mandado de segurança akesse

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EXCELENTISSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO PRESIDENTE DA EGRÉGIA TURMA RECURSAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO. AKESSE INDÚSTRIA E COMÉRCIO DO NORDESTE LTDA., Sociedade Empresária de Direito Privado, inscrita no CNPJ sob o n.º 70.145.297/0001-69, com endereço a BR 304, KM 303. S/N, Distrito Industrial, Macaíba/RN, CEP: 59280-000, vem, muito respeitosamente, por meio de seus advogados e procuradores (procuração, doc. 02) que ao final subscrevem, nos termos do artigo 5º, inciso LXIX, da Constituição Federal e no artigo 1º, caput, da Lei nº 1.533, de 31 de dezembro de 1951, impetrar o presente MANDADO DE SEGURANÇA em face de decisão proferida pela MM. JUÍZA DE DIREITO DO 1º JUIZADO ESPECIAL DE PAULISTA/PE, nos autos do processo n.º 0000263-58.2010.8.17.8012, pelos motivos fáticos e de direito a seguir delineados. Rua Paulo Lyra, nº 3430, Candelária - Natal/RN - CEP 59.064-550 Telefone 84-40083880 - Fax 84-40083886 | www.advogadosrn.com.br

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Page 1: Mandado de Segurança Akesse

EXCELENTISSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO

PRESIDENTE DA EGRÉGIA TURMA RECURSAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO.

AKESSE INDÚSTRIA E COMÉRCIO DO NORDESTE LTDA., Sociedade

Empresária de Direito Privado, inscrita no CNPJ sob o n.º 70.145.297/0001-69,

com endereço a BR 304, KM 303. S/N, Distrito Industrial, Macaíba/RN, CEP:

59280-000, vem, muito respeitosamente, por meio de seus advogados e

procuradores (procuração, doc. 02) que ao final subscrevem, nos termos do artigo

5º, inciso LXIX, da Constituição Federal e no artigo 1º, caput, da Lei nº 1.533, de 31

de dezembro de 1951, impetrar o presente

MANDADO DE SEGURANÇA

em face de decisão proferida pela MM. JUÍZA DE DIREITO DO 1º JUIZADO

ESPECIAL DE PAULISTA/PE, nos autos do processo n.º 0000263-

58.2010.8.17.8012, pelos motivos fáticos e de direito a seguir delineados.

I – DA ADMISSÃO DO MANDADO DE SEGURANÇA EM FACE DE DECISÃO

IRRECORRÍVEL PROFERIDA NOS JUIZADOS ESPECIAIS CIVEIS.

Ab initio, imperioso tecer considerações acerca da admissibilidade do

mandado de segurança em face de decisão irrecorrível proferida em Juizado

Especial.

A despeito da limitação do sistema recursal nos juizados especiais

estaduais, as decisões interlocutórias que podem causaram danos de difícil

Rua Paulo Lyra, nº 3430, Candelária - Natal/RN - CEP 59.064-550 Telefone 84-40083880 - Fax 84-40083886 | www.advogadosrn.com.br

Page 2: Mandado de Segurança Akesse

reparação as partes, ou ainda, que violem direito líquido e certo, até mesmo que

contrariem jurisprudência ou súmulas do Superior Tribunal de Justiça, podem ser

enfrentadas através de ações autônomas, como o Mandado de Segurança.

O princípio da celeridade, tão proclamado nos juizados especiais, não pode

obstar ou mesmo prevalecer ante o princípio da inafastabilidade da tutela

jurisdicional, amplo acesso à justiça e da legalidade, que possuem cunho

constitucional.

A admissão do Mandado de Segurança contra decisões interlocutórias nos

Juizados Especiais não só vem sendo admitida pelas Turmas Recursais, como

recebeu tratamento pelo Enunciado 62 do FONAJE, se não vejamos:

“ENUNCIADO 62 - Cabe exclusivamente às Turmas Recursais

conhecer e julgar o mandado de segurança e o habeas corpus

impetrados em face de atos judiciais oriundos dos Juizados

Especiais.”

A jurisprudência pátria sedimentou entendimento acerca do cabimento da

impetração de mandado de segurança contra decisão irrecorrível de Juiz singular

do Juizado Especial, in verbis:

“PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. IMPETRAÇÃO DO MANDAMUS CONTRA ATO DE JUIZ SINGULAR DO JUIZADO ESPECIAL. CABIMENTO. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO. REFORMA DO JULGADO. POSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO DA MATÉRIA MERITÓRIA POR ESTA CORTE. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS DO ART. 515, § 3º, DO CPC. AÇÃO PREVIDENCIÁRIA AJUIZADA NO JUIZADO ESPECIAL ESTADUAL. UTILIZAÇÃO DO RITO DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL. POSSIBILIDADE. VEDAÇÃO DO ART. 20 DA LEI N.º 10.259/2001. NÃO APLICAÇÃO ÀS CAUSAS PREVIDENCIÁRIAS. ART. 109, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.1. Cabível a impetração do mandado de segurança contra decisão irrecorrível de Juiz singular do Juizado Especial.2. Presentes os pressupostos estabelecidos no § 3º, do art. 515 do Código de Processo Civil, aplica-o por analogia ao recurso ordinário de mandado de segurança, apreciando-se, portanto, desde logo o mérito da impetração.3. A proibição expressa na parte final do art. 20 da Lei dos Juizados Especiais Federais não se aplica às causas previdenciárias, diante do que dispõe o §3º, do art. 109 da Carta Magna. Precedente desta Corte.

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4. Na interpretação do novo texto infraconstitucional é importante observar o princípio da supremacia da Constituição, bem como a viabilização do acesso à justiça.5. Recurso conhecido, mas desprovido.” STJ - RECURSO ORDINÁRIO EM MS Nº 17.113 - MG (2003/0171424-2); RELATORA: MINISTRA LAURITA VAZ; DATA DO JULGAMENTO: 04 DE AGOSTO DE 2004. (grifos nossos).

 “MANDADO DE SEGURANÇA - ADMISSIBILIDADE NO   JUIZADO ESPECIAL. É admissível a impetração de Mandado de Segurança contra decisão interlocutória proferida por magistrado do Juizado Especial Cível, que não desafia recurso.   A Lei de Regência dos Juizados Especiais — Lei n. 9.099/1995 — prevê apenas duas espécies de recurso: inominado e embargos declaratórios, sendo ambos voltados à sentença.   Assim, na falta de recurso específico para a hipótese de negativa de transcrição para meio impresso dos depoimentos das testemunhas, cabível se mostra a impetração do Mandado de Segurança, a fim de impedir lesão a direito líquido e certo, além de se caracterizar como meio de oportunizar ampla defesa ao litigante.” MS n.2007.03.1.10117234, 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais do Distrito Federal, Informativo n. 142. (grifos nossos).

Assim, in casu, diante de decisão passível de causar danos irreparáveis e

ofensa a direito líquido e certo - conforme será devidamente delineado - cabível a

impetração do presente Mandado de Segurança.

I – SÍNTESE DOS FATOS

Foi proferida decisão em 10 (dez) de fevereiro de 2012 pela Exma. Juíza

Regina Célia de Albuquerque Maranhão julgando improcedente incidente

interposto pela empresa AKESSE PISCINAS com o fito de declarar a nulidade do

processo em face do envio de citação a endereço incorreto.

Em seu decisum a MM. Julgadora aduz que consta

procuração da empresa nos autos - acostada aos autos em 14

de janeiro de 2011 - estando ciente, portanto, da presente

ação, dispõe ainda que inexiste vício de citação uma vez

que encaminhada para o endereço da empresa e recebida por

funcionária sem qualquer recusa. Assevera que não consta

nos autos a razão social da empresa a fim de verificar o

seu endereço.

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Da análise da decisão proferida, denota-se que, há

omissão em relação à análise por este Douto Juízo do

Contrato Social acostado ao incidente processual que

comprova ser a sede da empresa endereço diverso do oposto à

Carta de Citação. Nada foi dito acerca do citado documento.

Outrossim, a fim de sanar a omissão, a empresa Akesse complementa a documentação já apresentada, com extrato do CNPJ emitido pela Receita Federal (doc. 01), extrato do site da Akesse Santa Catarina – sociedade comercial sem qualquer vinculo com a AKESSE INDÚSTRIA E COMÉRCIO DO NORDESTE LTDA. - com endereço da empresa naquele Estado bem como relação de todas as revendas do Estado (docs. 02 e 03) onde nenhum endereço corresponde ao da exordial e ainda cópia da primeira folha da exordial sem constar o CNPJ da empresa (doc. 04), podendo o autor apresentar qualquer endereço já que não seria possível conferir com o CNPJ. Os referidos documentos corroboram, mais ainda, que o encaminhamento de citação foi a endereço que não é, nem nunca foi, da empresa AKESSE.

Há consistente prova documental de que o endereço Av.

João de Souza, 102, Centro, Paulo Lopes/SC, CEP 88490-000,

não é sede nem filial da empresa AKESSE INDÚSTRIA E

COMÉRCIO DO NORDESTE LTDA., CNPJ n.º 70.145.297/0001-69 nem

mesmo da empresa AKESSE PISCINAS de Santa Catarina.

O artigo 247 do Código de Processo Civil dispõe que as

citações e intimações quando realizadas sem observância das

prescrições legais são nulas. O encaminhamento de citação a

endereço diverso ao da sede de empresa demandada, a

impossibilita de tomar ciência de demanda e apresentar

defesa.

A ausência dos pressupostos legais necessários à

constituição e ao desenvolvimento regulares da relação

processual ou das condições da ação, nos termos do artigo

214 do Código de Processo Civil, caracterizam a nulidade

dos atos processuais que possam prejudicar a parte

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atingida. Ora, a citação inicial do réu é pressuposto

indispensável para a validade do processo, a falta de

citação ou a citação inválida, na forma da Lei, além de

ferir o dispositivo legal do nosso Caderno Processual

Civil, ainda fere os princípios do contraditório e da ampla

defesa, protegidos pela carta Magna em seu artigo 5º, LV.

Desta feita, a citação enviada a endereço diverso ao

da sede da empresa deve ser de pronto anulada e, por

conseguinte, anulados todos os atos praticados no processo.

Acerca da matéria, a jurisprudência pátria é farta, in

verbis:

"EMENTA: AÇÃO RESCISÓRIA. AUSÊNCIA DE CITAÇÃO. VIOLAÇÃO À DISPOSIÇÃO EXPRESSA DE LEI. Citação realizada, por AR, em endereço diverso da ré. Nulidade da citação caracterizada. Violação à disposição expressa de lei. Configuração. Ação rescisória procedente. Ação Rescisória Nº 70011178423, Quinta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Pedro Luiz Rodrigues Bossle, Julgado em 18/08/2005)" (grifos nossos).

"EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. CITAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA. CORREIO. ART. 221, INCISO I, DO CPC. CARTA ENVIADA A ENDEREÇO DIVERSO DO DA SEDE DA EMPRESA. CITAÇÃO NULA. Carta de citação que restou expedida para endereço diverso daquele da sede da empresa denunciada da lide. Carga dos autos ao procurador da denunciada, que não possuía poderes para receber citação. Comparecimento da citanda aos autos e apresentação de resposta, na forma contestação. Nulidade da citação reconhecida. Inocorrência de revelia. Aproveitamento da resposta apresentada pela denunciada. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO DE PLANO. Agravo de Instrumento Nº 70011510641, Décima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Paulo Antônio Kretzmann, Julgado em 25/04/2005)" (grifos nossos).

“PROCESSO CIVIL - CITAÇÃO - AVISO DE RECEBIMENTO ENCAMINHADO PARA ENDEREÇO DIVERSO - DECRETAÇÃO DE NULIDADE DA CITAÇÃO E DOS ATOS PROCESSUAIS POSTERIORES - CASSAÇÃO DA SENTENÇA - NOVO PRAZO PARA CONTESTAR.

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1. A CITAÇÃO VÁLIDA É PRESSUPOSTO PROCESSUAL QUE GARANTE O CUMPRIMENTO DOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO CONTRADITÓRIO, DA AMPLA DEFESA E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL.2. INAPLICÁVEL, NA HIPÓTESE, A TEORIA DA APARÊNCIA, POIS NÃO HÁ COMPROVAÇÃO DE QUE A CARTA DE CITAÇÃO FOI EFETIVAMENTE ENTREGUE NO ENDEREÇO DA EMPRESA RÉ, ALÉM DE NÃO HAVER IDENTIFICAÇÃO DA PESSOA QUE ASSINOU O AVISO DE RECEBIMENTO. NESSE CONTEXTO, REVELA-SE AUSENTE O PRESSUPOSTO DE APLICAÇÃO DA TEORIA REFERIDA, CONSUBSTANCIADO NA CERTEZA DE QUE A CARTA CITATÓRIA FOI ENTREGUE NO ENDEREÇO DA DEMANDADA. ASSIM, DEMONSTRADO NOS AUTOS QUE O MANDADO DE CITAÇÃO FOI DIRIGIDO A ENDEREÇO DIVERSO DA SEDE DA EMPRESA REQUERIDA, SENDO RECEBIDO POR PESSOA DESCONHECIDA, DECLARA-SE A NULIDADE DA CITAÇÃO, CONTAMINANDO OS ATOS PROCESSUAIS POSTERIORES. PRECEDENTES DESTA EGRÉGIA CORTE DE JUSTIÇA E DO COLENDO STJ.3. APELO PROVIDO. SENTENÇA CASSADA. Processo: AC 20050110635940 DF; Relator(a): HUMBERTO ADJUTO ULHÔA; Julgamento: 18/10/2006; Órgão Julgador: 3ª Turma Cível; Publicação: DJU 14/11/2006; Pág. : 108.” (grifos nossos)

“PROCESSUAL CIVIL. CITAÇÃO. NULIDADE. TEORIA DA APARÊNCIA. CIRCUNSTÂNCIAS DIVERSAS. INAPLICABILIDADE. CPC, ART. 12, IV E 215.I. Sendo a citação ato de importância capital, que instaura a relação jurídico-litigiosa entre as partes, sobre sua regularidade não devem pairar dúvidas, para que não ocorra a violação do direito de defesa do réu.II. Caso em que, conquanto indicada pelo autor, na inicial, o endereço da sede da empresa, a citação foi efetuada por via postal em escritório da ré em cidade diversa e em pessoa sobre a qual, nos autos, inexistem elementos para se supor fosse sua representante ou tivesse concretamente agido como tal.III. Circunstâncias peculiares que levam ao afastamento da teoria da aparência, para se nulificar, ab initio , o processo desde a citação inicial.IV. Recurso especial conhecido e provido.” REsp 330070/DF, Rel. MIN. ALDIR PASSARINHO JUNIOR, QUARTA TURMA, julgado em

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27.11.2001, DJ 25.04.2005 p. 351. (grifos nossos).

Cumpre ressaltar ainda que não houve alteração da sede da empresa, conforme se vê do Contrato Social acostado aos autos, esta possui a mesma sede desde 1994!

Reitere-se, o prosseguimento da presente ação

constitui verdadeiro atentatório aos princípios da

legalidade, devido processo legal e ampla defesa. A empresa

foi privada de apresentar defesa, tendo em vista

desconhecer a demanda em razão da ausência de citação.

Desta feita, se não houve a citação inicial da

Requerida de forma correta, e sendo tal conduta requisito

de validade de qualquer processo, o feito é totalmente

nulo, jamais poderiam ser aplicados os efeitos da revelia,

tampouco ser considerado exigível um título judicial

proveniente de ação com tamanha irregularidade processual.

Por fim, insta informar que, há ainda contradição no

julgado quando o decisum dispõe que a empresa acostou

procuração em 14 de janeiro de 2011, estando, portanto,

devidamente citada, e não apresentou argumentação no que

tange ao erro no encaminhamento de correspondências,

quando, em verdade, a empresa peticionou chamando o feito à

ordem a fim de anular o ato citatório inválido e,

diferentemente do disposto, não se quedou inerte.

II - DO CABIMENTO DOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS.

Os Embargos de Declaração são admitidos em face de

atos decisórios que apresentem omissão, obscuridade ou

contradição, conforme preconiza o artigo 535 do Código de

Processo Civil.

A sua interposição não consubstancia crítica ao ofício judicante, mas servem-lhe de aprimoramento. Ao apreciá-los,

o órgão deve fazê-lo com espírito de compreensão, atentando

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Page 8: Mandado de Segurança Akesse

para o fato de consubstanciarem verdadeira contribuição da

parte em prol do devido processo legal.¹

A decisão judicial deve seguir um raciocínio coerente,

caso contrário, tem-se a contradição. Há contradição no

caso de desconexão entre afirmações atuais e anteriores. No

que concerne a omissão, verifica-se a sua presença quando a

decisão que julga causa não enfrenta todos os pontos

suscitados pelas partes que sejam relevantes para a solução

do litígio.

In casu, evidenciada a omissão e contradição, cabível a propositura dos Embargos Declaratórios para elucidá-las,

razão pela qual se impõe que seja recebido e conhecido o

presente, a fim de sanar os vícios apontados.

III - DOS REQUERIMENTOS

Ex positis, ante as razões supramencionadas, pugna a

Empresa Embargante que este MM. Juízo receba os presentes

aclaratórios para se manifestar expressamente sobre a

matéria nele declinada, principalmente no que concerne à

análise do Contrato Social acostado ao incidente processual

que comprova o encaminhamento da carta de citação a

endereço diverso da sede da empresa, ferindo os princípios

do devido processo legal, ampla defesa e contraditório, bem

como os artigos 214 e 247 do CPC e precedentes

jurisprudenciais do STJ (vide REsp 330070/DF supracitado de

Relatoria do Ministro Aldir Passarinho Junior).

¹ STF - 2a Turma, AI 163.047-5-PR, Rel. Min. Marco Aurélio,DJU 8.3.96,

p. 6.223.

Pugna ainda que este Douto Juízo se manifeste acerca

da contradição no decisum que dispõe que a empresa acostou

procuração em 14 de janeiro de 2011, estando, portanto,

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Page 9: Mandado de Segurança Akesse

devidamente citada, e não apresentou argumentação no que

tange ao erro no encaminhamento de correspondências,

quando, em verdade, a empresa peticionou chamando o feito à

ordem a fim de anular o ato citatório inválido e,

diferentemente do disposto, não se quedou inerte.

Entendendo esse MM. Juízo que os embargos

declaratórios têm natureza infringente, postula-se a prévia

submissão desta petição à parte adversa para, querendo,

manifestar-se.

Termos em que,

Requer-se e confia o justo deferimento.

Natal, 13 de fevereiro de 2012.

RODRIGO DANTAS DO NASCIMENTOOAB/RN 4.476

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