manhãs de agosto, ou opalino

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por giselli moreira e querino, esse escrito de luz e grafite, publicado em agosto de 2013, via candeeirocafe Editorial

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Page 1: manhãs de agosto, ou opalino
Page 2: manhãs de agosto, ou opalino

das manhãs de agosto, ou Opalino giselli moreira

querino

Page 3: manhãs de agosto, ou opalino

das manhãs de agosto, ou Opalino giselli moreira

querino

das manhãs de agosto, ou Opalino giselli moreira

querino

das manhãs de agosto, ou Opalino giselli moreira

querino

Page 4: manhãs de agosto, ou opalino

O perfume do tabaco claro nos

dedos traz de volta o balbucio, o

tremor desse obscuro encontro,

(em ‘tua pele mais profunda’, Júlio Cortázar)

Page 5: manhãs de agosto, ou opalino

O perfume do tabaco claro nos

dedos traz de volta o balbucio, o

tremor desse obscuro encontro,

(em ‘tua pele mais profunda’, Júlio Cortázar)

Page 6: manhãs de agosto, ou opalino

Via Roma, 38

Esses olhos, o que dizem

se não há mais vasto o mundo

traços

de certeza mesmo o céu

que a boca almeja

nessa hora do dia, um cigarro

outra mão refaz a tela

Page 7: manhãs de agosto, ou opalino

Via Roma, 38

Esses olhos, o que dizem

se não há mais vasto o mundo

traços

de certeza mesmo o céu

que a boca almeja

nessa hora do dia, um cigarro

outra mão refaz a tela

Page 8: manhãs de agosto, ou opalino
Page 9: manhãs de agosto, ou opalino
Page 10: manhãs de agosto, ou opalino

shh

sorrateiro

me moverei

por entre

os espaços

de tua voz, ali

onde encontras o Vazio

(lugar de satisfação)

Page 11: manhãs de agosto, ou opalino

shh

sorrateiro

me moverei

por entre

os espaços

de tua voz, ali

onde encontras o Vazio

(lugar de satisfação)

Page 12: manhãs de agosto, ou opalino

delicate

há um mistério nessa carta

em seu movimento

um nome

ao avesso

(essa volta por dentro)

silêncio

Page 13: manhãs de agosto, ou opalino

delicate

há um mistério nessa carta

em seu movimento

um nome

ao avesso

(essa volta por dentro)

silêncio

Page 14: manhãs de agosto, ou opalino

– a começar de novo

ao chão todas as armas

a entrega num jorro inteiro

as camadas

são um interdito

(algo estremece)

Page 15: manhãs de agosto, ou opalino

– a começar de novo

ao chão todas as armas

a entrega num jorro inteiro

as camadas

são um interdito

(algo estremece)

Page 16: manhãs de agosto, ou opalino

Poesia

ar que nos escapa

se percorro

eu o teu corpo e tu o meu

Page 17: manhãs de agosto, ou opalino

Poesia

ar que nos escapa

se percorro

eu o teu corpo e tu o meu

Page 18: manhãs de agosto, ou opalino

Eis a linha,

e sobre o espelho: a cor

Page 19: manhãs de agosto, ou opalino

Eis a linha,

e sobre o espelho: a cor

Page 20: manhãs de agosto, ou opalino

dessin à boire

é possível que –

depois a porta

para trás

é quando o amor

acaba

(o que ela diz)

cool jazz

, 25 de novembro de 1987: aquele

céu vivo de garcia lorca, e então

um cigarro: 8h14 –

devo partir

agora

contra o azul dessa paisagem

Page 21: manhãs de agosto, ou opalino

dessin à boire

é possível que –

depois a porta

para trás

é quando o amor

acaba

(o que ela diz)

cool jazz

, 25 de novembro de 1987: aquele

céu vivo de garcia lorca, e então

um cigarro: 8h14 –

devo partir

agora

contra o azul dessa paisagem

Page 22: manhãs de agosto, ou opalino
Page 23: manhãs de agosto, ou opalino
Page 24: manhãs de agosto, ou opalino

Publicado em agosto de 2013

(1ª edição, ebook) fotografia: giselli moreira poemas: querino

candeeirocafe.wordpress.com