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Manual de Apoio para a criação de salas de aula inclusivas e amigas da aprendizagem

Gerir salas de aula inclusivas e amigas da aprendizagem 2

ISBN 92-9223-032-8

Segunda edição de setembro de 2005

© UNESCO 2004

Publicado por:

UNESCO Asia and Pacific Regional Bureau for Education

920 Sukhumvit Rd., Prakanong

Bangkok 10110, Thailand

Impresso na Tailândia

As designações utilizadas e a apresentação do material ao longo da publicação não implicam, de modo algum, a expressão de qualquer opinião por parte da UNESCO sobre o estatuto jurídico de qualquer país, território, cidade ou área ou das suas autoridades ou sobre as suas fronteiras ou limites.

Texto traduzido do Inglês por Ana Maria Bénard, Ana Cachado e José Vaz Pinto

Capa de Valdemar Lopes

Associação Cidadãos do Mundo – Rede Inclusão - Portugal

Ano de 2012

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Gerir salas de aula inclusivas e amigas da aprendizagem 3

GUIA DE FERRAMENTAS

Este manual visa ajudá-lo a gerir salas de aula heterogéneas.

Explica como se pode planear um ensino e uma aprendizagem

que sejam eficazes, como se podem utilizar os recursos de

forma efetiva, como se podem gerir os trabalhos de grupo

numa classe diversificada, assim como avaliar os progressos

dos alunos e, portanto, o seu progresso.

ÍNDICE/Ferramentas

5.1 Planear o Ensino e a Aprendizagem ....................................... 5

ROTINAS DE SALA DE AULA ................................................. 5

RESPONSABILIDADES DAS CRIANÇAS ...................................... 6

PLANEAMENTO DAS AULAS .................................................. 7

5.2 Dar O Melhor Rendimento Aos Recursos Disponíveis .................... 13

ESPAÇO FÍSICO ............................................................... 14

CANTINHOS DE APRENDIZAGEM ........................................... 15

ÁREAS DE EXPOSIÇÃO ....................................................... 16

BIBLIOTECA DE SALA DE AULA ............................................. 17

5.3 Gestão do Trabalho de Grupo e da Aprendizagem Cooperativa ........ 20

ABORDAGENS AO TRABALHO DE GRUPO ................................... 20

UTILIZANDO DIFERENTES FORMAS DE AGRUPAMENTO ................ 21

APRENDIZAGEM COOPERATIVA ............................................. 23

COMPETÊNCIAS INTERPESSOAIS PARA A APRENDIZAGEM ............. 24

ESTABELECIMENTO DE REGRAS PARA O TRABALHO DE GRUPO ........ 25

GESTÃO DA APRENDIZAGEM EM PARES ................................... 26

APRENDIZAGEM AUTODIRIGIDA ........................................... 28

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Gerir salas de aula inclusivas e amigas da aprendizagem 4

PLANEAR PARA A DIFERENCIAÇÃO ......................................... 29

GERIR O COMPORTAMENTO NUMA SALA DE AULA INCLUSIVA ........ 32

GERIR A SALA DE AULA ATIVA E INCLUSIVA ............................ 39

5.4 Avaliação Ativa e Fidedigna .............................................. 43

O QUE É A AVALIAÇÃO? .................................................... 43

RESULTADOS DA APRENDIZAGEM .......................................... 44

ABORDAGENS E TÉCNICAS DE UMA AVALIAÇÃO FIDEDIGNA .......... 46

FEEDBACK E AVALIAÇÃO ..................................................... 53

AVALIAR AS COMPETÊNCIAS E AS ATITUDES ........................... 55

O QUE PODE CORRER MAL NA AVALIAÇÃO? .............................. 57

5.5 O Que Aprendemos? ...................................................... 60

ONDE PODE APRENDER MAIS? .............................................. 62

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Gerir salas de aula inc

Ferramenta 5.1

Planear o Ensino e aJuan é um professor dmontanhas. Não teve uma grande formação, mas ofereceunum local longe da cidade para onde nenhum outro professor quis ir. Embora goste muito de crianças, coisas em que pensar: o que ensinar, que materiais utilizar, onde encontrar os materiais, como ensinar uma turmaníveis, como preparar as aulas para os diferentes graus, etc.professor fazer tudo isto?

Em muitos países, e particularmente nas zonas rurais, os professores podem considerar o seu trabalho como um desafio considerpreciso responder aos interesses das crianças, é necessário sermos bem organizados. Temos de GERIR o ensino e adar-lhe muitas ideias sobre a forma de planear a aprendsobre a melhor utilização dos recursos disponíveis, assim como sobre gestão duma sala de aula que com crianças de diversos me

ROTINAS DE SALA DE AULAAs salas de aula regulares ajudam as crianças a do seu dia escolar, de forma rápida e significativa. As crianças devemconcordar com as regras e as rolas. Por exemplo, um grupo de alunos deve ocuparrelatar ao professor as faltas verificadas. Ao decom as crianças, é importante explicar e decidir acerca de: (i)ser feito; (ii) quem o deve fazer; (iii) quando é que deve ser feito; e (iv) porque é importante realizar regularmente aquela a

Em seguida presentamorganizar com os seus alunos:

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Gerir salas de aula inclusivas e amigas da aprendizagem

Ferramenta 5.1

Planear o Ensino e a Aprendizagem Juan é um professor das Filipinas que trabalha numa pequena escola nas montanhas. Não teve uma grande formação, mas ofereceu-se para trabalhar num local longe da cidade para onde nenhum outro professor quis ir. Embora goste muito de crianças, considera o ensino um grande desafio. Há tantas

o que ensinar, que materiais utilizar, onde encontrar teriais, como ensinar uma turma com muitos alunos em diferentes

níveis, como preparar as aulas para os diferentes graus, etc. professor fazer tudo isto?

particularmente nas zonas rurais, os professores podem considerar o seu trabalho como um desafio considerável. Embora seja

aos interesses das crianças, é necessário sermos bem organizados. Temos de GERIR o ensino e a aprendizagem. Este ma

lhe muitas ideias sobre a forma de planear a aprendizagem e o ensino, utilização dos recursos disponíveis, assim como sobre

gestão duma sala de aula que visa uma aprendizagem amigável para ocom crianças de diversos meios e diferentes capacidades.

ROTINAS DE SALA DE AULA As salas de aula regulares ajudam as crianças a iniciar o trabalho, no iníciodo seu dia escolar, de forma rápida e significativa. As crianças devemconcordar com as regras e as rotinas e, mais do que isso, devem organizá

grupo de alunos deve ocupar-se de fazer o registo e de as faltas verificadas. Ao desenvolver outras ro

com as crianças, é importante explicar e decidir acerca de: (i)quem o deve fazer; (iii) quando é que deve ser feito; e (iv)

realizar regularmente aquela atividade.

am-se algumas ideias sobre as rotinas que pode os seus alunos:

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lusivas e amigas da aprendizagem 5

numa pequena escola nas se para trabalhar

num local longe da cidade para onde nenhum outro professor quis ir. Embora considera o ensino um grande desafio. Há tantas

o que ensinar, que materiais utilizar, onde encontrar com muitos alunos em diferentes

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particularmente nas zonas rurais, os professores podem ável. Embora seja

aos interesses das crianças, é necessário sermos bem aprendizagem. Este manual vai

izagem e o ensino, utilização dos recursos disponíveis, assim como sobre a

uma aprendizagem amigável para os alunos

iniciar o trabalho, no início do seu dia escolar, de forma rápida e significativa. As crianças devem

sso, devem organizá-se de fazer o registo e de senvolver outras rotinas

com as crianças, é importante explicar e decidir acerca de: (i) o que tem de quem o deve fazer; (iii) quando é que deve ser feito; e (iv)

se algumas ideias sobre as rotinas que pode

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♦ Que trabalho devem fazer num determinado tempo, particularmente em relação àqueles que chegam tarde por terem de andar muito, assim como para os outros que estão à espera que a aula comece;

♦ Como se devem distribuir, recolher e arrumar os livros e outros materiais escolares e quem deve ocupar-se destas tarefas (talvez de forma rotativa entre os alunos, meninas e rapazes ou equipas de alunos);

♦ Como podem os alunos receber apoio uns dos outros quando precisam dele e o professor não está disponível;

♦ O que fazer quando acabarem a uma atividade;

♦ Como chamar a atenção do professor de modo que não incomode a classe;

♦ O que são níveis aceitáveis de ruído;

♦ Como se mover na sala de aula de forma que não perturbe e

♦ Como sair da sala.

Os alunos devem participar ativamente no estabelecimento destas regras porque, deste modo, estarão mais dispostos a aceitá-las. No entanto, algumas regras podem ser não-negociáveis, especialmente quando se destinam a proteger os alunos, tal como as que se referem à saída da sala de aula ou ao contacto com o professor antes de saírem da escola, especialmente se estão acompanhados dum adulto que não seja o pai ou a mãe ou o tutor(a).

RESPONSABILIDADES DAS CRIANÇAS TODOS os alunos devem ajudar na realização das tarefas e deveres da sala de aula. Deste modo, será ajudado a gerir a turma ao mesmo tempo que ensina as crianças a serem responsáveis. A seguir indicam-se alguns exemplos do modo como pode distribuir responsabilidades pelos seus alunos.

♦ Ser professor das crianças mais pequenas ou das que precisem de um apoio adicional na aprendizagem;

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Gerir salas de aula inclusivas e amigas da aprendizagem 7

♦ Ser um líder de grupo ou um membro duma equipa, capaz de assegurar que uma atividade de aprendizagem ou uma rotina foram realizadas e que consegue relatar o que foi aprendido ou completado;

♦ Ser membro duma equipa de saúde que se assegura de que há água e sabão ou cinza para lavar as mãos e água limpa para beber;

♦ Ser aquele que assegura os registos nos mapas próprios; e

♦ Ser aquele que esvazia a caixa de sugestões e as regista.

A escolha das responsabilidades que devem ser distribuídas a cada aluno depende das suas idades e níveis de maturidade. No entanto, não devem ser só os alunos mais inteligentes ou mais “sensíveis” a beneficiar do facto de terem responsabilidades. TODAS as crianças da sua classe devem ser incluídas, independentemente do seu sexo, capacidade de aprendizagem, ou meio cultural. Assim, devemos ter cuidado em não reforçar os estereótipos de género pedindo às meninas para regarem as plantas e aos rapazes para mudarem as carteiras. Desde que se dê o apoio necessário, TODOS os alunos podem participar e beneficiar de todas as tarefas e rotinas da turma.

PLANEAMENTO DAS AULAS Para utilizar da melhor forma o seu tempo e o tempo necessário à aprendizagem, as aulas devem ser bem planeadas. Como é evidente, de início, isto leva tempo, mas constitui uma competência profissional importante para todos os professores e um meio de poupar tempo ao longo do processo.

Uma estrutura que pode utilizar para planear é o triângulo curricular

Conteúdo

Processo Ambiente

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Neste contexto, conteúdo significa o tópico que foi identificado nos documentos do seu currículo nacional. No entanto, e especialmente em turmas que abrangem crianças de diferentes meios sociais e com diferentes capacidades, este tópico deve ter significado para as crianças e ser adaptado de modo a adequar-se à comunidade local em que vivem.

Processo é a forma como o conteúdo deve ser ensinado. Isto pode envolver a utilização de diferentes métodos de ensino de modo a ir o encontro das necessidades dos diferentes estilos de aprendizagem ou com o fim de maximizar o tempo disponível para o enino e a aprendizagem (veja em baixo o ensino entre pares).

Ambiente inclui o ambiente físico – incluindo os recursos para a aprendizagem que podem estar disponíveis nos cantinhos de aprendizagem – assim como o ambiente psicossocial, por exemplo, o ênfase na construção de autoestima através de atividades cooperativas.

Atividades: Comece a lição com um “jogo de nomes” para que, no princípio do ano, as crianças aprendam os nomes umas das outras. Esta atividade ajuda a criar a solidariedade na turma. Outra atividade é chamada “dar presentes”. As crianças trabalham aos pares, falando umas com as outras e fazendo perguntas. Depois de alguns minutos, escrevem aquilo que descobriram sobre o seu par e depois relatam para a classe as qualidades ou “dons” pessoais do seu par. Podem relatar deste modo: “O nome da minha amiga é Maria e ela tem sentido de humor.” “O nome do meu amigo é Joe e ele tem o dom de ser um bom ouvinte”. Esta atividade mostra que todos podem trazer alguma coisa para a turma e que estas qualidades pessoais são valorizadas.

Os alunos aprendem melhor quando estão ativos e quando pensam. Também aprendem quando as atividades se baseiam em experiência e contextos da vida real, de modo a que possam aplicar o seu conhecimento de forma mais eficiente. Os professores que conhecem bem os seus alunos e as suas comunidades podem mais facilmente, quando planeiam as suas aulas, incluir exemplos relacionados com as comunidades.

No entanto, infelizmente muitos professores nunca foram orientados no sentido de planearem as suas lições. Só foram ensinados a seguir o livro escolar e, por isso, o livro escolar é o seu único material de ensino.

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Em qualquer caso, devem planear a forma de comunicar a informação fornecida pelo texto de modo a que a que as crianças a compreendam. Para uma classe inclusiva este planeamento não é um luxo; é uma necessidade porque se devem considerar as crianças de diferentes meios e com diferentes capacidades.

Temos de saber, pelo menos, o seguinte:

♦ O que estamos a ensinar (tópico, assunto)?

♦ Porque estamos a ensinar (metas/objetivos)?

♦ Como vamos ensinar (métodos/processos)?

♦ O que é que as crianças já conhecem (aprendizagem anterior, pré-avaliação)?

♦ O que vão as crianças fazer (atividades)?

♦ Como vamos gerir a aula (incluindo a organização do ambiente físico e social)?

♦ Que atividades são adequadas a TODOS os alunos?

♦ Os alunos terão oportunidade de trabalhar aos pares ou em pequenos grupos?

♦ Como vão os alunos registar o que estão a fazer (produtos que traduzam a aprendizagem, tais como desenhos)?

♦ Como vamos saber se os alunos estão a aprender (feedback e avaliação)?

♦ O que vamos fazer a seguir (reflexão a planeamento futuro)?

Uma das formas como nos podemos organizar e planear as nossas aulas é através da utilização de uma simples matriz de planeamento da aula, um plano da estrutura da aula ou um plano de lição diário, tal como nos exemplos aqui apresentados. Tente usar pelo menos um deles ao planear as suas aulas, começando talvez só com um tópico ou uma lição. Eles irão dar-lhe um começo seguro na organização do seu ensino, uma forma de saber se os

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alunos estão ou não a compreender o que é ensinado e uma possibilidade de pensar o que vai fazer a seguir e como melhorar o seu ensino.

Matriz de um Plano de Lição

Plano de Lição

Assunto: __________________________________

Turma ou grupo de ensino: _____________________

Número de alunos: ___________________________

Tempo: ___________________________________

Objetivos de Aprendizagem:

O que quer que as crianças aprendam nesta aula?

Pense sobre os conhecimentos, as competências e as atitudes que pretende que eles aprendam. Escolha duas ou três para focar numa aula.

Recursos:

De que recursos necessita a sua aula? De que materiais precisam os alunos? Como podem as crianças ajudar a obter esses recursos?

Crianças com mais Necessidades Individuais:

Há crianças no grupo que precisam de ajuda extra?

De que tipo de apoio precisa para ajudar estas crianças?

Precisa de os apoiar numa base individual?

Precisa de se certificar que estão sentados num local apropriado na sala? (muitas vezes para ajudar esta crianças que precisam de apoio extra é

Tópico Objetivo Métodos Pre- avaliação

Organização da turma

Atividades dos alunos

Produtos da Aprendizagem

Feed-

back

Comentários

(Reflexão)

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Gerir salas de aula inclusivas e amigas da aprendizagem 11

melhor colocá-las à frente, onde mais facilmente as pode ajudar, especialmente se a sua turma for muito numerosa).

Introdução:

Lembre aos alunos o que aprenderam e o que pretende que eles façam nesta aula. Alguns professores escrevem no quadro no início da aula. Pense na forma como vai começar a lição. Lembre-se de rever brevemente aquilo que as crianças aprenderam na última lição. Comece por dar aos alunos um problema para eles resolverem, com uma questão de resposta múltipla, ou com uma figura que elas possam comentar e que as conduza à sua atividade principal.

Principais Atividades:

O que quer que os alunos façam na parte principal da aula?

Certifique-se que as suas tarefas garantem que os alunos irão atingir os objetivos de aprendizagem.

Tente incluir uma diversidade de atividades, por exemplo, tente pedir aos alunos para trabalharem aos pares ou em pequenos grupos.

Decida como vai utilizar o seu tempo enquanto os alunos trabalham nas suas tarefas. Muitas vezes esta é uma boa altura para apoiar os alunos que precisam de uma ajuda extra.

Conclusão:

No fim da aula escolha uma atividade ou discussão que reforce os objetivos de aprendizagem. Pergunte aos alunos o que aprenderam no final da aula.

Autorreflexão depois de ter dado a aula:

Use este espaço para escrever uma nota rápida para si próprio sobre a forma como decorreu a aula e como poderia melhorar na próxima vez. Os alunos atingiram os objetivos? Estiveram todos empenhados? O que poderá fazer de diferente na próxima aula?

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Ficha diária do Professor sobre o planeamento das aulas

1 Objetivos da Aprendizagem Recursos

Estrutura da aula

2 Objetivos da Aprendizagem Recursos

Estrutura da aula

3 Objetivos da Aprendizagem Recursos

Estrutura da aula

4 Objetivos da Aprendizagem Recursos

Estrutura da aula

5

Objetivos da Aprendizagem Recursos

Estrutura da aula

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Gerir salas de aula inc

Ferramenta 5.2

Dar o Melhor Rendimento aOs bons professores mantêm um ambiente de aprendizagem intpara todos os alunos independentemente da sua idade, sexo, capacidademeio ambiente. As suas aulasMesmo que os materiais escolares sejam reduzidos e opobre, a sala de aula pode estar bem arrumada, limpa, e ser um espaço interessante com ideias criativas em que o pAqui apresentamos algumas ideias

Se possível, as cadeiras e mesas devem poder ser mudadas de lugapermitir o trabalho de grupo. Pode haver mais do que um qsuperfície onde se possa escrever. Deve haver trabalhos dos alunos, de modo que eles se possam sentir orgulhosos ao mostrar aos outros o bom trabalho que têm estado a fazer. Pode haver cantinhos de aprendizagem específicos para alguns tópicopequena “biblioteca”.

Pode considerar-se difícil manter e organisobretudo se animais ou vândalos possamexistente. Por esta razão, temos de tcomunidade para que protejam os objetos e materiais devem ser guardados, todos os sejam seguros. Os alunos podem terdo dia, alguns objetos para casa e voltar a trazê

Por exemplo, as escolas rurais no Chadearrumar os livros, uma vez quedestruir.

No Bangladesh, alguns quadroscrianças, para que elas possam sentarplanificarem, discutirem ideias, resolverem a falta de cadeiras e mesas é benéfica. Um espaço aberto de aprendizagem, coberto com um tapete limpo feito na localidade, pode ser facilmente transformado passando

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Gerir salas de aula inclusivas e amigas da aprendizagem

Ferramenta 5.2

Dar o Melhor Rendimento aos Recursos DisponíveisOs bons professores mantêm um ambiente de aprendizagem int

independentemente da sua idade, sexo, capacidademeio ambiente. As suas aulas são locais estimulantes nos quais aprendem. Mesmo que os materiais escolares sejam reduzidos e o mobiliário seja

pode estar bem arrumada, limpa, e ser um espaço interessante com ideias criativas em que o pedido e a ajuda são bem

algumas ideias!

Se possível, as cadeiras e mesas devem poder ser mudadas de lugapermitir o trabalho de grupo. Pode haver mais do que um quadro ou outra

se possa escrever. Deve haver locais para expor os trabalhos dos alunos, de modo que eles se possam sentir orgulhosos ao mostrar aos outros o bom trabalho que têm estado a fazer. Pode haver cantinhos de aprendizagem específicos para alguns tópicos

se difícil manter e organizar uma aulaudo se animais ou vândalos possam destruir os materiais nela

existente. Por esta razão, temos de trabalhar com os pais e os líderesidade para que protejam os objetos e os materiais escolares. Algu

materiais devem ser guardados, todos os dias, numa caixa ou armárisejam seguros. Os alunos podem ter de se responsabilizar por levar,

tos para casa e voltar a trazê-los no dia seguinte.

scolas rurais no Chade têm uma caixa de metal para arrumar os livros, uma vez que as térmitas e outros inse

No Bangladesh, alguns quadros estão distribuídos pela aula, à altura das crianças, para que elas possam sentar-se num grupo e planificarem, discutirem ideias, resolverem problemas, etc. Nalgumas aulasa falta de cadeiras e mesas é benéfica. Um espaço aberto de aprendizagem, coberto com um tapete limpo feito na localidade, pode ser facilmente

passando de um espaço de investigação em ciência

s da aprendizagem

lusivas e amigas da aprendizagem 13

os Recursos Disponíveis Os bons professores mantêm um ambiente de aprendizagem interessante

independentemente da sua idade, sexo, capacidades ou são locais estimulantes nos quais aprendem.

mobiliário seja pode estar bem arrumada, limpa, e ser um espaço

da são bem-vindos.

Se possível, as cadeiras e mesas devem poder ser mudadas de lugar, para uadro ou outra

locais para expor os trabalhos dos alunos, de modo que eles se possam sentir orgulhosos ao mostrar aos outros o bom trabalho que têm estado a fazer. Pode haver

s, ou até uma

zar uma aula estimulante, destruir os materiais nela

rabalhar com os pais e os líderes da ais escolares. Alguns

, numa caixa ou armário que de se responsabilizar por levar, ao fim

los no dia seguinte.

têm uma caixa de metal para as térmitas e outros insetos os podem

, à altura das usá-los para

problemas, etc. Nalgumas aulas a falta de cadeiras e mesas é benéfica. Um espaço aberto de aprendizagem, coberto com um tapete limpo feito na localidade, pode ser facilmente

um espaço de investigação em ciência para um

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Gerir salas de aula inclusivas e amigas da aprendizagem 14

espaço para teatro e os grupos podem facilmente ser formados e voltados a formar sem perturbar outras turmas.

Num estado muito populoso da Índia, a parte mais baixa da parede está pintada de preto e as crianças usam-na como espaço de escrita, desenhando ou escrevendo com giz. Esta escola foi construída pelo Programa Distrital de Educação Primária (PDEP) da Índia que constrói escolas para crianças que vivem a 1km de distância, mesmo nas áreas mais remotas. Os edifícios escolares foram especialmente projetados e construídos com elementos “amigos–das-crianças”, tal como é referido no quadro.

ESPAÇO FÍSICO

Espaço para movimento

Os alunos precisam de ser capazes de se mover livremente entre os grupos de carteiras ou cadeiras – ou mesmo entre alunos sentados no chão - sem perturbar os outros. Altere a posição dos lugares para assim conseguir organizar a sala de aula da melhor forma, quer nos momentos em que estão todos juntos, quer durante os trabalhos de grupo.

Aspeto a lembrar: Poderão as crianças com deficiência entrar e mover-se facilmente dentro na sala de aula? As crianças de diversos meios e com diferentes capacidades estão sentadas juntamente com os outros e não de forma segregada? Os rapazes e as meninas estão sentados lado a lado ou estão separados?

Luz, Aquecimento, Ventilação

Organize as carteiras de modo que os alunos não tenham de trabalhar de frente para o sol. A luz deve vir de lado.

Os cérebros precisam de oxigénio! Os cantos da sala podem ser muito abafados. Se há pouca ventilação na sua sala deve precisar de organizar algumas atividades no exterior. Alterne os lugares dos alunos de modo a que não estejam sempre sentados em cantos com pouca luz ou pouca ventilação. Alguns alunos podem ver ou ouvir mal. Certifique-se que foram avaliadas e que têm um local apropriado para se sentarem.

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CANTINHOS DE APRENDIZAGEM As crianças em geral têm curiosidade sobre o mundo natural que as rodeia. Os cantinhos de Ciências e da Matemática podem estimular a curiosidade dos alunos e promover a sua aprendizagem. Os alunos podem colecionar e organizar todas as coisas que lhes interessam e estes recursos podem ser úteis para TODOS. Podem plantar sementes nestes cantinhos, colecionar frutos e expor objetos que encontraram, tal como conchas. Terá de pensar bem onde devem ser colocados estes cantinhos, de modo a que TODOS os alunos possam trabalhar neles sem perturbar os outros.

♦ No caso dos cantinhos de Ciências e da natureza, numa turma ativa, ter seres vivos tais como peixes, pode ser muito inconveniente. No entanto, as crianças precisam de saber como cuidar de seres vivos, reduzir a crueldade, se possível, devolvendo-os à natureza depois de os estudar.

♦ No cantinho da Matemática, as estantes podem ter latas vazias e caixas com tampas. Podem servir como materiais de aprendizagem, (por exemplo, relacionando números com objetos) assim como ter lugar para guardar outros materiais, tais como moedas, notas de banco. Estes “papéis - dinheiro” podem ser feitos de cartão e papel e usados em atividades de “faz de conta”, tal como uma visita ao mercado. Os materiais descartáveis podem ser colocados qui para um uso posterior, tal como cartão, corda, arame, fita, peças de vestuário, tecidos, plástico, etc. Os objetos encontrados, marcados, expostos e utilizados pelas crianças ajudam-nas a fazer a ligação entre a escola, a vida diária e as comunidades locais. Os artesãos locais e os músicos podem visitar a escola e falar com as crianças. Talvez possam deixar objetos como ferramentas e instrumentos que as crianças podem manusear e desenhar, pelo menos por algum tempo. Quando se tratar de objetos valiosos é fundamental considerar seriamente a questão da segurança.

Os alunos devem participar ativamente na organização e gestão da aula e dos materiais de aprendizagem. Os cantinhos de aprendizagens podem ser preparados e mantidos por pequenos grupos, equipas, ou comités. A sua participação irá ajudar a gerir os materiais na sala de aula e irá desenvolver nos alunos o sentido de responsabilidade e as competências de cidadania. Os

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Gerir salas de aula inclusivas e amigas da aprendizagem 16

comités da turma podem incluir um coordenador e um secretário que se responsabilizam por assumir estas responsabilidades perante os colegas.

Algumas aulas não têm espaço suficiente para terem cantinhos separados. Em Timor Leste, os pais tecem cestos que são colocados no chão, contendo conchas, pedras, sementes e qualquer outra coisa que possa ser usada nas aulas de Ciências ou de Matemática. O mais importante de tudo, destes materiais educativos, é que sejam usados por todas as crianças.

ÁREAS DE EXPOSIÇÃO A exposição na sala de aula das ajudas educativas e dos trabalhos dos alunos ajudará os alunos a ter interesse pela aprendizagem e a terem um sentimento de pertença na turma. Os pais ficarão também mais interessados e compreenderão melhor o trabalho que tem lugar na sala de aula. O trabalho de TODOS os alunos deverá ser exposto de forma correta de modo a revelar as suas capacidades específicas. As crianças gostam de ver o seu nome junto dos trabalhos porque isso fá-los sentir orgulhosos. Mude os materiais em exposição regularmente de modo a permitir que as crianças se mantenham interessadas e que haja oportunidade para todos verem o seu trabalho exposto ao longo do período. Os trabalhos que foram expostos e que foram retirados podem servir para construir os seus portefólios para avaliação e reflexão (ver manuais 5 e 4 para aprender mais sobre portefólios e avaliação baseada neles).

Um placard bem organizado pode ser uma ajuda educativa importante e dará um aspeto vivo à sala de aula. Os placards podem ser feitos de materiais locais, por exemplo tecidos de folha de palma, feitos com a ajuda da comunidade local.

Os placards são importantes porque dão oportunidades para:

♦ Dar informação aos alunos;

♦ Mostrar os trabalhos dos alunos e desenvolver a sua autoestima;

♦ Reforçar os temas que ensinaram;

♦ Dar feedback sobre atividades importantes, tais como a atividade a fazer em casa chamada “vou procurar” e inquéritos feitos na comunidade;

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Gerir salas de aula inclusivas e amigas da aprendizagem 17

♦ Encorajar as crianças a trabalharem em conjunto e apoiarem-se umas às outras, qualquer que seja o seu meio de origem e as suas capacidades

♦ Certificar-se que todas as crianças podem aprender a partir do trabalho de cada uma.

Se a sua aula não tiver paredes sólidas, podem pendurar os trabalhos escritos ou os desenhos das crianças em fios por toda a sala de aula ou ao longo das paredes. Os trabalhos podem facilmente ser presos a cordas por fita-cola, agrafos ou picos. Esta estratégia pode também ser usada para dar informação na Língua e na Matemática (“cantinhos de aprendizagem suspensos”).

Em Timor Leste, os professores têm usado guarda-chuvas partidos como estruturas para mobiles, com letras do alfabeto, desenhos, etc. para apoiar as atividades de língua materna. A corda para pendurar os materiais visuais pode ser tecida com folhas de palma ou de bananeira. A cola tradicional vem de um fruto. Os pais podem ajudar a obter estes materiais locais, e, neste processo, aprendem mais sobre o ensino e a aprendizagem. Assim ficam mais aptos a falar com os seus filhos sobre a aprendizagem na escola.

BIBLIOTECA DE SALA DE AULA Em muitas comunidades rurais não existem bibliotecas, e por isso os alunos não têm acesso a muitos livros. Uma biblioteca de aula pode ser organizada usando, simplesmente, uma caixa de giz, decorada e contendo livros feitos localmente. Quando os alunos fazem os seus próprios livros, por mais simples que sejam, ficam muito orgulhosos de ver a sua história “impressa”. Também aprendem a forma como se fazem livros, como se classificam e como se tratam. Pode mesmo haver alunos a fazer livros em “zig-zag” Este livros são executados com pedaços de papel que se dobram duas ou três vezes, com um “texto em cada página”, como uma brochura. As crianças podem ilustrar estes “livros” que se podem considerar preciosos materiais de leitura em locais onde existem poucos livros.

Os livros feitos pelas crianças podem ser ajudas educativas muito eficazes. As explicações ou ilustrações que as crianças incluem nos seus livros podem ajudar outras crianças a compreender um conceito importante. As crianças

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Manual de Apoio para a criação de salas de aula inclusivas e amiga

Gerir salas de aula inc

olham para os problemas de uma forma diferente dos adultos. Usam uma linguagem que é mais fácil de entender e podem comunicar de forma eficaz uma informação importante, mesmlivros úteis feitos pelos vossos alunos.

Além disso, os livros podem ser usados para ensinar outrespecialmente às crianças que possam ter dificuldades de vexemplo, um “livro” pode ser feitcriança aprende o que são estes objetos através do tato, por exemplo um triângulo pode ser colado na página de modo a que as crianças com deficiência visual possam aprender o que é uma forma triangular. Mesmo as crianças que veem bem podem gostar de criar estes “livros tácteis” e podem praticar utilizando-os com os olhos fechados. Podem também fazer“Posters Tácteis” que se baseiam mais no tacolocam nas áreas de exposição.

Em alguns países, uma sala de aula ou uma biblioteca escolar valioso para a comunidade, especialmente quando as crianças “publicam” os resultados dos seus projetos sobre os dados da comunidade (tais como mapas da comunidade escolar, como foram referidos no mInformações sobre o tempo, rochas e solos, calendeterminadas casas, etc., podem ser utlizadas por trabalhadores da comunidade e por organizações nãocomunitário.

Atividade: avaliar os recursos

Olhe para a sua aula e identifique fazer com os seus alunos durante o período ou ano letivo. Pergunte aos alunos o que é que eles gostariam de ter na sua aula e acrescente isso no quadro abaixo.

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olham para os problemas de uma forma diferente dos adultos. Usam uma linguagem que é mais fácil de entender e podem comunicar de forma eficaz uma informação importante, mesmo melhor do que o professor. Reparem nos livros úteis feitos pelos vossos alunos.

Além disso, os livros podem ser usados para ensinar outras competências, s crianças que possam ter dificuldades de v

pode ser feito com objetos colados nas páginas. Uma criança aprende o que são estes objetos através do tato, por exemplo um triângulo pode ser colado na página de modo a que as crianças com deficiência visual possam aprender o que é uma forma triangular. Mesmo as

ças que veem bem podem gostar de criar estes “livros tácteis” e podem os com os olhos fechados. Podem também fazer

teis” que se baseiam mais no tato do que na visão e que se colocam nas áreas de exposição.

s, uma sala de aula ou uma biblioteca escolar valioso para a comunidade, especialmente quando as crianças “publicam” os resultados dos seus projetos sobre os dados da comunidade (tais como mapas da comunidade escolar, como foram referidos no manual número 3). nformações sobre o tempo, rochas e solos, calendários agrícolas, locais de determinadas casas, etc., podem ser utlizadas por trabalhadores da comunidade e por organizações não-governamentais no desenvolvimento

Atividade: avaliar os recursos

aula e identifique os recursos que tem e aquilo que poderia fazer com os seus alunos durante o período ou ano letivo. Pergunte aos alunos o que é que eles gostariam de ter na sua aula e acrescente isso no

s da aprendizagem

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olham para os problemas de uma forma diferente dos adultos. Usam uma linguagem que é mais fácil de entender e podem comunicar de forma eficaz

o melhor do que o professor. Reparem nos

as competências, s crianças que possam ter dificuldades de visão. Por

o com objetos colados nas páginas. Uma criança aprende o que são estes objetos através do tato, por exemplo um triângulo pode ser colado na página de modo a que as crianças com deficiência visual possam aprender o que é uma forma triangular. Mesmo as

ças que veem bem podem gostar de criar estes “livros tácteis” e podem os com os olhos fechados. Podem também fazer-se

to do que na visão e que se

s, uma sala de aula ou uma biblioteca escolar é um recurso valioso para a comunidade, especialmente quando as crianças “publicam” os resultados dos seus projetos sobre os dados da comunidade (tais como

anual número 3). dários agrícolas, locais de

determinadas casas, etc., podem ser utlizadas por trabalhadores da governamentais no desenvolvimento

tem e aquilo que poderia fazer com os seus alunos durante o período ou ano letivo. Pergunte aos alunos o que é que eles gostariam de ter na sua aula e acrescente isso no

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Recursos da sala de aula

Quando devemos começar o projeto?

Que recursos fazem falta e onde os podemos obter?

Que ajuda podemos ter?

Como vão os alunos utilizar estes recursos ou como vão aprender com eles?

Quadro para apresentar o trabalho das crianças

Cantinho ou cesto para a Matemática e as Ciências

Área de Língua para contar estórias, onde pode haver uma pequena biblioteca, etc.

Mais do que um quadro preto

Comissão de turma para organizar os materiais de aprendizagem, etc.

Pequena biblioteca de sala de aula com livros e outros materiais feitos pelos alunos

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Ferramenta 5.3

Gestão do Trabalho de Grupo e dCooperativa

ABORDAGENS AUm ensino eficaz implica que se combinem diferentes abordagens de ensino e de aprendizagem. Isto responde às necessidades de ajuda a crianças com necessidades individuais e faz da aula um espaço vivo, estimulante e amigável.

1. Ensino direto para indicada na introdução de tópicos, desde que tenha preparado antecipadamente as perguntas a colocar aos alunos dos diferentes graus e diferentes capacidades. Pode usar o ensino para toda a turma para contar estórias ou criar uma estória em conjunto com os alunos, para escrever uma canção ou poema, para fazer jogos de solução de problemas, ou para realizar uma pesquisa. Uma vez que todas as turmas têm crianças com diferentes níveis de desenvolvimento, deve escolher e adaptar o conteúdo para o tornar acessível a todos os graus e capacidades.

Para encorajar TODOS os alunos a participar em todas as atividades de aprendizagem, pode ter de propor diferentes tarefas para diferentes grupos. Por exemplo, pode pedir a um uma estória, a um outro que complete frases e ainda a outromodelos. Também é possível dar a mesma tarefa a todos os alunos, desde que espere diferentes resultados. Lembrealunos, nem dois grupos de alunos iguais.diferentes. Por exemplo, para a mpode inventar uma estória, outro, uma lista de frases de corrigidas, e ainda outro um modelo ou um cartaz.

2. Ensino direto a um grupo de um nível trata de uma turmagrupo, os outros grupos estão a realizar as suas tarefas.

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Ferramenta 5.3

Gestão do Trabalho de Grupo e da Aprendizagem

AO TRABALHO DE GRUPO Um ensino eficaz implica que se combinem diferentes abordagens de ensino e de aprendizagem. Isto responde às necessidades de ajuda a crianças com necessidades individuais e faz da aula um espaço vivo, estimulante e

Ensino direto para toda a turma. Esta abordagem é especificamente indicada na introdução de tópicos, desde que tenha preparado antecipadamente as perguntas a colocar aos alunos dos diferentes graus e diferentes capacidades. Pode usar o ensino para toda a turma

tórias ou criar uma estória em conjunto com os alunos, para escrever uma canção ou poema, para fazer jogos de solução de problemas, ou para realizar uma pesquisa. Uma vez que todas as turmas têm crianças com diferentes níveis de desenvolvimento, deve

her e adaptar o conteúdo para o tornar acessível a todos os des.

Para encorajar TODOS os alunos a participar em todas as atividades de aprendizagem, pode ter de propor diferentes tarefas para diferentes grupos. Por exemplo, pode pedir a um grupo que escreva uma estória, a um outro que complete frases e ainda a outromodelos. Também é possível dar a mesma tarefa a todos os alunos, desde que espere diferentes resultados. Lembre-se: não há dois alunos, nem dois grupos de alunos iguais. Todas as turmasdiferentes. Por exemplo, para a mesma tarefa, um grupo de alunos

inventar uma estória, outro, uma lista de frases de corrigidas, e ainda outro um modelo ou um cartaz.

Ensino direto a um grupo de um nível (especialmente quando se rata de uma turma de múltiplos níveis). Enquanto está a

outros grupos estão a realizar as suas tarefas.

s da aprendizagem

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a Aprendizagem

Um ensino eficaz implica que se combinem diferentes abordagens de ensino e de aprendizagem. Isto responde às necessidades de ajuda a crianças com necessidades individuais e faz da aula um espaço vivo, estimulante e

Esta abordagem é especificamente indicada na introdução de tópicos, desde que tenha preparado antecipadamente as perguntas a colocar aos alunos dos diferentes graus e diferentes capacidades. Pode usar o ensino para toda a turma

tórias ou criar uma estória em conjunto com os alunos, para escrever uma canção ou poema, para fazer jogos de solução de problemas, ou para realizar uma pesquisa. Uma vez que todas as turmas têm crianças com diferentes níveis de desenvolvimento, deve

her e adaptar o conteúdo para o tornar acessível a todos os

Para encorajar TODOS os alunos a participar em todas as atividades de aprendizagem, pode ter de propor diferentes tarefas para

grupo que escreva uma estória, a um outro que complete frases e ainda a outro que faça modelos. Também é possível dar a mesma tarefa a todos os alunos,

se: não há dois Todas as turmas são

esma tarefa, um grupo de alunos inventar uma estória, outro, uma lista de frases de corrigidas, e

lmente quando se Enquanto está a ensinar um

outros grupos estão a realizar as suas tarefas. Aqui, o

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ensino entre pares pode ser especialmente útil, desde que os alunos se sintam confiantes. Inicialmente, os grupos não desenvolveram ainda as competências necessárias para serem capazes de trabalhar sem ajuda. Mas, com a prática, e com atividades que desenvolvam as suas competências, aprendem a trabalhar de forma cooperativa.

3. Ensino individual consiste em trabalhar com um aluno numa base de um para um. Isto pode dar-se quando quer ajudar um aluno que ficou para trás por ter faltado, por ter dificuldades de aprendizagem, ou por ser novo na turma. Pode também precisar de ensino individual no apoio aos alunos sobredotados para os encorajar a realizar tarefas mais estimulantes. No entanto, deve manter o ensino individual por curtos períodos do tempo da aula, para poder ensinar a maioria dos alunos na turma.

4. Ensino a pequenos grupos é quando divide a sua turma em pequenos grupos. Esta estratégia é muito eficaz, mas precisa de estar muito bem organizada e bem preparada. Leva tempo a preparar e os alunos têm de estar preparadas para trabalharem em grupo. No entanto, esta é uma forma muito eficaz para ir ao encontro das necessidades de diversas classes.

UTILIZANDO DIFERENTES FORMAS DE AGRUPAMENTO Pode agrupar os alunos de diferentes maneiras, por exemplo, grupos de uma mesma classe, grupos de classes diferentes, grupos do mesmo sexo, grupos mistos, grupos com as mesmas capacidades, grupos com capacidades diferentes, grupos de interesses, grupos socias ou de amigos, pares, grupos de três, ou quatro. As crianças beneficiam muito em estar agrupadas de diferentes formas em ocasiões diferentes.

Seja flexível. Movimente as crianças entre os grupos. As crianças precisam de ter uma oportunidade de se sentar e trabalhar com tantos colegas quantos for possível, mais novos e mais velhos, assim como com os de meios de origem diversos e com diferentes capacidades. Isto ajuda a ensinar-lhes a terem paciência e a reconhecer os talentos de todas as crianças da turma.

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Tenha cuidado em não classificar as crianças como “atrasadas”. Algumas crianças podem ser mais lentas do que outras, mas podem ser especialmente dotadas em trabalhos práticos, em pôr a mão na massa, tal como orientar projetos de ciências, ou fazer livros para crianças. Temos de ter cuidado porque os alunos que sentem que são vistos como falhados aos olhos do professor, sentirão um dia que são mesmo falhados. Podem perder o interesse pela escola porque não recebem nenhuma recompensa pela aprendizagem. Começam a creditar que simplesmente não têm capacidade para fazer melhor, e assim podem sair da escola e ganhar dinheiro para a família.

Prepare os materiais para facilitar o trabalho de grupo. Lembre-se que os jogos, cartas de jogar e outros materiais embora possam levar tempo a fazer, podem ser usadas muitas vezes. Podem ser trocados e copiados durante as reuniões da escola. Não se esqueça que os seus alunos podem ajudá-lo a fazer estes materiais, o que irá reduzir o seu trabalho ao mesmo tempo que lhes dá oportunidades válidas de aprendizagem e contribui para aumentar a sua autoestima.

Pense sobre a organização da sua aula. Como pode organizar melhor o mobiliário para poder de forma fácil e rápida permitir o trabalho de grupo? As crianças têm de aprender a organizar e reorganizar a aula de acordo com a atividade. Trabalhe com elas para decidirem a melhor organização para todos.

Certifique-se que as rotinas estão bem estabelecidas. As crianças precisam de compreender como se move um grupo, como se começa a trabalhar, o que se faz quando acabam a tarefa, etc. Introduza as rotinas tão cedo quanto possível.

TODAS as crianças deviam ter a oportunidade de serem responsáveis por liderar o grupo. Os líderes de grupo têm um papel chave a desempenhar na ajuda ao professor, difundindo as instruções, distribuindo os materiais, conduzindo o grupo no decurso da atividade e relatando os resultados ao professor.

Na Colômbia, é colocada na parede uma grande folha de papel para monitorizar a progressão. Os alunos assinam aí quando acabam a sua tarefa, e mais tarde, o professor acrescenta-lhe uma nota. Isto evita que se formem filas de alunos junto da mesa do professor, à espera da avaliação dos seus trabalhos.

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APRENDIZAGEM COOPERATIVA A aprendizagem cooperativa ocorre quando os alunos partilham a responsabilidade e os recursos, assim como quando trabalham para o mesmo fim. O desenvolvimento de competências de cooperação envolve tempo, prática e reforço dos comportamentos apropriados. O professor tem um papel importante ao criar um ambiente de ajuda, em que os alunos sintam que podem enfrentar riscos, um ambiente em que as suas opiniões são valorizadas.

O trabalho de grupo cooperativo pode ajudar todos os alunos aumentando a sua compreensão e promovendo o prazer de aprender e as atitudes positivas em relação ao trabalho e a si mesmos. Mas para que TODOS os alunos possam beneficiar das atividades do trabalho cooperativo, é preciso que haja oportunidades para desenvolver uma variedade de competências e de papéis. Por exemplo, muitas meninas podem necessitar de experiência como relatoras, e muitos rapazes podem precisar de experiência em tirar apontamentos, notas. TODAS as crianças precisam de desenvolver competências de comunicação oral e escuta ativa. Isto pode ser particularmente óbvio quando trabalham em grupos mistos. As meninas vão frequentemente aceitar as ideias dos rapazes para evitar conflitos. Muitos rapazes tendem a descartar e a ridicularizar as ideias das meninas. O mesmo pode ocorrer com crianças provenientes de grupos minoritários ou que não dominam bem a língua de ensino. Terão tendência para seguir o grupo com maior número de crianças. Se alguns dominarem continuamente o tempo de debate, os outros perderão a oportunidade de expressar as suas ideias e de esclarecer as suas opiniões. Como é que as crianças de diferentes origens e capacidades ganham mais confiança para defender as suas ideias? Em alguns casos pode ser necessário haver grupos que não sejam mistos (por exemplo alguns grupos de um só género), no princípio, até que as competências e a confiança se desenvolvam. Mais tarde estes grupos podem misturar-se à medida que as competências comunicativas e interpessoais aumentem. Em algumas culturas, as pessoas pensam que o ensino verdadeiro é só o que é dado pelo professor. Não compreendem o valor dos benefícios do trabalho cooperativo em grupo.

Tendo em consideração esta convicção, as competências que os alunos desenvolvem no ensino cooperativo serão sempre úteis seja qual for a sua cultura de origem. É importante informar os pais das mudanças de abordagem no processo de ensino/aprendizagem. Eles podem também ajudar

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produzindo ajudas visuais ou jogos, por exemplo, para perceberem o que o professor está a procurar fazer.

As competências de cooperação podem ser desenvolvidas de forma mais eficiente em contextos significativos. Atividades com final deixado em aberto e que requerem pensamento divergente (como tarefas de resolução de problemas) são especialmente adequadas para desenvolver competências cooperativas de grupo.

COMPETÊNCIAS INTERPESSOAIS PARA A APRENDIZAGEM A formação do espírito de grupo conduz ao sucesso de toda a turma. Competições que dividam as meninas dos rapazes, segreguem crianças de diferentes origens e capacidades, ou promovam o favoritismo, impedem a aprendizagem de TODOS.

Como professor, pode ajudar os alunos a pensar em si mesmos como uma equipa ou uma comunidade de aprendizagem na qual o sucesso de um ajuda todos os outros a serem também bem-sucedidos.

Uma comunicação eficaz envolve escutar, falar e intervir na sua vez. Estas são competências necessárias para o trabalho cooperativo e competências para a cidadania democrática. Um bom professor gere a comunicação de forma a ter a certeza que nenhum aluno ou grupo de alunos responde sempre a todas as perguntas ou domina a o debate.

A escuta ativa, em que os alunos se responsabilizam por ouvir e compreender o que cada um diz, é uma componente vital do ambiente de aprendizagem. Falar de forma clara é também importante, assim como expressar pensamentos e sentimentos sem interferir nos direitos dos outros. Aceitar e usar a língua local na aula também ajudará a que todas as crianças participem.

Em resumo:

♦ Cooperar permite aos alunos trabalhar em conjunto, assim como partilhar responsabilidades, materiais, papéis e oportunidades de aprender.

♦ Pequenos grupos podem dividir papéis e partilhar responsabilidades. Numa atividade de ciência, um aluno pode pesar diferentes materiais,

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enquanto outro pode registar os resultados. A meio da atividade podem trocar de papéis. A cooperação deve ser praticada se grupos de alunos trabalharem de forma independente.

♦ Resolução de problemas e negociação ajudam os alunos a resolver conflitos e a tomar decisões. As crianças têm que aprender e praticar competências de gestão de conflitos, baseadas em boas aptidões de comunicação e atitudes pacientes.

♦ Para aprender a pensar os alunos precisam de ser encorajados a concordar sobre os objetivos, avaliar alternativas, tomar decisões e apoiá-las e prosseguir para conhecer os resultados das suas escolhas. Todos estes processos dependem do espírito de grupo, comunicação e cooperação.

ESTABELECIMENTO DE REGRAS PARA O TRABALHO DE GRUPO Linhas de orientação ou “regras básicas” podem ajudar na organização de sessões de debate com os seus alunos. Estas orientações constituem a base para o diálogo aberto e com respeito e permite que TODOS os alunos participem.

A melhor maneira de criar regras básicas é deixar que os alunos construam uma lista:

1. Escutar ativamente, respeitar os outros quando estão a falar, mas participar plenamente.

2. Falar acerca da sua própria experiência (“Eu” em vez de “Eles”).

3. Não fazer ataques pessoais; focar-se nas ideias, não na pessoa.

Também é importante estabelecer uma regra básica para a forma como a participação será gerida. Por exemplo, para dar oportunidade a que todos falem o grupo pode usar um “microfone mágico”, Pode ser uma concha ou uma pedra, que é passada de uns para outros e quando alguém a recebe é a sua vez de falar se quiser. Se preferir “passar”, então dará o microfone à pessoa a seguir. Isto pode reduzir o domínio imposto por um ou dois comunicadores mais seguros de si.

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Reveja as regras de vez em quando e se tiver tempo, pergunte aos alunos se gostariam de acrescentar algumas novas regras ou alterar as antigas.

Atividade Prática

A observação é uma competência chave para avaliar competências interpessoais. Procure analisar a forma como um determinado grupo trabalha.

Competências

Sabe escutar

Expressa-se com clareza

Assume papel de liderança

Ajuda os outros

Com base nas suas observações, pode fornecer atividades extra a alguns alunos para desenvolverem uma determinada competência que seja necessária para o trabalho em grupo.

GESTÃO DA APRENDIZAGEM

Tutorias de pares

A tutoria por um par, também conhecida por ensino aluno a aluno, ocorre quando alunos mais capazes ou mais velhos acabam o seu trabalho e passam a ajudar os mais novos ou outros a acabar as suas tarefas. Os estas crianças no seu trabalho, não o fazem por elas

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Reveja as regras de vez em quando e se tiver tempo, pergunte aos alunos se gostariam de acrescentar algumas novas regras ou alterar as antigas.

Prática: Avaliar competências interpessoais

A observação é uma competência chave para avaliar competências . Procure analisar a forma como um determinado grupo

Aluno A Aluno B

papel de liderança

Com base nas suas observações, pode fornecer atividades extra a alguns alunos para desenvolverem uma determinada competência que seja necessária para o trabalho em grupo.

O DA APRENDIZAGEM EM PARES

A tutoria por um par, também conhecida por ensino aluno a aluno, ocorre quando alunos mais capazes ou mais velhos acabam o seu trabalho e passam a ajudar os mais novos ou outros a acabar as suas tarefas. Os tu

trabalho, não o fazem por elas!

s da aprendizagem

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Reveja as regras de vez em quando e se tiver tempo, pergunte aos alunos se gostariam de acrescentar algumas novas regras ou alterar as antigas.

ências interpessoais

A observação é uma competência chave para avaliar competências . Procure analisar a forma como um determinado grupo

Aluno C

Com base nas suas observações, pode fornecer atividades extra a alguns alunos para desenvolverem uma determinada competência que seja

A tutoria por um par, também conhecida por ensino aluno a aluno, ocorre quando alunos mais capazes ou mais velhos acabam o seu trabalho e passam a

tutores ajudam

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Pode ser destinado um tempo diário especial para os alunos se ajudarem uns aos outros a aprender matemática ou língua, em pares ou pequenos grupos.

A tutoria por pares é uma técnica educativa muito válida porque ajuda a identificar as necessidades individuais das crianças. Também promove uma abordagem educativa cooperativa e não competitiva.

O respeito mútuo e a compreensão desenvolvem-se nas crianças que trabalham juntas. O aluno “tutor” sente orgulho em ensinar, enquanto ele ou ela também aprende com a experiência. Também ajuda a consolidar o que já aprenderam, e beneficiam muito por lhes serem dadas responsabilidades na sala de aula. Quando estão a aprender com o seu “tutor par” os alunos também desenvolvem melhores capacidades de escuta, de concentração e de compreensão do que está a ser ensinado de forma significativa. As explicações dadas pelas crianças podem por vezes ter sucesso onde o professor o não conseguiu. As crianças olham para os problemas de uma maneira deferente dos adultos e usam uma linguagem mais amiga da aprendizagem.

Ensino da leitura por pares

Na leitura, o ensino por pares é muitas vezes usado para ajudar os leitores mais lentos, ou para oferecer leitura extra a todas as crianças mais novas na turma.

♦ Pode ter um efeito positivo, na educação e socialmente, tanto para o aluno tutor, que ensina, como para o aluno que aprende.

♦ Pode ser uma forma muito prática de trazer ajuda individual na leitura.

♦ Talvez surpreendentemente, o nível de leitura do tutor muitas vezes também melhora!

♦ O período de tempo em que as crianças mais novas estão ativamente envolvidas na leitura aumenta com esta técnica. O leitor mais jovem ou mais fraco beneficia muito com a atenção exclusiva de outro. O professor muitas vezes não tem tempo que chegue para dar este tipo de ajuda individual a cada aluno.

Contudo é necessário explicar cuidadosamente ao aluno tutor o que quer exatamente que ele ou ela faça. Os tutores devem compreender o que se

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espera deles. No trabalho com os mais novos devem ter uma atitude amigável, de ajuda. A impaciência deve ser evitada.

Aqui vai um exemplo de ensino por pares na leitura:

A técnica de leitura em pares. Esta técnica é baseada na leitura que:

a) Alterna entre ler alto em conjunto, o tutor e o aluno, e leitura independente pelo aluno;

b) Utiliza comentários positivos para promover a leitura individual correta.

O aluno tutor é treinado para:

♦ Apresentar o livro de forma motivadora;

♦ Atrasar a correção dos erros para que o leitor o possa tentar fazer de imediato;

♦ Falar sobre a passagem depois de ser lida;

♦ Verificar, controlar o seu desempenho enquanto professor, e os progressos dos alunos, preenchendo listas de verificação ou informações.

Esta abordagem segue a ideia da Leitura Partilhada que está a ganhar popularidade em muitas escolas das Ilhas do Pacífico através de iniciativas como a “Pronto para Ler” (Ready to Read). A experiência do “Livro Partilhado” (Shared Book) muitas vezes envolve livros grandes impressos com letras suficientemente grandes para serem lidos por toda a turma com o professor. Alguns professores tiveram formação nesta técnica e escreveram e construíram os seus próprios livros grandes.

Pacific Literacy and the Essential Dimensions of Reading

http://www.learningmedia.com/html/cr_us_pl-share.htm

APRENDIZAGEM AUTODIRIGIDA A aprendizagem autodirigida é importante porque as crianças precisam de aprender independentemente do professor. Isto permite ao aluno e ao

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professor utilizarem da melhor forma o tempo disponível. Aqui estão algumas ideias que o vão ajudar a aumentar a aprendizagem independente na sua aula.

♦ Pode pedir aos alunos para estudarem uma parte da lição no livro de texto ou para se prepararem para uma nova lição.

♦ Os alunos podem empreender uma pesquisa para terem os seus próprios documentos/informações para continuarem a trabalhar durante a aula.

♦ Pode dar aos alunos dos níveis mais elevados exercícios práticos para desenvolver novos conceitos ou introduzir novos conteúdos.

♦ Pode usar uma abordagem de aluno-a-aluno para os alunos planearem e atuarem na melhoria da saúde ou outras áreas. Pode avaliar mais tarde as suas ações.

O objetivo de utilizar diferentes abordagens e agrupamentos no ensino – como a tutoria por pares ou a autoaprendizagem – é mudar o centro do ensino, da direção do professor para um ensino centrado no aluno. Isso promove o desenvolvimento das crianças enquanto alunos independentes, que aprendem por si mesmos e permite que o professor dê atenção às crianças e aos grupos que têm necessidades individuais.

PLANEAR PARA A DIFERENCIAÇÃO Diferenciação não é mais do que atender às necessidades de uma criança em particular ou de um pequeno grupo, em vez de seguir o padrão típico de ensino para a turma inteira como se todas as crianças fossem iguais.

Seguem-se alguns dos princípios fundamentais em que se baseia a diferenciação:

♦ Uma aula de ensino diferenciado é flexível. Professores e alunos sabem que os materiais, tipos de agrupamento de alunos, formas de avaliação da aprendizagem e outros elementos são ferramentas que podem ser usados de diferentes maneiras para promover o sucesso individual e da turma.

♦ A diferenciação da instrução deriva de uma avaliação eficiente que vá acompanhando as necessidades dos alunos. Numa aula de

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ensino diferenciado as diferenças são esperadas, apreciadas e registadas servindo de base ao planeamento das lições. Este princípio também nos lembra a ligação próxima que deve existir entre avaliação e instrução. Podemos ensinar de forma mais eficiente se estivermos alertados para os interesses e as necessidades de aprendizagem dos nossos alunos. Numa aula de ensino diferenciado, um professor encara tudo o que a criança diz ou cria como informação útil para compreender o aluno e para planear as aulas para aquele aluno.

♦ Todos os alunos têm o seu próprio trabalho. Numa aula de ensino diferenciado, o objetivo do professor é que cada aluno se sinta desafiado na maior parte do tempo, e ache o seu trabalho interessante.

♦ Professores e alunos são colaboradores na aprendizagem. O professor avalia as necessidades de aprendizagem, facilita a aprendizagem e planeia um curriculum eficaz. Nas aulas de ensino diferenciado, os professores estudam os seus alunos e incluem-nos na tomada de decisões acerca da aula. Assim os alunos tornam-se mais independentes.

O Que Pode Ser Diferenciado?

O Conteúdo. Consiste em factos, conceitos, generalizações ou princípios, atitudes e competências relacionadas com o assunto ou tópico que está a ser estudado. O conteúdo inclui o que o professor planeia para os alunos aprenderem, assim como a forma como o aluno de fato adquire o conhecimento desejado, a compreensão e as competências. Numa aula de ensino diferenciado, os factos essenciais, materiais a serem compreendidos e competências mantêm-se constantes para todos os alunos. O que se espera que mude numa aula de ensino diferenciado é a forma como os alunos ganham o acesso ao curriculum. Algumas das formas como o professor pode diferenciar o acesso ao conteúdo incluem os seguintes:

♦ Usar objetos para ajudar alguns alunos a compreenderem um novo conceito matemático ou científico;

♦ Usar textos de mais do que um nível de leitura;

♦ Usar uma variedade de combinações de parcerias de leitura para apoiar e estimular os alunos que trabalham com textos;

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♦ Voltar a ensinar os alunos que precisam de outra demonstração;

♦ Usar textos, gravações, cartazes e vídeos como forma de transmitir conceitos chave a diferentes alunos.

Atividade. Uma atividade eficaz envolve os alunos no uso de uma competência essencial para compreender uma ideia chave e a atividade tem um objetivo específico. Por exemplo, pode diferenciar uma atividade dando diversas opções em diferentes níveis de dificuldade (opção 1 é fácil, opção 2 é um pouco difícil e a opção 3 é muito difícil). Também pode diferenciar uma atividade dando várias opções de acordo com os diferentes interesses dos alunos. Pode dar mais ou menos apoio de acordo com a atividade.

Produtos. Os produtos também podem ser diferenciados. Os produtos são coisas que um aluno pode usar para mostrar o que já aprendeu e compreendeu. Por exemplo, um produto pode ser um portefólio do trabalho do aluno, uma demonstração das soluções de um problema, um projeto ou um desafiante teste de papel e lápis. Um bom produto leva os alunos a recapitular o que já aprenderam, aplicar o que sabem fazer, e aumentar o seu conhecimento e competências. Entre as formas de diferenciar os produtos estão as seguintes:

♦ Permita que os alunos ajudem a planear produtos sobre objetivos de aprendizagem essenciais.

♦ Encoraje os alunos a expressarem o que aprenderam de formas diversas.

♦ Permita formas de trabalho diversificadas (por exemplo. trabalhar sozinho ou numa equipa para completar o seu produto).

♦ Encoraje ou providencie o uso de tipos variados de recursos na preparação dos produtos.

♦ Utilize uma vasta variedade de métodos de avaliação.

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Atividade de reflexão: Planeamento de lições

Ao planear as lições, você consegue diferenciar os conteúdos de aprendizagem e as atividades?

TODOS os alunos têm acesso a informação e atividadeforma a aprenderem no seu próprio estilo pessoal e no nível apropriado?

Utiliza uma variedade de bons “ produtos” para mostrar o que cada aluno aprendeu?

GERIR O COMPORTAMENTO NUMA SALA DE AULA INCLUSIVA As crianças podem comportarpreocupar com elas. Podem precisar de atenção, em especial se não receberem em casa a atenção e o(como adultos) podemos não aprovar alguns comportamentos, mas isso nunca deve significar desaprovar a criança enquanto pessoa. É importante separar comportamento e criança! Algumas das formas de lidar com mau comportamento incluem as seguintes:

♦ Nas aulas é necessária uma regra essencial: Respeito pelo Outro.

♦ Se criarmos um curriculum intesignificativos para os alunos, eles vão ficar interessados e vão empenhar-se.

♦ Precisamos de uma excelente observação e de competências de registo para determinar qual a causa de um determinado problema comportamental.

♦ Mais importantealunos estejam ativamente empenhados e motivados. Isso será bom ensino para todos os alunos. Também significa que o professor não é sempre a pessoa que controla, mas que é um dos elementos da equipade solução de problemas que inclui alunos, pais e outros professores.

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Atividade de reflexão: Planeamento de lições

Ao planear as lições, você consegue diferenciar os conteúdos de aprendizagem e as atividades?

os alunos têm acesso a informação e atividades diferenciadas de forma a aprenderem no seu próprio estilo pessoal e no nível apropriado?

Utiliza uma variedade de bons “ produtos” para mostrar o que cada aluno

GERIR O COMPORTAMENTO NUMA SALA DE AULA

As crianças podem comportar-se mal, se não lhes der atenção ou não se preocupar com elas. Podem precisar de atenção, em especial se não receberem em casa a atenção e os cuidados adequados. Além disso, nós (como adultos) podemos não aprovar alguns comportamentos, mas isso nunca

icar desaprovar a criança enquanto pessoa. É importante separar comportamento e criança! Algumas das formas de lidar com mau comportamento incluem as seguintes:

Nas aulas é necessária uma regra essencial: Respeito pelo Outro.

Se criarmos um curriculum interessante com materiais que sejam significativos para os alunos, eles vão ficar interessados e vão

Precisamos de uma excelente observação e de competências de registo para determinar qual a causa de um determinado problema

importante ainda, precisamos de criar um ambiente onde os alunos estejam ativamente empenhados e motivados. Isso será bom ensino para todos os alunos. Também significa que o professor não é sempre a pessoa que controla, mas que é um dos elementos da equipade solução de problemas que inclui alunos, pais e outros professores.

s da aprendizagem

lusivas e amigas da aprendizagem 32

Ao planear as lições, você consegue diferenciar os conteúdos de

s diferenciadas de forma a aprenderem no seu próprio estilo pessoal e no nível apropriado?

Utiliza uma variedade de bons “ produtos” para mostrar o que cada aluno

GERIR O COMPORTAMENTO NUMA SALA DE AULA

l, se não lhes der atenção ou não se preocupar com elas. Podem precisar de atenção, em especial se não

adequados. Além disso, nós (como adultos) podemos não aprovar alguns comportamentos, mas isso nunca

icar desaprovar a criança enquanto pessoa. É importante separar comportamento e criança! Algumas das formas de lidar com mau

Nas aulas é necessária uma regra essencial: Respeito pelo Outro.

ressante com materiais que sejam significativos para os alunos, eles vão ficar interessados e vão

Precisamos de uma excelente observação e de competências de registo para determinar qual a causa de um determinado problema

ainda, precisamos de criar um ambiente onde os alunos estejam ativamente empenhados e motivados. Isso será bom ensino para todos os alunos. Também significa que o professor não é sempre a pessoa que controla, mas que é um dos elementos da equipa de solução de problemas que inclui alunos, pais e outros professores.

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Manual de Apoio para a criação de salas de aula inclusivas e amiga

Gerir salas de aula inc

Outras estratégias para resolver problemas de comportamento incluem a tutoria e aprendizagem cooperativa, como foi já apresentado.

Abordagem por solução de problema

Esta abordagem envolcuidadores, professores e profissionais externos à escola que fazem perguntas sobre o ambiente físico da sala de aula, as interações sociais, ambiente de aprendizagem, assim como condições extraescolares.

Tal como aprendemos no instrumento/ferramenta sobre comportamento que nos interessa mas as razões que levaram a esse comportamento. Precisamos de saber alguma coisa sobre as necessidades das crianças e o que é que elas estão a tentar com

Necessidades Que As Crianças Tentam Comunicar

Necessidades pessoais

Gratificação

Evitamento

Pânico

Necessidades sociais

Procura de atenção

Procura de poder

Vingança

Atividade Prática

Escolha uma criança que o preocupe por causa do seu comportamento inapropriado e tome nota perturba a sua aula? Afeta a aprendizagem dos outos alunos? O

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Gerir salas de aula inclusivas e amigas da aprendizagem

Outras estratégias para resolver problemas de comportamento incluem a tutoria e aprendizagem cooperativa, como foi já apresentado.

Abordagem por solução de problema

ve uma equipa constituída pelo aluno, os pais ou cuidadores, professores e profissionais externos à escola que fazem perguntas sobre o ambiente físico da sala de aula, as interações sociais, ambiente de aprendizagem, assim como condições extraescolares.

l como aprendemos no instrumento/ferramenta sobre bullying

comportamento que nos interessa mas as razões que levaram a esse comportamento. Precisamos de saber alguma coisa sobre as necessidades das crianças e o que é que elas estão a tentar comunicar.

Necessidades Que As Crianças Tentam Comunicar

Como se manifestam

Quero já!

Não quero fazer isso agora!

Estou com medo!

Como se manifestam

Olhem para mim!

Eu quero mandar!

Eu também não queria ficar neste grupo!

Prática: Analisar Comportamentos Problemáticos

criança que o preocupe por causa do seu comportamento inapropriado e tome nota das razões que o levam a preocuparperturba a sua aula? Afeta a aprendizagem dos outos alunos? O

s da aprendizagem

lusivas e amigas da aprendizagem 33

Outras estratégias para resolver problemas de comportamento incluem a

equipa constituída pelo aluno, os pais ou cuidadores, professores e profissionais externos à escola que fazem perguntas sobre o ambiente físico da sala de aula, as interações sociais, ambiente de aprendizagem, assim como condições extraescolares.

bullying, não é só o comportamento que nos interessa mas as razões que levaram a esse comportamento. Precisamos de saber alguma coisa sobre as necessidades

Não quero fazer isso agora!

Eu também não queria ficar neste

Comportamentos Problemáticos

criança que o preocupe por causa do seu comportamento das razões que o levam a preocupar-se. É porque

perturba a sua aula? Afeta a aprendizagem dos outos alunos? O

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Manual de Apoio para a criação de salas de aula inclusivas e amiga

Gerir salas de aula inc

comportamento aparece relacionado com um determinado período do dida semana ou alguma atividade curricular específica? Qual é a situação da criança em casa?

Pode quere consultar o perfil do aluno se existir na sua escola (ver manual3).

Comece por fazer um estudo dessa criança de modo a que todos os fatores que possam afetar o seu comportamento sejam tidos em consideração.

Que ações pode efetuar com a criança, os seus pares, os pais, na aula que possam ajudar a criança a alterar o seu comportamento? Experimente cada uma destas ações.

Que ações parecem ajudar a criansucedidas. Podem vir a ser precisas para outra criança.

Os professores precisam de tomar notas de forma consistente para que possam ser observados padrões (de comportamento).À medseguro e mais cooperativo para aprender, tenderá a haver menos problemas de comportamento.

Disciplina Positiva

Há alturas em que é necessário haver disciplina. Mas “Que tipo de disciplina não é controlar as crianças e fazer com que obedeçam.

É pelo contrário dar-gradualmente adquirirem auto controlo e tornaremcomportamento. Lembreoportunidade para ensinar comportamentos novos e positivos.

Atividade de Reflexão: Qual é a Sua Abordagem à Disciplina

Leia cada uma das caixas da tabela apresentada em baixo e assinale pensa que será mais provável que vá utilizar. Seja o mais honesto possível. Utilize a tabela para explorar a sua abordagem da disciplina e da manutenção da ordem dentro da sala. Ao refletir e confrontar a sua

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Gerir salas de aula inclusivas e amigas da aprendizagem

comportamento aparece relacionado com um determinado período do dida semana ou alguma atividade curricular específica? Qual é a situação da

Pode quere consultar o perfil do aluno se existir na sua escola (ver manual3).

Comece por fazer um estudo dessa criança de modo a que todos os fatores sam afetar o seu comportamento sejam tidos em consideração.

Que ações pode efetuar com a criança, os seus pares, os pais, na aula que possam ajudar a criança a alterar o seu comportamento? Experimente cada

Que ações parecem ajudar a criança? Mantenha um registo de ações bemsucedidas. Podem vir a ser precisas para outra criança.

s precisam de observar os comportamentos dos alunos e tomar notas de forma consistente para que possam ser observados padrões (de comportamento).À medida que a sala de aula se torna um lugar mais seguro e mais cooperativo para aprender, tenderá a haver menos problemas

Há alturas em que é necessário haver disciplina. Mas a pergunta a fazer é: é o melhor?” Lembre-se que o objetivo da disciplina

não é controlar as crianças e fazer com que obedeçam.

-lhes competências para saberem tomar decisões, gradualmente adquirirem auto controlo e tornarem-se responsáveis pelo seu

tamento. Lembre-se também que um mau comportamento é uma oportunidade para ensinar comportamentos novos e positivos.

Atividade de Reflexão: Qual é a Sua Abordagem à Disciplina

Leia cada uma das caixas da tabela apresentada em baixo e assinale pensa que será mais provável que vá utilizar. Seja o mais honesto possível. Utilize a tabela para explorar a sua abordagem da disciplina e da manutenção da ordem dentro da sala. Ao refletir e confrontar a sua

s da aprendizagem

lusivas e amigas da aprendizagem 34

comportamento aparece relacionado com um determinado período do dia, dia da semana ou alguma atividade curricular específica? Qual é a situação da

Pode quere consultar o perfil do aluno se existir na sua escola (ver manual3).

Comece por fazer um estudo dessa criança de modo a que todos os fatores sam afetar o seu comportamento sejam tidos em consideração.

Que ações pode efetuar com a criança, os seus pares, os pais, na aula que possam ajudar a criança a alterar o seu comportamento? Experimente cada

ça? Mantenha um registo de ações bem-

os comportamentos dos alunos e tomar notas de forma consistente para que possam ser observados padrões

ida que a sala de aula se torna um lugar mais seguro e mais cooperativo para aprender, tenderá a haver menos problemas

a pergunta a fazer é: se que o objetivo da disciplina

lhes competências para saberem tomar decisões, se responsáveis pelo seu

se também que um mau comportamento é uma

Atividade de Reflexão: Qual é a Sua Abordagem à Disciplina

Leia cada uma das caixas da tabela apresentada em baixo e assinale a que pensa que será mais provável que vá utilizar. Seja o mais honesto possível. Utilize a tabela para explorar a sua abordagem da disciplina e da manutenção da ordem dentro da sala. Ao refletir e confrontar a sua

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Gerir salas de aula inclusivas e amigas da aprendizagem 35

abordagem pode encontrar áreas em que pode adotar ações alternativas assim como áreas em que está a ser eficiente.1

Medidas negativas Assinale

com √

se for sim

Medidas positivas Assinale

com √

se for sim

Digo aos alunos o que NÃO devem fazer e começo, com frequência, por uma frase negativa.

Apresento alternativas possíveis e foco minha a atenção nos comportamentos positivos.

Procuro controlar o comportamento dos alunos punindo os maus comportamentos.

Recompenso o esforço dos alunos, assim como o seu bom comportamento.

Os meus alunos cumprem as regras por medo, ameaças ou suborno.

Os meus alunos cumprem as regras porque participaram na sua elaboração e concordam com elas.

As consequências da infração são muitas vezes punitivas, ilógicas e sem relação com o comportamento do aluno.

As consequências da infração estão diretamente relacionadas com o comportamento do aluno.

1 Alternatives to Corporal Punishment: The Learning Experience. (2000) Department of Education, Ministry of Education, Pretoria, South Africa

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Gerir salas de aula inclusivas e amigas da aprendizagem 36

Medidas negativas Assinale

com √

se for sim

Medidas positivas Assinale

com √

se for sim

Quando ponho um aluno de castigo, fora da sala, pretendo isolar e banir o aluno durante um período de tempo.

A duração do castigo é gerida pelo aluno castigado. É o aluno que determina quando é que se sente preparado e com autocontrolo para voltar à aula.

Não levo em consideração as necessidades e as circunstâncias dos alunos.

Baseio as minhas ações na empatia e compreensão do indivíduo e das suas necessidades, capacidades, circunstâncias e níveis de desenvolvimento.

Considero que as crianças têm necessidade de um controlo externo, seja o meu, o do diretor ou o dos pais.

Reconheço que as crianças têm um sentido inato de autodisciplina e podem aprender a ter autocontrolo.

Estou sempre a repreender e a castigar os alunos, mesmo por questões ou erros de pouca importância.

Encaro os erros como oportunidades de aprendizagem para mim e para os meus alunos. Trato-os com empatia e dou-lhes oportunidade de se arrependerem sinceramente dos seus comportamentos.

Critico os alunos pelos seus comportamentos.

Foco a atenção não no aluno mas no comportamento e na ajuda para mudar esse comportamento de forma positiva e construtiva.

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Gerir salas de aula inclusivas e amigas da aprendizagem 37

Numa Escola Amiga da Aprendizagem no nordeste da Tailândia, uma jovem tinha frequentemente comportamentos disruptivos na aula e roubava objetos e dinheiro dos colegas. Era também rotulada como repetente crónica porque reprovava continuadamente nos exames. Em vez de punir a rapariga pelo seu mau comportamento ou procurar expulsá-la da escola, o seu professor começou a dar-lhe mais responsabilidades. Por exemplo, o professor pediu-lhe para ser “monitora “ quando precisava de sair da sala por algum tempo. O professor pedia-lhe para ajudar as crianças mais pequenas no estudo e também para ajudar a organizar os materiais, antes e no final das aulas. Pouco tempo depois, a rapariga deixou de se comportar mal e adotou uma personalidade diferente. Tornou-se mais calma mais atenta e mais preocupada com os seus colegas. O seu aproveitamento escolar melhorou sensivelmente.

Abordagens de Disciplina Positiva

Como podemos implementar um ambiente de disciplina positiva na nossa sala de aula?

Seguem-se algumas formas de criar uma cultura positiva de ensino/aprendizagem.2

Adote uma abordagem que envolva toda a escola e certifique-se que a disciplina na sua aula reflete as políticas da Escola.

Estabeleça regras básicas na sua sala e ponha os alunos a participar no seu estabelecimento. Seja consistente na implementação dessas regras

Conheça os seus alunos preocupe-se em desenvolver relações positivas com eles.

Faça a gestão do processo de aprendizagem e do ambiente de aprendizagem com entusiasmo e profissionalismo. Esteja sempre um passo à frente no planeamento. Por exemplo, preveja que alguns alunos podem

2 Adapted from: Alternatives to Corporal Punishment: The Learning Experience. (2000) Department of Education, Ministry of Education, Pretoria, South Africa, as well as the MCH Early Childhood Development and Parent Education Program at http://www.health.state.ok.us/program/mchecd/posdisc.html

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Gerir salas de aula inclusivas e amigas da aprendizagem 38

acabar o trabalho antes dos outros, e tenha qualquer coisa para eles fazerem enquanto esperam, como envolvê-los na preparação de exposições na sala. Faça autocrítica, se alguma coisa não correr bem pense em todas as razões que podem ter sido a causa, incluindo o facto de poder ter feito as coisas de outra maneira.

Desenvolva materiais de aprendizagem, métodos de ensino e práticas de gestão de sala de aula que incluam a gestão de conflitos, solução de problemas, tolerância, antirracismo, sensibilidade para as questões de género, e outras.

Seja inclusivo. Deixar alunos de fora, ou não compreender as suas necessidades e circunstâncias, pode levar à sua alienação.

Dê aos alunos oportunidade de terem sucesso. Os alunos que têm uma atitude positiva em relação a si próprios e à sua capacidade de sucesso tornam-se melhores alunos.

Deixe que os alunos assumam responsabilidades. Arranje oportunidades de serem responsáveis, seja na forma como se comportam na aula, seja na condução de um projeto comunitário, seja a tomar conta de um animal de estimação, ou a marcar as faltas para o professor.

Dê aos alunos que chamam a atenção o que eles querem! ATENÇÃO! Mesmo que um aluno chame constantemente a atenção através de comportamentos desadequados, encontre modos de o ocupar de uma forma positiva, ainda que seja com estratégias simples como dar-lhe uma tarefa, mandá-lo sair da sala por momentos para fazer um recado, responsabilizá-lo por alguma coisa, seja o que for que mostre que o reconhece, que lhe dá atenção.

Sirva de modelo. As crianças sempre imitam os adultos. Copiam as maneiras, o tom de voz, a linguagem, as ações, tanto as apropriadas como as inapropriadas. A melhor competência de ensino que pode adquirir é modelar o comportamento que espera dos alunos. Estabelecer um bom exemplo é um ponto crítico no ensino. Por exemplo, como é que se pode esperar que as crianças resolvam os seus conflitos de forma não violenta se os adultos usarem castigos corporais para punir as crianças?

Foque a sua atenção nas soluções e não nas consequências. Muitos professores procuram disfarçar o castigo chamando-lhe uma consequência lógica. Implique os alunos na procura de soluções razoáveis e respeitadoras.

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Gerir salas de aula inclusivas e amigas da aprendizagem 39

Fale com respeito. Comunicar com uma criança não pode ser eficaz se houver distanciamento. O tempo que é passado a conversar e a ter contato visual com uma criança é um tempo com qualidade. Muitos professores notaram uma grande mudança em crianças problemáticas depois de passarem apenas cinco minutos a partilhar os seus gostos e o que fazem para se divertirem.

Diga-lhes o é que quer. As crianças respondem melhor ao que se pede que façam do que ao que se pede que não façam! Por exemplo, em vez de dizer “Deixa de dar pontapés na carteira!” dizer “Por favor mantém os pés no chão.”

Disponibilize escolhas. Dar oportunidade às crianças de escolher permite-lhes ter poder sobre a sua vida e incentiva a tomada de decisões. As escolhas oferecidas devem estar dentro de limites aceitáveis e de acordo com as suas capacidades de desenvolvimento e temperamento. À medida que as crianças crescem, pode ser-lhes oferecida uma maior variedade de escolhas e podem aceitar as consequências das suas escolhas.

Utilize ajuda profissional. Se houver alunos que revelem dificuldades particulares, e especialmente se estiverem envolvido em bullying ou outros comportamentos agressivos, procure ajuda dos seus colegas e se necessário de profissionais tais como psicólogos.

GERIR A SALA DE AULA ATIVA E INCLUSIVA Fazer a gestão do ensino ativo envolve muitos elementos diferentes. Quando existe equilíbrio entre aprendizagem autodirigida, tutoria por pares, trabalho de grupo e ensino direto, a nossa tarefa fica mais fácil e ajuda os alunos a aprender percorrendo várias vias. Aqui estão algumas dos itens chave que pode ter em conta à medida que os níveis de aprendizagem ativa na sua aula vão aumentando.

Planeamento. Crie um plano semanal para o escalonamento das atividades a realizar na sala de aula. Indique se os alunos vão trabalhar de forma independente, em grupos, ou com toda a turma. Numa aula com diferentes níveis, cada grupo pode estar a trabalhar numa atividade diferente.

Preparação. Prepare-se para cada atividade na aula revendo o seu manual de ensino ou delineando um plano de aula. Verifique se TODOS os alunos podem participar nas atividades.

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Gerir salas de aula inc

Arranjar recursos. Recolha ou crie os recursos necessários à atividade. Podem ser paus ou pedras para usar na matemática, conchas para uma atividade de arte ou feijões para plantacrescimento das plantas.

Ligar os alunos às atividadesturma toda ou projetos desenvolvidos por pequenos grupos, a sua apresentação pode ser feita de forma direta. Procure que a informação ouas competências a aprender sejam significativas para as crianças.

Ligar os alunos uns aos outrospodem ajudar ao aprender em pares ou em grupos. Promova a tutoria por pares sempre que seja possível.

Orientar e observar. projetos (sozinhas, com pares ou em grupos), movimentedisponível para responder a perguntas e para ajudar os alunos a ultrapassar obstáculos. Use também esse tempo para avaliar; poconcentração dos alunos e a forma como interagem.

Concentre-se na participaçãocriar oportunidades de aprendizagem ativa para todos. Por exemplo, nestas aulas as meninas não são dominadas pelos rapnão são dominadas pelas mais velhas e as crianças de diferentes proveniências e capacidades não são ignoradas nem deixadas fora da atividade ou da oportunidade de aprender.

Atividade de Reflexão

A minha sala de aula

A minha sala de aula está limpa e arrumada

Utilizo bem o espaço na minha sala

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Gerir salas de aula inclusivas e amigas da aprendizagem

Recolha ou crie os recursos necessários à atividade. Podem ser paus ou pedras para usar na matemática, conchas para uma atividade de arte ou feijões para plantar em ciências e estudar o crescimento das plantas.

Ligar os alunos às atividades. Quer a atividade seja um debate com a turma toda ou projetos desenvolvidos por pequenos grupos, a sua apresentação pode ser feita de forma direta. Procure que a informação ouas competências a aprender sejam significativas para as crianças.

Ligar os alunos uns aos outros. Tire partido da forma como os alunos se podem ajudar ao aprender em pares ou em grupos. Promova a tutoria por pares sempre que seja possível.

. Quando os alunos estão a realizar atividades ou projetos (sozinhas, com pares ou em grupos), movimente-se pela sala. Esteja disponível para responder a perguntas e para ajudar os alunos a ultrapassar obstáculos. Use também esse tempo para avaliar; por exemplo, avalie a concentração dos alunos e a forma como interagem.

se na participação. Todos estes métodos e ideias ajudam a criar oportunidades de aprendizagem ativa para todos. Por exemplo, nestas

não são dominadas pelos rapazes, as crianças mais novas não são dominadas pelas mais velhas e as crianças de diferentes proveniências e capacidades não são ignoradas nem deixadas fora da atividade ou da oportunidade de aprender.

Atividade de Reflexão: Como Qualifica a Sua Sala de A

1

Sim

2

Podia ser

melhor

A minha sala de aula está limpa e arrumada

Utilizo bem o espaço na minha sala

s da aprendizagem

lusivas e amigas da aprendizagem 40

Recolha ou crie os recursos necessários à atividade. Podem ser paus ou pedras para usar na matemática, conchas para uma

r em ciências e estudar o

um debate com a turma toda ou projetos desenvolvidos por pequenos grupos, a sua apresentação pode ser feita de forma direta. Procure que a informação ou as competências a aprender sejam significativas para as crianças.

Tire partido da forma como os alunos se podem ajudar ao aprender em pares ou em grupos. Promova a tutoria por

estão a realizar atividades ou se pela sala. Esteja

disponível para responder a perguntas e para ajudar os alunos a ultrapassar r exemplo, avalie a

étodos e ideias ajudam a criar oportunidades de aprendizagem ativa para todos. Por exemplo, nestas

azes, as crianças mais novas não são dominadas pelas mais velhas e as crianças de diferentes proveniências e capacidades não são ignoradas nem deixadas fora da

e Aula

Podia ser

3

Precisa de

muitas

melhorias

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Gerir salas de aula inclusivas e amigas da aprendizagem 41

A minha sala de aula

1

Sim

2

Podia ser

melhor

3

Precisa de

muitas

melhorias

Há muita luz na minha sala

Há coisas interessantes na minha sala (i) nas paredes e /ou (ii) nos cantinhos da matemática e das ciências

TODOS os alunos têm acesso a materiais práticos para a matemática

TODOS os alunos se podem movimentar dentro da sala para aceder aos materiais

TODOS os alunos estão interessados em aprender

TODOS os alunos podem trabalhar (i) com um parceiro e/ou (ii) em pequenos grupos

TODOS os alunos fazem frequentemente perguntas

TODOS os alunos se sentem confiantes para responder a perguntas

As crianças com dificuldades de audição ou de visão têm acesso a materiais que as possam ajudar

Os materiais foram adaptados para retirar os preconceitos étnicos ou de género.

TODOS os alunos na minha aula podem assumir responsabilidades

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Atividade de Reflexão: Pôr em Prática

Pense no que tem estado a ler e veja como pode aplicar algumas das ideias à sua sala de aula. Depois de ter pensado sobre as questões e exemplos da tabela em baixo, identifique uma atividade que possa funcionar na sua aula.

No final da semana:

Autorreflexão

Planifiquei atividades em que TODOS tiveram oportunidade de expressar os seus sentimentos?

Planifiquei atividades em que TODOS estiveram fisicamente ativos?

Planifiquei atividades que desafiassem intelectualmente tanto os rapazes como as meninas?

Planifiquei atividades que permitem a TODOS interagir socialmente?

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Atividade de Reflexão: Pôr em Prática

tem estado a ler e veja como pode aplicar algumas das ideias à sua sala de aula. Depois de ter pensado sobre as questões e exemplos da tabela em baixo, identifique uma atividade que possa funcionar na sua aula.

Exemplo Atividade possível de planear

Planifiquei atividades em Depois de ler uma história peça às crianças que digam o que sentem acerca do que aconteceu. Acham que o fim foi triste ou feliz?

Planifiquei atividades em Dê oportunidade a jogos ou dê um passeio à volta da escola para ver se todas as crianças estão a brincar.

Planifiquei atividades que Dê tempo aos alunos para trabalharem em atividades de solução de problemas.

Planifiquei atividades que Organize os alunos em grupos para construir um modelo, resolver um problema em cooperação, trabalhar no jardim, ser membro de um comité de turma, etc.

s da aprendizagem

lusivas e amigas da aprendizagem 42

tem estado a ler e veja como pode aplicar algumas das ideias à sua sala de aula. Depois de ter pensado sobre as questões e exemplos da tabela em baixo, identifique uma atividade que possa funcionar na sua aula.

vidade possível de

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Ferramenta 5.4

Avaliação Ativa e FidedignaA Maria senta-se num dos cantos da sala e chora. Ela chumbou no exame final do 3º ano. Ela esforçounotas nos trabalhos práticos de investigação e nos testes semanais. Três semanas antes do exame, a sua mãe adoeceu e a Maria passou a carregar toda a responsabilidade em tomar conta dos seus irmãos e irmãs. Ela tinha de faltar alguns dias à escola enquanto todos os seuestavam preparando para o exame. Na noite anterior ao dia do exame ela esteve acordada toda a noite olhando pela sua mãe. Durante o exame, ela não se conseguia concentrar e não conseguia recordar muito do que tinha aprendido porque estava muito cansada. O seu choro ajudavaa sua deceção. Ela tinha agora de repetir o ano. Não poderia acompanhar os seus colegas e amigos. Ela sentiu

Muitas crianças, especialmente meninas e rapazes de abandonam a escola devido a necessidades da sua família e, por vezes, porque eles não apreciam lá muito a escola. O caso acima descrito descreve este problema, e também realça o problema de examinar as crianças uma vez por ano para avaliar e necessitamos de compreender melhor as crianças e aprender como avaliar a sua aprendizagem de diferentes modos. retrato mais completo do desenvolvimento e aprendizagem das criança

O QUE É A AVALIAÇÃOA avaliação é uma forma de observar, recolher informação e depois tomar decisões baseados nessa informação. A avaliação contínua significa fazer observações continuamente para identificar o que a criança sabe, o que ela compreende, e o que ela é capaz de fazer. Estas observações são feitas muitas vezes durante o ano, por exemplo no início, meio e final dos períodos letivos, ou mesmo mais frequentemente. A avaliação contínua pode ser levada a cabo através de: observações,

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Ferramenta 5.4

tiva e Fidedigna se num dos cantos da sala e chora. Ela chumbou no exame

final do 3º ano. Ela esforçou-se imenso durante todo o ano e obteve boas balhos práticos de investigação e nos testes semanais. Três

semanas antes do exame, a sua mãe adoeceu e a Maria passou a carregar toda a responsabilidade em tomar conta dos seus irmãos e irmãs. Ela tinha de faltar alguns dias à escola enquanto todos os seus restantes colegas se estavam preparando para o exame. Na noite anterior ao dia do exame ela esteve acordada toda a noite olhando pela sua mãe. Durante o exame, ela não se conseguia concentrar e não conseguia recordar muito do que tinha

stava muito cansada. O seu choro ajudava-a sua deceção. Ela tinha agora de repetir o ano. Não poderia acompanhar os seus colegas e amigos. Ela sentiu-se como tivesse abandonado a escola.

, especialmente meninas e rapazes de famabandonam a escola devido a necessidades da sua família e, por vezes, porque eles não apreciam lá muito a escola. O caso acima descrito descreve este problema, e também realça o problema de examinar as crianças uma vez por ano para avaliar e decidir a sua passagem de ano. Como professores, necessitamos de compreender melhor as crianças e aprender como avaliar a sua aprendizagem de diferentes modos. Deste modo, podemos obter um retrato mais completo do desenvolvimento e aprendizagem das criança

AVALIAÇÃO? A avaliação é uma forma de observar, recolher informação e depois tomar decisões baseados nessa informação. A avaliação contínua significa fazer observações continuamente para identificar o que a criança sabe, o que ela

e o que ela é capaz de fazer. Estas observações são feitas muitas vezes durante o ano, por exemplo no início, meio e final dos períodos letivos, ou mesmo mais frequentemente. A avaliação contínua pode ser levada a cabo através de: observações, portfólios, listas de verificação de

s da aprendizagem

lusivas e amigas da aprendizagem 43

se num dos cantos da sala e chora. Ela chumbou no exame se imenso durante todo o ano e obteve boas

balhos práticos de investigação e nos testes semanais. Três semanas antes do exame, a sua mãe adoeceu e a Maria passou a carregar toda a responsabilidade em tomar conta dos seus irmãos e irmãs. Ela tinha

s restantes colegas se estavam preparando para o exame. Na noite anterior ao dia do exame ela esteve acordada toda a noite olhando pela sua mãe. Durante o exame, ela não se conseguia concentrar e não conseguia recordar muito do que tinha

-a a expressar a sua deceção. Ela tinha agora de repetir o ano. Não poderia acompanhar os

se como tivesse abandonado a escola.

famílias pobres, abandonam a escola devido a necessidades da sua família e, por vezes, porque eles não apreciam lá muito a escola. O caso acima descrito descreve este problema, e também realça o problema de examinar as crianças uma

decidir a sua passagem de ano. Como professores, necessitamos de compreender melhor as crianças e aprender como avaliar a

modo, podemos obter um retrato mais completo do desenvolvimento e aprendizagem das crianças.

A avaliação é uma forma de observar, recolher informação e depois tomar decisões baseados nessa informação. A avaliação contínua significa fazer observações continuamente para identificar o que a criança sabe, o que ela

e o que ela é capaz de fazer. Estas observações são feitas muitas vezes durante o ano, por exemplo no início, meio e final dos períodos letivos, ou mesmo mais frequentemente. A avaliação contínua pode ser

listas de verificação de

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competências e comportamentos, testes, questionários e autoavaliações, e reflexões periódicas.

A avaliação contínua garante a TODAS as crianças oportunidades para ter sucesso escolar. Recorrendo à avaliação contínua, o professor pode ajustar o seu plano educativo às necessidades dos alunos de forma a todos terem a possibilidade de aprender e a ter sucesso.

Na avaliação contínua, todos os alunos têm a possibilidade de mostrar aquilo que sabem e podem fazê-lo de diferentes modos de acordo com os seus diferentes estilos de aprendizagem. A avaliação contínua pode dar-lhe indicações sobre as crianças que estão a ficar atrasadas no domínio de determinados itens do programa. Assim, poderá proporcionar novas oportunidades de aprendizagem para estes alunos em particular. A informação contínua que as crianças recebem por este processo ajuda-as a saber se estão a aprender adequadamente, bem como quais as ações necessárias que têm de empreender para fazer progressos.

A Avaliação contínua pode ajudá-lo a falar com os pais e encarregados de educação sobre as potencialidades e fragilidades da criança para que eles possam colaborar num programa integrado, como no caso de ligar as atividades da sala de aula com as realizadas em casa. Geralmente, os resultados dos exames finais já chegam demasiado tarde aos pais para poderem ajudar a criança que eventualmente possa não estar a fazer uma correta aprendizagem.

RESULTADOS DA APRENDIZAGEM Como aprendemos na última Ferramenta, cada atividade de aprendizagem deverá ter um objetivo que tem de ser avaliado de algum modo. As avaliações deverão comprovar os resultados da aprendizagem; ou seja, eles deverão dizer-nos até que ponto a criança desenvolveu um conjunto de competências, conhecimentos e comportamentos no decurso de uma determinada atividade de aprendizagem, item curricular ou uma unidade curricular mais vasta. As definições dos resultados da aprendizagem são geralmente designadas por padrões de aprendizagem ou objetivos e podem ser identificadas por conteúdos específicos, competências e níveis de escolaridade.

As atividades de aprendizagem e as avaliações resultam melhor quando o professor identifica quais os objetivos específicos da aprendizagem. Ao

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planear uma nova atividade de aprendizagem, comece por identificar quais os resultados que pretende com essa aprendizagem. Poderá ter interesse em responder às seguintes três questões quando planear a sua atividade.

♦ Que competências/capacidades serão utilizadas ou desenvolvidas pelas crianças?

♦ Que informação será aprendida?

♦ Que comportamentos serão executados?

As respostas a estas questões podem ser tomadas como os resultados da aprendizagem. Por exemplo, se criar uma unidade programática na qual os alunos do 5º ano vão fazer aprendizagens sobre as equações espaço-tempo em matemática, poderá elaborar os seguintes resultados:

♦ O aluno sozinho será capaz de utilizar a multiplicação e a divisão para resolver equações de tempo-e-distância em trabalhos de casa.

♦ O aluno em trabalho de pares será capaz de elaborar problemas matemáticos seus que expressem equações de tempo-e-distância em cenários de viajem-no- espaço.

Podemos verificar que estes produtos de aprendizagem especificam:

1. Quem

2. O que será realizado, e

3. Em que condições.

Estes elementos podem ser ainda conjugados, como:

1. O aluno a trabalhar em pequeno grupo,

2. Elaborará um mapa do espaço escolar, e

3. Na escala de 1 cm

Outros exemplos seriam:

♦ (1.) O aluno (2.) será capaz de utilizar a adição simples para resolver um problema (3.) num contexto real.

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♦ (1.) O aluno (2.) será capaz de trabalhar como membro de um grupo para realizar atividades de investigação e apresentar os resultados (3.) de forma escrita.

Quando nos centramos em resultados específicos, como no caso das ciências ou matemática, pode ajudar-nos ter um guia que nos dê os diferentes níveis de resultados que podemos esperar para uma dada atividade. A seguir apresentamos um destes guias.

Resultados da atividade de classificação

4 – A criança separa os objetos em grupos característicos. A criança analisa as características importantes de cada grupo. A criança elabora conclusões.

3 - A criança separa os objetos em grupos característicos. A criança analisa as características importantes de cada grupo.

2 – A criança separa os objetos em grupos que não têm muito significado.

1 – A criança separa os objetos em grupos que não têm sentido.

0 – A criança não tenta realizar a tarefa.

ABORDAGENS E TÉCNICAS DE UMA AVALIAÇÃO FIDEDIGNA Uma avaliação fidedigna significa implicar a criança na apreciação das suas aquisições. As avaliações fidedignas são baseadas-no-desempenho, realistas e educacionalmente apropriadas. A observação, ao mesmo tempo que se conversa com as crianças sobre a sua aprendizagem, pode ter lugar em qualquer altura-

Observação

No decorrer da observação sistemática, as crianças deverão ser observadas quando trabalham sós, a pares, em pequenos grupos, em diferentes períodos do dia e em vários contextos. As observações podem compreender o seguinte:

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Registo de ocorrências. Compreende notas sem juízo de valor de factos de atividades da criança. Elas são úteis no registo de acontecimentos espontâneos.

Perguntas. Um bom método de recolha de informação é fazer perguntas abertas diretamente às crianças. Perguntas abertas como “Gostaria que tu me falasses sobre…“, ajuda-o a avaliar a capacidade da criança se expressar verbalmente. Além disso, interrogando a criança sobre as suas atividades, geralmente obtemos justificações sobre como a criança se comporta.

Testes de despistagem. Estes testes são utilizados para identificar as competências e aptidões que as crianças já dominam, podendo assim os professores planear experiências de aprendizagem significativas para os seus alunos. Os resultados destes testes devem ser confrontados com materiais de natureza mais subjetiva, como os contidos em portfólios como veremos adiante. A informação de avaliação não deverá ser usada para rotular as crianças.

A observação pode mostrar o sucesso na aprendizagem, os desafios da aprendizagem e os comportamentos de aprendizagem, como neste exemplo de observação de um professor sobre o progresso feito pelo Francisco, um rapaz de Timor Leste, a aprender Inglês como segunda língua.

Francisco

12 de março. O Francisco está a fazer uma autobiografia sobre a sua família em Timos Leste. Ele esta a organizar a sua informação de forma lógica, mas escreve de forma incorreta o tempo dos verbos.

16 de março. Treino de correção da escrita com o Francisco e mais outros quatro alunos, com especial atenção no uso dos verbos no tempo passado na escrita de acontecimentos (escrever sobre o que se passou). O Francisco está a elaborar o seu rascunho do texto.

20 de março. O Francisco utiliza abusivamente, na sua escrita, os verbos no passado ao relatar acontecimentos. Necessita de mais esclarecimentos e trabalho sobre isto.

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1 de abril. O Francisco e o José trabalham bem em conjunto recorrendo à enciclopédia para investigar dados sobre Timor Leste. O Francisco recolhe notas de forma resumida e adequada sobre a informação relevante.

Avaliação por portfólio

Conteúdo

Um método de avaliação fidedigna é criar e ir revendo o portfólio do trabalho da criança. Um portfólio consiste num registo do processo de aprendizagem da criança, ou seja, o que a criança tenha aprendido e como o fez. Os portfólios possibilitam que as crianças participem na avaliação do seu trabalho. O portfólio guarda o registo do progresso da criança; acompanha o sucesso da criança e não tanto o seu fracasso. Além disso, o portfólio deverá acompanhar a criança se ela mudar para outras escolas.

Podem ser inseridas nos portfólios amostras dos trabalhos como: trabalhos de escrita, como ensaios, histórias, relatórios; ilustrações, desenhos, mapas e diagramas; bem como trabalhos de matemática, gráficos ou outros trabalhos de outras disciplinas. Também podem ser registadas atividades não curriculares, como ter tido cargos de responsabilidade na turma.

Poderá selecionar amostras demonstrativas de aspetos significativos do trabalho da criança. Poderá convidar a criança a escolher do seu trabalho partes que ele queira juntar no seu portfólio para que os pais os possam ver e, se possível, assinar. Cada semestre e no final do ano, todos os trabalhos recolhidos deve ser dados à família da criança para os poderem apreciar.

Quando a criança passe para o ano ou nível seguinte, os professores poderão enviar partes específicas dos portfólios das crianças aos colegas professores da nova turma. Isto ajudará estes professores a aperceber-se com maior rapidez das capacidades e necessidades dos seus novos alunos.

Cada registo individual do portfólio deve ser datado e anotado com elementos de contexto em que foi elaborado. O contexto poderá relatar coisas como: “Isto é uma parte de um trabalho de escrita livre sem ajuda. Somente foi dado o tema e algum vocabulário elementar. Foram dados 30 minutos para realizar a tarefa.”

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A utilização do Portfólio na Avaliação

O material utilizado no portfólio deverá estar ordenado numa ordem cronológica. Estando organizado deste modo, o professor poderá avaliar as aquisições feitas pela criança. Numa correta avaliação compara-se sempre o trabalho que a criança realiza atualmente com os seus trabalhos iniciais ou anteriores. Os portfólios não pretendem comparar as crianças entre si. Eles são usados para documentar o progresso individual de uma dada criança ao longo do tempo. As conclusões do professor sobre as aquisições, capacidades, áreas fortes e fracas, e necessidades de uma dada criança devem ser fundamentadas em toda a extensão do desenvolvimento da criança, tal como documentada pelos itens do portfólio e o seu conhecimento sobre como a criança está a evoluir na aprendizagem.

O recurso a portfólios para avaliar as crianças proporciona aos professores um meio essencial para planificar as reuniões com os pais. Com o portfólio como base de discussão, o professor e o pai/encarregado de educação podem apreciar exemplos concretos do trabalho da criança, em vez de discutirem o progresso da criança em abstrato.

Estudo de Caso

Avaliação Activa nas Filipinas, entrevista com Marissa J. Pascual, uma professora muito experiente do “Community of Learners School for Children” das Filipinas. Ela também é formadora do programa apoiado pela UNICEF “Multigrade Education Programme”3

Perguntas:

Como realiza a avaliação?

Como integra o trabalho da avaliação na aprendizagem subsequente?

Que significado tem para si as alterações de prioridades?

Geralmente, eu dou especial relevo às primeiras semanas de aulas para recolher informação relevante sobre os níveis reais dos meus alunos através de diferentes formas.

3www.unicef.org/teachers/fórum/0199.htm

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Observação

Aprendi ao longo dos anos que uma grande parte de informação importante pode ser obtida por simples observação. Esta preciosa informação é muito útil, ajudando-me a definir objetivos individuais adequados e a escolher atividades que se ajustem às necessidades e capacidades dos meus alunos. Geralmente elaboro uma lista do que eu necessito observar de um aluno ou grupo de alunos em cada semana. Sabendo as minhas prioridades em cada semana, permite-me planear a minhas atividades e a minha agenda para fazer observação. Sabendo o que observar e quando observar possibilita-me realizar o meu trabalho de um modo mais sistemático e eficiente.

Nas primeiras semanas, sempre achei importante observar as crianças em situações diferentes de leitura, como ler sozinho no período de tempo destinado à leitura silenciosa; ler com um grupo de crianças no período de leitura partilhada do grupo de literatura; ler oralmente na aula ou para um colega ou adulto na sala; e ler para procurar informações específicas sobre um determinado tema. Isto permite-me acumular informação sobre a capacidade dos meus alunos em elaborar o significado a partir do texto, utilizar estratégias de superação (como o recurso a pistas dadas pelas imagens e pelo contexto, estrutura da frase e alternativas) quando se deparam com palavras novas e difíceis no texto, autocorreção e reação crítica sobre o que leem.

Estas observações iniciais também me permitem ver como a criança encara a leitura e como ele se vê a ele próprio como leitor. No começo do ano, também lhes peço para responder a um questionário que lhes permite refletir sobre as suas atitudes face à leitura e, também como eles se encaram como leitores.

Teste de Diagnóstico para a Gramática, Ortografia, Vocabulário, Mecanismo da Escrita

Os resultados destas avaliações, combinados com a informação que obtenho das minhas observações, ajudam-me a decidir sobre as mudanças a fazer no currículo que inicialmente preparo para a turma durante o verão. Isto

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permite-me definir as aulas que preciso para ensinar toda a turma ou grupos específicos de crianças nas semanas que se seguem.

O Portfólio Escrito no Primeiro Mês

As primeiras anotações dos alunos na escrita dos seus portfólios também proporcionam uma informação importante sobre as suas capacidades de escrita. As suas anotações iniciais são geralmente as suas impressões sobre as atividades de escrita criativa e pequenos relatos que eles redigem após terem feito investigação para outras disciplinas. Mais uma vez, isto ajuda-me a determinar que tipo de aulas são prioritárias bem como determinar o agrupamento dos alunos para o primeiro período.

Durante o ano, eu recorro tanto a métodos informais como formais de avaliação. Os métodos informais são geralmente elaborados para as aulas e atividades escolares do dia-a-dia. Toda a atividade de ensino-aprendizagem que uso em cada dia envolve um processo de avaliação sobre capacidade do aluno realizar uma tarefa e cumprir um objetivo educativo.

Eu observo tanto o processo como o produto da participação dos meus alunos numa dada atividade ou enquanto realizam tarefas que lhes tenham sido distribuídas. Por exemplo, olhando para os resultados de pequenos exercícios depois de uma curta lição dá-me uma ideia sobre até que ponto eu necessito de repetir um determinado conceito utilizando um método diferente ou dar à criança mais tempo para praticar exercícios relacionados com o assunto dado. Considerando o que foi escrito no seu potfólio, isso também me permite ver se eles são capazes de utilizar as leis gramaticais tratadas na aula. Mais uma vez isto fornece informação ao processo de tomada de decisão tendo em vista experiências e estratégias subsequentes de aprendizagem.

Uma vez que as necessidades e capacidades dos meus alunos variam, bem como o lugar no qual eles realizam o seu trabalho, torna-se necessário tomar isso em consideração quando planeamos as aulas e as atividades que tenho de proporcionar na sala de aula. Para facilitar a gestão da sala de aula, um importante dado a ter em conta é conhecer quais dos meus alunos têm

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necessidades e capacidades comuns ou semelhantes e depois agrupá-los em conformidade. Isto permite-me planear o meu dia ou semana de maneira mais eficiente e igualmente assegurar que as suas necessidades são satisfeitas.

Também recorro a métodos formais de avaliação na sala de aula. Estão incluídos nesta categoria pequenos testes ou questionários, tarefas ou projetos individuais (como escrever projetos ou relatórios de investigação), projetos de grupo, além dos testes realizados na semana de avaliação de cada período letivo.

O nível de aquisições e o desempenho escolar do aluno é sempre determinado por uma combinação de avaliações internas e informais e uma avaliação mais formal e periódica. Assim, a avaliação é acumulativa. Eu também tenho em consideração o investimento que os meus alunos fazem no processo de ensino-aprendizagem com base nas suas potencialidades. Depois de cada trimestre, eu faço um resumo das potencialidades e das necessidades de cada aluno da minha turma. Traço novos objetivos para o período seguinte e planeio novas atividades que possibilitem alcançar os meus objetivos. Também revejo a organização dos grupos de alunos conforme as necessidades.

Para mim, o processo de avaliação não fica completo sem o contributo dos meus alunos. No final de cada período, distribuo questionários de autoavaliação para que eles se pronunciem e realizo reuniões individuais para o trabalho do período em conjunto, revendo os objetivos estabelecidos e estabelecendo novos para o período seguinte. Esta componente do processo de avaliação é importante para mim porque me proporciona uma oportunidade de ajudar os meus alunos a conhecerem-se a eles próprios e as suas capacidades. Isto faz parte da fundamentação para a definição de novos objetivos para o período seguinte. Durante as reuniões, peço ao aluno para mostrar a pasta dos trabalhos, computador, o portfólio escrito ou a pasta dos relatos das sessões de trabalho, bem como outros projetos em que tenha participado durante o trimestre.

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Ao longo dos anos, tenho vindo a aprender que cada pedaço de informação que o professor possa obter sobre acriança em diferentes períodos ao longo do ano – seja por meios formais ou informais - deve ser cuidadosamente validada e revalidada antes de se tomarem decisões curriculares importantes. Por exemplo, ter boas notas nos exercícios de gramática não garante que a criança já tenha adquirido uma determinada competência. Ao longo da minha experiência eu tenho encontrado muitas situações em que um aluno é capaz de tirar uma boa nota exercícios de gramática mas apresenta dificuldades para aplicar esse conceito gramatical ao escrever uma composição. Quando existe uma discrepância entre o desempenho da criança nos exercícios e nas composições, descobri que pode ajudar o aluno dar-lhe mais oportunidades de realizar composições em grupo com o professor servindo de facilitador. Isto permite-me exemplificar o uso de um determinado conceito gramatical ao escrever uma composição.

Como professora, para mim é importante refletir sempre sobre qualquer que seja a nova informação que obtenha de um dado aluno ou grupo de alunos num dado momento. Tento sempre analisar as implicações de uma nova informação. Por exemplo, se se observa um padrão nos erros feitos por um aluno na leitura ou nas composições, ele pode indicar-nos que esta criança poderá beneficiar da repetição do ensino de um determinado conceito ou que ele necessite de realizar atividades subsequentes para adquirir uma determinada competência. Cada nova informação leva-me a pensar sobre o que ela pode ajudar nas necessidades dos meus alunos e como eu os poderei ajudar melhor.

FEEDBACK E AVALIAÇÃO O feedback (devolver a informação) é um elemento essencial na avaliação da aprendizagem. Antes de fazer esse feedback, é importante que exista uma relação salutar, segura e confiante entre o professor e a criança.

As crianças são favorecidas pelas oportunidades proporcionadas por um feedback formal em reuniões de grupo ou turma. Quando funciona adequadamente, existe uma mudança dos professores a informar os alunos daquilo que eles fizerem mal, para os alunos reconhecerem por eles próprios

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aquilo que necessitam de fazer ou melhorar, e depois discuti-lo com o seu professor.

O feedback negativo pode ser mostrado em: “Porque não melhoram a vossa ortografia? Estão sempre errar.” O feedback negativo limita a autoestima das crianças e conduz a uma melhoria na aprendizagem.

O feedback positivo e construtivo pode ser mostrado em: “Susana, gostei da forma como começaste a tua história e o final é realmente impressionante. Se recorreres ao dicionário para verificar algumas das palavras que usaste, isso vai ajudar-te na tua ortografia. Se não tiveres a certeza de quais são as primeiras letras das palavras pede ajuda à Joana.” O feedback positivo permite reconhecer as áreas fortes, identificar os pontos fracos, e mostrar como se pode melhorar recorrendo a comentários construtivos.

Características dum Feedback Eficaz

♦ O feedback é mais eficaz se ele se concentrar na tarefa e for dado regularmente enquanto for necessário.

♦ O feedback é mais eficaz quando confirma aquilo em que o aluno está a fazer progressos e quando estimula a correção de falhas ou outros avanços numa dada fração do trabalho.

♦ As sugestões de melhoria devem funcionar como “andaimes;” isto é, deverá ajudar-se o aluno tanto quanto possível a tirar partido do seu conhecimento. Não se deverá facultar a solução completa logo que surjam as primeiras dificuldades. Dem ser ajudados a pensar as coisas por eles próprios geralmente por um processo de passo a passo.

♦ A qualidade da discussão ao dar feedback é importante e a maioria da investigação que o feedback oral é mais eficaz do que o escrito.

♦ Os alunos têm de possuir capacidade para pedir ajuda e sentir-se à-vontade para o fazer na sala de aula.

Autoavaliação

As crianças necessitam de:

♦ Refletir sobre o seu trabalho

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♦ Ajudadas a reconhecer dificuldades sem o risco de afetar a sua autoestima: e

♦ Ser-lhe dado tempo para resolver as dificuldades.

A autoavaliação tem lugar quando o aluno apresenta as suas capacidades, conhecimentos ou progressos. A autoavaliação acrescenta conhecimento e gosto de aprender. Ainda, a autoavaliação pode realizar-se em reuniões com as crianças ou nos seus próprios diários.

Logo que a criança possa escrever, deve ser-lhe solicitado que registe as suas experiências de aprendizagem em diários. Sempre que se complete uma atividade de aprendizagem ou uma unidade curricular, pode pedir que cada aluno reflita sobre a sua evolução.

AVALIAR AS COMPETÊNCIAS E AS ATITUDES A avaliação de muitos dos objetivos ou metas educativas é difícil, mas as competências e as atitudes são fundamentais para a aprendizagem da criança e seu desenvolvimento futuro. Por isso, deveremos tentar avaliá-las o melhor que pudermos. Abaixo apresentamos exemplos dos critérios utilizados para avaliar em quatro níveis a consecução das competências e atitudes.4

A competência primordial: Cooperação: Cooperação significa ser capaz de trabalhar com os outros e aceitar desempenhar diversos papéis que implicam ouvir, explicar, negociar e comprometimento.

Criança A Criança B

Nível 1: Consegue trabalhar com um parceiro esperando a sua vez para ouvir, e partilha ideias e recursos

Nível 2: Aceita e negoceia pontos de vista críticos e divergentes de outros colegas

4 Esta parte do texto baseia-se em: Miriam S. (1993) Aprender com a Experiência. Estudos Mundiais. Trentham Books Ltd., United Kingdom.

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Nível 3: Consegue trabalhar num grupo heterogéneo (em idades,/capacidades/sexo)

Nível 4: Pode liderar qualquer grupo heterogéneo,

Pode sugerir soluções alternativas para os problemas recorrendo a estratégias de cooperação

Atitude: Empatia é estar interessado em considerar os sentimentos e perspetivas de outras pessoas.

Criança A Criança B

Nível 1: Aceita que pode existir mais do que uma fação para haver desentendimento

Pode partilhar sentimentos e explicar comportamentos

Nível 2: Pode descrever os sentimentos de personagens em histórias

Pode reconhecer que outra criança ou adulto tenham razões para quererem algo de diferente dele

Nível 3: Consegue explicar que as pessoas fazem coisas de forma diferente devido aos seus antecedentes e situação

É capaz de enfrentar os insultos na escola com base no género, deficiência, nacionalidade ou pobreza

Nível 4: Consegue enfrentar os comentários estereotipados de pessoas feitos sobre outros diferentes

As atividades geralmente utilizadas numa avaliação contínua e autêntica compreendem tanto a consideração dos aspetos do desempenho como do resultado. A avaliação do desempenho pode abranger: investigações científicas; resolução de problemas matemáticos utilizando objetos reais; uma exibição de dança; uma representação com um ou dois outros colegas; leitura dramatizada; servir num jogo de voleibol; etc.

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Nos produtos a avaliar podem considerar-se: uma figura ou desenho; um modelo relacionado com um fenómeno científico; um ensaio ou um relatório; uma canção escrita e composta pela criança.

O QUE PODE CORRER MAL NA AVALIAÇÃO? O resultado final para os alunos deverá estar relacionado com o que eles podiam fazer antes e o que eles conseguem fazer agora. Ele não deve estar relacionado com um mero teste padronizado de fim de ano. Crianças do mesmo ano escolar (classe ou turma) deverão ter pelo menos três anos de diferença na capacidade geral entre eles, e na matemática poderá atingir uma diferença de sete anos de diferença. Isto significa que comparar crianças recorrendo a um teste estandardizado é injusto para muitas crianças.

Um professor, pai ou encarregado de educação não devem encarar este teste de fim de ano como a coisa mais importante da avaliação no que diz respeito à criança. Uma das grandes fontes de depreciação da autoestima nas crianças é a utilização de comparações, em especial na escola. O exame do fim do ano deverá ser apenas uma componente de uma avaliação mais completa e compreensiva do progresso da criança. Esta avaliação tem como objetivo aumentar o conhecimento do professor, da criança e seus pais ou encarregados de educação sobre as capacidades da criança. Deverá também ser utilizada para desenvolver estratégias para um progresso futuro. Não devemos realçar as deficiências ou fraquezas da criança. Pelo contrário, deveremos enaltecer o que a criança aprendeu e descobrir como podemos ajudar a que ela aprenda ainda mais.

A avaliação autêntica e contínua pode identificar o que as crianças estão a aprender bem como as razões porque elas poderão não estar a aprender (por vezes descrito como “aprendizagem fraca”). Algumas dessas razões poderão ser as seguintes:

♦ As crianças não aprenderam as competências necessárias para realizar uma dada tarefa. Muitas tarefas de aprendizagem são sequenciais, principalmente na matemática e na língua. As crianças necessitam de aprender determinada competência, como contar até 10, antes de tentarem fazer subtração de números.

♦ O método de ensino não é o adequado para a criança.

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Gerir salas de aula inc

♦ A criança pode necessitar de mais tempo para praticar o que tenha aprendido.

♦ A criança pode ter fome ou estar subnutrida.

♦ A criança tem problemas emocionais ou dificuldades na aprendizagem.

Se uma criança tem dificuldades, a avaliação contínua assente em métodos fidedignos poderá revelar essas dificuldades, permitindoajuda à criança. Devemos compreender que nem todas as crdo mesmo modo e à mesma velocidade. Algumas crianças poderão ter estado ausentes num dado momento importante para a sequência da aprendizagem. Um tempo de ensino adicional, ministrado em horário adequado, pode proporcionar às crianças que smatéria e as competências em falta. Os “parceiros de aprendizagem” que conseguiram dominar as competências com nível elevado podem ser solicitados a ajudar aqueles que tenha estado ausentes ou os que necessitem de maior atenção.

Atividade de Reflexão: Avaliar o progresso

Reflita sobre a última palavra. Pense numa disciplina, como matemática ou ciências. Como é que avalia o progresso das crianças? Através da observação, testes semanais de papel e lápis, algo que ele(produto), um portfólio, um exame de final de período, etc.?

Como é que informa os pais ou encarregados de educação? Através de um encontro informal, enviando um impressoprofessores?

Consciencialização para a importância da avaliação contínua, que medidas pode tomar para conseguir uma melhor informação sobre os pontos fortes e fracos das suas crianças? Consegue implantar a avaliação através de menos na sua turma? Tente trabalhar num plano de avaliação para o todo o ano. Tente pensar nas modalidades que podem ser levadas a cabo no seu contexto escolar e que possam dar

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A criança pode necessitar de mais tempo para praticar o que tenha

A criança pode ter fome ou estar subnutrida.

A criança tem problemas emocionais ou físicos que lhe causam dificuldades na aprendizagem.

Se uma criança tem dificuldades, a avaliação contínua assente em métodos fidedignos poderá revelar essas dificuldades, permitindo-nos proporcionar ajuda à criança. Devemos compreender que nem todas as crianças aprendem do mesmo modo e à mesma velocidade. Algumas crianças poderão ter estado ausentes num dado momento importante para a sequência da aprendizagem. Um tempo de ensino adicional, ministrado em horário adequado, pode proporcionar às crianças que se atrasaram alternativas para aprender a matéria e as competências em falta. Os “parceiros de aprendizagem” que conseguiram dominar as competências com nível elevado podem ser solicitados a ajudar aqueles que tenha estado ausentes ou os que

aior atenção.

Atividade de Reflexão: Avaliar o progresso

Reflita sobre a última palavra. Pense numa disciplina, como matemática ou ciências. Como é que avalia o progresso das crianças? Através da observação, testes semanais de papel e lápis, algo que ele

, um exame de final de período, etc.?

Como é que informa os pais ou encarregados de educação? Através de um encontro informal, enviando um impresso, ou numa reunião de pais e

Consciencialização para a Ação. Agora que está mais desperto para a importância da avaliação contínua, que medidas pode tomar para conseguir uma melhor informação sobre os pontos fortes e fracos das suas crianças? Consegue implantar a avaliação através de portfólio na sua escola, ou pelomenos na sua turma? Tente trabalhar num plano de avaliação para o todo o ano. Tente pensar nas modalidades que podem ser levadas a cabo no seu contexto escolar e que possam dar uma imagem completa do

s da aprendizagem

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A criança pode necessitar de mais tempo para praticar o que tenha

físicos que lhe causam

Se uma criança tem dificuldades, a avaliação contínua assente em métodos nos proporcionar ianças aprendem

do mesmo modo e à mesma velocidade. Algumas crianças poderão ter estado ausentes num dado momento importante para a sequência da aprendizagem. Um tempo de ensino adicional, ministrado em horário adequado, pode

e atrasaram alternativas para aprender a matéria e as competências em falta. Os “parceiros de aprendizagem” que conseguiram dominar as competências com nível elevado podem ser solicitados a ajudar aqueles que tenha estado ausentes ou os que

Reflita sobre a última palavra. Pense numa disciplina, como matemática ou ciências. Como é que avalia o progresso das crianças? Através da observação, testes semanais de papel e lápis, algo que eles realizam

Como é que informa os pais ou encarregados de educação? Através de um ou numa reunião de pais e

que está mais desperto para a importância da avaliação contínua, que medidas pode tomar para conseguir uma melhor informação sobre os pontos fortes e fracos das suas crianças?

na sua escola, ou pelo menos na sua turma? Tente trabalhar num plano de avaliação para o todo o ano. Tente pensar nas modalidades que podem ser levadas a cabo no seu

progresso das

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crianças durante todo o ano. Recorde também que a avaliação deve ser incluída no seu planeamento inicial de matérias e aulas a dar.

Observação Desempenho Portfólio Testes de diagnóstico

Outros?

Diariamente

Semanalmente

Por período

Anualmente

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Gerir salas de aula inc

Ferramenta 5.5

O Que Aprendemos?Neste Manual de Apoio, examinamos muitas das questões práticas de gestão que necessitam de ser tidas em conta se as nossas salas de aula pretenderem proporcionar oportunidades de aprendizagem para todas as crianças incluindo aquelas que são orisociais e diferentes capacidades. Algumas das questões que teremos de equacionar são:

♦ Podem os pais ou encarregados de educação ajudarde aula (não a controlá

♦ Podem as crianças aprender a ter maior aprendizagem na sala de aula?

♦ Poderemos tirar maior partido dos recursos locais no que se refere a materiais de aprendizagem?

♦ Podem as crianças ajudar

♦ Poderemos planear lições diferenciadas possam ter sucesso ajustado ao seu nível?

♦ Poderemos nós ser proacomportamentos na sala de aula?

♦ Quando necessário, podemos recorrer à disciplina como uma ferramenta positiva para a aprendizagem?

Se a sala de aula for bem gerida, as lições bem planeadas e todos os intervenientes tiverem real interesse na aprendizagem das crianças, então todas as crianças terão sucesso na sua aprendizagem.

Também analisamos alguns dos processos para avaliar a aprendcrianças ao longo do ano. Necessitamos de conhecer o ponto de partida de cada criança, porque sabemos que as crianças da mesma idade aprendem a diferentes ritmos. Necessitamos de lhes dar informação sobre como estão

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Gerir salas de aula inclusivas e amigas da aprendizagem

Ferramenta 5.5

Aprendemos? Neste Manual de Apoio, examinamos muitas das questões práticas de gestão que necessitam de ser tidas em conta se as nossas salas de aula pretenderem proporcionar oportunidades de aprendizagem para todas as crianças incluindo aquelas que são originárias de diferentes ambientes sociais e diferentes capacidades. Algumas das questões que teremos de

Podem os pais ou encarregados de educação ajudar-nos a gerir a sala de aula (não a controlá-la)?

Podem as crianças aprender a ter maior responsabilidade pela sua aprendizagem na sala de aula?

Poderemos tirar maior partido dos recursos locais no que se refere a materiais de aprendizagem?

Podem as crianças ajudar-se entre si através do ensino

Poderemos planear lições diferenciadas para que todas as crianças possam ter sucesso ajustado ao seu nível?

Poderemos nós ser proativos no que se refere à gestão de comportamentos na sala de aula?

Quando necessário, podemos recorrer à disciplina como uma ferramenta positiva para a aprendizagem?

Se a sala de aula for bem gerida, as lições bem planeadas e todos os intervenientes tiverem real interesse na aprendizagem das crianças, então todas as crianças terão sucesso na sua aprendizagem.

Também analisamos alguns dos processos para avaliar a aprendcrianças ao longo do ano. Necessitamos de conhecer o ponto de partida de cada criança, porque sabemos que as crianças da mesma idade aprendem a diferentes ritmos. Necessitamos de lhes dar informação sobre como estão

s da aprendizagem

lusivas e amigas da aprendizagem 60

Neste Manual de Apoio, examinamos muitas das questões práticas de gestão que necessitam de ser tidas em conta se as nossas salas de aula pretenderem proporcionar oportunidades de aprendizagem para todas as

ginárias de diferentes ambientes sociais e diferentes capacidades. Algumas das questões que teremos de

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Poderemos tirar maior partido dos recursos locais no que se refere a

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Se a sala de aula for bem gerida, as lições bem planeadas e todos os intervenientes tiverem real interesse na aprendizagem das crianças, então

Também analisamos alguns dos processos para avaliar a aprendizagem das crianças ao longo do ano. Necessitamos de conhecer o ponto de partida de cada criança, porque sabemos que as crianças da mesma idade aprendem a diferentes ritmos. Necessitamos de lhes dar informação sobre como estão

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a evoluir na aprendizagem (geralmente designado por “avaliação formativa”) e necessitamos de saber qual o progresso feito no final do ano (“avaliação sumativa”). Encaramos a avaliação fidedigna como um meio de proporcionar uma avaliação formativa para todas as crianças e pais e outros intervenientes no processo.

Aprendemos que uma avaliação fidedigna implica diferentes processos de avaliação do progresso das crianças em que se inclui a observação direta, portfólios, atividades de resolução de problemas (possivelmente a pares ou pequenos grupos), apresentações (um exemplo de produtos da atividade de aprendizagem), e alguns questionários próprios de papel e lápis.

Sente-se confiante quando relata aos pais e encarregados de educação o progresso de todas as crianças da sua turma a meio de um ano escolar? Descobre maneiras de poder incluir as crianças no processo de avaliação, por exemplo, pedindo-lhes para escolherem trabalhos escolares para inserirem nos seus portefólios?

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ONDE PODE APRENDER MAIS? As publicações e os sites da Internet seguintes são recursos valiosos para lidar com uma sala de aula inclusiva.

Publicações

A Tale of Two Kittens. Leitura para crianças do ensino primário para compreenderem a diversidade; inclui um manual para o professor. Human Rights Education Programme (Karachi/Pakistan). www.hrep.com.pk

Alternatives to Corporal Punishment: The Learning Experience. (2000) Department of Education, Ministry of Education, Pretoria, South Africa.

Miriam S. (1993) Learning from Experience. World Studies. Trentham Books Ltd., United Kingdom.

UNESCO (1993) Teacher Education Resource Pack: Special Needs in the Classroom. Paris.

UNESCO (2001) Understanding and Responding to Children’s Needs in Inclusive Classrooms: A Guide for Teachers. Paris.

UNESCO (2004) Changing Teaching Practices Using Curriculum Differentiation to Respond to Students’ Diversity. Paris.

Web Sites

Authentic Assessment: a briefing. http://home.ecn.ab.ca/~ljp/edarticles/assessment.htm

Classroom routines.

http://www.ioe.ac.uk/multigrade/practical_advice.htm

Cooperative learning.

hhttp://www.jigsaw.org/ e http://www.co-operation.org

Guidelines for Portfolio Assessment in Teaching English by Judy Kemp and Debby Toperoff.

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http://www.etni.org.il/ministry/portfolio

Managing group work and cooperative learning.

http://www.tlc.eku.edu/tips_cooperative_learning.htm

Multigrade Teacher Training Materials.

http://www.ioe.ac.uk/multigrade/teacher_training.htm

Positive Discipline.

http://www.positivediscipline.com

Quality Education for Every Student. This is a good Web site for explaining portfolio assessment.

http://www.pgcps.org/~elc/portfolio.html

UNICEF Teachers Talking about Learning.

http://www.unicef.org/teachers