maldonado fillho eduard-res2007-andrew kliman

Upload: laercio-monteiro-jr

Post on 29-Oct-2015

8 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • No ps-Segunda Guerra Mundial, o capi-talismo experimentou um longo perodode grande dinamismo econmico, que foiacompanhado por significativas melhoriasno padro de vida dos trabalhadores e pe-la diminuio das desigualdades sociais.No entanto, a partir do final dos anos 1960e incio dos anos 1970, as taxas de cresci-mento dos pases capitalistas avanadoscomeam a declinar ao mesmo tempoem que a inflao se acelerava e as polti-cas macroeconmicas perdiam sua efeti-vidade. A era de prosperidade propiciadapelo capitalismo regulado era substitudapela estagflao dos anos 1970. Com is-so, o keynesianismo deixava de ser a teo-ria geralmente aceita pelos economistas.Pela direita, o monetarismo surgia comoa nova alternativa terica, propondo adesregulamentao dos mercados e que aconduo da poltica macroeconmicafosse centrada no controle da inflao

    por meio do equilbrio das contas pbli-cas e do controle da oferta monetria.Pela esquerda, o fim da prosperidade, oaumento do desemprego e da inflao e aintensificao da luta de classe estimula-vam a crtica ao capitalismo e o desejo daconstruo de outra sociedade a visode que a construo de um novo mun-do era possvel. Nesse contexto de crisedo capitalismo e de lutas polticas pelaconstruo de uma sociedade alternativaao capitalismo, ressurgiu grande interes-se pela obra de Marx. Nos cursos deEconomia, muitos estudantes demanda-vam maior pluralidade no ensino e, emparticular, que fossem ofertadas discipli-nas de economia poltica (i.e., Marx). Co-mo resultado desse interesse pelo estudoda obra de Marx, uma onda de produoacadmica sobre os diversos aspectos daanlise crtica de Marx veio tona ao lon-go dos anos 1970.

    nova Economia_Belo Horizonte_19 (2)_361-369_maio-agosto de 2009

    Eduardo Maldonado FilhoProfessor do PPGE e do Departamento de Cincias Econmicas da UFRGS

    Resenha

    "Reclaiming MarxsCapital:a refutation of the myth

    of inconsistency"

    Andrew Kliman

    Raya Dunayevskaya Series

    in Marxism and Humanism,

    2007

  • O retorno Marx dos anos 1970 foibastante frutfero emmuitas reas, mas esseno foi o caso no mbito da economia. Osestudos acabaram centrando-se na consis-tncia lgica da teoria do valor-trabalho deMarx. Dois temas se destacaram: a trans-formao dos valores em preos e a leida tendncia declinante da taxa de lucro.

    Em relao ao primeiro tema, as con-tribuies de Samuelson (1971) e de Steed-man (1977) foram muito influentes. Medi-ante a utilizao do instrumentalmatemti-co da teoria do equilbrio geral, demons-trava-se, de forma rigorosa, que no erapossvel derivar-se logicamente os preos apartir dos valores (quantidade de trabalhomaterializado nas mercadorias). Com basenessa concluso, afirmava-se que a teoriaeconmica de Marx era logicamente in-consistente e, portanto, falsa.

    Por outro lado, o teorema de Okis-hio (1961) teria provado que a lei da ten-dncia declinante da taxa de lucro, que pa-ra Marx se constitua na principal lei daeconomia poltica, estava errada. Marx ar-gumentou que o aumento da produtividadedo trabalho resultante da introduo de ino-vaes tcnicas que economizam o fatortrabalho reduz a taxa geral de lucro. O teo-rema de Okishio demonstraria que isso noera verdade. Aumentos de produtividade,nas condies especificadas por Marx, ele-

    variam (ou manteriam constante) a taxa delucro de equilbrio.

    Portanto, durante um perodo degrande efervescncia poltica e ideolgica,quando muitos estudantes dos cursos deCincias Sociais desejam estudar uma teoriaeconmica que fosse relevante para a com-presso da realidade capitalista e para trans-formar a realidade, a teoria econmica deMarx era, de fato, descartada, inclusive pelaeconomia poltica radical, por ser logica-mente inconsistente. Como consequncia daaceitao desses argumentos crticos, o pro-grama de pesquisa dos novos economistasradicais do incio dos anos 1970 centrou-se, principalmente, na tentativa de correodos supostos erros lgicos da teoria do va-lor de Marx abandonando, assim, os es-tudos com o objetivo de desenvolver essaabordagem terica, de aplic-la ao estudoda realidade e como base para a elaboraode programas que levassem a uma cons-truo de outro mundo. Evidentementeque as supostas demonstraes de que a te-oria do valor de Marx era logicamente in-consistente a desqualificavam como umateoria capaz de explicar as leis que regem ofuncionamento do sistema capitalista. Ace-itava-se, quando muito, que alguns aspec-tos ou insights da teoria de Marx eramimportantes e que poderiam ser incorpora-dos em outras abordagens tericas, mas

    nova Economia_Belo Horizonte_19 (2)_361-369_maio-agosto de 2009

    RESENHA_Reclaiming Marxs Capital: a refutation of the myth of inconsistency362

  • no a sua teoria do valor, uma vez que elano passava pelo teste da consistncia in-terna. Esse entendimento teve tambm oaval damaioria dos economistasmarxistas.

    O capitalismo est passando nova-mente por uma profunda crise econmicamundial e, mais uma vez, a teoria econmicamainstream ou seja, a moderna teoriamacroeconmica que substituiu a macroe-conomia keynesiana como a abordagemmainstream foi incapaz de prev-la. Naverdade, o surgimento dessa crise pegou oseconomistas mainstream de surpresa. Porexemplo, Lucas (2003) afirmava que, graas teoria macroeconmica, o capitalismono estava mais sujeito aos desastres eco-nmicos como o da Grande Depresso,dos anos 1930. Mas a presente e devasta-dora crtica que a atual crise econmicaglobal representa demonstra, de novo, quea chamada moderna teoria econmicano capaz de explicar as leis que regem ofuncionamento do sistema capitalista.

    No atual contexto de crise econ-mica mundial, justamente quando se rea-bre o debate sobre a economia capitalista eas causas de suas crises peridicas, a teoriado valor deMarx continua sendo vista commuito ceticismo, mesmos nos meios aca-dmicos marxistas, j que se aceita que suainconsistncia lgica teria sido comprova-da. Ou seja, o consenso gerado pelo debate

    dos anos 1970 de que a teoria econmicade Marx internamente inconsistente e,portanto, falsa constituiu-se, ainda nos diasde hoje, num forte entrave a sua utilizao,como instrumental analtico, para explicara atual crise e de apontar alternativas.

    Mas cabem os seguintes questiona-mentos: os crticos realmente demonstraramque a teoria econmica de Marx logica-mente inconsistente?O teorema deOkishiodemonstra realmente que a taxa de lucrono declina quando os capitais individuaiselevam a produtividade do trabalho medi-ante a introduo de novas tecnologias?Desde o incio da dcada de 1980, diversostrabalhos tm rediscutido esses temas, de-monstrando que, ao contrrio do consensooficial, a teoria deMarx logicamente con-sistente. Valendo-se de uma abordagemterica quemantm ametodologia dinmi-ca (temporalista) de Marx conhecida co-mo Temporal Single System Interpretati-on (TSSI) ou Interpretao do Sistemanico Temporal , demonstrou-se que osalegados erros e as inconsistncias lgicasatribudas a sua teoria desaparecem. Ape-sar disso, a corrente terica dominante daeconomia poltica radical no tem dado odevido reconhecimento pblico de que ateoria de Marx pode (e, portanto, deve) serinterpretada de forma a exoner-la das ale-gaes de ser internamente inconsistente.

    Eduardo Maldonado Filho 363

    nova Economia_Belo Horizonte_19 (2)_361-369_maio-agosto de 2009

  • A principal motivao de Klimanpara escrever o livro objeto desta resenhaest justamente em romper essa barreira.Ou seja, o autor tem como seu objetivoprincipal o de dar conhecimento ao pbli-co em geral de que os propalados erros e asinconsistncias lgicas da teoria do valorde Marx no passam de um mito. Eviden-temente, como o autor mesmo faz questode salientar, a demonstrao de que a teoriaeconmica de Marx logicamente consis-tente no implica que ela seja correta. Masos resultados obtidos no permitem maisque se continue afirmando o que j se de-monstrou ser falso, a saber: que a teoria deMarx internamente inconsistente.

    A controvrsia sobre a teoria do va-lor de Marx desenvolveu-se, como se sabe,num contexto de grande complexidadema-temtica e, em parte por consequncia dis-so, acabou restrita a um pequeno grupo deespecialistas. Portanto, a tarefa de traduzirpara o pblico acadmico em geral, de for-ma rigorosa mas didtica, os argumentosenvolvidos se constitui num importantedesafio. Um dos grandes mritos do livrodeKliman est precisamente em ter conse-guido apresentar os argumentos dos parti-cipantes de forma que o leitor interessadoseja capaz de compreend-los. Em grandeparte, isso se deve ao fato de os argumen-tos matemticos serem apresentados sob a

    forma de exemplos numricos, e no atra-vs de equaes. Outro aspecto impor-tante se relaciona com o fato de o autor tersido capaz de destacar os elementos cen-trais dos argumentos dos fatores secund-rios, facilitando a compreenso do leitor,sem que ele se perca nos detalhes tcnicosdo debate.

    Deve-se salientar, no entanto, queKliman desenvolve toda a sua apresenta-o dentro dosmarcos analticos utilizadospelos crticos de Marx, no por concordarcom essemarco, mas para demonstrar que,mesmo dentro dele, a propalada inconsis-tncia lgica da teoria no se sustenta. Ain-da que seja verdade que essa estratgia pre-serve o foco de sua crtica em relao aoscrticos de Marx e que fortalea seus argu-mentos, o seu lado negativo, na minha opi-nio, que conceitos fundamentais da teo-ria temporalista de Marx por exemplo, oconceito de capital industrial permane-cem fora do mbito do debate sobre a teo-ria do valor.

    O livro objeto desta resenha est or-ganizado em 12 captulos. Na introduo,Kliman expe, de forma sucinta e clara, osobjetivos e os limites desta publicao e,nos dois captulos seguintes, o autor apre-senta aos leitores no versados no tema osprincipais aspectos tericos e um brevehistrico da controvrsia sobre a teoria de

    nova Economia_Belo Horizonte_19 (2)_361-369_maio-agosto de 2009

    RESENHA_Reclaiming Marxs Capital: a refutation of the myth of inconsistency364

  • Marx. Nos captulos 4, 5 e 6, Kliman mos-tra, em termos gerais, suas teses centraisem relao controvrsia sobre a teoria dovalor de Marx. Nos captulos seguintes, oautor aplica as teses centrais da abordagemTSSI aos tpicos especficos. Assim, no ca-ptulo 7, ele revisita o debate sobre o teoremadeOkishio e a lei da taxa de lucro declinantede Marx. O problema da transformao tratado nos captulos 8 e 9. No captuloseguinte, o autor discute o que se conven-cionou chamar de teoremamarxiano fun-damental e, no captulo 10, o autor faz a cr-tica defesa emprica da lei do valor deMarx.Finalmente, no captulo 12, Kliman apre-senta o sumrio dos argumentos discuti-dos ao longo do livro e suas concluses.

    Como indicamos acima, as teses cen-trais defendidas por Kliman desempenhampapel fundamental na refutao de que ateoria do valor de Marx seja logicamenteinconsistente. Conforme o autor demons-tra no livro, as alegaes de inconsistnciadecorrem das seguintes reinterpretaes,por parte dos crticos de Marx, da sua teo-ria do valor:

    i. a substituio do carter temporaldo mtodo analtico de Marx pelomtodo neoclssico de valoriza-o simultnea. Em outras pala-vras, o mtodo de soluo simul-tnea do sistema de equaes faz

    com que a teoria de Marx pareaser inconsistente. O abandono domtodo de valorizao simultnea(i.e., a imposio de que os pre-os unitrios dos insumos, ao en-trarem no processo de produo,sejam iguais aos preos unitriosdos produtos que resultam desseprocesso de produo), por si s, quase que suficiente para refu-tar a tese de que a teoria de Marx internamente inconsistente;

    ii. o abandono da posio de Marxde que os preos se constituemem expresses monetrias do va-lor em favor da interpretao deque existe um sistema dual demen-surao (os valores medidos emhoras de trabalho e os preos me-didos em unidades monetrias).Assim, por exemplo, o chamadoproblema da transformao, se-gundo esta reinterpretao, con-sistiria no mecanismo de trans-formao dos valores (horas detrabalho) em preos (unidades mo-netrias). No entanto, aderindo-se posio deMarx (sistema nico),o problema da transformaoconsiste, de fato, na transforma-o dos preos proporcionais aosvalores em preos de produo.

    Eduardo Maldonado Filho 365

    nova Economia_Belo Horizonte_19 (2)_361-369_maio-agosto de 2009

  • A converso dos valores (horas detrabalho) em unidades monetriasocorre atravs da ExpressoMo-netria do Tempo de Trabalho(ou Monetary Expression of Labor-time,MELT).

    A importncia dessas diferentes in-terpretaes crucial, uma vez que a con-denao da teoria de Marx como logica-mente inconsistente resulta da substituioda abordagem temporal e do sistema nicode Marx pela valorizao simultnea e dosistema dual entre valores e preos, realizadaoriginalmente por Bortkiewicz (1907). Al-ternativamente, conformeKliman demons-tra no livro, a adoo da interpretao dosistema nico temporal (TSS) suficientepara eliminar todas as supostas inconsis-tncias quantitativas imputadas teoria dovalor de Marx.

    Depois de apresentar as razes b-sicas que geram as inconsistncias quanti-tativas na teoria do valor-trabalho, o autoraborda as crticas especficas levantadas con-tra a teoria deMarx. Ao proceder dessa ma-neira, o autor capaz de apresentar de formadidtica, ainda que detalhada, os argumen-tos centrais da controvrsia, sem compro-meter o rigor analtico.

    Como se sabe, uma das crticas cen-trais teoria de Marx foi apresentada porOkishio. SegundoMarx, o processo de acu-

    mulao de capital, quando acompanhadopor inovaes tcnicas, produz uma ten-dncia declinante da taxa de lucro. O teore-ma de Okishio, por sua vez, demonstrariaque a derivao de Marx est incorreta.Okishio assume inicialmente que, em con-dies concorrenciais, uma dada empresaintroduza uma nova tecnologia na formaprevista por Marx (a saber, a nova tcnicaeleva a produtividade do trabalho e, simul-taneamente, diminui a relao produto-ca-pital). Com isso, a empresa inovadora ob-tm uma taxa de lucro mais elevada do quea taxa geral de lucro. O que o teorema de-monstra que a adoo dessa nova tecno-logia pelas demais empresas, se os salriosreais permanecerem constantes, elevar ataxa geral de lucro de equilbrio ou no m-ximo ela permanecer constante. Portanto,ao contrrio da deduo realizada por Marx,a introduo de progresso tcnico a laMarxno reduz a taxa geral de lucro.

    Kliman demonstra, no entanto, queessa concluso de Okishio no refuta, naverdade, a teoria deMarx.O que o teoremaOkishio de fato demonstra que a intro-duo de inovaes tcnicas a laMarx ele-va a taxa de lucro de equilbrio medida emtermos fsicos (i.e., em termos de valoresde uso). Mas essa demonstrao nada tema ver com a teoria do valor trabalho e, almdisso, est de acordo com a teoria deMarx.

    nova Economia_Belo Horizonte_19 (2)_361-369_maio-agosto de 2009

    RESENHA_Reclaiming Marxs Capital: a refutation of the myth of inconsistency366

  • Como se sabe, o que Marx deduz que,nas circunstncias descritas acima, a taxade lucro em termos de valor (ou preos)declina, e, de fato, esse resultado obtido seadotarmos a interpretao TSS. Conformedemonstrado por Kliman, o fator determi-nante dos resultados obtidos porOkishio o uso do mtodo de valorizao simult-nea dos insumos e produtos. Conforme sa-lienta o autor, o uso do mtodo de valori-zao simultnea implica substituir a teoriaquantitativa do valor-trabalho deMarx (i.e.,valor determinado pelo tempo de trabalho)por uma teoria fisicalista (valores de uso)do valor.

    Como de se esperar, o debate so-bre o problema da transformao ganhadestaque no livro, sendo abordado em doiscaptulos. Alm de descrever os aspectoshistricos do debate, Kliman expe os ele-mentos principais da controvrsia. Aqui tam-bmo autor demonstra que a inconsistncialgica da teoria do valor-trabalho s obtidapor decorrncia do uso da valorizao si-multnea e da interpretao de que existe umsistema dual de valores e preos. Manten-do-se fiel aomtodo temporal e do sistemanico de Marx, sua soluo consistente.

    A estrutura do livro e a forma e o ri-gor com que os argumentos da controvr-sia so apresentados pelo autor possibili-tam que o leitor interessado,mesmo aquele

    no versado em economia marxista e emmatemtica, compreenda as questes emdebate e, no menos importante, que elepossa formar a prpria opinio em relaoaos tpicos em debate. Cabe ressaltar, noentanto, que, apesar do esforo bem-suce-dido de Kliman em escrever um livro queseja didtico, em alguns pontos a comple-xidade dos argumentos exige esforo porparte do leitor, mas a contrapartida desseesforo de leitura ser a efetiva compreen-so do porqu os crticos deMarx esto er-rados em suas alegaes. O livro de Klimanse constitui, na minha opinio, na mais im-portante contribuio economia polticadas ltimas trs dcadas e, como tal, sua lei-tura altamente recomendada a todos aque-les interessados na obra de Marx.

    Finalmente, conforme apontado noincio desta resenha, a sua publicao nopoderia ocorrer nummomentomais opor-tuno. A crisemundial atual j est impondouma rediscusso das teorias econmicas ea demonstrao de que a teoria de Marx logicamente consistente e abre espao paraque os novos economistas radicais se dedi-quem a um programa de pesquisa para odesenvolvimento da teoria de Marx e desua aplicao na compreenso da realidade,soltando-se assim das amarras impostaspelos crticos de Marx. Esse o sentido dottulo do livro de Kliman j que o resultado

    Eduardo Maldonado Filho 367

    nova Economia_Belo Horizonte_19 (2)_361-369_maio-agosto de 2009

  • do debate permite que O Capital de Marxseja recolocado, junto com outras aborda-gens tericas, como uma das teorias queexpressam as leis que regem o funciona-mento do sistema capitalista e, principal-mente, para orientar no desenvolvimentode alternativas ao capitalismo.

    nova Economia_Belo Horizonte_19 (2)_361-369_maio-agosto de 2009

    RESENHA_Reclaiming Marxs Capital: a refutation of the myth of inconsistency368

  • BORTKIEWICZ, L. On thecorrection of Marxs FundamentalTheoretical Construction in thethird volume of Capital. In:SWEEZY, P. M. (ed.). Karl Marxand the Close of his System. NewYork: A. M. Kelly, 1907 (1949).p. 199-221.

    LUCAS, Robert E. Jr.Macroeconomic priorities. TheAmerican Economic Review, v. 93,n. 1, p. 1-14, Mar. 2003.

    OKISHIO, Nobuo. Technicalchanges and the rate of profit.Kobe University Economic Review,

    n. 7, p. 85-99, 1961.

    SAMUELSON, Paul A.Understanding the MarxianNotion of Exploitation: Asummary of the so-calledtransformation problembetween Marxian values andcompetitive prices. Journal ofEconomic Literature, v. 9, n. 2,p. 399-431, 1971.

    STEEDMAN, I. Marx after Sraffa.NBL, London, 1977.

    Eduardo Maldonado Filho 369

    nova Economia_Belo Horizonte_19 (2)_361-369_maio-agosto de 2009

    Referncias bibliogrficas

    E-mail de contado do autor:

    [email protected]

    Artigo recebido em maio de 2009;aprovado em junho de 2009.