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MANUAL DE BOAS PRÁTICASDE PRODUÇÃO EM PISCICULTURA
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Sumário
1. Apresentação 92. Implantação das pisciculturas 10
3. Água de abastecimento da piscicultura 14
2.1 Implantação do projeto 11112.2 Localização112.3 Solo112.4 Água112.5 Drenagem112.6 Taludes122.7 Represas
153.1 Proteção da água153.2 Proteção das nascentes
174.1 Segurança química174.2 Isolamento da área de produção
4. Isolamento da área de produção dos peixes 16
216.1 Controle de pragas216.2 Sanitários216.3 Limpeza
6. Manutenção da piscicultura e da propriedade 20
237.1 Sistemas antifuga237.2 Proteção das entradas de água237.3 Peixes invasores
7. Filtros e prevenção antifuga 22
195.1 Identificações5. Identificação da infraestrutura 18
258.1 Correção do solo258.2 Análise do pH258.3 Aplicação de calcário
8. Manejo do solo e aplicação de calcário 24
279.1 Aplicação de desinfectantes279.2 Cuidados após aplicação279.3 Período de desinfecção279.4 Controle do pH279.5 Proteção dos funcionários
9. Desinfecção dos solos 26
2910.1 Despesca e transferência2910.2 Drenagem gradativa2910.3 Decantação de sólidos2910.4 Retenção da água2910.5 Renovação da água
10. Manejo durante o processo de drenagem dos tanques 28
3111.1 Tipos de fertilizantes3111.2 Qualidade da água3111.3 Alcalinidade da água3111.4 Aplicação de fertilizante3111.5 Armazenamento dos ferilizantes
11. Fertilização 30
3312.1 Tipos de redes3312.2 Prejuízos pela falta de proteção3312.3 Verificação3312.4 Instalação3312.5 Outros artifícios
12. Proteção dos tanques com redes anti-pássaros 32
3714.1 Local de armazenagem3714.2 Controle de pragas3714.3 Controle e registro3714.4 Estratégia PEPS3714.5 Estado das rações3714.6 organização3714.7 Finos3714.8 Flutuabilidade
14. Armazenamento e análise das rações 36
3513.1 Biomassa econômica3513.2 Produção em fases
13. Densidade de estocagem 34
5318.1 Doenças causadas por parasitas - Protozoários5318.1.1 Icthyophthirius multifilis5318.1.2 Trichodina spp.5418.1.3 Piscinoodinium pillulare5418.2 Doenças causadas por parasitas - Metazoários5418.2.1 Mixosporídeos – Mixobolus spp. E Henneguya spp.
5618.5 Doenças causadas por parasitas - Filo Acanthocephala5618.5.1 Acanthocephala
5618.4 Doenças causadas por parasitas - Filo Nemathelmintes
5618.4.1 Nematoda – Goesia spp. Rondonia rondoni; Nilonema spp Estrongyloides spp. Capillaria sp. Spiroocamallanus spp. Phylometra sp.
5518.3.2 Digenea - Diplostomun spp
5518.3 Doenças causadas por parasitas - Filo Platyhelminthes
5518.3.1 Monogênea – Dactylogyrus spp. Anacanthorus spp. Linguadactyloides spp. Gyrodactylus spp.Cichlidogyrus spp. Neobenedenia spp. Dawestrema spp.
18. Principais doenças dos peixes 5217. Macrófitas aquáticas 50
4716.4 pH4716.5 Alcalinidade4816.6 Dureza4816.7 Amônia total
4115.1 Tipo de ração4115.2 Evitar sobras4115.3 Quantidades4115.4 Biometria mensal4115.5 Arraçoamento4115.6 Padronização do lote4215.7 Rotina de alimentação4215.8 Ração não consumida4215.9 Evitar excessos4215.10 Registros da alimentação4215.11 Limites de quantidade
15. Manejo alimentar 40
4516.1 Temperatura4516.2 Transparência4616.3 Oxigênio dissolvido
16. Qualidade da água 44
6320.1 Produtos proibidos na piscicultura20. Tratamento das enfermidades 62
6521.1 O que é compostagem6521.2 Estrutura de compostagem6521.3 Como realizar a compostagem6521.4 Tempo de compostagem
21. Sistema de compostagem 64
6722.1 Procedência dos alevinos6722.2 Checagem do recebimento6722.3 Avaliação sanitária - análise externa6722.4 Avaliação sanitária - análise interna6722.5 Aclimatação6722.6 Descarregamento de peixes a granel
22. Estocagem dos alevinos 66
7124.1 Jejum7124.2 Restrições para a transferência7124.3 Aplicação de sal nos tanques
24. Manejo de transferência 70
6923.1 Avaliação dos animais6923.2 Captura dos animais6923.3 Avaliação da amostragem
23. Manejo de biometria 68
5718.6 Doenças causadas por crustáceas
5818.7 Doenças causadas por fungos
5718.6.1 Lerneose - Lernae spp. e Perulernae gamitanae (Copepoda)
5718.6.2 Argulose – Argulus spp. e Dolops spp. (Branchiura)
5818.7.1 Saprolegnia5818.8 Doenças causadas por bactérias
5818.8.1 Aeromonas hydrophyla e Pseudomonas fluorescens
5918.8.2 Flavobacterium columnare - Colunariose
5918.8.3 Streptoccocus sp.
6119.1 Peixes moribundos6119.2 Peixes mortos6119.3 Coleta dos peixes6119.4 Destino dos peixes coletados6119.5 Desinfecção de tanques6119.6 Isolamento6119.7 Auxílio profissional
19. Ocorrência de doenças 60
8128.1 Importância dos registros8128.2 Rastreabilidade8128.3 Implementação8128.4 Interpretação dos dados8128.5 Principais controles usados na piscicultura
29. Fichas de controle 82
Créditos 92
7124.4 Fechamento da rede7124.5 Espaço da rede7124.6 Manuseio dos animais7124.7 Aplicação de sal nas caixas de transporte
7726.1 Mãos7726.2 Equipamentos de proteção individual7726.3 Equipamentos7726.4 Máquinas7726.5 Rodolúvio e pé de lúvio7726.6 Outras instalações
26. Procedimentos de limpeza e assepsia dos equipamentos 76
7927.1 Treinamento7927.2 Equipamentos de proteção individual
27. Condição e segurança dos trabalhadores da piscicultura 77
83Controle de recebimento de peixes84Controle de recebimento de ração85Controle de recebimento de insumos86Controle diário de alimentação87Controle de análise de água88Controle de biometria e saúde89Controle de transferência90Controle de saída91Controle de tratamento
28. Controles e rastreabilidade na piscicultura 80
7525.1 Jejum7525.2 Período de carência para produtos químicos
25. Manejo de despesca 74
A Nutrizon Alimentos, empresa especializada em soluções para nutrição animal, busca constantemente
a satisfação de seus clientes através do desenvolvimento de soluções e produtos, incorporando novas
tecnologias para otimizar com qualidade os ganhos de seus parceiros. Preocupada com a manutenção do
meio ambiente, com a preservação do bioma amazônico, com os aspectos sociais e o futuro da piscicultura,
que pode ser afetado com o crescimento desordenado da atividade, criou este Manual de Boas Práticas de
Produção em Piscicultura.
O objetivo deste manual é apresentar um conjunto de práticas e procedimentos para gerenciar e
executar operações utilizadas na produção de peixes, com embasamento técnico, científico, de maneira
ambiental e socialmente adequadas, garantindo o desenvolvimento da atividade com sustentabilidade,
ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente viável.
A adoção de boas práticas de piscicultura depende da atitude, da responsabilidade e do compromisso do
piscicultor na execução das ações, respeitando meio ambiente, aspectos sociais e o próprio consumidor.
A adoção dessas práticas não deve ser vista como um entrave à produção, mas sim como um meio de
aumentar a produtividade e a lucratividade. Ainda, ajudam a padronizar as técnicas de produção, o uso
racional dos recursos produtivos, incentivam a adoção de melhores tecnologias, aumentam a consciência
ambiental e prepara a atividade para o mercado Global.
O processo de implementação de boas práticas de produção em piscicultura deve se iniciar com a
conscientização dos empresários, técnicos, produtores e trabalhadores sobre os objetivos e benefícios.
Os registros devem ser simples, objetivos e arquivados, permitindo fácil acesso e uso. Os produtores
acreditam que o custo para implementação seja o maior entrave, mas as vantagens econômicas obtidas,
principalmente a médio e longo prazo, justificam a adoção destas novas práticas, preparando-os para
enfrentar uma nova realidade da aquicultura brasileira e mundial.
A produção de pescados é crescente, contribuindo cada vez mais como importante atividade do
agronegócio no Brasil. Considerada uma atividade rentável, competitiva e com demanda nacional e
internacional por seus produtos, a nova realidade da atividade exige profissionalismo, competitividade e a
necessidade de implementação das boas práticas de produção.
Alguns dos objetivos deste manual é garantir o aumento da eficiência de produção e consequentemente,
diminuir custos e aumentar margens e receitas; facilitar os diagnósticos e controles dos surtos de
enfermidades, minimizando as perdas com mortalidade e disseminação de doenças; garantir a segurança
alimentar dos nossos produtos no mercado consumidor; atuar de forma responsável no uso dos recursos
naturais, preservando as florestas, os recursos hídricos e fazendo seu uso racional; proporcionar condições
de trabalho adequadas e justas, promovendo o desenvolvimento social e encarando a atividade de
maneira profissional, com pró-atividade e responsabilidade, garantindo longevidade para a atividade de
piscicultura.
Apresentação
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Antes de iniciar a implantação do projeto, é importante a obtenção das licenças necessárias jun-
to aos órgãos ambientais competentes, como Secretaria de Meio Ambiente Estadual, Ministério
da Agricultura e Ibama, entre outros.
Evitar locais sujeitos a inundações, considerando sempre a cota máxima histórica dos níveis
dos rios, córregos e represas para definição da cota do projeto, evitando assim a possibilidade
de rompimento dos taludes, de inundações, e consequentemente o escape dos peixes para
natureza.
São desejáveis solos com boa relação de argila, silte e areia, permitindo boa compactação e
diminuindo a erosão dos taludes, evitando perdas excessivas por infiltração e aumentando a
vida útil dos tanques escavados.
Adequar o tamanho do projeto à disponibilidade de água da propriedade, observando além da
quantidade, a qualidade físico-química da água. Avaliar o risco de contaminação a montante
(acima da captação) e promover conscientização dos outros usuários da importância da
preservação dos mananciais de água, da mata ciliar e das áreas de preservação permanente,
permitindo manutenção e aumento da quantidade e qualidade da água ao longo dos anos.
Os sistemas de drenagens dos tanques escavados e das represas devem ser dimensionados de
acordo com a vazão máxima, considerando a entrada de água via abastecimento do projeto e
o aumento da água no período das chuvas fortes, possibilitando que toda água seja drenada e
garantindo a segurança dos taludes.
Implantação das pisciculturas2.
Implantação daspisciculturas
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2.1 IMPLANTAÇÃO DO PROJETO
2.2 LOCALIZAÇÃO
2.3 SOLO
2.4 ÁGUA
2.5 DRENAGEM
Os projetos devem ser elaborados por profissionais habilitados, adequando o
projeto de piscicultura à capacidade produtiva do empreendimento.
Taludes internos dos tanques escavados assim como taludes externos devem ser gramados para
diminuir a erosão. Também é recomendado o cascalhamento das estradas dos taludes, princi-
palmente quando há tráfego de veículos, para diminuir a erosão e o carreamento de sólidos para
dentro dos tanques, e também para facilitar o acesso e o manejo na propriedade.
2.6 TALUDES
Implantação das pisciculturas
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As represas e tanques devem ter bordas livres (distância do nível da água até o topo do talude)
de pelo menos 60 cm, e os tanques escavados devem ter borda livre ao redor de 30 a 40 cm.
2.7 REPRESAS E TANQUES
Figura 1. Sistemas de drenagens por monges e tubos, em tanques de piscicultura.
Figura 2. Gramas plantadas nas partes internas e externas dos taludes.
Figura 3. Cascalhamento de estradas para facilitar acesso e operações de manejo.
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Água de abastecimento da piscicultura
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3.
Água de abastecimento da piscicultura
Proteger contra água das chuvas (enxurradas) os mananciais, represas, canais de abastecimento
e a piscicultura através da construção de curvas de nível ou desviando águas por tubulações,
impedindo que enxurradas carregando sólidos ou contaminantes (pesticidas, matéria orgânica)
assoreiem as nascentes ou entrem nas áreas de produção.
Com base na Lei no. 12.651 de 25 de maio de 2012 (Código Florestal), as nascentes devem es-
tar protegidas num raio de 50 metros. Para matas ciliares, as larguras devem ser de 30 metros
para rios até 10 metros de largura; de 50 metros para rios de 50 a 100 metros de largura; de 100
metros para rios de 50 a 200 metros de largura; de 200 metros para rios de 200 a 600 metros de
largura; de 500 m para rios acima de 600 metros de largura. A largura das nascentes é alterada
conforme o número de módulos da propriedade rural.
3.1 PROTEÇÃO DAS FONTES DE ÁGUA
3.2 PROTEÇÃO DAS NASCENTES
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Utilizar a quantidade de água permitida pelo órgão ambiental quando for des-
viada de córrego ou rio. Quando a água é proveniente de nascente, o produtor
deve compreender que água é um recurso natural escasso, de uso comum e
que outros usuários têm o direito de utilizar água limpa e de qualidade.
Figura 4. Larguras mínimas para proteção das nascentes, matas ciliares e reservatórios.
Isolamento da área de produção dos peixes
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4.
Isolamento da área de produção dos peixes
Combustíveis, óleos e produtos químicos devem ser armazenados fora da área de produção,
evitando assim que em caso de derramamento possam atingir a água de abastecimento, os
canais de drenagem ou as instalações de armazenamento da ração. Tanques de combustíveis
devem possuir estrutura de contenção com capacidade superior ao tanque para evitar que
combustível derramado em um acidente atinja a piscicultura ou meio ambiente.
Para evitar o acesso de veículos não autorizados nas áreas de produção, recomenda-se uma
estrutura de estacionamento para veículos de visitantes e funcionários em uma área isolada da
área de produção.
4.1 SEGURANÇA QUÍMICA
4.2 ISOLAMENTO DA ÁREA DE PRODUÇÃO
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Impedir que outros animais entrem na área de produção de peixes, como
bovinos e equinos, pois danificam os taludes e podem ser carregadores de
patógenos entre os tanques. É recomendado uso de cercas de arame ou cercas
vivas para isolamento da área de produção.
Figura 5. Isolamento da área de produção.
Figura 6. Tanque de combustível com área para contenção em caso de vazamentos.
5.
Identificação da infraestrutura
Identificação da infraestrutura
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Sugere-se que toda a infraestrutura básica (local de armazenamento de rações, manutenção de
equipamentos, almoxarifados, banheiros, refeitórios) devam estar identificados.
5.1 IDENTIFICAÇÕES
A identificação dos tanques utilizando números ou letras é de extrema
importância para facilitar sua localização pelos trabalhadores da piscicultura,
garantindo rastreabilidade de todo processo produtivo (estocagem,
alimentação, biometrias, transferências, tratamentos e despescas).
Figura 7. Identificação dos tanques de piscicultura e estruturas anexas.
Manutenção da piscicultura e da propriedade
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6.
Manutenção da piscicultura e da propriedade
A piscicultura deverá adotar programa integrado de controle de pragas, principalmente de
insetos e roedores, que são vetores de doenças e podem causar grandes prejuízos, consumindo
e estragando rações e equipamentos (redes, puçás, lonas).
A propriedade deverá possuir sanitários com destinação em fossas sépticas ou sistemas de tra-
tamentos.
Coletar e remover o lixo regularmente, dando uma destinação adequada (aterros sanitários),
mantendo a propriedade e a piscicultura em bom estado de limpeza e organização.
6.1 CONTROLE DE PRAGAS
6.2 SANITÁRIOS
6.3 LIMPEZA
Gramas ao redor dos taludes devem estar roçadas, facilitando a identificação
de peixes mortos e sobras de ração, facilitando o acesso dos trabalhadores
no monitoramento dos tanques e manejos de transferências, despescas e
biometrias.
Figura 8. Piscicultura roçada facilitando acesso e manejo. Imagem de peixe morto escondido entre a vegetação.
Filtros e prevenção antifuga
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7.
Filtros e prevenção antifuga
Todas as saídas dos tanques escavados e das represas devem possuir telas que impeçam o escape
de peixes para a natureza. As aberturas das telas devem ser dimensionadas de acordo com o
tamanho dos peixes a serem estocados. Para tanques escavados, utilizam-se normalmente canos
perfurados ou ainda revestidos por filtros tipo sombrite (tela de sombreamento), e o diâmetro
do furo deve ser definido de acordo com o tamanho dos peixes estocados. Em monges, lagos e
represas, utilizam-se normalmente grades com abertura que impede a fuga dos peixes.
Recomenda-se que nas entradas de água sejam utilizados filtros fabricados com telas tipo as de
sombreamento, com 2 a 3 metros de comprimento, o que impede a entrada de peixes invasores,
como lambaris, traíras ou piranhas, que podem predar formas jovens e competir pela ração. Em
algumas regiões é preciso impedir também a entrada de poraquês (peixe elétrico) e raias, o que
pode causar sérios ferimentos nos trabalhadores. Filtros são obrigatórios nos tanques onde são
estocados larvas e pequenos alevinos.
Durante a drenagem dos tanques não se deve permitir que peixes invasores como traíras,
piranhas, lambaris e tilápias sejam drenados junto com a água e soltos no meio ambiente. Caso
não tenha destino para estes peixes, recolher os animais e destinar para compostagem.
7.1 SISTEMAS ANTIFUGA
7.2 PROTEÇÃO DAS ENTRADAS DE ÁGUA
7.3 PEIXES INVASORES
A estrutura de drenagem dos tanques e represas deverá proporcionar a
renovação ou eliminação da água do fundo, pois é rica em matéria orgânica
e de pior qualidade (baixo nível de oxigênio, alta concentração de amônia e
outros gases tóxicos). Estruturas como monges e tubulações na parte mais
profunda do tanque, além de eliminar a água de pior qualidade, proporcionam
a secagem completa dos tanques para desinfecção. As águas da superfície são
as de melhor qualidade e devem ser preservadas.
Figura 9. Filtro na entrada de água fabricado com tela tipo sombreamento, e filtro de saída de água fabricado com tubo perfurado de modo a não permitir o escape.
Manejo do solo e aplicação de calcário
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8.
Manejo do solo e aplicação de calcário
Quando os solos são corrigidos adequadamente, há um favorecimento na decomposição da
matéria orgânica, uma melhora na qualidade da água tornando o pH mais neutro e aumentando
sua alcalinidade e dureza.
Recomenda-se realização de análise de pH do solo do fundo dos viveiros, numa profundidade
entre 10 e 15 cm, para determinação da quantidade necessária de calcário para correção.
Quando não for possível realização da análise do solo, recomenda-se a aplicação de 100 a
300 gramas/m2 de calcário, a ser espalhado por todo o fundo e paredes do tanque vazio, ou
espalhados na superfície. É recomendada a aplicação do calcário no início da produção.
8.1 CORREÇÃO DO SOLO
8.2 ANÁLISE DO PH
8.3 APLICAÇÃO DE CALCÁRIO
A calagem dos tanques de piscicultura visa a melhoria da produtividade e dos índices de sustentabilidade ambiental, e tem como objetivo neutralizar a camada superficial de sedimentos do fundo dos viveiros e aumentar a alcalinidade e dureza da água.
Tabela 1. Recomendação de aplicação de calcário, conforme análise de pH do solo.
pH Solo
<5
5 a 5,5
5,5 a 5,9
6,0 a 6,4
6,5 a 7,0
300
250
200
150
100
Calcário (g/ m2)
Desinfecção dos solos
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9.
Desinfecção dos solos
O principal produto utilizado para desinfecção é a cal virgem, na quantidade de 100 gramas/m2 e distribuído uniformemente por toda a superfície do tanque, quando ainda estiver úmido para dissolver melhor o produto e elevar o pH.
Um tanque desinfectado com cal virgem deve ser mantido sem entrada de água por pelo menos 2 dias para ação do produto. Aplicar quantidades maiores nas poças com água.
Após secagem completa do tanque, recomenda-se manter seco por aproximadamente 10 dias, exposto ao sol para auxiliar no processo de desinfecção, redução da matéria orgânica e interrupção do ciclo da maior parte dos patógenos.
A cal virgem eleva o pH do solo e pode elevar o pH da água acima dos valores desejados. Medir obrigatoriamente o pH da água do tanque antes de estocar os peixes. Caso o pH ainda estiver acima de 8,5 promova a troca de água, baixando o pH para valores mais próximos do recomendado (6,5 a 8,0).
A cal virgem é um produto cáustico e os funcionários devem utilizar EPIs apropriados, como luvas, botas e roupas de polietileno (borracha butílica ou PVC), máscara contra pó e óculos de acrílico com proteção lateral.
9.1 APLICAÇÃO DE DESINFECTANTE
9.2 CUIDADOS APÓS APLICAÇÃO
9.3 PERÍODO DE DESINFECÇÃO
9.4 CONTROLE DO PH
9.5 PROTEÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS
Ao final do ciclo de produção, o solo pode abrigar patógenos e seus vetores, assim como resíduos orgânicos, carcaças de peixes, moluscos, entre outros. Antes de iniciar a desinfecção, todos estes resíduos devem ser retirados e descartados na compostagem. Desinfecção dos solos dos tanques reduz efeitos negativos da contaminação por patógenos, concentração de matéria orgânica e dos metabólitos tóxicos produzidos pelos animais.
Figura 10. Desinfecção do tanque de piscicultura com cal virgem.
Manejo durante o processo de drenagem dos tanques
28 29
10.
Manejo durante o processo de drenagem dos tanques
Quando necessário realizar a operação de transferência ou despesca, abaixar o nível de água do tanque com antecedência.
Drenar o tanque de modo gradativo, evitando a suspenção de materiais em repouso no fundo dos tanques, reduzindo quantidade de nitrogênio, fósforo e sólidos totais que são lançados com os efluentes.
Após processo de despesca e transferência, esperar pelo menos dois dias para que os sólidos decantem, para só depois fazer a drenagem do tanque, preferencialmente de modo gradual evitando suspender o material repousado no fundo. Com esse procedimento se reduz em 20 vezes a quantidade de sólidos em suspensão e em 4 vezes a carga de nitrogênio e fósforo.
Reter por pelo menos dois dias no próprio tanque os últimos 40 cm de água com finalidade de decantar as partículas minerais e orgânicas, além de minimizar a emissão de fósforo, nitrogênio, DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) e sólidos totais que serão destinados como efluente.
A decomposição do lodo do fundo do tanque (matéria orgânica) melhora a produtividade e os aspectos sanitários para o próximo ciclo. Assim, manter solo úmido por 6 dias após a drenagem, para auxiliar no processo de decomposição do lodo pelos microrganismos benéficos.
10.1 DESPESCA E TRANSFERÊNCIA
10.3 DECANTAÇÃO DE SÓLIDOS
10.2 DRENAGEM GRADATIVA
10.4 RETENÇÃO DA ÁGUA
10.5 RENOVAÇÃO DA ÁGUA
O processo de drenagem dos viveiros não deve ser realizado juntamente com a operação de despesca/transferência, pois o arrasto das redes e movimentação dos funcionários dentro do tanque, aumentam significativamente a quantidade de sólidos em suspensão (água turva), que prejudica o ambiente no qual é descartado (assoreamento de canais, córregos e rios).
Esquema 1. Manejo durante processo de drenagem e secagem dos tanques.
Fertilização
30 31
11.
Fertilização
A fertilização pode ser obtida através da aplicação de adubos orgânicos e inorgânicos, com o objetivo de aumentar o fitoplâncton e produzir uma série de efeitos benéficos, como o aumento do zooplâncton (alimento natural), diminuição da transparência (reduzindo assim o crescimento de plantas aquáticas filamentosas) e impactando diretamente em variáveis importantes como oxigênio dissolvido e a concentração de amônia.
Evitar o uso de estercos animais como fertilizantes, pois estes contêm altas cargas bacterianas e sua decomposição demanda quantidades significativas de oxigênio, além da possibilidade de estarem contaminados com resíduos de agrotóxicos ou produtos veterinários. Dar preferência por fertilizantes minerais que contenham nitrogênio e fósforo.
A fertilização excessiva estimula o crescimento exagerado do fitoplâncton, afetando a qualidade da água. A aplicação de fertilizantes deverá ser feita somente quando necessário, controlando-se a transparência da água com disco de Secchi. A fertilização deverá ser interrompida em águas com transparência inferior a 30 cm.
A alcalinidade da água deve ser superior a 40 mg/L para permitir o efeito tampão e uma ação mais efi-ciente do fertilizante. Recomenda-se que a fertilização seja realizada entre 7 e 10 dias após a aplicação do calcário, ou após a análise da alcalinidade da água.
11.1 TIPOS DE FERTILIZANTES
11.2 QUALIDADE DA ÁGUA
11.3 ALCALINIDADE DA ÁGUA
Aplicar fertilizantes minerais quando o tanque estiver cheio e após a correção do pH e da alcalinidade da água. Pode-se utilizar a uréia como fonte de nitrogênio, dissolvida e aplicada no tanque. Pode-se utilizar como fonte de fósforo o superfosfato, que deve ser dissolvido em água por 2 dias antes de sua aplicação. É importante ressaltar que a ação dos fertilizantes ocorre de 3 a 5 dias após a fertilização e depende da radiação solar.
Armazenar os fertilizantes e adubos em local seco e protegido. Armazenar o farelo de arroz em local distinto do armazenamento de ração, pois é facilmente atacado por insetos (carunchos).
11.4 APLICAÇÃO DE FERTILIZANTE
11.5 ARMAZENAMENTO DOS FERTILIZANTES
TIPO DO ADUBO
Farelo de arroz
Superfosfato Simples
Superfosfato Triplo
Uréia
10
15
6
5
INICIAL (gramas/m2)
5
10
4
2
MANUTENÇÃO (gramas/m2)
Tabela 2. Recomendação de adubação inicial e de manutenção em viveiros de piscicultura.
Proteção dos tanques com redes anti-pássaros
32 33
12.
Proteção dos tanques com redes anti-pássaros
Existem diversas aberturas de malhas de redes anti-pássaros, sendo que as mais utilizadas são as redes com abertura de 30 e 50 mm. Recomenda-se que na alevinagem de espécies de maior valor agregado, as redes utilizadas sejam as com malha de 30 mm, onde a proteção contra pequenas aves é mais efetiva.
Os prejuízos com tanques berçários sem proteção de redes podem ser superiores a 70%, prejuízo este verificado na finalização do tanque com o desaparecimento dos peixes. Além da predação, os pássaros estressam os peixes, tornando-os mais ariscos no momento da alimentação e prejudicando seu crescimento e desempenho.
As redes devem ser verificadas diariamente para se certificar de que não há pássaros enroscados, e quando houver, proceder sua retirada e soltura.
As redes devem ser enterradas no solo impedindo que répteis e anfíbios acessem os tanques, o que também pode causar prejuízos, seja na competição pelo alimento ou pela predação. Este procedimento auxilia na prevenção contra a entrada de grandes animais predadores, como jacarés e lontras.
Legislação brasileira não permite o controle de animais predadores através de abate. Além das redes anti-pássaros - que são as mais recomendadas - outros artifícios podem ser utilizados, como linhas de monofilamento, canhões de gás, fogos de artifício, mas observando que todos são menos eficientes.
12.1 TIPOS DE REDES
12.2 PREJUÍZOS PELA FALTA DE PROTEÇÃO
12.3 VERIFICAÇÃO
12.4 INSTALAÇÃO
12.5 OUTROS ARTIFÍCIOS
Os tanques berçários onde são produzidos alevinos e juvenis de peixes devem ser cobertos por redes, também conhecidas como “redes anti-pássaros”. O prejuízo causado por aves como garças, socós, biguás, martim pescador, bem-te-vi e morcegos piscívoros (que se alimentam de peixes) são significativos, principalmente quando a espécie produzida tem um alto custo dos alevinos, como é o caso do pirarucu e do pintado.
Figura 11. Telas anti-pássaros e canhões de gás utilizados principalmente em tanques berçários.
Densidade de estocagem
34 35
13.
Densidade de estocagem
Definir densidades moderadas para buscar sempre a biomassa econômica, que é abaixo da capacidade de suporte (máximo que o tanque pode suportar), de modo a minimizar os riscos e maximizar os lucros.
A produção em fases otimiza o uso dos tanques, proporciona maior padronização no tamanho dos peixes, promove maior sobrevivência quando utilizado na fase de berçário (cobertura anti-pás-saros, maior frequência alimentar) e facilita a previsão da quantidade que será despescada, entre outros benefícios.
13.1 BIOMASSA ECONÔMICA
13.2 PRODUÇÃO EM FASES
A densidade de estocagem de peixes em tanque escavado é normalmente determinada pelo número de peixes por metro quadrado. Este número pode variar de acordo com a espécie, estágio de desenvolvimento (berçário, recria, engorda), tamanho dos peixes a serem despescados, quantidade e qualidade da água, uso de aeradores e sistema de produção, entre outros fatores.
Tabela 3. Densidades de estocagens praticadas no estado de Rondônia para as principais espécies nativas produzidas em 02 fases.
Densidade(peixe/1.000 m2)
5.000
3.000
880
Sobrevivência(%)
85
90
90
Peso inicial(gramas)
3
10
50
Peso �nal(gramas)
200
300
700
FASE 1
Densidade(peixe/1.000 m2)
300
400
770
Sobrevivência(%)
95
95
90
Peso �nal(gramas)
2.700
2.000
10.000
Biomassa Total(kg/ha)
7.659
7.600
6.930
FASE 2
TAMBAQUI
PINTADO
PIRARUCU
TAMBAQUI
PINTADO
PIRARUCU
Armazenamento e análise das rações
36 37
14.
Armazenamentoe análise das rações
O local de armazenagem das rações deve ser exclusivo para este fim, não devendo ser estocados no mesmo ambiente combustíveis, óleos, pesticidas, fertilizantes, medicamentos e produtos químicos, evitando a contaminação dos alimentos.
Adotar programa integrado de controle de pragas, principalmente de insetos e roedores.
Ao receber a ração, é importante fazer um controle e registro de entrada de ração, avaliando data de fabricação, validade e o aspecto geral do produto (cor, cheiro, isenta de bolores, carunchos e contaminantes).
Usar a estratégia PEPS - primeiro que entra, primeiro que sai. No recebimento de novos lotes de ração, remanejar as rações de lotes mais antigos para serem utilizados antes do novo lote.
Não fornecer aos peixes rações mofadas, úmidas, com sinais de terem sido umedecidas, pois podem ser prejudiciais aos peixes. Caso se encontre rações neste estado, descartar na compostagem.
14.1 LOCAL DE ARMAZENAGEM
14.2 CONTROLE DE PRAGAS
14.3 CONTROLE E REGISTRO
14.4 ESTRATÉGIA PEPS
14.5 ESTADO DAS RAÇÕES
Rações devem ser armazenadas em local seco, ventilado e protegido da luz, umidade, insetos e outros animais. O armazenamento deve ser realizado sobre paletes ou estrados, com altura de até 15 sacos, distante pelo menos 20 cm das paredes e entre as pilhas, garantindo a circulação de ar. Recomenda-se uma distância de pelo menos 2 metros do topo da pilha de ração até o teto, evitando assim o calor excessivo.
O limite máximo estabelecido para a quantidade de finos é de 2,0% para todos os tipos e tamanho da ração.
14.7 FINOS
Separar as pilhas de acordo com tipo e tamanho das rações, e quando possível, identificá-las, evitando assim erro na sua utilização (linha carnívoro/onívoro e diferentes tamanhos de peletes).
14.6 ORGANIZAÇÃO
O teste de flutuabilidade deve ser realizado no momento do recebimento da ração. Para realização deste teste, encher um balde com água limpa e contar 100 peletes coletados aleatoriamente da embalagem, colocando-os na água. Cronometrar o tempo de 5 minutos e contar a ração que afundou neste período. Por exemplo, se afundarem 3 peletes em 5 minutos, a flutuabilidade é de 97% e se afundar 14 peletes, a flutuabilidade é de 86%. Veja na tabela 4 o valor de flutuabilidade para os diferentes tipos de ração e garantidas pela empresa Nutrizon Alimentos.
14.8 FLUTUABILIDADE
Armazenamento e análise das rações Armazenamento e análise das rações
38 39
Tabela 4. Flutuabilidade para diferentes tipos e tamanhos de peletes, garantida pela empresa Nutrizon Alimentos*.
Figuras 12. Armazenamento adequado das rações sobre paletes e distante a pelo menos 20 cm da parede, em local limpo, seco e arejado.
*Valores válidos para até 5 minutos de teste; após isso, o resultado poderá sofrer variações.
Figuras 13. Armazenamento inadequado de ração em carreta a céu aberto sob lona (calor excessivo, roedores, inse-tos), assim como em galpão aberto juntamente com outros equipamentos (roedores, insetos, contaminação).
Figuras 14. Armazenamento inadequado de ração diretamente no chão (umidade) e encostado no teto do barracão (calor excessivo).
TIPO DE RAÇÃO PB % DIÂMETRO PELETE(mm)
FLUTUABILIDADE(%)
KARINO PEIXES ONÍVOROS
KARINO PEIXES ONÍVOROS
KARINO PEIXES ONÍVOROS
KARINO PEIXES ONÍVOROS
KARINO PEIXES ONÍVOROS
KARINO PEIXES ONÍVOROS
KARINO PEIXES ONÍVOROS
KARINO PEIXES CARNÍVOROS
KARINO PEIXES CARNÍVOROS
KARINO PEIXES CARNÍVOROS
KARINO PEIXES CARNÍVOROS
KARINO PEIXES CARNÍVOROS
28%
28%
32%
32%
36%
40%
45%
32%
36%
36%
38%
40%
12 a 14 mm
8 a 10 mm
8 a 10 mm
6 a 8 mm
3 a 4 mm
2 a 3 mm
1,9 a 2,2 mm
8 a 10 mm
10 a 12 mm
8 a 10 mm
6 a 8 mm
2 a 3 mm
95%
95%
90%
90%
90%
85%
80%
90%
90%
90%
85%
80%
Manejo alimentar
40 41
15.
Manejo alimentar O tipo de ração utilizado (carnívoro ou onívoro), assim como os diferentes tamanhos de peletes, devem atender à exigência da espécie a ser produzida e sua etapa fisiológica (alevino, juvenil, crescimento e terminação).
Rações extrusadas flutuantes permitem ao alimentador avaliar visualmente a alimentação dos peixes, verificando o apetite dos animais e a quantidade consumida, o que evita o desperdício. Nunca deverá haver sobra de ração no tanque após o arraçoamento. Caso o alimentador perceba que os peixes não comerão toda a ração que está programada para ser fornecida, a quantidade jogada deve ser reduzida naquela alimentação. Para que isso ocorra, é necessário um bom planejamento do arraçoamento, treinamento, conscientização e incentivo do alimentador, considerado uma peça chave no sucesso da criação de peixes.
A quantidade de ração a ser fornecida deve atender à exigência de cada espécie, estando de acordo com a quantidade de peixes e seus tamanhos. A qualidade da água pode interferir no consumo, principalmente pela manhã quando os níveis de oxigênio dissolvido são mais baixos.
A quantidade de ração deve ser reajustada semanalmente para acompanhar o crescimento dos peixes. Recomenda-se biometrias mensais para ajustar o peso médio dos animais e alinhar as taxas de arraçoamento às tabelas referenciais.
15.1 TIPO DE RAÇÃO
15.2 EVITAR SOBRAS
15.3 QUANTIDADES
15.4 BIOMETRIA MENSAL
Os produtores devem utilizar exclusivamente rações formuladas para peixes, nunca utilizando resíduos agrícolas ou similares, por mais abundantes que estejam disponíveis na propriedade.
Em tanques escavados o arraçoamento deve ser realizado sempre a favor do vento, fazendo com que as rações flutuem até o meio do tanque, evitando assim que encostem na margem do tanque. É importante evitar a alimentação nos cantos do tanque; as rações encostam nas margens com facilidade e os cantos possuem menor circulação de água (água de pior qualidade).
Antes da alimentação, o alimentador deve monitorar o nível de oxigênio dissolvido e a temperatura da água, registrando os dados em controle. Preferencialmente realizar as alimentações nos taludes de maior comprimento do tanque e distribuindo uniformemente a ração, proporcionando alimento a todos os peixes e mantendo uma padronização do lote.
15.5 ARRAÇOAMENTO
15.6 PADRONIZAÇÃO DO LOTE
42 43
Manejo alimentar
Para sistemas de produção com baixa ou nenhuma renovação de água, recomenda-se que a quantidade máxima de ração fornecida não ultrapasse 50 Kg/ha/dia. Caso haja a possibilidade de renovação de água, a quantidade máxima de ração será de 75 Kg/ha/dia.
Os peixes se acostumam com o horário e o local que são alimentados, devendo seguir esta rotina sempre que possível. Algumas espécies, como o pintado, têm preferência por horários de menor luminosidade, principalmente nas fases iniciais, devendo-se atentar para a característica de cada espécie. Sempre adequar a rotina em função do que é melhor para os peixes.
A ração não consumida pelos peixes em 15 ou 20 minutos tendem a encharcar, perdendo a atratividade. Os nutrientes são lixiviados pela água e acabam sendo consumidas por espécies invasoras (lambaris, carás, piabas).
Não alimentar os peixes “ad libitum” ou à vontade, fornecendo 90% do total da ração que os peixes comeriam por dia. A vantagem de se evitar o fornecimento de ração em excesso é reduzir sobras, além da diminuição de tempo no processo de alimentação e melhora na conversão alimentar.
Anotar diariamente o tipo e a quantidade de ração utilizada em cada tanque, possibilitando ao produtor calcular com precisão a conversão alimentar e o custo de produção, visto que a ração é o componente de maior impacto no custo de produção.
15.11 LIMITES DE QUANTIDADE
15.7 ROTINA DE ALIMENTAÇÃO
15.8 RAÇÃO NÃO CONSUMIDA
15.9 EVITAR EXCESSOS
15.10 REGISTROS DA ALIMENTAÇÃO
Tabela 05. Tabela de arraçoamento recomendada para engorda de 1.000 tambaquis em sistema de tanque escavado, para atingir peso final de 3,0 kg.
RAÇÃO NUTRIZON Quantidade(kg)
KARINO PEIXES 56% TRITURADA
KARINO PEIXES 45% 1.9 a 2.2 mm
KARINO PEIXES 40% 2 a 3 mm
KARINO PEIXES 36% 3 a 4 mm
KARINO PEIXES 32% 6 a 8 mm
KARINO PEIXES 32% 8 a 10 mm
KARINO PEIXES 28% 8 a 10 mm
KARINO PEIXES 28% 12a 14 mm
5
10
50
75
250
500
1.500
3.125
Quantidade(sacos)
0,2
0,4
2,0
3,0
10,0
20,0
60,0
125,0
Peso Inicial(g)
0,5
5
10
100
200
400
800
1.500
Peso Final(g)
5,0
10
100
200
400
800
1.500
3.000
Consumo/Dia(% biomassa)
12
10
10 a 5
5 a 3,5
3,5 a 2,2
2,2 a 1,8
1,8 a 1,3
1,3 a 1,0
TOTAL 5.515 221 3.000
. Qualidade da água
44 45
16.
Qualidade da água A temperatura é um dos fatores mais importantes nos fenômenos biológicos de um viveiro de piscicultura. Todas as atividades dos peixes (respiração, digestão, excreção, alimentação) estão intimamente ligadas a temperatura. Este é um parâmetro que deve ser monitorado diariamente através de termômetro comum ou normalmente medido em conjunto com oxigênio, nos aparelhos denominado oxímetros. A temperatura da água considerada ideal para peixes amazônicos está entre 26o e 30o Celsius.
A transparência é a capacidade que tem a água de permitir a passagem da luz. Este parâmetro é medido pelo disco de Secchi, que permite avaliar na piscicultura a concentração da população planctônica (fitoplâncton e zooplâncton). Não é desejável uma transparência da água baixa, influenciada por sólidos em suspensão (água barrenta). Recomenda-se o monitoramento semanal ou quinzenal da transparência da água, em dias ensolarados no horário entre as 12h e 15h, afundando o disco de Secchi e verificando até que profundidade pode ser visto parte branca e preta. Para pisciculturas que não possuem oxímetro, o disco de Secchi é uma importante ferramenta indicadora da quantidade de plâncton (maior produtor de oxigênio em ambientes aquáticos). Recomenda-se manter transparência entre 30 e 50 cm de profundidade, indicando uma existência adequada de plâncton (água levemente esverdeada). Uma transparência menor que 30 cm indica uma alta produção planctônica, devendo cessar a fertilização, diminuir a alimentação e realizar renovação de água, pois quedas de oxigênio dissolvido podem acontecer, principalmente nos períodos noturnos ou dias sucessivamente nublados. Por outro lado, quando a transparência for maior que 50 cm, recomenda-se a fertilização e redução da renovação de água, principalmente se os tanques estiverem com problemas relacionados a proliferação de macrófitas/algas (emersas, folhas flutuantes, flutuantes, submersas livres e submersas enraizadas).
16.1 TEMPERATURA
16.2 TRANSPARÊNCIA
O desenvolvimento dos peixes depende diretamente da qualidade da água. Esta qualidade varia de acordo com um dinâmico e complexo equilíbrio entre fatores físicos (temperatura, transparência), químicos (pH, alcalinidade, dureza, amônia) e biológicos (plâncton, peixes). Por isso, o sucesso da piscicultura depende da manutenção da boa qualidade da água, dentro dos parâmetros exigidos para cada espécie, devendo ser medido e controlado como rotina nas pisciculturas.
Figura 15. Medição de transparência utilizando disco de Secchi e problema com macrófita aquática em tanque com alta transparência.
Qualidade da água Qualidade da água
46 47
O oxigênio dissolvido é considerado o parâmetro químico mais importante na piscicultura, podendo ser medido por aparelho denominado oxímetro. O oxigênio é transferido para a água principalmente pelo processo de fotossíntese, realizado pelo fitoplâncton. Artificialmente pode ser transferido para a água utilizando-se aeradores elétricos ou mecânicos, sopradores, venturis ou com a renovação de água. Recomenda-se medição diária antes do processo de alimentação, realizada a uma profundidade média de 30 cm. É importante que os oxímetros estejam calibrados, principalmente quanto a salinidade e altitude, aumentando a precisão das análises, que devem ser sempre registradas. A concentração de oxigênio recomendada para maximizar o desempenho zootécnico e garantir o bem-estar dos animais é acima de 5 mg/L. Níveis de 3 a 4 mg/L são aceitáveis, mas podem interferir na taxa de crescimento se a exposição for prolongada. Entre os valores de 3 mg/L a 1 mg/L, afeta o crescimento e gera estresse, e para valores abaixo de 1 mg/L, dependendo da espécie, pode ser fatal em poucos minutos. Durante o dia com presença do sol, há incremento de oxigênio na água (fotossíntese pelo fitoplâncton), atingindo níveis mais altos de oxigênio dissolvido no final da tarde. Entretanto, ao escurecer o processo se inverte e a concentração de oxigênio dissolvido diminui, atingindo níveis críticos durante a madrugada. Peixes nadando com a boca aberta na superfície ou concentrados próximo à entrada da água podem indicar baixos níveis de oxigênio. Na espécie tambaqui, em água com baixa concentração de oxigênio ocorre uma adaptação morfológica que é a extensão do lábio inferior (peixe “beiçudo”) para tentar captar mais oxigênio na superfície, gerando estresse e gasto extra de energia, afetando negativamente seu desempenho.
16.3 OXIGÊNIO DISSOLVIDO
O pH (potencial hidrogeniônico) é a medida utilizada para determinar o quanto o meio é ácido ou básico. Os valores variam de 0 a 14, sendo 7 considerado pH neutro. A medição do pH é realizada por papel indicador de pH, aparelhos eletrônicos (pHmetros) e principalmente por kits colorimétricos (mais utilizados). A faixa ótima para criação de peixes está entre 6,5 a 8,0, sendo que abaixo de 6,5 e acima de 8,0 prejudicam o crescimento e a reprodução para a maioria dos peixes. No final da tarde são observados os maiores valores, que podem potencializar a ação tóxica da amônia. O monitoramento do pH deve ser realizado diariamente ou semanalmente, principalmente quando há problemas ocorridos nos tanques. Os solos quando adequadamente corrigidos e a água com alcalinidade superior a 40 mg/L, proporcionam um efeito “tampão”, evitando que ocorra uma grande variação de pH entre o início da manhã e o fim da tarde, minimizando o estresse dos animais.
16.4 pH
Alcalinidade indica a presença de íons dissolvidos na água, tais como os carbonatos e bicarbonatos. A alcalinidade total é expressa em ppm ou mg/L de CaCO3, e está diretamente ligada à capacidade da água de manter o equilíbrio ácido-básico, conhecido como “poder tampão”. Água com alcalinidade inferior a 40 mg/L apresenta reduzido poder tampão, o que pode gerar variações indesejáveis de pH entre o dia e a noite, devido à fotossíntese e respiração. Além disso, são consideradas águas pobres, não auxiliando na formação do plâncton. Quando há necessidade de correção da alcalinidade da água, recomenda-se aplicação do calcário agrícola diretamente na água (lanço, barco ou calcariadeira). Após aplicação do calcário, aguardar aproximadamente 7 dias para realizar uma nova análise para se avaliar a efetividade. A seguir, veja a equação para determinar a quantidade de calcário a ser utilizado de modo a alcançar a alcalinidade desejada.
16.5 ALCALINIDADE
Figura 16. Monitoramento de oxigênio utilizando aparelho oxímetro e imagem de tambaqui com lábio inferior estendido.
Figura 17. Análise colorimétrica de pH e equipamento utilizado para calcariamento de tanques de piscicultura.
Qualidade da água Qualidade da água
48 49
Representa a concentração de íons na água, principalmente cálcio e magnésio. Em águas naturais, os valores de dureza total geralmente se equiparam a alcalinidade total, pois cálcio e magnésio se encontram associado aos íons carbonatos e bicarbonatos. Cálcio e magnésio são importantes nutrientes que auxiliam na formação das algas que compõe o fitoplâncton, e os valores recomendados são acima de 20 mg/L.
Pisciculturas com pouca ou nenhuma renovação de água, com altas taxas de alimentação ou acúmulo de matéria orgânica podem apresentar níveis tóxicos de amônia não ionizada no ambiente, o que causa danos às brânquias, aumenta a exigência de oxigênio, promove danos aos órgãos (rins e baço), diminui a resistência à doenças e reduz o crescimento, podendo chegar a níveis que causam morte massiva dos animais.
Além das recomendações citadas, a Nutrizon Alimentos conta com um exclusivo composto desenvolvido para esta finalidade: Melhorador de Água. O produto age retendo elementos tóxicos e reduzindo significativamente as concentrações da amônia tóxica da água. O Melhorador de Água é considerado uma ferramenta muito eficiente no controle da amônia, devendo ser incorporado à ração ou fornecido diretamente aos tanques, através da indicação do departamento técnico da Nutrizon.
Formas de se reduzir a amônia tóxica no ambiente:
• Promover a renovação de água do tanque, quando for possível;
• Reduzir o pH da água através do controle da população de plâncton. Fertilizações devem ser interrompida, assim como a diminuição ou até interrupção do fornecimento da ração;
• Aeração com finalidade de manter níveis mais adequados de oxigênio dissolvido, assim como favorecer o processo de transformação da amônia e nitrito em nitrato (nitrificação);
• Utilização do sal (cloreto de sódio) minimiza problemas de toxidez. Doses de 50 gramas/m2 são recomendadas.
Amônia total refere-se à soma da amônia não ionizada (NH3) com a forma ionizada, ou íon amônio (NH4+). Os efeitos tóxicos da amônia não ionizada é um dos fatores limitantes na criação de peixes, e depende principalmente da temperatura e do pH. A porcentagem de amônia não ionizada aumenta com a elevação do pH e da temperatura. Isso significa que no final da tarde, quando a temperatura da água dos viveiros está mais elevada e a fotossíntese mais intensa, ocorre um aumento significativo do pH, consequentemente aumentando a toxidade pela amônia. Valores de amônia não ionizada em concentrações acima de 0,15 mg/L já são suficientes para induzir toxidez, levando a uma diminuição do crescimento e da resistência às doenças. Níveis de amônia não ionizada acima de 0,2 mg/L podem ser letais para a maioria das espécies, mesmo que por curto período de exposição.
É recomendado que aplicações com quantidades superiores a 250 gramas/m2 de calcário a quantidade seja dividida em duas aplicações, com intervalos de 10 dias, para otimizar a eficiência do produto.
16.6 DUREZA
16.7 AMÔNIA TOTAL
(ALC.esperada - ALC.medida) X VT X PRNT CALCÁRIO
AT X 100
QUANTIDADECALCÁREO
(gramas/m )=
ALC.esperada = alcalinidade esperada (ppm ou mg/L)
ALC.medida = alcalinidade medida (ppm ou mg/L)
AT = área do tanque, calculado pela multiplicação dos lados (m2)
PRNT = Se PRNT 95%, utilizar 1,05; se PRNT 80% utilizar 1,20; se PRNT 71 utilizar 1,29
VT = volume do tanque, calculado pela área multiplicado pela profundidade (m3)
2
7.2
pH
7.6
8.0
8.4
8.8
9.2
0.008
24
0.020
0.049
0.117
0.248
0.454
0.009
26
0.023
0.057
0.132
0.276
0.489
0.011
28
0.027
0.065
0.149
0.306
0.526
0.012
30
0.031
0.075
0.169
0.339
0.563
0.015
32
0.036
0.087
0.194
0.377
0.603
Temperatura (°C)
Tabela 06. Tabela referencial para cálculo da amônia não ionizada, considerando a temperatura e pH da água.
Para cálculo da amônia tóxica (não ionizada), utilize a seguinte fórmula fórmula:
Amônia Tóxica = Amônia Total (mg/L) X Valor correspondente da tabela
Exemplo: Em visita a produtor encontrou seguintes análises:
Caso 1: pH 7,2 com temperatura 28oC e amônia total 1,2 mg/L Amônia Tóxica = 1,2 X 0,011 = 0,0132 mg/L (NÃO HÁ MORTALIDADE)
Caso 2: pH 8,0 com temperatura 32oC e amônia total 2,0 mg/L Amônia Tóxica = 2,0 X 0,087 = 0,174 mg/L (SINAIS DE TOXIDEZ)Caso 3: pH 8,0 com temperatura 30oC e amônia total 2,7 mg/L Amônia Tóxica = 2,7 X 0,075 = 0,202 mg/L (HÁ MORTALIDADE)
Macrófitas aquáticas
50 51
17.
Macrófitas aquáticas
• Construir tanques com pelo menos 1,5 m de profundidade nas partes mais rasas;
• Manter a transparência entre 30 e 50 cm, impedindo a penetração da luz solar no fundo dos
tanques;
• Manutenção dos filtros de entrada de água, mantendo-os sempre limpos, dificultando a
entrada de macrófitas e algas filamentosas;
• Quando identificar macrófitas nos tanques, realizar a remoção aos poucos com telas, redes e
puçás, pois seu desenvolvimento é muito rápido, dificultando a sua retirada;
• Redes confeccionadas com telas tipo mosquiteiro com 60 a 80 cm de altura e 10 m de
comprimento são utilizadas com eficiência na remoção manual das macrófitas;
• Quando macrófitas estão concentradas próximas a saída de água, pode-se utilizar o sistema
de drenagem para remoção. Para isso, montar o controle de nível de água dentro do tanque
e retirar a água da superfície juntamente com a alga.
Algumas medidas auxiliam no controle das plantas indesejadas:
As plantas aquáticas habitam diversos ambientes e são distribuídas em diversas espécies. Quando presentes nos tanques, competem com o fitoplâncton por nutrientes, dificultam a penetração de luz, manejos de alimentação, passagem de rede e podem inviabilizar a produção em alguns casos. Herbicidas e algicidas devem ser evitados, e seu uso só deve ser empregado sob supervisão de um profissional, pois podem causar danos ao meio ambiente e aos peixes.
Figura 18. Problemas causados pelo desenvolvimento de plantas aquáticas em tanques de piscicultura.
Figura 19. Desenho esquemático de diferentes macrófitas aquáticas.
52
18.
Principais doenças dos peixes
Principais doenças dos peixes
53
Diagnóstico/Sintomas: conhecida como doença do ponto branco ou íctio, é facilmente visualizado a olho nú, infectando brânquias, peles e nadadeiras. Os peixes nadando na superfície ou aglomerados na entrada da água, emagrecimento, produção excessiva de muco e comportamento de raspar nas bordas e fundo dos tanques são os principais sintomas.
Mortalidade: afetam alevinos, juvenis e adultos, de rápida proliferação, com alto índice de mortalidade, podendo chegar a 100% do lote em poucos dias.
Prevenção: principalmente associado a baixas temperaturas, é muito comum na região sudeste e sul do Brasil. Deve-se manter uma boa qualidade da água e adotar boas práticas de produção, pois a doença é de difícil tratamento.
18.1 DOENÇAS CAUSADAS POR PARASITAS - PROTOZOÁRIOS
18.1.1 Icthyophthirius multifilis
Parasitos e patógenos se encontram no meio ambiente e os peixes vivem em equilíbrios com os mesmos. Entretanto, os sistemas de produção de peixes são instáveis, de modo que inúmeros fatores causadores de estresse nos peixes, podem romper esse equilíbrio, predispondo os animais a doenças parasitárias, bacterianas e virais. Estes fatores podem estar associados a baixa qualidade da água, má nutrição, não adoção das boas práticas de manejo, entre outros. Evitar o estresse causado por esses e outros fatores, é a ação mais importante na prevenção de doenças em piscicultura. Segue abaixo as principais enfermidades de impacto econômico encontradas nas pisciculturas, assim como sintomas e modos de prevenção. Medicamentos e produtos químicos só deverão ser utilizados mediante consulta de um profissional habilitado.
Diagnóstico/Sintomas: é possível observar facilmente em microscópio e lupa, possuindo forma circular, com uma coroa de dentículos no centro do corpo que fazem movimentos rotatórios. Parasitam nadadeiras, superfície do corpo e brânquias. Os peixes nadam na superfície, excessiva produção de muco e lesões na pele e brânquias, além da perda de apetite.
Mortalidade: afetam alevinos, juvenis e adultos, causando de média a alta mortalidade, predispondo animais a infecções bacterianas.
Prevenção: adotar a prática de monitoramento de parasitas, evitando que ocorram infestações. Proporcionar boa qualidade da água, densidades adequadas e adoção das boas práticas de produção.
18.1.2 Trichodina spp.
Principais doenças dos peixes
54
Diagnóstico/Sintomas: pode ser observado em microscópio e lupa, de identificação difícil, normalmente confundido com íctio. Encontrado nas brânquias, tegumento e nadadeiras podem causar pontos hemorrágicos quando fixados, com aparência de partícula de areia. Os peixes nadam em círculo na flor da água, há um excesso de produção de muco, perda de apetite e comportamento semelhante ao íctio de raspar nas bordas e fundo.
Mortalidade: afetam alevinos, juvenis e adultos, causando de média a alta mortalidade, principalmente em alevinos e juvenis, predispondo animais a infecções bacterianas.
Prevenção: ocorre quando há excesso de matéria orgânica, baixa qualidade da água e normalmente nas épocas mais frias do ano.
18.1.3 Piscinoodinium pillulare
. Principais doenças dos peixes
55
Diagnóstico/Sintomas: pode ser observado em microscópio, com lupa e a olho nú. Encontrado nas brânquias como estruturas arredondadas brancas (cistos) e órgãos. Os peixes nadam em círculo, há uma deformação da mandíbula, cabeça e dorso, escurecimento da pele e necrose das brânquias.
Mortalidade: afetam alevinos, juvenis e adultos, causando de baixa a média mortalidade, ocasionando principalmente deformações nas cartilagens em alevinos e queda da resistência imunológica, tornando-os susceptíveis a outras doenças.
Prevenção: Como não há tratamento a melhor prevenção é a desinfecção das estruturas, como os tanques de concreto e tanques escavados com desinfetantes como cloro e cal virgem, respectivamente.
18.2 DOENÇAS CAUSADAS POR PARASITAS - METAZOÁRIOS
18.2.1 Mixosporídeos – Mixobolus spp. E Henneguya spp.
Diagnóstico/Sintomas: pode ser observado em microscópio e lupa, principalmente nas brânquias. Infestam brânquias e cavidades nasais, causando hiperplasia (inchaço) e necrose de brânquias, ex-cesso produção de muco, letargia, dificuldade respiratória. Peixes tornam-se anoréxicos, nadam de forma desorientada chocando-se contra parede e sobem e descem em relação a superfície da água.
Mortalidade: afetam alevinos, juvenis e adultos, considerada uma das parasitoses mais importantes em piscicultura, causando alta mortalidade em poucos dias, pois reproduzem com grande rapidez.
Prevenção: Ocorre com manejo sanitário deficiente, deterioração do ambiente aquático como baixo oxigênio, alta matéria orgânica, altas concentrações de amônia, nitrito e alterações de pH. Adotar prática de monitoramento de parasitas para evitar que ocorra infestações. Proporcionar boa qualidade da água, densidades adequadas e adoção das boas práticas de produção.
18.3 DOENÇAS CAUSADAS POR PARASITAS - Filo Platyhelminthes
18.3.1 Monogênea – Dactylogyrus spp. Anacanthorus spp. Linguadactyloides spp. Gyrodacty-lus spp. Cichlidogyrus spp. Neobenedenia spp. Dawestrema spp.
Diagnóstico/Sintomas: parasito de olhos dos peixes facilmente identificado a olho nú, causando catarata e comprometendo a visão dos peixes, podendo levar a cegueira. Perda da visão prejudica crescimento, ganho de peso e sistema imunológico, sendo acometido por infecções secundárias.
Mortalidade: afetam principalmente juvenis e adultos, não causando mortalidades significativas mas prejudica o desempenho zootécnico dos animais.
Prevenção: difícil prevenção, visto que hospedeiros são caramujos e aves. Adotar práticas que iniba acesso destes animais aos tanques e adoção das boas práticas de produção.
18.3.2 Digenea - Diplostomun spp
Principais doenças dos peixes
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. Principais doenças dos peixes
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Diagnóstico/Sintomas: Fácil identificação das larvas do nematóide nos músculos, fígado, superfí-cie das vísceras, cavidade visceral, assim como dos nematóides adultos no trato gastrointestinal, ha-bitando principalmente lúmen do estômago e intestino. Causam obstrução intestinal, perfuração do estômago, perda de apetite, anemia, natação errática em infestações severas.
Mortalidade: Afetam principalmente juvenis e adultos, causando baixa a média mortalidade. Im-pacta zootecnicamente a produção e pode causar alta mortalidade.
Prevenção: Difícil prevenção, visto que hospedeiros são micro crustáceos e aves. Adotar práticas que iniba acesso das aves aos tanques e adoção das boas práticas de produção.
Diagnóstico/Sintomas: Fácil identificação do acantocéfalo adulto pois ocorre exclusivamente no intestino dos peixes, onde se fixam através da probóscide. Larvas habitam mesentério, estômago, fígado e cavidade abdominal. Altas infestações causam obstrução e perfuração do intestino, ano-rexia, emagrecimento, lesões ulcerativas, hemorragias.
Mortalidade: Afetam principalmente juvenis e adultos, causando baixa a média mortalidade. Pre-juízos zootécnicos e econômicos são observados.
Prevenção: Difícil prevenção, visto que hospedeiros são micro crustáceos, ostracodase copépodos. Adotar prática de monitoramento de parasitas para evitar que ocorra infestações e adoção das boas práticas de produção.
18.4 DOENÇAS CAUSADAS POR PARASITAS - Filo Nemathelmintes
18.5 DOENÇAS CAUSADAS POR PARASITAS - Filo Acanthocephala
18.4.1 Nematoda – Goesia spp. Rondonia rondoni; Nilonema spp Estrongyloides spp. Capil-laria sp. Spiroocamallanus spp. Phylometra sp.
18.5.1 Acanthocephala - mais de 150 espécies descritas na América do Sul
Diagnóstico/Sintomas: de fácil identificação, a lernea é visível a olho nú e se localiza principalmente na superfície corporal, brânquias, boca, nadadeiras e até em órgãos internos. O parasito possui âncora, que penetra na musculatura do peixe tornando os animais apáticos, anoréxicos e marcadamente debilitados. Ocorrem hemorragias nos pontos de fixação do parasita e os peixes tem comportamento de natação errática, se chocando contra as paredes, subindo até a superfície e concentrando-se na entrada da água.
Mortalidade: proporciona grande mortalidade, dependo do estágio e da espécie de peixe, afetando alevinos, juvenis e adultos.
Prevenção: monitorar fornecedores de alevinos e peixes de terceiros para não introduzir o parasito na piscicultura. Evitar o uso coletivo de equipamentos (redes, puçás) e adotar boas práticas de produção. Adotar prática de monitoramento de parasitas para evitar que ocorra infestações. Importante manter a boa qualidade da água e densidades adequadas.
Diagnóstico/Sintomas: conhecido como carrapato dos peixes, é fácil a identificação da argulose, sendo visível a olho nú e sua localização mais frequente é no tegumento, podendo ser encontrado na boca e na cavidade branquial. O Argulus possui ventosas e o Dolops possui ganchos, causando lesões em várias partes do corpo e podendo atingir a musculatura; injetam enzimas tóxicas, há um excesso de produção de muco nos peixes, causam irritação, perda do apetite, emagrecimento e lesões superficiais podem ser agravadas por infecções secundárias por fungos e bactérias.
Mortalidade: causa grande prejuízo na piscicultura, atingindo alevinos, juvenis e adultos. Quando em alta infestação, causam mortalidades.
Prevenção: monitorar fornecedores de alevinos, peixes de terceiros e matrizes da natureza para evitar a introdução na piscicultura. Evitar o uso coletivo de equipamentos (redes, puçás) e adotar boas práticas de produção.
18.6 DOENÇAS CAUSADAS POR CRUSTÁCEAS
18.6.1 Lerneose - Lernae spp. e Perulernae gamitanae (Copepoda)
18.6.2 Argulose – Argulus spp. e Dolops spp. (Branchiura)
Principais doenças dos peixes
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. Principais doenças dos peixes
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Diagnóstico/Sintomas: fungos agem como agentes secundários, principalmente no inverno e devido ao manejo inadequado dos animais. É facilmente observado com a despigmentação da pele, e as áreas necrosadas começam a ser recobertas por pequenos “tufos de algodão” que podem atingir as brânquias e causar asfixia.
Mortalidade: causa pequeno prejuízo na piscicultura, atingindo ovos, alevinos, juvenis e adultos.
Prevenção: identificar as causas que predispõe à infecção fúngica, como má nutrição, má qualidade da água (baixa alcalinidade), excesso de matéria orgânica, manuseio inadequado, manuseio em baixas temperaturas, infecções parasitárias e bacterianas. Adotar boas práticas de manejo.
18.7 DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS
18.7.1 Saprolegnia
Diagnóstico/Sintomas: peixes nadando na superfície, concentrados na entrada da água, perda de apetite, natação vagarosa, perda de escamas, palidez das brânquias, erosão ou destruição das nadadeiras, olhos saltados (exoftalmia), acúmulo de líquidos na cavidade abdominal, fluido amarelo ou sanguinolento no intestino são os sinais mais comuns em infecções causadas por bactérias.
Mortalidade: causa grande prejuízo na piscicultura, atingindo alevinos, juvenis e adultos.
Prevenção: utilizar boas práticas de produção.
18.8 DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS
18.8.1 Aeromonas hydrophyla e Pseudomonas fluorescens
Diagnóstico/Sintomas: com maior incidência no verão, os sintomas são peixes nadando na superfície, concentrados na entrada da água, perda de apetite, natação vagarosa, lesões nas margens das nadadeiras dorsal e caudal, lesões ao redor da boca, áreas necróticas e amareladas nas brânquias.
Mortalidade: causa grande prejuízo na piscicultura, atingindo alevinos, juvenis e adultos.
Prevenção: utilizar boas práticas de produção.
18.8.2 Flavobacterium columnare - Colunariose
Diagnóstico/Sintomas: natação errática em sentido espiralado, abdômen distendido, córnea opaca e hemorrágica, acúmulo de fluído na cavidade abdominal, perda de apetite.
Mortalidade: causa grande prejuízo na piscicultura, atingindo principalmente peixes adultos (comum na produção tilápia em tanque rede).
Prevenção: utilizar boas práticas de produção além da possibilidade de vacinação.
18.8.3 Streptoccocus sp.
60
19.
Ocorrência de doenças
Ocorrência de doenças
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Peixes vivos com sinais de doença (moribundo) ou com comportamento estranho devem ser removidos dos viveiros e analisados, de modo a facilitar a identificação e coleta dos patógenos.
Peixes mortos devem ser retirados diariamente, pois disseminam parasitos e bactérias nos tanques, como também podem contaminar outros tanques quando levados por pássaros ou outros animais.
A coleta de peixes moribundos ou peixes mortos deve ser realizada em operações separadas da alimentação, evitando a contaminação da ração. Recomenda-se realizar a coleta como uma operação distinta e em equipamento próprio, evitando a contaminação dos equipamentos (carreta, alimentadores, tratores).
Todos os peixes coletados devem ser destinados a uma estrutura de compostagem. É recomendado não enterrar para não haver contaminação do solo.
Equipamentos utilizados em tanques suspeitos ou com doenças, como redes, puçás, roupas, luvas, caixas transporte, devem ser desinfetados.
Isolar unidades de cultivo com problemas de doença, evitando compartilhamento de equipamentos com outros tanques e unidades.
Contatar o mais rápido possível um profissional habilitado para a realização do diagnóstico e recomendação dos produtos a serem utilizados.
19.1 PEIXES MORIBUNDOS
19.2 PEIXES MORTOS
19.3 COLETA DOS PEIXES
19.4 DESTINO DE PEIXES COLETADOS
19.5 DESINFECÇÃO DE TANQUES
19.6 ISOLAMENTO
19.7 AUXÍLIO PROFISSIONALNormalmente, quando há ocorrência de doenças há uma diminuição do apetite dos peixes e alterações no comportamento. Avalie a influência da qualidade da água e procure por peixes moribundos, de modo que, se necessário, realize medicação oral aproveitando enquanto os peixes ainda estão se alimentando; a tendência é que os peixes diminuam ou até mesmo parem de se alimentar.
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20.
Tratamento das enfermidades
Tratamento das enfermidades
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Tratamentos podem ser realizados por banhos terapêuticos, por injeção do medicamento ou normalmente por administração via oral, juntamente com a ração.
Nunca utilizar produtos proibidos como os listados abaixo:
• Verde de Malaquita;
• Furazolidona e Nitrofuranos;
• Fluorquinolonas e quinolonas;
• Clorafenicol;
• Clenbuterol;
• Dietilestilbestrol (DES)
• Dimetrazole, ipronidazole e metronidazole;
• Hormônios esteróides;
• Glicopeptídeos.
20.1 PRODUTOS PROIBIDOS NA PISCICULTURA
No Brasil existem poucos produtos aprovados para uso em Piscicultura. O uso de medicamentos deve ser acompanhado obrigatoriamente de prescrição veterinária, e após seu uso, respeitar o período de carência especificado para cada produto.
64
21.
Sistema de compostagem
Sistema de compostagem
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Compostagem é um processo natural de fermentação que ocorre na presença de ar e umidade, fazendo com que peixes mortos e restos orgânicos sejam decompostos pela ação de microrganismos, obtendo-se um composto orgânico como produto final. Este sistema evita a proliferação de moscas, não há mal cheiro e não há chorume, desde que utilizadas proporções adequadas de peixe, serragem/maravalha (material aerador) e água.
A estrutura de compostagem pode ser construída em alvenaria e o tamanho deve ser adequado à quantidade de resíduos da propriedade. Deve ser coberto para não haver entrada de água da chuva. A porta frontal deve ser aberta, para colocação dos resíduos e fechada em camadas com uso de tábuas.
Forrar uma camada de aproximadamente 20 cm no chão com material aerador. Sobre ele, colocar os peixes mortos, mantendo uma distância de 15 cm das paredes, das portas e entre os peixes. Cobrir os peixes mortos com fina camada de material aerador. Acrescentar água com regador em quantidade correspondente à metade do peso dos peixes mortos (para 10 kg de peixe, utilizar 5 kg de água). Após colocar a água, cobrir com uma camada de mais 15 cm de material aerador. Continuar colocando os peixes mortos na mesma sequência (carcaça, material aerador, água, material aerador) até atingir 1,5 m de altura;
Deixar fermentar por um período entre 90 e 120 dias após o fechamento final. Os resíduos orgânicos serão transformados em um composto orgânico que poderá ser utilizado como fertilizante.
21.1 O QUE É COMPOSTAGEM
21.2 ESTRUTURA DE COMPOSTAGEM
21.3 COMO REALIZAR A COMPOSTAGEM
21.4 TEMPO DE COMPOSTAGEM
Peixes mortos, assim como restos orgânicos, devem ser retirados dos tanques de criação obrigatoriamente todos os dias, e destinados preferencialmente para sistemas de compostagem, não devendo ser enterrados ou deixados ao ar livre (fonte de contaminação).
Figura 20. Estrutura de compostagem e equipamento para transporte de animais mortos, utilizados em pisciculturas.
66
22.
Estocagem dos alevinos
Estocagem dos alevinos
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Alevinos devem ser adquiridos de empresas idôneas e que garantam a ausência de qualquer tipo de enfermidade.
No momento do recebimento checar as informações na nota fiscal, como quantidade, valor e tamanho. Também analisar externamente e internamente os animais e anotar todas as informações no controle de recebimento de alevinos, que ainda incluem data, tanque destino, peixe contado ou estimado na recepção, peso e tamanho, entre outras informações que possam ser importantes para rastreabilidade do lote.
Avaliar o estado sanitário dos animais, analisando externamente a pele, nadadeiras, olhos, boca e brânquias. Verificar se os peixes não apresentam manchas ou necroses na pele, erosão de nadadeiras, olhos fundos, saltados ou com vermes, se não há vermes na boca e brânquias (necroses, escurecimento ou palidez, presença de parasitas, hiperplasia) ou qualquer outra anormalidade. Caso haja lupa ou microscópio na propriedade, realizar raspagem do muco da pele e das brânquias e investigar se há presença de algum tipo de parasita.
22.1 PROCEDÊNCIA DOS ALEVINOS
22.2 CHECAGEM DO RECEBIMENTO
22.3 AVALIAÇÃO SANITÁRIA – ANÁLISE EXTERNA
Avaliar o estado sanitário dos animais, analisando internamente os órgãos, se não há presença de vermes intestinais ou na cavidade abdominal, se o fígado apresenta coloração característica e sem manchas, coloração clara da vesícula biliar e se não há acúmulo de líquido na cavidade abdominal.
22.4 AVALIAÇÃO SANITÁRIA – ANÁLISE INTERNA
Antes de soltar os alevinos no tanque, realizar a mistura gradual da água do tanque nas caixas de transporte ou nas embalagens plásticas para aclimatar os peixes ao novo ambiente, equalizando parâmetros importantes de água, como temperatura, oxigênio e pH.
22.5 ACLIMATAÇÃO
Alevinos devem ser estocados preferencialmente em tanques com sistema de proteção anti-pássaros. Os tanques devem ter filtros na entrada e saída de água e a abertura/diâmetro dos filtros deve estar de acordo com o tamanho dos alevinos para evitar o escape.
Quando a recepção ocorrer em caixas de transporte, descarregar com baldes ou utilizando calhas ou lonas, evitando o choque brusco dos animais com a água, minimizando ferimentos.
22.6 DESCARREGAMENTO DE PEIXES A GRANEL
Figura 21. Processo de aclimatação para proceder a soltura/peixamento dos alevinos.
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23.
Manejo de biometria
Manejo de biometria
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Alguns peixes devem ser sacrificados para uma melhor análise do estado de saúde do lote, permitindo uma avaliação externa e interna dos animais.
Na captura dos animais para a realização da biometria pode ser utilizada rede de arrasto ou tarrafas, sendo recomendado o uso de materiais confeccionados com linhas multifilamentos, machucando menos os peixes. Jejum prévio de 12 a 24 horas é recomendável para minimizar o estresse e não interferir no peso dos animais.
Os peixes devem ser coletados aleatoriamente sem que haja seleção, para que a amostragem contemple a média de peso do lote. Amostragens de 2% a 5% do lote aumentam a confiabilidade dos dados, mas pesagens de 50 a 100 peixes são suficientes. Pesagens individuais dos peixes auxiliam produtor para avaliar a homogeneidade do lote (tamanho médio, mínimo e máximo) e se manejo alimentar está sendo realizado de forma adequada.
23.1 AVALIAÇÃO DOS ANIMAIS
23.2 CAPTURA DOS ANIMAIS
23.3 AVALIAÇÃO DA AMOSTRAGEM
A biometria tem como finalidade avaliar o estado de saúde dos animais, acompanhar o crescimento dos peixes, atualizar o peso médio para ajustar as quantidades de ração a serem fornecidas, definir o momento das transferências e planejar as despescas. É recomendado que periodicamente seja realizado o processo de biometria para acompanhamento da produção.
Figura 22. Manejo de biometria para acompanhamento do crescimento e avaliação do estado sanitário dos animais.
70
24.
Manejo de transferência
Manejo de transferência
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Realizar um jejum de pelo menos 24 horas antes de realizar a transferência. A operação deve ser iniciada nas primeiras horas da manhã, proporcionando manejo nos horários de menor calor.
Jamais deve ser realizada a operação de transferência em peixes que passaram por algum tipo de estresse (restrição alimentar prolongada, doenças, má qualidade da água).
Recomenda-se aplicar sal na água do tanque na quantidade de 20 gramas/m2 antes da realização da transferência.
A rede deve ser fechada sempre próxima da entrada da água, proporcionando um melhor ambiente aos animais. Caso haja aeração, posicionar os aeradores próximos a rede.
Não concentrar (apertar) muitos peixes dentro da rede e trabalhar com bastante espaço, minimizando o adensamento, o estresse e os ferimentos.
O manuseio deve ser delicado, transportando os peixes com água e sempre em sacolas macias para se evitar a escamação e a perda de muco. Obedecer às densidades utilizadas nas caixas de transporte de peixe vivo, evitando superlotação, que pode causar ferimentos e baixo nível de oxigênio.
Recomenda-se a adição de sal branco nas caixas de transporte na quantidade de 3 a 5 kg de sal para cada 1.000 litros de água, o que minimiza o estresse e recompõe a produção de muco.
24.1 JEJUM
24.2 RESTRIÇÕES PARA A TRANSFERÊNCIA
24.3 APLICAÇÃO DE SAL NOS TANQUES
24.4 FECHAMENTO DA REDE
24.5 ESPAÇO DA REDE
24.6 MANUSEIO DOS ANIMAIS
24.7 APLICAÇÃO DE SAL NAS CAIXAS DE TRANSPORTEAntes da realização do processo de transferência, recomenda que se faça o planejamento dessa operação, reunindo todos os equipamentos a serem utilizados (desinfetados), definindo a função de cada trabalhador de modo a tornar essa operação rápida, eficiente e causando menos estresse e ferimentos aos animais.
Manejo de transferência
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Figura 23. Manejo de transferência, com imagens da rede fechada com bastante espaço, equipamentos para pesagem, transporte de peixe vivo e processo de soltura.
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74
25.
Manejo de despesca
Manejo de despesca
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Realizar jejum de pelo menos 24 horas antes da operação de despesca, evitando que peixes alimentados sejam carregados.
É importante verificar se foi respeitado o período de carência para produtos químicos, caso tenha sido realizado algum tipo de tratamento no tanque ou peixes.
25.1 JEJUM
25.2 PERÍODO DE CARÊNCIA PARA PRODUTOS QUÍMICOS
Antes da realização do processo de despesca, é recomendado que se faça o planejamento dessa operação, reunindo todos os equipamentos (desinfetados) a serem utilizados, definindo a função de cada trabalhador de modo a tornar essa operação rápida, eficiente e causando menos estresse e ferimentos aos animais.
Figura 24. Operação de despesca e pesagem no momento do carregamento.
76
26.
Procedimentos de limpeza e assepsia dos equipamentos
Procedimentos de limpeza e assepsia dos equipamentos
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As pessoas que trabalham na piscicultura devem higienizar regularmente as mãos. Quando houver manipulação de peixes doentes e contaminados, os agentes causadores da doença podem ser transmitidos aos peixes sadios, por isso a importância da lavagem das mãos e a sanitização feita com álcool 70%.
Para a realização da sanitização de equipamentos os colaboradores deverão ser treinados e munidos com Equipamentos de Proteção Individual (EPI).
Todos os equipamentos utilizados nos manejos dos peixes, como redes, puçás, cestos, macacões impermeáveis, luvas, sacolas, caixas de transporte e calhas devem ser lavados e sanitizados após cada uso. Recomenda-se uma estrutura própria para a lavagem de equipamentos e utilização de sanitizantes como a amônia quaternária, na proporção de 1:200 (produto comercial com 30% de amônia quaternária).
Para tratores, alimentadores, roçadeiras e outros equipamentos que não são utilizados nos manejos, realizar a limpeza e sanitização semanalmente com amônia quaternária, na proporção 1:2000 (produto comercial com 30% de amônia quaternária).
Quando há rodolúvio e pé de lúvio na propriedade, é recomendada a troca diária e o uso de amônia quaternária 1:2000 (produto comercial com 30% de amônia quaternária).
Nos depósitos de ração e outras instalações deve-se remover os resíduos orgânicos (restos de ração e sujeiras) e pulverizar uma solução clorada (água + cloro) na dosagem de 1.600 ppm ou amônia quaternária dosagem de 1:3000 (produto comercial com 30% de amônia quaternária)
26.1 MÃOS
26.2 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
26.3 EQUIPAMENTOS
26.4 MÁQUINAS
26.5 RODOLÚVIO E PÉ DE LÚVIO
26.6 OUTRAS INSTALAÇÕES
O termo higiene compreende os procedimentos de limpeza e sanitização, etapas estas distintas e complementares. Limpeza significa a remoção física da sujeira (lavagem) e sanitização consiste na aplicação de produtos que reduzem ou exterminam microrganismos potencialmente patógenos das superfícies onde são aplicados.
Foto 25. Estrutura de lavagem e sanitização de equipamentos e pé de lúvio na entrada de uma unidade de produção de peixes.
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27.
Condição e segurança dos trabalhadores da piscicultura
Condição e segurança dos trabalhadores da piscicultura
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O empregador deverá realizar constantes treinamentos para que a função de cada colaborador seja realizada adequadamente e esteja de acordo com as boas práticas de produção, realizando o registro das datas e dos treinamentos realizados.
O empregador deverá fornecer aos colaboradores os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para realização de atividades que exigem tais equipamentos, visando garantir a proteção e a manutenção da saúde dos colaboradores.
27.1 TREINAMENTO
27.2 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Todos os trabalhadores das pisciculturas deverão ser registrados de acordo com a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
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28.
Controles e rastreabilidade na piscicultura
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Sem a adoção dos registros não é possível avaliar a eficiência das diferentes estratégias de manejo utilizadas e nem a lucratividade alcançada. Estratégias como mudança de fornecedor de alevinos, alterações nas densidades, quantidade e frequência de arraçoamento, manejo da qualidade da água, uso de aeração, entre muitas outras estratégias que são mudadas ou incorporadas no dia a dia das pisciculturas.
Outra importância da adoção de registros é garantir a rastreabilidade dos peixes produzidos, que é a capacidade de traçar um histórico através dessas informações. A rastreabilidade é obrigação do produtor e uma tendência para o atendimento de todos os tipos de mercado, que necessitam de informações do histórico de produção de um lote de peixes (origem dos alevinos, alimentos fornecidos, tanques onde foram criados, tratamentos realizados) para garantir ao consumidor a segurança alimentar do pescado produzido.
A implementação dos controles não é difícil, sendo necessário o treinamento dos colaboradores para seu preenchimento. Os controles devem ser mantidos na piscicultura para facilitar sua análise, assim como, a possibilidade de futuras auditorias. Os controles devem ser armazenados na piscicultura por pelo menos 1 ano após o peixe ter sido despescado, tempo em que o peixe deve ser comercializado pelo mercado (congelado por exemplo).
Tão importante quanto preencher os controles é a interpretação dos dados e análises dos resultados obtidos. A Nutrizon Alimentos conta com uma equipe técnica qualificada para auxiliar o produtor na implementação destes controles, na interpretação dos resultados e na adoção de novas tecnologias e estratégias.
28.1 IMPORTÂNCIA DOS REGISTROS
28.2 RASTREABILIDADE
28.3 IMPLEMENTAÇÃO
28.4 INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
Controles e rastreabilidade na piscicultura
Registrar as atividades da piscicultura é fundamental para que o produtor possa entender cada vez mais do seu negócio, gerando acúmulo de experiência ao longo dos anos, possibilitando avaliar o resultado zootécnico e econômico da atividade, além de garantir a rastreabilidade do processo. Os registros podem ser realizados de diversas formas e encontram-se neste Manual vários modelos de controles sugeridos para o uso nas pisciculturas.
1. Controle de recebimento dos peixes
2. Controle de recebimento de ração
3. Controle de recebimento de insumos
4. Controle diário de alimentação
5. Controle de análise da água
6. Controle de biometria e saúde
7. Controle de transferência
8. Controle de saída
9. Controle de tratamento
28.5 PRINCIPAIS CONTROLES USADOS NA PISCICULTURA
DATA: __/__/__ ESPÉCIE______________________________
ORIGEM
FORNECEDOR: ____________________________________________________________________________NOTA FISCAL N°: __________________________________________________________________________LOTE FORNECIDO N°: ___________________________________QUANTIDADE: ________________________________________VALOR TOTAL (R$): _____________________________________HORÁRIO DE CHEGADA: ________________________________TÉRMINO DESCARREGAMENTO: __________________________
CONTADO ESTIMADO
AVALIAÇÃO DOS PEIXES
DESTINO
TANQUE DESTINO: _____________________________________N° DO LOTE: __________________________________________
OBSERVAÇÕES GERAIS: __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
RESPONSÁVEL PELA ENTREGA: _______________________________________________________________RESPONSÁVEL PELO RECEBIMENTO: __________________________________________________________
PADRÃOESTIMADOMEDIDO
COMPRIMENTO MÉDIO (cm):
PESO MÉDIO (gramas):
BIOMASSA (kg):
MORTALIDADE:
CONTROLE DE RECEBIMENTO DE PEIXES
PISCICULTURA
82
29.
Fichas de controle
DATA: __/__/__
NOTA FISCAL: _____________________________________________________________________________INSUMO: ________________________________________________________________________________FORNECEDOR: ____________________________________________________________________________
QUANTIDADE (KG): ____________________________VALOR TOTAL (R$): ____________________________
QUANTIDADE (SACOS): ______________________VALOR POR KG (R$): ________________________
VALOR DO FRETE (R$): __________________________________DATA DE FABRICAÇÃO: _________________________________DATA DE VALIDADE: ____________________________________
OBSERVAÇÕES GERAIS: __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
RESPONSÁVEL PELO RECEBIMENTO: __________________________________________________________
CONTROLE DE RECEBIMENTO DE INSUMOS
PISCICULTURA
DATA: __/__/__
VALOR FRETE: R$ ______________
NOTA FISCAL: _____________________ VALOR TOTAL: R$: ______________
LOCAL DE ESTOCAGEM: ____________________________________________________________________TRANSPORTADORA: _______________________________________________________________________PLACA DO CAMINHÃO: _____________________________________________________________________
RESPONSÁVEL PELO RECEBIMENTO: __________________________________________________________
OBSERVAÇÕES GERAIS: __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
DATA DEFABRICAÇÃOLOTEPELETE
(mm)TIPO
(%PB)RAÇÃO
KARINO PEIXES
KARINO PEIXES
KARINO PEIXES
KARINO PEIXES
KARINO PEIXES
KARINO PEIXES
KARINO PEIXES
KG SACO
VALOR (R$)
KG SACO
QUANTIDADE
LOTE FLUTUABILIDADE (%)5 minutos
SIM NÃO
SIM NÃO
SIM NÃO
SIM NÃO
SIM NÃO
SIM NÃO
SIM NÃO
UMIDADEFINOS(%)RAÇÃO
KARINO PEIXES
KARINO PEIXES
KARINO PEIXES
KARINO PEIXES
KARINO PEIXES
KARINO PEIXES
KARINO PEIXES
CONTROLE DE RECEBIMENTO DE RAÇÃO
PISCICULTURA
CON
TRO
LE D
A A
NÁ
LISE
DE
ÁG
UA
PISC
ICU
LTU
RA
OBS
ERVA
ÇÕES
GER
AIS:
___
____
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____
____
____
____
____
____
____
____
____
___
DATA
: __/
__/_
_
R
ESPO
NSÁ
VEL
PELA
S AN
ÁLIS
ES: _
____
____
____
____
____
____
____
____
___
TAN
QU
EH
ORA
pHO
BSER
VAÇÕ
ESO
XIG
ÊNIO
mg/
LTE
MP.
°CTR
ANSP
.(c
m)
NH
3(p
pm)
NIT
RITO
(ppm
)DU
REZA
(ppm
)AL
CALI
NID
ADE
(ppm
)
ATIVIDADE ALIMENTAR: 0-NENHUMA 1-POUCA 2-BOA 3-EXCELENTE
DATA: __/__/__ ALIMENTADOR: _____________________________________________________
OBSERVAÇÕES GERAIS: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
TANQUE TIPO DERAÇÃO ATIVIDADE MORTES OBSERVAÇÕESRAÇÃO
MANHÃ (KG)RAÇÃO
TARDE (KG)
TANQUE
TOTAL
TIPO QUANTIDADE (KG) QUANTIDADE (SACO)
CONTROLE DIÁRIO DOS TIPOS DE RAÇÕES UTILIZADOS NA PISCICULTURA
CONTROLE DIÁRIO DE ALIMENTAÇÃO
PISCICULTURA
TEMPO: BOM NUBLADO CHUVOSO
CONTROLE DE TRANSFERÊNCIA
PISCICULTURA
OBSERVAÇÕES GERAIS: _________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________
RESPONSÁVEL PELA TRANSFERÊNCIA: __________________________________________________________________________________________
DATA: __/__/__
TEMPERA DA ÁGUA: INÍCIO:____°C TÉRMINO____°C
PEIXE: ____________________________________________________
TANQUE DE ORIGEM: _______________________________________
TANQUE DE DESTINO: _______________________________________
HORA INÍCIO: ______________________________________________
HORA TÉRMINO: ___________________________________________
LOTE: ____________________________________________________
PARCIAL TOTAL FINALIZADODESPESCA:
CAIXA DE TRANSPORTE TANQUE PARA TANQUE _________________MÉTODO DE TRANSFERÊNCIA:
_______________________________________ KG
_______________________________________ PEIXES
_______________________________________ MÉDIA (KG)
OXIGÊNIO INÍCIO: _______________________
OXIGÊNIO FIM: _________________________
VIAGEM 1
_______________________________________ KG
_______________________________________ PEIXES
_______________________________________ MÉDIA (KG)
OXIGÊNIO INÍCIO: _______________________
OXIGÊNIO FIM: _________________________
VIAGEM 1
_______________________________________ KG
_______________________________________ PEIXES
_______________________________________ MÉDIA (KG)
OXIGÊNIO INÍCIO: _______________________
OXIGÊNIO FIM: _________________________
VIAGEM 1
_______________________________________ KG
_______________________________________ PEIXES
_______________________________________ MÉDIA (KG)
OXIGÊNIO INÍCIO: _______________________
OXIGÊNIO FIM: _________________________
VIAGEM 1
_______________________________________ KG
_______________________________________ PEIXES
_______________________________________ MÉDIA (KG)
OXIGÊNIO INÍCIO: _______________________
OXIGÊNIO FIM: _________________________
VIAGEM 1
CONTROLE DE BIOMETRIA E SAÚDE
PISCICULTURA
OBSERVAÇÕES GERAIS: _________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________
AVALIAÇÃO DO ESTADO SANITÁRIO
RESPONSÁVEL PELA BIOMETRIA: ______________________________________________________________________________________________
DATA: ________________________________________________________
TANQUE: _____________________________________________________
LOTE: ________________________________________________________
TEMP: ________________________________________________________
HORÁRIO INÍCIO: ___________________________________________
HORÁRIO TÉRMINO: ________________________________________
PEIXE: ____________________________________________________
OXIGÊNIO: ________________________________________________
TQ- TQ- TQ- TQ- TQ-Px KG Média Px KG Média Px KG Média Px KG Média Px KG Média
1. SUPERFÍCIE DO CORPO
01 - ( ) aspecto normal 02 - ( ) sinais de micoses 03 - pequenos pontos: ( ) brancos ( ) vermelhos ( ) negros ( ) escurecidos
04 - quantidade de muco: ( ) normal ( ) diminuído ( ) aumentado 05 - ( ) lesões mecânicas presentes 06 - ( ) zonas de necroses
2. NADADEIRAS
01 - ( )normal 02 - ( )sinais de micoses 03 - ( ) inflamação 04 - ( ) necroses 05 - ( ) faltando pedaço 06 - ( ) descoloridas
07 - ( ) erudidas/desfinhadas 08 - ( ) presença de parasito
3. OLHOS
01 - ( ) normal 02 -( ) opaco 03 - exoftalmia: ( ) unilateral ( ) bilateral 04 - ( ) com pontos brancos
05 - ( ) com pontos vermelhos na córnea 06 - ( ) presença de parasito
4. BOCA, BRÂNQUIAS E OPÉRCULO
01 - ( ) normal 02 - ( ) opérculo muito aberto 03 - coloração das brânquias: ( ) normal ( ) vermelho escuro ( ) rosada ( ) aspecto anêmico
04 - ( ) hemorrágica 05 - ( )hiperplasia/inchamento 06 - ( ) necroses 07 - ( ) presença de parasito boca 08 - ( ) presença de parasitos nas brânquias
05. ÓRGÃOS INTERNOS
CORAÇÃO: 01 - coloração: ( ) normal ( ) vermelho escuro ( ) anêmico 02 - tamanho: ( ) aumentado ( ) normal 03 - ( ) manchas/pontos
FÍGADO: 01 - coloração: ( ) normal ( ) escuro ( ) rosada ( ) anêmico 02 - tamanho: ( ) aumentado ( ) normal 03 - textura: ( ) firme ( ) friável
BILIS: 01 - coloração: ( ) clara ( ) esverdeada ( ) escura 02 - tamanho: ( ) normal ( ) aumentado
INTENSTINO: 01 - presença de alimento ( ) sim ( ) não 02 - coloração: ( ) normal ( ) avermelhada
05 - ( ) líquido sanguinolento 06 - ( ) presença de parasitos: ( ) pouco ( ) muito
ESTÔMAGO: 01 - presença de alimento ( ) sim ( ) não 02 - coloração: ( ) normal ( ) avermelhada
05 - ( ) líquido sanguinolento 06 - ( ) presença de parasitos: ( ) pouco ( ) muito
CONTROLE DE TRATAMENTO
PISCICULTURA
OBSERVAÇÕES GERAIS: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
TOTAL MEDICAMENTO UTILIZADO: _____________________________________________________________________________________________
RESPONSÁVEL TÉCNICO: _____________________________________________________________________________________________________
DATA: __/__/__INÍCIO DO TRATAMENTO: __/__/__FIM DO TRATAMENTO: __/__/__
TANQUE: _________________________________________
LOTE: ____________________________________________
NÚMERO DE PEIXE ATUAL: __________________________
PESO MÉDIO ATUAL (KG): ___________________________
BIOMASSA ATUAL (KG): _____________________________
NOME DO MEDICAMENTO: _________________________
DOSAGEM RECOMENDADA: _________________________
ORAL BANHOTIPO DE TRATAMENTO:
DATAQTD DE RAÇÃO (KG)MANHÃ TARDE
QUANTIDADE DEMEDICAMENTO
N° DE PEIXESMORTOS
OXIGÊNIOMANHÃ
OXIGÊNIOTARDE T °C
CONTROLE DE SAÍDA
PISCICULTURA
OBSERVAÇÕES GERAIS: _________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________
RESPONSÁVEL PELA DESPESCA: _______________________________________________________________________________________________
RESPONSÁVEL PELO RECEBIMENTO: ____________________________________________________________________________________________
DATA: __/__/__
TANQUE: _________________________________________
LOTE: ____________________________________________
CAIXA: _________________________________
_______________________________________ KG
_______________________________________ PEIXES
_______________________________________ MÉDIA (KG)
CAIXA: _________________________________
_______________________________________ KG
_______________________________________ PEIXES
_______________________________________ MÉDIA (KG)
DESTINO: ________________________________________
CAMINHÃO: ______________________________________
PLACA: __________________________________________
MOTORISTA: ______________________________________
PEIXE: ____________________________________________________
INÍCIO DA PESCA: __________________________________________
FIM DA PESCA: _____________________________________________
PARCIAL TOTAL FINALIZADODESPESCA:
SIM NÃOFOI MEDICADO: ÚLTIMO DIA DE TRATAMENTO: __/__/__
CAIXA: _________________________________
_______________________________________ KG
_______________________________________ PEIXES
_______________________________________ MÉDIA (KG)
CAIXA: _________________________________
_______________________________________ KG
_______________________________________ PEIXES
_______________________________________ MÉDIA (KG)
CAIXA: _________________________________
_______________________________________ KG
_______________________________________ PEIXES
_______________________________________ MÉDIA (KG)
TOTAL DA CARGA: _____________________________ KG
NÚMERO DE PEIXES: ____________________________ UN
PESO MÉDIO___________________________________ KG
CAIXA: _________________________________
_______________________________________ KG
_______________________________________ PEIXES
_______________________________________ MÉDIA (KG)
Créditos
ELABORAÇÃO
Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento em Aquacultura
Nutrizon Alimentos Ltda.
THIAGO TETSUO USHIZIMA
Zootecnista/Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento
COLABORADORES:
ANTÔNIO LUAN ALMEIDA TAVARES
Biólogo
ÁTILA ALVES PEREIRA
Zootecnista
DIOGO DE ALMEIDA SILVA
Médico Veterinário
PAULO HENRIQUE CAVALHEIRO MARTVI
Zootecnista
REFERÊNCIAS
• BOYD, C.E. Water Quality in Ponds for Aquaculture. Alabama Agricultural Experiment
Station. Auburn University, 1990.
• BOYD, C.E. Aquaculture Pond Bottom Soil Quality Management. Auburn University, 2002.
• CAMPOS, J.L. Manual de boas práticas de produção na piscicultura do arranjo produtivo
local da região de Dourados, MS, 2007. 80 p.
• FARIA, R.H.et al. Manual de criação de peixes em viveiros. Brasília: Codevasf, 2013.
• PAIVA, M.J.T.R., TAKEMOTO, R.M., LIZAMA, M.L.A.P. Sanidade de Organismos Aquáticos,
2004.
• PAVANELLI, G.C., EIRAS, J.C., TAKEMOTO, R.M. Doenças de Peixes, 305p., 2002.
• SANDOVAL, J.P., TROMBETA, T.D., MATTOS, B.O., SALLUM, W.B. Manual de criação de
peixes em tanque rede. Brasília: Codevasf, 2010.
• U.S. Department of Health and Human Services Food and Drug Administration. Fish and
Fishery Products Hazards and Controls Guidance, 2011.
92
Créditos
NUTRIZON ALIMENTOS LTDA.
Linha 25, Lote 3, GB 16, Fundos - Caixa Postal 10
CEP 76940-000 - Rolim de Moura - RO
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