manifesto nacional de apoio à dilma - servidores do judiciário e mpu

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Em cada local de trabalho do Poder Judiciário e do Ministério Público brasileiro o debate sobre as eleições presidenciais surge. Algumas vezes a decisão do voto está relacionada à aprovação ou não do último reajuste salarial. Porém, acreditamos que nas eleições presidenciais do dia 26 de outubro há muito mais em jogo. É preciso olhar para o passado para saber escolher qual o melhor cenário para continuarmos nossa luta. É preciso avaliar quem cada candidato representa e qual o projeto de Estado de cada um deles, considerando que somos servidores do Estado brasileiro. Ao assumir o governo do estado de Minas Gerais, Aécio promoveu o “choque de gestão”, em que defendia que o Estado gaste menos com a máquina e mais com as pessoas. Na prática, deixou de valorizar os servidores do estado de Minas Gerais e as políticas públicas não foram ampliadas. Há aqueles que se iludem e acreditam que Aécio é mensageiro do novo. Lembramos que o candidato a vice- presidente na chapa de Aécio é Aloysio Nunes (PSDB/SP) foi o maior defensor da extinção da Justiça do Trabalho. O PSDB apostava na extinção da Justiça do Trabalho para dificultar ou até impedir os trabalhadores a buscar seus direitos. Fizemos uma dura luta e vencemos. A Justiça do Trabalho só existe hoje devido ao combate feito pela CUT, os sindicatos de servidores e trabalhadores do setor privado e da própria magistratura do trabalho. No governo de FHC - Aécio Neves era o líder do PSDB na Câmara dos Deputados - vimos uma rápida e grande redução do número de servidores, a suspensão dos concursos públicos e a terceirização de diversos cargos. Nossa luta no governo FHC era para não acabar com o serviço público e para manter a estabilidade do emprego; quem sabe arrancar algum reajuste de salário, o que só aconteceu para nós do Judiciário e do MPU no final de 2002, já em plena campanha eleitoral e no apagar das luzes do governo FHC. Lutamos para recuperar nosso poder de compra que teve seu auge em 2008, ao final da implantação do PCS de 2006, já no governo Lula. Não queremos voltar para a política de Estado do PSDB, que demitiu servidores públicos. Queremos um Poder Judiciário e um MPU fortes, com servidores concursados, valorizados, e não é essa a proposta de Aécio Neves. Votamos em porque queremos conquistar e não retroceder! Muitas lutas vitoriosas! É por isso que queremos conversar com todos os colegas e mostrar que se engana quem pensam que todos os governos foram iguais. É preciso dizer, alcançamos importantes conquistas neste período do governo Lula e governo Dilma. Aprovamos o PCS, reajustamos a GAJ/GAMPU e tivemos ganhos reais de salário. Em 12 anos mais de 400 mil novos servidores foram contratados, além da reposição das vagas abertas por aposentados. As novas universidades públicas aumentaram o acesso gratuito ao ensino superior e o Judiciário e o Ministério Público se expandiram, novas varas e procuradorias foram criadas em todo o país. Muito diferente dos tempos onde lutávamos pela sua simples existência. Concursos públicos só no governo do PT Certamente muitos de nós só estamos nas carreiras do Judiciário e do MPU em função da política de fortalecimento do Estado, com a criação de cargos e a realização de concursos. Não é diferente no Executivo e no Legislativo e nas esferas estaduais e municipais. A proposta de enxugar a máquina vende uma ideia de economizar o recurso da União e na verdade engessa a Administração Pública porque sem servidor concursado não há como implementar as políticas públicas e, em nosso caso, a ampla promoção da Justiça. Temos muito chão pela frente, nossa luta por reajuste vai continuar! Nossa pauta de reivindicações ainda tem muito que avançar: queremos a democratização das relações de trabalho e uma política salarial que recupere nossas perdas. Se com Dilma temos dificuldades em debater nossos salários, com Aécio teremos dificuldades em manter o nosso emprego. A proposta de Aécio, que é a de remuneração variável, é de diferenciar salários, de fragmentar categorias. Temos a certeza de que, em qualquer cenário, só teremos reajustes com luta e sabemos que o terreno mais favorável para novas conquistas é com Dilma e não com Aécio. É por isso que votamos e pedimos voto para Dilma, para continuar avançando e contra o retrocesso. CARTA ABERTA AOS SERVIDORES DO PODER JUDICIÁRIO E DO MINISTÉRIO PÚBLICO

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Page 1: Manifesto nacional de apoio à Dilma - servidores do Judiciário e MPU

Em cada local de trabalho do Poder Judiciário e do Ministério Público brasileiro o debate sobre as eleições presidenciais surge. Algumas vezes a decisão do voto está relacionada à aprovação ou não do último reajuste salarial. Porém, acreditamos que nas eleições presidenciais do dia 26 de outubro há muito mais em jogo.

É preciso olhar para o passado para saber escolher qual o melhor cenário para continuarmos nossa luta. É preciso avaliar quem cada candidato representa e qual o projeto de Estado de cada um deles, considerando que somos servidores do Estado brasileiro.

Ao assumir o governo do estado de Minas Gerais, Aécio promoveu o “choque de gestão”, em que defendia que o Estado gaste menos com a máquina e mais com as pessoas. Na prática, deixou de valorizar os servidores do estado de Minas Gerais e as políticas públicas não foram ampliadas.

Há aqueles que se iludem e acreditam que Aécio é mensageiro do novo. Lembramos que o candidato a vice-presidente na chapa de Aécio é Aloysio Nunes (PSDB/SP) foi o maior defensor da extinção da Justiça do Trabalho. O PSDB apostava na extinção da Justiça do Trabalho para dificultar ou até impedir os trabalhadores a buscar seus direitos.

Fizemos uma dura luta e vencemos. A Justiça do Trabalho só existe hoje devido ao combate feito pela CUT, os sindicatos de servidores e trabalhadores do setor privado e da própria magistratura do trabalho.

No governo de FHC - Aécio Neves era o líder do PSDB na Câmara dos Deputados - vimos uma rápida e grande redução do número de servidores, a suspensão dos concursos públicos e a terceirização de diversos cargos. Nossa luta no governo FHC era para não acabar com o serviço público e para manter a estabilidade do emprego; quem sabe arrancar algum reajuste de salário, o que só aconteceu para nós do Judiciário e do MPU no final de 2002, já em plena campanha eleitoral e no apagar das luzes do governo FHC.

Lutamos para recuperar nosso poder de compra que teve seu auge em 2008, ao final da implantação do PCS de 2006, já no governo Lula. Não queremos voltar para a política de Estado do PSDB, que demitiu servidores públicos. Queremos um Poder Judiciário e um MPU fortes, com servidores concursados, valorizados, e não é essa a proposta de Aécio Neves.

Votamos em

porque queremos conquistar e não retroceder!

Muitas lutas vitoriosas!

É por isso que queremos conversar com todos os colegas e mostrar que se engana quem pensam que todos os governos foram iguais.

É preciso dizer, alcançamos importantes conquistas neste período do governo Lula e governo Dilma. Aprovamos o PCS, reajustamos a GAJ/GAMPU e tivemos ganhos reais de salário. Em 12 anos mais de 400 mil novos servidores foram contratados, além da reposição das vagas abertas por aposentados. As novas universidades públicas aumentaram o acesso gratuito ao ensino superior e o Judiciário e o Ministério Público se expandiram, novas varas e procuradorias foram criadas em todo o país. Muito diferente dos tempos onde lutávamos pela sua simples existência.

Concursos públicos só no governo do PT

Certamente muitos de nós só estamos nas carreiras do Judiciário e do MPU em função da política de fortalecimento do Estado, com a criação de cargos e a realização de concursos. Não é diferente no Executivo e no Legislativo e nas esferas estaduais e municipais.

A proposta de enxugar a máquina vende uma ideia de economizar o recurso da União e na verdade engessa a Administração Pública porque sem servidor concursado não há como implementar as políticas públicas e, em nosso caso, a ampla promoção da Justiça.

Temos muito chão pela frente, nossa luta por reajuste vai continuar!

Nossa pauta de reivindicações ainda tem muito que avançar: queremos a democratização das relações de trabalho e uma política salarial que recupere nossas perdas.

Se com Dilma temos dificuldades em debater nossos salários, com Aécio teremos dificuldades em manter o nosso emprego. A proposta de Aécio, que é a de remuneração variável, é de diferenciar salários, de fragmentar categorias.

Temos a certeza de que, em qualquer cenário, só teremos reajustes com luta e sabemos que o terreno mais favorável para novas conquistas é com Dilma e não com Aécio. É por isso que votamos e pedimos voto para Dilma, para continuar avançando e contra o retrocesso.

CARTA ABERTA AOS SERVIDORES DO PODER JUDICIÁRIO E DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Page 2: Manifesto nacional de apoio à Dilma - servidores do Judiciário e MPU

Adelar Gallina – servidor do TRF 4, Rio Grande do Sul; Ademário Nogueira, servidor do TJDFT, Brasília; Alessandra Andrade – servidora do TRT 4, Rio Grande do Sul; Alexander Fernando Veira, servidor da Justiça Federal, Rio de Janeiro; Alexandre Marques, assessor, Campinas; Aline Carvalho – servidora da Justiça Federal, Rio Grande do Sul; Aluisio Santos – JMU/PA; Ana Lúcia de Aguiar Soares Carneiro, servidora do TJDFT, Brasília; Ana Naiara Malavolta – servidora do TRT 4, Rio Grande do Sul; Ana Paula Cusinato, servidora do MPDFT, Brasília; Anderson Sá, servidor do TJDFT, Brasília; André Westermann – servidor do TRT 4, Rio Grande do Sul; Antônio Queiroz, servidor da Justiça Federal, Pernambuco; Argissa Pereira, servidora do TRF 5, Pernambuco; Arlete Ribeiro, servidora do TST, Brasília; Artur Marciano, servidor do MPDFT, Brasília; Bárbara Wilbert – servidora do TRT 4, Rio Grande do Sul; Barlese Freitas – servidor do TRT 4, Rio Grande do Sul; Berilo Leão, servidor do STJ, Brasília; Carlos Costa, servidor do TJDFT, Brasília; Claudio Azevedo – servidor do TRT 4, Rio Grande do Sul; Claudio Martinez – servidor do TRF 4, Rio Grande do Sul; Cynthia de Lacerda Borges, servidora do TJDFT, Brasília; Daniel Cruz – servidor do TRT 4, Rio Grande do Sul; Denise Elias – servidora do TRT 4, Rio Grande do Sul; Diogo Corrêa – servidor do TRT 4, Rio Grande do Sul; Edson Mouta Vasconcelos, servidor do TRF 2, Rio de Janeiro; Eliane Alves, servidora do TRF 1, Brasília; Elisa Tassi – servidora da Justiça Federal, Rio Grande do Sul; Gilberto de Oliveira Filho – servidor da Justiça Federal, Rio Grande do Sul; Gleni Sittoni – servidora do TRF 4, Rio Grande do Sul; Helio Azambuja – servidor da Justiça Federal, Rio Grande do Sul; Henrique de Mascarenhas de Souza – servidor do TRT 4, Rio Grande do Sul; Hilton Lebarbenchon – servidor do TRF 4, Rio Grande do Sul; Iracema Martins Pompermayer, servidora da Justiça Federal, Vitória; Ivã Teixeira da Silva, servidor do TJDFT, Brasília; Jacqueline Albuquerque, servidora do TRT 6, Recife; Jailton Mangueira Assis, servidor do TJDFT, Brasília

José Aristéia Pereira, servidor do TRT 15, Campinas; José de Ribamar França Silva – TRE/PA; José Pinto Pacheco, servidor TRT 20, Sergipe; Julio Cesar Oliveira – servidor da Justiça Federal, Rio Grande do Sul; Kátia Saraiva de Albuquerque, servidora do TRT6; Lauriano Pinto dos Anjos – JF/PA; Lizete S. Frigo – servidora do TRF 4, Rio Grande do Sul; Lourdes Rosa – servidora

Votamos em

porque queremos conquistar e não retroceder!

do TRF 4, Rio Grande do Sul; Lucas Rohde – servidor do TRT 4, Rio Grande do Sul; Lucena Pacheco Martins, servidora do TRF 2, Rio de Janeiro; Luciana Krumenauer – servidora do TRF 4, Rio Grande do Sul; Luciana Lee – servidora do TRF 4, Rio Grande do Sul; Luciano Amorim, servidor do TJDFT, Brasília; Luis Cláudio, servidor do TRT, Manaus; Luís Olavo Melo Chaves – servidor do TRF 4, Rio Grande do Sul; Mara Rejane Weber – servidora do TRT 4, Rio Grande do Sul; Marcelo Carlini, servidor da JFRS, Porto Alegre; Marcio Figueiredo Belo – servidor do TRF 4, Rio Grande do Sul; Maria Adélia Mercês - Aposentada – TRT-8ª; Maria Claudeti Alves – servidora do TRF 4, Rio Grande do Sul ; Maria da Conceição Lima da Mota – TRE/PA; Maria da Graça Silva - servidora do TRF 4, Rio Grande do Sul; Maria Elisabeti Junges – servidora do TRT 4, Rio Grande do Sul; Mário Ruy Chaise – servidor da Justiça Federal, Rio Grande do Sul; Marli Zandoná – servidora da Justiça Federal, Rio Grande do Sul; Melquisedec Hassen – servidor da Justiça Federal, Rio Grande do Sul; Milton Oliveira – servidor TRT 4, Rio Grande do Sul; Neli Rosa, servidora do TRF 2, Rio de Janeiro; Orildo Longhi – servidor do TRT 4, Rio Grande do Sul; Osvaldo Oliveira – TRT-8ª, Pará; Paulo Guadagnin, servidor da Justiça do Trabalho, Porto Alegre; Rafael Teixeira – servidor do TRT 4, Rio Grande do Sul; Rainer Steiner Campos – servidor do TRF 4, Rio Grande do Sul; Ricardo Quiroga, Vinhas, servidor do TRT 1, Rio de Janeiro; Roberto Policarpo Fagundes, servidor do TRT 10, Brasília; Roberto Ponciano, servidor da Justiça Federal, Rio de Janeiro; Sandra Baptista – servidora do TRF 4, Rio Grande do Sul; Sandra Menezes Bento Mota, servidora do TJDFT, Brasília; Sergio Amorim – servidor do TRT 4, Rio Grande do Sul; Severino Nery, servidor do TRT 13, Paraíba; Severino Portilho - Aposentado – TRT-8ª; Sheila Oliveira – servidora do TRF 4, Rio Grande do Sul; Silvana Klein – servidora do TRT 4, Rio Grande do Sul; Simone Bauer – servidora do TRT 4, Rio Grande do Sul; Sinara Machado – servidora do TRT 4, Rio Grande do Sul; Thomaz Farias – servidor do TRT 4, Rio Grande do Sul; Vânia Damin – servidora do TRT 4, Rio Grande do Sul; Vera Lucia Pellegrino – servidora do TRT 4, Rio Grande do Sul; Vera Miranda, assessora, Rio de Janeiro; Volmir Pasetti – servidor da Justiça Federal, Rio Grande do Sul; Waldson Silva - Aposentado TRE/PA; Zé Oliveira – servidor do TRF 4, Rio Grande do Sul entre outros milhares de trabalhadores do judiciário federal e do MPU todo o Brasil!