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Manual de ECG Barbara Aehlert, MSEd, BSPA, RN 6 a Edição Tradução da Manual de ECG

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Page 1: Manual de ECG - Amazon Web Services · 2019-07-08 · Tradução de: Pocket guide for ECGs made easy, sixth edition Inclui índice ISBN 978-85-352-9160-5 1 . Eletrocardiograma - Manuais,

Manual de ECG, 6ª Edição, é o guia de acesso rápido a informações essenciais sobre ECG que reflete as diretrizes de ressuscitação e de atendimento cardiovascular de emergência da American Heart Association (AHA). E aborda os pontos-chave e diversos traçados de ECG para ajudar na identificação e interpretação das arritmias básicas com precisão. Cada arritmia abordada inclui uma breve descrição, um resumo das características do ritmo cardíaco e um exemplo de traçados eletrocardiográficos. Ricamente ilustrado, layout colorido, facilidade de leitura e com estilo baseado em uma conversa, esta referência portátil torna a informação essencial fácil de encontrar e de compreender.

- A conformidade com os parâmetros da AHA garante que as informações deste guia de bolso reflitam as diretrizes de ressuscitação e de atendimento cardiovascular de emergência da American Heart Association. - A maior abordagem da monitorização ambulatorial fornece uma orientação mais aprofundada nesta área crítica.- Diversas tabelas, quadros e ilustrações coloridas destacam e resumem as principais informações.

Manual deECG

Barbara Aehlert, MSEd, BSPA, RN

6a Edição

Tradução da

Aehlert

Classificações de Arquivo RecomendadasCardiologia Eletrocardiologia Emergência

Manual de ECG

Manual de ECG

6aEdição

6a Edição

www.elsevier.com.brConsulte nosso catálogo completo e últimos lançamentos em www.elsevier.com.br

Barbara Aehlert, MSEd, BSPA, RN, é enfermeira registrada há mais de 40 anos, com experiência clínica em enfermagem médica/cirúrgica, enfermagem em cuidados intensivos, educação pré-hospitalar e educação em enfermagem. Barbara é uma instrutora ativa de RCP e ACLS com um interesse especial em ensinar reconhecimento básico de arritmias e ACLS para enfermeiros e paramédicos.

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MANUAL DE ECG

Barbara Aehlert, MSEd, BSPA, RN

Sexta Edição

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© 2019 Elsevier Editora Ltda. Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei n o 9.610 de 19/02/1998. Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográfi cos, gravação ou quaisquer outros. ISBN: 978-85-352-9160-5 ISBN versão eletrônica: 978-85-352-9161-2 POCKET GUIDE FOR ECGs MADE EASY, SIXTH EDITION Copyright © 2018 by Elsevier, Inc. All rights reserved. This translation of Pocket Guide for ECGs Made Easy, Sixth Edition, by Barbara Aehlert, MSEd, BSPA, RN was undertaken by Elsevier Editora Ltda. and is published by arrangement with Elsevier Inc. Esta tradução de Pocket Guide for ECGs Made Easy, Sixth Edition, by Barbara Aehlert, MSEd, BSPA, RN foi produzida por Elsevier Editora Ltda. e publicada em conjunto com Elsevier Inc. ISBN: 978-0-323-40129-6 Previous editions copyrighted 2013, 2011, 2006, 2002, 1995. Capa Vinicius Dias Editoração Eletrônica Thomson Digital Elsevier Editora Ltda. Conhecimento sem Fronteiras Rua da Assembléia, n° 100 – 6° andar 20011-904 – Centro – Rio de Janeiro – RJ – Brasil Av. Dr. Chucri Zaidan, n° 296 – 23° andar 04583-110 – Brooklin – São Paulo – SP – Brasil Serviço6 de Atendimento ao Cliente 0800 026 53 40 [email protected] Consulte nosso catálogo completo, os últimos lançamentos e os serviços exclusivos no site www.elsevier.com.br

NOTA Esta tradução foi produzida por Elsevier Brasil Ltda. sob sua exclusiva responsabilidade. Médicos e pesquisadores devem sempre fundamentar-se em sua experiência e no próp-rio conhecimento para avaliar e empregar quaisquer informações, métodos, substâncias ou experimentos descritos nesta publicação. Devido ao rápido avanço nas ciências médicas, particularmente, os diagnósticos e a posologia de medicamentos precisam ser verifi cados de maneira independente. Para todos os efeitos legais, a Editora, os autores, os editores ou co-laboradores relacionados a esta tradução não assumem responsabilidade por qualquer dano/ou prejuízo causado a pessoas ou propriedades envolvendo responsabilidade pelo produto, negligência ou outros, ou advindos de qualquer uso ou aplicação de quaisquer métodos, produtos, instruções ou ideias contidos no conteúdo aqui publicado.

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃOSINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJA191m6. ed.

Aehlert, BarbaraManual de ECG / Barbara Aehlert ; [tradução Pedro Vieira Linhares,

Thatiane Facholi] ; [revisão cientifi ca Pedro Vieira Linhares]. - 6. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2019.

Tradução de: Pocket guide for ECGs made easy, sixth editionInclui índiceISBN 978-85-352-9160-51 . Eletrocardiograma - Manuais, guias, etc. 2. Coração - Doenças -

Diagnóstico. I. Linhares, Pedro Vieira. II. Facholi, Thatiane. III. Título.19-56014 CDD: 616.1207547 CDU: 616.12-073.7Leandra Felix da Cruz - Bibliotecária - CRB-7/6135

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Tradução e Revisão Científi ca

Coordenação da Revisão Científica

Sergio Timerman Doutor em Cardiologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de

São Paulo (FMUSP) Diretor do Centro de Treinamento e Time de Resposta Rápida do Ins-

tituto do Coração (InCor) do HC-FMUSP Ex-Presidente da Fundação Interamericana do Coração Introdutor no Brasil dos cursos BLS, ACLS, PALS Fellow do American College of Physician, American College of Cardio-

logy, American Heart Association, European Resuscitation Council e European Society of Cardiology

Natali Schiavo Giannetti Clínica Médica pela Escola Paulista de Medicina Cardiologista pelo InCor/SBC Médica Assistente do Centro de Treinamento e Simulação em Emer-

gências Cardiovasculares (LTSEC) do InCor Coordenação de cursos AHA de Suporte Avançado de Vida em Cardio-

logia e Time de Resposta Rápida do InCor

Tradução e Revisão Científica

Pedro Vieira Linhares (Tradução e Revisão Científi ca dos Capítulos 2 a 9 e Índice)

Cardiologista pelo InCor/SBC Fellow em Arritmia, Eletrofi siologia e Estimulação Cardíaca Artifi cial

no InCor

Th atiane Facholi Polastri (Tradução do Capítulo 1) Enfermeira mestranda em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da USP Especialista em Cardiologia InCor HCFMUSP Coordenadora dos cursos

de Suporte Básico de Vida do Laboratório de Treinamento e Simulação em Emergências Cardiovasculares do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas, Faculdade de medicina da Universidade de São Paulo

Instrutora dos cursos de Suporte Básico e Avançado de Vida da American Heart Association

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Prefácio

Este guia de bolso é um manual prático e fácil de usar para a interpretação de arritmias básicas. Tem a intenção de acompanhar a sexta edição do Manual de ECG . Nesta referência, incluímos uma breve descrição da maioria dos ritmos discutidos no livro didático. Cada descrição é apresentada com um resumo das características do ritmo e uma tira eletrocardiográfi ca de amostra.

Todas as tiras eletrocardiográfi cas foram gravadas na derivação DII, salvo indicação em contrário. Os sinais e sintomas associados a cada rit-mo, bem como as opções de tratamento, são descritos no Manual de ECG . Fizemos todos os esforços para fornecer informações consistentes com a literatura atual, incluindo as diretrizes mais recentes sobre reanimação.

Espero que você ache este guia de bolso útil e desejo-lhe sucesso em seus estudos e trabalho.

Atenciosamente, Barbara Aehlert

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Agradecimentos

Gostaria de agradecer aos revisores do manuscrito do Manual de ECG , sexta edição. Seus comentários e sugestões ajudaram a reescrever, reor-ganizar e esclarecer esse conteúdo.

Também gostaria de agradecer aos seguintes profi ssionais de saúde, que forneceram as tiras eletrocardiográfi cas usadas neste livro: Andrew Baird, CEP; James Bratcher; Joanna Burgan, CEP; Holly Button, CEP; Gretchen Chalmers, CEP; Th omas Cole, CEP; Brent Haines, CEP; Paul Honeywell, CEP; Timothy Klatt, RN; Bill Loughran, RN; Andrea Lowrey, RN; Joe Martinez, CEP; Stephanos Orphanidis, CEP; Jason Payne, CEP; Steve Ruehs, CEP; Patty Seneski, RN; David Stockton, CEP; Jason Stodg-hill, CEP; Dionne Socie, CEP; Kristina Tellez, CEP; e Fran Wojculewicz, RN.

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Sobre a Autora

Barbara Aehlert, MSEd, BSPA, RN, é enfermeira registrada há mais de 40 anos, com experiência clínica em enfermagem médica/cirúrgica, enfermagem em cuidados intensivos, educação pré-hospitalar e educação em enfermagem. Barbara é uma instrutora ativa de RCP e ACLS com um interesse especial em ensinar reconhecimento básico de arritmias e ACLS para enfermeiros e paramédicos.

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Sumário

Capítulo 1 Anatomia e Fisiologia, 1

Capítulo 2 Eletrofi siologia Básica, 13

Capítulo 3 Mecanismo Sinusal, 36

Capítulo 4 Ritmos Atriais, 42

Capítulo 5 Ritmos Juncionais, 53

Capítulo 6 Ritmos Ventriculares, 60

Capítulo 7 Bloqueios Atrioventriculares, 69

Capítulo 8 Ritmos de Marca-passo, 77

Capítulo 9 Introdução ao ECG de 12 Derivações, 83

Índice, 92

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6 Ritmos Ventriculares

Quando um foco ectópico dentro de um ventrículo assume a responsa-bilidade pela estimulação do coração, o impulso elétrico contorna a via de condução intraventricular normal. Isso resulta em estimulação dos ventrículos em momentos ligeiramente diferentes. Como resultado, os batimentos e ritmos ventriculares geralmente apresentam complexos QRS com forma anormal e maior duração (p. ex., maior que 0,11 segundo). Se os átrios são despolarizados após os ventrículos, ondas P retrógradas podem ser observadas.

Como a despolarização ventricular é anormal, a repolarização ven-tricular também é anormal e resulta em alterações nos segmentos ST e nas ondas T. As ondas T geralmente estão em uma direção oposta à do complexo QRS; se a defl exão do QRS maior é negativa, o segmento ST é geralmente elevado e a onda T é positiva (i.e., vertical). Se a defl exão do QRS maior for positiva, o segmento ST geralmente está deprimido e a onda T geralmente é negativa (i.e., invertida). Ondas P geralmente não são vistas com arritmias ventriculares, mas se elas são visíveis, elas não têm relação consistente com o complexo QRS.

COMPLEXOS VENTRICULARES PREMATUROS OU EXTRASSÍSTOLES VENTRICULARES Um complexo ventricular prematuro ou extrassístole ventricular (EV) surge de um foco irritável dentro de qualquer ventrículo. Por defi nição, uma EV é prematuro , ocorrendo mais cedo do que a próxima batida sinusal esperada. A forma do QRS de uma EV depende da localização do foco irritável dentro dos ventrículos ( Fig. 6.1 ). A largura do QRS de uma EV é tipicamente de 0,12 segundo ou mais porque a EV faz com que os ventrículos disparem prematuramente e de maneira anormal ( Fig. 6.2 ). A onda T geralmente se move na direção oposta à do complexo QRS.

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61Capítulo 6 Ritmos Ventriculares

As características gerais das extrassístoles ventriculares (EEVV) incluem o seguinte:

Ritmo Irregular por causa dos batimentos prematuros; se a EV for uma EV interpolada, o ritmo será regular

Frequência Geralmente dentro da faixa normal, mas depende do ritmo subjacente

Ondas P Geralmente ausente ou, com condução retrógrada para os átrios, pode aparecer após o QRS (geralmente no segmento ST ou onda T)

Intervalo PR Nenhum com EV porque o batimento ectópico se origina nos ventrículos

Complexo QRS

Geralmente 0,12 segundo ou mais; a onda T geralmente é na direção oposta do complexo QRS

A maioria dos pacientes com EEVV não requer tratamento com medicações antiarrítmicas; em vez disso, o tratamento de EEVV se con-centra na busca e no tratamento de causas potencialmente reversíveis. Por exemplo, forneça segurança ao paciente que está reclamando de palpitações enquanto procura por possíveis gatilhos para suas EEVV (p. ex., ingestão excessiva de cafeína, uso de nicotina, estresse emocional).

derivação V1 derivaçãoV1

BA

Fig. 6.1 A, Extrassístole ventricular (EV) do ventrículo direito. A propagação da despolarização é da direita para a esquerda, longe do eletrodo positivo na derivação V 1 , resultando em um complexo QRS amplo e negativo nesta derivação. B, EV do ventrículo esquerdo. A propagação da despolarização é da esquerda para a direita, em direção ao eletrodo positivo na derivação V 1 . O complexo QRS é largo e amplo. (De Urden LD, Stacy KM, Lough ME: Critical care nursing , ed 7, St. Louis, 2014, Mosby.)

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Manual de ECG62

BATIMENTO DE ESCAPE VENTRICULAR E RITMO DE ESCAPE VENTRICULAR Um batimento de escape ventricular ocorre após uma pausa em que um marca-passo supraventricular não disparou; assim, a batida de escape está atrasada , aparecendo depois da próxima batida sinusal esperada. Uma batida de escape ventricular é um mecanismo de pro-teção , salvaguardando o coração da desaceleração mais extrema ou até assistolia. Um exemplo de batimento de escape ventricular é mostrado na Fig. 6.3 . As características dos batimentos de escape ventricular incluem o seguinte:

II

A

B

C

1 2 3 4 5 6

654321

1 2 3

4

5

6

II

II

Fig. 6.2 Batimentos prematuros ou extrassístoles. A, Ritmo sinusal com extrassítoles atriais (EEAA). O quarto e sexto batimentos são precedidos por ondas P prematuras que parecem diferentes dos batimentos sinusais normalmente conduzidos. Observe que o complexo QRS que segue cada uma dessas EEAA é estreito e idêntico em aparência aos batimentos sinusais. B, Ritmo sinusal com complexos juncionais prematuros (CJPs). O quarto e a sexto batimentos são CJPs. O quarto batimento é precedido por uma onda P invertida com um intervalo PR curto. Não há atividade atrial identifi cável associada ao sexto batimento. C, Ritmo sinusal com extrassístoles ventriculares (EEVV). O quarto e a sexto batimentos são muito diferentes na aparência dos batimentos sinusais normalmente conduzidos. Os batimentos n o 4 e 6 são EEVV. Eles não são precedidos por ondas P. (De Grauer K: A practical guide to ECG interpretation , ed 2, St. Louis, 1998, Mosby.)

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63Capítulo 6 Ritmos Ventriculares

Ritmo Irregular por causa de batimentos tardios; o batimento de escape ventricular ocorre após o próximo batimento sinusal esperado

Frequência Geralmente dentro da faixa normal, mas depende do ritmo subjacente

Ondas P Geralmente ausente ou, com condução retrógrada para os átrios, pode aparecer após o QRS (geralmente no segmento ST ou onda T)

Intervalo PR Nenhum com o batimento de escape ventricular porque o batimento ectópico se origina nos ventrículos

Complexo QRS Geralmente 0,12 segundo ou mais; a onda T geralmente é na direção oposta do complexo QRS

Ritmo idioventricular , também conhecido como ritmo de escape ven-tricular , existe quando três ou mais batimentos de escape ventricular ocorrem em sequência a uma frequência de 20 a 40 batimentos/min. Os complexos QRS observados no ritmo idioventricular são largos e bizarros porque os impulsos começam nos ventrículos, contornando a via de condução normal. Quando a frequência ventricular diminui para menos de 20 batimentos/min, alguns referem-se ao ritmo como um ritmo agônico ou “ coração morrendo ”. Um exemplo de ritmo idioventricular é mostrado na Fig. 6.4 . Características deste ritmo incluem o seguinte:

Ritmo O ritmo ventricular é essencialmente regular

Frequência Frequência ventricular de 20 a 40 batimentos/min

Ondas P Geralmente ausente ou, com condução retrógrada para os átrios, pode aparecer após o QRS (geralmente no segmento ST ou onda T)

Intervalo PR Ausente

Complexo QRSn

Geralmente 0,12 segundo ou mais; a onda T geralmente é na direção oposta do complexo QRS

Se o paciente tiver pulso e for sintomático por causa da frequência lenta, o tratamento deve incluir a aplicação de um oxímetro de pulso e a

Fig. 6.3 Ritmo sinusal com intervalo PR prolongado, complexo atrial prematuro sem condução, batimento de escape ventricular e depressão do segmento ST. (De Chou T, Ramaiah LS: Electrocardiography in clinical practice: Adult and pediatric , ed 4, Philadelphia, 1996, Saunders.)

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Manual de ECG64

administração de oxigênio suplementar, se indicado. Estabelecer acesso intravenoso (IV) e obter um ECG de 12 derivações. Como a frequência ventricular é lenta, a atropina IV pode ser solicitada. Reavalie a resposta do paciente e continue monitorando o paciente. A estimulação trans-cutânea ou uma infusão intravenosa de dopamina ou epinefrina pode ser tentada se a atropina for inefi caz. Se o paciente não estiver respirando e não tiver pulso, apesar do aparecimento de atividade elétrica organizada no monitor cardíaco, existe atividade elétrica sem pulso (AESP). O manejo da AESP deve incluir ressuscitação cardiopulmonar (RCP), fornecimento de oxigênio, acesso venoso, possível posicionamento de uma via aérea avançada e uma busca agressiva pela causa subjacente da situação.

RITMO IDIOVENTRICULAR ACELERADO Um ritmo idioventricular acelerado (RIVA) existe quando três ou mais batimentos ventriculares consecutivos ocorrem em uma frequência de 41 a 100 batimentos/min ( Fig. 6.5 ). RIVA é geralmente considerado um ritmo de escape benigno que aparece quando a frequência sinusal diminui e desaparece quando a frequência sinusal acelera. As características do ECG do RIVA incluem o seguinte:

Ritmo O ritmo ventricular é essencialmente regular

Frequência 41 a 100 (41 a 120 para alguns cardiologistas) batimentos/min

Ondas P Geralmente ausente ou, com condução retrógrada para os átrios, pode aparecer após o QRS (geralmente no segmento ST ou onda T)

Intervalo PR Ausente

Complexo QRS

Geralmente 0,12 segundo ou mais; a onda T geralmente é na direção oposta do complexo QRS

RIVA geralmente não requer tratamento porque o ritmo é protetor e frequentemente transitório, resolvendo espontaneamente por conta própria.

Fig. 6.4 Ritmo idioventricular. (From Aehlert B: ECG study cards , St. Louis, 2004, Mosby.)

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65Capítulo 6 Ritmos Ventriculares

TAQUICARDIA VENTRICULAR Taquicardia ventricular (TV) existe quando três ou mais complexos ven-triculares prematuros sequenciais ocorrem a uma frequência de mais de 100 batimentos/min. A TV pode ocorrer em curto prazo, com duração de menos de 30 segundos e término espontâneo (i.e., TV não sustentada – TVNS). A TV sustentada persiste por mais de 30 segundos e pode requerer intervenção terapêutica para terminar o ritmo. A TV pode ocorrer com ou sem pulso, e o paciente pode ser estável ou instável com esse ritmo.

Taquicardia Ventricular Monomórfica

Quando os complexos QRS da TV são da mesma morfologia e amplitude, o ritmo é chamado TV monomórfi ca ( Fig. 6.6 ). As características do ECG da TV monomórfi ca incluem o seguinte:

Ritmo O ritmo ventricular é essencialmente regular

Frequência 101 a 250 (121 a 250 para alguns cardiologistas) batimentos/min

Ondas P Geralmente não vistas; se presentes, não têm relação defi nida com os complexos QRS (dissociação) que aparecem entre eles a uma frequência diferente daquela da TV

Intervalo PR Ausente

Complexo QRS

Geralmente 0,12 segundo ou mais; a onda T geralmente é na direção oposta do complexo QRS

O tratamento se baseia nos sinais e sintomas do paciente e no tipo de TV. Se o ritmo for TV monomórfi ca (e os sintomas do paciente são causados pela taquicardia): • A RCP e a desfi brilação são usadas para tratar o paciente sem pulso

com TV. • Pacientes estáveis, mas sintomáticos, são tratados com oxigênio (se

indicado), acesso IV e antiarrítmicos ventriculares (p. ex., procainamida,

Fig. 6.5 Ritmo idioventricular acelerado. (De Aehlert B: ECG study cards , St. Louis, 2004, Mosby.)

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Manual de ECG66

amiodarona, sotalol) para suprimir o ritmo. A procainamida deve ser evitada se o doente tiver um intervalo QT prolongado ou sinais de insufi ciência cardíaca. O sotalol também deve ser evitado se o paciente tiver um intervalo QT prolongado.

• Pacientes instáveis (geralmente uma frequência cardíaca sustentada de 150 batimentos/min ou mais) são tratados com oxigênio, acesso IV e sedação (se o paciente estiver acordado e o tempo permitir) seguido de cardioversão elétrica sincronizada. Em todos os casos, uma pesquisa agressiva deve ser feita para a causa

do TV.

Taquicardia Ventricular Polimórfica

Com TV polimórfi ca , os complexos QRS variam em forma e amplitude de batimento a batimento e parecem se torcer com mudança do eixo de positivo para negativo ou de negativo para positivo, lembrando um fuso. A TV polimórfi ca é uma arritmia de gravidade intermediária entre TV monomórfi ca e fi brilação ventricular (FV) ( Fig. 6.7 ). Vários tipos de TV polimórfi ca e suas possíveis causas foram identifi cados.

A TV polimórfi ca tem as seguintes características de ECG:

Ritmo O ritmo ventricular pode ser regular ou irregular

Frequência Frequência ventricular de 150 a 300 batimentos/min; tipicamente 200 a 250 batidas/min

Ondas P Ausentes

Intervalo PR Ausente

Complexo QRS

0,12 segundo ou mais; há uma alteração gradual na amplitude e direção dos complexos QRS; um ciclo típico consiste em 5 a 20 complexos QRS

É melhor procurar uma consulta especializada ao tratar o paciente com TV polimórfi ca, devido aos diversos mecanismos da TV polimór-fi ca, para os quais pode haver ou não pistas sobre sua causa específi ca

Fig. 6.6 Taquicardia ventricular monomórfi ca. (De Aehlert B: ECG study cards , St. Louis, 2004, Mosby.)

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67Capítulo 6 Ritmos Ventriculares

no momento da apresentação do paciente. Em geral, se o paciente for sintomático em decorrência da taquicardia, trate a isquemia (se ela estiver presente), corrija as anormalidades eletrolíticas e interrompa qualquer medicação que o paciente esteja tomando e que prolongue o intervalo QT. Se o paciente estiver estável, o uso de amiodarona IV (se o intervalo QT é normal), magnésio ou betabloqueadores pode ser efi caz, dependendo da causa da TV polimórfi ca. Se o paciente estiver instável ou não tiver pulso, prossiga com a desfi brilação quanto a FV.

FIBRILAÇÃO VENTRICULAR FV é um ritmo caótico que começa nos ventrículos. Em FV, não há des-polarização organizada dos ventrículos. O músculo ventricular treme e, como resultado, não há contração miocárdica efetiva nem pulso. O ritmo resultante parece caótico com defl exões que variam em forma e amplitude ( Fig. 6.7 ). Nenhuma forma de onda de aparência normal é visível. As características do ECG do VF incluem o seguinte:

Ritmo Rápido e caótico sem padrão ou regularidade

Frequência Não pode ser determinada porque não há ondas ou complexos discerníveis para medir

Ondas P Não discernível

Intervalo PR Não discernível

Duração do QRS Não discernível

As prioridades de cuidados em parada cardíaca como resultado de FV ou TV sem pulso são desfi brilação e RCP de alta qualidade. Adminis-trar medicamentos e realizar intervenções adicionais de acordo com as diretrizes atuais de ressuscitação.

B

C

A

1 s

Fig. 6.7 Taquicardia ventricular. A, Derivação mostra taquicardia ventricular monomórfi ca. B, Exemplo de taquicardia ventricular polimórfi ca. C, Exemplo de fi brilação ventricular. Todos os traçados são da derivação V 1 . (De Goldman L, Ausiello DA, Arend W, et al: Cecil medicine , ed 23, Philadelphia, 2007, Saunders.)

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Manual de ECG68

ASSISTOLIA A assistolia, também chamada de parada cardíaca , é uma ausência total de atividade elétrica atrial e ventricular ( Fig. 6.8 ). Não há ritmo atrial ou ventricular, sem pulso e sem débito cardíaco. Se a atividade elétrica atrial estiver presente, o ritmo é chamado de assistolia de onda P ou parada ventricular . As características da assistolia incluem o seguinte: Ritmo Ventricular não discernível; atrial

pode ser discernível

Frequência Ventricular não discernível, mas atividade atrial pode ser observada (i.e., assistolia de onda P)

Ondas P Geralmente não discernível

Intervalo PR Não mensurável

Complexo QRS Ausente

Quando a assistolia é observada em um monitor cardíaco, confi rme se o paciente não está respondendo e se não tem pulso, e então inicie a RCP de alta qualidade. Cuidados adicionais incluem estabelecer o acesso vascular, considerando as possíveis causas da parada e adminis-trar medicamentos e realizar intervenções adicionais de acordo com as diretrizes atuais de ressuscitação.

Fig. 6.8 Assistolia.

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Manual de ECG, 6ª Edição, é o guia de acesso rápido a informações essenciais sobre ECG que reflete as diretrizes de ressuscitação e de atendimento cardiovascular de emergência da American Heart Association (AHA). E aborda os pontos-chave e diversos traçados de ECG para ajudar na identificação e interpretação das arritmias básicas com precisão. Cada arritmia abordada inclui uma breve descrição, um resumo das características do ritmo cardíaco e um exemplo de traçados eletrocardiográficos. Ricamente ilustrado, layout colorido, facilidade de leitura e com estilo baseado em uma conversa, esta referência portátil torna a informação essencial fácil de encontrar e de compreender.

- A conformidade com os parâmetros da AHA garante que as informações deste guia de bolso reflitam as diretrizes de ressuscitação e de atendimento cardiovascular de emergência da American Heart Association. - A maior abordagem da monitorização ambulatorial fornece uma orientação mais aprofundada nesta área crítica.- Diversas tabelas, quadros e ilustrações coloridas destacam e resumem as principais informações.

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Barbara Aehlert, MSEd, BSPA, RN

6a Edição

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Barbara Aehlert, MSEd, BSPA, RN, é enfermeira registrada há mais de 40 anos, com experiência clínica em enfermagem médica/cirúrgica, enfermagem em cuidados intensivos, educação pré-hospitalar e educação em enfermagem. Barbara é uma instrutora ativa de RCP e ACLS com um interesse especial em ensinar reconhecimento básico de arritmias e ACLS para enfermeiros e paramédicos.