mandado de segurança

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MANDADO DE SEGURANÇA.

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  • MANDADO DE SEGURANA

  • Previso constitucional Art. 5, LXIX da CF

    LXIX - conceder-se- mandado de segurana para protegerdireito lquido e certo, no amparado por habeas corpus ouhabeas data, quando o responsvel pela ilegalidade ouabuso de poder for autoridade pblica ou agente de pessoajurdica no exerccio de atribuies do Poder Pblico;

    Regulamentao legal Lei 12.016/2009

  • Formas de tutela Preventivo Repressivo

    Direito Lquido e certo Situao cuja demonstrao e comprovao pode ser feita de plano,

    mediante prova documental tambm comumente chamada de prova pr-constituda. (BARROS, 2013, p 245)

    Prova em posse do prprio ente pblico Art. 6 . 1o No caso em que o documento necessrio prova do alegado se

    ache em repartio ou estabelecimento pblico ou em poder deautoridade que se recuse a fornec-lo por certido ou de terceiro, o juizordenar, preliminarmente, por ofcio, a exibio desse documento emoriginal ou em cpia autntica e marcar, para o cumprimento da ordem,o prazo de 10 (dez) dias. O escrivo extrair cpias do documento parajunt-las segunda via da petio.

    2o Se a autoridade que tiver procedido dessa maneira for a prpriacoatora, a ordem far-se- no prprio instrumento da notificao.

  • MS e Fornecimento de Remdios DIREITO ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANA. CABIMENTO.

    CONFIGURAO DE PROVA PR-CONSTITUDA DA LIQUIDEZ E CERTEZA DODIREITO OBTENO DE MEDICAMENTOS E INSUMOS. LAUDO MDICOPARTICULAR. A instruo de MS somente com laudo mdico particular noconfigura prova pr-constituda da liquidez e certeza do direito doimpetrante de obter do Poder Pblico determinados medicamentos einsumos para o tratamento de enfermidade acometida por ele. O laudo demdico particular, embora aceito como elemento de prova, no pode serimposto ao magistrado como se a matria fosse, exclusivamente, de direito.(...) Alm do mais, o laudo mdico, como elemento de prova, devesubmeter-se ao contraditrio, luz do que dispe o art. 333, II, do CPC,principalmente quando, para o tratamento da enfermidade, o Sistemanico de Sade oferea tratamento adequado, regular e contnuo. Nessecontexto, o laudo mdico particular, no submetido ao crivo docontraditrio, apenas mais um elemento de prova, que pode serratificado ou infirmado por outras provas a serem produzidas no processoinstrutrio, dilao probatria incabvel no MS. Desse modo, as viasordinrias, e no a via do MS, representam o meio adequado aoreconhecimento do direito obteno de medicamentos do Poder Pblico,uma vez que, como foi dito, apenas o laudo mdico atestado porprofissional particular sem o crivo do contraditrio no evidencia direitolquido e certo para impetrao de MS. RMS 30.746-MG, Rel. Min. CastroMeira, julgado em 27/11/2012.

  • Autoridade Pblica Art. 1o Conceder-se- mandado de segurana para proteger direito

    lquido e certo, no amparado por habeas corpus ou habeas data,sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoafsica ou jurdica sofrer violao ou houver justo receio de sofr-la porparte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem asfunes que exera.

    1o Equiparam-se s autoridades, para os efeitos desta Lei, osrepresentantes ou rgos de partidos polticos e os administradoresde entidades autrquicas, bem como os dirigentes de pessoasjurdicas ou as pessoas naturais no exerccio de atribuies do poderpblico, somente no que disser respeito a essas atribuies.

    2o No cabe mandado de segurana contra os atos de gestocomercial praticados pelos administradores de empresas pblicas,de sociedade de economia mista e de concessionrias de serviopblico. Smula 333 STJ - Cabe mandado de segurana contra ato praticado em

    licitao promovida por sociedade de economia mista ou empresapblica.

  • Ato administrativo complexo

    SMULA 627 STF

    NO MANDADO DE SEGURANA CONTRA A NOMEAO DEMAGISTRADO DA COMPETNCIA DO PRESIDENTE DAREPBLICA, ESTE CONSIDERADO AUTORIDADE COATORA,AINDA QUE O FUNDAMENTO DA IMPETRAO SEJA NULIDADEOCORRIDA EM FASE ANTERIOR DO PROCEDIMENTO.

  • PRAZO DE IMPETRAO Art. 23. O direito de requerer mandado de segurana

    extinguir-se- decorridos 120 (cento e vinte) dias, contadosda cincia, pelo interessado, do ato impugnado.

    SMULA 632 STF - CONSTITUCIONAL LEI QUE FIXA O PRAZO DEDECADNCIA PARA A IMPETRAO DE MANDADO DESEGURANA.

    SMULA 430 - PEDIDO DE RECONSIDERAO NA VIAADMINISTRATIVA NO INTERROMPE O PRAZO PARA OMANDADO DE SEGURANA.

  • MS CONTRA ATO LEGISLATIVO A lei em tese no atacvel pela via do mandado de

    segurana, uma vez que no se caracteriza como ato ilegal ou abusivo de uma autoridade pblica a violar ou ameaar de violao o direito de um interessado individualmente. (BARROS, 2013, p. 254)

    SMULA 266 STF - No cabe mandado de segurana contra lei em tese.

  • ATOS QUE NO CABEM MS Art. 5o No se conceder mandado de segurana quando

    se tratar:

    I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de cauo;

    II - de deciso judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo;

    III - de deciso judicial transitada em julgado. SMULA 268 STF - No cabe mandado de segurana contra

    deciso judicial com trnsito em julgado.

  • STJ Possibilidade de MS contra deciso judicial

    (...) 2. A utilizao do mandamus como meio deimpugnao de decises judiciais, luz dajurisprudncia do STJ, alm dos pressupostos daimpetrao, cabvel quando: (i) no haja recursoadequado impugnao da deciso judicial; e (ii)a deciso judicial manifestar-se teratolgica, porabuso de poder ou ilegalidade. (...) AgRg no AgRgno RECURSO EM MANDADO DE SEGURANA N30.405 - MG

  • Partes Ativa - Art. 1o (...) qualquer pessoa fsica ou jurdica sofrer

    violao ou houver justo receio de sofr-la por parte deautoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem asfunes que exera. Litisconsrcio ativo Art. 10 2o O ingresso de litisconsorte ativo

    no ser admitido aps o despacho da petio inicial.

    Passivo Para identificar corretamente a autoridade coatora, o advogado do impetrante deve identificar quem o agente pblico que pratica ou ordena o ato ilegal ou , ainda, quem detm competncia para corrigir a suposta ilegalidade (art. 6, pargrafo 3). No basta indicar a autoridade mxima do ente pblico, como o presidente, o governador e o prefeito.

  • Procedimento Petio inicial Art. 6o A petio inicial, que dever preencher os requisitos

    estabelecidos pela lei processual, ser apresentada em 2 (duas) viascom os documentos que instrurem a primeira reproduzidos nasegunda e indicar, alm da autoridade coatora, a pessoa jurdicaque esta integra, qual se acha vinculada ou da qual exerceatribuies.

    Art. 7o Ao despachar a inicial, o juiz ordenar: I - que se notifique o coator do contedo da petio inicial, enviando-

    lhe a segunda via apresentada com as cpias dos documentos, a fimde que, no prazo de 10 (dez) dias, preste as informaes;

    II - que se d cincia do feito ao rgo de representao judicial dapessoa jurdica interessada, enviando-lhe cpia da inicial semdocumentos, para que, querendo, ingresse no feito;

  • MEDIDA LIMINAR ART. 7 (...) III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando

    houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar aineficcia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigirdo impetrante cauo, fiana ou depsito, com o objetivo de assegurar oressarcimento pessoa jurdica. 1o Da deciso do juiz de primeiro grau que conceder ou denegar a

    liminar caber agravo de instrumento, observado o disposto na Lei no5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Cdigo de Processo Civil.

    2o No ser concedida medida liminar que tenha por objeto acompensao de crditos tributrios, a entrega de mercadorias e bensprovenientes do exterior, a reclassificao ou equiparao de servidorespblicos e a concesso de aumento ou a extenso de vantagens oupagamento de qualquer natureza.

    3o Os efeitos da medida liminar, salvo se revogada ou cassada,persistiro at a prolao da sentena.

    4o Deferida a medida liminar, o processo ter prioridade parajulgamento.

    5o As vedaes relacionadas com a concesso de liminares previstasneste artigo se estendem tutela antecipada a que se referem os arts.273 e 461 da Lei no 5.869, de 11 janeiro de 1973 - Cdigo de ProcessoCivil.

  • DO INDEFERIMENTO LIMINAR DO MS

    Art. 10. A inicial ser desde logo indeferida, por decisomotivada, quando no for o caso de mandado de seguranaou lhe faltar algum dos requisitos legais ou quando decorridoo prazo legal para a impetrao.

    1o Do indeferimento da inicial pelo juiz de primeiro graucaber apelao e, quando a competncia para ojulgamento do mandado de segurana couberoriginariamente a um dos tribunais, do ato do relator caberagravo para o rgo competente do tribunal que integre.

  • Da sentena Art. 14. Da sentena, denegando ou concedendo o

    mandado, cabe apelao.

    1o Concedida a segurana, a sentena estar sujeitaobrigatoriamente ao duplo grau de jurisdio.

    2o Estende-se autoridade coatora o direito de recorrer.

    3o A sentena que conceder o mandado de seguranapode ser executada provisoriamente, salvo nos casos em quefor vedada a concesso da medida liminar.

  • HONORRIOS ADVOCATCIOS SMULA 512 STF NO CABE CONDENAO EM HONORRIOS

    DE ADVOGADO NA AO DE MANDADO DE SEGURANA.

    SMULA105 STJ NA AO DE MANDADO DE SEGURANANO SE ADMITE CONDENAO EM HONORARIOSADVOCATICIOS.

  • SUSPENSO DE SEGURANA Art. 15. Quando, a requerimento de pessoa jurdica de direito pblico

    interessada ou do Ministrio Pblico e para evitar grave leso ordem, sade, segurana e economia pblicas, o presidente do tribunal ao qualcouber o conhecimento do respectivo recurso suspender, em decisofundamentada, a execuo da liminar e da sentena, dessa decisocaber agravo, sem efeito suspensivo, no prazo de 5 (cinco) dias, que serlevado a julgamento na sesso seguinte sua interposio. 1o Indeferido o pedido de suspenso ou provido o agravo a que se refere o

    caput deste artigo, caber novo pedido de suspenso ao presidente do tribunalcompetente para conhecer de eventual recurso especial ou extraordinrio.

    2o cabvel tambm o pedido de suspenso a que se refere o 1o deste artigo,quando negado provimento a agravo de instrumento interposto contra a liminar aque se refere este artigo.

    3o A interposio de agravo de instrumento contra liminar concedida nas aesmovidas contra o poder pblico e seus agentes no prejudica nem condiciona ojulgamento do pedido de suspenso a que se refere este artigo.

    4o O presidente do tribunal poder conferir ao pedido efeito suspensivo liminar seconstatar, em juzo prvio, a plausibilidade do direito invocado e a urgncia naconcesso da medida.

    5o As liminares cujo objeto seja idntico podero ser suspensas em uma nicadeciso, podendo o presidente do tribunal estender os efeitos da suspenso aliminares supervenientes, mediante simples aditamento do pedido original.

  • PRAZO PARA DESISTNCIA DO MANDADO DE SEGURANA

    O impetrante pode desistir de mandado de segurana aqualquer tempo, ainda que proferida deciso de mrito a elefavorvel, e sem anuncia da parte contrria.

    O mandado de segurana, enquanto ao constitucional,com base em alegado direito lquido e certo frente a atoilegal ou abusivo de autoridade, no se reveste de lide, emsentido material.

    STF. Plenrio. RE 669367/RJ, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ oacrdo Min. Rosa Weber, 2/5/2013 (Info 704).

    STJ. 2 Turma. REsp 1.405.532-SP, Rel. Min. Eliana Calmon,julgado em 10/12/2013 (Info 533).