nos controles internos ou que os recursos não foram usados para fins elegíveis

Tomadas as medidas acima e a seguinte: • Pode suspender os desembolsos relativos ao

empréstimo afetado em conformidade com as políticas do Banco

4.8 Encerramento do empréstimo

4.8.1 Gestão da data de encerramento

193. A data de encerramento do empréstimo é estabelecida com base na data prevista de conclusão do projeto e é especificada no acordo de financiamento. Quando a implementação sofre atrasos, o Banco pode prorrogar a data de encerramento, geralmente após consulta com o mutuário ou mediante solicitação deste.

194. Para que as despesas possam ser financiadas, os pagamentos precisam se destinar ou terem sido feitos com respeito a a) bens e obras entregues e aceitos até a data de encerramento b) serviços de consultoria ou de outros tipos prestados e aceitos até a data de encerramento e c) atividades de formação concluídas até a data de encerramento. As despesas executadas após a data de

65 http://siteresources.worldbank.org/PROJECTS/Resources/DisGuideEng.pdf

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encerramento não são elegíveiss para financiamento, com a exceção dos honorários de auditoria final, conforme discutido na seção 4.8.5.

195. O mutuário precisa estar especialmente atento no último ano da implementação do projeto para evitar problemas no encerramento, como contratos que vão além da data de encerramento, atividades de treinamento e similares que se estendam até a data de encerramento e casos não resolvidos de despesas questionáveis ou inelegíveis. Se uma prorrogação da data de encerramento for contemplada, o mutuário deve apresentar ao Banco um pedido formal, acompanhado de um plano de ação específico para a conclusão do projeto, bem antes da data de encerramento.

4.8.2 Prazo final de desembolsos

196. O prazo final de desembolsos é a data até a qual o Banco aceitará pedidos de saques do mutuário ou documentação sobre o uso dos recursos do financiamento ou empréstimo já adiantados pelo Banco. O prazo final de desembolsos poderá ser igual à data de encerramento ou, no máximo, quatro meses após essa data. Esta data está indicada na carta de desembolso ou em uma notificação do Banco.

197. Reconhecendo que circunstâncias fora do controle do mutuário podem afetar sua capacidade de concluir a apresentação de todos os pedidos e da documentação comprobatória antes do Prazo Final de Desembolsos, o Banco pode, excepcionalmente, considerar uma prorrogação do prazo em até dois meses. O mutuário deverá enviar um pedido de prorrogação do prazo tão logo o atraso seja identificado, especificando o motivo do atraso e uma estimativa do prazo necessário. Se o pedido for aprovado, o Banco notificará o mutuário por escrito sobre a prorrogação do prazo final de desembolsos.

4.8.3 Gestão de contratos durante o encerramento do empréstimo

198. O mutuário é responsável pela gestão e monitoramento de todos os contratos. Algumas questões que podem exigir atenção especial no momento do encerramento são os pagamentos pendentes relativos a contratos e o dinheiro retido relacionado a contratos de obras que tenham sido concluídos com êxito até a data de encerramento, mas cujo prazo de garantia se estenda além dessa data.

199. Pagamentos pendentes referentes a contratos. Para evitar o surgimento de problemas em decorrência de obrigações não quitadas após o encerramento do empréstimo, o mutuário deve tomar as seguintes medidas:

• Revisar os compromissos pendentes. • Atualizar o plano de desembolsos do projeto. • Verificar se os recursos disponíveis são suficientes. • Fazer, de imediato, os pagamentos pelas atividades concluídas satisfatoriamente. • Documentar todos os pagamentos elegíveis feitos a partir da conta designada. • Manter consultas com o prestador ou fornecedor envolvido sobre as questões contratuais

pendentes.

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• Providenciar que todas as obrigações relacionadas à documentação de adiantamentos da ONU pendentes sejam concluídas, se for o caso.

• Monitorar cuidadosamente e acompanhar a implementação das medidas acordadas no tocante às questões pendentes.

200. Retenção de Garantia. Normalmente, esse dinheiro pode ser sacado da conta do empréstimo apenas após o mutuário liberar os recursos para o prestador ou fornecedor no fim do prazo de garantia do contrato ou outra data especificada (por exemplo, um ano a contar da data da fatura original). Quando o prazo de garantia vai além da data de encerramento, o Banco aceita o dinheiro retido como uma despesa elegível se a) o contrato referente ao trabalho houver sido concluído e o trabalho houver sido aceito provisoriamente antes da data de encerramento do empréstimo e b) o contato preveja a opção de substituir o dinheiro retido por uma garantia bancária à vista ou outra garantia de execução adequada. A comprovação de aceitação provisória e uma cópia da garantia bancária precisam ser apresentadas como documentação comprobatória, junto com o pedido de saque, quando essa despesa for apresentada ao Banco para pagamento.

4.8.4 Gestão da conta designada durante o encerramento

201. O mutuário deve garantir a prestação de contas ao Banco de todos os montantes depositados na conta designada e do seu uso antes do Prazo Final de Desembolsos. Se adiantamentos para a conta designada não forem documentados até o prazo final de desembolsos, o Banco solicitará a restituição do saldo.

202. Empréstimo vencido. Este termo refere-se a uma conta de financiamento que não possa ser encerrada no prazo de dois meses após o prazo final de desembolsos por causa de um saldo não documentado em uma conta designada ou de recursos pendentes relacionados a despesas inelegíveis.

203. Até que se resolva o saldo não documentado ou a despesa inelegível, o Banco não pode permitir o uso de contas designadas para novos projetos com o mutuário. Uma vez que o empréstimo vencido tenha sido resolvido, o uso do método de adiantamento e da conta designada pode ser permitido. A existência de empréstimos vencidos não afeta o uso de adiantamentos e de contas designadas para projetos já aprovados e em fase de implementação.

204. Gestão da conta designada. O Banco monitora a movimentação da conta designada e procura informar de imediato o mutuário de observações ou constatações durante a revisão das transações, sobretudo as relacionadas ao uso inapropriado dos recursos, e presta assessoria ou orientação para a pronta resolução da questão. O Banco pode considerar a retenção de futuros adiantamentos até que a questão seja resolvida.

Gestão da Conta Designada • A recuperação dos recursos pode começar

seis meses antes da data de encerramento do empréstimo.

• Depósitos e adiantamentos normalmente não são permitidos após a data de encerramento.

• Documentação do uso dos montantes dos adiantamentos precisa ser apresentada ao Banco.

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205. Recuperação da conta designada. À medida que o projeto se aproxima da data de encerramento, o mutuário talvez não precise mais manter um saldo elevado na conta designada. Para encerrar uma conta designada, sobretudo no caso de projetos com teto fixo, o Banco começa a recuperação da conta designada reduzindo os adiantamentos para essa conta em uma determinada porcentagem ou quantia, dependendo das necessidades de fluxo de caixa. A recuperação da conta designada normalmente começa seis meses antes da data de encerramento do empréstimo. Em alguns casos, o Banco também pode iniciar uma recuperação parcial dos adiantamentos para a conta designada por motivo de inatividade. Como exceção, o Banco pode adiar a recuperação da conta designada com base na previsão das despesas planejadas.

206. Novos depósitos na conta designada após a data de encerramento. Normalmente, o Banco não permite que se destinem novos depósitos ou adiantamentos para a conta designada após a data de encerramento. Contudo, quando os mutuários esgotaram os saldos da conta designada devido a recuperações anteriores por parte do Banco, mas têm um número substancial de pagamentos a fazer, o Banco pode permitir, em caráter excepcional, novos adiantamentos para a conta designada entre a data de encerramento e o prazo final de desembolsos.

207. Documentação dos adiantamentos para a conta designada antes do prazo final de desembolsos. Para garantir o encerramento ordenado do empréstimo, o Banco precisa receber a documentação sobre o uso de todos os recursos do financiamento ou empréstimo adiantados para a conta designada, inclusive os recursos transferidos para contas operacionais, até oprazo final de desembolsos.

4.8.5 Pagamento dos honorários de auditoria final após o encerramento

208. Quando os honorários de auditoria são despesas elegíveis no âmbito do projeto e quando o trabalho de auditoria é concluído e faturado antes do prazo final de desembolsos, o mutuário pode inckuir gastos efetivos com auditoria em um pedido de saque.

209. Caso a auditoria seja concluída após o prazo final de desembolsos, pode ser solicitada a utilização de procedimentos especiais para o pagamento dos honorários de auditoria final a partir da conta de financiamento (por exemplo, uma conta de garantia bloqueada). Para que os honorários de auditoria final sejam considerados elegíveis para pagamento com fundos da conta de financiamento, a) o mutuário deve assinar um contrato referente à auditoria final antes da data de encerramento e b) o contrato deve ter um valor único ou estabelecer um preço fixo e exigir a conclusão da auditoria final no prazo de até seis meses após o encerramento do exercício em que foi feito o desembolso final no âmbito do empréstimo.

210. O pagamento pode ser feito em uma conta de garantia bloqueada criada pelo mutuário em um banco comercial antes do prazo final de desembolsos. O procedimento para criar uma conta de garantia bloqueada está delineado abaixo:

• Uma carta-convênio (consulte uma amostra no Anexo C) para criar uma conta de garantia bloqueada que seja aceitável pelo Banco é assinada entre o mutuário (proprietário da conta) e o banco comercial (agente depositário). A carta-convênio deve indicar o valor único acordado necessário para pagar pelo trabalho de auditoria ou a parcela restante desse trabalho, caso um pagamento adiantado já tenha sido feito, em conformidade com

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o contrato referente à auditoria final, e deve definir as respectivas responsabilidades do banco comercial e do mutuário.

• O mutuário pode depositar o montante acordado em uma conta de garantia bloqueada a partir da conta designada caso haja saldo suficiente ou apresentar um pedido de pagamento direto para permitir ao Banco depositar o montante diretamente na conta de garantia bloqueada. O depósito precisa ser pago até oprazo final de desembolsos.

• O banco comercial fará o pagamento aos auditores após a conclusão da auditoria e a aceitação da auditoria pelo mutuário. O mutuário deve guardar uma cópia da fatura e do recibo fornecidos pelo auditor. Além disso, deve restituir ao Banco o montante depositado na conta de garantia bloqueada que exceda a quantia efetivamente paga aos auditores.

211. Após a criação da conta de garantia bloqueada, o mutuário deve enviar ao Banco um pedido de saque, junto com a documentação comprobatória, além de uma cópia do contrato assinado, os termos de referência da auditoria e a carta-convênio.

212. Caso o mutuário não tenha acesso a um mecanismo de conta de garantia bloqueada ou tenha outras dúvidas, deve contactar o Banco para discutir as opções antes da data de encerramento.

4.9 Cancelamento

213. No âmbito das Condições Gerais66 e das Condições Padronizadas,67 os mutuários podem solicitar o cancelamento do saldo não desembolsado do empréstimo, salvo se esse montante houver sido reservado para compromissos especiais emitidos pelo Banco. O Banco também pode cancelar saldos do empréstimo em conformidade com o disposto nas Condições Gerais68 e Condições Padronizadas,69 no todo ou em parte, por motivos relacionados à suspensão contínua de desembolsos (consulte a seção 4.10), economia nos custos do projeto, descumprimento das disposições sobre aquisições e expiração da data de encerramento, entre outros.

214. Quando o cancelamento é iniciado pelo mutuário, ele normalmente recebe a data em que a solicitação de cancelamento do mutuário foi recebida. Quando o cancelamento é feito por iniciativa do Banco, entra em vigor na data especificada na notificação ao mutuário. A data de efetividade do cancelamento é a data a partir da qual encargos de compromisso deixarão de acumular sobre os montantes cancelados, conforme o caso.

4.10 Suspensão de desembolsos

215. Quando um mutuário deixa de cumprir as condições especificadas no acordo de financiamento, o Banco pode suspender os desembolsos. A suspensão pode ser aplicada à totalidade do empréstimo, a um componente desse empréstimo ou a vários empréstimos. No caso de descumprimento relacionado ao serviço da dívida, a política do Banco é suspender os desembolsos de todos os empréstimos ao país membro ou garantidos por ele. O Banco notifica o mutuário por escrito sempre que os desembolsos forem suspensos e detalha os itens que o

66 http://siteresources.worldbank.org/BRAZILINPOREXTN/Resources/3817166-1242680408578/General_Conditions.pdf 67 http://go.worldbank.org/LXIOJ9CTI0 68 http://siteresources.worldbank.org/BRAZILINPOREXTN/Resources/3817166-1242680408578/General_Conditions.pdf 69 http://go.worldbank.org/LXIOJ9CTI0

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Banco, a seu critério, poderá isentar da suspensão. Mais informações sobre as suspensões relacionadas à amortização de empréstimos podem ser consultadas na seção 8 deste manual.

216. Durante a suspensão total dos desembolsos, não podem ser emitidos novos compromissos especiais nem podem ser feitos novos depósitos ou adiantamentos para as contas designadas. No caso de suspensão parcial dos desembolsos, a emissão de novos compromissos especiais e as reposições da conta designada ficam limitadas às partes da conta de financiamento não afetadas pela suspensão. Os mutuários podem continuar a usar o saldo remanescente na conta designada para fazer face às despesas elegíveis. Uma vez que a suspensão tenha sido revogada, o Banco pode concordar em fazer novos adiantamentos para restabelecer os níveis originais das contas designadas. Os pagamentos contra compromissos especiais emitidos antes da data de suspensão não estão sujeitos à suspensão. Os bancos comerciais podem continuar a notificar o Banco das prorrogações das datas de validade das cartas de crédito cobertas por compromissos especiais. O Banco também pode aprovar emendas, desde que não sejam modificações que alterariam substancialmente o valor das cartas de crédito, a descrição ou quantidade de bens ou o beneficiário.

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5. Financiamento de programas por resultados (PforR)

217. Esta seção apresenta uma visão geral do financiamento de programas por resultados, descreve os diversos tipos de desembolsos e explica os procedimentos para solicitar saques e encerrar o empréstimo.

5.1 Visão geral

218. Em janeiro de 2012, o Banco lançou um novo instrumento de financiamento, o financiamento de Programas por Resultados (PforR), a fim de complementar o DPF e o IPF já oferecidos. As principais características das operações de PforR são as seguintes:

• Desembolsa recursos após a obtenção e confirmação de resultados específicos do programa;

• Usa as instituições e processos do próprio país;

• Financia e apoia os programas de despesa e atividades dos mutuários;

• Concentra-se no fortalecimento da capacidade e sistemas institucionais necessários para que os programas alcancem os resultados desejados;

• Oferece a garantia de que o financiamento do Banco é usado da forma apropriada e que os impactos ambientais e sociais são devidamente sanados.

5.1.1 Desembolsos vinculados aos Indicadores (DLIs)

219. O desembolso de recursos nas operações do PforR se baseia em desembolsos vinculados aos indicadores (DLIs). Assim, a identificação, seleção e estruturação dos DLIs têm uma função crucial nas operações do PforR. Durante a etapa de preparação do PforR, um conjunto limitado de indicadores é identificado no quadro de resultados e no plano de ação do programa. Esses indicadores, definidos como DLIs, estão incluídos na matriz de DLIs da operação, a qual é incorporada ao acordo de financiamento para a operação do PforR (Tabela 14). Durante a implementação, o Banco e o beneficiário monitoram, entre outros aspectos da operação, o alcance dos DLIs. Uma vez que os DLIs tenham sido alcançados e verificados, os recursos do financiamento ficam disponíveis para desembolso.

220. O montante alocado para o alcance de cada DLI não é atribuído às despesas específicas do programa nem precisa ser compatível com as despesas do programa necessárias para alcançar o DLI. O acordo de financiamento especifica a natureza de cada DLI.

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Tabela 11. Desembolsos vinculados aos Indicadores (DLIs)

DLIs com prazo determinado

Pode-se dizer que um DLI tem prazo determinado quando o desembolso pode ser feito apenas se o DLI for alcançado até uma data específica.

DLIs escaláveis Quando o desembolso dos recursos do financiamento é proporcional ao progresso rumo ao alcance dos DLIs, esse DLI é considerado escalável.

DLIs não escaláveis Quando o DLI se refere a uma ação, que é feita ou não, o DLI normalmente não é escalável.

5.2 Mecanismos de desembolso

5.2.1 Resultados prévios

221. No caso de certos programas, alguns resultados talvez precisem ser alcançados antes da assinatura do acordo de financiamento. Por exemplo, um programa talvez precise implementar um sistema para a coleta de dados de referência usados para mensurar o progresso rumo ao alcance dos resultados do programa ou, possivelmente, um sistema de monitoramento para mensurar o programa com respeito ao seu quadro de resultados. Nessas situações, o Banco pode concordar em desembolsar até 25% do montante do financiamento contra os DLIs alcançados pelo mutuário entre a data da reunião de nota conceitual do projeto e a data do acordo de financiamento (financiamento dos resultados prévios). A data em que as despesas começam a ser feitas é acordada durante a avaliação e estipulada no acordo de financiamento. O financiamento dos resultados prévios pode ser oferecido quando a) os resultados estiverem dentro do escopo do programa apoiado pelo financiamento do PforR e b) os sistemas usados para alcançar os resultados forem avaliados pelo Banco em conformidade com as disposições da política ou diretriz do Banco. O financiamento dos resultados prévios deve ser acordado durante as negociações.

5.2.2 Adiantamentos

222. O Banco pode pagar um adiantamento de até 25% do financiamento para um ou mais DLIs que ainda não tenham sido alcançados. Para pedir um adiantamento, o mutuário anexa ao pedido de saque uma carta de solicitação de adiantamento (Anexo B).

223. Quando os DLIs são alcançados, o montante do adiantamento é recuperado do montante devido a ser desembolsado no âmbito desses DLIs. O montante do adiantamento recuperado pelo Banco então fica disponível para mais adiantamentos (adiantamento rotativo).

224. Quando um adiantamento foi fornecido e um ou mais DLIs são alcançados e verificados, o adiantamento é sempre recuperado primeiro. Se o montante alocado para um DLI alcançado e verificado for superior ao adiantamento, o Banco então desembolsa o montante que excede o adiantamento.

225. O Banco exige que o beneficiário restitua os adiantamentos (ou parte deles) caso os DLIs não sejam atingidos (ou sejam atingidos parcialmente) até a data de encerramento do programa.

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5.3 Desembolsos para o PforR

226. Os recursos do financiamento são desembolsados após o alcance dos resultados verificados vinculados aos desembolsos especificados como DLIs. Esses desembolsos não dependem de transações nem despesas do programa, nem são atribuíveis a elas.

5.3.1 Processo de alcance dos DLIs

227. O Banco desembolsa recursos da conta de financiamento criada para cada empréstimo e os destina a uma conta do mutuário à ordem do mutuário, em função de resultados alcançados (inclusive resultados prévios) ou adiantamentos. Os recursos do PforR normalmente são desembolsados na conta central do Tesouro do mutuário, normalmente mantida no banco central.

228. O Banco desembolsa após o alcance dos resultados, tão logo eles sejam verificados e confirmados pelo Banco. Embora os programas custeados por financiamento de PforRs sejam sustentados por despesas, os desembolsos individuais não são atribuídos a transações específicas. O procedimento abaixo é seguido para documentar e confirmar que os resultados foram atingidos:

• Notificação do mutuário pelo Banco. Quando um DLI é alcançado (ou parcialmente alcançado no caso de DLIs escaláveis), o mutuário informa o Banco por meio da carta de notificação de resultados alcançados (consulte o Anexo A) e fornece evidências em conformidade com o protocolo de verificação, como justificativa de que o DLI foi alcançado.

• Aceitação pelo Banco de que o DLI foi alcançado. O Banco examina a documentação apresentada pelo mutuário e decide se o DLI foi alcançado, alcançado parcialmente ou se não foi alcançado. O diretor do país envia um comunicado oficial ao mutuário informando da decisão do Banco quanto ao alcance do DLI ou DLIs e ao nível de recursos de financiamento do PforR disponíveis para desembolso. Essa carta deve estar anexa ao pedido de saque referente aos respectivos resultados alcançados.

• DLIs alcançados parcialmente. No caso dos DLIs escaláveis, é possível que o alcance parcial possa levar ao desembolso de uma parcela apropriada do montante alocado para os DLIs. O montante a ser desembolsado dependerá de como o DLI é descrito no acordo de financiamento e da avaliação de alcance parcial. Na notificação do diretor do país ao mutuário, será informado o montante disponível para desembolso contra o progresso alcançado rumo a um resultado em particular.

5.3.2 Saque de recursos do financiamento

229. O processo de saque da conta de financiamento, mencionado na seção 3 deste manual, se aplica ao financiamento de PforRs. Os pedidos de saque podem ser apresentados após a efetividade do empréstimo, com base nas disposições do acordo de financiamento e da carta de desembolso. Os mutuários devem anexar ao pedido de saque uma cópia do comunicado oficial que confirma que o Banco aceitou os resultados alcançados.

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230. Os mutuários são obrigados a apresentar todos os pedidos de saque eletronicamente usando a função de desembolso eletrônico (e-disbursement) no Client Connection (Figura 14). Excepcionalmente, pedidos manuais podem ser enviados ao endereço mencionado na carta de desembolso. Recomenda-se que os resultados alcançados sejam agrupados e os pedidos de saque sejam apresentados com um frequência de seis a doze meses.

Figura 12. Pedidos de desembolso

Nota DLI = Indicador vinculado ao desembolso

5.4 Encerramento e devoluções

5.4.1 Data de encerramento e prazo final de desembolsos

231. A data de encerramento do empréstimo é estabelecida com base na data prevista de conclusão do programa, que normalmente é especificada no documento do programa. Para que despesas no âmbito do programa sejam elegíveis para fins de financiamento, os resultados precisam ser alcançados e as respectivas despesas têm de ser feitas até a data de encerramento do empréstimo.

232. Para facilitar o encerramento ordenado do programa, inclusive a conclusão dos protocolos de verificação, o Banco pode permitir que os mutuários apresentem pedidos de saque após a data de encerramento. Esses pedidos têm de ser recebidos no prazo de seis meses após a data de encerramento no caso dos resultados alcançados pelo mutuário até a data de encerramento. A data final para o recebimento dos pedidos e da documentação comprobatória é conhecida como o prazo final de desembolsos, e essa data é indicada na carta de desembolso ou em outra notificação enviada pelo Banco.

233. Excepcionalmente, após o pedido do mutuário, o Banco pode decidir estender o prazo para o recebimento desses pedidos de saque. O mutuário precisa notificar o Banco tão longo o atraso seja identificado, no mais tardar até a data do prazo final de desembolsos, especificando o

Resultados prévios e resultados alcançados

•Tipo de pedido de pagamento de DLIs a ser usado no Client Connection•Pedido de saque e Carta de Confirmação dos Resultados Alcançados (Anexo A) são obrigatórios

Adiantamentos

•Tipo de pedido de adiantamento de DLI a ser usado no Client Connection•Pedido de saque e Carta de Pedido de Adiantamento (Anexo B) são obrigatórios

Recuperação do adiantamento

•Não há a apresentação de pedidos de saque•É necessária a Carta de Confirmação dos Resultados Alcançados do Banco

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motivo do atraso e o prazo estimado necessário para apresentar os pedidos de saque restantes e os documentos comprobatórios.

5.4.2 Encerramento da conta do empréstimo

234. O Banco encerra a Conta de Financiamento no prazo de dois meses após o prazo final de desembolsos ou no prazo de dois meses após a data de encerramento, caso não seja concedido o período adicional.

5.4.3 Devoluções

235. Devoluções podem ser necessárias nos seguintes casos:

• Se o financiamento do Banco exceder o montante total das despesas do programa, o mutuário é obrigado a restituir a diferença ao Banco.

• O Banco exige que o mutuário restitua os adiantamentos (ou parte deles) caso os resultados não tenham sido alcançados (ou tenham sido alcançados apenas parcialmente) até a data de encerramento do programa.

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6. Financiamento de Políticas de Desenvolvimento

236. O Financiamento de Políticas de Desenvolvimento (DPF) oferece financiamento com um desembolso rápido dos recursos para ajudar o mutuário a enfrentar necessidades de financiamento para o desenvolvimento reais ou previstas. Tem como objetivo ajudar a promover o crescimento e a redução sustentável da pobreza por meio de um programa de ações institucionais e de política.

6.1 Visão geral do DPF

237. Os recursos são desembolsados com desde que o programa de empréstimo para políticas de desenvolvimento seja implementado de maneira satisfatória, inclusive com o cumprimento de condições para a liberação das parcelas e a manutenção de um quadro de políticas macroeconômicas satisfatório. O mutuário se compromete a não usar os recursos do DPF para fazer face a despesas excluídas. Normalmente, o Banco desembolsa os recursos do financiamento em uma conta que faz parte das reservas cambiais oficiais do país (normalmente mantida pelo banco central), e um montante equivalente aos recursos do financiamento é creditado em uma conta do governo para financiar despesas orçamentárias. Os DPFs normalmente não vinculam os recursos do financiamento a despesas pré-identificadas do mutuário.

238. As operações do DPF costumam ser desembolsadas em uma única parcela; contudo, algumas delas podem ter múltiplas parcelas. O cumprimento das condições para liberação das parcelas é exigido para cada parcela. O Banco pode solicitar uma auditoria da conta de depósito do DPF.

239. A Opção de Saque Diferido do Financiamento para Políticas de Desenvolvimento (DPF DDO) permite aos mutuários habilitados do BIRD adiar o saque dos recursos do financiamento ou empréstimo para políticas de desenvolvimento. Os mutuários podem optar por sacar da conta de financiamento em uma ou mais parcelas, quando surgir uma necessidade de financiamento. A Opção de Saque Diferido para Empréstimo para Catástrofes (CAT DDO) reforça a capacidade dos mutuários para gerenciar o risco de desastres naturais e oferece uma fonte de liquidez imediata que poderia servir como financiamento-ponte enquanto outras fontes estão sendo mobilizadas após um desastre natural. Consulte mais informações na seção 2.1.2.

6.2 Desembolso

240. Os mutuários podem apresentar pedidos de saque após a data da efetividade e o cumprimento das condições para liberação das parcelas. Os mutuários são obrigados a apresentar todos os pedidos de saque eletronicamente usando a função de desembolso eletrônico (e-disbursement) no Client Connection e selecionando “parcela” como o tipo de pedido de saque para o DPF. Excepcionalmente, pedidos manuais podem ser enviados ao Banco. O processo de saque da conta de financiamento, mencionado na seção 3 deste manual, se aplica ao DPF. Uma cópia da

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notificação do Banco ao mutuário de que as condições para liberação da parcela foram cumpridas precisa ser anexada como documentação comprobatória.

241. Nenhum saque pode ser feito da conta de financiamento após a data de encerramento. A data do prazo final de desembolsos é a mesma que a data de encerramento.

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Anexos

Anexo A. Notificação dos Resultados Alcançados do Programa por Resultados (PforR)

(do mutuário)

[Timbre do Ministério/entidade executora] [Data] The World Bank 1818 H Street NW Washington, DC 20433 Estados Unidos

A/C: [Diretor do País]

Re: [Empréstimo/Crédito/Doação número] [Nome do programa] Resultados Alcançados

Senhor Diretor/Senhora Diretora,

Fazemos referência ao Acordo de [Empréstimo/Crédito/Doação] (“Acordo de [Empréstimo/Crédito/ Doação]”) entre o/a/vazio [nome do mutuário/beneficiário] (“Mutuário”/“Beneficiário” e o [Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento/Associação Internacional de Desenvolvimento] (“Banco Mundial”) datado de [data], referente ao programa supracitado.

Em conformidade com as disposições do Anexo 2, Seção IV, B.1 do Acordo de [Empréstimo/Crédito/ Doação], temos o prazer de informar que os seguintes resultados vinculados a desembolsos (DLR) foram alcançados:

• DLR nº {insira o número e uma breve descrição} • DLR nº …. • DLR nº ….

O alcance [desse resultado/desses resultados] foi verificado de acordo com o “Protocolo Resumido para a Verificação de Alcance de DLIs”, conforme referido no Documento de Avaliação do Programa/Projeto [e no Manual Operacional do Programa]. Os documentos que comprovam o alcance dos DLRs seguem anexos.

Com os meus melhores cumprimentos,

_____________________ [Nome] 70

Cargo Anexos. Comprovantes de alcance dos resultados

70 A ser assinado por um representante da entidade executora/coordenadora do mutuário/beneficiário.

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cc. Equipe do projeto, Técnico em Finanças, Líder da Equipe Regional do WFAFO; Advogado do país; outros conforme apropriado

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Anexo B. Pedido do Mutuário de Adiantamento no Âmbito do PforR

(a ser anexado ao pedido de saque)

[Timbre do Ministério/entidade executora] [Data] The World Bank [local] Centro Regional [Endereço do Centro Regional (da Carta de Desembolso)]

Assunto: [Empréstimo/Financiamento/Doação número] [Nome do programa]

Pedido de adiantamento

Senhor/Senhora [sobrenome],

Fazemos referência ao Acordo de [Empréstimo/Financiamento/Doação] entre o/a/vazio [nome do mutuário/beneficiário] (“Mutuário”/“Beneficiário” e o [Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento/Associação Internacional de Desenvolvimento] (“Banco Mundial”) datado de [data], que dispõe sobre [o Empréstimo/o Financiamento/a Doação] acima.

Em conformidade com as disposições da Carta de Desembolso e do Anexo 2, Seção IV, B.2 do Acordo de [Empréstimo/Crédito/Doação], a fim de apoiar a implementação do programa acima e facilitar o alcance dos resultados previstos, solicitamos um adiantamento no montante de [insira o montante].71 [Solicitamos que o adiantamento seja desembolsado em [moeda solicitada para o desembolso], no equivalente ao total do adiantamento solicitado acima.]72 Reconhecemos que o montante desembolsado será debitado da Conta [do Empréstimo/do Financiamento/da Doação] na moeda [do Empréstimo/do Financiamento/da Doação] à taxa de câmbio vigente no momento do desembolso.

Com os meus melhores cumprimentos,

[Nome, cargo]73

71 O adiantamento proposto deve ser feito na moeda do DLI/DLR, conforme estabelecido na tabela de desembolsos constante do acordo de financiamento e em conformidade com o disposto na Carta de Desembolso. Normalmente, é a moeda do compromisso do empréstimo/crédito/doação. 72 Use esta construção para designar a moeda do adiantamento caso ele seja diferente da moeda estabelecida na tabela de desembolsos constante do acordo de financiamento. 73 A ser assinado por um representante da entidade executora/coordenadora do mutuário/beneficiário ou pela pessoa ou pessoas autorizadas a assinar pedidos de saque em nome do mutuário/beneficiário no âmbito do empréstimo/ financiamento/doação, conforme estipulado na Designação de Assinantes Autorizados.

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Anexo C. Modelo de Acordo para Criar a Conta-caução para os Honorários de Auditoria

Para: [Banco comercial] [Endereço] O/A/vazio [nome do mutuário] (o “Titular da Conta”) deseja abrir uma conta-caução para o pagamento do contrato de auditoria final anexo com [nome dos auditores] (os “Auditores”). O/A/vazio [nome do banco comercial] (o “Terceiro Depositário”) concorda em abrir e manter uma conta-caução para essa finalidade. O Terceiro Depositário confirma que não reivindicará o direito de reservar, confiscar ou tomar montantes em depósito na conta-caução. Abertura da conta O Depositário abrirá a conta-caução no nome do Titular da Conta e lhe atribuirá um número de conta. O Titular da Conta depositará [moeda e montante] na conta-caução. Notificação da conta O Depositário fornecerá um extrato de conta mensal. Ao receber o pedido dos Auditores no sentido do pagamento do contrato, o Depositário notificará o Titular da Conta imediatamente. O Titular da Conta autorizará o Depositário a fazer o pagamento no prazo de 5 (cinco) dias úteis. Encerramento da conta A conta será encerrada tão logo tenha sido feito o pagamento aos Auditores conforme termos do contrato. Qualquer montante não utilizado será restituído ao Titular da Conta. Assinado pelo Titular da Conta: ______________________________ (Nome do Titular da Conta): ________________________________ (Endereço): ______________________________________________ Data: ___________________________________________________ De acordo: Data de aprovação da conta: ________________________________ Número da conta atribuído: ________________________________ Assinado pelo Terceiro Depositário: __________________________ (Nome do Terceiro Depositário): ____________________________ (Endereço): ______________________________________________

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Volume 3

Serviço da dívida

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Sumário 7. FATURAMENTO ............................................................................................................................................ 93

7.1 CICLO DE FATURAMENTO DOS EMPRÉSTIMOS E CRÉDITOS .......................................................................................... 93 7.1.1 Empréstimos do BIRD ........................................................................................................................... 93 7.1.2 Créditos da AID para o desenvolvimento ............................................................................................. 93

7.2 COMPONENTES DE UM DEMONSTRATIVO DE FATURAMENTO ..................................................................................... 94 7.3 OUTROS CONCEITOS RELACIONADOS AO FATURAMENTO ........................................................................................... 95

7.3.1 Aplicação de pagamentos .................................................................................................................... 95 7.3.2 Notificações de faturamento ............................................................................................................... 95 7.3.3 Datas de vencimento dos pagamentos e datas bancárias .................................................................. 96 7.3.4 Cancelamento de montantes não desembolsados .............................................................................. 96

7.4 FATURAMENTO ELETRÔNICO (E-BILLING) ............................................................................................................... 96 7.5 RELATÓRIOS SOBRE A GESTÃO DO SERVIÇO DA DÍVIDA NO CLIENT CONNECTION ............................................................. 97

8. MORA E POLÍTICA DE SANÇÕES .................................................................................................................... 98

8.1 LEMBRETES E SANÇÕES POR MORA — 5, 15, 30, 45, 60 E 90 DIAS, E 6 MESES ............................................................ 98 8.2 ENCARGOS POR PAGAMENTOS EM ATRASO ............................................................................................................ 99

9. ISENÇÃO PARCIAL DOS ENCARGOS DOS EMPRÉSTIMOS ............................................................................ 101

9.1 APLICABILIDADE.............................................................................................................................................. 102 9.1.1 Empréstimos assinados de 27 de setembro de 2007 em diante ........................................................ 102 9.1.2 Empréstimos assinados antes de 27 de setembro de 2007 ............................................................... 102

9.2 QUALIFICAÇÃO ............................................................................................................................................... 102 9.2.1 Isenção de encargos de compromisso ............................................................................................... 102 9.2.2 Isenção de juros ................................................................................................................................. 103

10. PAGAMENTOS ANTECIPADOS ................................................................................................................. 104

10.1 EMPRÉSTIMOS DO BIRD .................................................................................................................................. 104 10.1.1 Empréstimos não convertidos ............................................................................................................ 106 10.1.2 Empréstimos convertidos ................................................................................................................... 106 10.1.3 Política de pagamento antecipado dos VSLs e IFLs com spread variável........................................... 106

10.2 CRÉDITOS DA AID PARA O DESENVOLVIMENTO ..................................................................................................... 106 10.2.1 Condições e procedimentos para o pagamento antecipado de empréstimos ................................... 107

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7. Faturamento 243. Esta seção apresenta informações sobre os procedimentos de faturamento e descreve os

conceitos do faturamento dos empréstimos do BIRD, créditos da AID e empréstimos oferecidos por meio de fundos fiduciários ou outros mecanismos especiais. São explicados aspectos processuais como a frequência do faturamento, as datas de vencimento dos pagamentos, o cancelamento dos montantes não desembolsados e a capitalização dos encargos. Além disso, são descritas várias seções do demonstrativo de faturamento, como as instruções de pagamento, a atividade de pagamento, o cálculo das taxas e juros acumulados, o principal, as contas a receber transportadas e os vencimentos atuais.

7.1 Ciclo de faturamento dos empréstimos e créditos

7.1.1 Empréstimos do BIRD

244. Os demonstrativos de faturamento normalmente são preparados dois meses antes da data de vencimento do pagamento, e os encargos são estimados para o período de dois meses com base nos saldos e valores das taxas de câmbio disponíveis na data-limite do faturamento. A obrigação do mutuário é recalculada na data de vencimento do pagamento.

245. Se o montante faturado for inferior ao montante que o mutuário está legalmente obrigado a pagar, de acordo com o cálculo na data de vencimento, a diferença é transportada para a próxima data de faturamento, sem juros, como saldo diferido. Se a obrigação na data do vencimento for inferior ao montante faturado, o excedente resultante será transportado como crédito para ser aplicado ao próximo faturamento e data de vencimento do pagamento. Não são cobrados nem pagos juros sobre os montantes diferidos e os créditos transportados.

7.1.2 Créditos da AID para o desenvolvimento

246. No momento das negociações dos créditos da AID denominados em direitos especiais de giro (DEG), o mutuário seleciona a moeda em que o serviço da dívida será faturado. Atualmente, todos os créditos da AID para o desenvolvimento são faturados em dólares dos Estados Unidos, libras esterlinas ou euros. O mutuário pode alterar a moeda da amortização por meio de notificação à AID com a devida antecedência. Contudo, qualquer insuficiência no pagamento causada pela conversão da taxa de câmbio é tratada como um montante em mora. No caso de financiamento da AID em moeda única, a moeda de faturamento seria a moeda de compromisso.

247. Após o recebimento, o pagamento do mutuário é convertido, pela taxa de câmbio na data valor do recebimento ou na data do pagamento (a que vier depois), na moeda do compromisso (dólar dos Estados Unidos ou SDEG). Insuficiências ou excessos, que podem decorrer de variações da taxa de câmbio ou de transações de créditos individuais entre a data do faturamento e a data de vencimento, são transportados para a conta do mutuário para liquidação ou aplicação na data do vencimento do próximo pagamento.

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7.2 Componentes de um demonstrativo de faturamento

248. A Tabela 15 descreve os componentes do demonstrativo de faturamento.

Tabela 12. Componentes de um demonstrativo de faturamento

Instruções de pagamento Contém detalhes das instruções de pagamentos na carta de apresentação, como a conta da instituição bancária depositária, o montante em moeda e a data de pagamento.

Atividade de pagamento Contém detalhes dos montantes faturados do período anterior e a aplicação de quaisquer pagamentos.

Taxas Contém detalhes da taxa de compromisso faturada (as taxas brutas e as isenções são apresentadas separadamente).

Juros acumulados/encargos de serviço

Contém detalhes dos montantes de juros e encargos de serviço. Os cálculos de juros e isenções, se houver, são apresentados separadamente no caso dos empréstimos do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento.

Principal Contém os montantes devidos, de acordo com o cronograma de amortização do empréstimo ou crédito.

Contas a receber transportadas

Contém os montantes transportados do ciclo de faturamento anterior (se for o caso).

Vencimentos atuais

Contém o montante total devido com referência ao período atual (isto é, a soma das taxas, juros/encargos de serviço, principal e contas a receber transportadas, menos qualquer alívio da dívida a ser aplicado e créditos transportados).

Determinação de montantes definitivos devidos para o faturamento anterior

Contém o montante total efetivamente devido para o período anterior (são apresentados detalhes por categoria de encargos e/ou de créditos).

Aplicação de empréstimos a receber

Contém o montante faturado, os montantes devidos e a aplicação de recursos recebidos do mutuário e/ou de outras fontes para o ciclo de faturamento anterior, por categoria de empréstimo (os detalhes abrangem os montantes em mora e diferidos).

Atividade do principal Contém o cálculo da reintegração do principal na data de referência.

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7.3 Outros conceitos relacionados ao faturamento

7.3.1 Aplicação de pagamentos

249. Os recebimentos do serviço da dívida com o BIRD e a AID são aplicados na ordem apresentada na Figura 15:

Figura 13. Aplicação dos recebimentos do serviço da dívida do BIRD e da AID

250. Dentro das categorias de montantes em mora, montantes diferidos e contas a receber atuais, os recursos recebidos pelo BIRD são aplicados na ordem indicada na Figura 16:

Figura 14. Ordem de aplicação dos recursos recebidos pelo BIRD

251. Dentro de cada uma das categorias mostradas na Figura 15, os recursos recebidos pela AID são aplicados na ordem indicada na Figura 17:

Figura 15. Ordem de aplicação dos recursos recebidos pela AID

7.3.2 Notificações de faturamento

252. As notificações de faturamento relacionam todas as obrigações futuras do serviço da dívida no nível do mutuário, exceto os pagamentos em mora, a moeda e a data de vencimento do

1. Montantes em mora 2. Montantes diferidos 3. Contas a receber atuais

1. Juros sobre swaps em

mora, se for o caso

2. Taxas de compromisso, se for o caso

3. Juros sobre o principal em

mora4. Juros 5. Taxas de

transação 6. Principal

1. Principal2. Taxas de

compromisso, se for o caso

3. Encargos de serviço sobre o

principal em mora

4. Juros sobre o principal em mora

5. Encargos de serviço

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pagamento. A notificação é enviada aos mutuários aproximadamente 45 dias antes da data de vencimento do pagamento. Para ser incluído na lista de distribuição das notificações de faturamento, o mutuário pode enviar uma solicitação para o endereço [email protected].

7.3.3 Datas de vencimento dos pagamentos e datas bancárias

253. As datas de vencimento dos pagamentos semestrais do serviço da dívida de todos os empréstimos do BIRD e créditos da AID são fixadas no 1º ou 15º dia do mês. Caso a data de vencimento do pagamento caia em um feriado bancário ou fim de semana, solicita-se que o pagamento ou liquidação seja feito no próximo dia de funcionamento da respectiva instituição bancária depositária. Por esse motivo, a data de pagamento da fatura às vezes pode ser posterior à data de vencimento do empréstimo ou crédito.

254. Se os pagamentos do serviço da dívida atrasarem além da data de pagamento da fatura, juros sobre o principal em mora, se for o caso, são cobrados a partir da data de vencimento efetiva do empréstimo e não a partir da data de pagamento da fatura. Os feriados bancários estão alinhados com o calendário de feriados das instituições bancárias depositárias das várias moedas em que são preparadas as faturas.

7.3.4 Cancelamento de montantes não desembolsados

255. O mutuário tem o direito de cancelar qualquer montante do empréstimo ainda não sacado, exceto os montantes para os quais o BIRD tenha celebrado um compromisso especial. O Banco poderá cancelar um montante do empréstimo por motivos relacionados à contínua suspensão de desembolsos, economia nos custos do projeto, compra viciada, expiração da data de encerramento ou cancelamento da garantia pelo fiador. Em qualquer desses casos, o Banco poderá cancelar parcial ou totalmente o saldo não desembolsado do empréstimo por meio de notificação ao mutuário sobre tal ação.

256. Uma vez que um montante do empréstimo tenha sido cancelado pelo mutuário ou pelo Banco, os cronogramas de saque e amortização são revistos de modo a refletir o cancelamento. O montante cancelado é aplicado ao cronograma de amortização proporcionalmente. Os cancelamentos processados após a data-limite do faturamento são refletidos no período de faturamento subsequente. Os encargos de compromisso deixam de ser aplicados sobre o montante cancelado a partir da data do cancelamento.

7.4 Faturamento eletrônico (e-Billing)

257. O Banco oferece o envio dos demonstrativos do faturamento do serviço da dívida por meio eletrônico. O envio dos demonstrativos por meio eletrônico é mais eficiente e não prejudica o meio ambiente, ao substituir a impressão e envio de demonstrativos em papel.

258. Para inscrever-se no faturamento eletrônico, o representante autorizado do mutuário, identificado no acordo de financiamento, precisa assinar um acordo de faturamento eletrônico. No prazo de duas semanas após o recebimento do acordo, o Banco dará início ao envio do

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demonstrativo de faturamento eletrônico em formato seguro, por email, para os contatos do mutuário no Client Connection, bem como para outras pessoas conforme venha a ser solicitado. Na primeira vez em que um usuário recebe uma fatura eletrônica (e-Bill), ele deve criar uma conta e senha, que serão usadas para ter acesso às faturas eletrônicas seguintes. Os mutuários podem contactar [email protected] caso estejam interessados em optar pelo faturamento eletrônico.

7.5 Relatórios sobre a gestão do serviço da dívida no Client Connection

259. A guia Country Analytics (Dados Analíticos do País) no Client Connection contém relatórios com as seguintes informações, que os mutuários podem consultar e usar como ferramentas na gestão dos aspectos do serviço da dívida das suas carteiras (Figura 18).

Figura 16. Relatórios sobre a gestão do serviço da dívida no Client Connection

Nota: Países HIPC = Países Pobres Muito Endividados; PPF = Mecanismo de Preparação de Projetos.

Dado

s Ana

lític

os d

o Pa

ís Histórico do empréstimo

Oferece a data valor, o montante e a moeda do recebimento, a situação do empréstimo, o montante faturado, o montante com contrapartida e o montante sem contrapartida. Os detalhes se baseiam na data de vencimento.

Cronograma de amortizaçãoDetalha e calcula o montante de cada pagamento periódico sobre a duração do empréstimo a ser amortizado.

Demonstrativo de faturamentoConsulta e baixa demonstrativos de faturamento conforme a data de vencimento do respectivo empréstimo.

Desembolso líquido e encargosDetalha os desembolsos brutos, os montantes das amortizações, os desembolsos líquidos, os encargos e as taxas de cada empréstimo. Estão disponíveis diversos tipos de agregação.

Relatório do serviço da dívida estimada

Oferece estimativas dos pagamentos futuros do principal e dos juros previstos para os empréstimos que estão sendo desembolsados. O alívio da dívida concedido aos países HIPC e os PPF não estão incluídos neste relatório.

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8. Mora e política de sanções 260. Quando um mutuário deixa de pagar o serviço da dívida de seus empréstimos, créditos ou

adiantamentos para preparação de projetos (PPAs) nas datas de vencimento, o Banco tem a opção de suspender imediatamente os desembolsos de todos os empréstimos e créditos para o mutuário. A prática atual do Banco é a adoção de uma abordagem gradual, por meio de lembretes, incentivos e sanções. São enviados lembretes aos mutuários inadimplentes no 5º e no 15º dia após a data do vencimento. São enviadas notificações no primeiro dia útil após o 30º, 35º e 45º dia, informando o mutuário das sanções aplicadas em cada etapa da situação de mora e da suspensão dos desembolsos que ocorrerá no 60º dia.

261. Quando um evento não relacionado a pagamentos constitui a base para a suspensão, o Banco determina caso a caso se deve suspender os desembolsos de um empréstimo. O Banco pode decidir suspender os desembolsos a partir de uma data especificada ou avisar o mutuário de que a suspensão ocorrerá a não ser que o mutuário tome determinadas medidas corretivas até uma data especificada. A maioria, mas nem todas, as suspensões não relacionadas a pagamentos ocorrem porque um mutuário ou outra parte contratante deixa de cumprir o disposto nos termos de um empréstimo, projeto ou outros acordos pertinentes.

8.1 Lembretes e sanções por mora — 5, 15, 30, 45, 60 e 90 dias, e 6 meses

262. A Tabela 16 apresenta uma lista dos lembretes e sanções usados quando os pagamentos dos empréstimos estão em mora.

Tabela 13. Lembretes e sanções por mora

Gatilho Medida

5 a 15 dias em mora (lembrete)

O Banco notifica o mutuário do montante em mora e das medidas que podem ser tomadas caso a mora persista por mais de 30 dias após a data de vencimento.

30 dias em mora (sanções)

O Banco informa o mutuário de que, se o pagamento ficar 30 dias em mora, as seguintes medidas serão tomadas:

• O mutuário perderá o direito a qualquer isenção de juros aplicável. • Nenhum empréstimo novo será apresentado à Diretoria Executiva para

aprovação. • Nenhum acordo relativo a empréstimos previamente aprovados será

assinado.

35 dias em mora (perda da isenção)

O Banco informa ao mutuário que este perdeu o direito à isenção parcial de juros nos respectivos empréstimos do BIRD. A perda da isenção ocorre quando os pagamentos estão 30 dias em mora, mas a notificação é enviada no 35º dia.

45 dias em mora (sanções)

O Banco informa o país e o mutuário de que, a menos que sejam efetuados todos os pagamentos pendentes, inclusive os que vencerem naquela data, serão tomadas as seguintes medidas:

• Não serão apresentados à Diretoria para aprovação novos empréstimos ao país ou por ele garantidos.

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Gatilho Medida

• Não será assinado nenhum acordo relacionado a empréstimos ao país ou por ele garantidos, previamente aprovados.

• O fiador perde o direito a qualquer isenção da cobrança de juros aplicáveis.

50 dias em mora O Banco informa o fiador de que este perdeu o direito a qualquer isenção parcial de juros do BIRD em todos os empréstimos garantidos por ele.

53 dias em mora (notificação)

O Banco informa os cofinanciadores do projeto e os bancos de desenvolvimento regional pertinentes acerca da suspensão iminente.

60 dias em mora (sanções)

O Banco informa os mutuários e o país de que uma suspensão dos desembolsos está em vigor, além de notificar a Diretoria Executiva. A critério do Banco, a notificação pode especificar os itens que estão isentos da suspensão.

90 dias, cancelamento após a suspensão

Após 90 dias de suspensão contínua, o Banco elabora uma notificação recomendando o cancelamento de todos os saldos não desembolsados.

Seis meses em mora (situação de improdutivo)

Quando os pagamentos do serviço de um empréstimo ou crédito para o desenvolvimento alcançam seis meses em mora (especificamente, na data em que o segundo pagamento consecutivo do serviço deixa de ser pago), o Banco envia uma notificação ao país membro. Uma notificação formal também é enviada à Diretoria Executiva no prazo de dois dias após essa data (conhecida como data de ativação) e um comunicado pode ser distribuído à imprensa. Informações sobre os mutuários cujos pagamentos de empréstimos estão há mais de seis meses em mora são incluídas nas demonstrações financeiras do Banco.

8.2 Encargos por pagamentos em atraso

263. De acordo com as novas condições de preço do BIRD, os empréstimos assinados a partir de 27 de setembro de 2007, não se qualificam a receber isenções de encargos. Para preservar o incentivo ao cumprimento oportuno do serviço da dívida dos empréstimos do BIRD, um encargo de 50 pontos-base por atraso no pagamento é aplicado aos pagamentos do principal recebidos 30 dias após a data de vencimento.

264. Se um montante permanecer em mora por um período de 30 dias, o mutuário poderá pagar uma taxa de juros mais alta (chamada de taxa de juros de inadimplência) sobre o montante do principal em mora até que o montante em mora seja pago integralmente. Essa taxa de juros mais alta substitui a taxa de juros especificada no acordo de financiamento. Os juros se acumulam à taxa de juros de inadimplência a partir do 31º dia após a data em que o montante entra em mora. Os juros são pagáveis semestralmente, em atraso, na data de cada pagamento.

265. Se os juros fossem pagáveis a uma taxa variável antes que a taxa de juros de inadimplência fosse aplicada, a taxa de juros de inadimplência seria a taxa variável de inadimplência mais 0,5%, conforme o exemplo abaixo:

LIBOR + spread fixo + 0,5%

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Se os juros fossem pagáveis a uma taxa variável baseada em uma taxa de referência fixa e em um spread variável, então a taxa de inadimplência seria igual à taxa de referência de inadimplência mais o spread variável mais 0,5%, conforme o exemplo a seguir:

LIBOR + spread variável + 0,5%

266. Se os juros fossem pagáveis a uma taxa fixa antes que a taxa de juros de inadimplência fosse aplicada, a taxa de juros de inadimplência seria a taxa de referência de inadimplência mais o spread fixo mais 0,5%, como segue:

LIBOR + spread fixo no momento da assinatura do empréstimo + 0,5%

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9. Isenção parcial dos encargos dos empréstimos

267. Em 27 de setembro de 2007, a Diretoria Executiva aprovou a eliminação do sistema de isenção, a retirada da taxa de compromisso e a adoção de uma pequena taxa inicial. Essas alterações no nível de preços do BIRD aplicam-se aos empréstimos-padrão assinados a partir de 27 de setembro de 2007. Em 11 de fevereiro de 2014, a Diretoria Executiva reinstituiu a taxa de compromisso. Essa mudança se aplica a todos os empréstimos-padrão com data de convite para negociação posterior a 30 de junho de 2014 e aos empréstimos com data de convite para negociação anterior a 30 de junho de 2014, mas aprovados após 30 de setembro de 2014. Por causa das mudanças nas políticas de preço, um mutuário pode ter uma combinação de empréstimos antigos (com isenção) e empréstimos novos (sem isenção) na sua carteira pendente de reembolso. A Tabela 17 relaciona os encargos e isenções aplicáveis aos empréstimos do BIRD.

Tabela 14. Encargos e isenções correntes aplicáveis aos empréstimos do BIRD

Empréstimos do BIRD assinados antes de 27 de setembro de 2007

Empréstimos do BIRD assinados de 27 de setembro de 2007 em diante

Com convite para negociação antes de 31 de julho de

1998

Com convite para negociação de 31 de julho de 1998

em diante

Com convite para negociação até 30 de

junho de 2014 e aprovado até 30 de setembro de 2014

Com convite para negociação de 30 de

junho de 2014 em diante ou aprovado

após 30 de setembro de 2014

Isenção de juros

0,05% para os mutuários que pagarem no prazo

0,25% para os mutuários que pagarem no prazo

Não se aplica Não se aplica

Isenção da taxa de compromisso

Isenção incondicional de 0,50% a.a. para todos os mutuários

Isenção incondicional de 0,50% a.a. para todos os mutuários

Não se aplica Não se aplica

Nota: BIRD = Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento; ao ano. a. Empréstimo assinado antes de 16 de maio de 2007, ou assinados entre 16 de maio e 27 de setembro de 2007, em que os mutuários optaram por não converter as condições dos seus empréstimos para as condições dos novos empréstimos adotadas em 27 de setembro de 2007.

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9.1 Aplicabilidade

9.1.1 Empréstimos assinados de 27 de setembro de 2007 em diante

268. Em conformidade com as novas condições de preço do BIRD, os empréstimos assinados de 27 de setembro em diante (e os empréstimos assinados entre 16 de maio e 27 de setembro de 2007 que foram convertidos para as condições dos novos empréstimos) não se qualificam à isenção de encargos. Esses empréstimos fazem jus a uma redução do spread do empréstimo contratual, da taxa inicial e do encargo de compromisso. Além disso, para preservar o incentivo ao cumprimento oportuno do serviço da dívida dos empréstimos do BIRD, um encargo por mora de 50 pontos-base é aplicado aos pagamentos do principal recebidos 30 dias após a data de vencimento. Os detalhes sobre os encargos por atraso nos pagamentos podem ser consultados na seção 8.2.

9.1.2 Empréstimos assinados antes de 27 de setembro de 2007

269. Os empréstimos assinados antes de 27 de setembro de 2007 e que não tenham sido convertidos para as condições dos novos empréstimos estão sujeitos às condições antigas. No caso desses empréstimos, o Banco pode dispensar uma parcela dos encargos do empréstimo aplicáveis em um exercício. Entretanto, os empréstimos assinados entre 16 de maio e 27 de setembro de 2007 e alterados de acordo com as novas condições de preço não fazem jus a essas dispensas.

270. As isenções estão sujeitas à aprovação da Diretoria Executiva e se baseiam na revisão anual da renda líquida do BIRD. Uma isenção dos encargos se aplica a todos esses empréstimos do BIRD, exceto aos Empréstimos para Políticas Especiais de Desenvolvimento (SDPFs). Os mutuários são notificados a respeito da taxa de isenção aplicável no início de cada exercício. As isenções parciais se aplicam a todos os períodos de pagamento com início dentro do exercício para o qual as isenções forem aprovadas.

271. Se uma isenção não for aprovada para um determinado exercício, o encargo específico referente àquele exercício reverterá para a taxa contratual do acordo de financiamento. As isenções de encargos de compromisso são expressas e acumuladas em uma convenção real de 365 ou 366 dias, ao passo que as isenções dos encargos de juros seguem a mesma convenção dos juros. O montante da isenção é refletido no demonstrativo de faturamento do empréstimo.

9.2 Qualificação

9.2.1 Isenção de encargos de compromisso

272. Todos os empréstimos (exceto os SDPFs) assinados antes de 27 de setembro de 2007, de acordo com as antigas condições de preço, se qualificam à isenção do encargo de compromisso, seja qual for o desempenho do pagamento.

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9.2.2 Isenção de juros

273. A qualificação à isenção parcial de juros é restrita aos mutuários que tenham efetuado pagamentos integrais do principal e dos encargos relativos a todos os seus empréstimos em até 30 dias corridos a partir das datas de vencimento durante os seis meses anteriores. Todos os empréstimos do BIRD assinados antes de 27 de setembro de 2007, nos termos das antigas condições de preço, se qualificam à isenção parcial de juros, exceto os SDPFs, os empréstimos de fundo mútuo (CPL) e os empréstimo de fundo mútuo em uma só moeda que tenham sido transformados em empréstimos variáveis baseados na LIBOR ou em empréstimos de taxa fixa. A política de isenção parcial de juros não se aplica a encargos sobre os saques do PPA.

274. Se um pagamento no âmbito de um empréstimo concedido a um mutuário não for recebido pelo BIRD no prazo de 30 dias corridos a partir da data de vencimento, todos os empréstimos que se qualificaram a uma isenção parcial de juros para o mutuário perderão essa qualificação. Essa perda do direito à isenção se manterá em vigor até um novo período de qualificação de seis meses com registro de pagamento integral e tempestivo (no prazo de 30 dias a partir da data de vencimento). Se um empréstimo concedido a um país membro, ou por ele garantido, ficar em mora por mais de 45 dias, todos os empréstimos garantidos pelo fiador perderão a qualificação à isenção parcial dos encargos de juros. A perda do direito à isenção não tem relação com a condição de qualificação de cada empréstimo e permanecerá em vigor até que todos os montantes em mora e pendentes de reembolso de todos os empréstimos tenham sido pagos.

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10. Pagamentos antecipados 275. Em uma data aceitável para o Banco, os mutuários têm o direito de pagar antecipadamente,

antes do vencimento:

• O saldo total do principal pendente de reembolso do empréstimo, ou

• A totalidade do montante do principal de um ou mais vencimentos do empréstimo, conforme discutido mais abaixo nesta seção.

276. O BIRD pode cobrar um prêmio pelo pagamento antecipado, que dependerá do tipo de empréstimo específico.74

277. O mutuário deve notificar o Banco, com pelo menos 45 dias de antecedência, da sua intenção de amortizar qualquer montante antes da data de vencimento do empréstimo. Esse aviso com antecedência é necessário para que o Banco Mundial possa fornecer ao mutuário o cálculo detalhado do montante do pagamento antecipado.

10.1 Empréstimos do BIRD

278. Os pagamentos antecipados parciais de FSLs e IFLs com spread fixo são aplicados da maneira especificada pelo mutuário. Na ausência de qualquer especificação por parte do mutuário, os pagamentos antecipados podem ser aplicados das duas formas descritas abaixo:

• Se o acordo de financiamento prevê a amortização separada de montantes desembolsados especificados do principal, esse pagamento antecipado será aplicado na ordem inversa dos referidos montantes desembolsados, com base na data de saque. Em outras palavras, o montante desembolsado sacado pela última vez é pago primeiro. Em seguida, o pagamento antecipado é aplicado com base na data de vencimento (em cada parcela de crédito, o montante a ser pago será aplicado na ordem inversa do vencimento, começando pela data de vencimento mais recente), como no caso dos FSLs vinculados aos desembolsos.

• Em todos os demais casos (ou seja, os FSLs vinculados ao compromisso), o pagamento antecipado será aplicado na ordem inversa do vencimento do empréstimo, com o vencimento mais recente pago primeiro.

279. O BIRD pode cobrar um prêmio pelo pagamento antecipado para cobrir o custo para o Banco de redistribuir os recursos pagos antecipadamente. O cálculo desse custo de redistribuição para a totalidade ou parte do FSL que ainda não foi convertido é feito conforme detalhado nos parágrafos a seguir.

74 Consulte OP 3.10, Anexo B, Pagamento antecipado de empréstimos do BIRD, em www.worldbank.org http://web.worldbank.org/WBSITE/EXTERNAL/PROJECTS/EXTPOLICIES/EXTOPMANUAL/0,,contentMDK:20066338~isCURL:Y~menuPK:4564185~pagePK:64709096~piPK:64709108~theSitePK:502184,00.html

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10.1.1 Empréstimos não convertidos

280. Se o mutuário optar por pagar um empréstimo que não tenha sido covertido por meio de uma conversão de juros ou de moeda, o prêmio pelo pagamento antecipado é determinado da seguinte forma:

• Etapa 1. O montante do prêmio pelo pagamento antecipado se baseia na diferença entre o spread fixo exigível sobre o empréstimo pago antecipadamente e o spread fixo em vigor para o empréstimo de spread fixo na moeda do empréstimo pertinente na data do pagamento antecipado.

• Etapa 2. O valor atualizado do fluxo de custos para o Banco é computado usando a diferença na base do custo calculada na etapa 1 e depende dos vencimentos a serem pagos antecipadamente. A taxa de desconto usada no cálculo do valor atualizado é a base de custo prevalecente para os empréstimos, ajustada pelo custo do swap básico. Esse cálculo do valor atualizado leva em conta as taxas de mercado correntes e o spread fixo em vigor para esses empréstimos na moeda do empréstimo inicial na data do pagamento antecipado.

• Etapa 3. O valor atualizado calculado na etapa 2 é o prêmio que o Banco cobra do mutuário. Se o valor atualizado calculado na etapa 2 for negativo ou zero, não haverá cobrança de encargos.

10.1.2 Empréstimos convertidos

281. Caso tenha sido feita a conversão do empréstimo que está sendo pago antecipadamente e a conversão ainda não tenha terminado no momento do pagamento antecipado, o mutuário ou o Banco Mundial pagará o seguinte:

• Prêmio pelo pagamento antecipado. Esse prêmio é pago em função do empréstimo de taxa flutuante subjacente, conforme descrito na seção anterior sobre empréstimos não convertidos.

• Quantia de cancelamento. Baseia-se na anulação antecipada da conversão, se for o caso. O Banco Mundial poderá ter feito a conversão em questão por meio da celebração de uma transação de hedge com uma contraparte do mercado ou por meio da aplicação de uma taxa de cotação (nas circunstâncias descritas nas Diretrizes para Conversão).75 Em ambos os casos, uma quantia de cancelamento poderá ser exigida pelo Banco Mundial ou pelo mutuário, uma vez que o Banco Mundial teria assumido uma posição para efetuar a conversão que teria de ser revertida devido ao pagamento antecipado de um empréstimo.

• Taxa de transação. Para cancelar cada conversão, será cobrada do mutuário uma taxa de transação. Essa taxa é aplicada ao montante do principal que está sendo pago antecipadamente. Informações sobre a taxa de transação podem ser consultadas no website da Tesouraria.76

75 http://treasury.worldbank.org/bdm/pdf/ConversionGuidelines.6thEdition.0402014.pdf 76 http://treasury.worldbank.org/

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10.1.3 Política de pagamento antecipado dos VSLs e IFLs com spread variável

282. O BIRD cobra um prêmio pelo pagamento antecipado com base no custo da redistribuição do montante a ser pago antecipadamente desde a data do pagamento antecipado até a data do vencimento. O spread total sobre um VSL ou IFL de spread variável consiste em um spread de empréstimo contratual77 e uma margem de custo variável. O montante do prêmio pelo pagamento antecipado se baseia na diferença entre o spread de empréstimo contratual do empréstimo em questão pago antecipadamente e o spread de empréstimo contratual em vigor para os VSLs, na moeda do empréstimo pago antecipadamente, na data do pagamento antecipado. O Artigo III, seção 3.04 das Condições Gerais,78 aplicável aos VSLs e IFLs de spread variável, dispõe que o prêmio exigível sobre o pagamento antecipado de qualquer vencimento será um montante definido em bases razoáveis pelo Banco para representar o custo para o Banco de redistribuir o montante a ser pago antecipadamente desde a data do pagamento antecipado até a data do vencimento.

283. O spread sobre os VSLs ou sobre os IFLs de spread variável contém uma margem variável reajustada a cada seis meses com base na média ponderada da margem de custo da dívida alocada aos VSLs e aos IFLs de spread variável. Segundo as práticas correntes, o cálculo do custo de redistribuição resultante da diferença das margens variáveis resultaria em um montante de minimis a ser pago ao Banco Mundial. Essa cobrança desprezível é igual à diferença de spreads para o período entre a data do pagamento antecipado e a data do próximo pagamento de juros. Como esse montante provavelmente não é significativo, segundo as práticas correntes, a diferença na margem variável do VSL e do IFL de spread variável não é incluída no cálculo do prêmio pelo pagamento antecipado. Os montantes pagos antecipadamente são aplicados primeiramente aos últimos vencimentos do empréstimo, ou seja, é usada uma abordagem de baixo para cima.

10.2 Créditos da AID para o desenvolvimento

284. De acordo com as Condições Gerais79 aplicáveis aos créditos da AID, seção 5.1, o mutuário tem o direito de amortizar, antes do vencimento, a totalidade ou uma parcela do montante principal de um ou mais vencimentos do crédito especificado pelo mutuário. Atualmente, não são cobrados encargos do prêmio pelo pagamento antecipado regular de créditos da AID. Segundo o quadro de políticas para pagamentos voluntários antecipados da AID, os países que já não precisam dos créditos regulares da AID e optam por pagar antecipadamente seus créditos pendentes de reembolso recebem um desconto sobre o principal a ser pago, desde que certas condições sejam cumpridas. Consulte mais detalhes na seção 2.2.6, sobre pagamentos antecipados voluntários no âmbito dos créditos da AID para o desenvolvimento.

77 Aprovado pela Diretoria Executiva periodicamente; http://www.treasuryworldbank.org 78 http://siteresources.worldbank.org/BRAZILINPOREXTN/Resources/3817166-1242680408578/General_Conditions.pdf 79 http://siteresources.worldbank.org/BRAZILINPOREXTN/Resources/3817166-1242680408578/General_Conditions.pdf

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10.2.1 Condições e procedimentos para o pagamento antecipado de empréstimos

285. Os mutuários podem entrar em contato com a unidade de Serviços para Clientes de Empréstimos do BIRD para consultar sobre o pagamento antecipado de um empréstimo. Mediante solicitação do mutuário, essa unidade pode enviar uma estimativa do prêmio pelo pagamento antecipado e de outros encargos em que incorrerão caso optem por pagar o empréstimo antecipadamente. O prêmio e os encargos efetivos a serem pagos após o pagamento antecipado podem diferir das estimativas fornecidas.

286. Os links abaixo podem ser usados para acessar os formulários de pagamento antecipado e precisam ser preenchidos e enviados ao Banco para iniciar o processo.

• Formulário para pedido de pagamento antecipado de créditos da AID: https://clientconnection.worldbank.org/borrowersportal/e-forms/pdf/2378.pdf

• Formulário para pedido de pagamento antecipado de empréstimos do BIRD: https://clientconnection.worldbank.org/borrowersportal/e-forms/pdf/2377-1.pdf

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