manejo de dichelops spp. no sistema produtivo soja-milho · importância 2ª safra 10-12 milhões...

30
Dr. Adeney de Freitas Bueno Entomologista Embrapa Soja Telefone: (43) 3371-6208 Email: [email protected] Manejo de Dichelops spp. no sistema produtivo soja-milho

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Page 1: Manejo de Dichelops spp. no sistema produtivo soja-milho · Importância 2ª safra 10-12 milhões de ha 70% redução de área; Concentração dos insetos; Desafio: manejo sistema

Dr. Adeney de Freitas Bueno

Entomologista – Embrapa Soja

Telefone: (43) 3371-6208

Email: [email protected]

Manejo de Dichelops spp. no

sistema produtivo soja-milho

Page 2: Manejo de Dichelops spp. no sistema produtivo soja-milho · Importância 2ª safra 10-12 milhões de ha 70% redução de área; Concentração dos insetos; Desafio: manejo sistema

Sumário

Breve introdução (desafio na paisagem agrícola);

Manejo de Dichelops spp. no MIP-Soja;

Alternativas de manejo (Telenomus podisi);

Estratégias de manejo no sistema produtivo (Dessecação da soja;

TS; inseticidas; manejo de plantas daninhas, colheita soja);

Injúria versus produtividade (milho);

Considerações finais.

Page 3: Manejo de Dichelops spp. no sistema produtivo soja-milho · Importância 2ª safra 10-12 milhões de ha 70% redução de área; Concentração dos insetos; Desafio: manejo sistema

Importância

2ª safra 10-12 milhões de ha

70% redução de área;

Concentração dos insetos;

Desafio: manejo sistema produtivo;

Precisa iniciar na cultura da soja.

1ª safra 33-35 milhões de ha

Foto: http://www.douradinanews.com.br/userfiles/imagens

Soja

“primeira safra”

Colheita janeiro abrilGirassol

Corda-de-viola

Milho

“segunda safra”

Plantio janeiro a março

Ponte

verde

Page 4: Manejo de Dichelops spp. no sistema produtivo soja-milho · Importância 2ª safra 10-12 milhões de ha 70% redução de área; Concentração dos insetos; Desafio: manejo sistema

Grande desafio no manejo de Dichelops (MIP-Soja): Diagnóstico preciso e controle do percevejo na hora certa

VA

RIE

DA

DE

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NIP

UL

ÃO

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AM

BIE

NT

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E M

ÉT

OD

OS

CU

LT

UR

AII

S

MORTALIDADE NATURAL NO AGROECOSSISTEMA

NÍVEIS DE AÇÃO

AMOSTRAGEM

IDENTIFICAÇÃO DAS PRAGAS

Alicerce para

decisões do

manejo

Ênfase no

alicerce

Hora certa do controle: Usar inseticidas

apenas quando a população de pragas for

igual ou superior ao NA

TEMPO

PO

PU

LA

ÇÃ

O

NC ou NA

NDE

Controle

NA Percevejos – A partir do R3

2 perc (≥0,5cm)/metro = grão

1 perc (≥0,5cm)/metro = semente

VS

Amostragem

E. heros P. guildinii N. viridula D. melacanthus

5º5º5º

4º4º4º

3º3º

Percevejos maiores que 0,4-0,5 cm

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Percevejos x Produtividade

Bueno et al. (2015)

0

2

4

6

8

10

V7 V8 V11 R1 R2 R3 R4 R5.2 R5.4 R5.5 R6 R7 R8

Nível de ação

1/4 Nível de ação

Testemunha

Preventivo

Estádio da cultura

Pe

rce

ve

jos

(?0

,5)/

me

tro

Nível de ação

Perc

evejo

/metr

o

Percevejo/metro Peso de sementes de diferentes qualidades em

50 gramas1 Teste de Tetrazólio(%) 1

Tratamento Produtividade

(kg ha-1) 1 Peso 1000

sementes (g) 1 Boas + médias

Ruins2 Dano Percevejos

(escala 6-8)

1) Nível de ação de percevejos

3812,5 ± 96,5 a 161,9 ± 1,4 b 49,8 ± 0,1 a 0,2 ± 0,1 bc 4,5 ± 2,6 b

2) ¼ do nível de ação de percevejos

3992,9 ± 116,5 a 165,1 ± 1,1 ab 50,0 ± 0,0 a 0,0 ± 0,00 c 1,0 ± 0,4 b

3) Preventivo 3678,9 ± 76,6 a 170,2 ± 1,6 a 49,6 ± 0,1 ab 0,4 ± 0,1 b 4,8 ± 2,3 b

4) Testemunha 3267,2 ± 39,9 b 160,0 ± 0,9 b 48,5 ± 0,5 b 1,5 ± 0,5 a 13,7 ± 2,2 a

CV (%) 4,78 1,72 1,00 36,25 30,00

Peso de sementes de diferentes qualidades em

50 gramas1 Teste de Tetrazólio(%) 1

Tratamento Produtividade

(kg ha-1) 1 Peso 1000

sementes (g) 1 Boas + médias

Ruins2 Dano Percevejos

(escala 6-8)

1) Nível de ação de percevejos

3812,5 ± 96,5 a 161,9 ± 1,4 b 49,8 ± 0,1 a 0,2 ± 0,1 bc 4,5 ± 2,6 b

2) ¼ do nível de ação de percevejos

3992,9 ± 116,5 a 165,1 ± 1,1 ab 50,0 ± 0,0 a 0,0 ± 0,00 c 1,0 ± 0,4 b

3) Preventivo 3678,9 ± 76,6 a 170,2 ± 1,6 a 49,6 ± 0,1 ab 0,4 ± 0,1 b 4,8 ± 2,3 b

4) Testemunha 3267,2 ± 39,9 b 160,0 ± 0,9 b 48,5 ± 0,5 b 1,5 ± 0,5 a 13,7 ± 2,2 a

CV (%) 4,78 1,72 1,00 36,25 30,00

NA = 2 aplicações;

¼NA = 6 aplicações;

Preventivo = 4 aplicações

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Mais informações

Bueno et al. (2015)

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Capacidade da soja de tolerar injúria na vagem

Tratamento Produtividade

kg/ha Peso 1000 grãos (g)

Classificação visual dos grãos 50gramas

Boas (g) Medias (g) Ruins (g) 5% R4 4130,2ns 139,2ns 44,7ns 5,2ns 0,1ns

10% R4 4888,3 146,5 44,1 5,8 0,2 15% R4 4531,5 143,6 43,6 6,2 0,2 20% R4 4062,0 139,1 44,4 5,4 0,1 25% R4 4061,1 138,9 43,2 6,6 0,2

Testemunha 4567,2 143,8 44,7 5,2 0,1 CV (%) 11,19 3,91 5,02 19,84 33,57

p 0,0712 0,1774 0,8475 0,9023 0,8034 Fcalc 2,43 1,71 0,39 0,31 0,46

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

9000

5% no R4 10% no R4 15% no R4 20% no R4 25% no R4 testemunha

me

ro d

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age

ns

Fura

das

em

12

me

tro

s

me

ro d

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age

ns

Tota

is e

m 1

2 m

etr

os

VagensR4 VagensColheita FuradasR4 FuradasColheita

0%5% 0,7% 10% 1,1% 15% 2,3% 20% 3,1% 25% 3,7% 0%

BRS 388 RR

- GM: 6.4 (Macro região 2)

7.1 (301, 302 e 303)

- Crescimento: indeterminado

Doutorado em andamento de Claudia Justus

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Rede de Percevejos – safra 2013-14

Dificuldade do controle químico - resistência

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Alternativas de manejo: Telenomus podisi

Foto: Adair V. Karneiro

Foto: Arquivos Embrapa Soja

Hosp

No de ovos parasitados (distribuição do parasitismo %)

Ensaio 1

(D x E x P)

Ensaio 2

(D x E)

Ensaio 3

(D x P)

D. melacanthus 30,8 ± 3,8 a (45,5) 16,5 ± 1,6 a (65,3) 27,9 ± 2,8 a (59,6)

E. heros 11,8 ± 2,0 c (179) 8,6 ± 1,4 b (34,7) -

P. nigrispinus 23,7 ± 3,6 b (36,6) - 19,5 ± 3,1 b (40,4)

X2; p; df (D x E) 199,8; <0,0001; 29 115,3; <0.0001; 29 -

X2; p; df (D x P) 120,0; <0,0001; 29 - 155,9; <0,0001; 29

X2; p; df (E x P) 164,6; <0,0001; 29 - -

Queiroz et al. (2017)

Taguti (2018)

HospTemperatura

(oC)

Longevidade das

fêmeas parentais

(dias)

Total de ovos

parasitados

por fêmea

D. m

ela

ca

nth

us

15 89,0 ± 6,3 a 40,80 ± 2,17 c

20 41,7 ± 2,4 b 101,58 ± 3,96 a

25 30,8 ± 2,5 c 100,00 ± 3,98 a

30 13,9 ± 0,9 d 67,50 ± 4,14 b

CV (%) 17,50 10,89

p <0,0001 <0,0001

glresíduo 76 72

F 98,32 67,96

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Potencial de T. podisi no manejo de D. melacanthus

Foto: Adair V. Carneiro

Hospedeiro

Tamanho do ovo

(milímetros)Características Biológicas

Largura CompPeríodo ovo-

adulto (dias)

Viab do

parasitismo

(%)

Progênie

Razão

sexual

E. heros 0.83±0.01 a 0.91±0.01 b 18.6±0.2 a 92.06±3.24 b 0.94±0.02ns

D. melacanthus 0.82±0.01 a 0.98±0.01 a 17.5±0.3 b 99.22±0.54 a 0.86±0.04

P. nigrispinus 0.76±0.01 b 0.86±0.01 c 17.6±0.1 b 98.02±0.89 ab 0.91±0.01

CV (%) 3.08 2.56 4.49 7.95 11.31

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Experimento de campo com T. podisi

Safra 2017/2018;

Londrina, PR (Maravilha);

Pioner 95R51 RR;

Área total de 10,5 ha:

2,62 ha/tratamento (3 repetições);

Tratamentos:

1) Liberação de 15000 parasitoides/ha (fase de

pupa) no início da infestação da praga em 3

liberações semanais (2ª liberação 7 dias

após a primeira e 3ª liberação 7 dias após a

segunda) de 5000 parasitoides + inseticida

no NA - Agribela;

2) Liberação de 15000 parasitoides/ha (fase de

pupa) no início da infestação da praga em 3

liberações semanais (2ª liberação 7 dias

após a primeira e 3ª liberação 7 dias após a

segunda) de 5000 parasitoides + inseticida

no NA - Bug;

3) MIP com aplicação de inseticidas no NA;

4) Manejo do produtor.

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Experimento de campo com T. podisi

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1 Cápsula de Liberação Agribela

2 Cápsula de Liberação Bug

3 MIP

4 Manejo Produtor

Inseticida

Parasitoide

09/12/17

08/01/18

15/01/18

01/12/17

08/12/17

15/12/17

ns

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a

a

b

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a

a

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b

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c

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b

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Para

sit

ism

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%)

0

1

2

3

4

5

6

7

1 Cápsula de Liberação Agribela

2 Cápsula de Liberação Bug

3 MIP

4 Manejo Produtor

Inseticida

Parasitoide

09/12/17

08/01/18

15/01/18

01/12/17 15/12/17

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ab

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bb

a

a

b

b

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Perc

evejo

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0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1 Cápsula de Liberação Agribela

2 Cápsula de Liberação Bug

3 MIP

4 Manejo Produtor

Inseticida

Parasitoide

09/12/17

08/01/18

15/01/18

01/12/17

15/12/17

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b

ns ns

ns

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Experimento de campo com T. podisi

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1 Cápsula de Liberação Agribela

2 Cápsula de Liberação Bug

3 MIP

4 Manejo Produtor

Inseticida

Parasitoide

09/12/17

08/01/18

15/01/18

01/12/17

08/12/17

15/12/17

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Perc

evejo

s g

ran

des/m

etr

o

Tetr

azó

lio

(p

erc

evejo

s e

sca

la 6

-8)

Não houve diferenças entre cápsulas;

Alto parasitismo (70%) mas todos os

tratamentos atingiram nível de ação;

Percevejos pequenos= baixo = pressão de

migração de percevejos de áreas vizinhas;

Tetrazólio = menor injúria no MIP (menos

percevejos no R5);

Importância do MIP (conjuntos de táticas –

seletividade de inseticidas, NAs);

Quantidade de parasitoides (15 a 20

mil/ha)?, Momento de liberação? (R5);

Importância do MIP

0

1

2

3

4

5

1 Capsula deLiberaçãoAgribela

2 Capsula deLiberação Bug

3 MIP 4 ManejoProdutor

aab

b

ab

0

1

2

3

4

5

6

7

1 Cápsula de Liberação Agribela

2 Cápsula de Liberação Bug

3 MIP

4 Manejo Produtor

Inseticida

Parasitoide

01/12

15/12

09/12/17

01/01/18

15/01/18

ns ns nsns

a

ab

abb

ns nsns

nsns

ns

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Importância do MIP-Soja: Resultados no Paraná

Variáveis/Comparação Crop season

2013/2014 2014/2015 2015/2016 2016/2017

Número de aplicações de

inseticidas na safra

MIP 2,3

(46 áreas)

2,1

(106 áreas)

2,1

(123 áreas)

2,0

(141 áreas)

Média Paraná

5,0

(333 prod.)

4,7

(330 prod.)

3,8

(314 prod.)

3,7

(390 prod.)

Dias até a primeira apl. de inseticida

MIP 60 dias 66 dias 66,8 dias 70,8 dias

Média Paraná

33 dias 34 dias 36 dias 40,5 dias

Custo de produção (scs/ha)

MIP 2,41 2,00 2,00 2,30

Média Paraná

5,03 5,00 4,00 4,10

Produtividade (scs/ha)

MIP 49,23 60,20 57,10 64,50

Média Paraná

48,67 58,60 54,70 64,20

Fonte: Adaptado de Conte et al. 2014, 2015, 2016, 2017

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Desafio de acreditar no MIP e seus benefícios

M 7908 RR – Sta Helena de Goiás, GO

- Porte: 70 - 80 cm

- Grupo de maturidade: 7.9

- Ciclo: semi-precoce (médio)

- Crescimento: determinado

Produtividade Kg/ha

Tratamento Santa Helena de Goiás, GO

Safra de 2008/2009

MIP 2.447,01 ± 178,60ns

CB 2.336,39 ± 155,62

MC 2.441,33 ± 208,19

Test 2.228,62 ± 166,52

CV (%) 4,54

M 7908 RR – Morrinhos,GO

- Porte: 70 - 80 cm

- Grupo de maturidade: 7.9

- Ciclo: semi-precoce (médio)

- Crescimento: determinado

Safra de 2009/2010 Tratamento

Morrinhos, GO

MIP 4.179,25 ± 128,64 ns

CB 3.948,75 ± 139,80

MC 3.902,50 ± 84,18

Test 3.797,50 ± 96,81

CV (%) 5,79

Vmax – Arapongas,PR

- Grupo de maturidade: 5.9

- Ciclo: precoce

- Crescimento: indeterminado

Safra de 2009/2010 Tratamento

Arapongas, PR

MIP 2.992,57 ± 65,86 ab

CB 2.826,58 ± 30,42 bc

MC 3.175,72 ± 51,49 a

Test 2.667,83 ± 89,42 c

CV (%) 3,84

Bueno et al (2011)

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Mais informações! = MIP não perde produtividade

Bueno et al. (2011)

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Estratégias de manejo no sistema produtivo

Doutorado em andamento de Ana Paula Queiroz

Tratamento Produtividade

(kg/ha)

Resíduo de

acefato (mg/kg)

Dano tetrazólio

(% embriões

mortos)

Sem inseticida após R6 3574,4 ± 50,9 b 0 ± 0 b 5,0 ± 1,4ns

Inseticida até a colheita 3645,5 ± 107,7 b 0 ± 0 b 2,3 ± 0,3

Dessecação com inseticida no R7 4374,2 ± 147,2 a 0,033 ± 0,003 a 3,0 ± 0,6

CV (%) 3,78 26,65 24,8

p 0,0004 <0,0001 0,1604

F 36,68 169,00 2,52

Soja

0

0,5

1

1,52

2,5

3

3,5

4

R7 (20/Fev/2017) R8 (24/Fev/2017)Nú

mero

de p

erc

ev

ejo

s/m

Estádio da soja (data)

Sem inseticida após R6 Inseticida até colheita

Dessecação com inseticida no R7

aa

a

a

b

2/Fev/17 Dessecação com herbicida + acefato 0,8kg/ha

2/Fev/17 acefato 0,8kg/ha

Colheita 24/Fev/2017

Colheita 7/Março/2017

Colheita 7/Março/2017

0

0,5

1

1,5

2

2,5

16/mar/17 23/mar/17 30/mar/17 7/April/2017

No

tas

de

in

júri

a

Sem inseticida após R6 Inseticida até colheita

Dessecação com inseticida no R7

Soja Milho

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Injúria x produtividade

Delineamento: DBC

Tratamentos: 5 notas de danos e 4 rep (2 linhas de 5 metros);

Notas dadas no milho com 9 folhas definitivas

Variedade: BM 810;

Plantas colhidas individualmente;

Produtividade calculada para uma população de 60000/ha.

Nota 0: plantas

isentas de injúria

Nota 1: folhas com pontuações

sem redução de porte

Nota 2: plantas com leve injúria no cartucho

(parcialmente enrolado), com redução de

porte

Nota 3: plantas com

cartucho encharutado

(preso) ou perfilhadas Nota 4: plantas com

cartucho seco ou morto

(ROZA-GOMES et al., 2011) Fotos R. Biando

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Injúria x Produtividade

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

Nota 0 Nota 1 Nota 2 Nota 3 Nota 4

Pro

du

tiv

ida

de

(k

g/h

a)

Nota de injúria

aa

abb

c

Tukey; p<0,0001; F=23,23

Doutorado em andamento de Ana Paula Queiroz

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Capacidade de injúria: Igual para todas espécies? Exp 1

VS VS VS

Adultos Ninfas de 3º instar VS

Delineamento: DIC – 5 Trats e 10 rep;;

Híbrido: BM 709 PRO2;

Pós germinação: desbaste (1 pl por vaso);

Infestação: VE (emergência) – 10 dias;

Manutenção: cada dois dias;

1) Reposição de mortos;

2) Substituição de ninfas

que trocaram de instar.

Mestrado em andamento de Emerson C. Gomes

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Avaliações

0 DARP

7 DARP

Número de folhas

expandidas (NFE)

(descontando a cotiledonar)

Altura da Planta (AP)

(Solo até inserção

entre o limbo e a

bainha)

Sacos de papel - estufa a 60 C – 5 dias

Massa seca – Parte aérea e raiz

Mestrado em andamento de Emerson C. Gomes Foto: R. Bianco

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Resultados

0

0.5

1

1.5

2

2.5

3

3.5

0 DARP 7 DARP

No

ta d

e I

njú

ria

Dias após a retirada dos percevejos (DARP)

1. Testemunha 2. Adulto DM 3. Adulto EH

4. Ninfa 3instar DM 5. Ninfa 3instar EH

a

c

b

bb

a

abbb

c

Tukey; p < 0,0001; F = 25,34

Tukey; p < 0,0001; F = 20,06

0

5

10

15

20

25

0 DARP 7 DARP

Alt

ura

de

pla

nta

s (

cm

)

Dias após a retirada dos percevejos (DARP)

1. Testemunha 2. Adulto DM 3. Adulto EH

4. Ninfa 3instar DM 5. Ninfa 3instar EH

c

aab

bab

b

a

aa

aTukey; p < 0,0001; F = 10,40

Tukey; p < 0,0001; F = 7,26

0

1

2

3

4

5

6

7

0 DARP 7 DARP

me

ro d

e f

olh

as

Dias após a retirada dos percevejos (DARP)

1. Testemunha 2. Adulto DM 3. Adulto EH

4. Ninfa 3instar DM 5. Ninfa 3instar EH

a

b

aab ab

ns

Tukey; p = 0,0031; F = 4,694

Tukey; p =0,3980; F = 1,40

0

0.5

1

1.5

2

2.5

3

3.5

4

4.5

P. aérea Raiz P. área + Raiz

Ma

ss

a s

ec

a (

gra

ma

s)

Parte da planta 7 dias após a retirada dos percevejos (7 DARP)

1. Testemunha 2. Adulto DM 3. Adulto EH

4. Ninfa 3instar DM 5. Ninfa 3instar EH

a

a

a

cc

c

b

ab

b

ab

bc

ab

ab

ab

abTukey; p < 0,0001; F = 11,40

Tukey; p < 0,0001; F = 9,30

Tukey; p < 0,0001; F = 12,80

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Capacidade de injúria: Igual para todas espécies? Exp 2

VS

Adultos

Mestrado em andamento de Emerson C. Gomes

Delineamento: DBC – 13 Trats e 5 rep;;

Híbrido: BM 709 PRO2;

Pós germinação: 6 plantas/gaiola;

Infestação: VE (emergência) – 30 dias;

Manutenção: cada dois dias;

1) Reposição de

mortos;.

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Capacidade de dano de percevejos adultos

Tratamentos CEP1 NFE2 MMG3 Produtividade

Testemunha 16,83 ± 0,39ns 14,08 ± 0,20ns 306,24 ± 10,66ns 12.987 ± 906,29 a

1 E. heros 16,43 ± 0,27 14,07 ± 0,26 304,29 ± 4,17 11.723 ± 460,15 a

2 E heros 16,76 ± 0,90 14,00 ± 0,24 328,84 ± 7,52 12.231 ± 1.422,41 a

3 E heros 16,51 ± 0,33 14,20 ± 0,27 294,47 ± 10,83 12.449 ± 618,71 a

4 E heros 17,43 ± 0,47 14,27 ± 0,13 314,08 ± 13,22 12.991 ± 863,21 a

5 E heros 17,71 ± 0,78 14,25 ± 0,27 335,75 ± 11,80 14.859 ± 1.402,7 a

6 E heros 16,59 ± 0,56 13,87 ± 0,23 303,36 ± 7,86 10.837 ± 1.085,39 a

1 D. melacanthus 17,09 ± 0,56 14,27 ± 0,27 306,66 ± 14,46 11.201 ± 793,6 a

2 D. melacanthus 16,57 ± 0,17 13,93 ± 0,29 302,91 ± 7,43 12.020 ± 463,54 a

3 D. melacanthus 16,67 ± 0,50 14,00 ± 0,18 298,91 ± 12,33 12.249 ± 359,94 a

4 D. melacanthus 15,35 ± 0,98 13,58 ± 0,28 305,11 ± 18,70 8.192 ± 993 b

5 D. melacanthus 15,53 ± 0,65 14,17 ± 0,29 309,95 ± 12,23 10.011 ± 946,73 b

6 D. melacanthus 15,91 ± 0,65 13,67 ± 0,21 309,82 ± 10,30 8.923 ± 955,89 b

CV (%) 7,65 3,88 3,43 8,68

p 0,1773 0,808 0,1826 0,0001

F 1,41 0,67 1,43 4,25

Scott-Knott, a 5% de probabilidade. 1Comprimento da espiga principal (cm); 2Número de fileiras por espiga; 3Massa de Mil Grãos em gramas (13% de umidade)

Mestrado em andamento de Emerson C. Gomes

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Tratamento de Sementes

Fonte: Chiesa et al (2016)

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Biologia de D. melacanthus

AlimentoFase ninfal

(dias)

Trapoeraba -

Grão + Folha Soja 23,24±0,25 b

Milho + Trapoeraba 32,72±0,50 a

Grão Soja + Milho 23,26±0,40 b

Trapoeraba + Grão de Soja 22,25±0,34 b

Milho 33,87±1,38 a

Dieta convencional 23,13±0,71 b

CV (%) 5,36

p <0,0001

F 57,27

Soja R3

Milho R1

Plântula

Milho

Plântula

Soja

Trapoeraba

Número de ovos

20 casais/por circulo

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Considerações Finais

Dichelops spp. é um grande desafio na paisagem agrícola;

Adoção do MIP é de grande importância (iniciando na soja);

T. podisi tem bom potencial dentro das estratégias de MIP;

Importante boa colheita da soja (evitar grãos caídos no solo) e

bom manejo de plantas daninhas (reduzir a ponte-verde);

Dessecar soja para colheita com inseticidas pode contaminar os

grãos;

E. heros não causa o mesmo dano em milho do que D.

melacanthus;

Adulto causa maior dano do que ninfas de 3º instar em milho.

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Agradecimentos

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Fim...

Perguntas...

Foto: Embrapa Soja

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Dr. Adeney de Freitas Bueno

Telefone: (43) 3371-6208

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